Huíla

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Capital: LUBANGO
Localização:
 sul de Angola.
Clima:
 Tropical de Altitude
Extensão territorial: 
79 022 Km²
Municípios: 
Quilengues, Lubango, Humpata, Chibia, Chiange, Quipungo, Caiuquembe, Caconda, Chicomba, Matala, Jamba, Chipindo, Cuvango, Cacuta, Gambos.

província da Huíla é uma das mais belas províncias de Angola, conhecida pela magnífica vista sobre a Serra da Leba, o planalto montanhoso que separa a Huíla da província do Namibe.

Durante a Guerra de Libertação até aos primeiros dias da independência do país e subsequente Guerra Civil, a província foi totalmente danificada e a guerra parecia não ter fim.

A história conta que a província teria sido abandonada pelos portugueses, o que levou a província ao declínio, a maior parte das batalhas que foram travadas durante a guerra, tiveram lugar no complexo mineiro Mina de Cassinga. A província foi também palco de vários ataques ocorridos no Sudoeste durante o terrível ataque sul-africano que transformou a Huíla num campo de refugiados.

A província se destaca pela produção agrícola através de camponeses.

Huíla – História

HuílaHuíla

Huíla é uma das 18 províncias de Angola, localizada no sul do país, sendo a província mais rica da porção sul de Angola. A sua capital é a cidade e município do Lubango.

Área de 79 023 km², sendo a província mais populosa de Angola depois de Luanda.Huíla é composta por 14 municípios: Caconda, Cacula, Caluquembe, Chiange, Chibia, Chicomba, Chipindo, Cuvango, Humpata, Jamba, Lubango, Matala, Quilengues e Quipungo.

A presença europeia na região iniciou-se em 1627, na sequência de uma expedição luso-espanhola desde a cidade de Moçâmedes até ao planalto da Huíla, chegando à Serra da Chela, de onde foi possível avistar um vasto vale dominado pelo soba Calubango, desde o país de Humbi-Onene.

Em 1885, a Huíla foi colonizada pelos madeirenses que fundaram a capital da Huíla (Lubango), anteriormente denominada Sá da Bandeira, que foi elevada a cidade em 1923.

A agricultura foi o primeiro objetivo de Sá da Bandeira, sendo o trigo a maior produção. No entanto, o gado rapidamente se tornou a maior riqueza da região. O boi ainda hoje é um símbolo de riqueza.

Quando os transportes se tornaram mecânicos e as estradas se tornaram boas vias de acesso, o comércio e a indústria rapidamente se estabeleceram.

Desde 1999, o setor industrial privado tem crescido, com o surgimento de novas unidades de transformação de granito (rochas ornamentais), uma fábrica de artefatos de zinco, colchões e transformação de madeira.

A situação agrícola na província da Huíla é caracterizada por um setor privado emergente, que tende a restaurar os níveis de produção das unidades agrícolas, e um setor tradicional, que produz principalmente produtos de subsistência.

Huíla – Construção de fortalezas

Um dos maiores marcos da colonização na Huíla ocorreu com a construção da Fortaleza de Alva Nova em 1682, após acordo com os Galangues.

No entanto, a presença colonial manteve-se tensa até à Guerra da Galangue (1768-1769), onde os portugueses derrotaram o rei Caconda, conseguindo forçar a retomada da Fortaleza de Alva Nova (ou Alba Nova, rebatizada de Fortaleza de Caconda).

A partir de 1845, o major João Francisco Garcia transferiu-se da vila de Moçambique para a Huíla, já a cargo da Huíla, encarregado de instalar uma prisão na Huíla.

Huíla – Fixação colonial definitiva

O assentamento colonial veio com duas robustas colônias formadas em terras huilanes, a primeira, de bôeres, chamada Colônia de San Januário em Humpata; liderada por Jacobus Botha, contava em 1884 com 325 bôeres instalados em 60 casas, possuindo 50 automóveis (carroças) e cerca de mil cabeças de gado.

Inaugurada oficialmente em 19 de fevereiro de 1882, o seu surgimento ocorreu com a transferência destes do Cunene para a Huíla, após a Primeira Guerra dos Bôeres, onde 600 famílias se dirigiram para as terras da Damaralândia, algumas das quais morreram durante a peregrinação, conhecida como as viagens para o terreno da sede (Dorsland Trek).

