Albert Einstein

Albert Einstein – Vida

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Data de Nascimento: 14 de março de 1879, Ulm, Alemanha.

Morreu em: 18 de abril de 1955

Albert Einstein foi um físico nascido na Alemanha, que desenvolveu a teoria da relatividade geral, entre outros feitos. Ele é considerado o físico mais influente do século 20.

Nascido em Ulm, Württemberg, Alemanha, em 1879, Albert Einstein tinha uma paixão pela investigação que acabou levando-o a desenvolver as teorias especial e geral da relatividade.

Albert Einstein estudou no Instituto de Tecnologia de Zurique e recebeu seu doutorado em 1905 pela Universidade de Zurique. No mesmo ano, ele publicou quatro artigos científicos inovadores. Um apresenta o seu teoria da relatividade especial e outra sua equação “E = mc² ‘que massa e energia relacionada.

Dentro de um curto espaço de tempo o trabalho de Einstein foi reconhecido como original e importante.

Em 1909, ele se tornou professor de física teórica na Zurique, em 1911 professor de física teórica na Universidade Alemã de Praga e, em seguida, voltou para o Instituto de Tecnologia em Zurique no ano seguinte.

Em 1914, foi nomeado diretor do Instituto Kaiser Wilhelm de Física em Berlim. Ele se tornou um cidadão alemão no mesmo ano.

Em 1916 ele publicou sua teoria da relatividade geral.

Em 1921, ele ganhou o Prêmio Nobel de Física por sua explicação do efeito fotoelétrico e imigrou para os EUA na década seguinte, depois de ser alvejado pelos nazistas.

Albert Einstein é geralmente considerado o físico mais influente do século 20, com o seu trabalho também ter um impacto importante sobre o desenvolvimento da energia atômica. Com foco na teoria do campo unificado durante seus últimos anos.

Em 1933, ano em que os nazistas tomaram o poder na Alemanha, Einstein emigrou para a América. Ele aceitou um cargo no Instituto de Estudos Avançados de Princeton e tomou a cidadania dos EUA.

Albert Einstein se aposentou do instituto em 1945, mas trabalhou para o resto de sua vida em direção a uma teoria do campo unificado para estabelecer uma fusão entre a teoria quântica e sua teoria da relatividade geral. Ele continuou a ser ativo no movimento pela paz e em favor das causas sionistas e em 1952 foi-lhe oferecido a presidência de Israel, o que ele recusou.

Albert Einstein morreu em 18 de abril de 1955, em Princeton, New Jersey.

Albert Einstein – Biografia

Em seus primeiros anos de estudo, Albert Einstein demonstrou tamanhas dificuldades que seus professores chegaram a acreditar que sofresse de retardo mental. Quando cursava a escola secundária, praticamente só demonstrava interesse pela matemática. Seu baixo rendimento nas demais disciplinas o obrigou, na verdade, a sair da escola. Seus pais então o levaram à Suíça, para estudar. Ali, ao concluir o curso (ao que consta, auxiliado pelas notas de um amigo), tentou se tornar professor. Tudo o que conseguiu, porém, foi tornar-se funcionário do Escritório de Patentes da cidade de Berna, em 1901. Nesse ano ele também se naturaliza suíço. Quatro anos mais tarde, entretanto, Einstein publicou nada menos que cinco trabalhos científicos no Anuário Alemão de física. Um deles oferecia uma explicação para o efeito fotoelétrico. Nesse fenômeno, a luz, ao incidir sobre certos metais, provoca emissão de elétrons.

Quanto maior é a intensidade da luz, maior é a quantidade de elétrons liberados. A energia dessas partículas, porém, não aumenta, e esse fato permanecia inexplicável pelas teorias então disponíveis. Einstein conseguiu elucidar esse problema aplicando a teoria quântica de Planck. Isso abriria o caminho que mais tarde levaria ao desenvolvimento da Física quântica.

Em outro dos cinco trabalhos de 1905, Einstein oferecia uma explicação matemática do movimento browniano. Essa análise também serviria, mais tarde para permitir os primeiros cálculos confiáveis dos tamanhos dos átomos.

Num terceiro trabalho, abordou a velocidade da luz, que se revelara, em experimentos, surpreendentemente constante, independendo do movimento da fonte luminosa. Einstein admitiu de fato, essa velocidade independia tanto da fonte quanto do observador. Admitiu também que a luz tinha características quânticas. Essa concepção encerrava a velha disputa sobre a natureza da luz. Ele também suprimiu a necessidade do conceito de éter ao advogar que no universo não existem nem movimento absoluto nem repouso absoluto, mas que movimento e repouso são sempre relativos. Essa idéia o levaria à formulação da teoria da Relatividade Restrita.

Essas novas concepções mudaram rapidamente a visão de universo que se tinha desde Newton. Um dos aspectos mais notáveis dessa mudança é que afetava as próprias idéias de espaço e de tempo, que deixavam de ser considerados entidades absolutas. Na teoria da Relatividade Restrita, Einstein determinou a relação existente entre massa e energia, expressando-a na igualdade E = m . c2 (onde E é a energia, m a massa e c a velocidade da luz). Massa e energia passam a ser vistas como aspectos diferentes que as leis de conservação da massa (de Lavoisier) e de conservação da energia (de Helmholtz). Foi com essa teoria que se pôde explicar de onde provinha a energia liberada pelos elementos radiativos. Ela se faz à custa de uma diminuta perda de massa do núcleo atômico.

Apesar desses trabalhos revolucionários, Einstein, já então doutorado, só obteria um cargo de professor universitário quatro anos depois. Em 1913, retornou à Alemanha para trabalhar na sociedade científica Kaiser Guilherme, em Berlim. Trabalhou então na ampliação da teoria da Relatividade para casos mais gerais, conseguindo por fim nela englobar a própria teoria da gravitação de Newton. A nova Teoria da Relatividade Geral, de 1916, permitia, mais do que qualquer outra teoria até então formulada, explicar o maior número possível de fenômenos do universo, possibilitando inclusive prever fenômenos ainda não observados.

Um destes é o desvio que a luz sofreria por ação da gravidade.

Um eclipse solar ocorrido alguns anos depois, em 1919, serviria para confirmar o desvio teoricamente previsto da luz de algumas estrelas. (As medições foram efetuadas em Sobral, Ceará.). Tais evidências levaram Einstein a ser indicado como concorrente ao Prêmio Nobel de Física, mas as objeções surgidas no meio científico ainda eram tão grandes que ele receberia o prêmio de 1921 apenas pelo trabalho sobre o efeito fotoelétrico.

Em 1930, Einstein visitou os Estados Unidos para proferir palestras, mas preferiu ali permanecer, já que o nazismo iniciava sua ascensão na Alemanha. Em 1940, naturalizou-se norte-americano.

Durante a Segunda Guerra Mundial, diante da possibilidade de que a Alemanha construísse uma bomba atômica, foi convencido a escrever uma carta ao presidente Franklin Roosevelt explicando ser necessário criar um programa de pesquisas para adiantar-se àquela ameaça. Seis anos depois disso, em 1945, a primeira bomba atômica era detonada em teste num deserto dos Estados Unidos. Com a derrota da Alemanha na guerra, a nova arma não chegou a ser utilizada na Europa, mas foi no Japão, que ainda permanecia no conflito.

Mais tarde, Einstein passou a trabalhar para o estabelecimento de acordos internacionais que afastassem a possibilidade de guerras atômicas, mas seus esforços tiveram pouco resultado. O acúmulo de artefatos bélicos nucleares continuou a crescer, e só na década de 1980 se iniciaria o desmonte de parte desse arsenal.

Ponto de vista

Cabeça grande, cabelos desgrenhados, roupas amarfanhadas e um inabalável bom humor. Esta é a imagem difundida daquele que, com certeza, foi uma figura carismática e o maior gênio do nosso tempo. Imagine que a foto famosa, transformada em pôster popularizado no mundo inteiro, ajudou a fixar.

Albert Einstein, os longos cabelos brancos eriçados, os olhos brilhantes, mostra a língua para o mundo que nunca mais foi o mesmo depois dele.

Queiramos ou não, entendamos ou não, vivemos no universo pôr ele decodificado quando, no início do século, definiu a teoria da relatividade. Séculos se passaram até que a concepção geocêntrica de Aristóteles fosse trocada pelo universo heliocêntrico de Copérnico, Kepler e Galileu que, por sua vez, foi modificado e quantificado pelo universo mecânico de Newton, até que Einstein, no amanhecer deste século poente, o substituísse pôr sua equação a um tempo magnifica e assustadora. Formulou uma teoria que o levou próximo à descoberta do mistério da Criação e, paradoxalmente, também o aproximou de Deus, não da divindade reverenciada pelas religiões organizadas, mas de Deus como uma metáfora para o incompreensível, o inexplicável.

