Antigo Egito

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O Egito localiza-se a nordeste da África ligado ao Oriente Médio pela península do Sinai. O Egito possuí a maior parte de seu território em regiões desérticas (deserto do Saara) sendo que só 5% de sua área é usada para a agricultura. E esta depende das terras férteis às margens do Rio Nilo, daí a frase “O Egito é uma dádiva do Nilo”.

Durante as cheias entre os meses de junho a outubro, as águas do rio inundam suas margens depositando matéria orgânica (húmus) e quando o rio volta ao seu leito normal o povo passa a arar e plantar nestas terras. Com o aumento da população o povo passou a construir obras hidráulicas, como barragens, diques, canais, drenagem de pântanos e irrigações. Com isto conseguiu aumentar a área de plantio e sobreviver na época de seca.

A maioria da população era de camponeses livres, que trabalhavam em suas terras, pagavam taxas ao Estado e no período em que não trabalhavam, eram obrigados a fazer um trabalho compulsório ao Estado que era governado pelo Faraó, este trabalho era erguer obras públicas tanto hidráulicas, como templos, pirâmides e palácios.

Havia os escravos que eram prisioneiros de guerra, estes trabalhavam em pedreiras, minas de cobre e ouro. As classes sociais privilegiadas estavam os sacerdotes e sacerdotisas, responsáveis pela religião, ao culto do Faraó, pela educação. Recebiam tributos e não pagavam impostos, tinham uma vida bem mais luxuosa do que o resto da população.

O oficio de soldado, era regiamente compensado se este servisse diretamente ao Faraó, muitos oficiais egípcios ambicionaram o cargo de Faraó, o que provocou guerras internas entre eles e os sacerdotes.

Os escribas eram os poucos que sabiam ler e escrever, eram os responsáveis pelas leis, administração, distribuição de trabalhos, recolher os impostos que eram pagos em mercadorias (trigo, carne, frutas, sal, etc.). O Vizir era um funcionário público (um escriba mais graduado) que funcionava como porta-voz e olho do Faraó (este era o senhor supremo do Egito, um deus vivo), pois fiscalizava tudo.

Frederico Czar
Professor de História

O antigo Egito

Obcecados pela vida após a morte, há 4.500 anos os governantes do Egito buscavam a glória e a imortalidade erguendo enormes edificações de pedra. Dessa forma, firmaram os alicerces da primeira grande nação-estado do mundo.

Antigamente numa época ainda antes dos faraós, o Egito chamava-se Kemet, e o rio que o cerca que hoje se chama Nilo, chamava-se Iterou. O Iterou foi o motivo do nascimento desse país e povo, já que suas cheias (nili em grego) fertilizava o solo para a agricultura.

Essa terra mágica foi palco para a formação da primeira civilização, marcando o início da era moderna para a escrita, leitura, ciências, medicina e cultura em geral.

A religião egípcia, à semelhança de todas as outras religiões antigas, com exceção do Budismo, apresentava os Deuses como seres com quase todos os mesmos vícios dos homens, embora mil vezes mais poderosos e sábios; não só portadores dos mesmos defeitos e vícios humanos, mas também sujeitos ao nascimento, crescimento, amor, nutrição, envelhecimento e morte. No livro dos mortos as almas de defuntos voltando e dando graças ao saber mágico, sentindo-se felizes ao lado de divindades já envelhecidas.

A religião egípcia era mantida pelas superstições, de tal modo que os mortais não se preocupavam com o fim de sua existência. Ao contrário, não somente ritos eram praticados em favor dos defuntos, com este, depois de embalsamado, envolto em tiras mágicas e provido dos necessários amuletos, estava seguro de ter dado o primeiro passo em direção a uma vida tranqüila no além, para cuja viagem O livro dos mortos o ajudaria a ultrapassar, livrando-o de todas as dificuldades.

Relação dos Deuses mais importantes e seus parentescos:

PTAH

Antigo Egito
PTAH

Um dos arquitetos a projetar a canalização do Iterou após uma enchente do rio que dizimou metade dos Kemetenses.

MITO: Deus adorado em Menfis, identificado a Osíris e a Sokari sob o nome de Ptah-Socar-Osiris e de Ptah Socaris, criador do mundo.

RA (OU AHA)

Antigo Egito
RA (OU AHA)

Filho de Ptah, foi um grande guerreiro e líder

MITO: Nome dado ao sol. Simbolizado por um homem com um disco solar na cabeça.

AMON

Antigo Egito
AMON

Primo de Ra e companheiro de batalha. Mais tarde os dois são confundidos como uma só pessoa ou Deus Amon-Ra

MITO: Deus solar. O oráculo de Amon era dos mais venerados pelos antigos povos do Egito.

NEITH

Antigo Egito
Neit – Esposa de Ra

Mito: Neit é a deusa da caça, que abre os caminhos. Tem por animal sagrado o cão. A pessoa nascida sob sua regência é paciente, organizada e perfeccionista.

Porém, seu equilíbrio depende do valor que atribui à cada coisa ou situação; e isso não é o seu forte. Usando suas qualidades positivamente, alcança felicidade, segurança e serenidade.

SEKHMET OU SAKHMET

Antigo Egito
Filha De Ra e Neith

MITO: Esposa de Ptah, mãe de Nefer-Tum, Deusa Leoa.

HATHOR

Antigo Egito
Concubina de Ra

Mito: Hator é a deusa do amor, da alegria, beleza, música e dança. A pessoa nascida sob sua regência tem um espírito alegre, jovial e feliz. Sua força para amar é muito grande, assim como sua sensualidade. No entanto, qualquer problema a decepciona e a faz se sentir desesperançada. Deve aprender que na vida, deve-se aceitar a realidade como um aprendizado.

CHU

Filho de Ra e Taweret

Deus representado por um carneiro

TEFNUT

Filha de Ra

GUEB (TERRA)

Neto de Ra, filho de Chu e Tefnut

NUT

Antigo Egito
Esposa de Gueb

MITO: A Deusa do céu, esposa de Keb, representava a suprema sabedoria.

OSÍRIS

Antigo Egito
Filho de Gueb e Nut, bisneto de Ra

NEFTIS

Antigo Egito
Filha de Gueb e Nut, esposa de Seth

MITO: irmã de Ísis e Osíris. Seu nome significa “Senhora do Castelo”. Néftis auxiliou seu irmão a retornar à vida.

SETH

Antigo Egito
Filho de Gueb e Gazzira, meio irmão de Osiris

MITO: o Senhor do Alto Egito. Representado por um animal imaginário como um burro. Associado ao deserto e às tempestades.

ISIS

Antigo Egito
Prima e esposa de Osiris

Thot (djowtey)

Antigo Egito
Amigo de Osíris. Conhecido para os gregos Como Hermes Trimegistus. Revolucionou a escrita no Kemet

MITO: Deus da sabedoria representado por um íbis ou por um babuíno. Associado com a lua. Ao desaparecer o sol, tentava dissipar as trevas com a sua luz.

HORUS

Antigo Egito
Aqui representado pelo “Olho de Horus”

Antigo Egito
Filho de Osíris e Isis

MITO: Deus com cabeça de falcão que segura na mão direita o ankh, símbolo da vida. Os reis do Egito identificavam-se com esse Deus, filho de Ísis e Osíris

ANÚBIS

Antigo Egito
Filho de Neftis com um guarda real

MITO: Deus-chacal da mumificação, assistia os ritos com os quais um morto era admitido no além-túmulo. Empunha o ceptro divino usado pelos Deuses e pelos Reis.

Fonte: br.geocities.com

Antigo Egito

Como surgiu?

As enchentes periódicas do Nilo fertilizavam as terras ao longo do vale e também causavam inundações, o que obrigou seus habitantes a represar e distribuir as águas. Esse trabalho intenso e organizado levou à criação de uma civilização. Inicialmente, dividia-se em Alto Egito (vales) e Baixo Egito (deltas).

Religião do Antigo Egito

De religião politeísta, os egípcios adoravam deuses antopormófica (sob a forma humana) e antropozoomórfica( corpo humano com a cabeça de um animal). O deus mais importante era Rá (depois Amon-Rá), mas o mais popular era Osíris. Acreditando que os mortos podiam voltar à vida, desenvolveram a mumificação.

Período Pré-Dinástico

De 4.000-3.200 a.C., foram construídas as pirâmides de Queóps, Quéfren e Miquerinos. Essas obras custaram tanto esforço e sacrifício que a população rebelou-se.

A nobreza de Tebas restabeleceu a autoridade do faraó e teve início ao Médio Império(2100-1750 a.C.). Foi uma época de prosperidade, mas as revoltas internas facilitaram a vitória dos hicsos, que dominaram o Egito por 150 anos. A expulsão do hicsos deu início ao Novo Império (1580-525 a.C.), marcado por uma política guerreira e expansionista. Nesse período ocorreu a ocupação dos persas.

Sociedade

A sociedade era dividida em camadas sociais rígidas: a dos privilegiados (sacerdotes, nobres, funcionários) e a dos populares (artesãos, camponeses e escravos.)

Economia

A economia baseava-se na agricultura (trigo,cevada, linho, algodão, legumes, frutas e papiro), na criação (bois, asnos, gansos, patos, cabras e carneiros), na mineração (ouro, cobre e pedras preciosas) e no artesanato.

