Feijão

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O feijão pertence ao grupo das leguminosas, a melhor fonte de proteínas vegetais.

Existe feijão para todos os gostos e usos: os norte-americanos costumam comer feijão com bacon e melado, os franceses preferem os feijões mais graúdos, brancos ou vermelhos, sem o caldo. Já os mexicanos preferem comê-lo frito ou refrito, também sem o caldo e com chili, uma pimenta bem picante e perfumada.

Mas na verdade, nenhum povo soube tirar tanto proveito do feijão como o brasileiro. Aqui ele reina soberano, seja na feijoada, no tutu à mineira, nas sopas, saladas, nas comidas de tropeiros, no acarajé, como complemento para o arroz ou acrescido de carnes ou legumes.

Origem e História do Feijão

Existem diversas hipóteses para explicar a origem e domesticação do feijoeiro.

Tipos selvagens, similares a variedades criolas simpátricas, encontrados no México e a existência de tipos domesticados, datados de cerca de 7.000 a.C., na Mesoamérica, suportam a hipótese de que o feijoeiro teria sido domesticado na Mesoamérica e disseminado, posteriormente, na América do Sul.

Por outro lado, achados arqueológicos mais antigos, cerca de 10.000 a.C., de feijões domesticados na América do Sul (sítio de Guitarrero, no Peru) são indícios de que o feijoeiro teria sido domesticado na América do Sul e transportado para a América do Norte.

Dados mais recentes, com base em padrões eletroforéticos de faseolina, sugerem a existência de três centros primários de diversidade genética, tanto para espécies silvestres como cultivadas: o mesoamericano, que se estende desde o sudeste dos Estados Unidos até o Panamá, tendo como zonas principais o México e a Guatemala; o sul dos Andes, que abrange desde o norte do Peru até as províncias do noroeste da Argentina; e o norte dos Andes, que abrange desde a Colômbia e Venezuela até o norte do Peru. Além destes três centros americanos primários, podem ser identificados vários outros centros secundários em algumas regiões da Europa, Ásia e África, onde foram introduzidos genótipos americanos.

O gênero Phaseolus compreende aproximadamente 55 espécies, das quais apenas cinco são cultivadas: o feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris); o feijão de lima (P. lunatus); o feijão Ayocote (P. coccineus); o feijão tepari (P. acutifolius); e o P. polyanthus.

Os feijões estão entre os alimentos mais antigos, remontando aos primeiros registros da história da humanidade.

Eram cultivados no antigo Egito e na Grécia, sendo, também, cultuados como símbolo da vida.

Os antigos romanos usavam extensivamente feijões nas suas festas gastronômicas, utilizando-os até mesmo como pagamento de apostas.

Foram encontradas referências aos feijões na Idade do Bronze, na Suíça, e entre os hebraicos, cerca de 1.000 a.C.

As ruínas da antiga Tróia revelam evidências de que os feijões eram o prato favorito dos robustos guerreiros troianos.

A maioria dos historiadores atribui a disseminação dos feijões no mundo em decorrência das guerras, uma vez que esse alimento fazia parte essencial da dieta dos guerreiros em marcha.

Os grandes exploradores ajudaram a difundir o uso e o cultivo de feijão para as mais remotas regiões do planeta.

Variedades de Feijão

São tantas as variedades de feijão que vale a pena conhecer melhor os principais tipos encontrados no mercado:

Feijão Preto

Ele é uma unanimidade desde os tempos coloniais.

Um viajante europeu chamado Carl Seidler, que esteve por aqui em 1826 disse o seguinte: “O feijão, sobretudo o preto, é o prato predileto dos brasileiros; figura nas mais distintas mesas, acompanhado de um pedaço de carne seca ao sol e toucinho à vontade. Não há refeição sem feijão, só o feijão mata a fome. É nutritivo e sadio, mas só depois de longamente acostumado sabe ao paladar europeu, pois o gosto é áspero, desagradável…”

Os europeus estranhavam o sabor do feijão porque até então ele era um ilustre desconhecido. No “Velho Mundo”, eram conhecidas as favas, lentilhas e ervilhas, que são “aparentadas” do feijão. Mas o fato é que séculos depois, o feijão continua usufruindo do mesmo prestígio.

