Corais

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Corais – O que são

O que comumente chamamos de corais inclui uma variedade de tipos de organismos que os biólogos se referem como celenterados ou cnidários.

Uma das principais características físicas deste grupo é que todos eles têm uma única cavidade de corpo e a abertura, uma coelenteron, que funciona tanto para a ingestão de alimentos e para a libertação de resíduos digeridos.

Outra característica é que os corais e outros celenterados têm células urticantes, ou nematocistos, que são normalmente realizadas dentro de células especiais no animal superfície.

Quando potencial presa comida está presente na água, o coral ejeta essas células urticantes para enredar ou envenenar a presa, que o coral pode consumir.

A estrutura do corpo dos corais e seus parentes próximos, as anêmonas do mar, aparece como um virado para cima, pólipo radial ou biradial simétrica.

Em cada pólipo da boca do animal se encontra no centro de um anel de tentáculos que rodeiam o perímetro do disco oral. Os nematocistos são mais abundantes na superfície desses tentáculos, que pode alongar dramaticamente quando o coral é conduzido ativamente.

No interior da cavidade do corpo, a digestão é realizada sobre as superfícies de filamentos ou mesentérios especializadas, que segregam enzimas que reduzem rapidamente a presa ingerida para os seus componentes.

A maioria dos corais são, portanto, potencialmente predadores eficientes, embora muitos tipos parecem ter desenvolvido outros meios de satisfazer as suas necessidades de energia.

Corais
Corais

Corais – Recife

Quando os corais são mencionados, a maioria das pessoas pensa em mares tropicais quentes e límpidos e recifes cheios de peixes coloridos. Na verdade, os corais rochosos de águas rasas – o tipo que constrói recifes – são apenas um tipo de coral. Existem também corais moles e corais de águas profundas que vivem em águas frias e escuras.

Quase todos os corais são organismos coloniais. Isso significa que eles são compostos de centenas a centenas de milhares de animais individuais, chamados pólipos.

Cada pólipo tem um estômago que se abre em apenas uma das extremidades. Essa abertura, chamada de boca, é cercada por um círculo de tentáculos. O pólipo usa esses tentáculos para defesa, para capturar pequenos animais para alimentação e para limpar detritos. O alimento entra no estômago pela boca. Depois que o alimento é consumido, os resíduos são expelidos pela mesma abertura.

A maioria dos corais se alimenta à noite. Para capturar seu alimento, os corais usam células urticantes chamadas nematocistos. Essas células estão localizadas nos tentáculos e tecidos externos do pólipo de coral.

Se você já foi “picado” por uma água-viva (um parente dos corais), você encontrou nematocistos.

Os nematocistos são capazes de liberar toxinas poderosas, muitas vezes letais, e são essenciais na captura de presas.

As presas de um coral variam em tamanho de animais quase microscópicos chamados zooplâncton a pequenos peixes, dependendo do tamanho dos pólipos do coral.

Além de capturar o zooplâncton e animais maiores com seus tentáculos, muitos corais também coletam partículas orgânicas finas no filme mucoso e nos filamentos, que depois puxam para a boca.

Corais – Formação

Corais
Corais

Os Corais são formação calcária existente nos mares.

Essa formação é composta de milhões de minúsculos animais Antozoários da subclasse Octocorálios.

As formações de coral podem ter a aparência de árvores, grandes cúpulas, pequenas crostas ou mesmo pequenos tubos.

Os minúsculos animais formadores do coral lhe dão um bonito colorido laranja, amarelo, violeta, verde e brônzeo.

Eles podem construir grandes estruturas. Quando esses animais morrem, deixam esqueletos de calcário que são a base de barreiras denominadas recifes de coral ou recifes coralinos.

Os recifes de coral parecem verdadeiros jardins marinhos porque, entre os corais, vivem peixes, estrelas-do-mar, moluscos e anêmonas-do-mar.

Às vezes, massas de corais crescem até alcançar a superfície dos mares, surgindo as ilhas de coral.

O mar revolto ajuda na formação dessas ilhas, pois quebra as pontas dos corais e estas se depositam umas sobre as outras. Sobre esta área emersa, com o tempo, se forma então o solo e depois a cobertura vegetal.

Muitas ilhas do Pacífico surgiram dessa maneira.

Os Recifes de Coral são encontrados, sobretudo, em mares quentes e tropicais, já que os corais formadores de recifes não sobrevivem em águas com temperatura inferior a 18°C.

