História da Citroën

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Em 1900, André Citroën é graduado pelo mais famoso colégio de engenharia da França, a Escola Politécnica de Paris.

Dois anos mais tarde, com apenas 22 anos, durante uma viagem à Polônia, André Citroën descobre o processo de corte de engrenagens em forma de chevron com um funcionamento mais suave, silencioso e eficientes na transmissão de força.

Usando o aço como matéria prima e investindo todo o seu dinheiro André inicia a história de uma das maiores empresas do setor automobilístico do mundo. Em 1906, a Mors, uma fábrica de carros sediada em Paris, famosa por bater recordes de velocidade no início do século, convida André Citroën para o cargo de diretor geral da empresa para recuperá-la. Ele reorganiza as oficinas e define novos modelos.

Seus conhecimentos em organização e eficiência logo começaram a dar resultados e em dez anos, André Citroën consegue duplicar a produção anual da Mors.

Do seu começo até aos dias de hoje, a Citroën fez história e tornou-se uma das marcas de automóveis mais famosas e conhecidas.

Muitas histórias, aventuras, modelos míticos e pessoas contribuiram para este reconhecimento.

História da Citroën
André Citroën

Uma História Centenária

1910

Em 1912, a sociedade Citroën-Hinstin, se transforma em uma sociedade anônima das engrenagens Citroën. No mesmo ano, numa viagem aos Estados Unidos, Citroën visita as fábricas de Henry Ford e se familiariza com os princípios de organização do trabalho nas oficinas.

Com o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, André Citroën é convocado para o regime de artilharia e mandado para a linha de frente. A falta de munição, forçava o exército francês a economizar balas.

Percebendo isso André enxergou a possibilidade de usar o que havia aprendido e acreditava ser possível produzir 10 mil cápsulas de munição por dia.

Após três anos uma fábrica de cápsulas foi montada superando sua meta inicial e atingindo o volume de 50.000 peças por dia.

1919

Muito cedo, André Citroën prepara a reconversão da fábrica de armamento de Javel, em Paris.

No final de 1919, são já fabricadas 30 viaturas por dia. Inspirado no modelo americano de Henry Ford, André Citroën importa os modernos métodos de trabalho industrial que lhe permitem a fabricação em série de automóveis económicos e robustos.

A política da Citroën é a democratização do automóvel – o sonho da altura de fabricar 1000 viaturas por dia é prova disso.

1920

Com a guerra chegando ao fim, uma nova oportunidade surgiu: transformar a fábrica de munições em uma fábrica de carros. Decidido a produzir um modelo simples e com forte apelo popular, Citroën revolucionou o mercado ao apresentar o Type A 10CV. Fabricado com técnicas de produção em série, o Type A foi lançado com carroceria completa, incluindo quatro rodas de metal estampadas com pneus, estepe, dois faróis e um motor elétrico de partida. A empresa passa a ser a primeira na Europa a construir carros em linha de produção baseadas no modelo fordiano. Devido ao sucesso dessa nova forma de produção, as demais fábricas automotivas, antes acostumadas a produzir e vender chassis sem carrocerias que eram montados em rodas sem pneus, se viram forçadas a seguir esse novo modelo. O Type A 10CV foi o primeiro de uma longa série de novos modelos, cada um incorporando importantes avanços tecnológicos. O 5CV, por exemplo, apresentado no Salão de Paris de 1921 e logo apelidado de Trèfle (trevo), foi o primeiro carro realmente popular.

Em 1924, No Salão de Paris, André Citroën apresentou o B10 All Steel (todo de aço), que revolucionou a produção industrial de carrocerias por ser o primeiro veículo a não possui partes de madeira em sua base.

O processo de produção foi desenvolvido pela empresa americana Budd, mas os fabricantes norte-americanos relutavam em aplicá-lo por considerá-lo moderno demais. Nesse período, a marca lançou importantes modelos como o B12, o B14, o C4 e o C6, com motores de quatro e seis cilindros.

1925

A Citroën cria e desenvolve a sua rede comercial: os 200 agentes de 1919 sobem rapidamente a 5000 em 1925.

Depois do sucesso da Primeira Travessia do Saara em 1923, chega a vez da Travessia Negra, uma viagem de 16 homens e vários veículos, ao longo de 20.000 km em África, em parceria com o Museu de História Natural de Paris.

