Guerra da Secessão

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Guerra da Secessão – O que foi

FORMAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS

Em 1777, um ano depois da independência, cada um dos 13 Estados norte-americanos substitui seus estatutos coloniais por constituições próprias que garantem a soberania do povo, a divisão de poderes, a elegibilidade dos cargos públicos e a separação da igreja do Estado.

República norte-americana

Em 1787 os Estados concordam, na Convenção de Filadélfia, em estabelecer uma República federativa presidencialista, cujo texto constitucional só entra em vigor em 1789.

A Constituição garante a divisão de poderes e um sistema de controle mútuo. Os assuntos relacionados à defesa, moeda e assuntos externos são de competência do governo federal, enquanto os demais são incumbência dos Estados.

Conquista do Oeste

É estimulada desde o governo de George Washington (1789-1796), que oferece facilidades, como preços baixos para as terras conquistadas e prêmios aos pioneiros.

Milhares de colonos organizam caravanas e passam a enfrentar os índios da região tomando suas terras. Antes da expansão existem cerca de 1 milhão de índios no Oeste norte-americano. Em 1860 a população indígena está reduzida a cerca de 300 mil, que passam a viver em reservas oficiais.

Guerra de Secessão – Guerra Civil Americana

Acontece entre 1861 e 1865, resultado dos atritos entre as regiões norte e sul dos Estados Unidos, devido à divergência dos sistemas econômico, social e político.

A guerra civil americana ou Guerra de Secessão (separação), ocorreu de 1861 a 1865.

As razões para tal conflito estão na discórdia entre a burguesia industrial nortista, que não aceitava a extensão da escravidão para as novas terras do Oeste americano, e a aristocracia sulina que desejava essa extensão e nas tarifas alfandegárias.

A economia nortista tinha uma forte base industrial. Dessa forma, defendia a existência de uma política protecionista para dificultar as importações dos produtos industriais de outros países.

A conseqüência dessa política foi a transformação da economia sulina numa compradora dos produtos industriais produzidos pelos nortistas.

Em contrapartida, a economia sulina era tipicamente agrária – exportadora (sistema de plantation), portanto, os latifundiários exportadores queriam comprar os produtos industrializados de quem pudesse vendê-los mais baratos, para isso era necessário uma política livre – cambista.

A conseqüência dessa atitude da elite sulina é que ela não aceitava a situação de ser um mercado consumidor dos artigos produzidos pela indústria nortista.

A causa imediata da guerra foi a vitória do candidato do Partido Republicano e representante dos interesses nortistas, Abraham Lincoln, em 1860. A vitória nortista ocorreu em 1865, deixando um saldo de aproximadamente 600 mil mortos, o Sul devastado e a consolidação dos interesses políticos e econômicos da região Norte.

Guerra da Secessão
Guerra da Secessão

Diferenças entre norte e sul

Em 1860 predomina na região norte dos Estados Unidos a economia agrícola dos farmers (pequenos produtores), e a indústria com trabalho assalariado.

O sul está organizado em grandes plantações algodoeiras cultivadas por escravos negros. A eleição de Abraham Lincoln como presidente, em 1861, com uma plataforma política nortista, coloca a União em confronto com os sulistas.

Guerra de Secessão – Guerra civil

As tensões entre norte e sul crescem devido às divergências sobre a introdução de uma política protecionista, defendida pelo norte, e à campanha abolicionista.

São criadas sociedades nortistas que ajudam a fuga de escravos para o norte, onde ganham a liberdade. Alguns Estados do sul decidem então se separar e criam a Confederação dos Estados da América (por isso passam a ser chamados de confederados), com capital em Richmond, Virgínia. Apesar de não ser um abolicionista radical, Lincoln não aceita o desmembramento da União e declara guerra ao sul.

A resistência sulista é muito violenta, apesar da inferioridade de forças e do bloqueio naval estabelecido pelo norte. Para conseguir o apoio dos negros, Lincoln emancipa os escravos em 1863. Em abril de 1865 os confederados se rendem. Dias depois Lincoln é assassinado por um escravista fanático durante uma apresentação de teatro.

Conseqüências da Secessão

A guerra faz 600 mil mortos, causa prejuízos de US$ 8 bilhões e deixa o sul destruído. Mesmo com o fim da escravidão os negros continuam sem direito à propriedade agrícola e sofrem discriminação econômica, social e política.

Abraham Lincoln (1809-1865) nasce no Estado de Indiana, filho de imigrantes ingleses. Começa a trabalhar muito jovem e, sem poder freqüentar uma escola, torna-se autodidata.

Forma-se em direito e entra para a carreira política elegendo-se várias vezes como deputado e senador. Em 1861 é eleito décimo sexto presidente norte-americano, defendendo entre outras coisas, a emancipação gradativa dos escravos dos EUA. Para conter a iniciativa separatista dos Estados do sul – escravocratas -, dá início à Guerra da Secessão (1861-1865).