Um dos obstáculos à melhor compreensão de Einstein, além da complexidade de seu pensamento, é o fato de ter sido o primeiro cientista a viver sob os refletores da mídia, transformado que foi em uma espécie de superstar da ciência. Outro paradoxo entre os muitos que emolduram a biografia deste homem raro.

No capítulo a ele dedicado em Gigantes da Física (Jorge Zahar Editor, 1998) Richard Brennan lembra que as teorias de Einstein tornaram-se os primeiros assuntos científicos que os meios de comunicação de massa, emergentes nos anos 30, tentaram popularizar. ” Mas como até as mais simples explicações das teorias pareciam à imprensa contrárias ao bom senso e de difícil entendimento, a atenção se voltou para o próprio homem. Os refletores da mídia criaram uma espécie de caricatura, que se transformou na imagem popular de um cientista moderno “.

Filho de Judeus Alemães, Albert Einstein nasceu em Ulm, na Alemanha, no dia 14 de março de 1879, e morreu na madrugada de 18 de abril de 1955 no Princeton Hospital, nos Estados Unidos. Seu testamenteiro e grande amigo, Otto Nathan, durante quase 35 anos impediu o acesso de pesquisadores aos arquivos, documentos e anotações pessoais de Einstein. Neste trabalho de ocultação foi auxiliado pela leal secretária do cientista Helen Dukas, que com ele trabalhou durante 27 anos, e colecionou até mesmo os rascunhos e notas que Einstein atirava na cesta de lixo. Devotos, ambos lutaram para preservar a imagem quase canônica de Einstein que foi projetada – e, de certa forma também montada – pela mídia ao longo dos anos. Na melhor das intenções, Otto e Helen prestaram um desserviço tanto à verdade e à ciência como à própria memória do amigo, ocultando parte de sua humanidade.

Pouco antes de Otto Nathan morrer, em 1987, uma ação judicial tirou os Arquivos Einstein de suas mãos e abriu-os aos pesquisadores. São milhares de documentos, uma pequena parcela do material, principalmente a correspondência de Einstein com a Segunda mulher, Elsa, e com os filhos, ainda continua interditada. As a parte tornada visível oferece material tão farto que, certamente, com o tempo, tornará públicas novas e surpreendentes revelações.

Denis Brian mergulhou nesses arquivos e, com pertinácia de repórter linha de frente, foi atrás de pessoas que conviveram com Einstein, cientistas, amigos, discípulos. A abertura dos arquivos e a circunstância de a maioria dos envolvidos mais diretamente já estarem mortos romperam as barreiras do silêncio obsequiso, e desta pesquisa resultou uma biografia reveladora e inteira sobre o Einstein “terreno”.

No prefácio de Einstein, a Ciência da Vida, Brian cita a evidência irrefutável da existência de uma filha ilegítima que o cientista jamais reconheceu. “Descobri que a vida de Einstein é repleta de triunfos e de trágicas ironias. O cientista cuja mente o levou aos pontos mais distantes do espaço tinha um filho esquizofrênico que não conseguia atravessar a rua sozinho. O pacifista, que literalmente não mataria uma mosca, foi obrigado a exigir a fabricação de uma bomba devastadora. O humanista que demonstrava carinho e interesse pelos filhos dos outros negligenciava os próprios e mantinha em segredo a existência de sua primeira filha, ilegítima.

O amante da solidão vivia invariavelmente rodeado de mulheres, caçado pela imprensa e assediado pelas multidões. E o democrata dedicado era constantemente acusado de comunista ou inocente útil a eles.”

Albert Einstein – Teoria da Relatividade

Albert Einstein nasceu a 14 de março de 1879, em Ulm na Alemanha, de uma família judia da classe média. Seu pai, Hermann Einstein, possuía uma oficina eletrotécnica, com o irmão Jacob, e tinha um grande interesse por tudo que se relacionasse com invenções elétricas.

Em 1881, nasce Maria Einstein (Maja). Einstein teria sempre uma relação muito íntima com a irmã. Eles recebem uma educação não religiosa. A juventude de Einstein é solitária.

Embora tenha começado a falar só aos três anos, não é verdade que tenha sido um fraco estudante. Um traço evidente do seu caráter, que mais tarde se manifestou de forma inigualável, era a sua obstinação e ousadia.

Enquanto estudante, só se aplicava quando o assunto lhe interessava intensamente. A ciência foi uma preocupação na sua vida desde muito cedo.

Aos cinco anos fica profundamente impressionado com uma bússola que ganhara de presente de seu pai. “Como é que uma agulha pode se movimentar, flutuando no espaço, sem o auxílio de nenhum mecanismo?” – disse o jovem, imaginando que todo objeto deveria ter algo de oculto…

Aos sete anos ele demonstra o teorema de Pitágoras, para surpresa do seu tio Jakob, que poucos dias antes lhe ensinara os fundamentos da geometria.

Aos onze anos descobre o que mais tarde designou como o “livro sagrado da geometria” de Euclides.

Albert Einstein

Albert Einstein

Em 1894 o negócio do pai em Munich fracassa, e a família desloca-se para a Itália, deixando Einstein para trás a fim de completar o ensino secundário. Einstein, que tolerava com dificuldade a rígida disciplina do Gymnasium, abandona a escola aos 15 anos e junta-se à família em Milão.

Mais tarde haveria de confessar: “É quase um milagre que os métodos modernos de ensino não tenham eliminado a sagrada curiosidade que conduz à pesquisa; o que esta planta delicada necessita mais do que qualquer outra coisa, além do estímulo, é a liberdade.”

Após meio ano de viagens, faz exame de admissão ao Instituto Politécnico Federal em Zurique (E.T.H.), Suíça. Tenta entrar, apesar de não ter o diploma do secundário e ser mais jovem do que o previsto para ingressar em curso superior. É reprovado nas provas de química, biologia e línguas modernas, mas seus excelentes resultados em matemática e física chamaram a atenção do diretor da escola, que lhe aconselha a concluir o curso secundário na escola cantonal em Aarau, próxima a Zurique.

Durante o curto tempo em que passa nesta escola, escreveu o seu plano para o futuro.

” Se eu tivesse a sorte de passar nos meus exames, iria para Zurique. Ficaria lá durante quatro anos para estudar matemática e física. Imagino-me tornando professor naqueles ramos das ciências naturais, escolhendo a parte teórica deles. Eis as razões que me levam a este plano. Acima de tudo, esta é minha disposição para pensamento abstrato e matemático, e minha falta de imaginação e habilidade prática “.

Ficou mais do que feliz nesse ambiente livre e motivador da escola cantonal, e só se preocupava com um problema que nem ele, nem seu professor sabiam resolver: queria saber qual o aspecto que teria uma onda luminosa para alguém que a observasse viajando com a mesma velocidade que ela! Pareceria congelada? Este problema voltaria tempos depois, quando Einstein formulou sua teoria da Relatividade.

Em setembro de 1896 foi aprovado nos exames finais, o que lhe concedia admissão em uma universidade. Com exceção de francês, suas notas foram boas em todas as matérias, especialmente em matemática, física, canto e música (violino)..

É finalmente admitido no E.T.H. em 1896.

Para sua surpresa e decepção, a Escola Politécnica não atendia suas expectativas. Ao contrário da escola de Aarau, onde as aulas se desenvolviam em estimulantes discussões, na ETH os professores se contentavam em ler, em voz alta, livros inteiros! Para fugir do tédio de aulas tão monótonas, Einstein decide “matar aulas”, aproveitando o tempo livre para ler obras de física teórica.

Ao concluir o curso, em agosto de 1900, ele fica na esperança de ocupar o cargo de assistente do professor Hurwitz, para logo depois descobrir que perdeu o emprego por influência do seu ex-orientador, H.F. Weber. Começam aqui as manifestações de má vontade de seus ex-professores. Einstein procurou emprego durante muito tempo. Enquanto isso, dedicava algumas horas do dia lecionando numa escola secundária.

Conrad Habicht, Maurice Solovine e Albert Einstein

Conrad Habicht, Maurice Solovine e Albert Einstein

ACADEMIA OLÍMPIA

Na páscoa de 1902, Maurice Solovine leu um anúncio num jornal de Berna segundo o qual Albert Einstein dava aulas particulares de matemática e física por três francos a hora. No terceiro dia de aula, Einstein desistiu de cobrar e sugeriu que eles tivessem apenas reuniões diárias para discutir o que bem entendessem.

Algumas semanas depois Conrad Habicht começou a participar das discussões.

Para ridicularizar as verdadeiras academias científicas, passaram a se autodenominar Akademie Olympia.

Foi com esses dois colegas e com Michele Besso que Einstein discutiu as idéias científicas que resultaram nos extraordinários trabalhos publicados em 1905.

