Cemitério da Recoleta

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O Cemitério da Recoleta é o mais antigo e aristocrático da Cidade. Em seus quase seis hectares estão sepultados heróis da Independência, presidentes da República, militares, cientistas e artistas. Entre eles, Eva Perón, Adolfo Bioy Casares e Facundo Quiroga.

Os sepulcros e mausoléus foram obras, em muitos casos, de importantes arquitetos. Mais de 70 mausoléus foram declarados como Monumentos Históricos Nacionais. Está localizado em terras concedidas por Juan de Garay a Rodrigo Ortiz de Zárate, que fazia parte de sua expedição colonizadora. Depois foi instalado nesse lugar um convento de freis recoletos.

Em 1822, depois da expulsão dos monges –como conseqüência da reforma Geral da Ordem Eclesiástica–, o horto do convento foi transformado em cemitério. Seu traçado foi realizado pelo engenheiro francês Próspero Catelin, e remodelado durante a gestão de Torcuato de Alvear como prefeito em 1881, que encomendou o trabalho ao arquiteto Juan Antonio Buschiazzo. O escultor italiano Giulio Monteverde realizou o Cristo que preside a capela.

Fonte: www.pil-ar.com.ar

Cemitério da Recoleta

Uma menina está sentada em um banco, sob a sombra de uma árvore. Tranqüila, lê seu livro, enquanto outras pessoas passeiam. Perto dali, jovens conversam e fazem piquenique, aproveitando a bela tarde de domingo. A cena seria normal, não estivessem os jovens em um ambiente onde se enterram os mortos.

Nos charmosos e ostentosos cemitérios de Buenos Aires, cheios de esculturas e mármores, sepultamentos e mausoléus se misturam a passeios dos portenhos e visitas guiadas de turistas. Uma curiosa junção de morte, praça e museu.

Costume raro para muitos povos, mas que é rotina na capital argentina e atrai cada vez mais turistas em busca das belezas e histórias que há por trás dos sepulcros da cidade.

Os caixões chamam a atenção. Em vez de enterrados, são guardados sobre a terra, empilhados uns sobre os outros, dentro de mausoléus. Vidros e vitrais são colocados especialmente para que se possa vê-los. Macabro, para quem não está acostumado. O cemitério da Recoleta, no rico bairro de mesmo nome, é o mais famoso e destino obrigatório para quem está de passeio por Buenos Aires.

“Vim aqui com meu namorado e fiquei impressionada como é lindo e calmo. Então decidi vir sempre para relaxar”, conta Cara Zavaleta, a menina que estava lendo sentada no banco. Norte-americana, Cara veio à Argentina a trabalho, para apresentar um programa especial da rede de televisão MTV. Decidiu adiar a volta aos Estados Unidos por duas semanas. Um dos motivos, diz, é a descoberta do cemitério da Recoleta.

A imponência dos cemitérios argentinos começa pelas entradas, que lembram os antigos tribunais romanos, com altas e grossas colunas verticais. Cheios de bancos de praça e sombrosas árvores, o lugar ganha um ar de museu pelas esculturas, estátuas de anjo, bustos, capelas e monumentos.

Dos 4,7 mil mausoléus, 82 são tombados como monumentos do patrimônio nacional. “Os funerais realizados em Buenos Aires e a construção dos mausoléus se incrementavam à medida em que a sociedade portenha enriquecia e se europeizava”, diz a pesquisadora Maria Rosa Rojo, autora do livro Histórias ocultas na Recoleta.

Inaugurado em 1822, em terras que até então eram dos monges recoletos, o da Recoleta é o primeiro cemitério público da cidade. Tem 54 hectares. Até então, os mortos eram enterrados nas igrejas ou nas terras sob sua administração, os chamados campos santos.

Em 1871, devido à febre amarela que assolou a cidade e à morte de até 500 pessoas em um só dia por causa da doença, foi criado o cemitério da Chacarita, com 94 hectares. Há kombis gratuitas para se locomover entre os 10 mil mausoléus.

Bastante movimentado, possui entre 80 e 90 enterros diários, com picos de 130. Cerca de um milhão de pessoas circula por esse cemitério no dia dos pais e das mães. É muito, pois a população argentina é de 38 milhões de pessoas, aproximadamente.

GLAMOUR – Com arquitetura múltipla de estilos, que variam de acordo com o gosto da família ou a moda da época em que foram construídos, os cemitérios abrigam desde cúpulas árabes até pedras cunhadas com passagens de batalhas do país para contar um pouco da vida do morto.

“É duro e forte, mas tenho que dizer que muitos mausoléus são lindos e que me impressiono cada vez que faço a visita”, diz a guia da Recoleta, Alicia Braghni. Um dos mais belos é o que possui uma estátua de uma mãe deitada numa cama com um bebê, toda em mármore com detalhes trabalhados. As homenagens se estendem por toda parte.

A estátua de uma moça abrindo a porta do mausoléu revela a história de uma jovem com uma doença rara que foi dada como morta e sepultada ainda viva. Ao despertar, ela tentou, em vão, escapar do caixão. Daí o tema da escultura.

Verdadeiras fortunas são gastas pelas famílias. Na Chacarita, uma construção simples custa pelo menos R$ 17 mil. Como não há espaço para mais mausoléus, novas famílias compram os que já existem.

Mas nem só pela rica arquitetura e beleza os cemitérios são atração na capital argentina. Eles guardam grandes personalidades da história e cultura do País. No da Recoleta estão enterrados importantes presidentes, como Carlos Pelegrini, toda a família do General San Martín, libertador da Argentina, e Evita Perón, querida personagem nacional. No da Chacarita, descansam o famoso compositor de tango Carlos Gardel e o ex-presidente Juan Domingos Perón.
O preparo para recebe

visitas é tanto que, assim como obras de arte nos museus, as tumbas mais procuradas podem ser localizadas por um grande mapa na porta ou por panfletos distribuídos durante as disputadas visitas guiadas. Em frente às tumbas mais importantes, formam-se filas. Não é raro que uma dessas visitas se misture a cortejos e que as pessoas abandonem a excursão para acompanhar um sepultamento.

“Estamos nos preparando melhor para receber os portenhos que gostam de vir aos cemitérios e os turistas que vêm conhecê-los. Queremos fomentar ainda mais esse costume e nos adaptar à indústria do turismo”, explica o diretor dos cemitérios bonaerenses, Ernesto González.

Fonte: www.cemiteriosparticulares.com.br

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