É assassinado por um ator escravista fanático numa apresentação de teatro em Washington dias depois da rendição dos sulistas.

Guerra da Secessão – Revolução Americana

Na Revolução Americana, as colônias inglesas estavam divididas entre o Norte e o Sul. Mesmo com a independência dos Estados Unidos, as diferenças políticas e econômicas entre os estados do norte e do sul permaneceram, o que acabaram por gerar a Guerra de Secessão.

No norte predominava a atividade comercial e o trabalho era realizado pelos brancos. No sul predominava a plantação de algodão e o trabalho era escravo.

Os sulistas tinham nas exportações de algodão para a Europa seu progresso econômico. A aristocracia do sul queria baixar tarifas de importação e exportação. Já a burguesia do norte, que pretendia formar um mercado interno forte, defendia uma política tarifária protecionista.

Nesse período, disputavam o poder duas tendências. Uma relacionada com os interesses do sul, defendendo a escravidão e medidas para facilitar a exportação de matéria-prima (principalmente algodão).

A outra tendência era relacionada com os interesses do norte, querendo incentivo a produção industrial e que se formasse um mercado interno.

O país se chamava Estados Unidos, mas só no nome, não na realidade. Os estados do sul e os do norte trabalhavam de maneira diferente, pensavam diferente, viviam diferente.

No norte havia a lavoura em pequena escala, o transporte por navios, as manufaturas que cresciam – tudo produzido pelo trabalho do branco; no sul havia a monocultura, com o trabalho do negro. As duas divisões, tão diversas em sua maneira de viver, tinham que se separar. O comerciante, o industrial ou banqueiro do norte, ganhando força nova com a Revolução Industrial, tinha que se haver com as classes proprietárias de terras do sul. Essa luta se arrastou durante 60 anos, e finalmente eclodiu com a guerra civil. (…)

Todo estrangeiro que visitasse os Estados Unidos era alertado pela grande diferença que existia entre as duas regiões – sempre a favor do norte. Quando alguém saía do sul e entrava no norte, via uma grande alteração.

Passava de uma atmosfera preguiçosa, sonolenta, para outra ativa, mais rápida; deixava para trás os campos abandonados e exaustos, com suas mansões caindo aos pedaços e entrava numa região de fazendas bem cuidadas, dirigidas com eficiência, além de cidades progressistas; esquecia-se da impressão causada pelos algodoais sem fim ao ver inúmeras fábricas, minas, canais, estradas de ferro, lojas, colégios e bancos.

Enquanto os sulistas ricos tinham empregado todo o seu dinheiro em uma coisa só – o algodão, os nortistas de posses tinham empregado o capital em várias coisas diferentes – fábricas, minas, bancos, ferrovias.

Enquanto que o capital sulino convertia-se em mais negros, ou numa vida de luxo, para um pequeno grupo de plantadores, o capital nortista era encaminhado para numerosos planos de negócios, que edificavam o norte e proporcionavam enormes lucros aos capitalistas.

A expansão territorial

Após a independência, os Estados Unidos cresceram com as imigrações dos europeus, que buscavam novas oportunidades. Houve um crescimento populacional significativo e conseqüentemente uma expansão territorial (de 1820 a 1860) com a incorporação dos estados da Flórida, Califórnia, Louisiana, Nevada, Utah, Arizona, Novo México e Oregon.

Em 1862 o Homestead Act permitiu a distribuição gratuita de terras aos estrangeiros, para estimular a ocupação dos territórios.

A interiorização da ocupação ocorreu com a marcha para o Oeste. A conquista para o oeste foi muito importante para a ampliação do mercado interno. Houve a ocupação de territórios indígenas (ocasionando a morte de muitos índios) e de países vizinhos. Esses novos conquistadores iam em busca de riquezas.

Quando houve a descoberta de ouro na Califórnia muitos deixaram seus empregos e com toda a família se aventuraram na travessia do oeste em busca de riqueza para melhorarem de vida.

Com toda essa expansão, a fronteira dos Estados Unidos estendeu-se até o oceano Pacífico, o que permitiu, através dele, estabelecer relações econômicas com os mercados orientais.

A escravidão

Para os abolicionistas do norte, a escravidão era um obstáculo à política capitalista industrial do estado do norte. Com isso eles pretendiam limitar a escravidão apenas aos estados do sul.

Eles defendiam o trabalho assalariado, com mão-de-obra dos imigrantes europeus.

Para a aristocracia do sul o trabalho escravo era a base de sua agricultura. Os fazendeiros achavam que era impossível produzir riquezas sem o trabalho escravo.

Em 1815 houve a extinção do tráfico de escravos, que passaram a ser vendidos no contrabando.