O feijão preto é a variedade preferida do pessoal do Rio de Janeiro, talvez uma herança dos tempos da antiga corte do Brasil Império. Ele tem a casca delicada, e é a variedade ideal para o preparo da feijoada, do “Feijão de Coco” (feijão cozido com coco fresco ralado, uma preparação típica do Nordeste) e também para o nosso Feijão Maravilha: a textura delicada do caldo acolhe com maestria os sabores da carne e da abóbora, fazendo uma combinação nutritiva, saborosa e de cores contrastantes.

Feijão Jalo

Os grãos são grandes e amarelados. Depois de cozido, forma um caldo encorpado, de coloração marrom avermelhada. Muito consumido em Minas Gerais e na região Central do Brasil, serve de base para o preparo de Tutus e Virados.

Feijão Carioquinha

É a variedade mais consumida atualmente no Brasil. Seu tamanho médio e as listas de um marrom mais forte que o grão são sua “marca registrada”.

Rende um bom caldo e cozinha rapidamente. Com os grãos cozidos e o caldo escorrido, faz-se um bom feijão tropeiro, misturando-se farinha, cheiro-verde, linguiça ou carne de sol.

Feijão Rajadinho

É um pouco mais claro que o carioquinha e suas listras têm coloração avermelhada. Depois de cozido forma um caldo encorpado e muito saboroso, semelhante ao do feijão jalo.

Feijão Vermelho

De coloração vermelha escura e grãos longos, é uma variedade mais indicada ao preparo de saladas. Os franceses chamam-no Flageolet, e fazem dele um complemento para os assados, com salsa picada e manteiga. Depois de cozido os grãos se mantêm íntegros, sendo ideal para o preparo de saladas.

Feijão Rosinha

Embora não seja rosa, como o nome sugere, sua cor tende mais para um vermelho suave do que para o marrom.Os grãos são pequenos, com casca delicada. Faz um bom caldo e cozinha com facilidade.

Feijão Branco

Com grãos de tamanho grande, é a variedade ideal para o preparo de saladas ou pratos mais elaborados, como o Cassoulet.

Feijão Fradinho

Também conhecido como feijão macassar ou feijão de corda, é com ele que se prepara o acarajé. Possui coloração clara e um “olho” preto.

Seja qual for a receita escolhida, ela com certeza ficará mais saborosa se o feijão estiver novo. Para quem mora no campo, próximo às lavouras, fica mais fácil saber se o feijão está novo, quando foi colhido. Mas e para quem mora nas cidades?

Bem, o feijão comercializado a granel, em feiras livres, costuma ser mais novo do que o feijão vendido já embalado. Observe se os grãos estão brilhantes e graúdos, um sinal de que não perderam sua umidade natural.

Para tirar a dúvida, uma boa dica é dar uma mordidinha no grão: se ceder sem quebrar, o feijão é novo.

Se for comprar já ensacado, é importante verificar sempre o prazo de validade na embalagem.

A cultura do feijão no Brasil vem passando por profundas mudanças nos últimos anos.

Até bem pouco tempo caracterizava-se por cultivos em áreas pequenas, com pouca utilização de tecnologia, voltada para a subsistência ou apostando na verdadeira “loteria” que era o mercado de feijão.

O baixo uso de tecnologia e a fragilidade agronômica da lavoura, que não resiste bem à seca, ao excesso de chuvas e ainda é facilmente acometida por pragas e doenças, provocavam frustrações freqüentes de safra, que resultavam em disparadas de preços seguidas de superofertas na safra seguinte. Esse excesso deprimia os preços e desestimulava novamente os produtores.

O comportamento ciclotímico da produção e a possibilidade de produção de feijão em todos os estados, em várias épocas do ano, começaram a despertar o interesse de um outro perfil de produtores, que entraram na atividade com um sistema produtivo mais tecnificado.