Destas animadas reuniões ele ainda se lembrava nostalgicamente no fim de sua vida. Eventualmente Einstein dava um concerto de violino. Se o ambiente era intelectualmente rico, a janta era triste; comiam geralmente uma salsicha, uma fruta, um pedaço de queijo, mel e uma ou duas xícaras de chá. Dos três, o único que escreveu algo sobre essas reuniões foi Solovine.

Na introdução do seu livro, Albert Einstein: Letters to Solovine, ele diz que para discutir filosofia e ciência, eles leram Platão, Spinoza, Karl Pearson, Stuart Mill, David Hume, Ernst Mach, Helmholtz, Ampère e Poincaré. Mas também leram obras literárias de Sófocles, Racine e Charles Dickens. Desses, os que mais influenciaram Einstein foram Hume, Mach e Poincaré.

Inversamente, nos últimos anos de sua existência, Einstein raramente tinha paciência para ler tratados científicos, e tinha que depender de seus amigos para se manter informado acerca de trabalhos desenvolvidos por outros cientistas.

Então, em 1902 consegue um emprego como técnico especializado no Departamento Oficial de Registro de Patentes de Berna, sendo promovido, em 1906, a perito técnico de segunda classe. Einstein permaneceu lá até 1909, quando a Universidade de Zurique convida-o para o cargo de professor.

Os anos que Einstein viveu em Berna foram muito alegres e produtivos. Podia ele tocar seu violino, cujo prazer imenso propiciava-lhe momentos de total meditação.

Contando com o salário do registro de patentes para assegurar-lhe uma vida modesta, e com obrigações profissionais pouco exigentes, sobrava-lhe tempo para a contemplação. Seu raciocínio criador pôde se desenvolver a passos largos. Seus três célebres enunciados de 1905 foram insuperáveis em brilhantismo lógico e ousadia.

Mileva Maric

Mileva Maric

Mileva Maric e Albert Einstein estudaram juntos na Escola Politécnica de Zurique nos últimos anos do século XIX. Ela era a única mulher da faculdade e se destacava principalmente em matemática. Concluíram o curso no primeiro semestre de 1900, mas ela fracassou, por duas vezes, nos exames para a obtenção do Diploma de professor secundário. Durante a segunda tentativa, em julho de 1901, ela estava com uma gravidez de três meses (Lieserl, a filha de Einstein cujo destino é desconhecido). Deprimida, retorna à casa paterna e abandona o plano para a obtenção do diploma da ETH.

Casaram-se em 1903 e tiveram dois filhos: Hans Albert e Eduard. Após dez anos de desentendimentos, separaram-se no ano de 1913. Mileva, que sofre de uma tuberculose cerebral. O marido cientista, então, resolve não incomodá-la com a questão do divórcio. Embora só tenha formalizado o divórcio em 1919, a setembro de 1917 Einstein muda-se para a casa da sua prima, Elsa Löwenthal, com quem vive até a morte dela, em 20 de dezembro de 1936.

Alguns autores pesquisaram sua vida durante décadas, como Djordje Krstic, cujo livro “Albert e Mileva Einstein – seu amor e colaboração”, que foi publicado em sérvio após sair em esloveno e inglês, apresenta uma série de argumentos defendendo que as obras revolucionárias foram produto de um trabalho em comum.

Segundo Krstic, o casal trabalhou junto até 1913 ou 1914, quando se separaram e, cinco anos mais tarde, se divorciaram. A separação representou um golpe para ela do qual nunca se recuperou.

Os biógrafos de Mileva Maric concordam que ela viveu à sombra de seu marido, entregue totalmente a ele e à família, orgulhosa de dizer que ambos formavam “uma pedra”, que é a tradução literal da palavra alemã “einstein”. “O interesse tanto na Sérvia como no mundo pela vida dela despertou há cerca de 20 anos, quando foram publicadas as cartas de amor que Mileva guardou até sua morte e que “são de valor incalculável porque revelam como Albert Einsten crescia como cientista junto a ela”, explica a doutora Bozic.

Em 1994, a Universidade de Novi Sad criou o prêmio Mileva Maric para o melhor estudante de matemática. Também há um projeto para transformar em museu a formosa casa que seu pai construiu para ela em Novi Sad.

Em 1905, Einstein elaborou sua tese de doutoramento pela University of Zurich (Universidade de Zurique ) a qual foi dedicada a seu amigo Grossmann e que recebeu o título ” On a new determination of molecular dimensions ” ( Sobre uma determinação nova de dimensões moleculares ). Sua tese apareceu publicada na edição da revista científica alemã ” Annalen der Physik ” ( Anais da Física ) que continha os seus cinco artigos.

O quarto artigo, intitulado “Sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento”, revolucionou a Física Newtoniana. É a que faz a síntese da mecânica clássica, da óptica e da teoria eletromagnética de Maxwell. Demonstrou que o espaço e o tempo não são independentes entre si, mas relativos; e que a massa é uma grandeza relativa e não absoluta, variando com o movimento.

O quinto artigo deu-lhe o título de “A inércia de um corpo depende do seu conteúdo em energia?” e é o corolário do precedente.

Einstein desenvolve a nova idéia de equivalência entre massa e energia. Einstein expôs a formulação inicial da teoria da relatividade que, mais tarde, o tornaria mundialmente conhecido. Einstein propôs a famosa equação E = mc2. Esta equação afirma que a massa de qualquer objeto é diretamente proporcional à sua energia

(E = energia, m = massa do objeto, c = velocidade da luz).

Teoria da relatividade de Einstein

Teoria da relatividade de Einstein

Na época em que foram apresentadas, as teorias de Einstein, além de serem complexas eram altamente polêmicas, gerando muita controvérsia.

EINSTEIN, O FILÓSOFO

A sua forma de fazer ciência era também nova.

Era uma ciência filosófica: sentava-se, usava a imaginação, escrevia equações, voltava à realidade, via se havia que fazer ajustes, regressava à teoria… A ciência não era assim até então, baseava-se em fatos comprovados nos laboratórios.

“Todos os conhecimentos humanos começam por intuições, avançam para concepções e terminam com idéias”. Filosofo Emmanuel Kant (1724-1804)

“Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis do Universo – o único caminho é o da intuição”. Albert Einstein

Einstein uma vez indagou:

Como trabalha um poeta?
Como assim? – preocupou-se o amigo.
Quero dizer, como vem a concepção de um poema?
Não sei, apenas sinto. Ela simplesmente surge.

Mas é isso mesmo que se dá com um cientista. – concluiu po cientista. – O mecanismo do descobrimento não é lógico… Você não vê? É uma iluminação súbita, quase êxtase. Há uma conexão com a imaginação. E imaginação é mais importante que o conhecimento.

Eu penso 99 vezes e nada descubro. – disse Albert – Deixo de pensar, mergulho em um grande silêncio e a verdade me é revelada. A mente avança até o ponto onde pode analisar, mas depois passa para uma dimensão superior, sem saber como lá chegou. Todas as grandes revelações realizaram este salto.

O espaço e tempo sem um corpo, mas um corpo não pode existir sem espaço-tempo. Tudo que existe, tudo que observamos vira nosso conhecimento, não é?

Tempo e espaço são conceitos que temos intuitivamente. Logo, tudo que existe, todo nosso conhecimento, está baseado na intuição cósmica.

A observação se baseia nos nossos sentidos que nos dão apenas a mera aparência da realidade. Você tem que se libertar da ilusória algema dos sentidos. A intuição é nossa estação de partida. A imaginação é a nossa estrada que precisa ser trilhada com o raciocínio. Só assim você, eu, todos nós, conseguiremos chegar ao nosso destino, o livre conhecimento. (Trecho retirado do livro Caio Zip em: Einstein Picasso Chaplin e Agatha)

A partir dessa nova visão, baseado na leitura desde a juventude de livros com “Critica da Razão Pura” de Kant, Einstein confronta com a teoria de Newton e as leis das mecânica que estavam estabelecidas têm de ser modificadas. Uma das características dessa transformação é que quando as coordenadas são transformadas, o tempo também tem de ser alterado. Aí começa uma nova mecânica. Se eu estou em movimento, o intervalo de espaço é diferente em dois referenciais, logo o tempo tem de ser diferente também para que a razão seja sempre a mesma. Intervalos de espaço e de tempo são diferentes em referenciais diferentes. Os intervalos são relativos, por isso a teoria é denominada RELATIVIDADE. Não há simultaneidade em referenciais em movimento.

É possível comprovar que os relógios, quando comparados entre si: o que está em movimento anda mais lentamente. Se um relógio for colocado num Concord, depois de uma viagem de algumas horas podemos compará-lo com outro e há diferenças. São ínfimas, mas são mensuráveis e coerentes com a teoria de Einstein.

CONTINUANDO A VIDA DO CIENTISTA E FILÓSOFO…

De 1909 a 1932 foi professor de Física Teórica das Universidades de Zurique, de Praga e de Berlim.

