Esoterismo

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Esoterismo – Definição

Esoterismo refere-se às doutrinas ou práticas do conhecimento esotérico, ou à qualidade ou estado de obscuridade. O conhecimento esotérico é aquele de natureza especializada ou avançada, disponível apenas para um círculo restrito de pessoas “iluminadas”, “iniciadas” ou altamente educadas. Normalmente, o conhecimento esotérico é contrastado com o conhecimento exotérico, que é bem conhecido ou conhecimento público percebido como informalmente canônico na sociedade em geral. Itens relativos ao esoterismo podem ser conhecidos como esoterismo.

esoterismo envolve em grande parte um elemento de iniciação, como a exigência de que alguém seja testado antes de aprender a verdade superior. No entanto, tal conhecimento pode ser mantido em segredo não pela intenção dos seus protetores, mas pela sua própria natureza – por exemplo, se for acessível apenas àqueles com a formação intelectual adequada.

Pode existir alguma sobreposição entre esoterismo e misticismo; mas muitas tradições místicas não tentam introduzir conhecimento espiritual adicional, mas procuram concentrar mais fortemente a atenção ou as orações do crente no objeto de devoção. Um místico, portanto, não é necessariamente um esoterista.

Uma variedade de tradições passadas poderiam ser classificadas como formas de “esoterismo” devido ao seu foco “interno”, bem como à sua natureza “seletiva” e “secreta”.

Esoterismo – O que é

O que é esotérico de verdade é oculto. Não se encontra em livros e não é divulgado. O que se lê na maioria dos livros são assuntos que já foram esotéricos, hoje não o são. O esotérico com “s” é do instrutor para o discípulo, é muito restrito, varia com o grau de consciência de cada pessoa.

Mas também se pode dizer que isso é uma fase preliminar – porém não imprescindível – para se atingir o esotérico.

esotérico é algo muito interior, muito escondido, só aqueles iniciados em menores ou maiores graus têm conhecimento das verdades eternas, puras e cristalinas.

À medida que se progride na senda espiritual, a pessoa vai intuindo e mesmo recebendo informações, seja “da boca ao ouvido” seja através de um instrutor, de acordo com o grau de evolução.

O que se lê e ouve publicamente por aí não é esotérico, mas sim assuntos ligados ao esoterismo, que já foram esotéricos, hoje já não o são”. (Antonio Carlos Salzano, astrólogo, MG)

_ “Pode-se imaginar o conhecimento das leis universais como se fosse uma “cebola”: uma esfera feita de várias camadas. O interior (miolo) da “cebola” seria o “Círculo Esotérico” (com “s”), a que somente poucos “Mestres” têm acesso. A parte externa da “cebola” seria o “exotérico” (com “x” – exo=externo), a única parte a que a grande maioria da população tem acesso. Como exemplo, qualquer ritual de qualquer religião, no qual a pessoa apenas repete mecanicamente o que os “mais entendidos” dizem para fazer, pertence ao círculo exotérico. Ou seja, está ligado ao Conhecimento, mas sem que a pessoa “entenda” o que está fazendo.

Existem vários graus, assim como existem várias camadas na “cebola”. A profundidade que cada um atinge depende de sua evolução no Conhecimento”. (Amauri Magagna, astrólogo, São Paulo)

Em O que é esoterismo?, Hans-Dieter Leuenberger opta pela visão mágico-religiosa em lugar da filosófico-científica.

Quem se aproxima desse tema precisa responder à pergunta: “Desejo contemplar ou viver o esoterismo?” Um caminho não é melhor ou pior que o outro.

O filme A guerra do fogo aborda o começo da evolução da humanidade sob a ptica da ciência, no entanto é possível ver nele o nascimento do esoterismo.

Na luta pela sobrevivência a espécie humana descobriu a religião e a magia. Pela religião reconhece que o divino permeia tudo que existe, unindo o ser humano com toda a natureza.

Pela magia aprende a dominar a natureza, começando pela arte de fazer fogo.

Um dos perigos do esoterismo é seu uso para fugir do confronto com os problemas mais banais da vida.