Atualmente, os produtores de feijão podem ser classificados em dois grupos: os pequenos, que ainda usam baixa tecnologia e têm sua renda associada às condições climáticas, concentrados na produção das águas (primeira safra); e um segundo grupo, que usa produção mais tecnificada, com alta produtividade, plantio irrigado por pivô-central, concentrado nas safras da seca e do inverno (segunda e terceira safra).

A primeira safra, conhecida como safra das águas, é plantada entre agosto e outubro e tem como principais regiões produtoras o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e a região de Irecê na Bahia, que planta de outubro a dezembro. Em geral essa safra responde por 1/3 da oferta anual e serve de balizamento de mercado para a segunda safra.

A segunda safra é plantada de abril a junho, sendo a maior parte dos produtores do Sul-Sudeste, e é usada como rotação para as áreas de cultivo de soja e milho. Já para os produtores do Norte, Centro-Oeste e Nordeste, é a primeira e única safra do ano. Destacam-se na produção os estados de Rondônia, Ceará, Pernambuco, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Goiás. Essa safra representa hoje 50% do total anual de feijão.

A terceira e última safra é conhecida como safra de inverno e é plantada em junho/julho nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia (Barreiras), sempre sob sistema irrigado com pivô-central, atingindo alta produtividade e abastecendo o mercado entre o final da comercialização da segunda safra e o início da primeira.

A tendência verificada no mercado, à medida que a segunda e principalmente a terceira safra foram ganhando espaço, é de menores intervalos de entressafra e conseqüente estabilidade de preços ao longo do ano. Esse fato tem motivado a profissionalização da produção de feijão, com aumento da produtividade, pois apenas esse item pode garantir a rentabilidade num mercado altamente pulverizado e estável. Espera-se também que as três safras se aproximem de tamanho e que a oferta se dê cada vez de forma mais regular e ininterrupta ao longo do ano.

Outro aspecto importante para analisar o futuro da lavoura de feijão no Brasil se refere às mudanças nos hábitos alimentares que, com a crescente urbanização e maior participação das mulheres no mercado de trabalho, têm levado a um menor consumo de feijão.

O crescimento da renda das camadas mais baixas da população também desvia o consumo para alimentos mais nobres como carnes, leite e derivados, verduras, legumes, ovos e frutas. Estima-se uma safra de 3,74 milhões de toneladas de feijão no ano 2000.

Era só feijão, feijão…

O consumo diferenciado de feijão no Brasil

Feijão
Feijão

No Brasil há grandes variedades de cores, tipos e tamanhos de feijão, como o preto, mulatinho, branco, feijão de corda, carioquinha, vermelho, roxinho, fradinho, manteiguinha e outros, colhidos em 3 safras anuais.

De acordo com dados oficiais, em algumas cidades brasileiras está diminuindo o consumo como Goiânia, Porto Alegre, S. Paulo, Belém, e Recife, enquanto se come cada vez mais feijão em Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e Salvador. O brasileiro consome em média 16 quilos por ano.

A questão do gosto diferenciado do brasileiro por tipo de feijão em algumas regiões pode estar ligado à própria história local ou regional, como em Minas aonde o tropeirismo foi importante, e o feijão preto era misturado com farinha de mandioca e guarnecido com pedaços de lingüiça frita e torresmo (toucinho).

Este feijão-de-tropeiro era mais seco, com menos caldo, devido aos deslocamentos constantes, próprios do tropeirismo.

Já o feijão carioquinha misturado à farinha de mandioca e com caldo, era comida dos bandeirantes, que a levava em farnéis.

Esta é a origem do virado a paulista, prato feito com o referido feijão.

No Rio de Janeiro o feijão preto é o grande preferido, pois constitui o ingrediente basilar da feijoada, prato do séc. XIX, muito apreciado pelos cariocas.

Mas o feijão preto não é consumido largamente no país, pois representa apenas 20% da produção brasileira.

Na Bahia, a culinária baiana impõe outros ingredientes como o azeite-de-dendê, tipos diversificados de temperos e pimentas, etc., que pedem outros tipos de feijão.

Na Bahia há o predomínio do feijão mulatinho que é usado até na feijoada, sendo que o feijão fradinho é utilizado no acarajé e no abará.

