Glândulas Salivares

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São glândulas exócrinas, localizadas no vestíbulo (bucais e labiais) e na cavidade bucal (do assoalho, da língua e palatinas), constituídas por ácinos seromucosos e mucosos.

As glândulas salivares são estimuladas pelo sistema nervoso autônomo e pelos hormônios vasopressina e aldosterona.

As glândulas mais ativas são as submandibulares e as menos ativas são as sublinguais.

A saliva é produzida e secretada pelas glândulas salivares menores, que são glândulas dispersas em toda a camada de epitélio que reveste o palato, os lábios, as bochechas, as tonsilas e a língua, secretam apenas muco com a função de conservar a umidade da mucosa oral; e as glândulas salivares maiores, que estão localizadas fora das paredes da cavidade oral.

Constituídas por três pares de glândulas, são considerados como as principais responsáveis pela secreção da saliva.

O que são glândulas salivares?

As glândulas salivares são as glândulas localizadas dentro e ao redor da boca e da garganta.

As glândulas salivares principais são: as glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais.

A função dessas glândulas é secretar saliva na boca para mantê-la úmida, lubrificar e ligar os alimentos, iniciar o processo de digestão e manter a higiene bucal. Existem outras glândulas menores localizadas nos lábios, na parte interna da bochecha e no revestimento da boca e da garganta.

A parótida está localizada perto dos dentes superiores e produz uma secreção aquosa através dos dutos salivares que drenam a saliva. O submandibular está localizado sob a língua e produz uma parte transparente, parte secreção mucosa. O assoalho da boca contém dutos por meio dos quais a glândula sublingual secreta uma secreção de muco.

As unidades básicas dessas glândulas são aglomerados de células chamados ácinos. Essas células secretam água, eletrólitos, muco e enzimas, que fluem para os dutos coletores onde a composição dos fluidos muda e são reabsorvidos ou secretados. A secreção de saliva é regulada pelo sistema nervoso autônomo, e a salivação aumenta com o cheiro, pensamento ou presença de alimento, bem como com a presença ou pensamento de uma substância estranha na boca. As glândulas incham durante a alimentação e diminuem depois.

Alguns problemas que afetam essas glândulas incluem obstrução, infecção, tumores e glândulas aumentadas. As pedras podem se formar na glândula parótida ou submandibular, causando um bloqueio da glândula salivar, que impede a saída da saliva dos dutos. Isso causa inchaço e dor ou infecção. Um tipo de infecção é a caxumba, durante a qual a glândula parótida incha.

Excesso de bactérias na boca pode levar a uma glândula infectada, e doenças auto-imunes como o HIV causam inflamação das glândulas quando o sistema imunológico as ataca.

Um tumor nesta área causa o aumento de tipicamente uma glândula salivar e um crescimento na parótida, submandibular, palato, assoalho da boca, bochechas ou lábios. Esses tumores podem ser benignos ou malignos, sendo que os últimos podem causar a perda de movimento de parte da face. As glândulas aumentadas podem resultar de doenças como diabetes ou artrite.

A doença das glândulas salivares deve ser tratada de forma diferente de acordo com cada problema. O aumento de fluidos pode ajudar porque a desidratação pode colocar uma pessoa em risco de contrair doenças.

Os antibióticos também são eficazes para problemas leves, mas às vezes a cirurgia é necessária para abrir uma glândula bloqueada ou remover uma massa dentro da glândula.

Aspectos anatômicos das glândulas salivares maiores

As glândulas parótidas são as maiores dos três pares de glândulas, estão localizadas uma de cada lado da face, na frente e abaixo das orelhas.

Secretam saliva serosa através dos ductos de Stenon, que medem 5 cm de comprimento por 5 mm de diâmetro.Este ducto cruza o músculo masseter, perfurando o músculo bucinador e abre-se no vestíbulo lingual na altura da coroa do segundo molar superior.

Quanto a vascularização, as glândulas parótidas são supridas por ramos das artérias carótidas externa e temporal superficial. as veias dessas glândulas drenam para a veia jugular externa.

A inervação das parótidas é derivada do nervo auriculotemporal e de fibras do sistema nervoso simpático e parassimpático.

As fibras simpáticas provém do nervo glossofaríngeo (IX par craniano) e, quando estimuladas, produzem o aumento do fluxo da saliva aquosa. Já as fibras simpáticas originam-se dos gânglios cervicais ; sua estimulação produz uma saliva mucosa espessa. As glândulas par’tidas são responsáveis por 20% da saliva secretada pelo homem.

As glândulas submandibulares estão localizadas medialmente ao ângulo mandibular ficando protegidas pelo corpo da mandíbula.Cada uma dessas glândulas apresenta o formato de ‘U” e tem aproximadamente o tamanho de um polegar. São palpáveis como uma massa amolecida sobre a porção posterior do músculo milo-hióideo quando este se encontra contraído, como por exemplo, ao se forçar a região anterior da língua contra o palato duro.