A mulher, a família e o Casamento no antigo Egito

A visão da mulher institucionalizada no Antigo Egito aparece claramente em alguns textos chamados de Instruções de Sabedoria. Os escriba aconselha aos egípcios a se casarem cedo e terem muitos filhos, além de abordar o cuidado que um homem deve ter com as mulheres estranhas e belas.

Fonte: www.tripod.com

Antigo Egito

A FORMAÇÃO DO ESTADO EGÍPCIO (5000/3000 a.C.)

O Egito está situado no nordeste da África, entre os desertos de Saara e da Núbia.

É cortado pelo rio Nilo no sentido sul-norte, formando duas regiões distintas: o Vale, estreita faixa de terra cultivável, apertada entre desertos, denominada Alto Egito; o Delta, em forma de leque, com maior extensão de terras aráveis, pastos e pântanos, denominado Baixo Egito.

Por volta do quinto milênio antes de Cristo, com o progressivo ressecamento do Saara, bandos de caçadores e coletores de alimentos se fixaram às margens do Nilo. Iniciaram o cultivo de plantas (trigo, cevada, linho) e a domesticação de animais (bois, porcos e carneiros), favorecidos pelas inundações notavelmente regulares e ricas em húmus do rio.

Os grupos humanos constituíam-se em clãs, que adotavam um animal ou uma planta como entidade protetora o Tótem. A cerca de 4 000 a. C., as aldeias de agricultores passaram a se agrupar, visando a um melhor aproveitamento das águas do rio, formando os -nomos-, primeiras aglomerações urbanas.

Desenvolveu-se um trabalho coletivo de construção de reservatórios de água, canais de irrigação e secamento de pântanos. A agricultura passou a gerar excedentes, utilizados nas trocas entre os nomos. Os egípcios aproveitavam também a riqueza mineral da região, extraindo granito, basalto e pedra calcárea das montanhas que margeiam o vale.

Os nomos eram independentes entre si e dirigidos pelos nomarcas que exerciam ao mesmo tempo a função de rei, juiz e chefe militar. Gradualmente, os nomos foram se reunindo em dois reinos, um no Delta, Baixo Egito, e outro no Vale, Alto Egito, que mais tarde irão constituir um só Império. Nesse período anterior unificação, os egípcios já haviam criado a escrita hierográfica e um calendário solar, baseado no aparecimento da estrela Sírius, dividido em 12 meses de 30 dias cada, mais cinco no final do ano.

Os antigos habitantes atribuíam a unificação do país, que ocorreu por volta de 3 000 a.C., a um personagem lendário, Menés, rei do Baixo Egito, que teria conquistado o Alto Egito e formado um só reino com capital em Mênfis. Segundo a crença, o responsável pela unificação era considerado sobre-humano, verdadeiro deus a reinar sobre o Alto e o Baixo Egito e o primeiro -faraó- (rei-deus egípcios).

Ora, isso não pode ser comprovado arqueologicamente. A unificação decorreu da necessidade de uma direção centralizada para o melhor controle das enchentes do rio, que tanto podiam trazer a fartura das colheitas, como a destruição das aldeias e das plantações. De todo modo, a crença serviu para divinizar os governantes que se utilizaram muito bem dela para se impor à população e manter um domínio direto sobre todas as terras do Egito. Recebendo impostos e serviços dos camponeses das aldeias, que cultivavam as terras, os faraós acumularam grande soma de poder e de riqueza.

PERÍODO DINÁSTICO

Com a unificação dos nomos em um único Estado, iniciou-se o período dinástico da história do Egito, que se divide em três eras principais o Antigo Império, o Médio Império e o Novo Império -separados por períodos intermediários em que a autoridade faraônica decaiu, trazendo anarquia e descentralização.

O Antigo Império, entre 2 700 e 2 200 a.C., foi a época em que o poder absoluto dos faraós atingiu o auge, principalmente durante a IV Dinastia, dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, que mandaram construir as enormes pirâmides (sepulcros) da planície de Gizé, perto da capital, Mênfis.

O Médio Império, com capital em Tebas, aproximadamente de 2 000 a. C., a 1 700 a.C., foi uma época de expansão territorial, de progressos técnicos nos canais de irrigação e de exploração de minérios na região do Sinai. A mando do faraó Amenemá I, da XII Dinastia, foi construída uma grande represa para armazenamento das águas, que ficou conhecida como lago Méris ou Faium. No período intermediário que se seguiu, houve aumento do poder dos -nomarcas – rebelião de camponeses e escravos e ocupação do Delta pelos hicsos, povo de origem asiática, iniciando um período que durou cerca de um século e meio.

O Novo Império começa com a expulsão dos hicsos por volta de 1 580 a.C., e marcou o ponto culminante do país como potência política. Os faraós do Novo Império, destacando-se Tutmés II e Ramsés II, deram início a uma política externa expansionista, com a conquista da Núbia (ao sul), da Síria, da Fenícia e da Palestina, formando um Império que chegava até o Eufrates.

Seguiu-se um período denominado Baixo Império, de sucessivas invasões por povos estrangeiros: assírios (671 a.c.), persas (525 a.C.), macedônios (332 a.C.) e romanos (30 a.C.) que liquidaram o Império Egípcios, uma civilização que perdurou por cerca de 35 séculos (3 500 anos).

O RIO NILO E A ECONOMIA DO EGITO ANTIGO

O rio Nilo exerceu importância fundamental na economia do Egito, oferecendo água e terra cultivável a uma região situada em pleno deserto. Mas era preciso utilizar a inundação, distribuir a água eqüitativamente, aumentar a superfície irrigada e drenar pântanos. Isso foi feito a partir dos nomos, num trabalho coletivo que envolvia a população de várias aldeias.

O grande rio fornecia a alimentação, a maior parte da riqueza e determinava a distribuição do trabalho das massas camponesas nas aldeias. Durante a Inundação (jul /out), com os campos alagados, os homens transportavam pedras para as obras de construção dos faraós, escavavam poços e trabalhavam nas atividades artesanais. Na Vazante (nov / fev), com o reaparecimento da terra cultivável, captavam as águas e semeavam. Com a Estiagem (mar / jun), colhiam e debulhavam os cereais. A alimentação era complementada pela pesca e pela caça realizada nos pântanos do delta do Nilo. A agricultura produzia cevada, trigo, legumes, frutas, uvas e linho.

As atividades artesanais, de artigos destinados ao consumo da população, eram realizadas nas oficinas das aldeias.

Desenvolviam-se em função das matérias primas e dos produtos agrícolas oferecidos pelo rio: tijolos e vasilhames fabricados com a argila úmida das margens; vinho, pão, cerveja e objetos de couro; fiação e tecelagem do linho; utilização do papiro para a produção de cordas, redes, papel e barcos. O Delta era o principal centro pecuário e vinícola.

O artesanato de luxo, de consumo da aristocracia, de alta especialização e qualificação excepcional, ouriversaria, metalurgia, fabricação de vasos de pedra dura ou de alabastro, faiança, móveis, tecidos finos, concentrava-se em oficinas mais importantes, pertencentes ao faraó e ao templo. A cidade de Mênfis possuía a melhor metalurgia.

Os funcionários do Faraó eram responsáveis pela circulação dos produtos entre as diversas regiões do país e pela organização do trabalho de mineração e das pedreiras, exploradas através de expedições ocasionais.

O pequeno comércio local trocava produto por produto; em transações maiores usavam-se pesos de metal. O grande comércio externo, por terra ou por mar, era realizado com as ilhas de Creta e Chipre, com a Fenícia e com a costa da Somália, para a importação de madeira para a construção naval, prata, estanho, cerâmica de luxo, lápis-lazúli. Organizava-se através de grandes expedições ordenadas pelo Faraó, mobilizando mercadores, funcionários e soldados.

O Faraó, através de seus funcionários, controlava diretamente todas as atividades econômicas, proprietário que era das terras do Egito: planejava as obras de irrigação, a construção de tempos, pirâmides e palácios; fiscalizava a produção agrícola e artesanal; organizava o comércio e a exploração das minas; distribuía o excedente; cobra os impostos dos camponeses, usados para sustentar o Estado. O Palácio e o tempo dos deuses eram o centro da acumulação da riqueza.

Fábio Costa Pedro

Olga M. A. Fonseca Coulon

Fonte: www.hystoria.hpg.ig.com.br

Antigo Egito

Antigo Egito

No Egito Antigo a sociedade era dividida em classes sociais, parecido com hoje. As pessoas mais importantes são o faraó (quer era como um rei) e sua família, depois os sacerdotes, mais abaixo estavam os nobres, depois os militares, depois os agricultores, depois comerciantes e artesãos, e por ultimo os escravos.

Um dos fatos mais conhecidos do Egito Antigo é o fato que eles acreditavam que um pessoa nunca morria e achavam que depois de algum tempo o morto iria encarnar outra vez no mesmo corpo. Por isso eles embalsamavam-se e se mumificavam-se. Além de construírem enormes monumentos para serem enterrados dentro deles.

Eles construíram vários templos dedicados a seus incontáveis deuses. Os templos eram grande fonte de dinheiro para o Estado. Todas as atividades econômicas eram controladas pelo Estado.

