Guerra da Tríplice Aliança

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Guerra da Tríplice Aliança – História

Guerra da Tríplice Aliança, também conhecida como Guerra do Paraguai (ou em guarani nativo, Guerra Guazú, que significa “Grande Guerra”), foi travada de 1864 a 1870 e foi, em alguns aspectos, o conflito mais sangrento da história da América do Sul.

Foi travada entre o Paraguai e os países aliados da Argentina, Brasil e Uruguai, de onde veio o nome “Tríplice Aliança”.

A causa da guerra tem sido amplamente atribuída a causas tão variadas quanto os efeitos posteriores do colonialismo na América Latina, a luta pelo poder físico sobre a região estratégica do Rio da Prata, a fronteira do Paraguai e as disputas tarifárias com a Argentina e o Brasil, a economia britânica interesses na região e as ambições expansionistas do ditador paraguaio Francisco Solano López.

Os efeitos da guerra foram devastadores para o Paraguai. Tendo sido fanaticamente comprometidos com o líder de sua nação e, portanto, com o esforço de guerra, eles lutaram até o ponto de desintegração essencial.

A população foi dizimada em mais da metade por desnutrição e doenças, bem como pela própria guerra. López cometeu atrocidades contra seu próprio povo, torturando e matando inúmeros cidadãos.

Guerra da Tríplice Aliança – Causas

O Brasil precipitou o conflito invadindo o Uruguai e interferindo em seus assuntos internos. Em resposta, o ditador paraguaio Francisco Solano López fechou o rio Paraguai ao tráfego brasileiro, apreendeu um navio brasileiro, invadiu a província brasileira de Mato Grosso e ignorou a negação da Argentina de permissão para atravessar a região de Misiones para atacar a província do Rio Grande do Sul no Brasil.

A vitória dos Colorados, o partido liberal no Uruguai, que o Brasil apoiou, juntamente com a raiva argentina pela invasão de seu território pelo Paraguai, a preocupação com o crescente poder do Paraguai e os ataques militares ao Brasil levaram a uma aliança entre Argentina, Brasil e Uruguai, que declarou guerra ao Paraguai em 1º de maio de 1865.

O exército paraguaio levou a guerra para as províncias brasileiras de Mato Grosso e Rio Grande do Sul, mas o sucesso do Paraguai durou pouco. Na batalha de Riachuelo, em 11 de junho de 1865, a marinha brasileira danificou severamente a frota paraguaia no rio Paraná ao sul de Corrientes, limitando-a a ações defensivas. Os exércitos paraguaios que invadiram as províncias de Corrientes, Argentina e Rio Grande do Sul também foram derrotados. Em seis meses, os aliados interromperam a ofensiva paraguaia e, posteriormente, mantiveram a guerra confinada ao Paraguai. Em janeiro de 1866, navios aliados bloquearam o Paraguai e, em abril, os exércitos aliados cruzaram a fronteira. Uma vitória paraguaia em Curupaití em setembro de 1866 desencorajou novas ofensivas aliadas, e os defensores paraguaios confinaram as forças aliadas de Bartolomé Mitre à região da fronteira sudoeste.

Os paraguaios consideram as batalhas de maio de 1866 e novembro de 1867 de Tuyutí na região de Humaitá como vitórias, pois retardaram as ações aliadas. Mas a guerra voltou-se contra o Paraguai em 1868.

Em janeiro, o general brasileiro Luis Alves de Lima e Silva, que mais tarde se tornaria o duque de Caxias, assumiu o comando dos exércitos aliados e um mês depois um navio da marinha brasileira passou pelo bem fortificado complexo de Humaitá, subiu o rio Paraguai e bombardeou Assunção.

A queda de Humaitá deixou Assunção indefensável, então López transferiu a capital primeiro para Luque e depois para Piribebuy. As campanhas de Lomas Valentinas, que ocorreram nas Colinas dos Namorados, cerca de 32 quilômetros ao sul de Assunção, em dezembro de 1868, prenunciaram a derrota do Paraguai.

Os aliados tomaram Assunção e a saquearam, mas não estabeleceram um governo provisório até 15 de agosto de 1869, quando Caacupé, o novo local do arsenal paraguaio, e Piribebuy foram capturados.

