Classe Insecta

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A terra está literalmente rastejando e cheia de insetos, também conhecido como membros da classe Insecta.

Seria difícil para passar o dia sem um encontro próximo com uma espécie de seis pernas.

Os insetos são tão prolífico que somados eles superam todas as outras formas de vida combinadas. Eles são encontrados em terra, no ar, e no mar. E a diversidade é espantosa.

Apesar de suas grandes diferenças, todos os insetos têm certas características em comum.

Antes também conhecida por Hexapoda. Hoje Hexapoda corresponde a um conjunto de classes, uma superclasse, que inclui aos insetos.

A classe Insecta se caracteriza por:

1. A cabeça apresenta um par de antenas (Arthropoda dícero).
2.
Dois olhos compostos e 1, 2 ou 3 olhos simples (ocelos).
3.
Órgão de Johnston dentro do pedicelo (segundo segmento) da antena. Este órgão é uma coleção de células sensoriais que detectam o movimento (para audição, por exemplo) do flagelo antenal (demais segmentos da antena).
4. O corpo é dividido em três regiões típicas e distintas:
cabeça, tórax e abdome.
5.
O tórax é composto por três segmentos, todos com um par de patas, podendo apresentar ou não asas no segundo e terceiro segmentos.
6.
Tarso subsegmentado.
7.
Mandibulados ectognatos.
8.
As fêmeas têm o ovopositor formado pelos segmentos 8 e 9 do abdome (gonapophyses).

O conjunto destas características excluem as antigas Ordens Collembola, Protura e Diplura que fazem parte agora da Superclasse Hexapoda.

Os insetos podem ser diferenciados dos demais artrópodos pelo fato de apresentarem três pares de patas toráxicas e, geralmente, na maioria das espécies, dois pares de asas. Em geral, têm tamanho reduzido, variando de 2 a 40 milímetros de comprimento, embora algumas formas ocasionalmente possam ser maiores.

A classe dos insetos (do latim insecta= seccionado) é formada por baratas, gafanhotos, besouros, formigas, moscas, piolhos e muitos outros animais semelhantes, que totalizam cerca de 1 milhão de espécies. É o maior grupo de animais do planeta, vivendo em praticamente todos os habitats, com exceção das regiões mais profundas no mar. São os únicos invertebrados capazes de voar, o que facilita a procura por alimento ou melhores condições ambientais; além disso, o vôo possibilita o encontro de parceiros para acasalamento e a fuga de predadores.

Acredita-se que os insetos tenham sido os primeiros animais voadores existentes na Terra. A importância ecológica dos insetos é notável. Cerca de dois terços das plantas fanerógamas, ou seja, plantas que possuem flores, dependem dos insetos, sobretudo abelhas, vespas, borboletas, mariposas e moscas, para a sua polinização. Também são importantes para a espécie humana. Mosquitos, piolho, pulgas e percevejos, entre outros, são hematófagos e podem parasitar diretamente o homem. Podem também servir como vetores de doenças que atingem o homem e os animais domésticos.

Por exemplo: malária, elefantíase e febre amarela são transmitidas por mosquitos; tifo é transmitido por piolhos; peste bubônica é transmitida por pulgas. Podem ainda ser pragas vegetais, quando se alimentam de partes variadas das plantas, reduzindo a produção agrícola e afetando o abastecimento de populações humanas. A Entomologia (do grego entomon= insetos) é uma área especializada da Zoologia que cuida dos estudos dos insetos.

MORFOLOGIA

A cabeça apresenta um par de antenas articuladas, dois olhos compostos laterais não-pedunculados e, dependendo dos animal, três ocelos (áreas com grande concentração de células fotossensíveis), que funcionam na percepção de variações luminosas (não formam imagens). Também na cabeça ficam situadas as peças bucais, geralmente dirigidas para baixo e adaptadas a diferentes formas de obtenção de alimento. Assim, por exemplo, gafanhotos e baratas possuem mandíbulas cortantes que caracterizam um aparelho bucal do tipo mastigador, adaptado a rasgar, cortar e moer.

Barbeiros e pernilongos, por outro lado, têm mandíbulas e maxilas alongadas e perfurantes, permitindo uma atividade hematófaga. O mesmo ocorre em cigarras e pulgões, que sugam seivas de plantas. Em borboletas, existe um canal alongado, a espirotromba (probóscide), usado na sucção do néctar das flores.

O tórax é formado por três metâmeros, somitos, ou segmentos, protórax, mesotórax e metatórax, cada um apresentando um par de patas articuladas e os dois últimos, na maioria das espécies, apresentam um par de asas cada um. Freqüentemente, o mesotórax é o mais desenvolvido, em detrimento dos outros dois.

As patas geralmente estão adaptadas para andar ou correr, embora dependendo do modo de vida do animal, possam estar modificadas para pular, nadar, cavar e agarrar presas (patas raptoriais do louva-Deus). As asas também apresentam diferentes estruturas.

Na maioria dos insetos, entre os quais as libélulas e as abelhas, são finas e membranosas. Entretanto, o par anterior de asas dos gafanhotos, por exemplo, é mais espesso e pigmentado e apenas as asas posteriores são membranosas. Já nos besouros, o par anterior é de asas rígidas e pesadas, conhecidas como élitros, servindo como placas protetoras.

Apenas o par posterior, de asas membranosas, é efetivamente usado no vôo. Quando o inseto é alado, o par de asas anterior apoia-se no mesotórax e o posterior no metatórax (na ordem Diptera, o par posterior é atrofiado e chama-se balancim; tem função de equilíbrio durante o vôo). As asas são formadas por várias nervuras de sustentação e células. O formato e posição das nervuras e células são extremamente importantes na classificação. Cada pata é formada pelas seguintes partes – coxa, trocânter, fêmur, tíbia, tarsos (três a cinco) e garras (duas).

O abdome é formado pela união de oito a dez anéis, sendo que o oitavo e o nono são adaptados para a função reprodutora; o orifício retal abre-se no último segmento. Freqüentemente, no macho, os anéis estão adaptados para apreensão da fêmea durante a cópula, formando uma genitália complexa; nas fêmeas, a genitália é mais simples, representada pelo ovipositor.

ANATOMIA

O Sistema digestivo é formado pela boca, onde abrem-se as glândulas salivares, faringe, esôfago, papo, proventrículo, estômago, intestino delgado, intestino grosso e pelo reto. Ao iniciar-se o intestino posterior, notamos os tubos de Malpighi, que são órgãos excretores.

Sistema respiratório

Algumas espécies de insetos respiram através da pele, por difusão direta. Todavia, de um modo geral, o sistema respiratório dos animais desta classe consiste numa rede ramificada de tubos, ou traquéias, que conduzem o ar ao longo do corpo, de modo a atingir diretamente todos os orgãos, sem intervenção da circulação. O oxigênio difunde-se diretamente da traquéia para os tecidos, e o dióxido de carbono segue o trajeto inverso.

A abertura exterior da traquéia designa-se estigma ou espiráculo.

Os estigmas localizam-se nas partes laterais do inseto, e são, geralmente, 20 (10 pares), encontrando-se 4 no tórax e 16 no abdômen; os espiráculos localizam-se na lateral do corpo, começando no mesotórax, metatórax, e nos primeiros sete ou oito segmentos do abdome. Assim, o sistema respiratório é formado por um conjunto de tubos e traquéias que se ramificam (traquéolas) por todo o inseto. Esta ramificação é tão intensa de modo a permitir que as trocas gasosas sejam ao nível celular, sem auxílio da hemolinfa (sangue).

As ramificações vão se tornando se tornando cada vez mais finas e os últimos ramos, as traquéolas, atingem os tecidos.

A entrada e saída do ar (ventilação) deve-se a movimentos do corpo, principal do abdome. Quando este se dilata, as traquéias também fazem o mesmo e o ar entra pelos espiráculos. No momento em que o abdome se comprime, a traquéia também se comprime, eliminando o ar. Esse movimento tenderia a achatar os tubos, mas isso não ocorre porque eles possuem um espessamento de quitina em forma de hélice ao longo de seu comprimento.

O sistema respiratório dos insetos é altamente eficaz: as traquéias e suas ramificações fornecem oxigênio diretamente a todas as células.

A respiração é controlada pelo sistema nervoso central; em insetos ou larvas aquáticas ou que vivem em ambiente úmido, além da respiração traqueal existem trocas gasosas através da cutícula, que é permeável: o oxigênio gasoso entra no corpo dos insetos através de espiráculos, passa pelas traquéias e traquéolas até atingir os tecidos, é metabolizado e deixa o corpo na forma de dióxido de carbono na direção oposta à que entrou. Esse processo é feito por difusão simples.

Alguns insetos, como os Orthoptera, possuem um mecanismo que leva o ar do tórax direto ao abdômen, aumentando a eficiência do processo. Ocorrem algumas adaptações de acordo com o modo de vida dos insetos, como em insetos aquáticos, de deserto ou parasitas.