Em parte do Nordeste, o feijão-de-corda misturado ao arroz produz um prato muito popular chamado “baião-de-dois”.

Em Belém o feijão tipo manteiguinha (variedade do feijão branco americano) é muito utilizado, sendo trazido a esta região por Henry Ford na áurea época da produção da borracha na Amazônia.

Um outro prato que deve ser citado é o tutu-de-feijão, engrossado com farinha de mandioca, próprio da cozinha caipira mineira, mas com diversas variações em outros estados.

De maneira geral pode ser preparado com feijão preto ou vermelho, sendo que em Minas vem acompanhado com pedaços de lingüiça frita, no Rio de Janeiro é coberto com molho de tomate, e em S. Paulo serve-se coberto com ovos fritos, torresmos e costeletas de porco.

Ainda que em muitas regiões a história basta para dar explicações ao gosto próprio por determinado tipo de feijão, entende-se que a formação de um padrão alimentar também conta com outros fatores como de natureza cultural, ambiental, sociológica, antropológica, de viabilidade de plantio, colheita, distribuição e preço, e tantos outros, para explicar o consumo diferenciado deste produto no território nacional.

Carlos Roberto Antunes dos Santos

Originário da América do Sul ( segundo alguns autores) e México e Guatemala (segundo outros) o feijão (Phaseolus vulgaris, L., Leguminosae) é um dos principais alimentos da população brasileira especialmente a de baixa renda.

Na maioria das regiões produtoras predomina a exploração do feijoeiro por pequenos produtores, com uso reduzido de insumos, obtendo-se baixas produções.

Na Bahia as principais zonas de produção estão no semi-árido e zona de tabuleiros onde destacam municípios de Irecê, Ribeira do Pombal e Barreiras como centros de comercialização.

O Brasil produz cerca de 2,6 milhões de toneladas de feijão comum (faseolus) com produtividade média de 732 kg/ha; em áreas irrigadas a produtividade alcança 3.000 kg/ha.

Usos

O grão do feijoeiro é utilizado na alimentação do homem, na maioria das ocasiões de modo obrigatório, no cardápio diário. Cozido ele é consumido em mistura com arroz e farinha, em saladas frias, transformado em pastas – tutu – ou ainda compondo feijoadas.

O grão pode servir como componente de rações animais bem como a planta pós colheita. Restos de cultura podem ser incorporados ao solo para melhoria das suas condições físicas.

Necessidades da Planta

Clima: Tropical, com temperatura média em 25ºC (18º a 30ºC) com chuvas de 100 mm mensais bem distribuídas.
Solos:
Férteis, areno-argilosos, com bom teor de matéria orgânica, bem arejados, pH em torno de 6,0 (5,0 a 6,5).

Preparo do Solo

O feijoeiro é planta exigente e não deve ser plantado no mesmo terreno por mais de 2 anos seguidos; os restos da cultura anterior devem ser incorporados ao solo e nunca queimados.

Para correção da acidez do solo e adubação amostras de solo devem ser enviadas a laboratórios para orientar quantidades, tipos de corretivo e adubo e épocas de sua aplicação.

Correção da Acidez

Com recomendações provenientes da análise de solos tipo e quantidade de calcário – este deve ser aplicado antes da aração – metade da dose – e antes da gradagem – metade restante – esparramado ao solo via aplicações manuais ou com aplicadores de calcários.

Movimentação do Solo

Para facilitar germinação das sementes e aprofundamento das raízes indica-se aração e gradagem.

A aração em terreno sem uso por muito tempo deve ser feita com arado de aiveca; em terrenos trabalhados aração com 20 cm de profundidade é suficiente (segundo tipo de solo). A gradagem é feita com grade niveladora de discos à profundidade de 10 cm. Essas operações podem ser feitas com equipamentos tração animal ou tratorizada (segundo tamanho da área).

Épocas de Plantio: Na Bahia planta-se entre outubro e janeiro (região de Irecê) e entre março e maio (região de Ribeira do Pombal).

Sistema de Plantio/Espaçamentos/Covas: Dois sistemas: feijão solteiro e feijão consorciado.