Havia muitas divergências em relação a esse assunto. Uns achavam que deveria haver a abolição total da escravidão, já outros defendiam que cada estado deveria tomar sua própria decisão em relação a escravidão.

A questão política

Em 1860 ocorreu eleições para presidente da República. Até então, o comando político estava nas mãos dos sulistas, representado pelo Partido Democrata.

Quem venceu as eleições foi o candidato do Partido Republicano, o abolicionista Abraham Lincoln.

Com uma eloquência que nenhum presidente desde Jefferson jamais atingira, defendeu a preservação da União. “Os acordes místicos da memória”, disse ele, “estendendo-se de cada campo de batalha e de cada sepultura de patriota até cada coração vivo e sadio em toda esta vasta terra, engrossarão o coro da União quando novamente tocados, como certamente o serão, pelos melhores anjos da natureza.” Ao tentar tocar esses acordes, tranquilizou o Sul, nos termos os mais claros, dizendo que não toleraria ato algum contra a escravidão nos estados onde ela já existia.

Sellers et alii.Uma reavaliação da história dos Estados Unidos.

Rio de Janeiro: Zahar, 1990.p.191

Apesar das promessas de Lincoln, os estados do sul se revoltaram e resolveram se separar da União.

Inicialmente a Carolina do Sul e depois mais dez estados fizeram a separação da União e formaram os Estados Confederados da América, tendo Jefferson Davis como presidente da Confederação.

Apesar da desvantagem dos sulistas, pois o norte era muito mais forte militarmente e possuía uma população muito maior, no dia 12 de abril de 1861 a guerra começou.

As tropas sulistas atacaram o forte Summer da União que ficava localizado na Carolina do Sul.

Durante a guerra

As tropas sulistas eram comandadas por Albert Sidney, Thomas Jackson e Robert Lee. Os sulistas conseguiram vencer algumas batalhas no início da guerra; faltavam bons estrategistas do lado do norte.

Durante o conflito o sul passou por dificuldades pois não conseguiam material necessário e dependiam financeiramente do norte.

Houve um bloqueio no mar por parte do norte impedindo navios ingleses e franceses de trazerem material militar para as tropas sulistas.

No auge do conflito, Robert Lee com seus soldados sulistas tentaram atacar a Pensilvânia, centro industrial do norte, mas foram derrotados na Batalha de Gettysburg.

Em 1863, Lincoln decretou a abolição da escravidão

Finalmente, a 1º de janeiro de 1863, baixou a Proclamação da Emancipação. Esse famoso documento, porém, não foi a medida de aplicação universal que freqüentemente se alega.

Libertava apenas os escravos que viviam em áreas rebeldes – aqueles que, no momento, estavam fora do alcance da lei da União – e justificava o gesto, que era principalmente retórico, sob fundamentos de “necessidade militar”. Só com o avanço dos exércitos da União é que a liberdade proclamada pelo documento tornou-se realidade para os escravos. E apenas em 1865, quando a Décima Terceira Emenda proibiu a escravidão em todo o país, é que a medida tornou-se parte da Constituição.

Sellers et alii, op. cit., p.197

Em 1864 as tropas sulistas comandadas por Grand e Sherman conseguiram algumas vitórias.

Em 6 de abril de 1865, sem alimentos, armas e financeiramente arrasado, o sul rendeu-se. Era o fim da guerra, que deixou cerca de 600 mil mortos.

Guerra da Secessão – História

Secessão, na história dos EUA, a retirada de 11 estados escravistas (estados nos quais a posse de escravos era legal) da União durante 1860-61 após a eleição de Abraham Lincoln como presidente.

A secessão precipitou a Guerra Civil Americana.

secessão teve uma longa história nos Estados Unidos – mas mais como uma ameaça do que como uma dissolução real da União.

Os pró-secessionistas encontraram justificativa filosófica para alterar ou abolir um governo e instituir um novo na Declaração da Independência. Mais especificamente, aqueles que sustentavam que a União era simplesmente um pacto entre os estados argumentaram que os estados poderiam se separar desse pacto da mesma forma que antes haviam aderido a ele.

Embora nunca tenham aconselhado a secessão, James Madison e Thomas Jefferson enunciaram claramente a doutrina do pacto de direitos dos estados nas Resoluções da Virgínia e Kentucky de 1798.

Seus oponentes políticos, federalistas da Nova Inglaterra, consideraram brevemente se retirar da União na Convenção de Hartford em 1814.

A questão do Mississippi suscitou indícios de secessão de estados escravistas, mas o famoso Compromisso de Missouri (1820) acalmou temporariamente a agitação. Os carolinianos do Sul, no entanto, chegaram à beira da secessão na década de 1830 por causa da questão tarifária.