Em 1925, a produção anual atinge já a cifra volumosa de 61.487 veículos.

1930

A invenção do motor flutuante em que colocado sobre lâminas de borracha evitam que vibrações sejam transmitidas ao carro desenvolvido em 1932, conquistou a imaginação de André Citroën, que comprou a licença exclusiva de sua utilização na Europa. No Salão do Automóvel de Paris, de outubro de 1932, os modelos C4 e C6 foram substituídos pelos modelos 8, 10 e 15, já usando a nova tecnologia.

Os Rosalies, como ficaram conhecidos popularmente, bateram inúmeros recordes internacionais no autódromo de Linas-Montlhéry. Mesmo sob os efeitos da crise econômica que sacudiu a América, André Citroën se manteve fiel às suas teses aumentar a produção e baixar os preços.

Um novo projeto que se tornaria um marco na história automotiva: o Traction Avant, no atelier do Engenheiro André Lefebvre foi lançado em 1934.

Um ano antes da produção do Traction Avant a produção anual já atingia 71.472 veículos. Em 3 de julho de 1935, André Citroën morre aos 57 anos.

1933

A crise económica mundial atinge duramente a indústria automóvel francesa e provoca uma quebra na produção. No entanto, André Citroën mantém-se fiel às suas teses – produzir mais, baixar os preços – e continua a produzir cerca de 1000 veículos por dia e lança o modelo de tração à frente, desenhado no atelier do Engenheiro André Lefebvre.

Em 1933, a produção anual atinge 71.472 veículos.

1940

Com o falecimento de André Citroën, Pierre Michelin e Pierre Boulanger, compram a empresa e continuaram administrando a fábrica de Javel. Com muitos trabalho, a Citroën retornou ao ranking dos maiores fabricantes de veículos. Ignorando as regras baixadas pelas forças de ocupação, os engenheiros da Citroën continuaram a trabalhar secretamente durante a guerra, modificando o projeto do 2CV e desenvolvendo a van que substituiria o TUB.

1948

O 2CV, desenhado com a especificação de transportar 4 pessoas e 50 kg de batatas, revoluciona o mercado automóvel e torna-se rapidamente num sucesso estrondoso.

A fábrica de Levallois, adquirida pela Citroën em 1929, torna-se a casa do 2CV; é a única fábrica da empresa com um setor de carroçarias e um setor de mecânica

1950

Robert Puiseux, sobrinho de Edouard Michelin, assumi o comando da Citroën e dá novo impulso ao projeto de substituir o Traction Avant.

Em 1955, o modelo DS foi revelado no Salão de Paris. O novo Citroën estava sendo aguardado há muito tempo, mas o projeto foi mantido em sigilo. Com sua aparência e design original, o DS fazia com que as pessoas parassem para observar. Equipado com freios assistidos e discos nas rodas dianteiras, direção hidráulica e uma caixa semi-automática. Sucesso absoluto, 749 pedidos de DS foram feitos em menos de 45 minutos. Em um dia, mais de 12 mil carros foram vendidos.

1955

No Salão de Paris, vem ao público o DS 19. Tração à frente, motor 1911 cm3, caixa de 4 velocidades, 140 km/h, 10l/100 km.

O mundo inteiro comenta este acontecimento que vem mudar a história do automóvel. Viatura revolucionária não apenas pelas suas formas aerodinâmicas mas também pelas inovações tecnológicas, o DS aparece equipado com a suspensão hidropneumática com correção automática da altura.

O sucesso é imediato: em três quartos de hora, 749 encomendas. Ao fim do primeiro dia, 12000. O DS produz-se por mais vinte anos, até Abril de 1975.

1960

A suspensão hidropneumática de carga constante, lançada inicialmente no eixo traseiro do último modelo 15 Six, criou novos padrões de conforto e eficiência.

Em 1962, Esse sistema salvou a vida do general Charles de Gaulle durante um atentado em Petit-Clamart.Apesar de um pneu estourado, o motorista do DS presidencial manteve o controle do carro e seu passageiro em segurança. Entusiasta da Citroën desde seu exílio em Londres, durante a Segunda Guerra Mundial, o general Charles de Gaulle apreciava principalmente o Traction Avant e o DS.