As tropas brasileiras sob o Conde d’Eu, Gaston Luis Felipe d’Orleans, destruíram o exército paraguaio em Piribebuy em uma campanha sangrenta, após a qual López fugiu para o norte com o que restava de seu exército. O confronto de Acosta-ñu entre tropas brasileiras e soldados adolescentes paraguaios em 16 de agosto de 1869 levou a muitas outras mortes.

López continuou a fazer guerrilha até que a cavalaria brasileira o surpreendeu e o matou em 1º de março de 1870 em Cerro Corá.

Desde o início da guerra López dirigiu seus próprios exércitos e depois, após os primeiros desastres, assumiu o comando de campo. Seu uso de medidas brutais para continuar a guerra, incluindo a convocação de meninos, sua intolerância ao desacordo e a execução, prisão e tortura de oficiais, funcionários do governo e seus familiares durante o último ano da guerra, revelou que ele ser um ditador desesperado e cruel. No entanto, sua luta para defender o Paraguai contra todas as adversidades fez dele um herói nacional.

Em 20 de junho de 1870, Brasil, Argentina e Paraguai assinaram um acordo preliminar que pôs fim à guerra, prometeu eleições em três meses, garantiu a não intervenção na política paraguaia e garantiu a livre navegação dos rios Paraná e Paraguai. As últimas tropas brasileiras evacuaram o Paraguai seis anos depois, mas a Argentina continuou administrando a Villa Occidental até 1878, quando a arbitragem do presidente norte-americano Rutherford B. Hayes resultou em seu reconhecimento como território paraguaio.

As causas da guerra são contestadas. A culpa foi atribuída a Francisco Solano López, Bartolomé Mitre, Dom Pedro II do Brasil, distúrbios políticos internos uruguaios, interesses nacionais brasileiros e intriga britânica.

A maioria dos historiadores hoje acredita que a guerra se desenvolveu a partir dos esforços do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai para preservar a estabilidade política e o equilíbrio de poder na região.

A guerra durou seis anos, em parte porque os aliados não reuniram poder militar suficiente. Ao ameaçar desmembrar o Paraguai, eles encorajaram a desesperada resistência paraguaia e a teimosa persistência de López.

De acordo com os acordos aliados, a Argentina deveria contribuir com 25.000 homens, o Uruguai com 5.000 e o Brasil com 40.000, mas no início de 1865 Brasil e Uruguai estavam 20% em vigor, e a Argentina enviou menos da metade das tropas prometidas. Em agosto de 1867, o exército aliado tinha 43.500 soldados, dos quais 36.000 eram brasileiros, 6.000 argentinos e 1.500 uruguaios.

Para defender o Paraguai, López tinha 35.305 soldados e 3.306 oficiais em 1864 e recrutou substitutos com sucesso durante a guerra.

Guerra da Tríplice Aliança – Conflito

Guerra da Tríplice Aliança

Guerra que opôs, entre 1864 e 1870, de um lado o Brasil, a Argentina e o Uruguai, formando a Tríplice Aliança e de outro o Paraguai.

O equilíbrio na região platina sempre foi buscado pelos países que a compunham, de forma a evitar que um deles detivesse poder excessivo na região.

O conflito teve início quando as relações entre o Brasil e o Uruguai chegaram a um ponto crítico, devido a constantes choques fronteiriços entre estancieiros uruguaios e rio-grandenses.

Apoiado pelo presidente paraguaio Francisco Solano López, o presidente uruguaio Atanasio Aguirre recusou as exigências brasileiras de reparação formuladas pelo enviado especial José Antônio Saraiva.

Quando os brasileiros sitiaram Montevidéu, terminando por derrubar Aguirre, Lopez invadiu a província de Mato Grosso, tomando Nova Coimbra e Dourados e logo depois a província argentina de Corrientes, visando chegar a seus aliados uruguaios.

Em conseqüência, foi assinado em 1º de maio de 1865 o Tratado da Tríplice Aliança contra o Paraguai.

Os aliados conseguiram, em 1865, a vitória naval da batalha do Riachuelo e a rendição dos paraguaios que haviam chegado a Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.

Tomando a ofensiva, sob o comando de Bartolomeu Mitre, presidente argentino, os aliados venceram as batalhas de Passo da Pátria e Tuiuti (1866). Quando o então marquês de Caxias, Luís Alves de Lima e Silva, assumiu o comando, a fortaleza de Humaitá foi conquistada. (1867).

