Afeganistão

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Afeganistão – História

Capital: Kabul
Área:
 652.225 km²
Países vizinhos: Afeganistão faz fronteira com o Paquistão, Irã, Turcomenistão, Uzbequistão, Tadjiquistão e China
Continente: 
Ásia
Moeda: 
Afegane afegão

Os primeiros registros históricos sobre o Afeganistão datam do século VI a.C, quando foi incorporado ao império persa. Juntamente com os persas, a região foi subjugada, depois, por Alexandre, o Grande (século IV a.C).

Após sua morte, a região caiu sob o domínio de um general de Alexandre, Seleucus I, mais tarde do rei indiano, Chadragupta e, mais uma vez, de uma dinastia grega que se estabeleceu em Bactria, ao norte do Afeganistão, e que fundou um estado que durou até 130 a.C.

Este estado greco-bactriano se rendeu aos nômades iranianos, chamados de Sakas e adotaram o budismo como religião. Nos séculos III e IV d.C, os persas sassânidas invadiram o país e lá permaneceram até a chegada dos árabes, em meados do século VII d.C.

Séculos se passaram antes que o Islam se transformasse na religião dominante. O controle político árabe, enquanto isso, foi substituído por governos turcos e iranianos.

A total ascendência turca sobre a região foi estabelecida mais tarde, no final do século X e início do século XI pelo sultão muçulmano Mahmud de Ghazna (971-1030).

A cultura islâmica depois alcançou o seu auge sob a dinastia dos ghuridas. Aos poucos, eles ampliaram seu governo até o norte da Ìndia, mas foram esmagados pelas invasões mongóis, lideradas por Gêngis Khan, que chegou do norte, em torno de 1220.

A maior parte do país permaneceu sob domínio mongol até perto do século XIV, quando Tamerlão, um conquistador turcomano ocupou o norte do Afeganistão.

Entre os mais notáveis sucessores de Tamerlão, estava Babur, fundador da dinastia mogol na Índia, que conquistou Cabul em 1504.

Mais tarde, no século XVI, os safávidas do Irã e os uzbeques do norte fizeram incursões na região.

Os sucessores mogóis e iranianos de Babur enfrentaram contínuas revoltas afegãs.

Durante o século XVI, os afegãos começaram a ganhar poder.

A tribo ghilzai conquistou Isfahan, a capital iraniana, em 1722.

Em sequida, uma vigorosa contraofensiva iraniana foi iniciada pelo governante turcomano, Nadir Shah, que em 1738, restabeleceu a autoridade iraniana sobre todo o Afeganistão.

Nadir foi assassinado em 1747, e foi substituído por Ahmad Shah, um general da tribo abdali, que fundou uma dinastia que permaneceu no poder até 1818.

Ahmad Shah ficou conhecido como Durri-i-Dauran e os abdalis como os duranis. Ahmad Shah aumentou seus domínios, conquistando o leste do Irã, o Beluquistão, a Caxemira e parte do Punjab. Em 1826, Dost Mohammad Khan, um membro de uma proeminente família afegã, assumiu o controle do leste do Afeganistão e tomou o título de emir.

No século XIX, o Afeganistão tornou-se palco de uma acirrada disputa entre os impérios russo e britânico.

Em 1839, tropas inglesas invadiram o país, sendo repelidas ao final de quatro anos de combates. Mais tarde, uma nova guerra (1878 – 1880), colocou a monarquia afegã sob a tutela britânica até 1919, quando o país conquistou a sua independência. Abd-ar-Rahman Khan, neto de Dost Mohammad Khan assumiu o trono.

Em 1907, durante o reinado de Habibullah Khan, o filho e sucessor de Abd-ar-Rahman-Khan, os governos inglês e russo concluíram o acordo de respeito mútuo, que garantia a integridade territorial do Afeganistão.

Habibullah foi assassinado em 1919 e seu irmão, Nasrullah Khan, que assumiu assumiu o trono por apenas 6 dias, foi deposto pela nobreza afegã, em favor de Amanullah Khan, filho de Habibullah.