1968

Em Maio, o Méhari, um modelo original para uma utilização variada vem enriquecer a gama dos pequenos Citroën bi-cilindricos. Motor 602 cm3, 3 Cv, 105 Km/h.

A carroçaria em plástico anula os riscos de corrosão e oferece uma resistência acrescida aos pequenos embates. Pick-up de 4 lugares.

De Maio de 1968 a Dezembro de 1987 são produzidos 144.953 unidades do Méhari 4×2.

1970

Citroën continuou buscando novos caminhos. Baseados no 2CV, surgiram o Dyane, Méhari e Ami 8. Ainda em 1970, a Citroën revelou o SM, um coupé cujas linhas sólidas de estilo o transformaram em referência.

O novo carro recebeu um motor Maserati V6, suspensão hidropneumática, quatro freios a disco assistidos e direção hidráulica com assistência de retorno do volante, de acordo com a velocidade do veículo.

O SM era um automóvel de série com velocidade final acima de 200 km/h.

1974

O CX 2000 é apresentado no Salão de Paris: 1985 cm3, 10,5 l/100 km. Caixa de 4 velocidades, 174 km/h.

Menos revolucionário que o DS, que vem substituir, o CX é o resultado da evolução técnica da Citroën. Motor e caixa de velocidades de montagem transversal à frente, suspensão hidropneumática de altura constante às quatro rodas independentes, travagem por discos à frente com duplo circuito assistido

1980

Três anos depois, o modelo GSA foi substituído pelo BX, mostrado no Salão de Paris de 1982. Coincidindo com o lançamento desse novo veículo, a Citroën deixou sua sede no cais de Javel, mudando-se para Neuilly, em Paris. Começa aqui o plano de recuperação de mercado com base no BX, um automóvel com suspensão hidropneumática e excepcional comportamento dinâmico.

1984

No ano de 1984 assiste-se ao lançamento de diversas novidades, em vários segmentos.

Em Março, aparece o Visa Diesel e o Visa Olympique, uma edição especial limitada a 3000 unidades. Seguem-se, nos meses seguintes, o CX Leader, o Visa 14 TRS, o BX 19 GT, o GSA Chic, e o CX 25 Gti Turbo.

Em Outubro, a Citroën lança o C15 E e o C15 D, dois pequenos utilitários com 570 kg de carga útil construídos sobre a plataforma do Visa.

A mecânica robusta e a performance do modelo asseguram-lhe um sucesso imediato.

1989

Enquanto novos lançamentos reforçam a oferta do BX e do AX, a Citroën inova novamente com o topo de gama XM.

O aparecimento do XM assinala também a estreia da suspensão hidroativa num veículo de série. Associando a força e conforto da tecnologia de suspensão ativa com a inteligência da eletrônica, o XM atinge um nível ímpar de conforto na condução e segurança ativa.

1990

Revelado como sucessor do CX, o XM ganhou o título de Carro do Ano. Equipado com o Hydrative, primeiro sistema de suspensão hidropneumática instalado em um automóvel de série, esse símbolo da Citroën chega ao mercado com as opções de motor a gasolina ou a diesel. Em 1991, é lançado o ZX, revelando toda a criatividade e tradição da Citroën.

O novo automóvel foi equipado com sistema convencional de suspensão e um eixo traseiro autodirecional, o que lhe conferia vantagens sobre todos os seus concorrentes diretos em termos de dirigibilidade.

1996

Em Outubro, pelo quarto ano seguido, a Citroën ganha o título de construtores do Campeonato do Mundo Todo-Terreno, com Pierre Lartigue como piloto e Michel Périn como co-piloto.

A rede Citroën estende-se a 10.110 pontos de venda em todo o mundo, 4.000 dos quais em França.

1998

Citroën entra em força no Campeonato Mundial de Rallyes, abandonando as competições Todo-Terreno depois de um sucesso estrondoso.

O ano fica marcado pelo lançamento mundial de um modelo inovador que desperta paixões e admiração: o novo Xsara Picasso. Uma berlina compacta monovolume com um estilo original e inspirador.