Dos anos 1840 a 1860, os sulistas frequentemente ameaçaram se retirar da União à medida que o sentimento antiescravista no Norte se fortalecia. O Compromisso de 1850 facilitou algumas das lutas setoriais, mas o problema de permitir ou proibir a escravidão nos territórios ocidentais continuou a inflamar a opinião de ambos os lados ao longo da década de 1850.

O Partido Republicano se formou nesta década em torno da ideia de que os territórios deveriam permanecer livres; ou seja, a posse de escravos não deve ser permitida neles.

Os sulistas juraram que a eleição de um presidente republicano em 1860 tornaria a secessão uma certeza. Quando o Partido Democrata se desintegrou em 1860 por causa da questão da extensão da escravidão, Lincoln foi eleito o primeiro presidente republicano.

Em 20 de dezembro de 1860, uma convenção especial convocada na Carolina do Sul aprovou por unanimidade uma ordenança de secessão. Mississippi, Flórida, Alabama, Geórgia e Louisiana seguiram em janeiro, e o Texas votou pela separação em 1o de fevereiro de 1861 – ainda mais de um mês antes de Lincoln ser realmente inaugurado. Pres. James Buchanan negou o direito de secessão, mas também negou o direito do governo federal de usar a força contra os estados separados.

Lincoln esperou um mês após sua posse antes de decidir enviar provisões para Fort Sumter, no porto de Charleston, na Carolina do Sul. Em 12 de abril de 1861, os canhões confederados abriram fogo contra o forte e a Guerra Civil começou. Forçados agora a fazer uma escolha entre a União e a Confederação, os estados do Upper South – Virgínia, Carolina do Norte, Arkansas e Tennessee – votaram pela separação.

Guerra da Secessão – LINCOLN E GARIBALDI

Guerra da Secessão O presidente americano Abraão Lincoln

Origem da Guerra

Um pesquisador italiano que foi autorizado pela Casa Savoia, a família real italiana destronada em 1946, a organizar seus arquivos, encontrou um importante documento.

Apesar de ter apenas o tamanho de um cartão postal, ele revelou que Giuseppe Garibaldi, recebera um convite do Presidente Lincoln dos Estados Unidos para ir comandar o exército da união no início da guerra de Secessão americana (de 1861-65).

O presidente americano Abraão Lincoln

Abraão Lincoln foi eleito o 16º Presidente dos Estados Unidos em 1860 com 1.866.452 votos, o que lhe proporcionou 180 votos eleitorais, 57 acima dos seus outros competidores. Entretanto, essa unanimidade era apenas aparente, pois não foi acatada pelos estados escravistas do sul. Na Carolina do Sul, um bastião dos senhores de escravos, uma convenção reunida em dezembro de 1860, imediatamente declarou-se fora da União. Lincoln, apoiado por uma coalizão variada que abarcava artesãos, operários e empresários ianques, fazendeiros do meio-oeste, pequenos proprietários, e recém-chegados sedentos por terras no oeste (os militantes do free soil), além de históricos abolicionistas, era visto como um candidato do Norte comprometido com o fim do trabalho escravo.(*) Naquela data, 1/8 da população norte-americana era composta por africanos e seus descendentes, completamente privados de liberdade.

A formação da Confederação do Sul: nos quatro meses seguintes à vitória de Lincoln, onze estados do sul formaram os Estados Confederados, com capital em Richmond na Virgínia, situada apenas há 190 quilômetros de Washington. Os separatistas aprovaram uma nova constituição e até escolheram Jefferson Davis como presidente provisório.

O estopim do conflito deu-se quando forças confederadas atacaram de surpresa o Forte Sumter na Carolina do Sul, no dia 12 de abril de 1861.

Sob o ponto de vista constitucional nada obrigava um estado a permanecer na União.

O próprio nome do país dizia isso: Estados Unidos da América. Porém não se tratava disso. Não eram os direitos dos estados que estavam realmente em jogo. O que os sulistas queriam é perpetuar a escravidão, que não houvesse a abolição. Como consequência agiram como se fossem duas nações hostis, a guerra do sul contra o norte ameaçou desmembrar a antiga unidade herdada dos tempos das 13 colônias que lutaram pela independência.(**)

(*) O apoio que ainda poderia existir no Norte a favor da escravidão esvaiu-se com o livro Uncle Tom’s Cabin (A cabana do Pai Tomás) de Harriet Elizabeth Stowe uma ardente abolicionista que o publicou em 1852.