O Egito Antigo deixou no mundo varias herança muito importantes como, aritmética, engenharia, medicina, o relógio do sol, técnicas agricultas, geometria e filosofia.

O Egito Antigo tem mais de 3000 anos de historia. Ele foi unificado por Menés aproximadamente, em 3200a.C. E foi dominado pelos romanos em 30a.C. Mas quando Cleopatra reinava no Egito, o Egito não era mais importante e poderoso como era antigamente.

Antigo Egito
Menfis

A historia do Egito é dividida basicamente em 6 partes: Época Tanica, Antigo Império, Médio Império, Novo Império, Baixo Império e Época Ptolemaica.

Em algumas épocas o Egito foi invadido por outros povos, essas épocas são chamadas de Período Intermediário. A historia do Egito pode ser dividida também em dinastias, ou seja famílias diferentes que governaram o Egito. O filho primogênito virava faraó quando seu pai morria. O novo Faraó se cassava com sua irmã pra continuar o reinado nas mãos da família.

A Época Tanita foi de 3200 até 2575 a.C. Foi o começo do Egito, foi quando Menés unificou o país, se tornando, então o primeiro faraó do Egito. Ele criou a cidade de Menfis para ser a capital do Egito. Na Época Tanita não houve nenhum grande faraó, além de Menés, o Egito estava só começando a se formar.

O Antigo Império (Antigo Império, 1° Período Intermediário) foi de 2575 até 2040 a.C. Foi nessa época que os reis foram considerados filhos de Rá (O deus Sol). Essa época foi conhecida como a época das pirâmides. O primeiro a criar uma pirâmide foi o rei Djezer e seu arquiteto Imhotep, em Sakara. Mais tarde um outro faraó, Snefer, inspirado nessa pirâmide construiu três pirâmides, porque só a ultima tinha condições de abrigar a múmia do rei. O filho (Kufu ou Keops), o neto(Quefrem) e o bisneto(Mikerinos) de Snefer construíram as magnificas pirâmides de Gizé. A família da 5ª dinastia talvez tenha sido a família mais poderosa de toda a historia do Egito

O Médio Império (Médio Império, 2° Período Intermediário) foi de 2040 a.C. até 1550 a.C. No começo dessa época Mentuhotep II reunificou o Egito. Cresceu muito o culto à Osiris. Além do números de pessoas que se mumificavam crescia bastante, graças ao aumento de pessoas de classe media. Os reis apesar de serem vistos como deuses não eram os únicos com poder, os senhores locais também tinham grande poder. Depois o Egito ficou enfraquecido e foram invadidos pelos Hiscos, eles tinham uma coisa que o Egito não tinha, bigas puxadas a cavalo.

O Novo Império (Novo Império 3° Período Intermediário) foi de 1550a.C. até 712a.C. Os Hiscos foram, expulsos do Egito pelo rei Ahmose. Foi nessa época que Tebas foi reconhecida como capital política e religiosa.

Antigo Egito
Máscara de ouro de Tutankhamon,faraó que morreu perto de 1352A.C. com apenas 19 anos de idade.
O túmulo de Tutankhamon foi descoberto em 1922, praticamente intacto e cheio de mobiliário e ornamentos típicos do período de apogeu da civilização egípcia

Nessa época é que existiu o faraós mais famosos, como Hatchepsut, Akenaton, Ramsés, O Grande, entre outros. A Rainha Hatchepsut governou o Egito mesmo sendo uma mulher, e não foi um mal governo. Ela construiu maravilhosos monumentos que são muito conhecidos hoje em dia. Mas depois de morta seu nome foi apagado. Os egípcios não gostava da idéia de terem sidos governados por uma mulher. Ramsés, O Grande além de ter sido um grande guerreiro foi um grande construtor, foi ele que construiu os templos em Abu Simbel. Ele é até citado na bíblia, na historia de Moisés ele seria o faraó que se recusou a soltar o “povo de Moisés”. Akenaton foi um grande revolucionário, ele implantou o monoteísmo, fazendo todos acreditarem apenas em Aton o deus Sol. Ele também mudou a capital do Egito de Tebas para El-amarna. Mas depois seu filho, Tutankamon voltou a antiga capital do Egito. Tutankamon se tornou famoso por sua tumba encontrada intacta. Ele tinha 9 anos quando virou faraó e morreu ao 18.

Já no Baixo Império, que foi de 712 à 332a.C., o Egito estava em grande declínio. Os povos vizinhos descobriram um metal bem mais forte que bronze, o ferro.

O Egito não tinha nenhuma fonte de ferro, com isso ficou difícil de lutar com os países vizinhos. Nisso ele perdeu grande parte de seu poder.

Antigo Egito
Anfiteatro Romano

A Época Ptolemaica foi de 332a.C. à 30a.C. Nessa época reinaram uma família de faraós gregos. Começou com Alexandre, O Grande. Foi ele construiu a famosa cidade de Alexandria. Os outros Ptolomaicos, não foram muito famosos, a não ser a rainha mais conhecida do mundo, Cleopatra. Ela foi a ultima faraó do Egito. Ela se juntou à Julio Cesar. Depois se juntou-se à Marco Antonio. Teve filho dos dois. Mas morreu sendo picada por uma naja. Ela preferiu morrer que ser pega pelos romanos. Nisso os romanos tomaram conta do Egito e o governaram por 600 anos, até a conquista árabe.

Fonte: www.geocities.com

Antigo Egito

Um mundo maravilhoso

O Egito sempre nos pareceu uma terra repleta de mistérios.

Heródoto afirmava que o Egito era um reino repleto de maravilhas e que seu povo tudo fazia de modo estranho e insólito. Os gregos às vezes super-sutis estavam certos de que o povo egípcio, assim como a sua Esfinge, sabiam algo que não queriam contar, outros povos também sentiam a mesma coisa, talvez porque tanto dos registros do passado egípcio ,haja permanecido ininteligível até recentemente

A civilização egípcia distinque-se das demais civilizações dos tempos antigos por diversas características.

A civilização egípcia foi sem dúvida a que mais tempo existiu; mais de 3400 anos decorreram entre o começo da Primeira Dinastia em 3110 a.C e o triunfo do cristianismo, perto do fim do período romano -30 a.C – 324d.C. – quando se pode dizer que a velha civilização desapareceu.

A integridade cultural; no período pré-dinástico não foi nenhum modo insignificante na história cultural do Egito. Houve notáveis progressos nas artes, nos ofícios e até em algumas ciências.

Instrumentos, armas e ornamentos eram habilmente confeccionados de pedra,cobre e ouro.Desenvolveram um sistema eficiente de irrigação, o saneamento de terras pantanosas e condição de tecidos de linho de qualidade verdadeiramente superior.

No sistema pré-dinástico, os egípcios desenvolveram um sistema de leis baseadas nos costumes, sistemas esse cercado de grande prestígio que mais tarde se impôs ao próprio faraó. Entrou também em uso um sistema de escrita embora nunca ter sido encontrado um exemplar de tal escrita, às espécimes que possuimos da Primeira Dinastia são tão complexas que devem ter-se originado muito tempo atrás.

Os egípcios desse período inventaram ainda o primeiro calendário solar da história da humanidade. Tudo indica que basearam no reaparecimento anual da estrela SIRIUS, e dividia o ano em 12 meses de trinta dias cada, com cinco dias de festas adicionadas ao fim de cada ano

É provável que este calendário tenha sido colocado em vigor por volta de 4.200 a .C., de acordo com o cômputo dos egiptólogos modernos.Uma característica importante que se deve dar muita importância é a religião.Todos os povos antigos estiveram até certo grau sob influência religiosa e mesmo no Egito essa influência foi muito forte. No governo, na economia, na arte e em todos os campos, continuou a ter um significado religioso.

Fatores naturais também ajudaram a civilização egípcia a se desenvolver em uma região de estreita faixa de terras cercados de desertos: a água.

O Rio Nilo que nasce no coração da África atravessa o deserto e deságua no MAR MEDITERRÃNEO, fornecia a água necessária à sobrevivência e do plantio do Egito. Os solos férteis que no período das cheias, as águas do Nilo inundavam era rica e depositavam a camada de húmus. Quando o Rio Nilo retornava ao seu nível normal, o solo rico e fértil estava pronto para ser cultivado.

Somente os fatores naturais não são necessários e suficientes para explicar o desenvolvimento da civilização egípcia.

Temos que considerar também a funcionabilidade do homem, que sem dúvida soube aproveitar os recursos naturais, através do trabalho, planejamento e criatividade.

Para se proteger das inundações, construíram diques, barragens, construíram canais de irrigação para levar água a regiões distantes. Com essas criatividades, o homem egípcio fez surgi uma das maiores e mais antigas civilizações que conseguiu desenvolver em uma região de “clima árido” (clima quente e seco) cercado por deserto.

Essa civilização sobe aproveitar os recursos, fornecidos pela natureza sempre acompanhando o curso do Rio Nilo.

Para os egípcios o Nilo (O RIO DEUS ) era considerado um deus, cujo o nome era HAPI.Um velho hino saudava HAPI, afirmando:“Salve ò Nilo que provém a vida em forma de água e alimentos”.