Determinado a retirar seu país completamente da esfera inglesa de influência, ele declarou guerra à Inglaterra.

Os ingleses, que ao mesmo tempo enfrentaram o crescente movimento de libertação indiano, negociaram um tratado de paz com o Afeganistão, pelo qual reconheciam a soberania do país e a independência da nação.

A popularidade e o prestígio que Amanullah tinha conquistado logo se dissiparam. Profundamente impressionado com os programas modernizantes do Irã e da Turquia, ele instituiu uma série de reformas políticas, sociais e religiosa.

O governo constitucional foi inaugurado em 1923, os títulos de nobreza foram abolidos, a educação foi estabelecida para as mulheres e outras medidas mais amplas que modernizavam as instituições tradicionais foram reforçadas.

A hostilidade provocada pelo programa de reformas do rei levaram à revolta de 1929 e Amanullah abdicou e se exilou. Depois de alguns distúrbios, o governo foi passado para Nadir Shah.

O novo governo, aos poucos, restabeleceu a ordem no reino. Em 1932, Nadir iniciou um programa de reformas econômicas mas foi assassinado no ano seguinte.

Seu filho e sucessor, Zahir Shah, que tinha apenas 19 anos quando assumiu, foi dominado por 30 anos por seus tios e primos, principalmente seu primo e, mais tarde cunhado, Príncipe Mohammad Daud Khan.

O governo intensificou o programa de modernização iniciado por Nadir Shah e estabeleceu relações comerciais com a Alemanha, Itália e Japão.

Zahir Shah declarou a neutralidade do Afeganistão quando eclodiu a II Guerra Mundial. No entanto, em 1941, a pedido da Inglaterra e da ex-União Soviética, mais de duzentos agentes alemães e italianos foram expulsos do país. Os Estados Unidos estabeleceram relações diplomáticas com o país em 1942. Em novembro de 1946, o Afeganistão tornou-se membro das Nações Unidas.

No ano de 1953, o primeiro-ministro Daud Khan lançou um programa de modernização da economia, com a ajuda financeira da ex-União Soviética. Renunciou ao cargo em 1963, mas voltou ao governo em 1973, à frente de um golpe militar que depôs o rei Zahir e proclamou a República. Daud tornou-se presidente e durante seu governo contribuiu para o reforço da influência soviética sobre o país.

Em 1974, grupos islâmicos rebelaram-se contra o novo regime mas foram derrotados. Em abril de 1978, Daud foi deposto e morto pelos militares que o haviam conduzido ao poder. Mohamed Taraki, seu sucessor, implantou o regime de partido único, de inspiração comunista. Grupos islâmicos apoiados pelo Paquistão iniciaram as guerrilhas.

Acirrou-se a luta de facções no partido do governo, o Partido Democrático do Povo Afegão, de linha comunista. Incapazes de conter a rebelião, Taraki e Amin pediram ajuda à Rússia. Apesar do apoio militar, a resistência ao governo continuou em 1979. Em dezembro, Amin foi destronado e morto e o Afeganistão foi ocupado por tropas soviéticas. A ex- União Soviética colocou no lugar Babrak Karmal, o antigo vice-presidente. Embora ele tentasse aplacar os rebeldes, a insurreição persistiu e mais de 3 milhões de afegãos fugiram para o vizinho Paquistão. Durante os anos 80, forças do governo e cerca de 118.000 soldados soviéticos ocuparam as estradas e cidades principais, mas não conseguiram desalojar os rebeledes, que tiveram a ajuda da CIA americana. Em maio de 1986, Karmal renunciou, alegando motivos de saúde e foi substituído por Mohammad Najibullah, ex-chefe da polícia secreta.

Em 1989, a ex-União Soviética completou sua retirada do país, iniciada no ano anterior, em cumprimento a um acordo de paz assinado em Genebra. Continuou, no entanto,. a sustentar o regime afegão, a essa altura liderado por Mohammad Najibullah, ex-chefe da polícia secreta que havia derrubado Karmal em 1986. Os conflitos prosseguiram. Uma ofensiva da guerrilha, em abril de 1992, provocou a renúncia de Najibullah, diante das pressões de membros do governo, que negociaram a entrega do poder.