Os insetos aquáticos podem ter brânquias nas laterais do abdômen, no orifício retal, ou nas pernas. São providos com um a grande número de traquéias. Outros podem ter uma cobertura de pêlos que forma uma bolha de ar. Alguns insetos podem fechar seus espiráculos evitando a perda de água.

Sistema circulatório

Apresenta um coração delicado com ostíolos laterais e uma aorta anterior, sem capilares ou veias; é um coração em forma de tubo dorsal, localizado no abdome, seguido por um tubo dirigido para o tórax denominado aorta; o sistema circulatório é aberto (o coração apresenta orifícios), sendo que o “sangue” (hemolinfa) circula do abdome para o tórax, através do bombeamento cardíaco, banhando todos os órgãos.

O bombeamento cardíaco é feito pela contração de fibrilas musculares que formam o órgão pulsátil. A hemolinfa é constituída de plasma e hemócitos; os hemócitos possuem as funções de fagocitose, secreção (formação de tecido conjuntivo), coagulação e cicatrização; o plasma é responsável pelo transporte de alimentos, armazenamento, dispersão de hormônios e transporte de resíduos aos tubos de Malpighi. A hemolinfa não se envolve no processo respiratório do inseto; como a hemolinfa contém baixos teores de pigmentos respiratórios, possui uma capacidade de transporte de oxigênio insignificante.

Sistema excretor

É formado pelos túbulos de Malpighi. Estes túbulos variam de um ou dois até mais de uma centena. São muito finos e possuem sua extremidade distal fechada e a basal aberta, em contato com a parte anterior do intestino, atuando como reguladores da composição da hemolinfa, retirando dela os produtos do metabolismo intermediário e devolvendo água e sais. O principal produto de excreção nitrogenada dos insetos é o ácido úrico(ureotélicos).

Os túbulos de Malpighi também são importantes no balanço hídrico.

Sistema nervoso

Próximo ao esôfago existe o gânglio supra-esofagiano (cérebro), do qual partem duas cadeias de gânglios ventrais e, destes, numerosos filamentos nervosos que se ramificam por todo o corpo do inseto.

Sistema sensorial

É representado pelos olhos (simples e ccompostos), cerdas e antenas tácteis; apresentam também órgãos auditivos e quimioreceptores.

Sistema reprodutor

Apesar de poder haver hermafroditismoo e partenogênese, o método de reprodução usual é o cruzamento entre o macho e a fêmea. Os órgãos masculinos são dois testículos, ductos eferentes, vesícula seminal, ducto ejaculatório e edeago (ou falo). Os órgãos femininos são dois ovários, ovidutos e sistema reprodutor feminino. Junto desta existe a espermateca, que é o reservatório de espermatozóides, após a cópula.

Desenvolvimento

A maioria das espécies é ovípara; algumas poucas são larvíporas. O formato dos ovos e o local escolhido para a oviposição é tremendamente variável, podendo mesmo dizer-se que em qualquer lugar que procurarmos acharemos ovo ou larva de algum inseto. Desde ovo até adulto, o inseto sofre várias modificações complexas, reguladas por hormônios.

Os tipos de evolução são:

Ametábolos: Quando os insetos não apresentam mudanças distintas nas formas entre os estágios de ovo até adultos. Isto é, as formas jovens são semelhantes aos adultos. São exemplo os Thysanura, as traças de parede.
Hemimetábolos (do grego hemi= metade): São os insetos com metamorfose incompleta:
o ovo eclode e libera uma **ninfa, que é destituída da asas e órgãos sexuais desenvolvidos; à medida que as mudas ou ecdises se processam, a ninfa transforma-se na forma adulta, denominada imago. O gafanhoto é o exemplo mais conhecido.
Holometábolos ou com metamorfose completa:

São os insetos que passam pelas fases de ovo, *larva, pupa e adulto. São exemplo os Diptera, moscas e mosquitos, e os Siphonaptera, as pulgas.
As larvas são completamente diferentes do adulto, tanto morfologicamente como biologicamente (exemplo a lagarta, que é a larva de borboleta).
As ninfas são formas semelhantes ao adulto, mas não possuem órgãos genitais e as asas, quando presentes, são rudimentares (as ninfas dos barbeiros).
Esse desenvolvimento por fases evolutivas e mudas é o recurso que os insetos usam para crescer.

Exemplifiquemos: um barbeiro-fêmea faz a postura dos ovos, cada um medindo cerca de um milímetro. Ao eclodir, nasce uma ninfa mole, incapaz de se locomover apesar de possuir pernas. Ela é mole porque o seu esqueleto externo (exoesqueleto) é de quitina e demorará alguns minutos para enrijecer. Assim que o fizer, a ninfa pode andar, mas não poderá crescer mais, pois o esqueleto quitinoso que a envolve impede isto. Essa ninfa, dois a cinco dias após o nascimento, fica em repouso e, por ação hormonal, rompe a quitina ao nível do tórax e sai por essa fenda. Ao sair, estará mole e muito maior que a forma anterior. Em alguns minutos ela se tornará rígida e o processo será repetido mais cinco vezes até chegar à forma adulta. Essa forma não crescerá mais.

Chama-se muda ou ecdise ao processo de uma ninfa (ou larva) sair da quitina anterior e passar para uma forma seguinte maior. O hormônio que controla a ecdise é a ecdisona, secretada por certas glândulas endócrinas, as glândulas protoráxicas. Chama-se exúvia ao exoesqueleto quitinoso deixado pela ninfa que sofreu uma ecdise.

SISTEMÁTICA

A Super classe HEXAPODA é, hoje, subdividida nas classes Collembola, Protura, Diplura, que possuem 3 pares de patas mas não são insetos, e a classe Insecta.

Os integrantes da classe Insecta são agrupados da seguinte forma:

I. Apterygota (Archeognatha e Thysanura): São os insetos mais primitivos.
II. Pterygota:
São insetos alados ou secundariamente ápteros.

Entre os insetos alados existem:

a) Paleoptera: que não dobram as asas sobre o corpo, porque a articulação é feita por placas axilares que estão fundidas. Os Odonata e Ephemeroptera.
b) Neoptera:
que dobram as asas sobre o corpo, com articulação por escleritos móveis na base da asa. Todas as demais ordens de insetos alados fazem parte da divisão Neoptera.

Dentro desta divisão existem dois grupos:

b1) Exopterygota: que apresentam metamorfose imcompleta ou hemimetabolia. São os Hemiptera, Homoptera, Blattodea, Mantodea, Dermaptera, Isoptera, por exemplo.
b2)
Endopterygota: que apresentam metamorfose completa ou holometabolia. São os Lepidoptera, Diptera, Lepidoptera, Coleoptera, Hymenoptera, por exemplo.

Destacamos as principais ordens de insetos:

A Ordem Diptera (di: duas; ptera: asas). As moscas e os mosquitos. As asas anteriores (mesotórax) são funcionais, mas as posteriores (metatórax) são reduzidas, formando os halteres ou balancins. São holometábolos, sendo muitos adultos vetores de doenças, como a malária e a febre amarela.
A Ordem Odonata (odous= dente, gnatha= mandíbula) compreende os insetos vulgarmente conhecidos como libélulas e engloba cerca de 5.300 espécies em todo o mundo. No Brasil, a riqueza estimada é de 670 espécies. Há registros fósseis da Era Mesosóica, entre os períodos Cretáceo e Jurássico (cerca de 220 milhões de anos atrás). As libélulas apresentam uma fase larval, aquática, que pode durar algumas semanas ou vários anos, dependendo da espécie.

Os indivíduos adultos são bastante característicos e pouco mudaram após milhões de anos de evolução: têm olhos compostos bem desenvolvidos, tórax pequeno e abdome fino e comprido e dois pares de asas finas e transparentes. Uma vez que dependem de córregos e ricahos bem conservados, as libélulas são boas indicadoras da qualidade ambiental.

A Ordem Isoptera (iso=igual, pteron=asa)

Engloba as espécies de cupins que formam um grupo com uma organização social bastante complexa. As estimativas mundiais indicam a existência de aproximadamente 2.800 espécies, sendo que no Brasil estão descritas 10% desse total (280 espécies). A estrutura organizacional dos cupins engloba os operários e soldados (que são indivíduos estéreis). Há um par real (um rei e uma rainha) que são os únicos reprodutores na colônia.

Os operários são os indivíduos mais numerosos na colônia e responsáveis por todo o trabalho na colônia (construção, reconstrução, coleta de alimentos, cuidados dos ovos, alimentação de outros indivíduos e do par real).

Os soldados possuem adaptações especiais para a defesa da colônia: há espécies onde a defesa é mecânica, sendo os soldados dotados de poderosas mandíbulas; há espécies onde os soldados expelem jatos de uma substância química repelente; há também espécies que combinam os dois tipos de defesa. Na época reprodutiva indivíduos alados (“aleluias”) deixam o cupinzeiro para reproduzirem-se e fundar uma nova colônia.