Lopez retirou-se para mais próximo de Assunção, onde acabou derrotado nas batalhas da “dezembrada”(1868): Avaí, Itororó e Lomas Valentinas.

Assunção caiu e a última fase da guerra foi comandada pelo conde dEu, encerrando-se com a morte de Lopez em Cerro Corá (1870).

A guerra acarretou dificuldades para os contendores, particularmente o Paraguai, que teve grandes perdas em vidas e recursos.

guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido no continente americano, no período de dezembro de 1864 a março de 1870. É também chamada Guerra da Tríplice Aliança.

O Brasil, a Argentina e o Uruguai, aliados, derrotaram o Paraguai após cinco anos de lutas, durante os quais o Brasil enviou 180 mil homens em guerra. Destes, mais de 30 mil não voltaram.

As perdas humanas sofridas pelo Paraguai são calculadas em 300 mil pessoas, entre civis e militares, mortos em decorrência dos combates, das epidemias que se alastraram durante a guerra e da fome. O Paraguai, antes da guerra, atravessava uma fase de prosperidade econômica. A derrota marcou uma reviravolta decisiva na história do país, desde então um dos menos desenvolvidos da América do Sul.

Antecedentes da Guerra

O Paraguai Antes da Guerra

Durante os longos governos de José Gaspar Rodríguez de Francia (1813-1840) e de Carlos Antonio López (1841-1862), o Paraguai teve um desenvolvimento bastante original em relação ao dos outros países sul-americanos. A política de Francia e de Carlos López foi sempre a de incentivar um desenvolvimento econômico auto-suficiente, graças ao isolamento imposto pelos países vizinhos.

Foram retomadas tradições indígenas abandonadas pelos colonizadores, como a de realizar duas colheitas anuais. As represas e canais de irrigação, pontes e estradas feitos pelo governo e a valorização do trabalho comunitário elevaram a produtividade do trabalho agrícola.

O governo controlava todo o comércio exterior. O mate, o fumo e as madeiras raras exportados mantinham a balança comercial com saldo.

O Paraguai nunca havia feito um empréstimo no exterior e adotava uma política protecionista, isto é, de evitar a entrada de produtos estrangeiros, por meio de impostos elevados.

Defendia o mercado interno para a pequena indústria nacional, que começava a se desenvolver com base no fortalecimento da produção agrícola.

Francisco Solano López, filho de Carlos Antônio López, substituiu o pai no governo, em 1862, e deu prosseguimento à política de seus antecessores.

Mais de 200 técnicos estrangeiros, contratados pelo governo, trabalhavam na instalação do telégrafo e de estradas de ferro e na assistência às indústrias siderúrgicas, têxteis, de papel, tinta, construção naval e pólvora.

A fundição de Ibicuí, instalada em 1850, fabricava canhões, morteiros e balas de todos os calibres. Nos estaleiros de Assunção, construíam-se navios de guerra.

O crescimento econômico exigia contatos com o mercado internacional. O Paraguai é um país sem litoral. Seus portos eram fluviais (de rios) e seus navios tinham que descer o rio Paraguai e depois o rio Paraná para chegar ao estuário do rio da Prata e, daí, ao oceano. O governo de Solano López elaborou um projeto para obter um porto no Atlântico.

Pretendia criar o chamado Paraguai Maior, com a inclusão de uma faixa do território brasileiro que ligasse o Paraguai ao litoral.

Para sustentar suas intenções expansionistas, López começou a preparar-se militarmente. Incentivou a indústria de guerra, mobilizou grande quantidade de homens para o exército (o serviço militar obrigatório já existia no Paraguai), submetendo-os a treinamento militar intensivo, e construiu fortalezas na entrada do rio Paraguai.

No plano diplomático, procurou aliar-se, no Uruguai, ao partido dos blancos, que se encontrava no poder, adversário dos colorados, que eram aliados do Brasil e da Argentina.

A Política Platina

Desde que o Brasil e a Argentina se tornaram independentes, a luta entre os governos de Buenos Aires e do Rio de Janeiro pela hegemonia na bacia do Prata marcou profundamente as relações políticas e diplomáticas entre os países da região.