Existem três tipos de recifes de coral:

Recife de Franja é uma plataforma submersa de coral vivo ao lado de praias e ilhas continentais.
Recife de Barreira margeia a costa, mas é separado por uma faixa de água, uma laguna de largura variável. Forma uma barreira entre o mar perto da costa e o mar aberto.
O Atol é uma ilha de coral em forma de anel encontrada em mar aberto.

Corais – Animais

Coral ou antozoários são animais cnidários que constituem colônias e sobrevivem graças a simbiose entre as microalgas chamadas de zooxantelas presentes em seus pólipos que através da fotossíntese lhe fornecem energia em troca de abrigo/fixação.

Os corais constituem colônias coloridas e de formas espantosas que crescem nos mares e podem formar recifes de grandes dimensões que albergam um ecossistema com uma biodiversidade e produtividade extraordinárias.

O maior recife de coral vivo encontra-se na Grande Barreira de Coral, na costa da Queensland, Austrália.

Ele também é considerado o maior indivíduo vivo da Terra. Porém, devido à poluição e aquecimento marinho, está morrendo.

A maioria dos corais desenvolve-se em águas tropicais e subtropicais, mas podem encontrar-se pequenas colônias de coral até em águas frias, como ao largo da Noruega.

Os coloniais são os únicos corais que constroem recifes. Cada colônia é constituída por milhões de pequenos pólipos de coral, em que cada um segrega um fino esqueleto de carbonato de cálcio à sua volta.

O resultado é uma estrutura maciça de carbonato de cálcio, resultante da sobreposição dos esqueletos das sucessivas gerações de pólipos.

Os pólipos são semelhantes a anémonas minúsculas e, tal como estas, possuem tentáculos armados de nematocistos, que usam para se defenderem e alimentarem. Podem reproduzir-se assexuadamente, contribuindo para o aumento do tamanho e para a continuidade da colônia, ou sexuadamente, dando origem a novas colônias.

Distribuição dos Recifes de Corais

As formações de corais hermatípicos desenvolvem-se principalmente entre os trópicos de Câncer e Capricórnio, necessitando de águas quentes para crescer adequadamente, ocorrendo em uma grande faixa que circunda todo o planeta podendo ser dividida em duas metades quase iguais pela linha do Equador.

As condições térmicas ideais para o desenvolvimento dos corais hermatípicos situam-se entre 23º e 25º C de temperatura média anual da água.

No entanto esta grande faixa tropical marinha pode ser interrompida por correntes frias, dificultando assim as chances de sobrevivência destes corais.

Podemos então concluir que os corais ocorrem através da isoterma de 20ºC de temperatura média anual da água na superfície, não havendo nenhuma ocorrência de recifes de corais onde a temperatura média anual da água seja inferior a 18ºC.

A temperatura da água do mar é a principal responsável pela ausência de recifes de corais abaixo do trópico de Capricórnio e acima do trópico de Câncer.

Mas a temperatura não é a única variável limitante da ocorrência de corais. A profundidade da água também limita a distribuição vertical dos recifes. Os recifes coralinos desenvolvem-se bem em até 25 m de profundidade não conseguindo sobreviver a mais de 70 m.

Corais
Recifes de Corais

Tais valores variam muito em função da transparência das águas, já que os corais hermatípicos possuem uma alga associada em seus corpos chamada Zooxantela, que necessita de luz de excelente qualidade, para depositar suficiente carbonato de cálcio e crescer. Daí a baixa tolerância dos corais a águas turvas por excesso de partículas em suspensão, que diminui a quantidade de luz ou por baixa circulação, ocorrendo excesso de sedimentação sobre os corais impedindo-os de executar suas funções básicas de respiração, alimentação e excreção.

Ainda quanto à profundidade, os recifes vão compensando as diferenças de nível provocadas pela variação das marés e pelo afundamento dos substratos através de seu crescimento vertical.

Quando uma montanha ou vulcão submersos, que servem de base para um recife, começam a afundar de forma mais rápida que a taxa de crescimento dos corais, estes vão morrendo aos poucos por falta de luz.

Os corais hermatípicos são pouco tolerantes aos valores de salinidade muito diferentes do intervalo entre 32 a 35ä. No entanto encontramos no Golfo Pérsico, recifes que resistem a salinidades em torno dos 42ä.

Corais
Recifes de Corais

Quando as variáveis salinidades/transparência da água, variam muito das necessidades dos corais, mesmo quando a temperatura é favorável, estes simplesmente não existem.

Assim ocorre em águas próximas a grandes deltas e foz de rios muito caudalosos, como o Amazonas. O grande fluxo de água doce e a quantidade de sedimentos, impossibilitam a sobrevivência dos corais nestas regiões.

