Gênero Narrativo

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Definição

A narrativa ou história é qualquer relatório de eventos conectados, reais ou imaginários, apresentado em uma seqüência de palavras escritas ou faladas em uma seqüência lógica, ou ainda ou que se deslocam imagens.

Função

Contar histórias e ouvir histórias fazem parte dos instintos humanos. Portanto, os escritores empregam técnicas narrativas em suas obras para atrair leitores. Os leitores não são apenas entretido, mas também aprendem alguma mensagem subjacente das narrativas.

Além disso, a narrativa é definida em contextos culturais específicos. Os leitores podem obter uma visão profunda do que é a cultura e desenvolver uma compreensão em direção a ela. Assim, as narrativas podem atuar como uma força vinculativa na união da humanidade.

Gênero Narrativo – Modalidades

O gênero narrativo é visto como uma variante moderna do gênero épico, caracterizando-se por se apresentar em prosa.

Manifesta-se nas seguintes modalidades:

Romance: narração de um fato imaginário mais verossímil, que representa quaisquer aspectos da vida familiar e social do homem.

Podemos dividi-lo em: romance de cavalaria, romance de costumes, romance policial, romance psicológico, romance histórico etc.

Novela: breve, mas viva narração de um fato humano notável, mais verossímil que imaginário. É como um pequeno quadro da vida, com um único conflito. Em geral, apresenta-se dividida em alguns poucos capítulos.

Conto: narração densa e breve de um episódio da vida; mais condensada do que a novela e o romance. Em geral, não apresenta divisão em capítulos.

Fábula: narrativa inverossímil, com fundo didático; tem como objetivo transmitir uma lição de moral.

Crônica: o seu nome já nos dá uma dica: crônica deriva do radical latino crono, que significa “tempo”.

Daí o seu caráter: relato de acontecimentos do tempo de hoje, de fatos do cotidiano. Desde a consolidação da imprensa, a crônica se caracterizou como uma seção de jornal ou revista em que se comentam acontecimentos do dia-a-dia. Segundo Antonio Candido, a crônica “é filha do jornal e da era da máquina, onde tudo acaba tão depressa. Ela não foi feita originariamente para o livro, mas para essa publicação efêmera que se compra num dia e no dia seguinte é usada para embrulhar um par de sapatos ou forrar o chão da cozinha”. Por essa razão, crônica foi considerada como um “gênero menor”. Modernamente, em função da qualidade literária de cronistas como Carlos Drummond de Andrade, Fernando Sabino, Rubem Braga, Paulo Mendes Campos, Rachel de Queiroz, Luis Fernando Veríssimo, Lourenço Diaféria, entre outros, a crônica é comparável ao conto, sem perder, no entanto, o seu tom coloquial.

Gênero Narrativo – O que é

O Gênero narrativo é visto como uma variante do gênero épico, enquadrando, neste caso, as narrativas em prosa. Dependendo da estrutura, da forma e da extensão, as principais manifestações narrativas são o romance, a novela e o conto.

Em qualquer das três modalidades acima, temos representações da vida comum, de um mundo mais individualizado e particularizado, ao contrário da universalidade das grandiosas narrativas épicas, marcadas pela representação de um mundo maravilhoso, povoado de heróis e deuses.

As narrativas em prosa, que conheceram um notável desenvolvimento desde o final do século XVIII, são também comumente chamadas de narrativas de ficção:

Romance: narração de um fato imaginário, mas verossímil, que representa quaisquer aspectos da vida familiar e social do homem. Comparado à novela, o romance apresenta um corte mais amplo da vida, com personagens e situações mais densas e complexas, com passagem mais lenta do tempo. Dependendo da importância dada ao personagem ou à ação ou, ainda, ao espaço, podemos ter romance de costumes, romance psicológico, romance policial, romance regionalista, romance de cavalaria, romance histórico, etc.

Novela: na literatura em língua portuguesa, a principal distinção entre novela e romance é quantitativa: vale a extensão ou o número de páginas. Entretanto, podemos perceber características qualitativas: na novela, temos a valorização de um evento, um corte mais limitado da vida, a passagem do tempo é mais rápida, e o que é mais importante, na novela o narrador assume uma maior importância como contador de um fato passado.