(**)

Estados Confederados (11) Estados da União (23)
Virgínia, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Geórgia, Flórida, Alabama, Mississippi, Louisiana, Arkansas, Texas e Tennessee Virgínia ocidental (separada da oriental em 1861), Maryland, Delaware, Nova Jérsei, Connecticut, Rhode Island, Massachusetts, Maine, Nova Iorque, Vermont, Pensilvânia, Ohio, Indiana, Kentucky, Illinois, Missouri, Iowa, Wisconsin, Michigan, Minnesota, Kansas, Oregon e Califórnia

A mobilização do norte: não foi uma surpresa o que ocorreu. Nos últimos vinte anos era cada vez mais latente a tensão entre o Norte, democrático, industrial, a favor do solo livre, do trabalho livre e do homem livre (free soil, free labour, free men), que se contrapunha ao Sul oligárquico, agrário e escravista. Desde a Revolução de 1776, ensejada a favor da liberdade dos colonos, os americanos se desentendiam na questão escravista. Durante muito tempo os presidentes vieram do sul o que serviu para postergar o problema, mas na última década, entre 1850-1860, por força da imigração européia e o crescente debate moral sobre a validade da continuidade da escravidão, a balança inclinara-se para o Norte.

A campanha eleitoral de Lincoln fora extraordinária pelas emoções que despertara. Apesar dele ser cauteloso quanto a sua posição sobre a escravidão, as forças que o apoiavam não escondiam as intenções pró-abolição(*). Como ele bem disse num celebrado discurso sobre a casa dividida, a América não podia viver eternamente metade livre, metade escrava! (half free, half slave).

Portanto, quando o repto veio do Sul, Lincoln determinou-se ir à guerra em defesa da União ameaçada. Naquele mesmo mês de abril fez aprovar pelo Congresso uma convocação de 65 mil homens para a guerra.

Os tiros contra o Forte Sumter incendiaram a nação. A América do Norte passaria mergulhada os quatro anos seguintes na mais sangrenta guerra até então travada no Novo Mundo.

(*) Lincoln numa carta ao Ne York Tribune, escrita 17 meses depois da guerra ter andamento, afirmou: “Meu principal objetivo nesta luta é salvar a União e não salvar a escravidão nem destruí-la; se eu pudesse salvar a União ao preço de não libertar um só escravo, eu o farias; e se pudesse salvá-la libertando todos os escravos, eu faria; se pudesse salvá-la libertando uns e abandonando a outros, também o faria” (cit. Por Willi Paul Adams “Los Estados Unidos de America,1979, pag.100)

A ilusão de uma guerra rápida: parece ser uma característica de qualquer guerra iludir os contendores de que a luta não irá durar muito. Assim deu-se com a Guerra de 1914. Não foi diferente com a da Secessão de 1861.Os generais nortistas, pressionados pela indignação da opinião pública ianque que exigia uma ação rápida de vingança contra os rebeldes do Sul, tiveram que preparar as tropa às pressas, a toque de tarol.

O general Winfield Scott, o idoso comandante em chefe de então, porém, recomendou cautela. Para ele o Sul só seria derrotado por um lento premer, pela “estratégia da anaconda”.

O Norte deveria triturar por primeiro o acesso aos portos do Sul, situados na costa atlântica, impedindo os confederados de exportarem seu algodão e de receberem armas de fora, isolando-os de qualquer apoio externo. Para tanto a Marinha nortista principiou um severo bloqueio estendido por 5.700 quilômetros de litoral – das alturas de Washington à Matamoros no Golfo do México.

A compressão final ocorreria pela articulação das manobras navais com as operações militares terrestres, levando a confederação ao sufocamento. Viram-no, ao general Scott, como uma versão americana de Fábio Cuntactor, o general romano que infelicitou-se por querer protelar a luta contra o cartaginês Aníbal. Não lhe deram ouvidos.

Guerra da Secessão Infantaria nortista lançando-se num assalto

Rumo a Bull Run, a primeira Manassas: no alto verão americano, no dia 16 de julho de 1861, 35 mil soldados sob o comando do general Irwin McDowell desfilaram com fanfarras pelas ruas de Washington, acompanhados pelos hurras da multidão. A missão deles era ocupar o entroncamento ferroviário de Manassas Junction, na Virgínia, há 45 quilômetros da sede federal, e dali tomar Richmond a capital confederada, e cabeça da serpente da rebeldia. Acreditavam que a guerra seria decidida numa só batalha.

Mas como logo o general McDowell deu-se conta, comandava um exército de estabanados recrutas e de milicianos convocados às pressas, sem nenhum experiência de combate real.

Seus homens não só assaltaram os campos de amoras pelo caminho como costumeiramente se embriagavam nas cantinas. A ação que devia ser rápida, como uma flecha disparada no coração do Sul, atrasou-se pelo caminho. Um pouco antes de atingirem Manassas, eles tiveram que transpor o caudaloso riacho de Bull Run.

O efeito surpresa desperdiçara-se pelo excesso de verdor dos recrutas ianques e pela falta de traquejo dos seus próprios oficiais (a última guerra em que eles tiveram ação fora a Guerra do México de 1846-8).