Os cupins possuem um importante papel na reciclagem da matéria orgânica nos ecossistemas e também na distribuição espacial de nutrientes do solo pois realizam grandes movimentações de terra. Sob o ponto de vista humano, podem chegar a causar grandes prejuízos econômicos.

A Ordem Hemiptera

Insetos cujas asas do primeiro par, ou par anterior, têm a metade basal rígida ou coriácea, e a metade distal membranosa, com nervuras, denominadas hemélitros. Além dessas, têm outro par (segundo par ou asas posteriores) membranosas, sem nenhuma característica especial (hemi= metade, pteron= asa).

Engloba as espécies de percevejos e barbeiros. As estimativas mundiais indicam a existência de aproximadamente 15.800 espécies, sendo que a riqueza conhecida para o Brasil é de 1.300 espécies. Os indivíduos dessa ordem caracterizam-se por ter o corpo dividido em três partes (cabeça, tórax e abdome), sendo que na cabeça, que é muito pequena, há um par de antenas segmentadas.

O aparelho bucal é do tipo picador-sugador, sendo de tamanho variável para cada tipo de espécie: nas espécies fitófagas (que se alimentam da seiva das plantas) ele é comprido e geralmente ultrapassa o primeiro par de patas; nas espécies predadoras (que sugam o líquido de suas presas) ele é curto e quase do tamanho da cabeça. Nas espécies hematófagas, o aparelho alcança até o primeiro par de patas. Nesse último grupo destaca-se a espécie Triatoma infestans, que é o barbeiro transmissor da doença de Chagas (causada pelo protozoário Tripanosoma cruzi). Esse protozoário vive normalmente no intestino do barbeiro.

A Ordem Coleoptera (koleos= estojo, pteron= asa)

Inclui os besouros e é a mais diversificada entre os insetos, existindo aproximadamente 350.000 espécies em todo o mundo. Esse total equivale a 40% de todos as espécies da Classe Insecta e 30% de todos os animais. A principal característica dos besouros e a existência dos élitros, que são asas duras que recobrem e protegem as asas membranosas posteriores.

O tamanho corporal pode variar de menos de 1 mm até 20 cm, como é o caso de um serra-pau da Amazônia (Titanus giganteus). Os coleópteros possuem um importante papel ecológico no controle de pragas, pois atuam como predadores e na reciclagem de matéria orgânica. Por outro lado, os besouros são pragas em potencial e atacam plantações diversas (feijão, algodão, café, arroz, milho) e também alimentos armazenados, além de livros, peles, tapetes. A riqueza dos coleópteros no Brasil chega a 30.000 espécies.

Ordem Hymenoptera

As formigas, vespas e abelhas fazem parte desta ordem que é a quarta mais diversificada entre os insetos. Existem cerca de 115.000 espécies descritas mas as estimativas sugerem que podem existir até meio milhão de espécies.

No Brasil as estimativas indicam a existência de 9.100 espécies. As abelhas estão entre os insetos que prestam serviços da maior importância para a polinização das plantas, além da produção de diversos produtos como mel, cera, própolis e, mais recentemente, venenos para fins terapêuticos.

Dentro da ordem existem representantes com alta organização social, como as abelhas, formigas e algumas vespas, e outros de solitários, como as vespas da família Sphecidae .

Essas últimas possuem um curioso sistema de predação pois os adultos selecionam suas vítimas (aranhas ou borboletas), injetando nelas uma toxina paralisante.

Em seguida depositam seus ovos, que não são numerosos, para que as larvas se alimentem da presa capturada. Entre as abelhas também existem espécies solitárias, onde cada fêmea constroi e mantém seu próprio ninho.

Nas espécies sociais existem, geralmente, dois tipos de indivíduos: os que realizam a reprodução da espécie e aqueles que fazem todo o trabalho da colônia como a manutenção, coleta de alimento, defesa, cuidados com as larvas e pupas.

Ordem Lepidoptera (lepidos= escamas, pteron= asa)

Engloba as borboletas, mariposas e traças de roupas, totalizando aproximadamente 1460.000 espécies. Para o Brasil são reconhecidas 26.016 espécies sendo que as estimativas dos especialistas indicam que essa riqueza pode ser de aproximadamente 40.000 espécies. As borboletas são importantes polinizadoras, sendo que os adultos alimentam-se de líquidos variados. Na fase larval a maioria das espécies é fitófaga, ou seja, alimentam-se de plantas (especialmente das folhas).

Após certo período, as larvas das borboletas (lagartas) criam um casulo e passam para o estágio seguinte (pupa) ao processo de metamorfose. As borboletas são bastante sensíveis às alterações ambientais e também são utilizadas como organismos indicadores da qualidade ambiental.

Ordem Siphonaptera (siphon= tubo, apteros= sem asa)

Engloba os insetos conhecidos como pulgas. A riqueza conhecida no mundo para essa ordem é de 3.000 espécies e no Brasil são registradas 59 espécies, mas as estimativas indicam uma existência provável de 80 espécies. As pulgas são parasitas externos (ectoparasitas) que se alimentam de sangue e possuem uma grande importância sanitária pois podem transmitir algumas viroses, riquetsioses e doenças bacterianas (como a peste bubônica), além das ações irritativas. Entre as espécies da ordem está Tunga penetrans , conhecida popularmente como bicho-de-pé.

Entre os hospedeiros estão os mamíferos e as aves, sendo que dentre os primeiros, a ordem Rodentia (roedores em geral) é a mais importante.

Ordem Anoplura

Os piolhos. São ectoparasitos obrigatórios, permanentes, hematófagos, dos mamíferos. Têm dimensões reduzidas (até 6 mm) e o corpo achatado dorsoventralmente. A cabeça é mais estreita que o tórax e a armadura bucal é picadora-sugadora. São ápteros. Pediculus humanus é a popular “muquirana”.

Causadores da pediculose do corpo, encontram-se principalmente nas dobras do corpo presos à roupa; suas picadas causam inflamação aguda da pele e prurido, além de serem responsáveis pela transmissão de várias doenças infecciosas como o tifo, a febre recurrente a a febre das trincheiras.

O Pediculus capitis é o popular “piolho da cabeça“. É um inseto sem asas com corpo apresentando divisão clara em cabeça, tórax e abdome, ao contrário do piolho genital. O seu ovo fixa-se ao fio de cabelo por uma substância pegajosa, assumindo a forma vulgarmente conhecida como lêndea .

O ciclo é autoxênico e inicia-se com a ovipostura. Os ovos necessitam de 4 a 14 dias para completarem a incubação. Após a eclosão, surgem as ninfas que atingem o estádio adulto em 2 semanas. A maturidade sexual nos adultos ocorre em 4 horas, com cópula imediata. Sobrevivem de 3 a 4 semanas; ovipostura de cerca de 90 ovos. Causador da pediculose, encontra-se principalmente nos cabelos da cabeça; é muito comum em crianças; causam inflamação do couro cabeludo em virtude das picadas, reações alérgicas e infecções secundárias.

É a classe que comporta o maior numero de espécie deste filo e dos demais conhecidos, pois compreende 60% das espécies de animais.Eles se distinguem de outros artrópodes por apresentarem 3 pares de extremidades locomotoras na fase adulta. A maioria também tem asas quando adultos; isto não ocorre em nenhum outro grupo de animal invertebrado. A capacidade de voas explica seu enorme sucesso como um grupo animal, pois auxilia-os a encontrar alimentos, parceiros e escapar de inimigos. Habitam todos os lugares, com exceção do mar aberto, sendo que alguns vivem em fontes termais onde a temperatura alcança até 49 graus centígrados, e outros como larvas de certas moscas vivem em poças de petróleo.

IMPORTÂNCIA DOS INSETOS

Muitos são extremamente valiosos para o homem, e sem eles a sociedade humana não poderia existir na sua forma presente. Pelas suas atividades polinizadora, possibilitam a produção de muitas colheitas agrícolas, incluindo os frutos de pomares, as plantas forrageiras, muitas verduras, o algodão, o maracujá, etc.

Fornecem o mel e cera, seda e outros produtos de valor comercial; servem como alimento para muitas aves, peixes e outros animais úteis; prestam serviços como predadores; auxiliam a manter animais e plantas nocivas sob controle, e tem sido úteis na medicina e em pesquisa científicas. Alguns insetos são nocivos e causam anualmente perdas enormes na agricultura e nos produtos armazenados. Alguns prejudicam a saúde do homem e dos animais..

MORFOLOGIA EXTERNA DE UM INSETO

Um inseto típico tem o corpo dividido em três regiões distintas:

Na cabeça encontramos o centro sensorial devido a presença de antenas e olhos.

Antenas

Todos os insetos adultos possuem, daí serem denominados de Díceros. São apêndice moveis que podem funcionar como órgão olfativo, auditivos, gustativos e táteis.

Uma antena típica é formada por artículos ou antenômeros e apresenta 3 regiões distintas: escapo, pedicelo e flagelo.

