Bronzeamento

Dicas de Bronzeamento

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Prós e Contras

A Associação Brasileira de Bronzeamento (ABB) esclarece: Exposições moderadas à luz ultravioleta, de fonte natural ou artificial, com respeito às condições individuais, e consequente formação de um bronzea do moderado, é uma atitude inteligente e responsável.

Na última década, o crecimento dos casos de câncer de pele tem preocupado as autoridades e a classe médica, na sua prevenção e diagnóstico. Tais esforços têm contribuído para a redução dos índices de mortalidade pelo diagnóstico prévio desta doença.

Dentre os diversos tipos de câncer de pele, o melanoma maligno é o mais raro, representando cerca de 3% do total de casos. Contudo, é responsável por 75% das mortes.

Este câncer costuma aparecer em áreas do corpo, normalmente, pouco expostas à luz solar. É mais comum em pessoas que trabalham em ambientes fechados e seus índices desaparecem à medida que se aproxima da Linha do Equador.

Frequentes exposições à luz ultravioleta (UV) do sol são menos importantes para o surgimento do câncer de pele (por conseguinte, existem outras formas de prejuízo com o envelhecimento precoce) do que o tipo de pele, sensibilidade e o conhecimento do limite de exibição individual capaz de evitar queimaduras solares.

Da mesma forma que a superexposição, a ausência de luz solar pode causar sérios riscos de patologias graves à saúde.

A falta de exposições regulares aos raios ultravioleta está associada à deficiência de vitamina D no corpo o que pode resultar em descalcificação dos ossos, raquitismo e osteoporose, prejudicando também o crescimento.

Além de doenças coronárias e enfartes. Logo, evitar o sol pode ser tão ou mais prejudicial que seu excesso. Indústrias farmacêuticas e de cosméticos criaram a idéia de que toda exposição solar é ruim, deve ser evitada e que todo bronzeado é sinal de prejuízo para a pele.

Mas contrariando esta opinião, a ABB acredita que o bronzeamento em cabines faz parte da solução e não do problema. A vantagem de bronzear-se em uma cabine é o possível controle do espectro de radiação emitido e do tempo de cada exposição.

Isso acontece através do conhecimento das características e limitações individuais. Esse controle é capaz de minimizar os riscos enquanto potencializa os benefícios da exposição à luz UV, capaz de tornar a técnica mais segura que o banho de sol convencional.

Dicas

Proteja-se dos raios diretos do sol especialmente entre 10:00 e 16:00 h;

Não deixe de se proteger diariamente. Esta proteção não deve ser apenas em praias, piscinas ou no campo;

Use filtros solares, com fator de proteção adequado ao seu tipo de pele, para todas as partes do corpo expostas ao sol;

Não deixe de se proteger com chapéus, bonés e óculos, pois o raio ultravioleta danifica os olhos podendo levar a cataratas e até mesmo a cegueira, na idade adulta;

Os bebês não devem ser expostos ao sol indevidamente, pois danifica a pele aumentando o risco de câncer quando adultos;

Ao praticar esportes, use a proteção de roupas adequadas, bonés, filtro solar nas partes descobertas. Evite permanecer com roupas molhadas, pois elas protegem menos contra os raios ultra violetas;

Reaplique o filtro solar em caso de transpiração excessiva.

Alimentação

Leve, saudável e balanceada. Além disso, tomar muita água, especialmente nos dias mais quentes e, para conseguir aquele bronzeado bacana, nada melhor que a exposição gradual ao sol – não é a melhor escolha tentar tirar o branco-escritório no primeiro dia!

A velha e boa dica de comer cenoura também ajuda. Esse e outros vegetais amarelos são ricos em betacaroteno, que, ao contrário do que muita gente pensa, não acelera o bronzeamento, mas pode proteger contra os raios ultra-violeta. Além disso, ela tem antioxidantes, uma substância que previne o processo de envelhecimento das células em geral.

Ainda com os mesmos antioxidantes, outros alimentos indicados: frutas cítricas, como acerola, limão e laranja, gérmen de trigo, óleos vegetais, chá verde, vinho, nozes, castanha-do-pará e amêndoas. Mas não exagere nessas três últimas porque engordam! (50 calorias cada).