Algumas espécies de corais conseguem crescer bem em águas muito rasas, mas poderá ocorrer um índice grande de mortalidade entre estes, em função das exposições prolongadas ao ar durante os episódios de marés muito baixas.

Corais: Animais com Formas de Plantas

A primeira impressão que temos ao ver um coral é que se trata de um ser do reino vegetal, o próprio nome da enorme classe que os integra Anthozoários” (que em grego significa “animais em forma de flor”) é um reflexo da primeira impressão que os pesquisadores tiveram ao descobri-los e estudá-los.

Sendo os corais organismos celenterados, ou seja, animais multicelulares em simetria radial, podem ser divididos em dois grupos diferentes: os octocoralis (possuem oito tentáculos parecidos a plumas) e os hexacoralis (têm seis tentáculos simples ou uma quantidade múltipla de seis).

Os octocorais não constroem esqueletos de carbonato de cálcio, por este motivo não são formadores de recifes. Já os hexacoralis, com mais de 2.500 espécies conhecidas, são os construtores de recifes (hermatípicos).

Corais
Recifes de Corais

Os corais podem ser indivíduos solitários ou viver em colônias, podendo estes últimos formar densos grupos de pólipos. Ao precipitarem e depositarem carbonato de cálcio, a colônia se funde em um só núcleo calcário.

Cada pólipo é como uma estrutura em forma de flor que se alça de um substrato duro. Os tentáculos estão dispostos ao redor da boca. Cada tentáculo possui um conjunto de cápsulas urticantes ou nematocistos, que são utilizadas para capturar o seu alimento, zooplâncton e partículas diversas. Em aquários dependendo da espécie, os corais podem até se alimentar de artêmias salinas, que por sinal é um espetáculo fascinante.

A Reprodução dos Corais

Corais
Recifes de Corais

reprodução de corais na natureza ocorre de várias formas, dependendo da espécie pode ocorrer por divisão ou por fecundação.

Os corais possuem duas formas de reprodução: assexuada e sexuada.

Na grande barreira de corais Australiana foi observado pela equipe de Jacques Cousteau o fenômeno da fecundação.

Corais
Ciclo Reprodutivo dos Corais

O coral é um ser minúsculo

Os maiores não passam de 3 centímetros – que vive em colônias nos mares quentes a pouca profundidade.

A acumulação dos esqueletos calcificados de várias gerações é a base das estruturas complexas e delicadas dos recifes e atóis. Num recife de corais, a parte viva corresponde apenas à camada superficial e tem poucos centímetros de espessura.

Há mais de 2 000 espécies conhecidas. Os animais mais vistosos são os chamados corais-moles, bastante coloridos, que parecem arbustos floridos ou um grande leque com ramos entrelaçados.

O ecossistema criado pelos corais protege os peixes pequenos, as algas e os moluscos da força das correntes marítimas, fornece alimentos em abundância e também refúgios contra predadores maiores.

Grande parte dos corais só vive em águas transparentes e quentes, com temperatura em torno dos 22 graus.

Um dos responsáveis pelos estragos nos recifes é o aquecimento global, que provocou um fenômeno chamado branqueamento. Trata-se, na verdade, da perda de algas minúsculas que vivem em associação com os corais e não resistem ao aumento da temperatura.

Além de responsáveis pelo colorido exuberante de alguns corais, as algas contribuem com uma dose extra de nutrientes. Sem elas, os corais ficam brancos e, se o fenômeno for prolongado, morrem. Em 1998, uma colossal onda de branqueamento matou 16% dos corais do planeta. O fenômeno repetiu-se nos últimos dois anos na Austrália, com resultados desastrosos. É possível que esse seja um acontecimento cíclico, que se repete há milênios. A complicação é que está ocorrendo no momento em que a pressão humana sobre os corais se tornou mais intensa.

No Pacífico, pescadores de peixes ornamentais jogam cianeto nos recifes para atordoar peixes ornamentais e facilitar a captura – a técnica também mata os corais. “No Brasil, atiram água sanitária nos corais para pegar polvos”, diz a geóloga Zelinda Leão, pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Os corais da costa brasileira não são tão exuberantes e coloridos como os do Pacífico ou do Caribe. Mas também são um ponto de concentração de vida marinha.

Apesar de ser um parque nacional, o Arquipélago de Abrolhos, onde se localiza a maior formação de corais do Brasil, não está livre das ameaças. “O volume de turistas que o visita aumentou 400% nos últimos anos”, calcula Zelinda. Barcos com mergulhadores lançam âncoras sobre os recifes, quebrando-os.