2000

Em 2001, a Citroën rompe com seu estilo e apresenta ao mercado mundial o inovador C5. Um veículo que além de incorporar todas as vantagens de um sedan, representava um passo adiante na direção de um projeto estrutural novo e no uso racional do amplo espaço interno. Desenvolvido pelo Centro de Estilo da Citroën, em Velizy (região de Paris), o C5 é um carro que marca presença com detalhes que lembram força, vitalidade e robustez. Tecnologia como a suspensão auto-adaptativa Hydroative 3 Plus, sistema elétrico multiplexado, câmbio automático inteligente, entre outros fazem parte do veículo. Alguns meses depois, chega ao mercado o C5 Break, versão station-wagon do sedan, oferecia, além do estilo e tecnologia, o maior porta-malas da categoria.Lançamentos como o C1, C2, gama C3, gama C4, os monovulmes Xsara Picasso, Grand C4 Picasso e C-Crosser, o primeiro SUV da Citroën fazem parte da gama atual Citroën.

2001

Seguindo a tradição de excelência em veículos de topo de gama, a Citroën lança o Citroën C5, com uma forte campanha centrada na ideia da tecnologia ao serviço do cliente.

A suspensão hidrativa de última geração é um de vários argumentos tecnológicos que suportam a conceito de um veículo moderno e inovador que oferece uma experiência de condução e conforto incomparáveis.

2002

E chega o Citroën C3! Com um novo conceito estético, o Citroën C3 depressa se afirma como um campeão de popularidade, fazendo as delícias de um público jovem que aprecia um automóvel com uma estética sedutora desenhado para uma vida em movimento.

2003

Enquanto o C3 fazia as delícias dos clientes, afirmando-se como um grande sucesso comercial com uma enorme popularidade junto do público, a Citroën volta a agitar o mercado com um modelo verdadeiramente original: o C3 Pluriel.

Com um novo conceito, adaptado à vida moderna, o C3 Pluriel é um 5 em 1, com várias configurações possíveis: berlina, berlina panorâmica, cabriolet, spider e até pick-up.

2004

Depois do lançamento do Citroën C3, a Citroën volta a inovar no segmento dos utilitários com o muito desejado Citroën C2.

Apresentado ao público à volta da ideia de urbano-desportivo, o novo Citroën C2 apresenta-se como o automóvel ideal para uma utilização citadina: versátil, esteticamente desafiador e com performances aguerridas.

O ano de 2004 anuncia-se como o período de revolução da gama. Depois do sucesso do C2 e o C3, a Citroën prepara o excitante C4, um modelo de gama média que completa uma nova geração de automóveis marcada pelo dinamismo do design, pela inovação tecnológica e por uma nova visão do futuro do automóvel.

2005

Em Portugal, o Citroën C4 é agraciado com o troféu Carro do Ano -Volante de Cristal 2005.

A gama de veículos compactos fica agora completa com o lançamento do Citroën C1, projeto comum com a Peugeot e a Toyota.

Citroën C1 veio dar continuação ao período de revolução iniciado em 2004. Atraente, compacto e à vontade no trânsito da cidade, o C1 tem um estilo arredondado que inspira simpatia, e oferece uma habitabilidade e maneabilidade excepcionais, com um nível de segurança ímpar para o seu segmento.

2006

É o ano da estreia mundial do Citroën C6, um veículo topo de gama, herdeiro da tradição, design e inovação da Marca.

5 estrelas EuroNCAP para a proteção dos adultos, 4 estrelas para a proteção das crianças e sobretudo 4 estrelas para o choque peões. Bem vindo ao Visiospace!

Citroën alarga a sua oferta de monovulmes com o lançamento do Grand C4 Picasso.

Um veículo de 7 lugares que prima pela visibilidade, luminosidade, conforto e modularidade.

2007

Em Portugal o Grand C4 Picasso recebe o Troféu Carro do Ano – Volante de Cristal.

Ao Grand C4 Picasso junta-se o C4 de 5 lugares, também ele um monovolume de referência no que respeita à visibilidade, luminosidade, modularidade e conforto, a provar que uma boa ideia nunca vem só.

Aguarda-se o lançamento do C-Crosser, o SUV da Citroën

Citroën no Brasil

Produção em verde e Amarelo

Presente no país desde 1991 com a importação independente de veículos como o XM, Xantia e Xsara, em agosto de 2000 foi inaugurado no Rio de Janeiro o complexo industrial de Porto Real trazendo os mais altos padrões de sofisticação, acabamento, durabilidade, confiabilidade, conforto, desempenho e segurança.