As enchentes do Nilo formavam, ao longo de suas margens, uma área de “terra preta” rica e fértil para agricultura.Nas regiões não atingidas pelas enchentes ,o solo era desértico, sendo conhecido como ” terra vermelha.

Situado no nordeste da África o Egito localizava-se em uma região desértica, porém se desenvolveu no fértil vale do Rio Nilo, beneficiando-se do seu regime de cheias.Seria impossível imaginar o Egito sem o Rio Nilo. Esse país é um verdadeiro oásis em meio a uma região desértica.A área povoada tinha um cumprimento superior a largura abrangendo 30.000 Km²de área cultivável. Sua população era de aproximadamente 7 milhões de pessoas, um verdadeiro aglomerado humano, constituído por misturas de grupos étnicos, porque o Egito é um ponto de encontro entre os mundos mediterrâneo, asiático e africano.

Embora, em certo grau de isolamento, o Egito não ficava tão afastado que não mantivesse colérico e intercâmbio cultural com outras terras.

Ao sul estava a NÚBIA, a terra das cataratas do Rio Nilo com que o Egito manteve contatos através de sua história. A oeste ficava o DESERTO LÍBICO, de onde muitas vezes vinham invasores atacara região do delta. A leste achava-se o DESERTO ARÁBICO, pelo qual, caravanas seguiam caminho para o litoral do MAR VERMELHO. A costa Mediterrânea do norte proporcionou aos egípcios manter relações com povos estrangeiros. A rota mais usada era a estreita passagem da África para a Ásia através do Ístimo de Suez e da Arábia Pétrea. Por essa rota ia e vinha a maior parte do tráfico entre o Vale do Nilo e o Fértil Crescente e através dessa parte de terra marchavam os exércitos do Egito, Assíria e da Pérsia.

A compleição racial do Egito pré-dinástico era essencialmente a mesma que se observa em épocas posteriores. Os habitantes pertenciam ao ramo mediterrâneo da raça caucásica. Eram de estaturas baixas, de tez escura, cabeça alongada, cabelos lisos e pretos, olhos fundos e nariz levemente aquilino. Alguns mostravam traços de cruzamento negróides e líbios e possivelmente de sangue semita ou de outros povos da Ásia Ocidental.

O idioma possuía vestígios de elementos semíticos que indicariam do mesmo modo, relação com alguns nativos da Ásia. Os egípcios portanto, não eram uma raça pura e nada indica que os fatores raciais em si mesmo tenham desempenhados papeis importantes no desenvolvimento de sua cultura.

A história do Egito inicia-se quando a população que vivia nas margens do Rio Nilo tornaram-se sedentárias e constituíram comunidades que dedicando mais a agricultura do que a pesca e caça, evoluíram para a formação de pequenas unidade políticas chamada de nomos, que eram pequenas comunidades autônomas que se desenvolveram com uma agricultura rudimentar e eram chefiados pelos nomarcas.

Das unificações dos 22 nomos existentes, formaram dois reinos: o Alto Egito localizado no sul dó rio Nilo e o Baixo Egito ao norte. Por volta de 3.200 a.C. o faraó MENÉS(ou NARMER) unificou os dois reinos, com a capital em TINIS, daí o período chamar-se tinita; durou até 2.800 a.C.

Com MENÉS começa a história dinástica egípcia – isto é a história dividida em períodos relacionadas com as dinastias dos reis que governaram – e MENÉS é geralmente considerado o fundador da PRIMEIRA DINASTIA. Com a unidade política criada por MENÉS que estabelecia a capital do Egito, passou da cidade de TINIS para a cidade de MENFIS atual Cairo.

No Egito Antigo o chefe de Estado era um rei conhecido como Faraó, proprietário nominal de todas as terras, era considerado um verdadeiro deus, por isso afirma-se que o Egito era uma “teocracia”.

Os camponeses tinham que produzir em excedente de produção que era entregue aos fiscais do Faraó. Parte da riqueza servia para o sustento da família real, de um grande corpo de funcionários palacianos e dos militares. O resto da produção destinava-se a financiar obras de drenagem e irrigação e uma parte da produção era armazenada para épocas de colheitas baixas.

Além de grande proprietário, o estado egípcio controlava as atividades econômicas regulamentava o comércio, recolhia impostos, taxas, organizava as obras públicas e o trabalho coletivo. Os camponeses trabalhavam no plantio e também eram obrigados a prestar serviços nas obras públicas (canais, templos e pirâmides).

Antigo Egito
Embarcação feita de papiro muito utilizada pelos pescadores egípcio

Seus impostos geralmente eram pagos em mercadorias ou em trabalho.

Os escravos também trabalhavam nas obras públicas, existiam duas formas de escravidão: por conquistas (povos derrotados nas guerras) e por dívida (aqueles que não tinham condições de pagar seus impostos e compromissos, tornavam-se escravos).

Podemos notar que a sociedade egípcia estava voltada para grandes obras que levaram décadas para serem completadas, o que torna mais fácil entender como foi possível o erquimento de construções como as pirâmides.

Contrastando com a autonomia das cidades da Mesopotâmia, o Egito mantinha um estado forte centralizado e muito organizado, sob a direção do Faraó. Esse processo de centralização teve início por volta de 4000 a.C. com a instituição das comunidades nomásticas que eram comandadas pelos nomarcas, com autonomia e independência, mas cooperavam entre si. Esses nomarcas embora autônomos tinham autoridade limitadas. Os verdadeiros representantes do poder central(e portanto do Faraó) eram os escribas que detinham o conhecimento da escrita e da contabilidade registrando as arrecadações os impostos e as determinações centrais.

A agricultura egípcia vista pelo grego Heródoto

” Os habitantes do Delta são certamente aqueles que de todos os homens que vivem noutros países ou no resto do Egito recolhem os frutos da terra com menor fadiga; não penam abrindo regos com charruas,nem mesmo se servem de enxadas; quando o rio regou, ele próprio os seus campos e em sequida se retirou cada um deles semeia e larga no campo os porcos; quando estes pisando enterram as sementes, só lhes restam esperar o tempo da ceifa.” ( Heródoto, citado por Gustavo de Freire).

Foi durante o período dinástico que se deu à construção das grandes pirâmides, o crescimento territorial e econômico do Egito.

As fases desse período são divididas em:

ANTIGO REINO- 3200-2423 a .C

Durante os tempos do Antigo Reino, a capital estava em MENFIS.Nunca antes ou depois tiveram reis egípcios poder tão absolutos quanto os faraós que reinaram em MENFIS. Seus monumentos registros impressionantes de sua grandeza nunca foram igualados.

QUEOPS, QUEFREM e MIQUERINOS faraós da IV Dinastia tiveram grande destaque. Eles foram responsáveis pela construção das mais famosas pirâmides do Egito.

Há no Egito 80 pirâmides, construídas aproximadamente 4000 a.C. distam apenas 10Km da cidade do Cairo. As pirâmides são as únicas sobreviventes das famosas “Sete Maravilhas do Mundo”. A maior pirâmide, e a mais antiga é a de QUEOPS. Possui 148 metros de altura, 234 metros de base. A área que ocupa é de 54.000 m². Nela foram empregados 2.300 000 blocos de granito de 02 toneladas cada um.

As pedras foram trazidas da Arábia e transportadas em grandes barcaças pelo Rio Nilo.No transporte de terra eram colocadas em enormes pranchas que por sua vez deslocavam sob troncos roliços de grandes dimensões.

Trabalharam na construção cerca de 100.000 operários durante 20 anos. Queóps foi ali sepultado. Entretanto seu cadáver não foi encontrado. O explorador PERRING encontrou a câmara mortuária violada e saqueada, provavelmente por ladrões.

A pirâmide de MIQUERINOS é a mais rica, embora seja menor, ocupando uma área de 27.000m².

A pirâmide de QUEFREM ocupa 48.000 m² além de outros grupos menores, merecem menção os seguintes grupos de túmulos piramidais: SAKARA com 09 túmulos, DASHUR, com 05 túmulos GIZÉ com 04 túmulos e ABUSIS com 04 túmulos.

Grandes revelações vem sendo feitas nas explorações do grupo de GIZÉ, que está sendo alvo de pesquisas atuais.

Comumente o significado das pirâmides é mal compreendido.Há uma teoria corrente de que a falência do sistema econômico mal orientado compeliu os faraós a empregar seus súditos na edificação de inúteis monumentos de pedra.Mas essa teoria é refutada pelo fato de já estarem construídas as pirâmides quando a civilização egípcia se encontrava ainda na infância.Pode-se certamente encontrar algumas provas de decadência econômica no terceiro milênio a .C. mas o significado real das pirâmides era político e religioso. Sua construção foi ato de fé que exprimia ambição de dar ao estado permanência e estabilidade. Tumbas indestrutível dos soberanos, acreditavam-se serem elas garantias da imortalidade do povo, pois o faraó era corporificarão da vida nacional. É impossível também que fossem destinadas a servir como símbolos da adoração do sol. Como as mais altas construções do Egito, captariam os primeiros raio de sol e refleti-los-iam na direção do vale.

Os egípcios acreditavam na imortalidade da alma e esperavam que as almas viessem de volta a procura dos corpos; por isso embalsamavam os cadáveres.