Secretam a saliva tipo mista (serosa e mucosa), rica em glicoproteínas através dos ductos de Wharton. Os ductos submandibulares apresentam a proximidade com a musculatura supra-hiódea, ou seja, refere que os ductos se originam da porção galndular situada entre os músculos milo-hióideo e hioglosso. Além disso, cada ducto submandibular passa profundamente e depois superficialmente ao nervo lingual..

As aberturas desses ductos para a cavidade oral se dão através de três orifícios agrupados em duas pequenas papilas, facilmente visíveis ao lado do freio lingual.

O suprimento sanguíneo das glândulas submandibulares provém do ramo submental da artéria facial, e o controle nervoso se dá pelas fibras secreto-motoras parassimpáticas. Essas glândulas são responsáveis por 70% da saliva secretada pelo homem.

As glândulas sublinguais são as menores dos três pares de glândulas salivares. Situadas mais profundamente, encontram-se no soalho da cavidade oral e inferiormente à língua. Secretam saliva do tipo mista (mucoserosa) através dos ductos de Bartholin. Muitas vezes esses dois ductos podem vir unidos, formando a conhecida carúncula sublingual.

As sublinguais são supridas pelas artérias sublingual e submental, ramos das artérias lingual e facial, respectivamente. O controle nervoso é derivado dos nervos lingual e corda do tímpano, além das fibras secreto-motoras simpáticas e parassimpáticas. Essas glândulas são responsáveis por apenas 5% da saliva secretada pelo homem.

Glândulas Salivares – Função

As glândulas salivares estão ao redor da boca humana e produzem a saliva, cuja função é de transformar amido em produtos mais simples.

saliva influencia significativamente o processo carioso como foi evidenciado por pesquisas com animais experimentais, nos quais as glândulas salivares foram extirpadas cirurgicamente.

Quando alimentados por uma dieta com 66% de sacarose, hamsters não infectados com glândulas salivares intactas desenvolveram relativamente poucas lesões cariosas, enquanto hamsters dessalivados, sob a mesma dieta, desenvolveram cinco vezes mais cáries e lesões muito mais extensas.

saliva também contém anticorpos protéicos que destroem as bactérias presentes na boca inclusive as que provocam as cáries dentárias.

O próprio fluxo salivar remove as bactérias e as partículas alimentares que poderiam servir de substratos para estes organismos patogênicos.

glândula parótida é a maior das três glândulas salivares pares. Localiza-se entre o ângulo da mandíbula e à base do cranio.A maior parte da saliva serosa é produzida pela parótida.
glândula submandibular é uma glândula salivar que localiza-se abaixo da mandíbula. Produz a maior parte da saliva total liberada na boca.
As glândulas sublinguais são glândulas salivares que têm forma de uma pequena amêndoa, situada no o assoalho da boca. É uma glândula de secreção puramente mucosa e morfologicamente é uma glândula mista.

Tipos de Saliva Serosa

É a saliva rica em albuminóides, sendo por isso também chamada de saliva albuminosa. Atua preponderantemente na mastigação doa alimen.

É secretada pelas glândulas de secreção serosa: glândulas parótidas e glândulas de Ebner.

Mucosa

É a saliva rica em glicoproteínas tais como mucina. Atua preponderantemente na gustação e deglutição.

É secretada pelas glândulas de secreção mucosa: acessórias palatinas, glossopalatinas, do coxim retromolar, da raiz da língua e as do palato mole e úvula.

Mista

É a saliva que ou tem mais albumina do que mucina (seromucosa) ou mais mucina do que albuminóides (mucosserosa). Tem ação importante tanto na mastigação dos alimentos como na gustação e deglutição.

É secretada pelas glândulas de secreção mista: submandibular, sublinguais maiores, glândulas de Rivinus, glândulas de Blandin e Nuhn, acessórias labiais e acessórias conjugais.

Mecanismos Determinantes e Reguladores da Secreção Salivar

A produção da saliva se caracteriza por uma secreção basal contínua (ou de repouso), que serve para umedecer e proteger a mucosa oral, e por um aumento da demanda sobre as glândulas salivares principalmente durante a alimentação. Essas variações de fluxo envolvem não só o volume da saliva, como também os seus constituintes orgânicos e inorgânicos.

Funções da Saliva

1 – acilita na mastigação dos alimentos.
2 – Serve como solvente.
3 – Contribui na digestão dos carbohidratos.
4 – Lubrifica os alimentos e os tecidos bucais.
5 – Atua como tampão.
6 – Limpeza a cavidade bucal.
7 – Inibe o crescimento de microorganismos.
– Umedecer e lubrificar os alimentos e a mucosa bucal.
9 – Participar da digestão dos alimentos: paladar, mastigação e deglutição.
10 – Transportar íons (na e K)
11 – Manutenção do equilíbrio hídrico
12 – Bactericida (enzima lisozima)
13 – Defesa imunológica (IgA)
14 – Auxiliar na limpeza dos dentes

Glândulas Parótida, Submandibular e Sublingual

Glândulas Salivares
1.
Glândula Sublingual
2. Glândula Submandibular

Estas experiências demonstram que a remoção das glândulas salivares é um procedimento que afeta drasticamente o desenvolvimento da cárie dental.