Mais tarde formaram também uma colônia na comuna de Palanca.

Estas colônias, e as demais desenvolvidas, deram origem a um subgrupo étnico denominado Angola Bôeres.

A segunda onda robusta de colonização ocorreu com a chegada de uma comissão madeirense, liderada por José Augusto da Câmara Leme, que decidiu embarcar numa expedição a Moçamedes e ao planalto da Huíla.

Chegaram ao Lubango no dia 24 de Dezembro de 1884, onde se localizavam as antigas muílas ombala. Em 19 de janeiro de 1885 foi fundada a Colônia Sá da Bandeira, sendo Câmara Leme nomeado chefe do município do Lubango em 19 de fevereiro de 1890, e; comandante militar do município do Lubango, com a patente de capitão de 2ª linha, em 19 de outubro de 1890. Em 2 de setembro de 1901, foi criado o novo distrito da Huíla, com sede no Lubango, pelo desmembramento do distrito de Moçâmedes.

Este povoado, pelo mesmo decreto, elevado à categoria de vila, com a denominação de Vila de Sá da Bandeira.

A 31 de Maio de 1923 o Caminho de Ferro de Moçâmedes chegou ao Lubango, marcando um período de grande viragem económica para o distrito provincial da Huíla, na medida em que conseguia comunicar de forma mais eficiente com o litoral.

Huíla – Guerra da Independência e Guerra Civil

Da Guerra de Libertação à independência de Angola e à subsequente Guerra Civil Angolana, a Huíla foi diretamente afetada, permanecendo livre de combates durante períodos de tempo relativamente curtos.

Algumas das maiores batalhas ocorreram na Mina de Cassinga; foi abandonado pelos supervisores portugueses e entrou em decadência durante a Guerra Civil Angolana.

Ocupada pelo Exército de Libertação do Povo da Namíbia (PLAN), o braço militar da Organização Popular do Sudoeste Africano (SWAPO), foi adoptada como base para ataques insurgentes no Sudoeste Africano durante a guerra fronteiriça sul-africana.

Suas bases logo se tornaram um campo de refugiados. As tropas sul-africanas com o apoio dos americanos lançaram um terrível ataque, no episódio que ficou para a história como a batalha de Cassinga, onde a maioria dos mortos eram civis.

A presença da PLAN e de militares cubanos em Cassinga e no resto da Huíla atraiu a atenção da Força de Defesa Sul-Africana, que lançou primeiro a Operação Savana e depois a Operação Rena.

A província ainda foi palco de mais combates durante a Operação Askari em dezembro de 1983.

Huíla – Geografia

Limita-se a norte com as províncias de Benguela e Huambo, a leste com as províncias do Bié e Cuando-Cubango, a sul com a província do Cunene, e a oeste com a província do Namibe.

Huíla não tem litoral, sendo uma província do interior. Os principais acidentes geográficos são a Serra da Chela, a Serra da Galangue, os planaltos da Huíla e da Humpata e a Serra da Leba.

Neste último encontra-se o Rift da Tundavala, um dos maiores abismos do continente africano. O principal curso de água da província é o rio Cunene, que atravessa o território de norte a sul.

Outro rio importante é o Curoca, que corre para oeste.

Os povos desta província pertencem ao complexo sócio-cultural Nyaneka-Nkumbe.

Distâncias em km a partir do Lubango: Luanda 1.015 kmNamibe 225 km.

Área Total – 79.022 km²
Temperatura – 20°C
Clima – Tropical Semiárido
13 Municípios
Língua oficial – Português
Língua tradicional – Nyaneka-Humbi, Ngangela e Umbundu
População Maioritária: Nyaneka, Nkhwnbi, Umbundo, Nganguela, Tchokwe e Herera

província da Huíla faz fronteira a oeste com as províncias do Namibe e Benguela, a norte com Benguela e Huambo, a leste com Bié e Kuando Kubango; a parte mais meridional da província faz fronteira com a província do Cunene.