Para comandar o Estado, os faraós possuíam como auxiliares uma quantidade muito grande de funcionários.Nos postos de liderança estavam os administradores locais das províncias (nomos), os supervisores dos canais de irrigação e os planejadores das grandes construções. Na base da sociedade estava uma imensa legião de trabalhadores pobres, que se dedicavam à agricultura, as construções e arcavam com pesados tributos (pagamento obrigatório feito ao governo).

No Antigo Reino, a capital do Egito foi primeiro a cidade de TINIS, depois foi MENFIS. No final da 6ª dinastia, os nomos começaram a se tornar independentes levando o poder dos faraós à fragmentação. As colheitas desse período foram insuficientes o que aumentou o descontentamento com relação ao faraó.

O Egito voltou a ser dividido em pelo menos dos reinos: o Alto e o Baixo Egito reunificação foi feita pelo Faraó MENTUHOTEP por volta de 2060 a.C. esse período o Egito viveu uma fase de distúrbios e guerra civil.

Na época do Antigo Reino, o Egito possuía uma longa e complicada história religiosa.

A religião era formada por elementos: o totemismo dos primitivos clãs, os antigos mitos legados as primeiras conquistas, seitas locais dedicadas a divindades de cidades e nomos específicos, as idéias religiosas que os sacerdotes desenvolveram e influências de terras estrangeiras, especialmente da Ásia. Era inevitável que uma confusão surgisse quando às tradições dos deuses e s relações entre eles e os sacerdotes nem sempre poderiam esclarecer todos os pontos.

Apesar de riqueza e grandeza do império e das dinastias faraônicas, a partir do VIII dinastia começa a decadência do Antigo Reino. Na X Dinastia, o Estado egípcio se enfraqueceu minado pelas incursões de povos nômades pela crescente autonomia dos nomarcas(que passaram a controlar a produção e a arrecadação dos impostos) e por alguns levantes camponeses. Assim ao estado acabou se dividindo (2280 a.C) em quatro centros políticos, que rivalizavam entre si e disputavam o poder.

Antigo Egito
“O Faraó, protege e fecunda a vida social de seus súditos”

DINASTIAS EGÍPCIAS

Período Pré-histórico = 4500-3110 a .C.
Período proto-histórico = ?
Primeira e Segunda Dinastias =
3110-2665 a .C.

O ANTIGO REINO

Terceira Dinastia = 2664-2615 a. C.
SOZER = 2664-2646 a .C.
Quarta Dinastia = 26l4-2502 a .C.
SNEFERU = 2664-259l a .C.
KHUFU (Queóps) = 2590-2568 a .C.
KAFRE ( Quefrem ) = 2556-2562 a . C.
MENKAURE(Miquerino) = 2525-2508 a . C.
Quinta Dinastia = 250l-2342 a . C.
Sexta Dinastia = 2341-2181 a . C.
NEFERKARI PEPI = 2277-2181 a . C.

PRIMEIRO PERÍODO INTERMEDIÁRIO

Sétima a Décima Dinastia = 2180-2052 a .C.

MÉDIO IMPÉRIO

2065 A 1785 a . C.

Muito antes do fim do antigo reino, havia sinais de que o grande poderio dos reis da Quarta dinastia ia declinando.Para citar um exemplo as pirâmides eram menos impressionantes.O poder passava para os sacerdotes, especialmente os de Heliópodes, e para os senhores dos nomos. Antes mesmo de findar a Sexta Dinastia o velho poder centralizado do faraó praticamente deixara de existir. Seguiu-se uma época de tumultos.Reis adventícios rivalizavam entre si pelos apoios dos nobres e invasores da Líbia, e da Ásia varriam o país. Finalmente a Undécima Dinastia de reis tebanos (2134-1999) restaurou ordem e restabeleceu o poder central sob NEBHEPETRE MENTUHHOTEP em 2052 a. C. Sua obra possibilitou as glórias da Décima Segunda Dinastia durante a qual a civilização do Antigo Reino Egito voltou a alcançar elevado desenvolvimento.

Antigo Egito
” O universo teme o tempo, mas o tempo teme as pirâmides. ( Provérbio árabe)

Quase dois séculos de domínio dos hicsos trouxeram inúmeras contribuições para o Egito: desenvolvimento da metalurgia, introdução do gado de grande porte, de novos frutos e legumes e principalmente de novas técnicas militares (carros de guerras, cavalos) permitindo a adoção de uma política militar expansionista.

O dinamismo do período deveu-se as novas obras de irrigação, ampliando as áreas agrícolas e produtivas e a construção de grandes templos. Tal foi o desenvolvimento que as artes e a literatura egípcia desta época transformaram-se em modelos e fontes de interesses para gerações posteriores.

DINASTIAS EGIPCIAS

2134-1570 a. C.

MÉDIO IMPÉRIO

Décima-Primeira dinastia = 2134-1999 a .C.

NEBHEPETRE MENTUHHOTEP II = 2061-20ll

Intervalo = 1998-1992

Décima-Segunda Dinastia = 1991-1786 a. C.

AMENEMHET = 1991-1962 a .C.
SENUSRET I =
1971-1828 a .C.
AMENEMHET II =
1929-1895 a .C
SENUSRET II =
l897-1879 a. C.
SENUSRET III =
1878-1843 a .C.

Antigo Egito
Dois momentos de descontração dos egípcios: um casal se diverte com um jogo parecido
com o xadrez e três pessoas participam de uma dança

AMENEMHET= 1842-1797 a .C.

SEGUNDO PERÍODO INTERMEDIÁRIO

1785-1580 a. C.

Povos da Ásia chamados de hicsos estabeleceram no delta do Nilo, fixaram na cidade de Alvaris, e a partir dali foram conquistando o país. O Egito voltou a ficar dividido. Foi KAMÉS, chefe militar de Tebas que iniciou a luta contra os invasores de AHMÉS, seu sucessor que conseguiu derrota-lo definitivamente tomando ÁLVARIS.

Os hicsos deixaram para os egípcios importantes contribuições como o uso do cavalo, fundição de bronze, tear vertical para fabricar tecidos.

Décima Terceira Dinastia ( Tebas): 1785-1647 a .C.
Décima Quarta Dinastia (Xoi´s): 1785-1603 a .C aprox.
Décima Quinta Dinastia ( Hicsos): 1678-1570 a .C.
KHIAN: 1647-1607 a .C.
AUSERRE: 1603- 1570
Décima Sétima Dinastia (Tebas): 1600-1570 a .C. aprox

CAMOSES

A organização social do Médio Reino era em geral semelhante à do período anterior. A classe média tornara-se maior do que antes, porém a massa do povo provavelmente vivia melhor. Contudo a vida dos camponeses era ainda dura e insegura e, no solo da estrutura social os escravos na maioria núbios feitos prisioneiros de guerras haviam-se tornado numerosos.

As condições econômicas permaneciam mais ou menos as mesmas do antigo Reino. A agricultura continuava como sempre a fonte primeira da riqueza egípcia. O comércio exterior incluía traços privados e no interior o trabalho tornou-se mais vivo durante o próspero período da Décima Segunda Dinastia. A religião do Médio Reino revelou-se desenvolvimentos novos. A supremacia do deus-sol RÁ continuou, porém RÁ era forçado a dividir o seu lugar de honra com uma nova divindade tebana chamada AMON. Após o começo da Décima-Segunda dinastia, falou-se de ambas juntas, como AMON-RÁ. A fusão solarizou AMON, e deu-lhe precedência sobre os deuses de todas as cidades, ao mesmo tempo que fortaleceu o poder da nova dinastia vinda de Tebas. Outra divindade que se ergueu à proeminência foi o deus crocodilo SOBEK, que também foi associado à RÁ.

Por volta de 1750 a .C. o Egito foi invadido pelos hicsos. A invasão do Egito não foi unicamente o resultado da fraqueza e da deserção na terra do Nilo.

Antigo Egito
Um auto oficial com sua esposa, trajando roupas relativamente simples.
As jóias do pescoço, porém, denotam poder e riqueza

Devia-se também a acontecimentos no Oriente que agora começavam a ter importantes repercussões sobre negócios egípcios.

Os hicsos não constituíam uma massa compacta e sim mescla de alguns indo-europeus – dos que chegaram pouco antes à Ásia Ocidental – com muitos semitas que fugiram de outros bandos invasores que os tinham despojados de suas terras. A todos esses elementos a tradição egípcia deu o nome de hicsos ou reis pastores e a era de tal invasão viria a ser recordada sempre como um tempo muito amargo.

Instalando-se inicialmente no delta, os invasores procuraram entrar no vale e dominar o país, mas se chocaram com a resistência das cidades quase inexpugnáveis. Os hicsos permaneceram no território durante um século, mas no começo do século XVI a.C. o faraó AMÓSIS I conseguiu expulsa-los e restabelecendo o poder na cidade de Tebas.

NOVO REINO

1580-1085 a . C.

A expulsão dos hicsos marcou nova fase de enorme desenvolvimento militar, a ponto de transformar o Egito em potência imperialista. O período começou sob o reinado de AMÓSIS e continuou com TUTMÉS I e HATSHEPSUT, regente durante a menoridade de TUTMES III. HATSHEPSUT foi a primeira egípcia a atribuir-se poderes de faraó. Mas foi TUTMES III que estendeu a dominação até o Rio Eufrates.