Cultivo Solteiro

As fileiras devem estar espaçadas de 50 cm, com 14-15 sementes/m; em espaçamentos de 40 cm entre fileiras deve-se usar 10-12 sementes por metro corrido (linear) no plantio em sulco.

No plantio em covas, com espaçamento de 40 cm x 40 cm coloca-se 2-3 sementes por cova.

Dessa forma alcança-se a população de 200 mil a 240 mil plantas por hectare.

Cultivo consorciado

Na Bahia o consorcio mais comum é feito com o milho. O milho deve ter espaçamento de 1m entre fileiras e 4 plantas / metro linear enquanto o feijão é semeado nas linhas do milho com 10 plantas por metro.

Variedades Indicadas

Para Bahia, Região Além – São Francisco – Aporé, Carioca, Epaba-1.
Região Nordeste/Paraguaçu – Epaba-1, Carioca, Mulatinho, Vagem Roxa.
Região de Irecê – Aporé, Carioca, Epaba 1.

Sementes

Devem ser usadas com bom poder germinativo e de boa procedência. A germinação deve estar em torno de 90%. Se possível usar sementes tratadas com fungicidas.

Adubação

Caso haja possibilidade de utilização de esterco para adubação orgânica ele pode ser incorporado ao terreno com antecedência de 30-40 dias.

A adubação mineral, por recomendação de análise de solos, deve conter NPK: metade do adubo nitrogenado mais totalidade de adubo com fósforo e adubo com potássio devem ser aplicados ao solo (cova ou sulco) antes do plantio. Em cobertura ao lado da planta a outra metade do adubo com nitrogênio é aplicada antes da floração. A adubação básica, pré-plantio, deve ser feita a uma profundidade de 15 cm. E a semeadura a 5 cm.

Tratos culturais

Controle das plantas daninhas: importante manter a lavoura a limpo até início da floração. A limpeza pode ser feita manualmente (enxada), com cultivador (tração animal ou tratorizada) ou com herbicída. As capinas (manual e cultivador) devem revolver o solo até 3 cm de profundidade.

Pragas e doenças

De ordinário as pragas mais comuns são: Lagarta-elasmo (mariposa), larva-alfinete (besouro) no solo. Vaquinhas (besouro), lagarta-da-folha (mariposa), acaro branco, cigarrinha verde, mosca-branca, mosca minadora nas folhas. Lagarta (mariposa) e percevejo nas vagens. Caruncho (besouro) no grão armazenado. O controle químico deve ser feito no momento em que as pragas atinjam níveis de danos econômicos.

Alguns produtos químicos defensivos agrícolas indicados para controle de pragas de feijão são: cigarrinha e vaquinhas; carbaryl (Carvim 85 M, Sevin 480 SC), fenitrotion ( Sumithion 500 CE).

Mosca branca: monocrotophos (Nuvacron 400) metamidofós (Tamaron BR).
Acaro branco:
triazophos (Hostathion) tetradion (Tedion 80).
Lagartas:
Cloropirifós (Lorsban 480 BR) Carbaryl (Carvim 85 M, Sevin 480 SC), triclorfom (Diplerex 50). Percevejos; fenitrotion (Sumithion 500 CE), triclorfom (Dipterex 50).

O feijoeiro é atacado por doenças causadas por fungos, bactérias, vírus e nematoide. O controle das doenças é feito com plantio de variedades resistentes, de sementes livres de doenças e de uso de produtos químicos. Pulverizações foliares protetoras com produtos químicos com base química Benomyl (Benlate), Captan (Captan), Mancozeb (Manzate, Dithane) tiofonato metílico (Cerconil) entre outros podem ser de utilidade. As doenças mais comuns são ferrugem, antracnose, oídio, mela, tombamento, mosaico dourado.

Colheita

A colheita do feijão pode feita:

Manualmente: plantas pós arranquio são postas a secar, com raízes para cima no solo e depois vão para o terreiro para a trilha c/ varas flexíveis.
Semi mecanizada: arranquio manual ou automotriz.
Mecanizada: arranquio e trilha com maquina colhedora-trilhadeira.