O azeite de oliva virgem e extra-virgem são ainda mais saudáveis porque mais puros e, além de retardar o envelhecimento porque possuem vitamina E -um antioxidante natural- ainda previne doenças do coração.

Radiação Solar

A luz solar é energia eletromagnética propagada por ondas.

As partes mais importantes do espectro eletromagnético da luz solar são (WHO, 1999):

Radiação ultravioleta (UV), invisível aos olhos

Luz visível

Radiação infravermelha, que é a principal fonte de calor, mas também não é visível.

Cerca de 5% da radiação solar terrestre é radiação ultravioleta (UV). A radiação solar é a maior fonte de exposição à radiação UV, porém com o surgimento de fontes artificiais de radiação ocorreu um aumento na chance de exposição adicional (IARC, 1997).

1. Definição

Radiação não-ionizante. Energia emitida pelo sol na forma de radiação eletromagnética (IARC, 1996).

Os raios UV possuem comprimento de onda que variam de 100 a 400nm e podem ser divididos em três bandas: UVA (315 a 400nm), UVB (280 a 315nm) e UVC (100 a 280nm). A radiação solar UV que alcança a superfície terrestre é composta por 95% de radiação UVA e 5% de UVB. A radiação UVC é completamente filtrada pela atmosfera, e 90% da UVB é absorvida pela camada de ozônio, vapor de água, oxigênio e dióxido de carbono.

A radiação UVA é a menos afetada pela atmosfera, consequentemente, a radiação proveniente da superfície terrestre é amplamente composta de radiação UVA e um pequeno componente de UVB (IARC, 1996; NHMRC, 1996; WHO, 2005; ARPANSA, 2004).

A radiação solar é a única fonte mais significativa de radiação UV e pode atingir o ser humano de três maneiras: diretamente, dispersas em céu aberto e refletida no ambiente.

Desta forma, mesmo que uma pessoa esteja na sombra, ainda pode estar significativamente exposta a radiação UV através da claridade natural. Também alguns pisos e superfícies são bastante refletoras a radiação UV inclusive pintura branca, de cores claras e superfícies metálicas. Estas superfícies podem refletir a radiação UV na pele e nos olhos. As superfícies refletoras podem reduzir o efeito de medidas protetoras (ARPANSA, 2004a).

Há também muitos tipos de fontes artificiais de radiação UV, como as lâmpadas fluorescentes, vapor de mercúrio e outros materiais utilizados na indústria, escritórios e em casa.

Durante o trabalho, os soldadores são capazes de produzir e de se exporem a uma intensa emissão de radiação UV. Estes trabalhadores poderão ter efeitos danosos à saúde semelhantes aos trabalhadores expostos diretamente ao sol (ARPANSA, 2004a). Semelhantemente, os funcionários que trabalham com superfícies refletoras como o concreto, a água, o aço não pintado e o alumínio podem receber radiação ultravioleta adicional (ELCOSH, 2001).

2. Fatores ambientais que influenciam o nível de radiação UV

Bronzeamento

A Organização Mundial de Saúde (WHO, 2005) descreve alguns fatores ambientais capazes de influenciar no nível de radiação ultravioleta.

São eles:

Altura do sol – Quanto mais elevado o sol está no céu, mais elevado o nível de radiação UV.

Esta varia com a hora do dia e o período do ano, atingindo níveis máximos quando o sol está em sua elevação máxima, por volta do meio-dia (lua solar) durante os meses de verão.

Latitude – quanto mais próximo à linha do equador, mais elevados são os níveis de radiação UV.

Céu encoberto por nuvens – Os níveis de radiação estão mais elevados sob as nuvens, porém mesmo com tempo encoberto, os níveis de radiação podem ser elevados devido a dispersão da radiação pelas moléculas d´água e partículas presentes na atmosfera.

Altitude – Em altitudes mais elevadas, há menor filtração da radiação UV através da atmosfera.

A cada aumento de 1000 metros de altitude, os níveis de UV aumentam em 10% a 12%.

Ozônio – O ozônio absorve alguma radiação UV capaz de alcançar a superfície terrestre. Os níveis de ozônio variam durante o ano e até mesmo durante o dia.

Reflexão – A radiação UV é refletida ou dispersada amplamente em diferentes superfícies.