Os hebreus, também invasores de origem asiática, foram dominados e escravizados perto de 1250 a.C. os hebreus conseguiram deixar a região sob o comando de MOISES, no chamado ÊXODO. Assim a unidade territorial e política foi restabelecida e tebas retornou a posição de capital, dando início ao NOVO REINO, período de apogeu de civilização egípcia.

No apogeu AMENÓFI IV, casado com a rainha NEFERTITI, fez uma revolução, substituiu o deus tradicional AMON-RÁ, por ATON, simbolizado pelo disco solar.

A medida que tinha caráter político, pois Amenofis queria livrar-se dos sacerdotes, Amenofis os expulsou, construiu um templo em HERMÓPOLIS e passou a chamar AQUENATON: supremo sacerdote do novo deus.

O sucesso de Tutancaton,restaurou o deus AMON e colocou fim a revolução,mudando o próprio nome para TUTANCAMON.

O uso das técnicas militares apreendidas com os hicsos, os faraós organizaram exércitos permanentes, lançando-se em guerras de conquistas. Assim invadiram territórios da Ásia, dominando cidades como Jerusalém, Damasco, Assur e Babilônia. Os povos submetidos eram obrigados a pagar são faraó tributos em forma de ouro, escravos e alimentos.

Contudo apesar da expansão e enriquecimento do Império a exploração dos camponeses e escravos continuava: por isso diversos movimentos contra os abusos nas cobranças de impostos e a miséria eclodiram no reinado de RAMSÉS II.

Ramsés II (1320-1232 a.C.) enfrentou novos obstáculos como a invasão dos hititas vindos da Ásia Menor.

O Império estava em declínio, inimigos ameaçavam as fronteiras e internamente a remitência enfraquecia coma rivalidade entre faraó e grandes senhores enriquecidos pela guerra.

Por volta do século VII a.C., os assírios invadem o país. Em 525 a.C., o rei persa CAMBISES bate o faraó PSAMÉTICO III. A independência acabou. Nos séculos posteriores os povos do NILO seriam dominados pelos gregos e por último cairiam nos domínios do imperialismo romano, 30 a.C.

DINASTIAS EGÍPCIAS – 1570-1075 a .C.

NOVO REINO

Décima- Oitava Dinastia: 1570-1304 a .C.
AHMOSES: 1570-1545 a . C.
TUTMOSES III: 1490-1436 a .C.
HATSHEPSUT ( rainha): 1484-1469 a .C.
AMENHOTEP III: 1397-1360 a .C
AMENHOTEP IV: 1370-1353 a .C.
TUTANCÂNMON:1352-1343 a .C.
HOREMHEB: l339-1304 a .C.

Décima-Nona Dinastia: 1304-1181 a .C.

SETI I: 1303-1290 a .C.
RAMESÉS II: 1290-1223 a .C.

Vigésima Dinastia: 1181-1075 a .C.

RAMSÉS III: 1179-1147 a .C.

O FARAÓ; O DEUS NA TERRA

A palavra faraó, em egípcio significava a grande morada. Herdeiro dos deuses, o faraó era responsável pelo equilíbrio da natureza e o único que podia se aproximar das forças divinas. Sua imagem era vista em cenas religiosas das paredes dos templos. O faraó só participava das cerimônias dos templos do Egito.

Eram os sacerdotes em seu nome que celebravam as cerimônias de menor importância. Fora dos templos, o faraó, era um defensor do Egito, com a ajuda dos deuses mantinham a ordem universal diante de seu povo. Era responsável pela diplomacia com os adversários do país. A frente dos exércitos, o faraó se responsabilizava pela segurança do território egípcio e comandava toda e qualquer invasão.

Vivia ricamente no palácio construído em pedras e decorado com pinturas e incrustações. A parte privada do palácio era constituída de salas para a realeza, quartos para os príncipes e lá encontrava-se também o harém (espaço onde ficavam as mulheres a serviço do sultão). Havia um salão de audiências para reuniões oficiais.Uma janela permitia o faraó uma aparição ao público. Geralmente isso acontecia nas festas destinadas a recompensar as cortesãs (prostitutas elegantes) que mais se destacavam.

ECONOMIA, SOCIEDADE E CULTURA DO EGITO ANTIGO

No Antigo Egito, a organização das atividades produtivas era uma atribuição do Estado possuidor da maioria das terras férteis e na história econômica do Egito predominou MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO.

Nesse modo de produção representado pela pessoa do faraó, tornou-se dono de todas as terras do país por isso controlava e organizava todo o trabalho agrícola da sociedade. Cabia a população camponesa subjugada ao poder do faraó pagar os impostos sob forma de produto ou trabalho constituindo o que denominamos de servidão coletiva.

Dessa forma o Estado apropriava-se dos excedentes da produção utilizando-se da mão-de-obra gratuita para construir depósitos de armazenamento e uma ampla burocracia estatal para cobrar impostos. Mesmo as poucas propriedades privadas que existiam no Egito Antigo, também sofriam o controle do Estado.

O sistema econômico egípcio sempre foi coletivista. Desde os mais remotos tempos as energias do povo foram dirigidas dentro da norma socialistas.

Concebiam-se como idênticos os interesses do indivíduo e da sociedade. As atividades produtivas da nação inteira giravam em torno das imensas empresas o Estado e o governo por muito tempo continuou sendo o amor dos empregadores. Deve-se notar, contudo, que durante o Antigo, e Médio Reino, esse coletivismo não foi complexo, deixando largo campo à incitativa particular. Os mercadores dirigiam pessoalmente seus negócios; muitos artífices tinham lojas próprias e, com o correr dos tempos, um número cada vez maior de camponeses elevaram-se condição de lavradores independentes. O governo continuava a tomar conta das pedreiras e das minas, a construir pirâmides e templos e lavrar as propriedades reais.

A atividade mais importante na economia egípcia era a agricultora. O tempo disponível nos períodos de entressafra era absorvido nas construções de monumentos, templos sepulcros, no artesanato e em obras de irrigação. Além dos produtos agrícolas complementavam sua alimentação com pesca e caça.

Fabricavam vinhos de uvas e tâmaras, pão e cerveja de trigo e cevada. Com um vegetal chamado papiro faziam cordas, redes, barcos e o famoso tecido para escrever.

Na agricultura adotavam uma técnica muito simples, utilizando os animais para a semeadura em terrenos moles e a enxada e o arado em terrenos, mais duros ( esses dois instrumentos eram feitos de madeira ou sílex). O Egito demorou muitos séculos para substituir madeira e a pedra pelo bronze, por isso teve um desenvolvimento técnico muito lento. Destacaram na agricultura no cultivo do trigo, cevada, do linho e o papiro. Criaram o boi, asno, carneiro, cabras, porcos, e aves. Começaram a criar o cavalo a partir da invasão dos hicsos.

Antigo Egito
Ramsés II, representado como criança

Para maior parte da população no entanto, a carne era um alimento de luxo, a classe pobre só comia carne em ocasiões especiais.

O Egito importava e exportava diversos produtos.Esse comércio tinha controle estatal,e enviava expedições a Palestina, Creta, Fenícia. Os produtos exportados eram o trigo,tecidos,cerâmica e os importados eram os perfumes e peles de animais.

A sociedade egípcia pode ser comparada à construção que mais popularizou sua cultura: a pirâmide.

No ponto mais alto dessa pirâmide estava o faraó, que concentrava poderes da administração, militar, e religiosa. Considerado um deus vivo sua autoridade era absoluta.Somente os altos dirigentes e chefes das províncias podiam questionar algumas de suas ordens.

Abaixo do faraó e de sua família, a sociedade dividia-se em dois grupos sociais: os dominadores e os dominados.

No grupo dos dominantes encontravam-se os nobres que eram os administradores das províncias ou comandantes dos principais postos do exército e seus cargos eram hereditários; os sacerdotes senhores da cultura egípcia ,presidiam as cerimônias religiosas, administravam os bens materiais religiosos dos templos, possuidores de grande riquezas provenientes de doações feitas pelo povo.

Existiam também como grupo dominante os escribas que eram funcionários da administração,cuja as funções eram cobranças de impostos, fiscalização da vida econômica, organizavam as leis, pois todo escriba saberia ler e escrever.

No grupo dos dominados encontramos os artesãos que eram trabalhadores das cidades como barbeiros, ferreiros, carpinteiros, barqueiros, tecelões, ourives, ceramistas. Muitos deles trabalhavam na construção dos templos e das pirâmides e viviam quase sempre na pobreza. Os felás eram camponeses que trabalhavam na construção de obras públicas, no transportes; era constituído pela maioria do povo egípcio.

Finalmente vinham os escravos, estrangeiros e prisioneiros de guerras e trabalhavam nos serviços mais pesados.Suas condições de vidas eram precárias, mas tinham direitos civis como casar com pessoas livres, possuir bens e testemunhar nos tribunais.

Antigo Egito
Os jovens egípcios, além de aprender a ler e escrever, tinham seus jogos e divertimentos.
Gostavam de lutar e disputar jogos em equipe

O abismo que separava, o padrão de vida das classes superiores e inferiores do Egito era quase tão profundo quanto o conhecido hoje na Europa e na América.