Construiu a nova teoria Geral da Relatividade em 1915, e em 1921 foi premiado com o Premio Nobel da Física.

Einstein tem contribuições importantes em quase todas as áreas da física, mas, sem qualquer dúvida, suas contribuições mais impactantes foram aquelas relacionadas com a teoria da relatividade restrita e com a teoria da relatividade geral.

Naturalizado norte-americano em 1940, país para onde emigrou em 1933, forçado pela ascensão do nazismo e onde passou a lecionar no Institute for Advanced Study de Princeton, em New Jersey, Einstein, que toda a vida se preocupou com os problemas sociais, sendo um pacifista ativo e um defensor do judaísmo, em 1952 foi convidado para presidente de Israel, o que rejeitou.

Sendo um grande e profundo pensador, deleitava-se no silêncio da reflexão científica e filosófica e, embora conhecido como cientista, é autor de muitos e belos pensamentos.

Morreu em Princeton no ano de 1955.

Curiosidades

O INCOMPREENDIDO

Demorou até 1921 para ganhar o Nobel?

Na verdade, Einstein foi rejeitado oito vezes pela Comissão do prêmio de 1910 a 1921, pois os jurados se mantinham divididos quanto à questão da Relatividade. Chegaram até indicar um membro para analisar a Teoria, mas foi em vão, ele não conseguiu compreendê-la. O comitê Nobel para Física da Academia Real de Ciências da Suécia, então, não ousou conceder o prêmio com medo que algum dia alguém comprovasse que a Teoria estava incorreta.

Quando enfim deram o prêmio Nobel, no valor de 32 mil dólares, foi pelo trabalho sobre o efeito fotoelétrico.

Com seu humor irônico de sempre, deixou a todos surpresos na hora de discursar pela premiação ao ficar destacando somente a teoria da Relatividade e nenhuma linha sobre o efeito fotoelétrico.

Einstein repassou a Mileva Maric o dinheiro do Nobel, em cumprimento a um acordo de divórcio.

O MÚSICO

Aos 6 anos de idade, incentivado pela mãe, o que depois foi consolidado com lições de Heller Schmidt dos 6 aos 13 anos, o violino viria a tornar-se um instrumento fundamental ao longo de toda a sua vida quando pretendia refletir sobre suas teorias.

Ele também gostava de compor ao piano hinos religiosos. Ele aprendeu a tocar sozinho, ouvindo a talentosa pianista que era a sua mãe e, em casa, recebia aulas de religião judaica. Aos 12 anos porém quando estava se preparando para o seu bar mitzvah ele perdeu o que chamou mais tarde de seu “paraíso religioso da juventude”. O que o chocou de modo particular e o levou a uma rejeição de qualquer concepção antropomórfica de Deus por toda a sua vida, foi uma citação de Xenófanes: “Se bois pudessem pintar, eles representariam seus deuses em forma de boi”. Einstein chamou sua convicção religiosa de um “sentimento religioso cósmico”.

Em Berlim, no ano de 1919, uma pequena orquestra formada por escritores e cientistas costumava reunir-se frequentemente na casa do matemático Hadamar. O repertório predileto desses músicos amadores era formado pelas sinfonias de Mozart e algumas obras de Beethoven

Albert Einstein

Albert Einstein

Fazia-lhes falta um bom primeiro violino. Jacques resolveu o problema, trazendo para o grupo um novo colega chamado Albert Einstein. Este ainda era um desconhecido fora dos círculos especializados e poucos integrantes sabiam que o novo violinista dirigia um famoso instituto alemão e era constantemente indicado para o prêmio Nobel da Física.

Leia o testemunho do novelista George Duhamel, sobre a participação de Einstein em seu primeiro ensaio: “Einstein era um bom violinista. Tocava com clareza e rigor, observando suas entradas com absoluta precisão, mas sem fazer o menor esforço para destacar-se sobre os demais. Nos momentos de inatividade levantava seu nobre rosto, cuja expressão era uma mistura de candura e inteligência. Estava bem vestido, mas nele tudo era simplicidade. Sentia-se que ele não dava importância às vestimentas. Já a música representava um enorme valor para seu espírito. Quanta devoção, quanta modéstia havia na personalidade desse mestre. Lembro-me, sobretudo, de alguns ensaios, em que líamos e estudávamos a Sinfonia Júpiter, de Mozart. Esta obra se transformou para mim em um símbolo de recordação de Einstein”.

O NAVEGADOR

Quando não trabalhava, gostava do contato com a natureza, era um navegador entusiasmado. Adorava a solidão. Isolava-se num veleiro ou então caminhava sozinho pelas montanhas.

Einstein adorava um local chamado Caputh (pequena aldeia perto de Berlim), onde tinha uma casa de veraneio às margens de um lago. A casa foi um presente dos cidadãos ao cientista em reconhecimento por seu grande prestígio internacional. Lá, ele passou seus verões e nesse lugar, que considerava “o paraíso”, fazia passeios com um veleiro que ganhou de presente de seus amigos, pelo seu 50 º aniversário. O cientista chamava o barco de “my thick sailing boat”.

Mas como nada é perfeito, o cientista teve que abandonar o local, fugindo do nazismo, indo se exilar nos EUA.

Tropas de choque alemãs revistaram a casa de campo de Einstein, em busca de armas e munição, pois tinham informações de que ele dera permissão para militantes comunistas estocarem equipamento militar em sua propriedade. Nada foi encontrado, além de uma faca de pão! Tais acontecimentos haviam sido previstos por Einstein. Ao fechar a casa em Caputh ele teria dito a Elsa: “Dreh dich um. Du siehst’s nie wieder” (“Olha em volta. Não voltarás a vê-la.”

No lago de Princeton, com seus cabelos brancos rebeldes e sua livre imaginação, continuou a velejar, a deixar sua mente vagar por outros mundos

No lago de Princeton, com seus cabelos brancos rebeldes e sua livre imaginação, continuou a velejar, a deixar sua mente vagar por outros mundos

O IMAGINATIVO

Albert apreciava jogos que requeriam uma certa paciência e tenacidade, e de preferência que pudessem ser realizados individualmente. Em vez de brincadeiras infantis com as outras crianças, no jardim, preferia construir, sozinho, complicadas estruturas com cubos de madeira e grandes castelos de cartas. Aos sete anos ele demonstrou o teorema de Pitágoras, para surpresa do seu tio Jakob, que poucos dias antes lhe ensinara os fundamentos da geometria.

Gostava de fazer experiências mentais. Por exemplo, o que aconteceria se viajasse ao lado de um raio de luz? Ou se estivesse a cair do telhado de uma casa?

Estas duas experiências mentais foram importantes para desenvolver a relatividade restrita e a geral

Na escola, Albert sentia grande dificuldade para se adaptar às normas rígidas do estudo. Os professores eram muito autoritários e exigiam que os alunos soubessem tudo de cor.

Geografia, história e francês eram grandes suplícios e, particularmente, o grego constituía obstáculo quase intransponível: decorar conjugações de verbos era para ele um horror! Enfim, no conjunto das suas habilidades infantis, nada deixava transparecer o gênio que viria a ser; seus familiares acreditavam até que ele poderia ter algum tipo de dislexia. Preferia mais as matérias que exigiam compreensão e raciocínio, tal como a matemática.

Em consequência das suas dificuldades para memorizações ele se desinteressava pelas aulas que exigem tais habilidades, provocando violentas reações dos seus professores. Tanto, que certo dia o diretor da escola, coincidentemente o professor de grego, convoca-o para uma reunião e declara, entre outras coisas, que seu desinteresse pelo grego era uma falta de respeito pelo professor da disciplina, e que sua presença na classe era péssimo exemplo para os outros alunos.

Encerrando a reunião, o professor disse que Einstein jamais chegaria a servir para alguma coisa (Fölsing, p. 28)

Educado no ambiente militarista da Alemanha dos anos 1880, o pequeno Albert nunca quis ser soldado. Certo dia, durante um desfile militar, seus pais asseguraram que ele um dia também poderia usar um daqueles belos uniformes. O garoto, por volta dos sete anos, respondeu que “detestaria ser um desses coitados”. Também evitava atividades competitivas, incluindo aí xadrez. Aos 16 anos solicitou a cidadania suíça, para evitar o serviço militar na Alemanha.

Em suas notas autobiográficas, Einstein conta que ficou tão enfastiado das questões científicas que, logo depois de se formar, passou um ano inteiro sem ler as revistas especiais que eram publicadas. Isto possivelmente pelo fato de já haver, durante o curso, feito a leitura de todos os grandes cientistas da época – particularmente Helmholtz, Hertz e Boltzmann – adiantando-se ao programa estabelecido pela Faculdade. Preferia ficar lendo em casa a ir assistir às aulas.