O Brasil chegou a entrar em guerra com a Argentina duas vezes.

O governo de Buenos Aires pretendia reconstituir o território do antigo Vice-reinado do Rio da Prata, anexando o Paraguai e o Uruguai.

Realizou diversas tentativas nesse sentido durante a primeira metade do século XIX, sem obter êxito, muitas vezes por causa da intervenção brasileira. Temendo o excessivo fortalecimento da Argentina, o Brasil favorecia o equilíbrio de poderes na região, ajudando o Paraguai e o Uruguai a conservarem sua soberania.

O Brasil, sob o domínio da família real portuguesa, foi o primeiro país a reconhecer a independência do Paraguai, em 1811. Na época em que a Argentina era governada por Juan Manuel Rosas (1829-1852), inimigo comum do Brasil e do Paraguai, o Brasil contribuiu para o melhoramento das fortificações e do exército paraguaios, enviando oficiais e técnicos a Assunção.

Como não havia estradas ligando a província de Mato Grosso ao Rio de Janeiro, os navios brasileiros precisavam atravessar todo o território paraguaio, subindo o rio Paraguai, para chegar a Cuiabá. Muitas vezes, porém, era difícil obter do governo de Assunção permissão para ali navegar.

No Uruguai, o Brasil realizou três intervenções político-militares. A primeira, em 1851, contra Manuel Oribe, para combater a influência argentina. A segunda, em 1855, a pedido do governo uruguaio, presidido por Venâncio Flores, líder dos colorados, tradicionalmente apoiados pelo Império brasileiro. A terceira intervenção, contra Atanásio Aguirre, em 1864, seria o estopim da guerra do Paraguai.

Essas intervenções atendiam aos interesses ingleses de fragmentação da região do Prata, impedindo, assim, qualquer tentativa de monopólio mineral.

A Intervenção Contra Aguirre

Em abril de 1864, o Brasil enviou ao Uruguai uma missão chefiada pelo conselheiro José Antônio Saraiva para exigir o pagamento dos prejuízos causados a fazendeiros gaúchos por fazendeiros uruguaios, em conflitos de fronteira. O presidente uruguaio, Atanásio Aguirre, do partido dos blancos, recusou-se a atender as exigências brasileiras.

Solano López ofereceu-se como mediador, mas não foi aceito. Rompeu então relações diplomáticas com o Brasil, em agosto de 1864, e divulgou um protesto afirmando que a ocupação do Uruguai por tropas do Império brasileiro seria um atentado ao equilíbrio dos Estados do Prata.

Em outubro, as tropas brasileiras invadiram o Uruguai. Os partidários do colorado Venancio Flores, que contava também com o apoio da Argentina, uniram-se às tropas brasileiras para depor Aguirre.

A Guerra

Declaração de Guerra

No dia 12 de novembro de 1864, o vapor paraguaio Tacuari apresou o navio brasileiro Marquês de Olinda, que atravessava o território paraguaio rumo a Mato Grosso, levando a bordo o coronel Frederico Carneiro de Campos, recém-nomeado presidente daquela província. No dia 13 de dezembro, o Paraguai declarava guerra ao Brasil. Três meses mais tarde, em 18 de março de 1865, declarava guerra à Argentina. O Uruguai, já então governado por Venancio Flores, solidarizou-se com o Brasil e a Argentina.

O Tratado da Tríplice Aliança

No dia 1°. de maio de 1865, o Brasil, a Argentina e o Uruguai assinaram, em Buenos Aires, o Tratado da Tríplice Aliança, contra o Paraguai.

As forças militares da Tríplice Aliança eram, no início da guerra, francamente inferiores às do Paraguai, que contava com mais de 60 mil homens bem treinados e uma esquadra e 23 vapores e cinco navios apropriados à navegação fluvial. Sua artilharia possuía cerca de 400 canhões.

As tropas reunidas do Brasil, da Argentina e do Uruguai, prontas a entrar em ação, não chegavam a 1/3 das paraguaias. A Argentina dispunha de aproximadamente 8 mil soldados e de uma esquadra de quatro vapores e uma goleta. O Uruguai entrou na guerra com menos de três mil homens e nenhuma unidade naval. Dos 18 mil soldados com que o Brasil podia contar, apenas 8 mil já se encontravam nas guarnições do sul.