Recifes de Corais

TIPOS DE CORAIS

Corais verdadeiros ou pétreos (Ordem Scleractinia)

Os corais verdadeiros ou pétreos têm grande importância na construção dos recifes de coral.

Seus pólipos absorvem cálcio da água do mar e o utilizam para construir um esqueleto calcário (como nossos ossos), secretado por células da base do pólipo.

Se caracterizam por apresentar tentáculos em número de seis ou múltiplos de seis e podem ser solitários (apenas um pólipo) ou coloniais (vários pólipos).

Corais negros ou semipreciosos (Ordem Antipatharia)

Como os corais pétreos, os corais negros também secretam um esqueleto pela base do pólipo, mas, neste caso, feito de material córneo (como nossas unhas).

Este esqueleto forma um eixo central que pode atingir comprimentos consideráveis e apresentar ou não ramificações. Este eixo é revestido por espinhos e os pólipos possuem caracteristicamente seis tentáculos.

Corais de fogo (Classe Hydrozoa)

Assim como os corais pétreos, os corais de fogo, ou hidrocorais, também produzem esqueleto calcário.

No entanto, este é coberto por poros de tamanho diferenciado, onde se localizam dois tipos de pólipos, um especializado na alimentação e outro na defesa.

Apresentam poderosos cnidócitos que podem causar ardor na pele ou queimaduras leves com um simples toque ou arranhão.

Octocorais (Subclasse Octocorallia)

Os octocorais, que incluem as gorgônias, os corais tubo e os corais moles, são assim chamados por apresentarem exclusivamente oito tentáculos em seus pólipos.

Podem produzir um eixo córneo, que lhes confere grande flexibilidade. Praticamente todos os octocorais formam colônias.

Corais – Reprodução

Os corais se reproduzem tanto sexuada (com um parceiro) quanto assexuadamente (sozinhos).

A reprodução sexuada ocorre quando há fecundação do gameta feminino (ovócito) pelo gameta masculino (espermatozóide).

Deste cruzamento origina-se uma larva chamada plânula.

Apesar da maioria dos corais ser hermafrodita, ou seja, possuir células sexuais femininas e masculinas, algumas colônias produzem gametas de apenas um sexo, que irão fecundar os gametas de outras colônias.

Dependendo do local de fecundação dos gametas, os corais são divididos em dois grupos: os liberadores de gametas e os incubadores de larva.

Os primeiros liberam os gametas na água, onde ocorre a fecundação e a geração da larva; os segundos liberam apenas os espermatozóides (gametas masculinos), que fecundam os gametas femininos no interior dos pólipos, onde ocorre a formação da larva que, só então, é liberada.

Uma vez formadas, as plânulas derivam com o plâncton por algumas horas ou várias semanas até encontrarem um local propício para se assentar e se desenvolver em pólipos.

Esta é a única maneira na qual os corais, que são organismos sésseis (fixos), podem se mudar para novos locais.

Também é assim que conseguem se fixar e se desenvolver em blocos de concreto, cascos de navios e plataformas de petróleo.

Como na reprodução sexuada ocorre troca de material genético através da fecundação de gametas, os corais garantem a manutenção da diversidade genética e a habilidade de se adaptar a novas condições.

Após o assentamento, a larva sofre metamorfose e começa a secretar o esqueleto calcário que irá fixá-la em definitivo ao substrato.

Neste momento forma-se o recruta ou pólipo fundador, que irá se desenvolver, na maioria dos casos, em uma colônia.

Na reprodução assexuada não há fertilização de gametas, portanto, não há troca de material genético e os indivíduos formados são clones da colônia “mãe”.

Isso significa que cada novo indivíduo apresenta as mesmas características genéticas da colônia que o gerou.

O crescimento da colônia se dá por um tipo de reprodução assexuada, conhecida como brotamento.

O pólipo parental se divide para formar um ou mais novos pólipos (clones) que permanecem presos ao tecido do pólipo de origem.

A partir de um único pólipo fundador (originado após a metamorfose da plânula – reprodução sexuada), surgem outros pólipos por brotamento para formar uma colônia juvenil.

A colônia se desenvolve através da constante adição de novos brotos.

Quando atinge um tamanho específico, se torna madura e cada pólipo da colônia começa a produzir gametas. Reinicia-se assim o ciclo de vida.

Em algumas espécies ramificadas, novas colônias também podem se desenvolver a partir de fragmentos da colônia original.

Dessa forma os recifes são capazes de se recuperar e crescer novamente após sofrerem danos causados por tempestades e ciclones.

Fonte: oceanservice.noaa.gov/www.geocities.com/www.recifescosteiros.org.br/www.scipione.com.br

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Um comentário

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