O primeiro veículo a inaugurar a linha de montagem foi o Xsara Picasso. Em 2003 o C3 também passou a ser fabricado no Brasil.

Atualmente a fabrica também produz motores e veículos Flex para exportação para o Mercosul e Europa. A produção do C4 Pallas se divide entre as fábricas de Porto Real e Argentina.

História da Citroën
Citroën no Brasil

Com capacidade inicial para produzir até 100 mil veículos por ano e gerando mais de 2.500 empregos na região, o parque industrial montado em Porto Real, envolveu um investimento de aproximadamente um bilhão de dólares. Em pouco tempo a região se tornou um importante pólo automotivo.

Em dezembro de 2007 o Grupo PSA anunciou um investimento de R$110 milhões para produção de uma nova família de veículos. Este é o início de um projeto de U$500 milhões a serem investidos na América Latina e divididos com a unidade Argentina do grupo.

Com o crescimento acelerado da Citroën no Brasil, em 2007 a fábrica passou a operar em três turnos aumentando o quadro de funcionários em 28%, somando um total de 3.170 funcionários.

A meta desejada é a produção de 27 unidades/hora, consequência da contínua busca por melhorias nos métodos de manufatura e investimento na capacitação e treinamento dos funcionários.

Outra consequência direta desse crescimento é a ampliação do volume de produção da fábrica de motores de 518 motores por dia para 620.

História da Citroën – Marca

História da CitroënLogotipo Citroën

A marca francesa Citroën foi fundada por André Citroën em 1919.

Citroën começou como uma fábrica de produção de armamento para a I Guerra Mundial, mas com o final da guerra a produção de armamento cessou, lançando-se então na produção de automóveis.

Em 1933 a Citroën lançou o Rosalie o primeiro automóvel de série a incorporar um motor a diesel.

Em 1934 a Citroën depois de perdas financeiras devido às suas linhas ultrapassadas, lançou o modelo Traction Avant um modelo completamente inovador para a época.

O Traction Avant foi o primeiro automóvel a ser produzido em série com chassis monobloco, suspensão dianteira independente e tração dianteira.

Este modelo marcou uma guinada na indústria do automóvel. A rápida introdução do Traction Avant na produção, levou a Citroën à ruína, sendo comprada pela Michelin em 1934.

Para sorte da Michelin o Traction Avant foi bem aceito pelo mercado e graças a essa aceitação a Michelin conseguiu tirar a Citroën da ruína.

Em 1948 a Citroën lança o 2CV o seu modelo mais famoso de todos os tempos.

O 2CV foi lançado com o objetivo de ser uma alternativa ao cavalo nas zonas rurais, mantendo-se em produção até 1990 praticamente sem alterações.

Em 1955 é introduzido no mercado o Citroën DS, o primeiro modelo a utilizar a suspensão hidropneumática regulável em altura e a trazer de série discos de freio.

O DS em 1968 já trazia faróis direcionais e transmissão semiautomática, uma transmissão inovadora que recorria a pistões no interior da caixa de velocidades.

A suspensão hidráulica foi introduzida em praticamente todos os modelos da Citroën, podendo os condutores conduzirem com a suspensão elevada ou rebaixada consoante o piso, isto permitia ao condutor possuir uma condução mais agradável.

Citroën foi também uma das pioneiras a utilizar o túnel de vento na produção de automóveis, permitindo isto melhorar a aerodinâmica e baixar o consumo de combustível.

Em 1968 a Citroën vendeu 49% das suas ações à FIAT e passou a adquirir no mesmo ano a Maserati, começando a incorporar a sua tecnologia em praticamente todos modelos da Maserati.

Em 1973 devido à nova crise energética e ao erro estratégico de não possuir nenhum modelo na proveitosa classe média, fez com que a Citroën atravessa-se uma nova crise.

Nesse mesmo ano a FIAT devolveu a sua parte à Citroën e passado um ano a Citroën estava na falência. Temendo demissões em massa o governo francês promoveu conversações com a Peugeot.

A partir de 1976 a Peugeot passou adquiriu a 90% da Citroën, dando origem ao grupo PSA Peugeot Citroën.