Mas o esoterismo conduz para o centro da vida, o que também significa o confronto com o feio e animalesco do mundo da forma.

O centro pode ser atingido por muitas vias, o que determina o caminho são o temperamento e a decisão do caminhante. As mensagens esotéricas estão em muitos lugares, por vezes sem terem sido postas ali intencionalmente. Todos somos sábios, pois nas profundezas do inconsciente a sabedoria está latente há milhares de anos.

O momento em que esse conhecimento é trazido à luz da consciência é um dos aspectos do que se convencionou chamar iniciação. Podemos ampliar atualmente a definição de esotérico para “algo que se tornou claro para mim”. Não importa se esse esclarecimento se deu por influências exteriores, por um aprendizado, ou por um conhecimento interior espontâneo.

termo esotérico perdeu seu caráter elitista e discriminatório. No passado o esoterismo ficou restrito a poucos, com grandes conseqüências sociais. No limiar da Era de Aquário, nunca tantas pessoas tiveram acesso a tantas informações, por isso não faz sentido pensar em “para alguns poucos”, e sim em “voltado para dentro”.

O conhecimento esotérico foi guardado e transmitido por pequenas comunidades, lojas, escolas de mistério. A linguagem esotérica era a teológica, mantendo a unidade com as religiões.

Mas a forma de escolher e preparar os membros dos pequenos grupo para receber o ensinamento esotérico impediu que se secularizasse, como as religiões.

A linguagem esotérica atual poderia ser – mas ainda não é – a da psicologia, visto que os teólogos do ocidente não são mais esoteristas, e a filosofia não usa mais a linguagem teológica.

A autêntica tradição esotérica ocidental corre o risco de se perder, permeada pelo xamanismo.

A queda do Tibete e do Nepal fez com que o conhecimento e a tradição que guardavam fossem tornados acessíveis a todos, para permitir sua preservação – ainda que com o risco de que sejam deturpados.

Talvez, desmascarado o segredo, ele se revele não tão secreto, e o esoterismo passe a ser visto como uma tarefa da vida cotidiana.

Isso pode significar nossa sobrevivência: talvez, no reino da alma, sejamos tão primitivos e indefesos como quando lutávamos para manter o fogo aceso, por não saber criá-lo.

Qual é a diferença entre esoterismo, ocultismo, metafísica, religiões de mistério e misticismo?

Esoterismo vem do grego esoterikos: interior, oculto, “não destinado ao público”, voltado para dentro.

O oposto é exotérico: voltado para fora.

Ocultismo são as teorias e práticas envolvendo a crença em, e o conhecimento ou uso de forças ou seres sobrenaturais. As práticas ocultas centram-se na habilidade de manipular leis naturais, como na magia.

Mistérios eram cultos sempre secretos nos quais uma pessoa tinha que ser “iniciada”. Os líderes dos cultos incluíam os hierofantes (“revelador de coisas sagradas”).

As características de uma sociedade de mistério eram refeições, danças e cerimônias em comum, especialmente ritos de iniciação. Essas experiências compartilhadas fortaleciam os laços de cada culto.

Misticismo é a busca espiritual pela verdade ou sabedoria ocultos cuja meta é a união com o divino ou sagrado (o reino transcendente). Formas de misticismo são encontradas em todas as grandes religiões, bem como no xamanismo e outras práticas extáticas das culturas não-literárias, e na experiência secular. (conceitos de Leuenberger e Encyclopaedia Britannica)

Esoterismo – Origem

A cultura de todos os povos, em todos os lugares e em todas as eras, sempre foi constituída por conhecimentos que eram dados a todos e outros que eram privilégios de poucos; dos escolhidos, dos que haviam se tornado dignos de recebê-los após um longo tempo de preparo moral e espiritual, ministrado nos templos, após o ritual iniciatório.

