Saliva

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A saliva é um complexo de reação alcalina líquida, um pouco viscosa produzida pelas glândulas salivares na cavidade oral e envolvidos na primeira fase de digestão.

A saliva pode ser a forma de obter doenças nos seres humanos, tais como feridas ou mononucleose infecciosa.

Produção

Estima-se que a boca seja umedecida pela produção de entre 1 e 1,5 litros de saliva por dia, se a pessoa estiver hidratada. Durante a vida de uma pessoa, são gerados aproximadamente 43.800 litros. Esta quantidade de saliva é variável, pois diminui à medida que a idade aumenta e devido a diferentes tratamentos.

A produção de saliva está relacionada ao ciclo circadiano, de modo que durante a noite é secretada uma quantidade mínima de saliva.

A saliva é secretada pelas glândulas salivares principais parótidas e submaxilares (80-90%) sob condições estimuladas, enquanto as glândulas sublinguais produzem apenas 5% do total. As glândulas menores são basicamente responsáveis ​​pela secreção em repouso e contribuem para 5-10% da saliva secreta total.

A diminuição patológica da saliva é chamada hiposalivação ou hiposialia, enquanto a sensação de boca seca é chamada de xerostomia e produção excessiva, sialorréia.

A medida da produção de saliva é chamada de sialometria.

A Saliva é parte do aparelho digestivo de muitos animais, começando imediatamente após a boca e indo até o esófago. Nos homens, vai também até à laringe, sendo um cretal comum ao aparelho digestivo e ao aparelho respiratório. De modo geral entre os mamíferos a Saliva é ponto de encontro entre estes dois aparelhos.

A sua comunicação com a laringe está protegida por uma lâmina chamada epiglote, que atua como uma válvula: durante a inspiração, o ar passa das fossas nasais para a laringe, fazendo com que a epiglote se mova de forma a obstruir a entrada do esófago, conduzindo o ar para o cretal correto (traqueia).

Na Saliva ocorre o fenômeno da deglutição, em que a epiglote fecha a laringe (impedindo que alimentos cheguem à traqueia). Em seguida o alimento desce para o esófago.

Anatomia

A Saliva é um cretal músculo-membranoso que se estende verticalmente, à frente da coluna cervical, atrás das fossas nasais, da cavidade bucal e da laringe, desde a base do crânio até ao bordo inferior de C6 (sexta vértebra cervical). Continua-se em baixo com o esófago. É uma espécie de vestíbulo que faz comunicar, por um lado, a cavidade bucal com o esófago, por outro, as fossas nasais com a laringe.

Forma

A forma da Saliva é a de um funil irregular, largo em cima, um pouco dilatado na sua porção média em vizinhança com o osso hióide, e estreito em baixo. Dimensões: Quando a Saliva está em repouso, o seu comprimento médio é de 15 centímetros. Quando a Saliva se contrai, a sua extremidade inferior eleva-se e o seu comprimento diminui cerca de 3 centímetros. O diâmetro transversal da Saliva mede de 4 a 5 cm ao nível da parte média da Saliva das fossas nasais, 4 cm ao nível dos grandes cornos do osso hióide. Diminui gradualmente de cima para baixo e não mede mais que 2 cm na extremidade inferior. A Saliva é aberta desde a sua extremidade superior até à laringe. Nessa porção da sua extensão, que permite a passagem o ar respiratório, as paredes anterior e posterior encontram-se a 2 ou 3 cm uma da outra. Configuração exterior e relações: Distinguem-se, na Saliva, uma face posterior, duas faces laterais e duas extremidades. À frente, a Saliva não possui superfície exterior pois confunde-se de cima para baixo com as fossas nasais, a cavidade bucal e a laringe.

Face posterior

A face posterior, praticamente plana, continua-se de cada lado com as faces laterais formando dois ângulos suaves, os Ângulos da Saliva. A aresta suave destes ângulos marca o limite entre a face posterior e a face lateral correspondente. A face posterior relaciona-se com o espaço retro-faríngeo compreendido entre a Saliva à frente, a aponevrose pré-vertebral atrás, e os septos sagitais dos lados.