TIPOS DE ANTENAS

De acordo com o aspecto dos antenômeros do flagelos, podem ser reconhecidos diversos tipos:

01 – Filiforme: Todos os antenômeros são semelhantes, ligeiramente alongados. Exp. Baratas e esperanças.
02 – Clavada:
O flagelo termina em uma dilatação semelhante a uma clava. Exp. Borboletas.
03 – Setácea:
Cada antenômero tem o aspecto de um tronco de cone . Exp. Gafanhoto, serra-pau e odonatas.
04 – Lamelada:
Apresenta uma dilatação típica nos últimos segmentos, que quando se juntam, formam uma espécie de bola. Ex. Besouro da família Scarabaeidae.
05 – Aristada:
O flagelo apresenta um único pêlo. Exp. Mosca doméstica.
06 – Plumosa:
Apresentam pêlos que circundam todos os antenômeros. Exp. – Pernilongos machos.
07 – Geniculada:
Os antenômeros do flagelos são dobrados em ângulos com o escapo Exp. Formigas abelhas e gorgulhos.
08 – Pectinada:
Os antenômeros apresentam dilatações semelhantes a um pente. Exp. Machos de mariposas.

DIMORFISMO SEXUAL NAS ANTENAS

É possível o reconhecimento dos sexos de alguns insetos através das antenas, visto que elas se apresentam diferentes nos machos e nas fêmeas.

Para isso devem ser considerados:
Tamanho:
As antenas dos machos geralmente são mais desenvolvidas
Tipo:
Há casos que o machos e as fêmeas possuem antenas de tipo diferente. Por exemplo: Nos machos de mosquito (pernilongos) as antenas são plumosas, enquanto que nas fêmeas são filiformes.

TIPOS DE OLHOS

Os olhos podem ser de dois tipos

Olhos simples ou ocelos: São pequenos, variando de 1 a 3. Estão presentes especialmente nas larvas, mas também ocorrem nos adultos. São sensíveis à luz e sombra.
Olhos compostos:
São em numero de dois por insetos, ocupando a maior parte da cabeça. São formados por unidades chamadas omatideos, que possui forma hexagonal. São responsáveis pela formação de imagens.

APARELHO BUCAL

Compõe-se de um conjunto de peças móveis que varia de espécie para espécie, principalmente em função das adaptações alimentares.

Em gafanhotos, que possuem aparelho bucal primitivo (tipo mastigador), é constituído das seguintes peças:

Lábio inferior ou labium: Um par de maxilas
Lábio superior ou labro:
Epifarimge
Um par de mandíbula:
Hipofaringe

TIPOS DE APARELHOS BUCAL

Mastigador: É o mais primitivo, consistindo de mandíbulas opostas para mastigar e triturar alimentos sólidos. Ocorre na maioria das ordens dos insetos. Orthoptera, Coleoptera, Himenoptera, Isoptera, Neuroptera, Mallophaga e muitas formas larvais.
M. Lambedor:
Ocorre em abelhas (ingerem alimentos sólidos e líquidos.
Sugador (sifonado):
Nesse caso as maxilas são transformadas em um tubo longo e enrolado (quando em repouso) denominado espirotromba. Exp. Adulto de lepidopteros.
Picador Sugador:
Apresenta as peças bucais modificadas em estilete. Exp. Pernilongos, Barbeiros, Cigarras, Pulgas, etc.

Esponjador

Ocorre na mosca doméstica. Nesse caso o labium é expandido na sua forma distal, para formar lóbulos grandes e macios chamado LABELLA. Durante a alimentação, a saliva é bombeada para baixo, espalhando-se abaixo da labella e dissolvendo o alimento. Desse modo o inseto bombeia o alimento dissolvido abaixo da labella até a boca.

TÓRAX

É o centro de locomoção dos insetos; formado por 3 segmentos: protórax, mesotorax e metatórax; Todo com um par de pernas, além de apresentarem ou não asas 2º e 3º segmentos.

1º – segmento: protórax – 1º par de asas.
2º – segmento: mesotórax – 2º pares de pernas e 1º par de asas.
3º – segmento: metatórax – 3º pares de pernas e 2º par de asas.

Quando o inseto possui apenas um par asas, é o segundo par que falta. No caso de dípteros, apenas o par mesotorácico é funcional, sendo o par metatorácico transformado em balancins ou halteres que funcionam como orgãos de equilíbrio. Há ainda insetos ápteros, ou seja, os que não apresentam asas.

Constituição de um segmento: cada segmento torácico é composto por 3 grupos de placas de quitina denominados escleritos: o tergo ou noto dorsalmente, as pleuras lateralmente, e o esterno ventralmente.

O tergo é constituído por 4 pares de tergitos, cada pleura por 2 pleuritos e o esterno por 2 esternitos.

Apêndices Torácicos

Compreende principalmente as pernas e as asas que são apêndices móveis com funções locomotoras.

Pernas – no estado adulto os insetos apresentam 3 pares de pernas, e um número variável de pernas nas larvas Além da locomoção, as pernas são também usadas para escavar o solo, coletar alimentos, capturar presas, etc. – no estado adulto os insetos apresentam 3 pares de pernas, e um número variável de pernas nas larvas Além da locomoção, as pernas são também usadas para escavar o solo, coletar alimentos, capturar presas, etc. – no estado adulto os insetos apresentam 3 pares de pernas, e um número variável de pernas nas larvas Além da locomoção, as pernas são também usadas para escavar o solo, coletar alimentos, capturar presas, etc. – no estado adulto os insetos apresentam 3 pares de pernas, e um número variável de pernas nas larvas Além da locomoção, as pernas são também usadas para escavar o solo, coletar alimentos, capturar presas, etc.

Estruturas de uma perna típica – coxa, trocânter, fêmur, tíbia, tarso e pós tarso. O tarso é uma porção articulada constituida por artículos denominados tarsômeros, que varia de um a cinco.

O pós tarso pode ser constituído por garras ou unhas, ou por uma expansão membranosa provida de pêlos, que é o arólio. Tem função de auxiliar a fixação quer pelas garras em superfícies ásperas por meio do arólio que funciona como ventosas em superfícies lisa.

TIPO DE PERNAS

Ambulatórias: Sem qualquer modificação em quaisquer de suas parte. São adaptadas para andar ou correr. Exp. Baratas, moscas, formigas e vespas.
Escansoriais:
A tíbia, o tarso e a garra tarsal apresentam uma conformação típica que possibilita ao inseto agarrar ao pêlo do hospedeiro. Exp. Piolhos hematófagos.
Prensoras:
Possuem o fêmur desenvolvido, provido de um sulco onde se aloja a tíbia. Serve para prender outros animais entre o fêmur e a tíbia. Exp. 1º par da barata d’água.
Saltatórias:
São as pernas posteriores dos gafanhotos, grilos, esperanças e pulgas. Possuem o fêmur e a tíbia bastante desenvolvidos e alongados.
Fossoriais:
É o primeiro par de pernas das paquinhas e dos besouros escaravelhos. São pernas que servem para escavar o solo.
Natatórias:
Apresentam o fêmur, a tíbia e o tarso achatado e geralmente com as margens providas de pêlos e escorpiões. Exp. Baratas d’água e besouros aquáticos.
Coletoras:
É o terceiro par de pernas das abelhas e mamangabas. Servem para recolher e transportar grãos de pólen. A superfície esterna da tíbia contém longos pêlos, formando uma espécie de cesto denominado corbícula, onde o pólen é transportado.
Raptatórias:
Primeiro par de pernas do louva-a-deus. O fêmur e a tíbia possuem perfeita adaptação além de numerosos espinhos que auxiliam na apreensão do alimento.

TIPOS DE ASAS

As asas são evaginações da parede do corpo localizadas dorso lateralmente entre os terços e as pleuras.

De acordo com as modificações estruturais apresentadas, as asas podem ser agrupadas nos seguintes tipos:

Mebranosas: São asas finas e flexíveis, com as nervuras bem distintas. A maioria dos insetos possuem o par posterior de asas desse tipo. Exp. Lepidópteros, Himenópteros, dípteros, odonatas, etc.
Tégminas:
São de aspecto pergaminhosos ou coriáceo e normalmente são estreitas e longadas. Exp. Asas anteriores de gafanhotos e louva-deus, baratas e bicho pau.
Élitros:
São asas duras, resistentes, que servem de proteção às asas membranosas. Exp. Asas anteriores de besouros e dermápteras.
Hemiélitro:
São asas que apresentam a parte basal de aspecto coriáceo, e a parte apical membranosa, onde se nota facilmente as nervuras. Exp. Asas anteriores de percevejos.

Abdômen

Geralmente alongado e cilíndrico, caracterizado pela segmentação típica e ausência geral de apêndice locomotores . Constituido de 11 segmentos, sendo os terminais modificados para copulação ou postura de ovos.

Ao longo do lado inferior do tórax e abdome há pequenas aberturas, os estigmas, ligados ao sistema respiratório.