A perspectiva da vitória próxima agravou e trouxe à tona as divergências entre grupos rebeldes rivais. Uma ala, com quartel-general no Paquistão, defendia a instalação de um governo islâmico moderado, aberto a influências do Ocidente. Outros grupos, ligados ao Irã, queriam um estado teocrático, com a aplicação rigorosa da shari’ah.

Em abril de 1992, grupos guerrilheiros rivais ocuparam Cabul, a capital do país e começaram a lutar entre si.

O Conselho Islâmico assumiu o poder e escolheu Sibhatullah Mohaddedei para a presidência. Entretanto, o líder da facção guerrilheira mais radical, Gulbuddin Hekmatyar, não aceitou o novo governo e comandou um bombardeio aos bairros da capital, controlados por seus adversários. O Conselho Islâmico escolheu, então,um novo presidente, Burhanuddin Rabbani.

Em 1993, os combates se haviam espalhado por todo o país, dividindo-o em zonas autônomas, sob o controle de grupos locais. Diante desse quadro, foi assinado um acordo de paz, segundo o qual Rabbani continuava na presidência e Hekmatyar se tornaria o primeiro-ministro. Mas o acordo não foi cumprido e os combates se agravaram. Prosseguiu, assim o êxodo de refugiados para o Paquistão e para o Irã. A essa altura, os 15 anos de guerra no Afeganistão já haviam deixado um saldo de 2 milhõe de mortos e 6 milhões de refugiados.

A partir de 1994, enquanto facções simpáticas a Rabbani ocupavam Cabul, um grupo de sunitas fundamentalistas, conhecido como Taleban, conquistava o controle da maior parte do país.

O Taleban era um grupo formado por estudantes fundamentalistas muçulmanos, que defendiam práticas extremistas, como a exclusão social das mulheres. Liderado por Mohammed Umar, e com provável apoio do vizinho Paquistão, o Taleban ganhou popularidade e passou a controlar um terço do Afeganistão. Ameaçou invadir Cabul e exigiu a saída de Rabbani e a criação de um estado islâmico “puro”.

Em março, as forças de Rabbani revidaram com um ataque o Taleban e expulsaram a milícia da área de Cabul. Em setembro, a milícia tomou a cidadde de Herat, no extremo oeste do país.

Em setembro de 1996, os talebans entraram na capital e Rabbani e seus partidários fugiram para o norte.

Najibullah foi executado junto com muitos de seu grupo e os taleban estabeleceram um conselho de governo composto de seis integrantes. O conselho, imediatamente começou a impor a sua marca de governo rigorosamente islâmico. Durante o ano de 1997, o Taleban buscou estender seu controle ao resto do país, mas encontrou uma resistência por parte de Rabbani e de seus aliados, que estabeleceram uma fortaleza no norte do país, perto de Mazar-e-Sharif.

Em julho de 1998, os Taleban iniciaram uma nova ofensiva e em agosto Mazar-e-Sharif foi ocupada, com a morte de muitos civis, inclusive um grupo de diplomatas iranianos, o que aumentou as tensões com o Irã.

Mais tarde, após o ataque às embaixadas americanas no Quênia e Tanzânia, os Estados Unidos atacaram com mísseis o que eles achavam ser um complexo de treinamento para terroristas internacionais do Afeganistão.

Provou-se que o prédio era uma fábrica de produtos químicos para a fabricação de remédios. Nesta mesma ocasião, os Estados Unidos acusaram o rico empresário saudita Osama bin Laden de estar envolvido em outros atos de terrorismo.

Quando o regime do Taleban se recusou a entregar bin Laden aos Estados Unidos para julgamento, a ONU impôs pesadas sanções ao Afeganistão, que como sempre, afetam a população deste país, já empobrecido em decorência das constantes guerras por que passou.