Ao amanhecer do dia 21 de julho McDowell, com seus 28 mil homens restantes abriu fogo contra as tropas do general sulista Pierre Beauregard, um descendente de franceses da Lousiana, e que se tornara herói dos sulistas ao tomar o Forte Sumter quatro meses antes.

A perda de tempo dos nortistas lhes foi fatal. Os confederados conseguiram reforços e graças a tenaz resistência do general Thomas Jackson, apelidado como Stonewall, “O muralha”, a ofensiva nortista fracassou.

No final do entrevero jaziam 2.950 cadáveres dos jaquetas azuis nos campos da Virgínia.

Washington foi tomada de pânico. O único exército que os nortistas tinham mais ou menos organizado quase que dissolveu-se.

Se os confederados tivessem percebido a extensão da desordem do inimigo teriam tomado a capital federal de assalto.

CONTATANDO GARIBALDI

Guerra da Secessão
O italiano Giuseppe Garibaldi

É bem provável que o Presidente Lincoln, ao saber do ocorrido, tenha se deixado contaminar pela situação ordenando que algum enviado seu fizesse contato com Giuseppe Garibaldi, o paladino do Risorgimento, a unificação nacional italiana. Um ano antes, numa campanha relâmpago comandada por ele, Garibaldi – chamado de o Herói dos Dois Mundos -, e seus Mille, os voluntários de camisa vermelha que o acompanhavam na aventura, derrotara o exército do Rei de Nápoles. Numa ação fulminante, vindo de Gênova só com dois barcos, desembarcando de surpresa na Sicília em 10 maio de 1860, ele tomou Palermo. Dali, voltando à península através do estreito de Messina, marchou até Nápoles que rendeu-se ao grande capitão em 7 de setembro de 1860. Com apenas 1.400 homens Garibaldi superara um exército de mais de 20 mil soldados, tal o entusiasmo patriótico que ele despertava na população que pegava em armas por onde o condottieri passava.

O feito foi tão extraordinário que a intelectualidade européia, de Victor Hugo a Alexandre Dumas, saudou “a fantástica aventura”. Friedrich Engels, o companheiro de Marx, um expert em assuntos militares, considerou o feito de Garibaldi como “uma das proezas militares mais assombrosas do nosso século e que seria quase inexplicável se o prestigio do general revolucionário não houvesse precedido a sua marcha triunfal”(New York Daily Tribune, 2 de junho de 1860).

Após ter feito a ilha da Sicília e a cidade de Nápoles integrarem-se ao restante da Itália, Garibaldi desmobilizou-se.

Rejeitou o grau de general que o Rei Vitório Emanuel II lhe oferecera e retirou-se para o seu refúgio na ilha de Cabrera nas Baleares. Provavelmente foi lá que um emissário de Lincoln o alcançou.

Sabe-se disso pela descoberta feita recentemente pelo pesquisador Arrigo Petracco de um documento encontrado entre os haveres da Casa de Savoia, a família real italiana. Nele, Garibaldi comunica ao rei, numa espécie de satisfação, o resultado do encontro.

No pequeno cartão postal escreveu: “Sua Alteza, o presidente dos Estados Unidos ofereceu-me o comando do seu Exército e eu me sinto obrigado a aceitar essa missão em favor de um país do qual sou cidadão.” (Garibaldi ao Rei Vitório Emanuel II, 1862)

A América e Garibaldi: desde 1836, quando viajara exilado para o Brasil, o condottieri italiano estreitara suas relações com a vida política da América.

Mal pôs os pés no cais do Rio de Janeiro aceitou lutar ao lado dos rebeldes na Guerra dos Farrapos na Província do Rio Grande do Sul, travada contra o Império brasileiro(entre 1835 e 1845). Mais tarde, envolveu-se com as lutas no Uruguai, participando do sítio de Montevidéu em 1843.

Guerra da Secessão
Garibaldi tomando Palermo na Sicília, 1860

O nome de Giuseppe Garibaldi tornou-se legendário pelas façanhas incríveis que era capaz de realizar, como da vez em que no Rio Grande do Sul transportou um barco com auxilio de carros de boi, por uns cem quilômetros, da Lago dos Patos até o litoral do Atlântico, e dali, navegando rumo à cidade de Laguna em Santa Catarina, emboscou os navios imperiais.

Foi nesta pequena cidade a beira mar que teve uma abrasante paixão por uma moradora local, Anita, que abandonou o marido para segui-lo numa vida de aventuras. Retornando à Itália mais tarde, em 1848, participou da Primavera dos Povos como representante na Assembleia Nacional reunida em Roma em 1849. Fracassada a unidade nacional, ele reembarcou para América, aportando em Nova Iorque em 1850.