Este longo preparo para a iniciação constituía o misticismo e os ensinos dados nos mistérios menores, eram o conhecimento exotérico e ambos constituíam os ensinos do ocultismo.

esoterismo provêm do grego esterkos, interno, é a doutrina que se oculta à generalidade das pessoas e se revela apenas aos iniciados. Transcendendo a formas e dogmas, pode, por sua universalidade essencial, conciliar os múltiplos e aparentemente divergentes aspectos da verdade. É o conhecimento direto da verdade, acessível aos moral e intelectualmente preparados, e adquirível por meio dos símbolos e alegorias, meditação no seu significado interno, intuição e realização das instruções recebidas.

É aquilo que Jesus disse aos seus discípulos: a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles (o povo, os não-preparados) não lhes é isso dado. Por isso lhes falo em parábolas, porque vendo, não vêem, e ouvindo, não ouvem, nem entendem (Mateus 13:11-13).

Embora o esoterismo, nas escolas de mistérios de todos os povos, tenha sido ministrado através do simbolismo e de inumeráveis mitos ou fábulas, ele tem um fundo de significação, que é a essência e o fundamento de todos os grandes sistemas religiosos, adaptados às conveniências culturais e étnicas dos povos e à sua época.

Pode-se mesmo falar de um esoterismo romano, grego, islâmico, judeu e, notadamente, do esoteris mo egípcio que influiu em todos os outros.

esoterismo instituiu o fundamento das escolas de mistérios de Dionísio-Deméter, de Eleusis, Orfeus, Pitagóricos, de Mitra, da Gnose, do Maniqueísmo, dos Sufis, dos Ismaelianos e da Cabala e de todas as outras escolas, ordens ou religiões.

Como o esoterismo egípcio ou hermetismo, no ocidente, é o mais importante, trataremos apenas dele.

esoterismo é a herança cultural dos povos da Atlântida transmitida aos egípcios e conservada nos templos de iniciação.

Ele foi ensinado por Hermes Trimegistro e constitue a Tábua de Esmeralda, uma série de diálogos entre Hermes e seu discípulo Asclépios, acerca da criação, da natureza de Deus, da mônada, do Bem e do Mal, da Vida e da Morte, da constituição espiritual de todas as coisas, etc.

O Livro dos Mortos dos egípcios é, também, um manual de ensinamentos esotéricos.

EsoterismoEsoterismo

Os ensinamentos esotéricos foram ocultados no mito de Pã, o Deus-Pastor caprino, o Baphomet, o Arcano XV, o Diabo do Tarô.

Pã, filho de Hermes e da ninfa Salmatis, neto de Zeus e do gigante Atlas, representava tanto o princípio primordial divino, como o material e o humano, ora o feminino, Íris, a natureza humana e das coisas.

Hermes, o pai, era também Thot e na forma de Thot, Hermes é a figura intermediária entre o natural, Pã, e o divino, desta forma era, ao mesmo tempo, pai-filho e possuía a mesma natureza.

Hermes, o princípio divino e Pã, a natureza psíquica, ambos formam a natureza humana.

Neste mito de Pã-Hermes, encontram-se os fundamentos de tudo o que é superior e inferior da unidade essencial, da expressão do múltiplo, e de todos os ensinos que consiste os fundamentos esotéricos das religiões ditas pagãs e gnósticas.

Para se abordar o esoterismo e compreendê-lo é preciso que se o considere sob dois pontos de vista: o filosófico-científico, que explica, com a ajuda da filosofia e da teologia, o esoterismo como parte do desenvolvimento mental do ser humano.

O ponto de vista mágico-religioso aborda os aspectos numinosos, inteligíveis, os paradoxos do esoterismo, os ensinamentos que só são admissíveis pela fé.

Com a queda do império egípcio e de sua cultura, vem o esoterismo de Pitágoras, de Platão, de Aristóteles, que tiveram profunda influência no cristianismo primitivo.

Por outro lado, o Egito, através de Moisés, exerceu preponderante papel na formação da cultura do povo judeu e de sua religião, na qual vamos encontrar os ensinamentos exotéricos e esotéricos que caracterizam os fundamentos do Talmude, do Torá e da Cabala, bem como das escolas essênias, nazarenas, farisaicas e outras.

Do esoterismo originou-se a gnose ou conhecimento transcendental.