Em função dos conflitos armados que ainda se sucedem no Afeganistão, a expectativa de vida no país é a mais baixa do planeta. Além disso, o Afeganistão possui um dos mais altos índices de analfabetismo da Ásia.

Vizinhos do Afeganistão

Os seis países que fazem fronteira com o Afeganistão têm motivos para se preocupar com a crise. No mínimo, poderão sofrer com uma onda de refugiados. Na pior das hipóteses, poder enfrentar instabilidade ou guerras em seus próprios territórios.

Irã

Se opõem ao Talebã e já conta com cerca de 1,5 milhão de refugiados afegãos.

Terra da Revolução Islâmica, Teerã é questionada ideologicamente pelo regime fundamentalista do Talebã.

O presidente Mohammad Khatami acusou o Talebã de prejudicar a imagem do Islamismo, enquanto os conservadores que se opõem ao presidente elogiam o grupo afegão por sua visão estrita da religião.

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse que seu país vai condenar qualque ação que provoque uma “nova catástrofe humana” no Afeganistão.

Mas o presidente Khatami teria dado indicações de que não vai se opor a ações militares com alvos específicos.

Irã e Afeganistão quase entraram em guerra no final da década de 90 devido ao tratamento que o Talebã – muçulmanos sunitas – estavam dando à minoria xiita no país.

A tensão aumentou com a morte de diplomatas iranianos na guerra civil no Afeganistão.

O Irã fechou a fronteira com o Afeganistão com o objetivo de evitar uma nova onda de refugiados.

Paquistão

O país já conta com dois milhões de refugiados afegãos e deverá ser o foco de uma nova onda de refugiados, caso os EUA ataquem.

O Paquistão também é a principal rota de suprimentos para o Afeganistão – e um dos poucos países que reconhece a legitimidade do governo do Talebã.

O Talebã já ameaçou qualquer país que venha a dar apoio aos EUA, no caso de guerra, e o Paquistão parece ser a base mais óbvia para uma taque militar americano.

O governo do Paquistão já declarou seu apoio aos EUA, mas sua atuação deverá ser limitada pelo grau de apoio com que o Talebã conta entre os paquistaneses.

No pior cenário, o general Pervez Musharraf, que chegou ao poder através de um golpe de Estado, pode arriscar a estabilidade de seu governo ao ser atacado por grupos pró-Talebã e anti-EUA.

China

Há informações de que Pequim ordenou fechamento tanto da pequena fronteira com o Afeganistão como das fronteiras com o Paquistão, Tadjiquistão e Quirguistão.

O governo chinês está preocupado com os elos de ligação entre os separatistas muçulmanos da região de Xinjiang, no noroeste do país, e os militantes do Afeganistão.

Alguns dos guerrilheiros chineses teriam sido treinados em campos militares no Afeganistão.

A posição oficial da China em relação a uma retaliação militar americana é de que qualquer ato deve ser autorizado pelo Conselho de Segurança da ONU.

Pequim também já deixou claro que espera receber apoio de Washington em relação à política que adota contra os separatistas em Xinjiang.

Até agora, os EUA vinham criticando a China por desrespeitar os direitos humanos na região.

Tajiquistão

O país já esteve sob pressão para receber refugiados afegãos por ter conexões com a aliança que se opõem ao Talebã, que inclui grupos de etnia Tadjique.

Dushambe é uma importante base diplomática para os grupos de oposição do Afeganistão – a aliança poderá ser um fonte vital de apoio para qualquer força americana que venha a se infiltrar no Afeganistão.

O Tajiquistão seria a base ideal para as forças especiais infiltrarem o Afeganistão, mas o governo já avisou que só aprova o uso de seu território se Moscou concordar.

Se o recente assassinato do líder do grupo de oposição ao Talebã, Ahmed Shah Masood, levar a milícia afegã a uma nova ofensiva no norte do Afeganistão, o movimento de refugiados poderá atingir duramente o Tadjiquistão.

O país já está enfrentando uma falta de alimentos que pode facilmente desestabilizar o frágil governo de coalizão.