Sob o controle da Peugeot, a Citroën vendeu a Maserati à DeTomaso e rapidamente começou a perder as suas características, ficando cada vez mais baseados nos modelos da Peugeot.

História da Citroën
2CV

História da Citroën
Citroën C4 Picasso

Barend Limoenman, filho de judeus Holandeses e operário do ramo da joalheria, pedia a mão em casamento de Netje Rooseboom, que era filha de um próspero comerciante de relógios, mas este só consentiu o casamento desde que ele modificasse o apelido, que o futuro sogro achava “demasiado pitoresco” e foi assim que Barend passou de Limoenman (homem dos limões) para Citroën (limão em Holandês). Do casamento nasceram 14 filhos.

Um destes filhos, Levie Barend Citroën foi para Varsóvia onde casou com Masza Amalia Kleinmann, tendo de seguida ido viver para Paris, onde a 5 de Fevereiro de 1878 nasceu o 5ºfilho chamado André Gustave Citroën.

Em 1900 após terminar os seus estudos na escola politécnica, foi à Polónia visitar uma irmã e descobriu lá um processo revolucionário de talhar, em ferro fundido, engrenagens em forma de V invertido.

Voltou a França para cumprir o serviço militar e em 1905 criou a que anos mais tarde se tornaria Sociedade Anónima de Engrenagens Citroën, que fabricava as engrenagens com o formato que viria a ser reproduzido no símbolo da marca.

A partir de 1908 ainda teve tempo para recuperar a Sociedade de Automóveis Mors, e também teve um papel importante na 1ªguerra mundial, tendo construído uma fábrica que produziu 23 milhões de obuses, que foram muito importantes para a vitória das forças Aliadas.

Em 1919 anunciou que iria fabricar o primeiro automóvel Francês produzido em série, prometendo fabricar 100 por dia. Na altura ninguém acreditou, mas 2 anos depois já fabricavam 300 por dia.

André Citroën estava a mudar o estilo de vida dos Franceses, permitindo-lhes ter a liberdade de ir e vir em quatro rodas.

André Citroën durante a sua infância acompanhou a construção da Torre Eiffel tendo ficado fascinado com o fogo de artificio da sua inauguração. E a 4 de Julho de 1925 a torre transformou-se num archote luminoso, seguido de um pontilhado luminoso de centenas de estrelas que se transformaram em cometas, num grandioso espetáculo pirotécnico, que após uma explosão deslumbrante fez surgir na torre o nome CITROËN, tal como André terá sonhado a ver a inauguração.

De 1919 até 1934 a Citroën criou tudo no campo automóvel. Foi a primeira marca a utilizar o salão automóvel como uma arma comercial, promoveu os Test-drive, editou um dicionário de reparações e lançou a garantia de 1 ano, revisão gratuita, venda a crédito e uma seguradora do ramo automóvel.

Estava-se a entrar num período de crise e havia necessidade de se inovar mais. Foi então que André Lefébvre entrou para a Citroën em 1933 trazendo consigo novas ideias no campo da mobilidade, relacionada com a leveza e o centro de gravidade avançado e baixo, assim como na aerodinâmica.

Com a sua entrada nascia um dos modelos mais revolucionários da história da marca: A Traction Avant (em Portugal conhecida por arrastadeira). Após um ano e meio da entrada de Lefébvre, e ao contrario dos 5 anos habituais na época, um protótipo já circulava nos arredores de Paris.

Cerca de um ano depois, a 3 de Julho de 1935, André Citroën faleceu vitima de um tumor no estomago, tendo deixado como sendo a sua última grande citação o seguinte:“O automóvel não é um instrumento de luxo, mas essencialmente um instrumento de trabalho, é preciso melhorar-lhe a qualidade e reduzir-lhe o preço. Tornando-se gradualmente o senhor dos transportes, igualmente indispensável no transporte de mercadorias, o automóvel está a entrar numa fase popular e democrática”.

O seu sucessor foi Pierre Boulanger, que tinha a ideia fixa de democratizar o automóvel.

O Traction Avant foi apresentado formalmente à imprensa em Abril de 1937, que o considerou como “audacioso, rico em soluções originais, diferente de tudo o que tinha sido feito até então”, e recebeu o tratamento de sensacional!

Em Outubro, quando o Salão de Paris abriu foi o triunfo.