A neve pode refletir até 80% da radiação UV, a areia da praia reflete cerca de 15% e a espuma do mar cerca de 25%.

A depleção da camada de ozônio provavelmente agrava os efeitos à saúde causados pela exposição a radiação UV. A camada de ozônio funciona como filtro protetor.

Com a depleção ela fica mais fina e progressivamente reduzida em sua capacidade. Em consequência disto, os seres humanos e o ambiente ficam expostos a radiação UV em níveis mais elevados, especialmente os níveis de UVB que apresentam maior impacto na saúde humana, na saúde dos animais, de organismos marinhos e plantas (WHO, 2005).

II. Efeitos sobre a saúde humana

A pele e os olhos são as principais áreas de risco à saúde, decorrentes da exposição à radiação UV, dado que a penetração da radiação UV é muito curta.

Em trabalhadores expostos sem proteção adequada ou medidas de controle dos níveis de radiação solar UV, os limites de exposição geralmente aceitáveis podem ser excedidos. Super exposição à radiação UV pode causar queimaduras, doenças e câncer de pele.

Uma pessoa com exposição cumulativa a radiação UV com um número de queimaduras graves recebidas especialmente, durante a infância, tem o risco aumentado de desenvolver câncer de pele.

A exposição ao sol faz com que as camadas exteriores da pele engrossem e a longo prazo podem causar enrugamento e enrijecimento. Nos olhos podem causar fotoqueratites, foto-conjuntivites e cataratas (ARPANSA, 2004 a). Os indivíduos longamente expostos podem também ter o sistema imune debilitado (IARC, 1997; ELCOSH, 2001).

1. Melanócitos: as células que protegem a pele

São células responsáveis pela proteção da pele à radiação solar. Quanto mais melanócitos na superfície da pele, maior proteção aos raios UV.

As mudanças na distribuição dos melanócitos podem ocasionar o desenvolvimento de lesões precursoras do câncer de pele, como o nevo melanocítico benigno, nevo displásico, melanoma de crescimento radial, melanoma de crescimento vertical e melanoma metastático.

Tanto o nevo melanocítico benigno quanto o displásico são considerados marcadores para o melanoma, e sua presença aumenta o risco de desenvolvê-lo.

Considera-se o nevo displásico como uma lesão precursora do melanoma (Souza et al, 2004).

2. Carcinogenicidade

A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer classificou a radiação solar no Grupo I, com evidência suficiente de carcinogenicidade em seres humanos.

As radiações UVA, UVB e UVC, bem como as câmaras de bronzeamento (lâmpadas e camas) foram classificadas no Grupo 2A, provavelmente carcinogênicos em seres humanos. A exposição a lâmpadas fluorescentes no Grupo 3, não classificada como carcinogênica para seres humanos (IARC, 1997).

Há três tipos de câncer de pele: não-melanoma, que incluem o carcinoma baso-celular e espino-celular e o melanoma maligno.

2.1. Câncer de Pele do tipo melanoma

O melanoma é o menos comum, mas é o mais perigoso tipo de câncer de pele. A incidência de melanoma em homens está crescendo rápido, particularmente em homens de meia-idade. Surgem com mais frequência na parte superior das costas, cabeça e pescoço.

Há geralmente um período entre 10 e 30 anos para que a manifestação clínica do câncer ocorra (ELCOSH, 2001). O pior prognóstico para melanomas está associado à idade superior a 60 anos, sexo masculino, lesões localizadas no tronco, tumores de maior espessura e padrão sócio-econômico mais baixo (Souza et al, 2004; Balzi et al, 1998).

A Austrália tem as mais altas taxas de câncer de pele. Mais de 200.000 novos casos de câncer de pele são relatados a cada ano, sendo que mais de 6.000 são potencialmente melanomas fatais (ARPANSA, 2004 b).

Um estudo caso-controle realizado no Brasil, para avaliar a etiologia do melanoma maligno entre 1995 e 1998, no Hospital das Clínicas, Porto Alegre, revelou como fatores de risco com força moderada, para melanoma maligno naquela população, pessoas com os fototipos de pele I (sempre se queimam e nunca se bronzeiam) e II (sempre se queimam e, às vezes, se bronzeiam); com sardas; com um grande número de nevos adquiridos, com nevos displásicos e com proteção inadequada ao sol.