Durante a violente guerra civil no Tadjiquistão na década de 90, as forças muçulmanas contrárias ao governo apoiado por Moscou receberam suprimentos através do Afeganistão.

A Rússia ainda mantém grandes bases militares na antiga república soviética, especialmente para vigiar a fronteira com o Afeganistão.

Como em toda a fronteira com o Afeganistão, um dos maiores problemas enfrentados é o tráfico de drogas.

Uzbequistão

O país também tem elos étnicos com o norte do Afeganistão mas, até recentemente, vinha evitando os problemas enfrentados pelo Tadjiquistão.

Nos últimos dois anos, a linha dura adota pelo governo secular do presidente Islam Karimov vem sendo desafiada por militantes muçulmanos.

O governo acusa os muçulmanos de usarem o Tadjiquistão e o Afeganistão como bases para suas atividades.

O Uzbequistão é considerado a super-potência regional entre as ex-repúblicas soviéticas da Ásia central.

Por isso, ele poderá ter um papel importante em qualquer ação contra o Talebã.

Em resposta ao apelo por apoio feito pelos EUA, o governo do Uzbequistão respondeu que está preparado para discutir “qualquer questão que possa levar à eliminação do terrorismo e que possa reforçar a estabilidade”.

Turcomenistão

O Turcomenistão – mais uma ex-república soviética que faz fronteira com o Afeganistão – se isolou da política regional sob o regime stalinista do presidente Saparmyrat Niyazov.

Uma fonte no Ministério do Exterior descartou qualquer possibilidade de envolvimento militar no Afeganistão porque o país quer se manter neutro.

O governo mantém contatos constantes com o Talebã por ver o Afeganistão como uma rota para a exportação, no futuro, das imensas reservas energéticas do país.

Afeganistão – Geografia

Afeganistão se encontra no continente asiático. Faz fronteiras com o Irã, Turcomenistão, Uzbequistão, Tajiquistão, China e Índia. É um país montanhoso (85% do território), várias de suas regiões são muito secas e há uma grande dificuldade no fornecimento de água doce na região. O país também tem problemas freqüentes com terremotos e no que tange ao clima, o Afeganistão possui clima continental.

Afeganistão, aproximadamente o tamanho de Texas, é limitado a norte pelo Turquemenistão, Uzbequistão e Tajiquistão, no extremo nordeste pela China, a leste e sul pelo Paquistão, e pelo Irã, a oeste.

O país está dividido leste a oeste pela cordilheira Hindu Kush, nascendo no leste a alturas de 24.000 pés (7.315 m).

Com exceção do sudoeste, a maior parte do país é coberto por altas montanhas cobertas de neve e é atravessada por vales profundos.

Afeganistão significa “terra dos afegãos”. É um país de 652.864 km² de área, seu nome oficial é República Islâmica do Afeganistão.

Situado no sudoeste da Ásia, sem saída para o mar.

Quase ¾ do território são ocupados por montanhas. O sul há uma planície desértica e, no norte, vales de origem fluvial. O Hindu Kush, com altitudes superiores a 7 mil metros, é o principal sistema montanhoso.

Os rios mais importantes para o país são o Helmand, o mais extenso, o Hari, o Amudária e o Cabul, sendo este último afluente do rio Indo.

A vegetação é formada por pinheiros, carvalhos e Zimbros nas encostas e por vegetação xerófita nas estepes. Tem um clima ? continental – muito rigoroso com variações térmicas bruscas em um mesmo dia.

Chuvas escassas e, na região dos desertos, tempestades de areia são muito frequentes. Os verões são quentes e os invernos frios.

Afeganistão – Aspectos Econômicos

Devido aos diversos conflitos internos e invasões sofridas pelo país a economia ficou arrasada. A principal fonte de renda é a agropecuária. Na parte da agricultura podemos destacar o cultivo de hortaliças, cereais, tabaco, frutas e algodão. Na pecuária a criação de ovinos e caprinos, destaque para a produção do carneiro caracul, de onde se obtêm o astacã (grosso tecido de lã que imita pele de cordeiro).