Ao retornar à Itália em 1858, assumiu o comando dos Caçadores Alpinos que lutaram contra os austríacos pela unificação da península, articulada pelo Conde de Cavour, Ministro do Reino Sardo-piemontês.

Considerações sobre o convite de Lincoln: Garibaldi via-se um combatente da liberdade, sempre disposto a desembainhar a espada por uma boa causa quando ela aparecia.

Assim não se deve estranhar nem o convite, nem Garibaldi inicialmente tê-lo aceito. Porém a viagem para salvar o Norte não se deu. Uns estudiosos apontaram que o motivo foi Lincoln ter-se negado, ainda aquela altura, decretar a abolição da escravidão (decisão que Lincoln somente oficializou com a Proclamação da Emancipação, assinada em 1º de janeiro de 1863, depois da vitória nortista em Antietam), o que desgostara Garibaldi, fazendo-o desistir. Historiadores norte-americanos por sua vez dizem que o convite jamais foi para que Garibaldi assumisse o comando supremo (General-in Chief of the Armies of the United States), mas sim o posto de general-de-brigada. Lincoln, dizem eles, não ousaria entregar o exército norte-americano inteiro, envolvido numa guerra civil, a um estrangeiro, mesmo a uma lenda viva como era Garibaldi. Outros ainda acreditam num mal entendido. Seja como for Garibaldi não veio.

AS BATALHAS MORTÍFERAS ENTRE SUL E NORTE

Guerra da Secessão
O caminho de Antietam, 17 de setembro de 1862:”o dia mais sanguinário da América”

A Guerra de Secessão americana é apontada pela maioria dos estrategistas militares como uma fonte inesgotável de erros crassos na difícil arte de conduzir uma batalha.

Desde o princípio evidenciou-se que os confederados tinham melhores comandantes, possivelmente pela tradição aristocrática dos costumes sulistas que associavam o grande proprietário de terras à arte de saber liderar homens, enquanto que os oficiais nortistas, geralmente vindos da classe média, tiveram que aprender a fazê-lo ao longo da guerra. Os generais de ambos os lados optaram, em geral, por ataques frontais contra as defesas dos adversários, levando em pouca conta os efeitos mortais das barreiras de tiros, tanto da artilharia como das fuziladas da infantaria entrincheirada. O efeito disso é que as batalhas tornaram-se, mais do que em qualquer outra época, açougues em céu aberto.

O ataque do general nortista Ulisses Grant em Shiloh Church, no Rio Tennessee – onde o seu auxiliar, o general Sherman gritou “Give them hell!” (dêem o inferno a eles!) -, por exemplo, provocou a morte de 25 mil americanos.

Em Antietam, um riacho no estado de Maryland, nas margens do qual o general nortista George McLellan deteve a ofensiva do comandante supremo do Sul, o general Robert Lee, fez com que num só dia de batalha, o 17 de setembro de 1862 – chamado “America’s Bloodiest Day”, o mais sangrento dia da América – 22.726 homens morressem ou ficassem gravemente feridos (mais do que as baixas sofridas no Dia-D na Normandia, em 1944).

Enquanto que em Gettysburg, na Virgínia, entre os dias 1º e 3 de julho de 1863, quando o general Robert Lee ordenou um desastroso avanço em campo aberto, a “Pickett’s charge”, o assalto do general Pickett, direto ao centro das defesa do general nortista George Mead, provocou 51 mil baixas de ambas as partes, ou seja 1/3 dos soldados que participaram da grande batalha.(*)

(*) Outras batalhas importantes foram:

Fort Donelson [2 de dezembro de 1862, com 15067 (s) e 2.832(n) mortos]; Seven Day’s battle [de 25 de junho a 1º de julho de 1862, com 20.614 (s) e 15.849(n) mortos]; a Segunda Manassas [28 de agosto de 1862, com 9.197 (s) e 16.054 (n) mortos]; Fredericksburg [11 de dezembro de 1862, com 5.309(s) e 12.653 (n) mortos]; Chancelorsville [1º de maio de 1863, com 12.764 (s) e 16.792 (n) mortos; Vicksburg [18 de maio de 1863, com 31.275(s) e 4.550 (n) mortos] Chickamauga[ 19 de setembro de 1863, com 18.454 (s) e 16.179 (n) mortos] ; Wilderness [5 de maio de 1864, com 11.400(s) e 18.400 (n) mortos]; Spotsylvania [12 de maio de 1864, com 12.000(s) e 18.000(n) mortos] e, Atlanta [22 de julho de 1864, com 8.000(s) e 3.722(n) mortos].

Guerra da Secessão
Lincoln e o general Grant inspecionando o fronte

O ataque indireto do general Sherman: William Tecumseh Sherman, um general nortista de 44 anos, é apontado pelos estrategistas como uma exceção entre os militares ianques, notoriamente medíocres.