Melhor colher o feijão pela manhã e em horas frescas; de ordinário o feijão é colhido com 18% de umidade.

O ciclo de produção dentre as variedades de feijão situa-se entre 70 e 95 dias.

Armazenamento

Para o armazenamento a curto prazo a umidade do feijão deve ficar em 14-15%; para armazenamento a longo prazo a umidade deve ficar em torno de 11%. O ambiente para estocagem deve ficar seco, fresco e escuro; se bem construídos tulhas e paióis são eficazes. Os locais de armazenamento devem estar rigorosamente limpos (livres de resíduos de colheitas anteriores) e os grãos tratados com produtos apropriados (fumigação e proteção). Para comercialização o grão é acondicionado em sacos com 60 Kg de peso.

História do Feijão

O feijão teria surgido na América do Sul. Existem registros históricos de plantio e consumo de feijão que datam há pelo menos 9 mil anos antes de Cristo.

Das Américas o feijão se espalhou pelo mundo. Da Europa ao Oriente Médio; da Índia ao Japão; da África aos EUA.

Antigos relatos de feijão ocorrem na Bíblia, no antigo Egito, nas ruínas de Tróia, no Império Romano, nas antigas cortes inglesas e francesas e nos banquetes do Vaticano.

O feijão fazia parte essencial da dieta dos guerreiros em marcha ajudando, portanto a difundir o uso e o cultivo do feijão ao redor do mundo.

O feijão foi introduzido na Europa em 1540 e o seu o cultivo, entre outras culturas, livrou a Europa da fome. A expectativa de vida aumentou e a mortalidade infantil decaiu significativamente.

Os índios brasileiros por ocasião do Século XVI chamavam o feijão de “comanda” e o binômio comanda com farinha, já existia no cardápio brasileiro, quando os portugueses aqui chegaram. Os Bandeirantes incorporaram esta refeição e a espalharam por todo o Brasil.

O feijão é hoje um dos principais produtos fornecedores de proteína na dieta alimentar da família brasileira.

Consumo de feijão no Brasil: tipos e comercialização

O tipo de feijão mais comercializado no Brasil é o feijão tipo carioca, abrangendo cerca de 70% do total produzido no País.

No Brasil, em termos de eficiência e custo da comercialização, o feijão é um dos produtos que percorre maiores distâncias entre o produtor e o consumidor. Isso porque existem, no Brasil, diversas regiões de produção que oferecem feijão em épocas diferentes. Assim, cada região do País pode tanto exportar, quanto importar para outras regiões em determinados momentos.

Cultivo do feijão: doenças e pragas

As principais doenças que atacam o feijoeiro, causadas por fungos que sobrevivem no solo, são as podridões radiculares; a murcha de fusário, o mofo-branco, a podridão-cinzenta da haste, a murcha-de-esclerócio e a mela ou murcha-de-teia-micélica.

Entre as principais doenças fúngicas, podem ser citadas a antracnose, a mancha-angular, a ferrugem, a sarna, o carvão, o oídio e a mancha-de-alternaria. As doenças bacterianas mais comuns em lavouras de feijão comum, no Brasil, são o crestamento bacteriano comum e a murcha-de-curtobacterium. As principais pragas incluem a mosca-branca, vaquinhas, cigarrinha-verde e carunchos.

Armazenamento do feijão: tempo, temperatura, métodos

Quanto menos tempo ficarem armazenados, melhor será a qualidade dos feijões. A condição de temperatura mais favorável, por um período de 6 meses, deve ser um ambiente frio, mas não abaixo de zero, sendo o ideal entre 20ºC e 25ºC, e umidade relativa média de 75%.

O armazenamento de feijão pode ser feito por dois métodos: a granel ou em sacaria. No Brasil, em geral, prevalece a sacaria. No Nordeste, é mais comum o armazenamento de pequenas quantidades, normalmente até uma tonelada, em pequenos cilindros metálicos, tambores, garrafas, entre outros, abrigados das intempéries, usualmente num cômodo da própria residência.

Beneficiamento do Feijão

No beneficiamento, o feijão destinado ao consumo é apenas escovado por uma máquina na unidade de beneficiamento. Esta operação é feita para melhorar sua aparência, pureza física e varietal, bem como sua germinação e vigor.