O produto mais importante da economia do país é a papoula – matéria- prima do ópio e da heroína ? responsável por um terço do PIB, que no total é de US$ 11,8 bilhões.

Na verdade o Afeganistão é responsável por 90% da oferta mundial de ópio. Podemos citar em sua economia também reservas pouco exploradas de ouro, prata, cobre, lápis-lazúli, ferro, cromo, zinco e gás natural.

Sua indústria no entanto é muito precária. Dois terços da população vivem com menos de dois dólares por dia. A taxa de mortalidade infantil é de 160.23 por 1000 nascimentos.

Afeganistão – Política

A monarquia foi destronada em 1973. O governo republicano terminou em golpe marxista em 1978. Depois foram invadidos pela União Soviética.

Dez anos de guerra terminaram com a retirada humilhante das forças soviéticas em 1988-989. A guerra civil entre as facções étcnicas e religiosas continua causando danos enormes. O extremismo islâmico Talibã (principalmente Pashtun) assumiu o controle sobre 90% do país até 2001. Sanções da ONU em 2001 isolaram o país ainda mais.

Afeganistão – Religião

O controle pelo Talibã no país tem imposto uma interpretação rígida do Islamismo no mundo de hoje. Os resultados têm sido devastadores para a economia e para as mulheres na sociedade. Todos os afegãos precisam cumprir os códigos restritos nas vestimentas, barba, educação e observação da lei “sharia”. A pouca liberdade religiosa que existia foi abolida.

Afeganistão – Cultura

Afeganistão tem um complexo de história, o que se reflete em seus atuais civilizações, idiomas e monumentos. Os afegãos são orgulhosos de seu país, a sua linhagem e soberania. Têm sido historicamente um ” clã guerra “que manteve queixas em vários momentos, com a guerra uma das suas principais ocupações desde tempos imemoriais.

Essa condição tornou difícil para invasores de conquistar a região. Além disso, a cultura afegã tem sido grandemente influenciado pelo Islã, mas também, em menor medida por budismo e zoroastrismo.

O país tem sido uma encruzilhada ao longo da história para a Índia, Irã e da Ásia Central, o que tem impacto sobre sua civilização.

povo do Afeganistão são conhecidos como afegãos. Mas no interior do país, muitos afegãos se referem a si mesmos com base em sua etnia.

Afeganistão – Arte

A arte abrange afegão muitos séculos. Um dos métodos mais populares é o estilo Gandhara de classificação greco-romana, desenvolvida entre os séculos IV e VII dC. Desde os anos 1900, o Afeganistão começou a utilização de técnicas artísticas ocidentais. A arte foi criada quase que exclusivamente por homens, mas recentemente em artes cênicas, as mulheres começaram a tomar a primeira posição.

A arte indígena é quase totalmente concentrada no Museu Nacional do Afeganistão. Outras formas de escolas de arte no país são a música e poesia. O tapete obra fina tem se destacado ao longo dos séculos, sendo bem conhecido fazendo belos tapetes orientais. Os tapetes afegãos têm certos padrões que os tornam únicos.

Afeganistão – Música

Desde o início da década de 1980, o Afeganistão foi tragado por uma violência constante. Assim, a música tem sido reprimida e raramente tem sido registrado por estrangeiros. Durante os anos 1990, o governo Taliban proibiu a música instrumental e muita criatividade das pessoas.

Apesar das detenções e destruição de instrumentos musicais, músicos afegãos continuaram a desempenhar a sua profissão até o presente. Kabul tem sido a excelência capital cultural, mas os visitantes tendem a concentrar-se na cidade de Herat, que está mais relacionada à a música iraniana. As letras são normalmente escritos em persa e pashto.

