Capitalismo

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Capitalismo – O que é

Todos sabemos que atualmente vivemos no capitalismo, sem, no entanto, nos atentarmos mais especificamente para o sistema em si.

capitalismo é um sistema socioeconômico que visa o lucro como finalidade principal, baseando-se, para tanto em um modo de produção capitalista onde vigoram a propriedade privada dos meios de produção e a lei da oferta e da procura.

Apesar dos termos assustarem inicialmente, os conceitos são simples. Por propriedade privada dos meios de produção se entende que os bens materiais (em especial as empresas ou fábricas, os lugares que geram riqueza) pertencem a particulares (grandes empresários ou conglomerados econômicos) e não ao bem público ou a coletividade, por exemplo. Sendo assim, tudo o que é produzido é controlado pelos seus donos (os capitalistas) e, consequentemente, todo o lucro também lhes pertence.

O segundo ponto, a lei da oferta e procura, determina que a sociedade tem demandas próprias e que serão sanadas por alguém: por aqueles que estiverem dispostos a entrar no jogo capitalista.

Como essa disputa pela venda de bens necessários aos indivíduos é aberta a qualquer pessoa, naturalmente surgirão concorrentes que disputarão compradores, buscando oferecer ou os melhores produtos ou o melhor preço – ou ambos -, levando sempre em consideração o tempo e o dinheiro empregados por ele para a fabricação de tais bens.

O capitalismo é divido em três grandes fases, desde o seu início até os dias atuais:

Capitalismo Comercial ou mercantil: (séculos XV e XVIII) também conhecido como Mercantilismo dominado pelas grandes potências da época Moderna (Portugal, Espanha, Holanda, Inglaterra e França) que, através das Grandes Navegações, exploravam novas terras e comercializavam escravos, acumulavam ouro e prata, etc.
Capitalismo Industrial
: (séculos XVIII e XIX) durante a Revolução Industrial, com o advento das fábricas e incrementos tecnológicos gerados pelo uso do carvão e do vapor como fontes de energia e, posteriormente, o petróleo e a energia elétrica.
Capitalismo Financeiro
: (a partir do século XX até os dias atuais) logo após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), devido a destruição causada pela guerra, muitas empresas (em especial as norte-americanas) passaram a exportar meios de produção e bens para todo o planeta, movimento que gerou o atual processo de globalização, tal qual conhecemos.

CapitalismoCapitalismo

Como suas características principais, pode-se afirmar que o capitalismo produz mercadorias para a venda, através da relação social de compra e venda de mão-de-obra entre o empregador e o assalariado; o que é uma relação nitidamente assimétrica. Esse sistema acaba por gerar algumas anomalias sociais, como por exemplo a desigualdade social, uma vez que o capitalismo apenas advoga como sua responsabilidade gerar riqueza e não distribuí-la entre os membros da sociedade. Desta maneira, grandes quantidades de dinheiro acabam concentradas numa minoria rica da população enquanto aos pobres (trabalhadores ou operários) apenas resta vender a sua força de trabalho para aqueles que tem dinheiro, única maneira de lhes garantir a sua subsistência.

Capitalismo – Sistema Socioeconômico

capitalismo é um sistema socioeconômico que permite aos proprietários privados lucrar com os bens e serviços que fornecem.

Um dos pilares desse sistema é o direito do indivíduo de escolher o que produzir, como produzi-lo e a que preço vendê-lo.

É popular em nações que valorizam a liberdade do indivíduo acima da estabilidade da sociedade. A maioria das nações modernas usa alguma forma de capitalismo, como mercado estatal, corporativo ou social.

Capitalismo – Como funciona

Também conhecido como sistema de mercado livre, o capitalismo requer oferta e demanda desreguladas e pouca ou nenhuma interferência governamental em questões de comércio. Cada indivíduo é livre para produzir o que quiser e vendê-lo a qualquer preço que o mercado permitir.

Essas decisões são normalmente feitas pelas leis de oferta e demanda: se não houver demanda por um determinado produto, o produtor não será capaz de lucrar, mas se a demanda for alta, ele ou ela pode vender muitos bens.

Em um mundo ideal, todos se beneficiam porque os produtores só criam o que as pessoas querem e os consumidores só pagam o que acham que o produto vale. Quanto mais demanda há para um produto, mais mercadorias são produzidas e – idealmente – mais o preço cai. Nesse sistema, a competição entre as empresas é boa para os consumidores porque também reduz os preços e, teoricamente, melhora a qualidade dos produtos vendidos.

O mercado não regulamentado, também conhecido como capitalismo laissez-faire, nome de um termo francês que significa “deixe estar”, ocorre quando o governo não tem controle sobre o comércio e as preocupações econômicas e permite a liberdade total do mercado. Nenhuma nação moderna opera dessa maneira porque, na prática, o sistema raramente funciona de maneira ideal. Em vez de aumentar a oferta e reduzir o preço de um produto em demanda, por exemplo, uma empresa pode manter os níveis de produção baixos para continuar cobrando preços mais altos. Quase todas as sociedades “capitalistas” modernas são, na verdade, economias mistas, com concorrência controlada pelo governo e políticas trabalhistas em vigor para ajudar a proteger consumidores, empresas e trabalhadores.

Capitalismo – Trabalho e Capital

Um sistema capitalista opera com trabalho assalariado, com as pessoas sendo pagas em dinheiro ao invés de bens ou serviços (embora algumas empresas também complementem a renda do trabalhador com bens e serviços, como opções de ações). O trabalho também funciona de acordo com as leis de oferta e demanda; quanto mais trabalhadores disponíveis para realizar um determinado trabalho, menos o empregador terá de pagá-los por seu trabalho.