Um de seus professores de matemática, Hermann Minkowski, que mais tarde foi o primeiro a interpretar geometricamente a Teoria da Relatividade Restrita, quando viu o artigo de Einstein publicado na revista Annalen der Physik , em 1905, ficou estarrecido. “Será que é o mesmo Einstein?” – comentou com um colega – E quem era aquele meu aluno há alguns anos atrás? Naquela época ele parecia conhecer muito pouco do que lhe era ensinado!

USAR SAPATO SEM MEIA?

Quando a segunda esposa Elza lhe pediu para adotar hábitos mais saudáveis, respondeu que preferia “pecar tanto quanto puder: fumar como uma chaminé, trabalhar feito um condenado, comer sem moderação, caminhar só quando tiver boas companhias, ou seja, quase nunca, dormir irregularmente, etc.”

No cotidiano era avesso a formalidades, começando pelas regras de vestuário. Quando começou a carreira como professor universitário na Suíça em 1909, era apontado como alguém que se vestia aquém da elegância do cargo. Após a morte de sua segunda mulher, em 1936, seus padrões se tornaram ainda mais anticonvencionais. Vivia em Princeton, nos Estados Unidos. Os suéteres amassados e os sapatos que calçava sem meias fizeram dele uma figura folclórica no campus.

Apesar de ter uma aparência desleixada, avesso às regras, estava longe do mito do cientista desligado. ”Era muito interessado em questões históricas e políticas.

No tempo da Guerra, sempre costumava dar sua opinião. Durante a Primeira Guerra, ele fazia propaganda antibelicista, defendia o diálogo entre as nações, ao mesmo tempo em que se dedicava aos seus estudos sobre gravitação. O excesso de trabalho na década de 20 chegou a provocar um colapso físico, sendo tratado pela prima Elsa Lowental, com quem se casou depois.

O PACIFISTA SEM PAZ

Frente à ameaça nazi-fascista, concluiu que uma guerra pode ser justa se “o inimigo busca o extermínio da vida em si mesma”. Foi criticado por outros militantes do movimento pacifista, mas sustentou sua posição. Assinou uma carta enviada ao presidente americano Franklin Roosevelt, que defendia a realização de estudos sobre o uso da energia nuclear. A carta foi um dos fatores decisivos para a criação da bomba atômica. Não se dizia culpado, mas no pós-guerra retomou imediatamente a atividade pacifista, afirmando, ainda em 1945, que “a bomba trouxe a vitória, mas não a paz”.

Seu trabalho no Instituto de Estudos Avançados centrou-se na unificação das leis da física, que ele chamava de Teoria do Campo Unificado. Não conseguiu encontrar uma teoria que permitiria englobar todos os fenômenos gravitacionais e eletromagnéticos, como em uma única estrutura lógica.Tentou. Isolou-se em profunda meditação, mas não conseguiu.

Albert Einstein – Sua vida e sua obra

Do nascimento em Ulm (14/03/1879), pequena cidade ao sul da Alemanha, à juventude em Zurique, Einstein, para usar um dito popular, comeu o pão que o diabo amassou. Entre mudanças de cidades e falências das empresas do seu pai, Einstein enfrentou o autoritarismo da escola alemã e os preconceitos raciais tão intensos naquela época. Logo cedo demonstrou aptidão para atividades individuais. Ao invés de jogos infantis no jardim, com as outras crianças, preferia construir, sozinho, complicadas estruturas com cubos de madeira e grandes castelos de cartas de baralho, alguns com catorze andares. Aos sete anos ele demonstrou o teorema de Pitágoras, para surpresa do seu tio Jakob, que poucos dias antes lhe ensinara os fundamentos da geometria (Fölsing, p.22).

Mas, se para a matemática e para as ciências naturais ele era mais do que bem dotado, porque possuidor de grande intuição e habilidade lógica, para as disciplinas que exigiam capacidade de memória era um fracasso! Geografia, história, francês e, particularmente, o grego constituíam obstáculos quase intransponíveis; decorar conjugações de verbos era para ele um horror! Enfim, no conjunto das suas habilidades infantis, nada deixava transparecer o gênio que viria a ser; seus familiares acreditavam até que ele poderia ter algum tipo de dislexia (Clark, p.27).

Em conseqüência das suas dificuldades para memorizações ele se desinteressa pelas aulas que exigem tais habilidades, provocando violentas reações dos seus professores. Tanto, que certo dia o diretor da escola, coincidentemente o professor de grego, convoca-o para uma reunião e declara, entre outras coisas, que seu desinteresse pelo grego era uma falta de respeito pelo professor da disciplina, e que sua presença na classe era péssimo exemplo para os outros alunos.

Encerrando a reunião, o professor disse que Einstein jamais chegaria a servir para alguma coisa (Fölsing, p. 28). A partir desses fatos, parece natural, à luz da psicanálise, o “esquecimento” que Einstein sempre demonstrou ter em relação à sua infância e à sua adolescência. Apenas três fatos desse período lhe são relevantes: as lições de violino que sua mãe lhe dava, as “aulas” de geometria do seu tio Jakob e a história da bússola. Certo dia, quando aos cinco anos se recuperava de uma enfermidade, Einstein ganhou do pai uma bússola de bolso que lhe causou profunda impressão, pois o ponteiro sempre apontava para o mesmo lugar, não importando a posição em que a bússola fosse colocada. Nas suas notas autobiográficas (Schilpp, p.9) ele descreve esta reação com a palavra alemã “wundern”, que pode ser traduzido por “milagre”. O mesmo tipo de sensação ele teve quando aos doze anos leu um livro de geometria, e imediatamente lembrou-se da demonstração do teorema de Pitágoras que fizera aos sete anos. Da sua época colegial ele costumava dizer que “os professores da escola primária pareciam sargentos, e os do ginásio pareciam tenentes” (Frank, p.11).

Aos quinze anos Einstein abandona o Gymnasium e parte para Milão, onde vivem seus pais. Um ano depois seu pai comunica que não pode mais lhe dar dinheiro, pois a fábrica estava, mais uma vez, à beira da falência. “É preciso que você arranje uma profissão qualquer, o mais rápido possível” (Levy, p.24), sentencia o senhor Hermann Einstein. Foi então que Albert decidiu fazer física, mas, não possuindo o diploma do Gymnasium, ele não podia entrar na universidade. Como alternativa ele poderia freqüentar um instituto técnico, e Einstein escolhe simplesmente o mais renomado da Europa central, a Escola Politécnica Federal (Eidgenössische Technische Hochschule), a ainda hoje famosa ETH, em Zurique (Suiça). Na primeira tentativa de ingresso ele é reprovado nas provas de botânica, zoologia e línguas modernas, mas seu excelente resultado em física chamou a atenção do diretor da escola, que lhe aconselha a freqüentar uma escola cantonal em Aarau, próxima a Zurique, a fim de obter o diploma dos estudos secundários, com o qual adquiriria o direito de freqüentar a ETH, ou a universidade.

Em 1895, aos dezesseis anos, Einstein estava mais do que feliz no ambiente livre e motivador da escola cantonal, e se preocupava com um problema que nem ele, nem seu professor sabiam resolver: queria saber qual o aspecto que teria uma onda luminosa para alguém que a observasse viajando com a mesma velocidade que ela!! Este problema voltaria tempos depois, quando Einstein formulou sua teoria da relatividade.

Em 1896, após a conclusão do secundário, ele é aceito na ETH como estudante de matemática e física, mas, para sua surpresa e decepção, a Escola Politécnica não atendia suas expectativas. Ao contrário da escola de Aarau, onde as aulas se desenvolviam em estimulantes discussões, na ETH os professores se contentavam em ler, em voz alta, livros inteiros! Para fugir do tédio de aulas tão monótonas, Einstein decide “gazeteá-las”, aproveitando o tempo livre para ler obras de física teórica.

Devora livros e mais livros que os professores da ETH deixavam de lado: Boltzmann, Helmholtz, Hertz, Kirchhoff, Maxwell, entre outros.

Aqui, como no ginásio alemão, ele atrai a má vontade dos seus professores, e isso lhe custará caro.

Para ilustrar a imagem que alguns professores tinham de Einstein, conta-se que Minkowski teria dito, alguns anos depois do artigo sobre a teoria da relatividade: “para mim isso foi uma grande surpresa, porque na época dos seus estudos Einstein era um preguiçoso. Ele não demonstrava qualquer interesse por matemática” (Feuer, p.94).

Esses quatro anos passados na ETH (1896-1900) são apenas superficialmente documentados na literatura.

Nas suas notas autobiográficas (Schilpp, p. 3-95), Einstein diz que ali teve excelentes professores, mas menciona apenas dois: Hurwitz e Minkowski.

Confessa que passou a maior parte do tempo nos laboratórios, fascinado com as experiências, e que era aluno negligente na maioria dos cursos; confessa também que usou os apontamentos de um aluno aplicado para se submeter aos exames. Sabe-se hoje que esse colega era Marcel Grossmann (Levy, p.32; Fölsing, p.53), a quem Einstein dedica sua tese de doutorado, “Sobre uma nova determinação das dimensões moleculares” (“Eine neue bestimmung der moleküldimensionen”), apresentada na Universidade de Zurique em 1905.