Substituindo Ulisses Grant, nomeado por Lincoln para o importante fronte da Virgínia em 1864, Sherman conduziu um surpreendente reide à retaguarda do Sul.

Partido do Meio-oeste com um exército de 60 mil homens inteiramente composto pela cavalaria, ele executou um impressionante ataque em direção à Atlanta, capital da Geórgia, entroncamento ferroviário e celeiro do Sul, distante há 200 quilômetros da sua base. Sherman criara, conforme suas próprias palavras, uma “máquina móvel disposta e capaz de funcionar quase instantaneamente e subsistir com o mínimo de alimentação”. Por onde passou tal máquina, arrasou tudo, pontes, celeiros, fazendas, postes de telégrafo, trilhos de trem, vilarejos e cidades.

Guerra da Secessão
W.T.Sherman, guerra total contra o Sul

Sherman, fundador da guerra total: consideram-no um dos fundadores da guerra moderna, da guerra total, isso é, aquele que faz guerra simultaneamente ao exército e aos civis, à economia e ao povo do país. Em setembro de 1864 ele tomou e incendiou Atlanta, feito que garantiu a reeleição de Lincoln em novembro daquele ano. Depois rumou para o mar, em direção às Carolinas, para arrasar as linhas que abasteciam os exércitos de Robert Lee, mais ao norte, na Virgínia. O efeito psicológico da campanha de Sherman, que cavalgou combatendo por 680 quilômetros no território inimigo, foi devastador, quebrando a moral dos soldados sulistas e forçando o seu alto comando a render-se.

Por vezes seus batedores, punham os defensores sulistas a correr simplesmente lhes dizendo: “Somos os incursores de Bill Sherman… Será melhor vocês fugirem!” Ao socar rudemente no estômago do Sul, ele afroxou a mão que empunhava o fuzil.

As baixas da guerra de secessão: no total, a Guerra Civil americana contabilizou 10.000 batalhas, combates, recontos e escaramuças, ao longo de quatro anos.

Esta encerrou-se com um Sul exausto e batido, obrigando a rendição do general Robert Lee no Palácio da Justiça em Appomatox, na Virgínia, perante o general Ulisses Grant, no dia 9 de abril de 1865. O crescente aumento do potencial de fogo, a imperícia e escassa habilidade dos generais americanos, a pressão para uma batalha decisiva, somado ao progressivo ódio entre irmãos, fez com que no final da guerra os Estados Unidos tivessem 624.511 mortos, um pouco menos do que os americanos perderam em todas as guerras que participaram até os dias de hoje, que apontam para 636.237 mortos.

GARIBALDI E LINCOLN

Guerra da Secessão
Bull Run, a primeira batalha de Manassas,
21 de julho de 1861, uma ducha na idéia de uma guerra breve

O herói italiano sobreviveu a Lincoln, e ainda viveu vinte anos mais, morrendo aos 75 anos coberto de honras em 1882.O presidente norte-americano não chegou a saborear a vitória contra o Sul.

Em meio aos festejos pelo fim da guerra, Lincoln foi assassinado a tiros aos 56 anos, cinco dias depois da rendição do general Robert Lee, quando assistia uma peça no camarote do Teatro Ford em Washington, em 14 de abril de 1865.

O autor do atentado era um conhecido ator dramático chamado John Wilkes Booth, um sulista radical que viu no gesto de atirar em Lincoln uma maneira de vingar-se da derrota. Garibaldi e Lincoln foram, em partes diferentes do mundo, um na Europa outro no Novo Mundo, campeões da luta pela unidade nacional.

Os inimigos do italiano eram os austríacos, o governo Bourbon das Duas Sicilias, e o Vaticano (a Igreja por possuir territórios pontifícios nas redondezas de Roma, era contra a unidade nacional italiana).

Os inimigos de Lincoln eram os sulistas em geral, e os donos de escravos em particular, que desejavam manter o nefando regime servil, chamado por eles de “peculiar instituição”, intocado.

Em defesa do estado-nacional: enquanto Garibaldi esforçou-se por ampliar os limites do estado-nacional Italiano, ajudando a restaurar as antigas margens do império romano na península (Os Alpes ao norte, o Mar Tirreno e o Mar Adriático, a oeste e a leste, e a ilha da Sicília ao sul), Lincoln foi à guerra para preservar a União norte-americana ameaçada de dissolução. Ambos, nascidos em famílias modestíssimas, foram representantes do poderoso movimento liberal- democrático que começou a retomar suas forças depois do fracasso da Revolução de 1848, porém se Garibaldi acatava subordinar-se a uma Monarquia constitucional, Lincoln era um republicano autêntico.

Fonte: www.conhecimentosgerais.com.br/br.geocities.com/www.wisegeek.com/educaterra.terra.com.br

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