Apêndices abdominais

Alguns insetos apresentam em alguns estágios de seu desenvolvimento embrionário apêndice abdominais. Exp. Em traças existem na extremidade posterior 3 filamentos caudais, os dois laterais são os cercos e o central é o filamento mediano.

Larvas de Lepidópteros apresentam pernas abdominais (falsas pernas); baratas apresentam cerco que são multisegmentado, nos machos, além dos cercos há dois apêndices curtos unisegmentados que recebem o nome de estilos. Dermáptera (tesourinha) também apresentam cercos. Em pulgões aparecem um par de apêndices dorso abdominais denominados sifúnculos ou cornículos.

TIPOS DE ABDOME (baseados na ligação com o tórax)

Séssil: Ocorre na maioria dos insetos, o abdome liga-se ao tórax em toda a sua largura. Exp. Gafanhotos, baratas, besouros.
Livre:
Quando aparece na união do abdome com o tórax, uma constricção mais ou menos pronunciada. Exp. Borboleta, mosca, abelha. – quando aparece na união do abdome com o tórax, uma constricção mais ou menos pronunciada. Exp. Borboleta, mosca, abelha. – quando aparece na união do abdome com o tórax, uma constricção mais ou menos pronunciada. Exp. Borboleta, mosca, abelha. – quando aparece na união do abdome com o tórax, uma constricção mais ou menos pronunciada. Exp. Borboleta, mosca, abelha.
Pedunculado:
A ligação é feita através de uma constricção pronunciada em forma de pecíolo. Exp. Formigas e vespas.

MORFOLOGIA INTERNA

Aparelho Digestivo – é formado por 3 partes distintas:

Intestino Anterior: Formado pela boca, faringe, esôfago, papo, proventrículo (estômago mecânico) e válvulas cardíaca. – formado pela boca, faringe, esôfago, papo, proventrículo (estômago mecânico) e válvulas cardíaca.
Intestino Médio:
É o estômago dito, é onde se realiza a digestão e absorção de alimentos. – é o estômago dito, é onde se realiza a digestão e absorção de alimentos. – é o estômago dito, é onde se realiza a digestão e absorção de alimentos. – é o estômago dito, é onde se realiza a digestão e absorção de alimentos.
Intestino Posterior: Tem forma de um tubo simples diferenciado em duas porções:
uma anterior denominada ileum, e uma posterior, o cólon. Em continuação a este encontra-se o reto, que é uma porção dilatada em forma de ampola, que contém a abertura terminal, o orifício retal.

Aparelho Circulatório

É formado por um órgão pulsátil tubuloso, o coração, que é constituído por um conjunto de câmaras dispostas em cadeias de onde sai anteriormente uma artéria aorta responsável pela distribuição do sangue (hemolinfa) para as diversas partes do organismo. O sangue penetra no coração através de pares de aberturas laterais denominadas ostíolos, e serve principalmente para transportar alimento e resíduos, pois o sistema respiratório é separado. – é formado por um órgão pulsátil tubuloso, o coração, que é constituído por um conjunto de câmaras dispostas em cadeias de onde sai anteriormente uma artéria aorta responsável pela distribuição do sangue (hemolinfa) para as diversas partes do organismo.

O sangue penetra no coração através de pares de aberturas laterais denominadas ostíolos, e serve principalmente para transportar alimento e resíduos, pois o sistema respiratório é separado. – é formado por um órgão pulsátil tubuloso, o coração, que é constituído por um conjunto de câmaras dispostas em cadeias de onde sai anteriormente uma artéria aorta responsável pela distribuição do sangue (hemolinfa) para as diversas partes do organismo. O sangue penetra no coração através de pares de aberturas laterais denominadas ostíolos, e serve principalmente para transportar alimento e resíduos, pois o sistema respiratório é separado. – é formado por um órgão pulsátil tubuloso, o coração, que é constituído por um conjunto de câmaras dispostas em cadeias de onde sai anteriormente uma artéria aorta responsável pela distribuição do sangue (hemolinfa) para as diversas partes do organismo. O sangue penetra no coração através de pares de aberturas laterais denominadas ostíolos, e serve principalmente para transportar alimento e resíduos, pois o sistema respiratório é separado. O sistema circulatório nos insetos é aberto, pois não há capilares ou veias.

Aparelho Respiratório

É do tipo traqueal, sendo formado por grande número de canais que percorrem internamente o corpo do animal. Esses canais se encontram em comunicação com o meio exterior através de orifício respiratório ou espiráculos em número de um par para cada segmento abdominal. Essas traquéias apresentam ramificações dicotômica especiais de maneira que haja um aumento da superfície aérea. Os canais mais finos ou traquéolas transportam o oxigênio para as células dos tecidos e destes removem o dióxido de carbono.

Sistema Nervoso

É do tipo ganglionar e ventral, apresenta um par de gânglios supra esofagiano, um par de subesofagiano e uma série de gânglios torácico e abdominais.

Sistema Excretor

Os principais órgãos de excreção dos insetos são os túbulos de Mapighi, que são ligados à extremidade anterior do intestino posterior. Caracterizando-se por seres longos e finos, fechados na extremidade distal e abertos na basal.

Extraem do sangue, os produtos de excreção e os transferem para o canal digestivo, de onde os catabólitos são eliminados através do orifício retal. O principal excreta nitrogenados dos insetos é o ácido úrico, cuja principal propriedades é ser insolúvel em água. Economizando assim, esse precioso líquido que é fator crítico para a manutenção da vida.

O “CO2” , produto final do catabolismo de carboidratos e gorduras, é rapidamente eliminado pelos espiráculos ou por difusão gasosa.

Sistema Reprodutor

Os insetos são de sexos separados e apresentam o Sistema Reprodutor com gônodas globosas e condutos para a eliminação dos gamentas.

S. R. Masculino: é formado por dois testículos, dois canais deferentes, duas vesículas seminais, um canal ejaculador, um orgão genital e glândulas acessórias.
S. R. Feminino:
se acha constituído por dois ovários, dois ovidutos que se unem em um orão genital feminino, duas glândulas acessórias e um receptáculo seminal. Apresenta ainda uma espécie de bolsa denominada espermateca, que serve para armazenar os espermatozóides, lançados pelo macho durante a cópula.

O número de ovos produzidos por uma só fêmea varia grandemente nas espécies diferentes, mas pode ser muito alto. Certos insetos podem se reproduzir sem que os ovos seja fertilizados (pulgões por exemplo, tem geração sexual alternada). Estas partenogênese permite que a reprodução ocorra sem a presença do macho.

Nas abelhas do gênero Apis podem se distinguir 3 castas (ou classe sociais): a rainha, as operárias e os zangões.

A rainha (fêmea fértil) pode por ovos fecundados ou não. Os ovos não fecundados originam machos haplóides (zangão). Os ovos fecundados produzem fêmeas diploides (operárias e rainhas). O que determina se uma fêmea será operária ou rainha é a qualidade da alimentação que lhes é fornecida na fase de larva; enquanto larvas de zangões e operárias são alimentadas principalmente com mel as larvas que originarão as rainha são alimentadas com uma substância produzida pelas operárias adultas, á geléia real.

CICLO DE VIDA DOS INSETOS

Na maioria dos casos, ao sair do ovo, os insetos apresentam caracteres morfológicos e biológicos diferentes do que se observa nos adultos. A fim de atingir esse estágio, passam por profundas modificações morfológicas denominadas Metamorfose.

TIPOS DE METAMORFOSE

Sem metamorfose ou ametábolo

Saem do ovo com a constituição definitiva, não sofrendo modificações morfológicas durante sua vida. Exp. Traças.

Metamorfose Incompleta

Paurometábolo: Aforma que sai do ovo, assemelha-se ao adulto morfológicamente e biologicamente. Com o passar do tempo há crescimento do corpo, asas e apêndices genitais. Essas modificações se dão gradativamente, sendo que as formas imaturas recebem o nome de ninfa. Exp. Percevejos, gafanhotos, baratas, etc.
Hemimetábolo:
As formas jovens são aquáticas, recebendo o nome de náiades. Exp. Libélulas e gafanhoto.

Metamorfose Completa ou Holometábolo

Os jovens saem do ovo com uma forma diferente, morfologicamente e biologicamente do adulto. Saem na forma de larvas, crescem, sofrem mudas (troca de pele) atingindo o completo desenvolvimento. Passam por profunda metamorfose transformando-se em pupa, e desta origina-se o adulto.

Exp. Insetos das ordens lepidoptera, coleoptera, himenoptera, neuroptera, diptera, siphonaptera, etc.

Observação: Em lepidópteros a pupa recebe o nome de crisálida.

Fases do Desenvolvimento

LARVAS

Caracterizam-se nos insetos, por ser a fase de intenso crescimento, tanto em tamanho como em ganho de peso.