São as cartas trocadas entre Einstein e Mileva Maric, sua primeira mulher (Renn e Schulmann), que melhor esclarecem esse período passado na ETH. Sabe-se, a partir desse material, que ele adora ler Helmholtz e Hertz. Essas leituras constituem, provavelmente, o impulso inicial para a teoria da relatividade.

Vejamos o que ele diz em carta de 1899: “(…) estou relendo Hertz, a respeito da propagação da força elétrica, com muito cuidado, porque não entendi o tratado de Helmholtz sobre o princípio da mínima ação em eletrodinâmica. Estou cada vez mais convencido de que a eletrodinâmica dos corpos em movimento, como é apresentada hoje, não corresponde à realidade, e que será possível apresentá-la de modo mais simples. A introdução do termo ‘éter’ em teorias de eletricidade levou à concepção de um meio cujo movimento pode ser descrito sem ser possível, creio eu, atribuir um sentido físico a ele. Acho que as forças elétricas podem ser diretamente definidas apenas para espaços vazios – algo que Hertz também enfatiza” (Renn e Schulmann, p. 49). Em outra carta do mesmo ano, ele diz: “Tive uma boa idéia em Aarau para investigar a maneira com que o movimento relativo de um corpo com relação ao éter luminífero afeta a velocidade de propagação da luz em corpos transparentes. Até pensei em uma teoria sobre o fenômeno que me parece bastante plausível” (Renn e Schulmann, p.54).

A despeito de toda privação material a que estava submetido, chegando mesmo a passar dias alimentando-se precariamente, o ambiente cultural de Zurique lhe proporcionava momentos de grande felicidade.

Como se sabe, nessa parte da Europa central estavam em gestação naquele momento as três grandes revoluções da virada do século: o marxismo, a psicanálise e a física moderna. A agitada Zurique é então considerada o berço pacífico das revoluções européias; por ali circulam personalidades hoje famosas: Lenin, Trotsky, Plekhanov (para alguns o grande mentor da revolução soviética), Rosa Luxemburg, Théodor Herzl (o fundador de Israel), Chaim Weizman (o primeiro presidente de Israel). Nas repúblicas estudantis se discute o socialismo, e o clima de liberdade é inebriante. Ao chegar a Zurique, em 1900, para trabalhar no hospital psiquiátrico Burghölzli, Jung logo percebe, como declarou anos depois, essa atmosfera de liberdade (Feuer, p.33).

É nesse ambiente cultural que o jovem Einstein forja sua cultura científica. Lê Kant entre a adolescência e a juventude e se inicia, durante o período da ETH, na leitura de autores socialistas, particularmente Marx e, evidentemente, Mach. Tais leituras foram, aparentemente, induzidas pelo seu colega Friedrich Adler. Estudante de física com propensão à filosofia, Adler era verdadeiramente um ativista político e, já na adolescência, um inveterado leitor dos clássicos do marxismo. Mais tarde abandona a carreira científica para se dedicar à política, ocupando vários cargos importantes no partido socialista austríaco. Em 1916 choca o mundo ao assassinar o primeiro ministro da Áustria. Seu julgamento, em 18 e 19 de maio de 1917, resulta na condenação à morte; posteriormente teve sua pena comutada para prisão perpétua, e ao final da guerra foi anistiado. Para Einstein, Adler parecia ser o único estudante que havia realmente entendido o curso de astronomia (Feuer, p.38). Esta capacidade intelectual de Adler parecia vir do berço; para Engels, Victor Adler, pai de Friedrich, era “o mais capaz entre os chefes da Segunda Internacional” (Feuer, p. 48).

Em busca do primeiro emprego

Em cartas de 1900, percebe-se a natural preocupação de Einstein com a obtenção de um emprego. Ao concluir o curso, em agosto de 1900, ele manifesta esperança de ocupar o cargo de assistente do professor Hurwitz (Renn e Schulmann, p.65), para logo depois descobrir que perdeu o emprego por influência do seu ex-orientador, H.F. Weber (Renn e Schulmann, p. 68). Começam aqui as manifestações de má vontade de seus ex-professores. Tenta, em vão, empregos de assistente nas Universidades de Göttingen e de Leipzig. Aliás, o cargo de assistente na Universidade de Göttingen dificilmente seria ocupado por Einstein, pois exigia o doutorado. No entanto, havia outro cargo na mesma universidade que não exigia o doutorado, mas foi ocupado por Johannes Stark, que veio a se transformar em ardoroso nazista e ferrenho anti-semita. É interessante chamar a atenção para a existência do preconceito anti-semita, já que isso incomodava Einstein sobremaneira. O insucesso na obtenção de um emprego universitário, logo após a formatura, obriga Einstein a aceitar um cargo temporário numa escola secundária; alguns meses depois está desempregado e passa a ministrar eventuais aulas particulares.

Ainda com o forte impacto do livro de Mach, “História da Mecânica” (Schilpp, p.21) e sob a influência inicial de Adler, Einstein prossegue seus estudos científicos com uma visão política marxista. Em 1902, quando se transfere para Berna, um pouco antes de assumir seu primeiro emprego fixo, no Departamento Suiço de Patentes (23 de junho de 1902), Einstein “cria”, ao lado de dois amigos, Conrad Habicht e Maurice Solovine, a Academia Olímpia, que, como toda academia, tem seus “membros correspondentes” (Paul Habicht, Michele Besso e Marcel Grossman). Esse grupo de boêmios, recém-formados à procura de emprego, constitui uma contra-cultura das mais profícuas da história da ciência; pode-se comparar a Academia Olímpia ao grupo de discussão liderado por Freud, e que na mesma época se reunia em Viena.

As discussões na Academia Olímpia giravam em torno de ciência, filosofia e política, a partir das idéias de Marx e Mach. Com esses colegas Einstein discute seus primeiros trabalhos sobre a teoria da relatividade, mas muito mais do que interesse científico embutido na formação da Academia Olímpia, havia, sobretudo, um conflito de gerações e uma motivação sócio-política muito próxima dos ideais marxistas; Adler estava por ali para fornecer o suporte teórico!! Simpatias pessoais são elementos poderosos na fermentação de idiossincrasias e perfis psicológicos.

Em 1908, sensibilizado com a situação do amigo, Adler escreve ao pai: “(…) há um homem chamado Einstein que estudou ao mesmo tempo que eu, e seguiu os mesmos cursos que eu segui. Nossa evolução foi bastante semelhante (…); ninguém se sensibiliza com suas necessidades, ele passou fome durante um certo tempo e durante seus anos de estudos foi tratado com certo desprezo por seus professores da Escola Politécnica; a biblioteca lhe foi fechada, etc., ele não sabia como devia se comportar com as outras pessoas. Finalmente, ele conseguiu um emprego no Departamento de Patentes de Berna e continuou a trabalhar em física teórica, a despeito de todas essas infelicidades. (…) é um escândalo, não apenas aqui, mas também na Alemanha, o fato de que um homem desta qualidade trabalhe no departamento de patentes” (Feuer, p. 39). Um pouco depois dessa carta Einstein é admitido como privadozent na Universidade de Berna.

Numa segunda oportunidade Adler demonstra sua fidelidade ao amigo. Em 1909, quando surgiu uma vaga para Professor Assistente na Universidade de Zurique, um conselheiro, correligionário político de Adler (seu pai ocupava cargo importante no partido socialista) sugeriu seu nome para a vaga aberta.

Ao recusar o cargo, ele declarou perante o conselheiro: “Sendo possível ter um homem como Einstein em nossa Universidade, é um absurdo me nomear.

Não se pode comparar minha habilidade de físico com aquela de Einstein. É um homem que pode elevar o nível geral da Universidade. Não percam esta ocasião”. (Levy, p. 57).

Em 7 de maio de 1909, já famoso, Einstein obtém seu primeiro emprego universitário permanente: Professor Assistente de Física Teórica da Universidade de Zurique

Einsten e Mileva

A imprensa mundial tem explorado o suposto lado perverso da personalidade de Albert Einstein. Essa abordagem, beirando o sensacionalismo, é recorrente quando se trata de mitos e gênios da Humanidade. Esquecem que gênios nas suas especialidades, esses mitos geralmente são absolutamente normais em outras circunstâncias do seu cotidiano, e, como qualquer indivíduo, sujeitos a desvios comportamentais. A história está repleta de exemplos de falsas imagens (valorizadas ou denegridas) de mitos em conseqüência da divulgação de fatos isolados, sem a devida contextualização. É o caso, por exemplo, de uma matéria assinada por Juan Carlos Gumucio (“El País”), veiculada no jornal Folha de São Paulo (FSP) em 27/11/96 (1o caderno, p. 13).