Com o advento do cristianismo houve o reencontro entre o esoterismo judaico e o ocidental, acentuado pelas peregrinações e pregações dos apóstolos, que integravam as comunidades esotéricas ou gnósticas, notadamente, Pedro, João, Tiago e Felipe.     Entretanto, nem todos os apóstolos eram gnósticos, muitos só eram exoteristas e entre estes Paulo, daí o surgimento do conflito entre o cristianismo e as seitas gnósticas.

Com o passar dos tempos, o cristianismo exotérico com o apoio do Estado romano passou a ser a religião oficial e passava a perseguir as seitas gnósticas que contradiziam seus ensinamentos.

O desenvolvimento do cristianismo exotérico se solidificou quando o bispo de Roma se apropriou do título oficial Ponti Fex Maximus e passou a ser uma igreja católica, herdeira de Cristo e intermediária entre o homem e Deus e a depositária da salvação pela distribuição dos sacramentos.

A Igreja pregava a salvação intermediária de fora, a dualidade inconsciliável da natureza divina e humana, a gnose, ao contrário, ensinava a auto-salvação e a unidade da natureza divina e humana harmonizada pelo esforço pessoal. A Igreja apregoava ser Cristo o único filho de Deus, a gnose afirmava que todos os homens são filhos de Deus.

Apesar de a Igreja ter destruído os celtas, os templários, os cátaros e muitas outras seitas e povos, o esoterismo sobreviveu através dos séculos, nos ensinamentos de Alberto Magno, de Roger Bacon, Theophraustus Bombastos von Hohenhein, Paracelso, Chustionus Rosencreutz, Giusepe Balsamo, Conde de Cagli ostro, Alphonse-Louis Constant, Aleister Crowley, Mathew McGregory e muitos outros.

esoterismo sobreviveu nas ordens Rosa-cruzes, Aurora Dourada, Maçonaria, Martinismo, na Teosofia , na Escola de Gurdijiefe, etc.

Estudou-se a origem, o significado e o desenvolvimento na História, vamos, agora, estudar os conceitos fundamentais que constituem a doutrina esotérica.

São seus fundamentos as afirmações:

1º) Tudo é um. O divino e o humano não são diferenciáveis na sua essência, mas manifestações de um mesmo princípio em esferas diferentes. Da mesma forma, o Bem e o Mal são verdades eternas;
2º) 
A unidade de tudo é o ser. O positivo é a essência; o negativo, a substância;
3º)
 O homem é um microcosmo, ou seja, ele contém em si tudo o que está contido no cosmos;
4º)
 Existe algo absoluto, a realidade única, que é tanto o ser absoluto quanto o não-ser;
5º) 
A eternidade do cosmos se manifesta ciclicamente. Inúmeros universos vêm e vão como a enchente e a vazante das marés, como a alternância entre o dia e a noite, como a vida e a morte, como o despertar e o dormir;
6º) 
No cosmos, cada unidade essencial (alma) traz em si uma centelha do absoluto, a alma transcendental;
7º) 
Tudo provém de uma causa primordial básica, de um ponto central, com o qual está em relacionamento e com o qual permanece unido;
8º) 
O cosmos é a manifestação periódica cíclica de um ser desconhecido, absoluto, que pode ser chamado de ELE;
9º)
 Tudo no cosmos tem consciência, de modo específico e dentro de um limite de percepção;
10º)
 Não existe nenhum deus que possa ser captado em forma de uma imagem humana. Existe uma energia primordial, denominada Logos, que deve ser contemplada como o criador do cosmos. Esse Logos se assemelha a um arquiteto, criador de uma estrutura, realizada pelos outros, pelos obreiros (as forças que atuam no cosmos);
11º)
 O cosmos foi criado segundo um planano ideal que está contido no absoluto desde a eternidade, etc.

esoterismo não é ocultismo, como a parte não é o todo, embora dele faça parte.

esoterismo é a parte do ocultismo que se refere a instituição espiritual do homem e de sua vinculação com o absoluto.