Está dividido em 13 municípios:

Lubango
Caconda
Caluquemb
Chicago
Chibia
Chicomba
Chipindo
humpata
Jamba (Mineira)
Kuvango
Matala
Quilengues
Kipungo

Huíla – Principal produção

Algodão, Banana, Batata, Batata Doce, Cana de Açúcar, Citrinos, Milho, Feijão, Feijão Cutelinho, Soja, Tabaco, Trigo, Gergelim, Girassol, Goiabeira, Mamoeiro, Mangueira, Maracujá, Massambala, Massango, Plantas Aromáticas, Produtos Hortícolas, Rícino, Sisal, Soja, Eucalipto, Pinheiro.

O setor tradicional está organizado em, associações de camponeses. Existem na província cerca de 469 associações de camponeses com mais de 33.465 associados.

Minerais: Ferro, Ouro, Caulino, Diamantes, Manganês, Mica, Granito Negro e água mineral. Água mineral.

Pecuária: Bonivicultura de Carne, Bonivicultura Leiteira, Caprinos.

Huíla – Indústria

Química, Materais de Construção, Alimentar, Bebidas e Tabaco, Madeira e Mobiliário.

O País herdou, em 1975, um setor industrial já significativo no contexto africano. A partir de 1999, tem-se verificado crescimento do setor industrial privado com o surgimento de novas unidades fabris de pequena, média e grande dimensão, ressaltando-se a fábrica de artefatos de zinco, colchões e transformação de madeira.

Produção de materiais de construção em breve irá atingir seus níveis satisfatórios, produz-se cerâmicas, derivados de cimento, carpintaria e caixilharia de alumínio.

No setor de energia, os planos da ENE incluem a reparação da barragem de Matala em curso e a recuperação da Barragem de Kuvango, para melhoramentos na central termoelétrica do Lubango e linhas de transporte.

Em Matala, Chibia, Humpata e Quipungo estão servidas pela rede nacional ENE.

Sistema financeiro e Bancário: está constituído pelo BNA, BPC, BCI, BF e BAI.

Rede ferroviária: a província é servida pelo Caminho de Ferro que liga os Municípios do Lubango, Quipungo, Matala e Cuvango às províncias do Namibe e do Cuando-Cubango.

Linhas aéreas: que ligam à capital do País, à Benguela e à Namíbia.

O principal aeroporto é o Muncanca situado a sul da cidade do Lubango ligada ao resto do país e possui uma pista pavimentada com capacidade para operação de aeronaves de grande porte.

Existem ainda pistas de terra batida (aeródromos) em todas as sedes municipais,

Huíla – Comunicações

A Província conta com três redes telefônicas urbanas, Lubango, Matala e Caconda encontrando-se apenas a primeira em ligações com a rede nacional da Angola Telecom.

A cidade é servida por uma central de telefonia analógica, está ligada via satélite (VSAT) com Luanda e por cabo com o Namibe e acesso direto internacional através da linha especial.

Em Lubango pontos de acesso a internet.

Rede Rodoviária: é servida por 880,3 km de estradas asfaltadas e 3.983,7 km de estradas secundárias e ainda por mais 7.000 km de estradas terciárias.

Huíla – Educação

Todos os municípios e comunas possuem escolas com exceção de Chicomba e Chipindo. Núcleo Universitário, é constituído pelo ISDE, Núcleo das Faculdades de Economia e Direito.

Funcionam 4 institutos médios, nomeadamente, o Instituto Médio de Economia, que alberga o Centro Pré-Universitário, o Instituto Médio Normal de Educação, o Instituto Médio Agrário do Tchivinguiro e o Instituo Politécnico da Saúde.

Em Lubango há 8 escolas privadas que leccionam do I nível ao ensino médio e pré-universitário. Existem infra-estruturas de apoio à criança no Lubango, designadamente, Lar Infantil Otchio, Centro Infantil 1º de Junho, centro Social Integrado, Missão Católica da Huíla, Missão Católica do Lubango, Aldeia SOS e Órfãos da Comunidade.

Todos os setores acima necessitam de atenções especiais e atualizações.