Sob o título Cartas revelam um Einstein dominador, o texto registra as seguintes informações:

1) Mileva Maric, primeira mulher de Einstein, era uma brilhante cientista sérvia que abandonou sua carreira para cuidar dos dois filhos do casal.
2) Em carta de 1914, Einstein teria dirigido a Mileva tratamento mais do que grosseiro (“Você terá de se encarregar de que minha roupa esteja sempre em ordem (…). Você deve renunciar a todo tipo de relações pessoais comigo(…).

Einstein mantinha um relacionamento secreto com sua prima Elsa Lowenthal. Outros meios de comunicação exploraram a informação de que depois da separação, Einstein jamais visitou os filhos.

Tendo o parágrafo acima como única fonte, o perfil de Einstein não poderia ser melhor do que o de um monstro. Todavia, é necessário ter em mente o contexto e o provável cenário psicológico para entender comportamentos aparentemente doentios. Talvez o mais biografado dos cientistas, é natural que muita mistificação tenha se difundido a respeito de Einstein. Todavia, biógrafos como Abraham Pais (que privou da sua amizade), Gerald Holton, Jürgen Renn, Robert Schulmann e Phillip Frank constituem fontes fidedígnas, a partir das quais podemos repor a verdade histórica.

Em primeiro lugar, Mileva Maric não era uma “brilhante cientista”. Era realmente uma mulher de destacada capacidade intelectual, mas daí a ser brilhante, vai uma grande diferença. A ilação de que ela havia colaborado na formulação da teoria da relatividade surgiu logo depois da descoberta, em 1986, de um conjunto de cartas de Einstein, no período em que este tentava conquistá-la. Em uma ou outra dessas cartas, quando Einstein falava nos estudos, referia-se ao “nosso trabalho”. Uma breve polêmica alimentou os meios de comunicação de massa e algumas revistas especializadas, mas o equívoco foi logo evidenciado.

Einstein e Mileva conheceram-se em 1896, quando ambos ingressaram na ETH, juntamente com Marcel Grossman, Louis Kollross, Jakob Ehrat e outros seis calouros. Concluíram o curso no primeiro semestre de 1900, mas ela fracassou, por duas vezes, nos exames para a obtenção do Diplom de professor secundário.

Durante a segunda tentativa, em julho de 1901, ela estava com uma gravidez de três meses (Lieserl, a filha de Einstein cujo destino é desconhecido). Deprimida, retorna à casa paterna e abandona o plano para a obtenção do diploma da ETH.Casaram-se em janeiro de 1903. Em maio de 1904 nasce o primogênito, Hans Albert. O segundo filho, Eduard, nasce em julho de 1910, quando são evidentes os sinais de desgaste do casamento. Já em 1909, Mileva escreve para uma amiga reclamando que a fama de Einstein não lhe deixa tempo para a família. Torna-se cada vez mais taciturna e descuidada com a aparência. O sonho estava chegando ao final, mas a gota d’água foi a transferência para Berlin, em 1914, quando supostamente Einstein escreve uma espécie de memorando dirigido a Mileva, no qual ele estabelece as incríveis condições para continuarem juntos. Mileva e os dois filhos retornam para Zurique. Einstein leva os três até a estação ferroviária, e chora na volta para casa (Pais, 1994, p.18).

A partida de Mileva alíviou a vida de Einstein, mas foi com grande dificuldade que ele enfrentou a separação dos filhos. Ao contrário do que tem sido veiculado em parte da imprensa, Einstein não foi um pai relapso. Através do seu grande amigo, Michele Besso, professor na ETH, Einstein mantém-se informado sobre sua família (Speziali). Em dezembro de 1915 ele informa a Besso sua intenção de ir até Zurique para encontrar-se com seus filhos, mas o constante fechamento da fronteira da Alemanha com a Suiça, em razão da primeira guerra mundial, impede sua viagem. Em maio de 1916 ele se mostra contente pelo fato de que o amigo proporciona momentos de diversão aos seus filhos. A correspondência prossegue, alternando discussões científicas com notícias familiares. Ainda em 1916, mostra-se bastante preocupado com o estado de saúde de Mileva, que sofre de uma tuberculose cerebral. Resolve, momentaneamente, não incomodá-la com a questão do divórcio, que afinal será concedido em 1919. Enfim, Einstein e Mileva viveram quase uma década de grande paixão, com um final tão trágico quanto comum. Nesse contexto é mais do que natural que atitudes extremadas tenham sido tomadas em momentos de insuportável tensão.

Em setembro de 1917 Einstein muda-se para a casa da sua prima, Elsa Löwenthal, com quem vive até sua morte, em 20 de dezembro de 1936. Viúvo aos 57 anos, Einstein permanece nesta condição o resto da sua vida, i.e., até 18 de abril de 1955.

Sua vida conjugal foi conturbada não apenas pela fracasso do primeiro casamento, mas também pelo saúde debilitada de Mileva e do filho caçula, Eduard. Mileva, em constante crise de melancolia, morreu em Zurique, em 1948. Eduard, que herdou do pai os traços faciais e os talentos musicais, herdou da mãe a tendência para a melancolia. Escreveu poesias. Estudou medicina e queria ser psiquiatra. Muito cedo Einstein reconheceu indícios de demência no filho, que veio a falecer no Hospital Psiquiátrico Burgholz, Zurique, em 1965.