A vantagem dos brasileiros estava em sua marinha de guerra: 42 navios com 239 bocas de fogo e cerca de quatro mil homens bem treinados na tripulação.

E grande parte da esquadra já se encontrava na bacia do Prata, onde havia atuado, sob o comando do Marquês de Tamandaré, na intervenção contra Aguirre.

Na verdade, o Brasil achava-se despreparado para entrar em uma guerra. Seu exército não tinha ainda uma organização bem estruturada.

As tropas utilizadas até então nas intervenções feitas no Prata eram constituídas basicamente pelos contingentes armados de chefes políticos gaúchos e por alguns efetivos da Guarda Nacional.

A infantaria brasileira que lutou na Guerra do Paraguai não era formada de soldados profissionais, mas pelos chamados Voluntários da Pátria, cidadãos que se apresentavam para lutar.

Muitos eram escravos enviados por fazendeiros. A cavalaria era formada pela Guarda Nacional do Rio Grande do Sul.

Segundo o Tratado da Tríplice Aliança, o comando supremo das tropas aliadas caberia a Bartolomeu Mitre, presidente da Argentina. E foi assim na primeira fase da guerra.

A Ofensiva Paraguaia

Durante a primeira fase da guerra a iniciativa esteve com os paraguaios. Os exércitos de López definiram as três frentes de batalha iniciais invadindo Mato Grosso, em dezembro de 1864, e, nos primeiros meses de 1865, o Rio Grande do Sul e a província argentina de Corrientes. Atacando, quase ao mesmo tempo, no norte (Mato Grosso) e no sul (Rio Grande e Corrientes), os paraguaios estabeleceram dois teatros de operações. Numa guerra, chama-se teatro de operações à área em que se concentram as forças militares, as fortificações e as trincheiras, e em que se travam as principais batalhas.

A invasão de Mato Grosso foi feita ao mesmo tempo por dois corpos de tropas paraguaias. A província achava-se quase desguarnecida militarmente.

A superioridade numérica dos invasores permitiu-lhes realizar uma campanha rápida e bem-sucedida.

Um destacamento de cinco mil homens, transportados em dez navios e comandados pelo coronel Vicente Barros, subiu o rio Paraguai e atacou o forte de Nova Coimbra. A guarnição de 155 homens resistiu durante três dias, sob o comando do tenente-coronel Hermenegildo de Albuquerque Porto Carrero, depois barão do Forte de Coimbra. Quando as munições se esgotaram, os defensores abandonaram a fortaleza e se retiraram, rio acima, a bordo da canhoneira Anhambaí, em direção a Corumbá. Depois de ocupar o forte já vazio, os paraguaios avançaram rumo ao norte, tomando, em janeiro de 1865, as cidades de Albuquerque e de Corumbá.

A segunda coluna paraguaia, comandada pelo coronel Francisco Isidoro Resquin e integrada por quatro mil homens, penetrou, por terra, em uma região mais ao sul de Mato Grosso, e logo enviou um destacamento para atacar a colônia militar fronteiriça de Dourados. O cerco, dirigido pelo major Martín Urbieta; encontrou brava resistência por parte do tenente Antônio João Ribeiro e de seus 16 companheiros, que morreram sem se render (29 de dezembro de 1864). Os invasores prosseguiram até Nioaque e Miranda, derrotando as tropas do coronel José Dias da Silva.

Enviaram em seguida um destacamento até Coxim, tomada em abril de 1865.

As forças paraguaias, apesar das vitórias obtidas, não continuaram sua marcha até Cuiabá, a capital da província, onde o ataque inclusive era esperado (Augusto Leverger havia fortificado o acampamento de Melgaço para proteger Cuiabá). O principal objetivo da invasão de Mato Grosso foi distrair a atenção do governo brasileiro para o norte do Paraguai, quando a decisão da guerra se daria no sul (região mais próxima do estuário do Prata). Era o que se chama de uma manobra diversionista, destinada a iludir o inimigo.

A invasão de Corrientes e do Rio Grande do Sul foi a segunda etapa da ofensiva paraguaia. Para levar apoio aos blancos, no Uruguai, as forças paraguaias tinham que atravessar território argentino. Em março de 1865, López pediu ao governo argentino autorização para que o exército comandado pelo general Venceslau Robles, com cerca de 25 mil homens, atravessasse a província de Corrientes. O presidente Bartolomeu Mitre, aliado do Brasil na intervenção contra o Uruguai, negou-lhe a permissão.