A cor dos olhos e cabelo apresentaram uma fraca significância estatística como fatores de risco. O uso de protetor solar apresentou significância progressiva correspondendo ao aumento do FPS.

O melhor escore ocorreu em usuários de FPS-15 ou mais. Episódios de queimaduras solares surgiram como o mais importante fator de risco associado com melanoma maligno na amostra da população branca do Sul do Brasil (Bakos et al, 2002).

2.2. Câncer de pele tipo não-melanoma (baso celular e espino-celular)

O carcinoma baso-celular é originário da epiderme e dos apêndices cutâneos acima da camada basal, como os pêlos, por exemplo. Já o carcinoma epidermóide tem origem no queratinócio da epiderme, podendo também surgir no epitélio escamoso das mucosas (INCA, 2005 a).

Estes tumores ocorrem predominantemente na face e no pescoço, e estão relacionados à exposição solar, embora a distribuição de carcinomas baso-celulares não estão estritamente relacionados a exposição ao sol como os carcinomas espino-celulares.

Existe uma forte relação inversa entre a latitude e incidência ou mortalidade para estes tipos de câncer de pele e, há uma relação positiva entre incidência ou mortalidade e radiação ultravioleta estimada ou medida no ambiente (IARC, 1997).

Cerca de 2 a 3 milhões de cânceres nãomelanomas são diagnosticados a cada ano, mas raramente são fatais e podem ser removidos cirurgicamente.

De 12 a 15 milhões de pessoas por ano tornam-se cegas devido à catarata, dos quais 20% podem ser causadas ou agravadas pela exposição ao sol, de acordo com as estimativas da Organização Mundial de Saúde (WHO, 2005 b).

Estima-se que no Brasil ocorrerão cerca de mais de 113.000 novos casos de câncer de pele não melanoma no ano de 2005. Observa-se que o câncer de pele não-melanoma é o mais incidente em nosso país, em homens e em mulheres.

Embora de baixa letalidade, em alguns casos pode levar a deformidades físicas e ulcerações graves, porém é uma neoplasia de excelente prognóstico, com taxas altas de cura completa, se tratada de forma adequada e oportuna.

O câncer de pele melanoma é menos incidente, mas sua letalidade é mais elevada. Quando tratados em estádios iniciais, são curáveis (INCA, 2005 b; CDC, 2003).

3. Fatores de risco

De maneira geral, os fatores de risco bem estabelecidos para câncer de pele melanoma e não-melanoma incluem (IARC, 1997; CDC, 2003):

Melanoma maligno e baso-celular

História familiar de câncer de pele

Pessoas de pele clara, com cabelos ruivos ou loiros

Propensão à queimaduras e inabilidade para bronzear

Exposição à radiação UV intermitente

Espino-celular

Exposição à radiação UV cumulativa

Deve-se considerar que um mesmo indivíduo pode estar exposto a vários fatores de risco que interagem entre si, dado a multicausalidade da doença.

Dentre os fatores não mencionados que devem ser considerados estão os relacionados à ocupação como, por exemplo, os que desenvolvem atividades ao ar livre: agricultores, pescadores, guardas, etc. Também devem ser considerados como fatores de risco, residir em áreas rurais e o desconhecimento de que a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele (SBCD, 2005).

III. Prevenção Primária (Medidas de Controle)

Medidas de Proteção contra a radiação ultravioleta

Para proteção coletiva (Maia et al, 1995):

Uso de tecidos que impedem ou bloqueiam os raios UV

Uso de barracas/toldo

Uso de guarda-sol

Uso de coberturas e janelas de vidro, que funcionam como barreiras físicas

Para proteção individual (ARPANSA, 2004 c; CDC, 2003 b)

Evitar horários de pico solar (entre 10 da manhã e 15h da tarde)

Manter-se na sombra a qualquer hora do dia

Evitar bronzeamento artificial

Usar chapéu com abas largas

Usar blusas de mangas longas

Usar calças compridas

Usar óculos

Usar cremes e/ou loções com filtros solar superior a 15 FPS.