De acordo com sua forma podem ser classificados em:

Euriformes: Caracterizam-se por apresentarem o corpo cilíndrico, cabeça desenvolvida e distinta do corpo, pernas torácicas e falsas pernas abdominais. Exp. larvas de lepidópteros
Vermiformes:
Ausência total de pernas, cabeça não diferenciada corpo afilado, de coloração branco leitoso. Exp. Larvas de mosca.
Campodeiforme:
É típica dos insetos que precisam correr atrás de suas presas. Possuem 3 pares de pernas torácicas ágeis, alongadas e de fácil locomoção. Ex. Larvas de joaninhas.
Escabeiformes:
Possuem o corpo recurvado em forma de uma “c” com 3 pares de pernas torácicas, sendo que o ultimo segmento abdominal é bastante desenvolvido. Ex. Larva de escaravelhos.

Audição

A maioria dos insetos possui um órgão timpânico localizado no 1º segmento abdominal, alguns como as esperanças, possui o tímpano localizado na base de cada tíbia anterior, outros, como machos de mosquitos pertencentes a família Culicidade, possuem receptores de som chamados órgãos de Jonhnston, localizados no segundo segmento antena.

Orgãos Estridulatórios

Em Acrididae (gafanhotos), o som é produzido pela fricção das tégminas nos dentículos dos fêmures posteriores. Em grilos e esperanças o som é produzido pela vibração dos tímpanos no lado do 1º segmento abdominal.

CLASSIFICAÇÃO DOS INSETOS

Subclasse Apterygota ou Ametábola: compreende insetos que primitivamente não apresentam asas; Abdome com estilos e cercos, sem evolução por fases intermediárias.

Ordem Thysanura: Traças de livros
Ordem Collembola
: “pulgas de jardim” – “pulgas de jardim” – “pulgas de jardim” – “pulgas de jardim”
Subclasse Pterygota:
insetos ápteros ou alados (com asas), com evolução hemi ou holometábolo.
Hemimetábolo –
insetos com metamorfose simples.
Orthoptera
– gafanhotos, esperanças, grilos, baratas, paquinhas, louva-a-deus, bicho-pau.
Odonata –
libélulas (nome popular – lava-bunda)
Hemiptera
– percevejos
Homoptera
– cigarras, pulmões e cochonilhas (sugadores de raizes).
Isoptera
– cupins ou térmicas (atacam madeira).
Dermaptera
– tesourinhas ou lacraias
Anoplura –
piolho da púbis (chato) e piolho da cabeça
Mallophaga
– piolhos mastigadores (piolho de galinha).
Psocoptera
– corrodência (piolho livro)
Thysanoptera –
lacerdinhas
Ephemeroptera –
náide = alimento de peixe

Origem dos Insetos

Os insetos são animais de grande sucesso evolutivo. Há atualmente mais de 700 mil espécies, cada uma delas representada por um grande número de indivíduos.

Em função de uma espantosa capacidade adaptativa e reprodutora, eles ocuparam todos os ambientes, exceto os mares. São ainda os únicos invertebrados voadores e, sendo uma das razões para explicar a sua presença nos mais variados habitats. Esta característica lhes permite grande vantagem na obtenção de alimento e uma fuga rápida dos predadores.

Habitat dos Insetos

Vivem em todos os ambientes, estando ausentes apenas no mar; são os únicos invertebrados capazes de voar.

Os insetos estão adaptados ao ambiente terrestre. Mas há diversas espécies na qual as larvas ou os adultos vivem na água doce.

São invertebrados que têm a capacidade de adaptar-se aos mais diversos meios ambientes e que podem, dependendo de seus hábitos alimentares, ser úteis ou prejudiciais ao homem.

Morfologia dos Insetos

Ainda que o aspecto externo dos insetos seja extremamente variada, certas características de sua anatomia são comuns a toda a classe.

O corpo é constituído de três partes: cabeça, tórax e abdome. Na cabeça há um par de antenas, um par de mandíbulas, um par de mandíbulas auxiliares ou maxilas e um segundo par de mandíbulas auxiliares.

Todos os insetos têm três pares de patas localizadas no tórax.

Este último é dividido em: prototórax, mesotórax e metatórax. Nos insetos alados, as asas (que costumam ser quatro) localizam-se entre o mesotórax e o metatórax.

O abdome comumente tem dez ou onze segmentos bem definidos. Nas fêmeas o abdome possui um órgão destinado à colocação dos ovos (ovipositor) que pode estar alterado em forma de ferrão, serra ou agulha, para efetuar a postura nos tecidos internos de plantas ou animais.

Possuem esqueleto externo (ou exoesqueleto). Este é um tegumento composto pelo endurecimento da carapaça exterior do corpo, devido à impregnação com pigmentos e à polimerização de proteínas.

Sistema Respiratório dos Insetos

O sistema respiratório dos insetos é do tipo traqueal.
A partir de aberturas no corpo, chamadas de espiráculos, existem tubos(trâqueias) de reforço aspiralado, que se ramificam profusamente, levando oxigênio do ar diretamente a todas as células corporais.
É tambem pelas trâqueia que o gás carbônico é eliminadodo corpodo inseto.

Sistema Digestório dos Insetos

O sistema digestivo dos insetos é completo.
A boca situa-se enter as peças bucais, e nelas desembocam glândulas salivares, que lubrificam o alimento.O tubo digestivo apresenta partes diferenciadas(faringe,esôfago,estômago e intestino). Cecos gástricos ligados ao tubo intestinal aumentam a superficie digestiva e facilitam a absorção do alimento que ocorre extracelularmente. O alimento absorvido pelas celulas do intestino passa para o sangue(hemolinfa), que o distribui para as demais celulas do corpo.

Reprodução dos Insetos

Os insetos são organismos dióicos. O macho e a fêmea podem, geralemnte, ser distinguidos externamente, ou seja, apresentam dimorfismo sexual.

Basicamente, o sistema reprodutor dos insetos pode ser assim descrito: o aparelho genital feminino é composto por 1 par de ovários de onde saem os ovidutos, que se abrem no orgão genital. Ligados ao sistema reprodutor feminino existem um par de glândulas acessórias e um duto que termina por uma porção alargada, a espermateca ou receptáculo seminal; O aparelho genital masculino é composto por 1 par de testículos, de onde saem os dutos deferentes, que se alargam formando as vesículas seminais. Estas unem-se formando o duto ejaculador, que termina no órgão copulador, o falo. Ligado ao duto ejaculador existem duas glândulas acessórias.

A reprodução inicia-se com a cópula. O macho introduz o falo no aparelho genital da fêmea e ejacula, isto é, elimina seus espermatozóides. Estes vão ter à espermateca, onde são armazenados temporariamente. Começa então a produção dos óvulos que são fecundados internamente e eliminados. Em alguns insetos, a porção terminal do abdômen da fêmea forma uma projeção, o ovopositor , que serve para perfurar o solo, frutas ou mesmo outros animais aí introduzir seus ovos.

O desenvolvimento dos ovos dos insetos pode seguir diversos caminhos. Alguns insetos podem eclodir do ovo já com forma semelhante ao adulto. Ocorrem mudas sucessivas durante seu desenvolvimento, o que é necessário para que possam crescer, desde que seu exoesqueleto quitinoso é rígido. Quando atingem o estágio adulto, as mudas cessam. Insetos desse tipo, em que o jovem é muito semelhante ao adulto são denominados AMETÁBOLOS (a=não metábolos=mudança).

Outros insetos podem, durante seu desenvolvimento, passar por mudanças graduais ou incompletas. Assim que saem do ovo, são chamados ninfas, tendo alguma semelhança com o adulto. Com as sucessivas mudas o jovem vai sofrendo uma metamorfose incompleta, que culmina com atransformação no adulto, chamado imago. Insetos que sofrem metamorfose incompleta são chamados HEMIMETÁBOLOS (hemi=metade e metábola=mudança).

Em outro insetos, do ovo eclode um pequeno organismo vermiforme, com corpo segmentado, que pode ou não ter pernas, mas não tem olhos nem asas.

Esta fase vermiforme é chamada larva e passa por sucessivas mudas, transformando-se em uma pupa. A pupa difere da larva por apresentar, geralmente, menor movimentação que a larva. Na pupa ocorrem profundas mudanças e, em determinado momento, dela emerge o adulto (imago) completamente formado e que não sofrerá mais nenhuma muda. A transformação da pupa em adulto é a metamorfose completa e os insetos que a possuem são chamados HOLOMETÁBOLOS ou METÁBOLOS (holo=total e metábolo=mudança).

INSETOS

O grupo dos insetos (do latim insecta = seccionado) é formado por baratas, gafanhotos, besouros, formigas, moscas, piolhos e muitos outros animais semelhantes, que totalizam mais de 900 mil espécies. É o maior grupo de animais do planeta, vivendo em praticamente todos os hábitats, com exceção das regiões mais profundas no mar. São os únicos invertebrados capazes de voar, o que facilita a procura por alimento ou melhores condições ambientais; além disso, o vôo possibilita o encontro de parceiros para acasalamento e a fuga de predadores. Acredita-se que os insetos tenham sido os primeiros animais voadores existentes na Terra.