Conto: é a mais breve e simples narrativa centrada em um episódio da vida. O crítico Alfredo Bosi, em seu livro O conto brasileiro contemporâneo, afirma que o caráter múltiplo do conto “já desnorteou mais de um teórico da literatura ansioso por encaixar a forma conto no interior de um quadro fixo de gêneros. Na verdade, se comparada à novela e ao romance, a narrativa curta condensa e potencia no seu espaço todas as possibilidades da ficção”.

Fábula: narrativa inverossímil, com fundo didático, que tem como objetivo transmitir uma lição moral. Normalmente a fábula trabalha com animais como personagens. Quando os personagens são seres inanimados, objetos, a fábula recebe a denominação de apólogo.

A fábula é das mais antigas narrativas, coincidindo seu aparecimento, segundo alguns estudiosos, com o da própria linguagem. No mundo ocidental, o primeiro grande nome da fábula foi Esopo, um escravo grego que teria vivido no século VI a.C. Modernamente, muitas das fábulas de Esopo foram retomadas por La Fontaine, poeta francês que viveu de 1621 a 1695. O grande mérito de La Fontaine reside no apurado trabalho realizado com a linguagem, ao recriar os temas tradicionais da fábula. No Brasil, Monteiro Lobato realizou tarefa semelhante, acrescentando, às fábulas tradicionais, curiosos e certeiros comentários dos personagens que viviam no Sítio do Picapau Amarelo.

Gênero Narrativo – Literário

O gênero narrativo ou narrativa é o gênero literário que se caracteriza porque se relatam histórias reais ou também ficticias (acontecimentos ou acontecimentos) que constituem uma história alheia aos sentimentos do autor.

Ainda que seja imaginaria, a história literária tomada seus modelos do mundo real. Esta relação entre imaginación e experiência, entre fantasía e vida é o que lhe dá um valor especial à leitura na formação espiritual da pessoa. O narrador é o encarregado de dar a conhecer o mundo imaginario ao leitor.

O narrador é um ente criado pelo autor. O narrador possui uma vida própria, a qual não está determinada pelos valores que regem à vida humana, senão mais bem existe dentro da criação ficticia. O narrador como ente ficticio estabelece uma relação com um leitor ficticio, incorporado no relato. É o destinatário e participa no que o narrador conta.

O elemento distintivo do gênero narrativo é a presença de um narrador como emissor. Este encarrega-se de relatar a história, apresentar às personagens e explicar as circunstâncias em que se desenvolvem os fatos.

O narrador pode estar dentro (homodiegético) ou fosse (heterodiegético) da história ou diégesis que conta. Também pode ocupar uma posição intermediária. A esta visão ou ponto de vista do narrador denomina-se-lhe perspectiva.

De acordo a isto, o narrador classificar-se-á como protagonista, testemunha ou personagem (se está dentro da história), ou omnisciente, objetivo e de conhecimento relativo (se está fora da história).

Subgêneros

O gênero narrativo pode subdividirse em três grandes grupos:

Novela: é uma narração de ficção de maior extensão que o conto. Geralmente está dividida em capítulos e tem grande quantidade de personagens. Pode narrar várias histórias paralelas, em lugares e tempos diferentes; ainda que sempre deve existir uma relação entre eles.
Novela curta:
é uma mistura entre conto e novela, já que é mais longa que um conto mas mais curta que uma novela.
Conto:
é uma narração curta de ficção que em seus inícios nasceu para ser transmitida oralmente.

De acordo à realidade que apresentam se dividem em:

Costumbristas: relatam a vida quotidiana de um grupo de pessoas dentro de seu contexto social. As situações que se apresentam podem encontrar na realidade.
Realistas:
relatam situações reconocibles na vida real. As personagens, lugares e situações podem não ser verdadeiros mas poderiam existir na realidade.
Humorísticas:
caracteriza-se por comédia. Nele se utilizam diferentes recursos: chistes, personagens e situações graciosos ou ridículas, etc. Históricas: relatam situações realmente decorridas no passado. As personagens e lugares têm existido na realidade.
Biográficas:
relatam a vida de uma pessoa. Quando o autor é o protagonista se denomina autobiografía.
Fantásticas:
relatam fatos incríveis, personagens irreales ou lugares estranhos e desconhecidos. Muitas vezes dentro destes contos aparecem relacionados com fatos realistas.
De ciência ficção:
relatam fatos fantásticos relacionados com o avanço científico. Geralmente participam robôs e seres de outros planetas em lugares distantes no futuro.
Maravilhosas:
relatam feitos cujos protagonistas e ações estão totalmente fora da realidade, como os contos de hadas, magos e bruxos.
Fábulas:
são narrações que terminam com um ensino ou lição chamada moraleja. Muitas vezes as personagens são animais ou coisas que realizam ações próprias dos seres humanos. Esse recurso denomina-se personificacão..
Lendas:
são antigas narrações que foram transmitidas de pais a filhos em forma oral. Transita um caminho intermediário entre a fantasía e a realidade. Costumam explicar a origem de plantas, animais e lugares misturando o conhecimento adquirido durante gerações com crenças religiosas e superstições.