Outros fatores que influenciam o desenvolvimento da cárie:

– Diferenças na dieta e consumo da água.
2 – Tempo de alimentação prolongado.
3 – Grande retenção de alimento.
4 – Possíveis alterações na flora bacteriana da boca.
5 – Maturação do esmalte.

A diminuição do fluxo salivar em humanos, xerostomia pode ser conseqüência de: sarcoidose, síndrome de Sjogren ou doença de Mikulicz, irradiação, remoção cirúrgica das glândulas, anticolinérgicos ou drogas parassimpaticolíticas, diabetes mellitus, doença de Parkinson, ausência congênita ou mal formação das glândulas salivares, infecção viral aguda, ansiedades, estresse, depressão, etc.

Glândula submandibular

Localizada no triângulo submandibular, atrás e abaixo do bordo livre do músculo milohioideo e uma pequena porção acima do milohioideo. É uma glândula mista composta de ácinos seromucosos (80%) e as demais porções secretoras são geralmente uma mistura de células seromucosas e mucosas. As células mucosas diferem das seromucosas por serem células piramidais com núcleos achatados e basais, citoplasma pouco corado; e a luz ampla.

Os ácinos mistos são reconhecidos por apresentarem semi-luas seromucosas. Os ductos intercalares são curtos. Os ductos estriados são bem desenvolvidos e longos.

O ducto excretor é pseudo-estratificado passando para estratificado. Cápsula e septos bem definidos, dividindo a porção secretora em lobos ou lóbulos.

Glândula Sublingual

Tem forma de uma pequena amendôa, situada entre o assoalho da boca e o músculo milohioideo. É uma glândula mista, com predominância das células mucosas sobre as seromucosas, encontradas formando semi-luas.

Não apresenta ácinos constituídos por células serosas exclusivamente. Os ductos intercalares são curtos ou ausentes.

Os ductos estriados também são curtos e difíceis de serem observados. Estudos histoquímicos demonstraram ser a sublingual uma glândula de secreção puramente mucosa e morfologicamente é uma glândula mista.

A cápsula é discreta, mal definida, com septos delimitando lobos e lóbulos.

Células Mucosas

Relacionadas com a síntese, armazenamento e secreção de proteínas. Seu produto difere das seromucosas porque tem pouco conteúdo enzimático e suas proteínas estão ligadas a grande quantidade de carboidratos, constituindo o muco.

As secreções mucosas são espessas e viscosas. Células mucosas são piramidais com núcleo achatado na porção basal. Seu citoplasma não se cora intensamente pelo H.E.

Apresenta aparelho de Golgi bem desenvolvido e mitocondrias e R.E.G.

Glândulas salivares menores

Labiais, linguais, palatinas e da bochecha, são glândulas mucosas com exceção das glândulas serosas de Von Ebner, encontradas abaixo dos sulcos das papilas circunvaladas.

As glândulas salivares menores possuem ductos curtos, produtoras de uma secreção rica em mucoproteína. O muco dessas glândulas entra em contato com a superfície dos dentes e da mucosa, desempenhando importante papel na formação da película adquirida.

Glândulas salivares maiores

Os pares de glândulas salivares maiores estão situados fora da cavidade bucal, à qual estão ligados por ductos relativamente longos.

PARÓTIDA

A maior de todas, está localizada a frente da orelha externa e sua porção mais profunda preenche a fossa retromandibular.

É uma glândula constituída por células secretoras terminais predominantemente seromucosas.

ESTRUTURA

Constituída por células piramidais, com núcleos esféricos e basais, envolvendo uma pequena luz central. O citoplasma cora-se em azul (basófilo) e podem ser visto grânulos de secreção (ricos em proteínas).

Ductos intercalares: numerosos, com células cúbicas, núcleos centrais e escasso citoplasma.

Ductos estriados: estão espalhados pela glândula, com células colunares, coradas intensamente de róseo pela eosina, núcleo central e presença de estriações basais.

Ducto excretor

Apresenta um epitélio de revestimento pseudo-estratificado, que se transforma gradualmente em epitélio estratificado ao aproximar da cavidade bucal.

A glândula parótida apresenta cápsula e septos bem definidos e numerosos lóbulos. Observa-se células adiposas, vasos sanguíneos e nervos.

Localização das Principais Glândulas Salivares

Glândulas Salivares

Glândulas Salivares

Fonte: www.foar.unesp.br/www.mskcc.org/www.wisegeek.org/nossodentista.com/www.auladeanatomia.com

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Um comentário

  1. silvia maria carvalho silva

    excelentes informações. O conhecimento adquirido esclareceu muitas indagações a respeito das glândulas salivares. Obrigada.

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