Os trabalhadores também têm a liberdade de vender seus serviços a diferentes empregadores, de forma que, se uma empresa não os tratar bem, eles teoricamente terão a possibilidade de pedir demissão e encontrar um emprego em outro lugar.

Uma vez que os trabalhadores devem ser pagos por seu trabalho, um negócio requer algum tipo de dinheiro inicial, chamado capital, para funcionar. Isso pode vir de um empréstimo do governo, um investimento privado ou capital de outra empresa pertencente ao mesmo indivíduo ou empresa. Sem capital, que é qualquer coisa de valor que tem a capacidade de criar mais riqueza, as empresas não podem sobreviver em uma sociedade capitalista.

Uma razão pela qual os sistemas capitalistas puros tendem a não funcionar de maneira ideal é a relação entre o trabalho, ou a classe trabalhadora, e as pessoas que possuem os meios de produção, também chamadas de classe proprietária. A classe proprietária tende a se tornar cada vez mais rica, enquanto a classe trabalhadora depende dos proprietários para sua sobrevivência. Isso pode levar à desconfiança e inquietação, especialmente em situações em que os trabalhadores sentem que não estão sendo pagos o suficiente ou estão sendo tratados injustamente de outras maneiras.

Embora os trabalhadores possam, em teoria, mudar de emprego, isso só é possível se houver outros empregos disponíveis e se essas empresas, de fato, tratarem melhor seus trabalhadores.

Muitos países têm leis trabalhistas que regulam o salário mínimo, o trabalho infantil, os padrões de saúde e segurança e outras áreas de preocupação para ajudar a manter o equilíbrio de forças entre os trabalhadores e os proprietários um pouco mais uniforme.

Capitalismo – A Economia e a Sociedade

capitalismo é considerado um sistema socioeconômico, não apenas uma forma de ganhar dinheiro e ganhar a vida. Isso porque é uma forma de pensar a organização social; neste sistema socioeconômico, o individualismo é fundamental e os indivíduos devem ter o direito à liberdade econômica. As pessoas têm o direito de ganhar dinheiro em qualquer trabalho que escolherem e de gastá-lo como quiserem. Além disso, essas pessoas devem continuar comprando produtos para manter o mercado em movimento. Isso leva a um foco no consumismo, com as pessoas se definindo principalmente na sociedade com base no que possuem, e não no que fazem.

O socialismo é considerado o oposto desse sistema porque se baseia no que beneficia a sociedade como um todo, e não no que beneficia o indivíduo. Em um estado socialista, o governo possui a maioria ou todos os meios de produção e os bens são produzidos com base no que as pessoas precisam, e não para produzir lucro. Idealmente, isso significa que a riqueza é distribuída uniformemente e não há desemprego. No entanto, como acontece com o capitalismo, o sistema raramente funciona de maneira ideal e existem muitas formas diferentes de socialismo praticadas na realidade.

Tipos de capitalismo moderno

Quase todas as nações capitalistas modernas, na verdade, têm economias mistas e usam uma mistura de idéias capitalistas e outros sistemas. Embora alguns aspectos da economia possam ser deixados de lado, outros, como salários ou procedimentos de segurança, podem ser monitorados cuidadosamente pelo governo.

Existem pelo menos quatro tipos principais de capitalismo, embora diferentes países usem variações de cada um:

Os sistemas de mercado operam com interferência limitada do governo, permitindo que a oferta e a demanda criem um mercado equilibrado.
Os sistemas corporativos dependem fortemente do capital que se move por meio de corporações grandes e poderosas com fins lucrativos.
Os sistemas de mercado social geralmente incluem mais envolvimento do governo nos sistemas de bem-estar social e nos serviços públicos.
Os sistemas dirigidos pelo Estado são diferentes dos outros no sentido de que o governo possui os meios de produção, mas os administra para obter lucro.

Capitalismo – História antiga

Puritanos ingleses do século 17, que eram conhecidos por sua forte ética de trabalho, são freqüentemente citados como os primeiros capitalistas modernos por causa de seu foco na importância do trabalho produtivo.

As origens do capitalismo, na verdade, remontam à Europa do século 16, no entanto, quando o declínio do feudalismo, no qual as pessoas recebiam proteção e posse de terras em troca de serviços ao senhor que as possuía, levou ao surgimento de mercantilismo.

O mercantilismo se concentra na produção de bens e no comércio entre os países, com os governos estaduais frequentemente exercendo um controle significativo.

O comércio mundial que floresceu na Era dos Descobrimentos, quando os Estados-nações estavam sendo formados e grande parte do mundo estava sendo explorada e colonizada, era capitalista no sentido de permitir que indivíduos e nações gerassem lucros. Governos e empresas muitas vezes trabalharam juntos para aumentar a riqueza dessas empresas e do estado, maximizando a quantidade de mercadorias exportadas e colocando barreiras para manter a quantidade de mercadorias importadas o mais baixa possível. Durante esse tempo, as nações poderosas muitas vezes lucraram principalmente porque exploraram os recursos de regiões menos poderosas.

O nascimento do capitalismo moderno

Um monumento em homenagem ao “pai do capitalismo” – Adam Smith – foi
erguido em Edimburgo, na Escócia

O nascimento da fábrica em meados do século 18 é frequentemente citado como o verdadeiro início do capitalismo. Ao criar bens que estavam em demanda e agilizar a mão-de-obra, os proprietários de fábricas foram capazes de maximizar seus lucros. Nessa época, economistas, incluindo Adam Smith, começaram a discutir os méritos de deixar a “mão invisível” assumir o controle da economia de um país. No século 19, os Estados Unidos se aproximaram de um estado de verdadeiro laissez-faire, mas a Grande Depressão pôs fim aos negócios não regulamentados que esse sistema exige e introduziu mais controle governamental sobre o mercado.

Fonte: Vinicius Carlos da Silva

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