Pessoa

Em referência à pessoa, o narrador pode classificar-se em:

Narrador em primeira pessoa: O narrador participa na história que conta; isto é, é uma personagem. Leste pode ser protagonista, se é a personagem principal, ou testemunha se conta o que lhe ocorre a outros.
Narrador em segunda pessoa
: É um tipo de narração que se dá com escassa frequência. Neste estilo assistimos a um diálogo, mas no qual só lemos a um das personagens. O autor narra em segunda pessoa, com o tu, e assim provoca uma verdadeira empatía entre o leitor e o protagonista.
Narrador em terceira pessoa
: O narrador não participa na história que conta; está fora da história. Geralmente, este tipo de narrador é omnisciente; isto é, sabe todo o que fazem, pensam e sentem as personagens.

Neste sentido, as personagens cumprem uma função importante no gênero narrativo.

Personagens

As personagens cumprem diferentes funções em uma obra.

Podem ser: protagonistas se levam a cabo as ações do relato; objetos quando a ação recae neles; também se lhes denomina ayudantes quando contribuem ao lucro de uma ação e antagonistas quando entorpecen a boa marcha das ações.

As personagens também não só se estudam pelo papel que cumprem na obra literária, senão que também se analisam por suas qualidades físicas e psicológicas; isto é, como são por fora e por dentro. Isto nos permite inferir se a personagem evolui ao longo da história; se sofrem mudanças.

As personagens sempre levam a efeito as ações em um determinado ambiente. Neste sentido, é necessário diferenciar o espaço físico (rincão, rua, plano) da atmosfera (paz, sosiego, ódio, amor, solidão). Só assim podemos condenar ou justificar a conduta das personagens.

As personagens à medida que cumprem as ações traçadas, podem magnificarse ou empequeñecerse.

No gênero narrativo se evidência também o tempo, pois na narração se observam diferentes planos. Pode narrar-se a história em ordem cronológico; isto é, em tempo linear. Uns fatos sucedem aos outros tal como se observa na realidade. Mas também se pode jogar com os tempos verbais, narrar o passado ou antecipar o futuro. Desta forma podem-se alternar ou encadear histórias. O narrador ao deixar a história em mãos de uma personagem, permite que este recorde ações passadas e as relacione com o presente.

Estas ações são telefonemas: racconto (lembrança extensa e detalhado) e flashback (lembrança curta e rápido).

Dentro do gênero narrativo desenvolvem-se os subgêneros (contos, lenda, parábola, fábula, novela, mitos, crônica, etc.) que são diferentes manifestações deste gênero, nas que se representam às personagens como construtores de mundo através de sua participação.

Ausência de narração

Não muito diferente ao que sucede no cinema ou o teatro, nos textos das historietas encontramos muitas vezes contos sem narração. Enquanto naquelas linguagens, a temporalidad intrínseca ao próprio plano da expressão suple em algum modo à consequente ausência do corte temporário, na historieta os instrumentos enunciativos desenvolvidos para dar vida a uma dimensão temporária estão constreñidos a um progresso muito específico. Que é um conto sem narração? É simplesmente um conto não contado, ou seja um conto onde falta uma “voz”, aquela que pertence ao narrador. Isto é muito frequente no cinema.

Noções gerais do gênero narrativo

Recorde que existem diversas manifestações do gênero narrativo como novelas, contos, epopeya, entre outras.

A novela é o gênero mais cultivado e ao igual que o conto pertence ao gênero narrativo, mas se diferencia deste por sua extensão. Como é mais longa permite muitos episódios, mais personagens e portanto há vários assuntos que se desenvolvem paralelamente. As novelas podem classificar segundo o tema que tratam.

Estes têm alteração para través da história, pois os interesses das pessoas também.