Frases de Albert Einstein

“O problema de morar sozinho é que sempre é a nossa vez de lavar a louça”
“O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.”
“Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres.”
“Há duas coisas infinitas: o Universo e a tolice dos homens.”
“No meio de qualquer dificuldade encontra-se a oportunidade.”
“Procure ser um homem de valor em vez de ser um homem de sucesso”
“A teoria é assassinada mais cedo ou mais tarde pela experiência”
“A Matemática não mente. Mente quem faz mau uso dela”
“Algo só é impossível até que alguém duvide e acabe provando o contrário”
“Os ideais que iluminaram meu caminho e sempre me deram coragem para enfrentar a vida com alegria foram a Verdade, a Bondade e a Beleza.”
“A palavra progresso não terá qualquer sentido quando houver crianças infelizes”
“O tempo e o espaço são modos pelos quais pensamos e não condições nas quais vivemos”
“A realidade é uma ilusão, embora bastante persistente”
“Penso 99 vezes e nada descubro. Deixo de pensar, mergulho no silêncio, e a verdade me é revelada.”
“A única coisa que interfere com meu aprendizado é a minha educação.Educação é o que resta depois de ter esquecido tudo que se aprendeu na escola”
“A imaginação é mais importante que o conhecimento.”
“A coisa mais bela que podemos experimentar é o mistério. Essa é a fonte de toda a arte e ciências verdadeiras.”
“A coisa mais dura de entender no mundo é o Imposto de Renda.”
“O mais incompreensível do mundo é que ele seja compreensível. ”
“A paz não pode ser mantida à força. Somente pode ser atingida pelo entendimento.”
“Nunca penso no futuro, ele chega rápido demais.”
“Existem apenas duas maneiras de ver a vida. Uma é pensar que não existem milagres e a outra é que tudo é um milagre.”
“O segredo para a criatividade é sabermos esconder as nossas fontes.”
“A mente intuitiva é uma bênção sagrada e a mente racional é um servo fiel. Criámos uma sociedade que honra o serviço e que esqueceu a bênção.”
“A monotonia e solidão de uma vida calma estimulam a mente criativa.”
“Tornou-se tremendamente óbvio que a nossa tecnologia ultrapassou a nossa humanidade.”
“Tudo o que é verdadeiramente grande e inspirador é criado por indivíduos que podem trabalhar livremente.”
“Temos que fazer o melhor que podemos. Esse é nosso sagrado dever humano.”
“Penso e penso durante meses e anos e por vezes em noventa e nove vezes a conclusão é errada. No entanto acredito que à centésima acerto.”
“O Ensino devia ser de modo a que o que é dado fosse recebido como uma prenda valiosa e não como uma tarefa árdua. ”
“Os pioneiros de um mundo sem guerra são os jovens que recusam o serviço militar.”
“A busca da verdade e da beleza é uma esfera de atividade em que nos é permitido permanecer crianças para toda a vida.”
“A busca da verdade é mais importante que a sua posse. ”
“O senso comum é um conjunto de ideias nocivas adquiridas cerca dos 18 anos.”
“O mundo é lugar perigoso, não devido àqueles que praticam o mal, mas devido àqueles que observam e nada fazem.”
“Não tenho quaisquer talentos especiais. Sou apenas imensamente curioso.”
“O exemplo não é outra forma de ensinar, é a única forma de ensinar.”
“Com a fama tornei-me cada vez mais estúpido, o que obviamente é um fenómeno frequente. ”
“Quero saber os pensamentos de Deus… o resto são detalhes.”
“A ciência sem religião é coxa, a religião sem ciência é cega. ”
“A sabedoria não é um produto da escolaridade, mas da tentativa ao longo de uma vida para a obter. ”
“Poucos são aqueles que vêem pelos seus próprios olhos e sentem pelos seus corações.”
“Não é estranho que eu que escrevi livros tão impopulares seja uma pessoa tão popular? ”
“O valor de um homem reside naquilo que é capaz de dar e não que é capaz de receber. ”
“A única razão para o tempo é para que não aconteça tudo no mesmo instante.”
“Nem tudo o que pode ser quantificado conta, nem tudo o que conta pode ser quantificado.”
“Tentem não ser pessoas de sucesso, mas sim pessoas de virtude.”
“Aquele que alegremente vive unicamente para os estatutos e hierarquias já ganhou o meu desprezo. Por engano foi-lhe dado um grade cérebro, quando lhe bastaria uma espinal-medula. ”
Insanidade: repetir a mesma coisa vezes e vezes sem conta esperando obter resultados diferentes.”
“Qualquer tolo inteligente consegue fazer coisas maiores e mais complexas. É necessário o toque do génio e muita coragem para seguir no caminho inverso. ”
“Todas as coisas devem ser tornadas os mais simples possíveis, mas nem mais um bocadinho. ”
“Aprende com o dia de ontem, vive o de hoje e espera pelo de amanhã. A coisa mais importante é não deixar de fazer perguntas.”
“Nunca penso no futuro; ele chega o suficientemente rápido. ”
“A coisa mais bela que podemos experimentar é o misterioso. É a fonte de toda a verdadeira arte e ciência. Aquele para quem esta emoção é estranha que não consegue imaginar e sentir espanto está tão bom como morto: os seus olhos estão fechados.”
“A perfeição dos meios e a confusão dos fins parecem caracterizar os tempos que correm.”
“Tenha uma profunda fé que os princípios que regem o Universo serão belos e simples. ”
“A verdade é o que resiste aos testes da experiência. ”
“O importante é não para de ser inquisitivo. A curiosidade tem a sua própria razão para existir.”
“A Mecânica Quântica é impressionante. No entanto uma voz interior diz-me que não é a verdade suprema. A teoria explica muita coisa, mas dificilmente nos transporta para mais próximo dos segredos dos Ancião. Em qualquer modo, estou convencido de que Ele não joga aos dados.”
“Os grandes pensadores sempre tiveram uma violenta oposição das mentes medíocres Estas últimas não aceitam quando uma pessoas não se acomoda aos preconceitos hereditários, optando por honesta e corajosamente usar a sua inteligência.”
“O Senhor é subtil, mas não malicioso. ”
“Seres humanos, vegetais e poeira cósmica: todos dançamos uma música misteriosa tocada à distância por um músico invisível. ”
“Se acredito na imortalidade? Não, e uma vida é o suficiente para mim.”
“Que estranhos somos, nós mortais! Cada um de nós está aqui para uma breve jornada cujo propósito não sabemos embora por vezes o possamos sentir. Mas sabemos da vida diária que existimos para os outros, principalmente para aqueles de cujos sorrisos e bem-estar depende a nossa felicidade.”
“Os cientistas foram classificados como hereges pela Igreja, mas eram homens verdadeiramente crentes na sua fé da ordem do Universo. ”
“Não acredito que o Senhor Deus jogue aos dados. ”
“A teoria da Relatividade Geral numa frase: O tempo, o espaço e a gravitação não têm uma existência independente da matéria. ”
“Não sabemos absolutamente nada. A nossa sabedoria é a de crianças de escola. A verdadeira natureza das coisas nunca a saberá.”
“Ensinem-me baseball que eu ensino-vos relatividade… Não podemos ir por aí… aprenderão relatividade mais depressa que eu aprenderei baseball.”
“Por cada milhar de milhão de partículas de anti-matéria existia um milhar de milhão e mais uma partícula de matéria. Quando se concluiu a aniquilação ficamos com um milimilionésimo das partículas e esse é o nosso Universo atual.”
“A vida é como andar de bicicleta. Para mantermos o equilíbrio é preciso continuar em movimento.”
“Enquanto houver homens haverá guerras. ”
“O Nacionalismo é uma doença infantil, o sarampo da Humanidade. ”
“Acredito na estandardização dos automóveis, não da espécie humana.”
“Para conhecer um país é preciso um contato direto com a Terra. É inútil olhar a paisagem através do vidro de um automóvel. ”
“Adoro viajar, mas detesto chegar. ”
“A política é mais difícil que a Física.”
“Uma natureza finamente temperada anseia sair da vida pessoal para o mundo da percepção objetiva e do pensamento. ”
“Tanto quanto as leis da matemática se referem à realidade, não são exatas; tanto quanto são exatas, não se referem à realidade.”
“Não acredito na Matemática. ”
“Não sei quais serão as armas da 3ª Guerra Mundial, mas a 4ª Guerra Mundial será combatida com paus e pedras.”
“Se A é o símbolo de sucesso, a sua fórmula é A=X+Y+Z, em que X é trabalho, Y é brincar e Z é manter a boca calada. ”
“Os ideais que iluminaram o meu caminho em todos os momentos e que me dera nova coragem para enfrentar a vida com leveza foram a Gentileza, a Beleza e a Verdade.”
“Apenas duas coisas são infinitas, o Universo e a estupidez humana, mas não estou certo quanto ao primeiro. ”
“Há uma questão que me deixa por vezes tonto: sou eu que estou louco ou serão os outros? ”
“Aquele que nunca cometeu um erro nunca tentou fazer coisa nenhuma. ”
“Não se preocupem com os vossos problemas com a matemática. Posso assegurar-vos que os meus ainda são maiores.”
“Se soubéssemos o que andamos a fazer, não se chamava investigação, não era?”
“Os intelectuais resolvem problemas, os génios evitam-nos. ”
“É com grande prazer que vejo a casmurrice e não-conformismo incorrigível serem bem acolhidos.”
“A realidade é uma mera ilusão embora seja muito persistente.”
“A Ciência é uma coisa maravilhosa se não tivermos que ganhar a vida com ela. ”
“A coisa mais incompreensível sobre o mundo que nos rodeia é que é compreensível. ”
“Quando a solução é simples, Deus está a dar a resposta.”
“A coisa mais difícil de perceber no mundo são os impostos. ”
“Os problemas mais graves que enfrentamos não podem ser resolvidos com o mesmo estado de espírito com que os criámos. ”
“Sou suficientemente artista para desenhar livremente com a minha imaginação. A imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado. Com a imaginação posso englobar o Mundo.”
“A alegria na observação e na compreensão são a mais bela dádiva da natureza.”
“O verdadeiro valor de um ser humano é determinado primeiramente pela medida em que já conseguiu libertar-se de si e das suas necessidades. ”
“A coisa pior da nova geração é que já não pertenço a ela.”
“Não é por nós sentarmos á distância a chamarmos vermes à espécies humana que a estamos a ajudar.”
“Existem duas formas de viver a vida: uma é acreditando que nada acontece por milagre, a outra é acreditando que tudo acontece por milagre.”
“Como castigo pelo meu desprezo pela autoridade, o destino tornou-me um autoridade.”
“Quero saber como Deus criou este mundo. Não estou interessado neste ou naquele fenómeno, no espectro deste ou daquele elemento. Quero saber os Seus pensamentos; o resto são detalhes.”
“O comportamento ético de um homem pode ser eficazmente baseado na simpatia, educação e laços sociais; nenhuma base religiosa é necessária. O homem seria de fato um ser miserável se tivesse que ser restringido pelo medo da punição ou esperança do prêmio após a morte.”
“A fraqueza da atitude torna-se a fraqueza do carácter. ”
“Estamos na situação de uma criança que entre numa biblioteca ionde encontra imensos livros em muitas línguas diferentes. Ela sabe que alguém teve que escrever estes livros, mas não sabe como e não entende as linguagens em que estão escritos. A criança suspeita que existirá uma ordem no arranjo dos livros, mas não sabe qual é. Esta parece-me ser a atitude mais inteligente do ser humano perante Deus. Vemos um Universo que se estrutura e move maravilhosamente mediante certas leis, mas mal entendemos essas leis. As nossas mentes limitadas não conseguem compreender integralmente a força que move as constelações. ”
“Onde há amor, não há perguntas.”
“Os problemas que hoje existem no Mundo não podem ser resolvidos pelo mesmo nível de sabedoria e conhecimento que os criaram.”
“A leitura após uma certa idade distrai a mente da sua busca criativa. Qualquer homem que leia demasiado e use pouco o seu cérebro adquire hábitos de preguiça mental. “

Fonte: www.biography.com/www.bbc.co.uk/www.einsteinnanet.hpg.ig.com.br/www.caiozip.com/www.ahau.org

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