No dia 18 de março de 1865, o Paraguai declarava guerra à Argentina. Uma esquadra paraguaia, descendo o rio Paraná, aprisionou navios argentinos no porto de Corrientes. Em seguida, as tropas do general Robles tomaram a cidade.

Ao invadir Corrientes, López pensava obter o apoio do poderoso caudilho argentino Justo José Urquiza, governador das províncias de Corrientes e Entre Ríos, chefe federalista hostil a Mitre e ao governo de Buenos Aires. No entanto, a atitude ambígua assumida por Urquiza manteve estacionadas as tropas paraguaias, que avançaram ainda cerca de 200 km em direção ao sul, mas terminaram por perder a ofensiva.

Em ação conjugada com as forças de Robles, uma tropa de dez mil homens sob as ordens do tenente-coronel Antônio de la Cruz Estigarriba cruzava a fronteira argentina ao sul de Encarnación, em maio de 1865, dirigindo-se para o Rio Grande do Sul. Atravessou-o no rio Uruguai na altura da vila de São Borja e a tomou em 12 de junho.

A Primeira Reação Brasileira

A primeira reação brasileira foi enviar uma expedição para combater os invasores em Mato Grosso. A coluna de 2.780 homens comandados pelo coronel Manuel Pedro Drago saiu de Uberaba, em Minas Gerais, em abril de 1865, e só chegou a Coxim em dezembro do mesmo ano, após uma difícil marcha de mais de dois mil quilômetros através de quatro províncias do Império.

Mas encontrou Coxim já abandonada pelo inimigo. O mesmo aconteceu em Miranda, onde chegou em setembro de 1866. Em janeiro de 1867, o coronel Carlos de Morais Camisão assumiu o comando da coluna, reduzida a 1.680 homens, e decidiu invadir o território paraguaio, onde penetrou até Laguna, em abril. Esta expedição ficou famosa pela retirada forçada que empreendeu, perseguida pela cavalaria paraguaia.

Apesar dos esforços da coluna do coronel Camisão e da resistência organizada pelo presidente da província, que conseguiu libertar Corumbá em junho de 1867, a região invadida permaneceu sob o controle dos paraguaios. Só em abril de 1868 é que os invasores se retiraram, transferindo as tropas para o principal teatro de operações, no sul do Paraguai.

A Batalha do Riachuelo

Batalha do Riachuelo

Na bacia do Prata as comunicações eram feitas pelos rios; quase não havia estradas. Quem controlasse os rios ganharia a guerra. Todas as fortalezas paraguaias tinham sido construídas nas margens do baixo curso (parte do rio perto de sua foz) do rio Paraguai.

Em 11 de junho de 1865, travou-se a Batalha Naval do Riachuelo, na qual a esquadra comandada pelo chefe-de-divisão Francisco Manuel Barroso da Silva derrotou a esquadra paraguaia.

Nesta batalha foi destruído o poderio naval paraguaio, tornando-se impossível a permanência dos paraguaios em território argentino. Ela praticamente decidiu a guerra em favor da Tríplice Aliança, que passou a controlar, a partir de então, os rios da bacia platina até a entrada do Paraguai.

O Recuo das Tropas Paraguaias

Enquanto López ordenava o recuo das forças que haviam ocupado Corrientes. O corpo de tropa paraguaio que invadira São Borja avançava, tomando Itaqui e Uruguaiana.

Uma divisão que dele se separara e marchava em direção ao Uruguai, sob o comando do major Pedro Duarte (3.200 homens), foi derrotada por Flores no sangrento combate de Jataí, na margem direita do rio Uruguai.

Nessa altura, as tropas aliadas estavam-se reunindo sob o comando de Mitre no acampamento de Concórdia, na província argentina de Entre Ríos, com o marechal-de-campo Manuel Luís Osório à frente das tropas brasileiras. Parte destas deslocou-se para Uruguaiana, onde foi reforçar o cerco a esta cidade pelo exército brasileiro no Rio Grande do Sul, comandado pelo tenente-general Manuel Marques de Sousa, barão de Porto Alegre. Os paraguaios renderam-se no dia 18 de setembro de 1865.