IV. Conhecendo os Filtros Solares

Os filtros solares são preparações para uso tópico que reduzem os efeitos deletérios da radiação ultravioleta. Porém, deve-se tomar cuidado porque nem todos os filtros solares oferecem proteção completa para os raios UV-B e raios UV-A.

Além disso, podem ter um efeito enganoso, pois, por suprimirem os sinais de excesso de exposição ao sol, como as queimaduras, fazem com que as pessoas se exponham excessivamente às radiações que eles não bloqueiam, como a infravermelha.

Criam, portanto, uma falsa sensação de segurança e encorajam as pessoas a se exporem ao sol por mais tempo (ARPANSA, 2004 c). É importante lembrar, também, que o real fator de proteção varia com a espessura da camada de creme aplicada, a frequência da aplicação, a perspiração e a exposição à água.

É recomendado que durante a exposição ao sol sejam usados filtros com FPS-15 ou mais. Os filtros solares devem ser aplicados antes da exposição ao sol e reaplicados sempre de 20 a 30 minutos antes da exposição ao sol e após nadar, suar e se secar com toalhas (Maia et al, 1995; WHO, 2005c).

Os trabalhadores expostos ao ar livre devem usá-lo durante o dia e em conjunto com chapeis e roupas protetoras. Utilize o protetor em todas as partes expostas ao sol, incluindo orelhas, costas, ombros, e a parte de trás dos joelhos e pernas (WHO, 2005c).

1. O que significa o valor do FPS?

FPS significa Fator de Proteção Solar.

Todo filtro solar tem um número que pode variar de 2 a 60 (até agora, nos produtos comercializados no Brasil). O FPS mede a proteção contra os raios UVB responsáveis pela queimadura solar, mas não medem a proteção contra os raios UVA.

A linguagem utilizada nos rótulos dos filtros solares muitas vezes deixa o consumidor confuso na hora da compra.

Abaixo, o significado dos termos mais frequentemente utilizados (CDC, 2003a):

Anti UVA e UVB: filtros que protegem contra os raios ultravioleta A e ultravioleta B.

Hipoalergênico: utiliza substâncias que geralmente não provocam alergias.

Livre de PABA ou “PABA Free”: filtros que não contém a substância PABA, que tem alto poder de causar alergias.

Livre de óleo ou “oil free”: filtros cujos veículos não contém substâncias oleosas. São os mais indicados para pessoas de pele oleosa ou com tendência à formação de cravos e espinhas.

Não comedogênico: filtros que não obstruem os poros, evitando assim a formação de cravos. São também indicados para pessoas de pele oleosa e com tendência à formação de cravos e espinhas.

2. Como usar

Tem sido apresentado o uso de protetor solar para a prevenção de câncer de pele não-melanoma do tipo espinocelular.

Contudo a evidência do efeito do protetor solar na prevenção do melanoma maligno ainda é inconclusiva. O protetor solar que bloqueia a radiação ultravioleta-A (UVA) e ultravioleta-B (UVB) pode ser mais efetivo na prevenção do câncer espino-celular e seus precursores do que aqueles que bloqueiam somente a radiação UVB.

Porém, as pessoas que usam somente o protetor solar poderiam ter o risco de melanoma aumentado caso prolongassem o tempo de permanência ao sol por estarem usando o protetor solar (ARPANSA, 2004 c).

Um estudo caso-controle realizado para investigar os fatores preditores do uso do protetor solar em pacientes da Europa Central, revelou que os mais velhos e do sexo masculino tendem a não usar protetor solar. Os jovens, as mulheres e os que permaneciam mais tempo expostos ao sol, tenderam a usar protetor solar com mais frequência, acreditando que com isso, eles poderiam estar protegidos adequadamente, o que é uma falsa impressão (CDC, 2002).

Segue abaixo as recomendações das principais organizações internacionais com pesquisas desenvolvidas na área do câncer para prevenção primária e secundária do câncer de pele:

V. Prevenção Secundária

Auto exame da pele

O auto-exame da pele é um método simples para detectar precocemente o câncer de pele, incluindo o melanoma. Se diagnosticado e tratado enquanto o tumor ainda não invadiu profundamente a pele, o câncer de pele pode ser curado.