Os nobres abastados viviam em esplendidas vilas que se erquiam no meio de jardins e bosques umbrosos. Sua alimentação constava de uma rica variedade de artigos como carne de toda espécie, aves domésticas, bolos, frutas, vinhos, cerveja e doces. Comiam em vasilhas de alabastro de ouro, prata, adornavam-se com tecidos suntuosos e jóias de valor. Cotrastando com esta, a vida do pobre era na verdade miserável.Os operários das cidades viviam em bairros superpovoados, constituídos por choças de tijolos com teto de palha. Seus únicos trastes eram bancos, caixas e alguns jarros de cerâmica tosca. Os camponeses, nas grandes fazendas, gozavam uma vida onde era menor a concentração, mas não era maior abundância.

A Religião desempenhou um grande papel na vida dos antigos egípcios.

Todos aspectos da vida das pessoas eram reguladas, por normas religiosas, e foi o elemento mais atuante no Egito.

Havia também cerimônias para numerosos acontecimentos da vida dos indivíduos: nascimento, casamento, morte e também na vida das comunidades (festas na época das colheitas) é um exemplo.

No Egito Antigo, a religião deixou sua marca em quase todos os setores da vida: na arte, era uma expressão de simbolismo religioso, a literatura e a filosofia estavam cheias de ensinamentos religiosos.Os egípcios possuíam um pensamento empírico, ou seja, pensavam a partir de experiências anteriores, do acúmulo de exemplos. Eram conservadores, conformistas e profundamente místicos, acreditavam que o mundo tinha siso governado por deuses em tempos mais remotos e que o monarca passou a exercer esse governo por ser a encarnação dos deuses na terra.Havia vários deuses para cada localidade, legado a animais ou fetiches dos antepassados tribais. Com a evolução da cultura egípcia esses deuses foram tomando forma humana (antropomórfica) todos os deuses reinavam simultaneamente, mas alguns acabaram por se impor sucessivamente RÁ- PTAH-AMON- demonstrando o poder dos sacerdotes de cada região.

Os antigos egípcios acreditavam numa vida a após a morre. E graças a essa crença que hoje sabemos tanto sobre eles, pois a maior parte do que conhecemos baseia-se na pintura e nos objetos deixados por eles nos túmulos.A morte para os egípcios tinha um especial interesse.Havia como foi dito, uma crença absoluta no renascer, daí a preservação do cadáver e o desenvolvimento da técnica de mumificação. De acordo coma religião deles, a alma precisava de um corpo para morar por toda a eternidade.Para o egípcio, a morte apenas separava o corpo da alma. A vida poderia durar eternamente desde que a alma encontrasse no túmulo, o corpo destinado, a servi-lhe de morada. Por isso era necessário conservar o corpo. Com esse objetivo os egípcios inventaram e desenvolveram a técnica de mumificação. Os especialistas nesse ofício eram bem remunerados. Eram extraídas as vísceras e imergiam o corpo numa mistura de água e carbonato de sódio.

Dentro do corpo, punham substancia aromáticas que evitavam a deterioração como mirra, canela. Envolviam o corpo em faixas de pano, sobre os quais passavam uma cola especial para impedir o contato com o ar e colocavam em um sarcófago para leva-lo ao túmulo. A técnica da mumificação foi tão desenvolvida no Egito, que permitiu apurado conhecimento da anatomia humana, favorecendo o desenvolvimento da medicina e o aparecimento de especialistas em várias áreas como para doenças do estomaga,do coração ou fraturas. Não eram raros no Egito Antigo, as bem-sucedidas intervenções cirúrgicas cranianas.

Assim como os sumérios, os egípcios também desenvolveram um tipo de escrita.

Existia a escrita sagrada denominada hieroglífica (palavra grega que significa “sinais sagrados”) inventados no período pré-dinástico e que possuíam mais de seiscentos sinais, a hierática, mais usada para documentos e era uma forma mais simples e derivada da anterior, e a demótica a popular, nascida bem mais tarde e é uma simplificação da hierática com cerca de 350 sinais.

A escrita egípcia permaneceu como um mistério até o início do século XIX. Muitas tentativas foram feitas para decifrar e entender o que estava escrito nas placas de pedras, papiro, monumentos e desenhos, porém ninguém conseguia decifrar essas inscrições.

O francês JEAN FRANÇOIS CHAMPOLLION, tinha 12 anos de idade quando em l802, começo a dedicar-se a resolver esse problema. Onze anos depois conseguiu decifrar o primeiro hieroglífico. Em 1821 iniciou o estudo intensivo do documento conhecido como PEDRA DE ROSETA que levaria a descobrir os segredos da escrita egípcia. A Pedra de Roseta é um bloco de basalto encontrado perto do FORTE DE ROSETA no braço ocidental do Nilo. Foi levado para França pelo IMPERADOR NAPOLEÃO BONAPARTE, quando retornou da expedição militar ao Egito.

Hoje a Pedra de Roseta está no MUSEU BRITÃNICO DE LONDRES.

Esse documento traz em três escritas diferentes uma proclamação em honra ao faraó PTOLOMEU V, feita no ano de 196 a.C. Na primeira a proclamação estão em caracteres hieroglífico,na segunda, na escrita demótica ( escrita mais simplificada que os hieroglíficos ),na terceira em grego. Comparando a escrita hieroglífica com a grega, Champollion conseguiu decifrar a palavra PTOLOMEU. Com isso descobriu a chave para decifrar os hieroglíficos em 1822.

Graças a essa descoberta, muitos outros documentos puderam ser entendidos e a história do Egito Antigo passou a ser mais bem conhecida pelos estudiosos modernos do que pelos antigos.

Os egípcios não tinham grandes interesses pelas questões filosóficas e abstratas. Desenvolveram o saber científico sempre tendo em vista resolver problemas práticos e concretos como a técnica de construções, a cura de doenças, a contabilidade comercial e a determinação de estações agrícola. Foi portanto, em função dos interesses da sociedade que se desenvolveram as ciências no Egito.

As ciências da matemática foi mais largamente desenvolvida.

Os egípcios lançaram o fundamento de pelos menos duas disciplinas matemáticas comuns: aritmética e geometria.

Antigo Egito
Nas festas do palácio, os faraós e seus cortesãos eram entrentidos por dançarinos e músicos

Sabiam realizar as operações matemáticas da soma, subtração e divisão apesar de nunca terem descobertos um modo de multiplicar mais prático que aquele que consiste numa série de adições. Inventaram o sistema decimal mas não possuíam um símbolo para o zero.

As frações causavam-lhes algumas dificuldades: todas as de numerador maior do que 1 tinham que ser divididas em parcelas cada uma com 1 como numerador antes de ´poderem ser usadas nos cálculos matemáticos. A única exceção era a fração 2/3 que os escribas aprenderam a usar tal como apresentava.

Os egípcios entendiam também a diferença entre a progressão aritmética e a geométrica. Alcançaram surpreendente habilidade na mensuração computando com precisão as áreas dos triângulos, retângulos e heptágonos. Calculavam em 3,l6 a razão entre a circunferência de um círculos e seu diâmetro. Aprenderam a calcular o volume das pirâmides e do cilindro e até o volume do hemisfério.

Na química manipulavam substâncias químicas como: armênio, cobre, petróleo, alabastro, sal, silex moído. Surgiu no Egito e deu origem fabricação de diversos remédios e composições. A própria palavra química vem do egípcio KEMI que significa terra negra.

Antigo Egito
Na expedição militar de Napoleão Bonaparte ao Egito que um oficial de engenharia – Bouchard- encontrou a 70 Km de Alexandria, em Roseta uma pedra que continha inscrições em diferentes idiomas: grega, demótica e hieroglífica. Era a Pedra de Roseta, que foi decifrada pelo francês CHAMPOLLION

O terceiro ramo das ciências em que os egípcios realizaram alguns trabalhos notáveis foi a medicina, afixar de ter sido lento, até o Médio Reino, o progresso nessa especialização.

A primitiva prática de medicina era conservadora e corrompida em grande escala pela superstição, mas um documento datado de 1700 a .C.,revela concepção bastante adequada do diagnóstico e do tratamento cientificou médicos egípcios freqüentemente era especialistas, alguns eram oculistas, outros dentistas, outros cirurgiões especialistas em doenças do estomaga. No decurso de seu trabalho fizeram numerosos descobrimentos de valor duradouro.

Reconheceram a importância dão coração e tiveram uma vaga idéia dói significado da pulsão; adquiriram cerco grau de habilidade no tratamento de fraturas e realizaram operações simples. Diversamente de alguns povoas da época mais tardia apontavam como causas de moléstias os fatores naturais. Descobriram o valor dos catárticos, observaram as propriedades curativas de numerosas drogas e completaram a primeira farmacopéia que se conhece.Muitos de seus medicamentos, tanto científicos como mágicos foram levados para e Europa pelos gregos e são ainda empregados pelos camponeses de regiões isoladas.

As estrelas sempre orientaram a navegação e as atividades agrícolas dos camponeses egípcios. Por isso, os egípcios fizeram mapas dos céus enumerando a agrupando as estrelas em constelações. Ao mesmo tempo também se desenvolveram a Astrologia, estudos dos astros com a finalidade de entender e prever o destino dos homens.