A maior parte das infra-estruturas físicas da saúde situa-se na cidade de Lubango, conta com 5 hospitais, Hospital Central (assistência geral), Hospital Maternidade, Hospital Sanatório, Hospital Pediátrico e o Hospital Psiquiátrico.

Huíla – Turismo

Cascata da Hungueira, Serra da Tundavala, Serra da Leba, grutas de Ondimba e o Parque do Bicuar.

Data de 1627 o primeiro contato europeu com terras do Planalto.

Das primeiras tentativas de povoamento, realce para o povoamento da Humpata por colonos boers por volta de 1880.

Os madeirenses surgiram pouco depois como os colonos portugueses mais aproveitáveis e em Janeiro de 1885 instalaram a Colônia de Sá da Bandeira.

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A 2 de Setembro de 1901 foi criado por desmembramento do distrito de Moçâmedes, o novo distrito da Huíla, com sede no Lubango, sendo esta provoação, pelo mesmo Decreto, elevada à categoria de vila, com o nome de Vila de Sá da Bandeira, em homenagem ao homem que tanto se havia empenhado pelo povoamento das regiões meridionais de Angola.

Sá da Bandeira, a capital da Huíla, foi elevada a cidade a 31 de Maio de 1923, quando o caminho-de-ferro, tendo cruzado o deserto e vencido a serra da Cheia, atingiu finalmente o Planalto.

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A área da colonização européia compreendia uma superfície com raio de 60 km, tendo por centro a colônia da Chibia; era formada pelos concelhos da Humpata, Lubango e Huíla.

Sulcado por fendas naturais e pequenas bacias por onde se infiltram as estradas que ligam entre si as povaoções e por onde fogem as águas que na estação das chuvas, correm vertiginosamente para os rios principais, o planalto, da Huíla, fortemente arborizado, é das áreas mais pitorescas de todo o Sul e porventura de toda a Angola. A agricultura foi o primeiro objetivo de Sá da Bandeira, o trigo veio a revelar-se como a maior produção.

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Pouco a pouco o colono foi verificando que, pela pobreza do solo, a sua agricultura se não poderia fazer sem adubos. Tornou-se logo evidente que o possuir gado era mais importante que possuir terras. Aos primitivos colonos madeirenses, foram distribuídos, pelo governo, bois de trabalho.

Os povos autóctones, tradicionalmente criadores e detentores de grandes rebanhos continuaram, no entanto, a ser a base da pecuária no distrito.

As Margens dos rios Caculevar e Cunene passaram a ser consideradas como zonas próprias para a criação de gado.

E assim, surgem os criadores, de cuja atividade chegaram a resultar importantes fortunas. O boi passou a ser para o colono, o que já era para o natural da terra, um verdadeiro símbolo de riqueza.

Quando os transportes passaram a ser mecânicos e as estradas melhoraram, a pacificação operou-se rapidamente e foi iniciada uma época de segurança que correspondeu à fixação do comércio.

A indústria não tardou e a moagem e os curtumes assumiram a liderança.

O Piano de Urbanização do arquiteto António de Aguiar foi o grande responsável pela feição geométrica que a cidade apresenta. No agitado relevo de toda a cordilheira, proliferam quedas d’água, desde os rápidos da Tunda-Vala, a poucos quilómetros do Lubango, à cascata da Huíla.

A abundância de cascatas constitui na paisagem circundante do Lubango uma nota característica. Mas os pontos mais fotografados talvez sejam, atualmente, a fenda da Tunda-Vala e a Serra da Leba, com a sua incrível espirai de asfalto.

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Rica etnografia, apresenta-nos desde o remoto bosquímano ou bochimane, um dos mais primitivos representantes da espécie humana, até ao pastoril um-huíla e ao guerreiro ovampo, a Huíla é um campo de excepcionai interesse para antropólogos e etnógrafos.

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Além da benignidade do seu clima, outra faceta assumiu espontaneamente a cidade – a de centro de ensino. Sáda Bandeira recuperou após a independência o seu primitivo nome de Lubango e pode-se considerar hoje, ser ela a cidade angolana menos martirizada pelos anos de guerra, mantendo-se a base económico-social e a sua grande vocação para o turismo.

Fonte: visitehuila.com/welcometoangola.co.ao/www.consuladodeangola.org

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