No stand Citroën só havia Traction: o 7A, o 11 e o 22, nos modelos berlina, limousine, coupé e cabriolet!

Os especialistas tomavam nota das inovações: carroçaria monobloco toda em aço, trem dianteiro montado em blocos silenciadores, linha aerodinâmica, supressão de estribos, suspensão por barras de torção e amortecedores hidráulicos, rodas independentes, motor com martelos e válvulas à cabeça, camisas amovíveis, motor suspenso, caixa de velocidades sincronizadas, comandos no tablier e comando das luzes junto ao volante, este ultímo por sugestão de Mme. Citroën. Estava-se perante o automóvel do futuro, e uma vez mais a aposta foi ganha.

O Traction foi fabricado até 1957, mas após o seu sucesso e a produção ter entrado em “velocidade de cruzeiro”

Boulanger lançou o novo desafio para a democratização do automóvel: “montar quatro rodas debaixo de um chapéu de chuva”.

Os primeiros protótipos começaram a rodar em 1938, e até à 2ª guerra mundial rebentar foram produzidos 250, tendo com o início da guerra sido todos destruídos, exceto 4, que se tenha conhecimento, que chegaram aos nossos dias.

No Salão de Paris de 1948 estava tudo impaciente à espera do novo “escândalo”. E ele apareceu. Aspecto insólito, motor de 2 cilindros opostos sem junta da cabeça e arrefecimento por ar, sem distribuidor, 375cc, suspensão com interação frente-trás, rodas independentes e consumo de 4,5lts/100km’s.

O 2CV foi apresentado, e pela sua simplicidade e soluções técnicas, e principalmente pela economia de custos de produção, muito importantes num período pós-guerra, o 2CV veio dar resposta a uma nova filosofia de transporte individual.

O 2CV foi produzido desde 1948 até 1990, tendo sido fabricados mais de 4 milhões, tornando-se num dos automóveis mais populares de sempre, tendo ainda tornado-se num objeto de culto e um modo de vida.

No salão de Paris de 1955, mais uma vez a Citroën chamou a si todas as atenções com o que ainda hoje é considerado um dos mais extraordinários produtos da indústria automóvel: O Citroën DS (conhecido cá como o Boca-de-Sapo).Com as suas linhas aerodinâmicas inovadoras, que deram o prestígio ao designer Bertoni, a sua suspensão hidropneumática, o modelo foi ovacionado como “revolucionário, genial e até transcendente”.

Em menos de uma hora já tinham sido feitas 750 encomendas de DS, um record absoluto, como nunca foi visto no salão. As inovações que mais davam nas vistas eram o volante de um só braço, direção assistida, os piscas no alto da carroçaria, comando de travão por botão, travão de estacionamento comandado pelo pé, via da frente mais larga que a trazeira, roda com porca central, etc.

Citroën, com o DS, mais uma vez criava uma nova era!

Em 1970 ainda sob o efeito do sucesso do DS a Citroën lança um modelo de altas prestações, com que André Citroën já sonhava nos anos 30, o SM que atingia uns fabulosos 228km’s/hora.

Talvez por todos estes fatos a Citroën seja a marca, no meio de tantas outras, que tenha conseguido criar um maior número de apreciadores e adeptos ao longo da história: Os CITROËNISTAS!

MODELOS CITROËN

Type A – 1919/1921
5HP – 1922/1926
Type B – 1922/1928
Type C – 1929/1932
Rosalie – 1933/1939
Traction – 1934/1957
2CV – 1949/1990
ID/DS – 1955/1975
Ami6 – 1961/1970
Dyane – 1968/1983
Mehari – 1968/1987
Ami8 – 1969/1978
M35 – 1969/1971
SM – 1970/1975
GS/GSA – 1971/1986
CX – 1975/1989
LN/LNA – 1976/1986
Visa – 1979/1988
BX – 1982/1994
Axel – 1984/1988
AX – 1986/1998
XM – 1989/2000
ZX – 1991/1997
Xantia – 1993/2001
Evasion – 1994/2001
Saxo – 1995/
Berlingo – 1996/
Xsara – 1997/
C5 – 2000/
C8 – 2002
C3 – 2002
C2 – 2003

Fonte: www.citroen.com.br/maistuning.com/citronet.planetaclix.pt/www.ho-lda.com

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