A escultura e a pintura egípcia também era diretamente influenciada pela religião. A maior parte das estatuetas egípcias e das cenas pintadas serviam para decorar túmulos, palácios e templos.

Antigo Egito
Artistas trabalhando na fabricação dos ricos acessórios funerários no interior de um túmulo

Tanto na pintura como na escultura, as figuras humanas eram representadas em postura hierática, isto é posição rígida e respeitosa geralmente com a cabeça e as pernas de perfil e o tronco de frente. Esse tipo de representação da figura humana constitui uma característica geral da arte egípcia embora haja exceções.

O sistema educacional desse antigo povo era mais ou menos o que se podia esperar de uma sociedade altamente integrada. Mantida pelo tesouro, existia um certo número de escolas públicas organizadas para o ensino de milhares de escribas, que se faziam indispensáveis no papel de amanuenses e contadores, bem assim como nas funções administrativas do governo. Muitos deles, também empregavam a serviços dos proprietários de terras e dos homens de negócios mais importantes. Essas escolas eram freqüentadas e todos os jovens promissores, sem qualquer consideração de classe. Ao que parece a instrução era mantida gratuitamente pelo governo, dada a necessidade vital dos homens preparados.Somente os assuntos de inteira utilidades incluía-se no currículo, pois o fim não era a educação em seu sentido lato, mas o preparo prático. A despeito de suas limitações, essas escolas ofereciam aos moços pobres, mas talentosos, um meio de escapar a uma vida de trabalho sem esperança.

Os egípcios, especialmente no tempo anterior à invasão dos hicsos, gostavam muito de música serena de harpa e outros instrumentos de tons suaves. Uma pintura, encontrada num túmulo em SACARA, datado mais ou menos do tempo em que foi construída a Grande Pirâmide, expõe músicos tocando uma flauta vertical, uma clarineta dupla e uma harpa de quatro cordas. Quatro cantores mostrados sentados parecem indicar a melodia por meio de movimentos das mãos e dos dedos. Evidentemente, os instrumentos musicais só eram usados para acompanhar cantores. A julgar de suas atitudes e seus gestos, bem como os traços que lhes aparecem nos rostos, pode-se supor que os cantores devam estar cantando no mesmo estilo nasal, de garganta comprimida e em falsete que é característico do canto do Oriente em nosso tempo.

A literatura dos cantos de amor, que data da Décima-Segunda Dinastia, indica secular tradição musical de finura, talvez comparável à vetusta música religiosa. A era dos hicsos trouxe música mais polar mais barulhenta, embora a calma a clássica música do Antigo reino perdurasse nas escolas e templos sob a supervisão da classe conservadora.

O PERÍODO DA DECADÊNCIA E O SUBSEQUENTE

Depois de RAMSÉS II, os faraós não voltaram a ter o domínio efetivo no exterior do Egito e, com o fim da VIGÉSSIMA DINASTIA, por volta de 1075 a .C. o Império chega ao fim.

O restante da História do Egito pode ser rapidamente narrada.

Os anos de 1075-656 a .C. são conhecidos dos historiadores como o PERÍODO DA DECADÊNCIA. Por alguns tempos, os egípcios sofreram outra invasão semítica, quando os assírios varreram o país, em 671 a .C. Mas a dominação assíria não durou muito e, sob a VIGÉSSIMA-SEXTA DINASTIA -663-525 a .C., que teve sua capital em SAIS, os antigos egípcios gozaram uma vez mais de outro período de independência. A dominação persa, que começou em 525 a.C., foi interrompida em 404, mas começou em 341, para chegar ao fim com as conquistas de ALEXANDRE MAGNO em 332 a .C., e o subseqüente estabelecimento da DINASTIA PTOLEMAICA.

Antigo Egito
Das setenta pirâmides que sobreviveram até os nossos dias, a maior é a de Queops sequida de Quefrem e Miquerinos

DINASTIA EGÍPCIA -1075-332 a .C.

Vigésima-Primeira à Vigésima-Quinta Dinastia = 1075-656 a .C.

Período Saíta

Vigésima-Sexta Dinastia = 663-525
Primeiro Domínio Persa
Vigésima-Sétima Dinastia =
524-404
Último Reino Independente
Vigésima-Oitava à Trigésima Dinastia =
404-341
Segundo Período Persa
Trigésima-Primeira Dinastia =
341-332

Fonte: www.conjuntojk.com.br

Antigo Egito

Antigo Egito
Pirâmide de Quéops – Egito

Terra do Nilo e das Pirâmides, o Egito fascina a quem dele se aproxima, envolvendo a todos num clima de mistério e grandiosidade. De Heródoto a Napoleão, e até os dias de hoje, a história da civilização egípcia vem sempre envolta numa nuvem mística, quase etérea, resultado da inevitável mistura de deuses, mitos, monumentos e personagens que marcaram, indelevelmente, a história da humanidade.

Quando se fala no Egito da Antiguidade, as primeiras coisas que nos vêm à mente são as imagens das grandes pirâmides, as múmias e artefatos dos museus, os templos e a atmosfera aventuresca que cerca tudo o que diz respeito ao tempo dos faraós, que a literatura e o cinema nos mostram como sempre presentes nas expedições arqueológicas, envolvidas por um clima de conto policial de Agatha Christie.

Antigo Egito
Modelo do rosto de Tutancâmon, de acordo com cientistas franceses

Sem qualquer sombra de dúvida, a civilização do Egito antigo atiça a nossa imaginação pela aura de mistério que a envolve.

No entanto muito já se sabe a respeito do modo de vida, da estrutura social, da estrutura econômica, das relações políticas do Egito faraônico.

Mas muitas vezes a circulação dessas informações fica restrita ao meio acadêmico ou a umas poucas centenas de pesquisadores dedicados.

Infelizmente há muitas coisas que não chegam a público, propiciando a formulação de idéias fantasiosas que não são comprováveis, engrossando um extenso rol de crenças sobre a cultura egípcia, difícil de ser combatido.

As “Páginas” do “Site MistériosAntigos.Com” vão levar você para textos sobre o Antigo Egito onde poderão ser extraídas muitas informações a respeito da terra dos faraós.

Os textos vão mostrar o que é o Egito a partir das concepções acadêmicas sim, mas sem torná-las maçantes. O que na opinião de muitos é uma realidade fascinante.

A Fabulosa descoberta da Tumba de Tutankhamon, costumes, crenças e ritos da Antiga Civilização Egípcia…

Antigo Egito
Modelo do rosto de Tutancâmon, de acordo com cientistas dos EUA

Um dos maiores Faraós do Antigo Egito, Tutankhamon (Tutancâmon):

Uma equipe de cientistas conseguiu fazer uma reconstituição das feições de um dos faraós mais famosos do antigo Egito, Tutancâmon.

Três grupos de peritos – franceses, egípcios e americanos – reconstruiram modelos separados mas semelhantes de como seria o rosto do faraó usando radiografias.

Os franceses e egípcios sabiam quem estavam recriando, mas os americanos não foram informados de onde vinha o modelo do crânio analisado.

Os modelos do menino-rei, morto 3.300 anos atrás, revelaram um jovem com bochechas rechonchudas e um queixo arredondado.

Os modelos têm uma semelhança surpreendente com a máscara que cobriu a face mumificada de Tutancâmon quando seus despojos foram encontrados pelo arqueólogo britânico Howard Carter em 1922, e outras imagens antigas.

“Formatos de rosto e crânio nos modelos são notavelmente semelhantes a uma imagem famosa de Tutancâmon quando criança, onde ele é retratado como deus sol na alvorada partindo de uma flor de lótus”, disse o secretário do Conselho Supremo de Antigüidades do Egito, Zahi Hawass.

Usando imagens de tomografia computadorizada de alta resolução, a equipe americana identificou corretamente que o crânio vinha de um norte-africano.

“As diferenças primárias (das reconstruções dos de americanos e egípcios) estavam no formato da ponta do nariz e orelhas”, disse Hawass.

As versões francesa e americana também traziam nariz e queixo de formato semelhante, mas a equipe egípcia chegou a um nariz mais pronunciado, de acordo com o arqueólogo. As imagens de tomografia computadorizada – as primeiras obtidas de uma múmia egípcia – foram obtidas em janeiro passado. Elas sugerem que o rei não era muito robusto, mas um homem saudável de 19 anos, quando morreu, provavelmente vítima de complicações resultantes de uma fratura na perna e não de assassinato, como se suspeitava.

Quando foram feitas radiografias do corpo, em 1968, um fragmento de osso foi encontrado em seu crânio levando a especulações de que ele havia sido morto com um golpe. Pouco se sabe sobre os dez anos de reinado de Tutancâmon depois que ele sucedeu Akhenaten, que abandonara os velhos deuses do Egito em favor do monoteísmo.

Alguns historiadores dizem que ele teria sido morto por tentar trazer de volta o politeísmo. Outros acreditam que ele foi assassinado por Ay, o segundo em comando, e que acabou sucedendo o jovem faraó. Mas Hawass disse que está convencido de que Tutancâmon não foi assassinado

Fonte: www.misteriosantigos.com

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