O esoterista está para o ocultista, como o técnico está para o cientista.

esoterismo é difundido por várias fraternidades com os objetivos de promover o despertar das energias criativas latentes de cada filiado no sentido de lhe assegurar o bem-estar físico, moral e social, mantendo-lhe a saúde do corpo e do espírito e concorrer, na medida de suas forças, para que a harmonia, o amor, a verdade e a justiça se efetivem cada vez mais entre os homens.

Esoterismo – Esotérico e Exotérico

Esoterismo

Esotérico – que significa fechado, oculto e interno – é o aspecto universal de todas as doutrinas religiosas há milhares de anos. Já o exotérico é o aspecto externo, que se adapta de cultura para cultura, de povo para povo, que mudam por fora, mas que possuem significados profundos e simbólicos muito parecidos.

Esoterismo é o nome genérico que designa um conjunto de tradições e interpretações filosóficas que buscam desvendar o seu sentido oculto.

esoterismo é o termo para as doutrinas cujos princípios e conhecimentos não podem ou não devem ser “vulgarizados”, sendo comunicados a um restrito número de discípulos escolhidos. Tudo o que é esotérico, ou seja, todos os conhecimentos, sejam de qualquer doutrina, é algo não acessível ao público.

Dá-se o nome de exotéricas às práticas que chegam ao conhecimento público, pois normalmente não passam de superficialidade.

esoterismo refere-se a toda a doutrina que requer um verdadeiro grau de iniciação para a estudar em sua total profundidade. Em contraste, o conhecimento exotérico é facilmente acessível para o público comum e é transmitido livremente.

Segundo Blavatsky, criadora da moderna Teosofia, o termo “esotérico” refere-se ao que está “dentro”, em oposição ao que está “fora” e que é designado como “exotérico”. Designa o significado verdadeiro da doutrina, sua essência, em oposição ao exotérico que é a “vestimenta” da doutrina, sua “decoração”.

Também segundo Blavatsky, todas as religiões e filosofias concordam em sua essência, diferindo apenas na “vestimenta”, pois todas foram inspiradas no que ela chamou de “Religião-Verdade”.

Esoterismo é, segundo dicionário da Enciclopédia Mirador (7ª edição – 1982), “doutrina secreta que alguns filósofos antigos comunicavam apenas a alguns discípulos” e exotérico “que expõe em público (doutrinas filosóficas)”.

esotérico é também “relativo ao esoterismo, reservado aos iniciados, profundo, recôndito” e exotérico é ainda “exterior, trivial, vulgar”.

Todos os símbolos sagrados, tanto os expressados pela natureza como os adquiridos pelos homens mediante revelação divina, sejam estes gestuais, visuais ou auditivos, numéricos, geométricos ou astronômicos, rituais ou mitológicos, macro ou microcósmicos, têm uma face oculta e uma aparente; uma qualidade intrínseca e uma manifestação sensível, quer dizer, um aspecto esotérico e outro exotérico.

Enquanto o homem leigo, não iniciado, só consegue perceber o exterior do símbolo, pois não conhece a sua conexão com a realidade espiritual, o iniciado procura descobrir nele o mais essencial, o que se encontra em seu núcleo, o que não é sensível, mas sim inteligível, a estrutura invisível do Cosmo e do pensamento, sua trama eterna, ou seja, o esotérico, que constitui o mais profundo do homem e da sua natureza imortal.

Ao tomar contato e identificar-se com essa condição superior de si mesmo e do Todo, constata que signos e estruturas simbólicas aparentemente diversas são, no entanto, idênticas em significado e origem; que um mesmo pensamento ou ideia pode ser expresso com distintas linguagens e roupagens sem alterar o seu conteúdo único e essencial; que as ideias universais e eternas não podem variar, ainda que na aparência se manifestem de modo passageiro.

O Cosmo, a criação inteira, contém uma face oculta: sua estrutura invisível e misteriosa, que o faz possível e que é a sua realidade esotérica, mas que, ao se manifestar, reflete-se em miríades de seres de variadíssimas formas que lhe dão uma face exotérica, sua aparência temporal e mutável.

No homem sucede o mesmo: o corpo e as circunstâncias individuais são as que constituem o seu aspecto exotérico e aparente, sendo o espírito o mais esotérico, a única realidade, a sua origem mais profunda e o seu destino mais alto.