Afeganistão – Poesia

A poesia afegão é composta principalmente pashto e persa (conhecido como Dari no Afeganistão). As formas mais populares de poesia no Afeganistão são o Gazal e Charbeiti, própria língua persa, mas têm sido aplicadas em outros idiomas. O Charbeiti é recitado em quatro versos e muitas vezes expressa o amor, de juventude, de guerra ou de vida eventos poetas. Elas são muitas vezes transmitida por via oral, o que leva a várias variações do mesmo poema.

Afeganistão – Arquitetura

Afeganistão tem feito grandes contribuições para a arquitetura mundial. A Unesco reconheceu o papel da nação declara o minarete de Jam e Bamiyan Vale, (casa dos famosos Budas destruídos pelos talibãs) como Património Mundial. Outros exemplos de importância na arquitetura pode ser encontrado em Herat, Mazar-e Sharif e Ghazni.

Afeganistão – Gastronomia

Afeganistão tem uma ampla variedade de solos que permitem a colheita diferentes culturas. Comida afegã é praticamente baseada em cereais como o trigo, milho, cevada e arroz, que são os principais produtos agrícolas do país. Também são altamente valorizados suas uvas.

Exemplos de alimentos afegão são:

Meatball afegão ( croquetes )
Aush ( colar )
Bichak
Salada Bonjan ( salada de berinjela temperada)
Halwaua-e-AURD-e-Sujee
Afghan Pan
Osh Pyozee (cebolas recheadas)
Sher Berinj ( pudim de arroz )
Mantu ( bolinhos )
Mast (um tipo de iogurte )
Qabili Palau (tradicional prato de arroz)
Queijo cottage cozido
Ashak

Afeganistão – Vestuário

O tradicional traje masculino estão resumidos na Pakul (chapéu), o véu e uma placa (paleta). O típico vestido de mulher é definido por uma roupa social, composta por calças folgado usado sob um alto gargalo túnica e mangas compridas.

As roupas são adaptados à cintura e estendeu-se aos tornozelos, com uma saia reta aberta em ambos os lados para facilitar a circulação.

Muitas mulheres completaram o vestido com uma longa echarpe elegantemente empoleirada sobre os ombros.

Roupas são mais finos e sofisticados vestidos decorados com tecidos de seda dourada e discussão em várias cores.

Eles são usados em ocasiões especiais como casamentos.A Burca é um vestuário também muito usado.

Afeganistão – Esportes

A maioria dos esportes são patrocinados pela Federação de Esportes do Afeganistão, que promove futebol, basquetebol, voleibol, atletismo, boliche e xadrez. O Afeganistão tem 7 jogadores da FIDE e Saifudin Ayyoubi é o mais representativo, com uma pontuação Elo de 2178. Um antigo e popular esporte único no país é o Buzkashi.

Afeganistão – Idioma

Há duas línguas oficiais, Dari e Pashto, falado pela maioria da população, embora haja muitas outras línguas faladas regionalmente. Dari é falado por cerca de metade da população do Afeganistão, enquanto Pashto tem mais de 9 milhões de falantes.

As maiores cidades de alto-falantes pashto são Kandahar e Cabul, a capital. Língua pachto foi reconhecida em 1936 como língua oficial por decreto real. No Norte, o tadjique, o usbeque, e turcomanos são amplamente utilizados. Há também mais de 70 línguas menores, entre os quais o hazarayí.

Afeganistão – Feriados

Os feriados religiosos no Afeganistão, são celebrados de acordo com o calendário lunar, enquanto outros feriados seculares são celebrados de acordo com o calendário solar. Nos feriados, os afegãos geralmente visitar sua família e amigos, onde se preparam refeição saudável e realizar orações especiais.

Entre feriados nacionais incluem o Nowruz (Ano Novo tradicional afegã), a vitória da nação muçulmana ( 28 de abril ), o aniversário da Revolução, o Dia da Independência do Afeganistão (conhecido como Jeshen ) ( 19 de agosto), o Dia Nacional do Trabalho e Memorial Day Mártires e Deficientes ( 04 de maio ).

Fonte: www.geocities.com/www.bbc.co.uk/www.conhecimentosgerais.com.br/www.arturbruno.com.br/educaleaks.dominiotemporario.com

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