Faces Laterais

As faces laterais inclinam-se para a frente e para dentro, desde os ângulos da Saliva até ao seu limite anterior. Estas relacionam-se, de cima para baixo: com o bordo posterior da asa da interna da apófise pterigoideia, com o ligamento ptérigo-maxilar, com a extremidade posterior da linha milo-hioideia, com a face lateral da base da língua, com o grande corno do osso hióide, com o ligamento tiro-hioideu lateral, com o bordo posterior das lâminas laterais da cartilagem tiroideia e com a porção lateral da placa cricoideia.

No ponto de vista das relações, é necessário distinguir duas porções nas faces laterais da Saliva, uma superior ou cefálica, outra inferior ou cervical, separadas uma da outra por um plano horizontal tangente ao bordo inferior do maxilar superior. Acima deste plano, as faces laterais da Saliva relacionam-se com os órgãos do espaço maxilo-faríngeo: carótida e jugular internas, glosso-faríngeo, pneumogástrico, espinhal, grande hipoglosso e simpático atrás; – parótida, carótida externa e jugular externa à frente. Abaixo deste plano, as faces laterais da Saliva relacionam-se com o pedículo vásculo-nervoso do pescoço, o corpo da tiróideia e os seus pedículos vasculares.

Extremidade superior

A Saliva está fixa à base do crânio pela sua extremidade superior. A linha de inserção apresenta uma porção média e duas porções laterais. A porção média, curva, côncava à frente, vai de uma espinha do esfenóide à outra, passando pelo tubérculo faríngeo do occipital e, dos lados, imediatamente à frente dos orifícios carotídios do rochedo. As porções laterais dessa linha de inserção, oblíquas para a frente e para dentro, estendem-se ao longo da goteira tubária ou esfeno-petrosa da base do crânio, da espinha do esfenóide à extremidade superior da asa interna das apófises pterigoideias.

Extremidade Inferior

A extremidade inferior da Saliva corresponde, à frente, ao bordo inferior da cartilagem cricoideia da laringe e, atrás, ao bordo inferior de C6.

Anatomia da Saliva

A Saliva é a parte do sistema digestório posterior às cavidades do nariz e da boca, estendendo-se para baixo atrás da laringe. A Saliva estende-se da base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricóidea, anteriormente, e a margem inferior da vértebra C6, posteriormente. É mais larga oposta ao hióde (5 cm) e mais estreita na sua extremidade inferior (1,5 cm), onde é continua com o esôfago. A parede posterior da Saliva se situa contra a lamina pré-vertebral da fáscia cervical.

A Saliva é dividida em 3 partes: nasal, oral e laríngea

A parte nasal fica posterior ao nariz e acima do palato mole. Tem função respiratória. É a extensão posterior das cavidades nasais. O nariz se abre na nasoSaliva através de coanos. O teto e a parede da nasoSaliva formam uma superfície continua que se situa abaixo do corpo do esfenóide e da parte basilar do occiptal.

O tecido linfóide da Saliva forma um anel tonsilar incompleto junto da parte superior da Saliva, é o anel linfático da Saliva ou de Waldeyer, a parte ântero-inferior do anel é formado pela tonsila lingual, que fica na parte posterior da língua. As partes laterais são formadas pelas tonsilas palatina e tubària e as partes posterior e superior são formadas pela tonsila faríngea.

O tec. Linfóide é agregado em massas chamadas de tonsilas. A tonsila faríngea (adenóide), encontra se na tunica mucosa do teto da parede posterior da nasoSaliva. Estendendo-se inferiormente a partir da extremidade medial da tuba auditiva encontra-se uma prega vertical de túnica mucosa, a prega salpingofaríngea. Ela recobre o m. salpingofaríngeo, que abre o óstio da tuba auditiva durante a deglutição. A coleção de tecido linfóide na túnica submucosa da Saliva próximo ao óstio faríngeo da tuba auditiva é a tonsila tubária. Atrás do toro tubário e da prega salpingofaríngea encontra-se uma projeção lateral da Saliva em forma de fenda, o recesso faríngeo.

A parte oral da Saliva tem uma função digestória. É limitada pelo palato mole, base da língua e pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo. Estende-se do palato mole até a margem superior da epiglote. As tonsilas palatinas ficam de cada lado da oroSaliva, no intervalo entre os arcos palatinos. O leito tonsilar, no qual a tonsila palatina se situa, é formado pelo m. constritor superior da Saliva e pela fina lâmina fibrosa da fáscia faringobasilar. Esta lâmina se funde com o periósteo da base do crânio e define os limites da parede faríngea na sua parte superior.