Se os cinco sentidos humanos são capazes de mostrar o físico, a realidade sensível, esse sexto sentido da intuição inteligente e da investigação interna, que se adquire pela Iniciação nos Mistérios, permite ver mais além; dá acesso a uma região Metafísica. Essa visão esotérica identifica ao homem com o “Si Mesmo”, ou seja, com o seu verdadeiro Ser, sua essência imortal da qual toma consciência graças ao conhecimento e ao lembrar de Si.

Enquanto o exotérico nos mostra o múltiplo e o passageiro, o esotérico nos leva para o único e imutável. Com um olhar esotérico, iremos compreendendo que o espírito do Pai, seu Ser mais interno, é idêntico ao espírito do Filho. Esta consciência de Unidade é a meta de todo trabalho de ordem esotérica e iniciática.

O significado dessas duas expressões nem sempre é do conhecimento dos iniciantes e por isso mesmo, aqui vai um alerta aos menos avisados que se apegam a um sem número de “talismãs”, “velas do amor”. “gnominho da fortuna”, “pedras da felicidade”, e por aí vai. Tudo isso é uma tremenda bobagem criada em nome de um pretenso esoterismo, mas que na verdade não passa de um “comércio” de fetiches e amuletos sem o menor valor prático. O contato com seres da natureza, da forma que se pretende fazer, pode até trazer consequências bastante desagradáveis para quem não tem conhecimento real sobre como lidar com eles.

Na verdade, as pessoas são levadas a pensar que o contato com Sílfos, Gnomos e outros pequenos seres, sempre lhes será positivo, quando isso não é verdade.

Também não é o simples contato com pedras semi-preciosas ou amuletos que vai trazer felicidade, amor ou seja lá o que for. Acender uma vela “especialmente preparada” (as velas são feitas em série) fará a pessoa alcançar a saúde, etc. O verdadeiro esotérico sabe que qualquer amuleto só funcionará quando “energizado” por rituais de consagração especiais, de forma a ligá-lo com a pessoa que dele fará uso e que nem de longe essas peças fabricadas em série teriam ou poderiam ter a força que a elas se atribui. Qualquer estudante do verdadeiro esoterismo, ainda que em seus primeiros passos, sabe que um amuleto em série “se funcionar”, será tão somente pela fé daquele que dele faz uso.

Esoterismo – Resumo

EsoterismoEsoterismo

O termo “esoterismo” tem sido usado por profissionais desde o final do século XVIII para descrever ideias e práticas não hegemónicas. As ideias por trás deste termo eram principalmente ideias cristãs – ou ideias de outras fontes (por exemplo, “pagãs”), interpretadas por cristãos.

No século XX, o termo esoterismo tornou-se um conceito científico na Europa Ocidental e na América do Norte, seguindo um caminho teológico aberto no século XVII.

Esta relatividade cultural limita a possível aplicação deste termo a outras regiões, culturas ou tradições linguísticas e pretende determinar possíveis equivalentes semânticos, pragmáticos ou funcionais a partir de uma perspectiva crítica. Consequentemente, não existe uma “essência” de “esoterismo” culturalmente invariável. aplicado ao “esoterismo” contém apenas características possíveis – não obrigatórias – e envolve decisões normativas. Se utilizarmos uma tal “caixa de ferramentas” de características, uma comparação de diferentes fenómenos ou tradições só será possível no que diz respeito a características específicas ou a um grupo de características.

Consequência

Definições concretas de esoterismo aplicam-se apenas a campos concretos de investigação – o que significa: Diferentes definições de esoterismo irão sobrepor-se. Eles terão semelhanças familiares, mas nunca serão idênticos.

Como os nossos conceitos de esoterismo serão sempre diferentes, a comparação intercultural permanecerá difícil. Contudo, a investigação académica deve resistir à (excessiva)simplificação quando se trata de interpretar a realidade.

Fonte: www.geocities.com/www.recantoespiritual-beki.net/www.sandrofortunato.com.br/oxfordre.com/www.degruyter.com/www.newworldencyclopedia.org/www.orticaweb.it

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