Feijão
Feijão

Feijão é uma variedade de sementes do feijoeiro que é da família do fabaceae, que é chamado de leguminosas. O feijão comum e o mais consumido no mundo são do gênero “Phaseolus Vulgaris” Existem diversidades genéticas tanto para as espécies silvestres como as cultivadas.

Do gênero Phaseolus, existe aproximadamente 55 espécies, das quais só cinco são cultivadas: seria (Phaseolus Vulgaris) o feijão comum – (Phaseolus Lunatus) o feijão de Lima – (Phaseolus Coccineus) o feijão Ayocote – (Phaseolus Acutifolius) o feijão Tepari – e o (Phaseolus Polyanthus).

O feijoeiro tem uma boa adaptação em diversos climas o que permite seu cultivo durante todo ano. O consumo do feijão inibe o surgimento de doenças e controla as dosagens do sangue.

Existem varias hipóteses para explicar a origem do feijão.

Há arqueológicos que dizem que cerca de 10.000 a.C., que o feijão tenha sido utilizado na América do Sul, no Peru e transportado para a América do Norte. Há hipóteses que a domesticação do feijoeiro dos tipos selvagens iguais a do tipo crioulas simpáticas foram encontradas no México.

Também há referências de que existiam cultivos do feijão na Grécia antiga e no Império Romano, onde o feijão era usado para votar, o feijão branco representava um sim e o feijão preto representava um não. Eram usados também como símbolo de vida, utilizado ate mesmo como pagamento de apostas.

Existem relatos antigos do feijão que ocorreram na Bíblia, no Egito, nas ruínas de Tróia, no Império Romano, nas cortes inglesas e francesas, onde o feijão fazia parte da dieta dos guerreiros para as guerras, ajudando assim o seu uso e cultivo.

O feijão foi levado para a Europa em 1540, seu cultivo livrou a Europa da fome, aumentando assim a expectativa de vida.

Já no Brasil os índios, por volta do século XVI, chamavam o feijão de “comanda”, eles comiam com farinha. Quando os portugueses aqui chegaram, agregaram a esta refeição e a espalharam por todo o Brasil. Os portugueses trouxeram receitas para o Brasil alguns ingredientes como orelha, focinho, rabo e linguiça de porco.

O feijão também faz parte do prato principal da culinária brasileira que é a feijoada. Ha quem diga que a feijoada começou a ser feita nas senzalas a partir de 1.549 com a chegada dos primeiros escravos da África.

Existem diversa variedades de feijão:

Azuki
Bolinha
Branco
Canário
Carioca
Corda
Encarnado
Engopa
Fava Gaúcha
Fava Fresca
Fava Seca
Fradão
Frade
Fradinho
Jalo Manteiga
Manteiguinha de Santarém
Minifeijões de Tocantins
Mulatinho
Mungo
Olho-de-Peixe
Palhacinho
Preto
Rajado
Roxinho
Verde
Vermelho

O feijão carioca é o mais resistente as pragas, tem o nome de carioca ou carioquinha por lembrar das calçadas de Copacabana do Rio de Janeiro. Ele é utilizado também como marcador de cartela do jogo do bingo e truco.

Dicas

O melhor feijão é aquele que tem no máximo um ano, ele depois de cozido aumenta de tamanho e só deve colocar o sal após o seu cozimento evitando assim o seu endurecimento.

Safra

A sua safra teve uma redução de 10,19% em 2.004 com relação ao ano anterior, devido aos preços desfavoráveis praticado no mercado por ocasião do plantio.Por esse motivo foi preciso importar quantidades extras do produto para atender a necessidade interna. O principal produtor em 2.004 foi o Paraná produzindo 22,40% do total produzido no país. Hoje é quase uma referencia nacional, representando 80% do mercado brasileiro.

Fonte: www.sadia.com.br/www.mre.gov.br/www.historiadaalimentacao.ufpr.br/www.seagri.ba.gov.br/www.nostramamma.com.br/www.sociedadedigital.com.br

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