A parte laríngea da Saliva situa-se atrás da laringe e estende-se da margem superior da epiglote e das pregas faringoepiglóticas até a margem inferior da cartilagem cricóidea. Posteriormente, e a parte laríngea da faríngea está relacionada com os corpos das vértebras C4 até C6. Suas paredes posterior e lateral são formadas pelos mm. constritores médio e inferior, e, internamente, a parede é formada pelos mm. Palatofaríngeo e estilofaríngeo. Ela se comunica com a laringe através do ádito da laringe.

O recesso piriforme é uma pq. depressão da cavidade laringofaríngea em ambos os lados do ádito da Saliva. Esse recesso revestido por mucosa é separado do adito da laringe pela prega ariepiglótica. Lateralmente, o recesso piriforme é limitado pelas faces mediais da cartilagem tireóidea e pela membrana tireohióidea. Os ramos internos do nervo laríngeo superior e os ramos do n. laríngeo recorrente se situam profundos à túnica mucosa do recesso piriforme e são vulneráveis à lesão quando um corpo estranho se aloja no recesso.

Músculos da Saliva

É composta principalmente de uma camada de m. circular externa e uma camada de m. longitudinal interna. A circular consiste em 3 constritores, a interna (longitudinais) em palatofaríngeo, estilofaríngeo e salpingofaríngeo. Estes mm. elevam a laringe e encurtam a Saliva na deglutição e fonação. Os constritores têm um forte revestimento fascial interno, a fáscia faringobasilar, e um revestimento fascial externo fino, a fáscia bucofaríngea. Os constritores se contraem voluntariamente.

TODOS OS 3 CONSTRITORES SÃO SUPRIDOS PELO PLEXO NERVOSO FARÍNGEO que é formado pelos ramos faríngeos do vago e glossofaríngeo e pelos ramos simpáticos do gânglio cervical superior. Este plexo fica na parede lateral da Saliva, princ. no m. constritor médio.

A justaposição dos mm. constritores deixa 4 espaços para as estruturas entrarem ou saírem da Saliva. São: (1)entre o m. constritor superior e o crânio, passam o m. levantador do véu palatino, a tuba auditiva e a a. palatina ascendente; (2)entre os mm. constritores superior e médio, forma uma abertura para a cavidade da boca, passam o m. estilofaríngeo, o n. glossofaríngeo e o ligamento estilo-hióideo; (3)entre os constritores médio e inferior, passam o n. laríngeo superior e a. e v. laríngeas superiores; (4)abaixo do constritor inferior, passam o n. laríngeo recorrente e a. laríngea inferior.

Vasos da Saliva

A a. tonsilar entra no pólo inferior da tonsila. A tonsila tmb recebe ramos das aa. Palatina ascendente, palatina descendente e faríngea ascendente. A grande veia palatina externa desce do palato mole e passa próximo da face lateral da tonsila onde entra no plexo venoso da Saliva. Os vasos linfáticos tonsilares passam lateral e

inferiormente para os linfonodos próximos do ângulo da mandíbula e linfonodo jugulodigástrico, referido como linfonodo tonsilar por causa de seus aumentos quando a tonsila está inflamada (tonsilite).

Nervos Faríngeos

O suprimento motor e a maior parte do sensitivo deriva dos plexos faríngeos de nervos. As fibras motoras do plexo derivam do n. acessório e são transportadas pelo vago, por meio de seu ramo faríngeo, para todos os mm. da Saliva e palato mole, exceto o m. estilofaríngeo (9º) e o m. tensor do véu palatino. O m. constritor inferior tmb recebe fibras motoras de ramos do laríngeo externo e recorrente do nervo vago. AS FIBRAS SENSITIVAS do plexo derivam do

N. GLOSSOFARÍNGEO. Suprem a túnica mucosa das 3 partes da oroSaliva. A parte anterior e superior da nasoSaliva é princ. originário do nervo maxilar, um n. puramente sensitivo. Os nn. Tonsilares derivam do plexo tonsilar, formado pelos ramos dos nervos glossofaríngeo e vago.

Fonte: es.wikipedia.org/www.medstudents.com.br

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