Por isso há diferentes classes de novelas: Históricas, Policíacas, Caballería, Sociais, Autobiográficas, Aventuras, Picarescas e Rosas

Gênero Narrativo – Tipo

Gênero é um tipo de texto literário, definido de acordo com a estrutura, o estilo e a recepção junto ao público leitor ouvinte. Procuraremos aqui adotar a classificação mais usual.

Gêneros Literários

1. épico: é o gênero narrativo ou de ficção que se estrutura sobre uma história
2. lírico:
é o gênero ao qual pertence a poesia lírica
3. dramático:
é o gênero teatral, isto é, aquele que engloba o texto de teatro, uma vez que o espetáculo em si foge à alçada da literatura.

O gênero épico recebe tal nome das epopéias (narrativas heróicas em versos), apesar de modernamente este gênero manifestar-se sobretudo em prosa. Neste livro usaremos o termo gênero narrativo por acreditarmos que seja mais pertinente à prosa de ficção.

O conceito de ficção merece também um esclarecimento, já que de modo geral as pessoas atribuem a ele um senti do mais limitado: narrativa de ficção científica.

Na verdade o termo tem significado mais abrangente: imaginação, invenção. Para os limites deste livro fica estabelecido que literatura de ficção é a narrativa literária em prosa.

Gênero Narrativo – O que é

Na atualidade passou-se a chamar gênero narrativo ao conjunto de obras em que há narrador, personagens e uma seqüência de fatos. É uma variante do gênero épico.

Termo que deriva do Sânscrito “gnärus” (saber, ter conhecimento de algo) e “narro” (contar, relatar) e que chegou até nós por via do Latim. Para Platão o termo aplica-se a todos os textos produzidos pelos prosadores e poetas, pois ele considera como narrativas as narrações de todos os acontecimentos passados, presentes e futuros.

Abrange várias modalidades de texto em que aparecem os seguintes elementos:

1 – Foco narrativo: presença de um elemento que relata a história como participante (1º pessoa)ou como observador (3º pessoa ). E, também há o narrador onisciente.
2 – Enredo:
é a seqüência de fatos, podendo seguir a ordem cronológica em que eles ocorrem (sucessão temporal dos fatos), ou a ordem psicológica (sucessão dos fatos, seguindo as lembranças ou evocações das personagens, apresentando, muitas vezes flash-backs ou voltas ao passado.
3 – Personagem:
seres criados pelo autor com características físicas e psicológicas determinadas.
4 – Campo e espaço:
o momento e o local em que os fatores são narrados e onde se desenrolam.
5 – Conflito:
situação de tensão entre os elementos da narrativa.
6 – Clímax:
a situação criada pelo narrador vai progressivamente aumentando sua dramaticidade até que chega ao clímax, ao ponto máximo.
7 – Desfecho:
momento que recebe o clímax, no qual se finaliza a história e cada personagem se encaminha para seu “destino”.

Ao gênero narrativo pertencem as seguintes modalidades de texto:

O conto:

O conto, por ser breve e simples narrativa, é um gênero muito cultivado.

Apresenta as seguintes características:

Apresenta apenas uma célula dramática.
Poucos personagens intervem na narrativa.
Cenário limitado, espaço restrito.
Espaço de tempo curto.
Diálogos sugestivos que permitem mostrar os conflitos entre as personagens.
A ação é reduzida ao essencial, há um só conflito.
A narrativa é objetiva, por vezes, a descrição não aparece.

 Romance:

O Romance é uma narrativa longa, caracterizada por conter:

Enredo complexo.
Um ou vários conflitos das personagens.
Tempo, espaço ampliadas.
Vários personagens.

É a mais importante das modalidades narrativas em prosa. Envolve a narração de um acontecimento fictício, porém verossímil, ou seja, coerente com o universo real em que se espelha.

 Fábula:

Narrativa inverossímil, com fundo didático, que tem como objetivo transmitir uma lição de moral. Normalmente a fábula trabalha com animais como personagens. Quando as personagens são seres inanimados, objetos, a fábula recebe a denominação de apólogo.

Fonte: literarydevices.net/paraiso.etfto.gov.br/pt.encydia.com/www.snascimento.com

Veja também

Literatura

Literatura, Obras, Produção, O que é, Produção, Brasileira, Arte, Palavra, Função, Autores, Obras, História, Literatura

Análise Literária

Análise Literária, Definição, Obra, O que é, Texto, Literatura, Técnicas, Estudantes, Conceitos, Características, História, Análise Literária

Gênero Dramático

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