Ao fazer o auto-exame regularmente, você se familiarizará com a superfície normal da sua pele. É útil anotar as datas e a aparência da pele em cada exame (Garbe & Buettner, 2000; INCA, 2005c).

O que procurar?

Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor

Manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que sangram

Feridas que não cicatrizam em 4 semanas

Mudança na textura da pele ou dor.

Deve-se ter em mente o ABCD da transformação de uma pinta em melanoma, como descrito abaixo:

A – Assimetria – uma metade diferente da outra.

B – Bordas irregulares – contorno mal definido.

C – Cor variável – várias cores numa mesma lesão: preta, castanho, branca, avermelhada ou azul.

D – Diâmetro – maior que 6 mm.

Como fazer?

1) Em frente a um espelho, com os braços levantados, examine seu corpo de frente, de costas e os lados direito e esquerdo

2) Dobre os cotovelos e observe cuidadosamente as mãos, antebraços, braços e axilas

3) Examine as partes da frente, detrás e dos lados das pernas além da região genital

4) Sentado, examine atentamente a planta e o peito dos pés, assim como os espaços entre os dedos

5) Com o auxílio de um espelho de mão e de uma escova ou secador, examine o couro cabeludo, pescoço e orelhas

6) Finalmente, ainda com auxílio do espelho de mão, examine as costas e as nádegas.

Atenção: caso encontre qualquer diferença ou alteração, procure orientação médica.

VI. Referências

1. American Cancer Society. Skin cancer prevention and early detection. Atlanta: ACS; 2003. [citado em 14 out 2005]. Disponível em: http://cancer.org/docroot/PED/content/ped_7_1_ Skin_Cancer_Detection_What_You_Can_Do.asp?sitearea=PED.
2. Australian Radiation Protection and Nuclear Safety Agency. Materials and protection against ultraviolet radiation. Ultraviolet Radiation.Australia: ARPANSA;2004. [citado em: 24 ago 2005]. Disponível em: http://www.arpansa.gov.au/pubs/factsheets/010.pdf.
3. Australian Radiation Protection and Nuclear Safety Agency. Solar UVR and the UV Index. Autralia: ARPANSA; 2004. [25 ago 2005]. Disponível em: http://www.arpansa.gov.au/is_uvindex.htm.
4. Australian Radiation Protection and Nuclear Safety Agency. Ultraviolet radiation. Austrália: ARPANSA; 2004. [citado em 24 ago 2005]. Disponível em: http://www.arpansa.gov.au/basics/index.htm.
5. Bakos L, Wagner M, Bakos RM, Leite CS, Sperhacke CL, Dzekaniak KS et al.Sunburn, sunscreens, and phenotypes: some risk factors for cutaneous melanoma in southern Brazil. Int J Dermatol. 2002 Sep;41(9):557-62.
6. Balzi D, Carli P, Giannotti B, Buiatti E. Skin melanoma in Italy: a population-based study on survival and prognostic factors. Eur J Cancer.1998; 34:699-704.
7. Garbe C, Buettner PG. Predictors of the use of sunscreen in dermatological patients in Central Europe. Prev Med. 2000 Aug;31(2 Pt 1):134-9.
8. Instituto Nacional de Câncer; Ministério da Saúde. Auto exame da pele. Rio de Janeiro: INCA; 2005. [citado 14 set 2005]. Disponível em: http://www.inca.
gov.br/conteudo_view.asp?id=136.
9. Instituto Nacional de Câncer; Ministério da Saúde. Estimativa 2005: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2004.
10. International Agency for Research on Cancer. Solar and ultraviolet radiation. Lyon: IARC; 1997. [citado em 24 ago 2005]. Disponível em: http://www-cie.iarc.fr/htdocs/indexes/vol55index.html.
11. Maia M, Proença NG, Moraes JC. Risk factors for basal cell-carcinoma: a case-control study. Rev Saúde pública.1995; 29(1):27-37.
12. Morbidity and Mortality Weekly Report. Counseling to prevent skin cancer. MMWR Recommendations and Reports. 2003; 52(RR-15):13-17. [citado em 14 out 2005]. Disponível em: http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/rr5215a2.htm.
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uv_and_health/en/index.html.

Fonte: www.cristaltour.tur.br/www.inca.gov.br

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