A importância ecológica dos insetos é notável. Cerca de dois terços das plantas fanerógamas, ou seja, plantas que possuem flores, dependem dos insetos, sobretudo abelhas, vespas, borboletas, mariposas e moscas, para a sua polinização. Também são importantes para a espécie humana. Mosquitos, piolho, pulgas e percevejos, entre outros, são hematófagos e podem parasitar diretamente o homem. Podem também servir como vetores de doenças que atingem o homem e os animais domésticos.

Por exemplo: malária, elefantíase e febre amarela são transmitidas por mosquitos; tifo é transmitido por piolhos; peste bubônica é transmitida por pulgas. Podem ainda ser pragas vegetais, quando se alimentam de partes variadas das plantas, reduzindo a produção agrícola e afetando o abastecimento de populações humanas. A Entomologia (do grego entomon = insetos) é uma área especializada da Zoologia que cuida dos estudos dos insetos.

Os insetos podem ser diferenciados dos demais artrópodes pelo fato de apresentarem três pares de patas e, geralmente, dois pares de asas.

Possuem um único par de antenas na cabeça e seu corpo divide-se em três partes: cabeça, tórax e abdome. Em geral, têm tamanho reduzido, variando de 2 a 40 milímetros de comprimento, embora algumas formas ocasionalmente possam ser maiores.

A cabeça contém um par de antenas articuladas, dois olhos compostos laterais não-pedunculados e, dependendo dos animal, três ocelos (áreas com grande concentração de células fotossensíveis), que funcionam na percepção de variações luminosas (não formam imagens). Também na cabeça ficam situadas as peças bucais, geralmente dirigidas para baixo e adaptadas a diferentes formas de obtenção de alimento. Assim, por exemplo, gafanhotos e baratas possuem mandíbulas cortantes que caracterizam um aparelho bucal do tipo mastigador, adaptado a rasgar, cortar e moer. Barbeiros e pernilongos, por outro lado, têm mandíbulas e maxilas alongadas e perfurantes, permitindo uma atividade hematófaga. O mesmo ocorre em cigarras e pulgões, que sugam seivas de plantas. Em borboletas, existe um canal alongado, a espirotromba (probóscide), usado na sucção do néctar das flores.

O tórax apresenta três segmentos; cada um contém um par de patas articuladas e os dois últimos, na maioria das espécies, apresentam um par de asas cada um.

As patas geralmente estão adaptadas para andar ou correr, embora, dependendo do modo de vida do animal, possam estar modificadas para pular, nadar, cavar e agarrar presas. As asas também apresentam diferentes estruturas. Na maioria dos insetos, entre os quais as libélulas e as abelhas, são finas e membranosas.

Entretanto, o par anterior de asas dos gafanhotos, por exemplo, é mais espesso e pigmentado e apenas as asas posteriores são membranosas. Já nos besouros, o par anterior é de asas rígidas e pesadas, conhecidas como élitros, servindo como placas protetoras. Apenas o par posterior, de asas membranosas, é efetivamente usado no vôo.

No abdome, geralmente, encontram-se os estigmas, por onde o ar penetra no sistema traqueal. Gafanhotos apresentam, no primeiro segmento abdominal, um par de tímpanos, membranas que captam vibrações sonoras e as transmitem a fibras sensitivas situadas dentro do corpo. Em alguns animais, os órgãos tímpanos ficam situados nas patas. Nas fêmeas de muitas espécies existe o ovipositor, estrutura terminal utilizada na postura de ovos. Os únicos apêndices abdominais são os cercos sensoriais existentes no ultimo segmento.

As asas representam uma característica marcante dos insetos. A grande maioria tem dois pares, sendo chamados de tetrápteros, mas existem também dípteros, como moscas e mosquitos, e ainda os ápteros, como as traças-de-livros e certos parasitas, entre os quais piolhos e pulgas. Nos dípteros, existe apenas o par anterior de asas, estando o par posterior transformado em halteres ou balancins, que servem como “lemes”, estabilizando e direcionando o vôo. Entre as formigas e os cupins, apenas os indivíduos reprodutores apresentam asas, enquanto os demais não as possuem.

Nos insetos, as asas são projeções do revestimento corporal, diferentemente do que ocorre em aves e morcegos, nos quais são membros modificados. São formadas pela cutícula, espessa em muitos pontos, constituindo as nervuras. Estas, além de formarem um suporte esquelético para a asa, abrem-se no corpo e contêm hemolinfa. As nervuras maiores contêm também traquéias e ramificações nervosas. O arranjo das nervuras em uma asa varia de um tipo de inseto para o outro e é frequentemente utilizado na classificação. Inicialmente, os insetos apresentavam asas distendidas, como as libélulas atuais. Um evento importante na evolução da classe foi a capacidade de colocar as asas sobre o abdome quando fora de uso. Em gafanhotos, besouros e muitos outros, o par posterior de asas membranosas é mais longo e fica dobrado sobre o par anterior de asas espessas, sendo distendido apenas quando o animal voa.

O exoesqueleto dos insetos é constituído de placas, arranjadas da seguinte forma: um tergo dorsal, um esterno ventral e duas pleuras laterais. As asas ficam presas entre o tergo e as pleuras.

Os movimentos são feitos para cima e para baixo, por ação de músculos situados dentro do corpo: os músculos longitudinais e os músculos transversais, de ação antagônica. Quando os músculos transversais se contraem e os longitudinais se distendem, o tergo baixa e as asas levantam; quando ocorre o oposto, ou seja, os músculos transversais se distendem e os longitudinais se contraem, o tergo levanta e as asas baixam. Nos movimentos para frente e para trás, as asas são mantidas em diferentes ângulos, propiciando elevação e impulso frontal.

A velocidade do vôo varia de acordo com a espécie: por exemplo, insetos lentos, como as borboletas, batem as asas de 4 a 20 vezes por segundo, enquanto insetos rápidos, como os mosquitos, executam até 1000 batimentos por segundo. Alguns insetos podem pairar no ar e, repentinamente, disparar velozmente.

Poucos são capazes de planar.

Os insetos são os únicos animais voadores pecilotérmicos, ou seja, sua temperatura corporal varia de acordo com a temperatura do ambiente. Dessa forma, quando em temperatura baixa e, consequentemente, com taxa metabólica reduzida, os insetos têm a mobilidade limitada. É interessante observar que, em dias frios, certas borboletas realizam uma espécie de aquecimento, permanecendo sobre uma superfície e agitando as asas até que seja atingida uma temperatura corporal suficiente para permitir a quantidade de batimentos necessária ao vôo.

Aproximadamente metade das espécies conhecidas de insetos é fitófaga, alimentando-se de tecidos ou seivas de plantas. Cupins vivem às custas de madeira e dependem de enzimas fornecidas por protozoários existentes em seu tubo digestivo para realizarem a digestão. Formigas se alimentam de fungos que cultivam em câmaras especiais dos formigueiros. Muitos besouros e larvas de moscas são saprófagos, alimentando-se de animais mortos. Existem ainda predadores que capturam e devoram outros animais, incluindo outros insetos.

Com relação à reprodução, os insetos sempre apresentam fecundação interna. O falo do macho é extensível ou eversível, dependendo da espécie, e introduz espermatóforos na abertura genital feminina. Em cada acasalamento, uma grande quantidade de espermatozóides é transferida para a fêmea, fertilizando muitos óvulos. Muitos insetos acasalam-se uma única vez durante a vida e, na maioria das formas, o número de acasalamentos é pequeno. A maioria das espécies é ovípara. Os ovos são depositados por um ovipositor abdominal em locais que dependerão do modo de vida do adulto. Algumas vespas e moscas põem os ovos em tecidos de plantas, levando a um intumescimento do vegetal conhecido como galha, que protege os ovos em desenvolvimento e cujos tecidos servem de alimento para as larvas.

Partenogênese, ou seja, desenvolvimento dos óvulos sem fecundação, ocorre em abelhas, vespas, formigas e pulgões. Pedogênese, ou partenogênese larval, ocorre em certos tipos de moscas. Poliembrionia, formando simultaneamente vários indivíduos iguais, acontece em certas vespas parasitas. Litomastix, por exemplo, é uma delicada vespa que deposita alguns ovos no corpo de uma lagarta grande de outra espécie. De cada ovo surgem, por poliembrionia, varias larvas, totalizando milhares, que se desenvolverão, devorando completamente o corpo da lagarta.

Quanto ao desenvolvimento, os insetos dividem-se em três grupos:

Os ametábolos são os que têm desenvolvimento direto, ou seja, sem metamorfose: do ovo eclode um jovem que, através de mudas, atingirá a fase adulta.

Este é o caso das traças-de-livros.

Os hemimetábolos têm desenvolvimento indireto e realizam metamorfose parcial ou incompleta. Neste caso, eclode do ovo uma pequena ninfa, semelhante, em linhas gerais, ao adulto. Durante as mudas, a ninfa sofrera algumas alterações estruturais, desenvolvendo as asas e mudando de coloração, até atingir a forma adulta ou imago. Isso ocorre com baratas, gafanhotos, cupins, entre outros.

Os holometábolos têm desenvolvimento indireto e metamorfose total ou completa. São exemplos as moscas, as borboletas, as abelhas e os besouros. Do ovo, eclode uma pequena larva vermiforme, segmentada, sem asas ou olhos. É uma estágio em que a alimentação é prioritária, embora o alimento e as peças bucais da larva possam ser bem diferentes do adulto. Em borboletas, por exemplo, a lagarta tem peças bucais mastigadoras e o adulto tem peças bucais sugadoras.

Algumas mudanças ocorrem durante o crescimento. No final do período larval, o animal cessa sua atividade e não se alimenta. É o estágio de pupa, no qual o inseto vive em locais protetores, como no chão, num casulo ou em tecidos vegetais. Mudanças radicais ocorrem neste estágio, de forma que poucas estruturas larvais permanecem. Da fase pupal, emerge o adulto ou imago.

A organização social é um aspecto da vida dos insetos que merece destaque, pois é um grupo em que a maioria das formas é solitária. Ocorre em cupins, formigas, vespas e abelhas. Nas sociedades, muitos indivíduos de ambos os sexos vivem em uma complexa organização, com definida divisão de trabalho.

Nenhum indivíduo vive fora do grupo nem pode fazer parte de outro grupo que não seja aquele em que nasceu. O polimorfismo é freqüente e os diferentes tipos de indivíduos são denominados castas, diferenciando-se morfologicamente de acordo com o trabalho que realizam. As principais castas são os machos, as fêmeas ou rainhas e as operárias. A rainha põe os ovos, os machos realizam sua inseminação e as operárias fornecem alimento e asseguram a manutenção da sociedade. Os cupins vivem em galerias construídas na madeira ou no solo. Os operários são indivíduos estéreis, de ambos os sexos; e os machos férteis são membros permanentes do grupo. Alguns operários atuam como soldados, sendo dotados de mandíbulas grandes e realizam a defesa da sociedade. As asas estão presentes apenas nos machos e rainhas durante o vôo nupcial, em que ocorrem os acasalamentos e a dispersão. Os ninhos de cupins podem apresentar sistemas de ventilação, câmara real, onde fica a rainha, e jardim de fungos, cultivados e usados como alimento, nas espécies que não utilizam a celulose da madeira.

Os formigueiros têm organização semelhante à dos cupinzeiros, formando sistemas de galerias no solo, em madeira ou sob pedras. As operárias são sempre fêmeas estéreis, os soldados podem existir, e as asas só ocorrem nas rainhas e machos em época reprodutiva. Após a copulação, o macho deixa de ser um membro funcional do grupo.

Em vespas e abelhas não há soldados e as operárias, sempre fêmeas, são aladas. As colméias são os agrupamentos sociais de inúmeras abelhas, como Apis mellifera. Os machos, conhecidos como zangões, morrem após copularem com a rainha em um vôo nupcial, devido ao rompimento de seus órgãos reprodutores e conseqüente extravasamento de hemolinfa. Os machos surgem partenogeneticamente, ou seja, a partir de óvulos não fecundados. O tipo de fêmea, rainha ou operária, é determinado pelo alimento recebido durante a fase larval.

A comunicação entre os insetos envolve diferentes tipos de sinais. Muito eficiente, principalmente entre os insetos sociais, é a secreção de feromônios, substancias químicas que identificam os indivíduos do grupo, marcam trilhas para que os outros sigam, avisam sobre ataques e aumentam a atividade. Entre as abelhas, as operárias coletoras de alimento informam às demais sua localização através de uma “dança”, onde o tipo de movimento, sua direção e freqüência, indicam exatamente sua posição em relação à colmeia. A produção de som é evento comum em muitos artrópodes. Gafanhotos esfregam o par posterior de patas contra nervuras das asas, fazendo com que vibrem. Grilos esfregam a margem dianteira da asa anterior contra as nervuras da própria asa, sendo os cantos utilizados, por exemplo, na atração sexual. Em mosquitos, besouros e abelhas, o som está relacionado com a maneira de voar. O som das cigarras é produzido por vibrações de membranas quitinosas abdominais e serve para agregar indivíduos. Entre os sinais visuais, destacam-se os lampejos de luz dos vaga-lumes, que tem função na atração sexual.

A forma do corpo está relacionada com o modo de vida de cada inseto: é hidrodinâmica em besouros aquáticos; levemente achatada em baratas, que rastejam em fendas; e comprimida lateralmente em pulgas, que se movem entre pêlos e penas dos hospedeiros. Mariposas apresentam um cobertura peluda que protege do frio. Um aspecto que chama atenção em muitos artrópodes é sua coloração, que pode ser produzida por pigmentos depositados na cutícula ou na epiderme.

As cores brilhantes de certos besouros e borboletas são produzidas por incidência diferencial da luz sobre finas arestas e placas da cutícula. Muitas vezes a forte coloração serve para indicar predadores de que o inseto é venenoso.

Os insetos podem ser divididos em 32 diferentes ordens, mas nem todas elas são do mesmo tamanho; a menor tem 20 espécies, enquanto a maior tem cerca de 350.000 espécies. Algumas das ordens serão descritas resumidamente, até para que se tenha idéia da enorme diversidade desta classe.

As principais ordens são:

a) Ordem Thysanura: traças-de-livros

Não apresentam asas, mas são capazes de realizar movimentos rápidos. Vivem em folhas mortas e ao redor de pedras. Algumas espécies, encontradas em casas, comem livros e roupas. São ametábolos.
Thysanura:
traça-de-livros

b) Ordem Odonata: libélulas

Insetos predadores, dotados de asas longas, olhos grandes, peças bucais mastigadoras e patas adaptadas para capturar outros insetos no vôo. O corpo geralmente tem um colorido brilhante. São hemimetábolos e suas ninfas são aquáticas.

c) Ordem Orthoptera: gafanhotos, grilos

Possuem a cabeça grande com fortes peças bucais mastigadoras. Apresentam o par posterior de patas adaptado ao salto. As formas aladas têm asas posteriores membranosas em forma de leque, dobradas sobre as asas anteriores mais rígidas. Sendo principalmente herbívoros, podem causar danos severos à agricultura. São hemimetábolos.

d) Ordem Isoptera: cupins

Insetos sociais de corpo mole, com formas aladas e não-aladas. As asas anteriores e posteriores têm o mesmo tamanho e são mantidas horizontalmente sobre o abdome. São hemimetábolos.

e) Ordem Anoplura: piolhos e chatos

Ectoparasitas de aves e mamíferos, incluindo o homem e os animais domésticos. Possuem as peças bucais adaptadas para sugar. Alguns são vetores de doenças, como a febre tifóide. São hemimetábolos.

f) Ordem Hemiptera: percevejos e barbeiros

Dotados de peças bucais com o formato de uma “tromba” sugadora. Podem ser herbívoros, predadores e parasitas. As asas anteriores apresentam a base espessada e a extremidade membranosa. São hemimetábolos.

g) Ordem Homoptera: cigarras e pulgões

Insetos herbívoros, sugadores de seiva, sendo também dotados de uma “tromba”. As asas membranosas são mantidas sobre o corpo, formando uma espécie de tenda. São hemimetábolos.

h) Ordem Lepidoptera: mariposas e borboletas

Dotadas de corpo mole, com asas, corpo e apêndices cobertos por “escamas” pigmentadas. As peças bucais do adulto estão numa espécie de probóscide enrolada, a espirotromba, que é usada para sugar néctar das flores. São holometábolos, sendo as larvas conhecidas como lagartas e alimentam-se de plantas.

i) Ordem Diptera: moscas e mosquitos

As asas anteriores são funcionais, mas as posteriores são reduzidas, formando os halteres. São holometábolos, sendo muitos adultos vetores de doenças, como a malária e a febre amarela.

j) Ordem Siphonaptera: pulgas

Não possuem asas e têm o corpo lateralmente achatado, além de patas adaptadas para saltar. As peças bucais são picadoras. Muitos se alimentam do sangue de mamíferos e aves. São vetores da peste bubônica e holometábolos.

l) Ordem Coleoptera: besouros e brocas

Esta é a maior ordem dos insetos, com mais de 350 mil espécies. O corpo é duro, dotado de peças bucais mastigadoras. As asas anteriores formam pesadas estruturas de proteção chamadas élitros. Embora existam espécies predadoras, a maioria das formas é herbívora. Há alguns representantes aquáticos. São holometábolos.

m) Ordem Hymenoptera: abelhas, vespas e formigas

Muito diversificada, com indivíduos dotados de peças bucais mastigadoras, sugadoras ou lambedoras. Asas transparentes, ausentes em algumas formas. São holometábolos.

n) Ordem Blattaria: baratas

o) Ordem Dermaptera: tesourinhas

p) Ordem Trichoptera: tricópteros

Fonte: bugguide.net/www.consulteme.com.br/br.geocities.com

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