Nos meses seguintes foram reconquistados os últimos redutos paraguaios em território argentino: as cidades de Corrientes e de São Cosme. No final do ano de 1865, a ofensiva era da Tríplice Aliança.

Seus exércitos já contavam mais de 50 mil homens e se preparavam para invadir o Paraguai.

A Invasão do Paraguai

A invasão do Paraguai foi feita seguindo o curso do rio Paraguai, a partir do Passo da Pátria, onde Osório desembarcou à frente de um destacamento brasileiro. De abril de 1866 a julho de 1868, as operações militares concentraram-se na confluência dos rios Paraguai e Paraná, onde estavam os principais pontos fortificados dos paraguaios.

Durante mais de dois anos o avanço dos invasores foi bloqueado naquela região, apesar das primeiras vitórias da Tríplice Aliança.

A primeira fortificação a ser tomada foi a de Itapiru. Após os combates do Passo da Pátria e do Estero Bellaco, as forças aliadas acamparam nos pântanos de Tuiuti, onde foram atacadas. A primeira batalha de Tuiuti, vencida pelos aliados em 24 de maio de 1866, foi a maior batalha campal da história da América do Sul.

Por motivos de saúde, em julho de 1866 Osório passou o comando do 1.° corpo de exército brasileiro ao general Polidoro da Fonseca Quintanilha Jordão. Na mesma época, chegava ao teatro de operações o 2.° corpo de exército, trazido do Rio Grande do Sul pelo barão de Porto Alegre (dez mil homens).

Para abrir caminho até Humaitá, a maior fortaleza paraguaia, Mitre determinou o ataque às baterias de Curuzu e Curupaiti. Curuzu foi tomada de surpresa pelo barão de Porto Alegre, mas Curupaiti resistiu ao ataque de 20 mil argentinos e brasileiros, guiados por Mitre e Porto Alegre, com apoio da esquadra do almirante Tamandaré. Este ataque fracassado (cinco mil baixas em poucas horas) criou uma crise de comando e deteve o avanço dos aliados.

Nessa fase da guerra, destacaram-se muitos militares brasileiros.

Entre eles, os heróis de Tuiuti: o general José Luís Mena Barreto, o brigadeiro Antônio de Sampaio, patrono da arma de infantaria do Exército brasileiro, o tenente-coronel Emílio Luís Mallet, patrono da artilharia e o próprio Osório, patrono da cavalaria, além do tenente-coronel João Carlos de Vilagrã Cabrita, patrono da arma de engenharia, morto em Itapiru.

O Comando de Caxias

Designado em 10 de outubro de 1866 para o comando das forças brasileiras, o marechal Luís Alves de Lima e Silva, marquês e, posteriormente, Duque de Caxias, chegou ao Paraguai em novembro, encontrando o exército praticamente paralisado. Os contingentes argentinos e uruguaios vinham sendo retirados aos poucos do exército dos aliados, assolado por epidemias.

Mitre e Flores voltaram a seus países chamados por questões de política interna. Tamandaré foi substituído no comando da esquadra pelo almirante Joaquim José Inácio, futuro visconde de Inhaúma. Paralelamente, Osório organizava um 3.° corpo de exército no Rio Grande do Sul (cinco mil homens). Na ausência de Mitre, Caxias assumiu o comando geral e providenciou a reestruturação do exército.

Entre novembro de 1866 e julho de 1867, Caxias organizou um corpo de saúde (para dar assistência aos inúmeros feridos e combater a epidemia de cólera-morbo) e um sistema de abastecimento das tropas.

Nesse período, as operações militares limitaram-se a escaramuças com os paraguaios e a bombardeios da esquadra contra Curupaiti. López aproveitava a desorganização do inimigo para reforçar suas fortificações em Humaitá.

A marcha de flanco pela ala esquerda das fortificações paraguaias constituía a base tática de Caxias: ultrapassar o reduto fortificado paraguaio, cortar as ligações entre Assunção e Humaitá e submeter esta última a um cerco. Com este fim, Caxias iniciou a marcha em direção a Tuiu-Cuê. Mas Mitre, que voltara ao comando em agosto de 1867, insistia no ataque pela ala direita, que já se mostrara desastroso em Curupaiti. Por sua ordem, a esquadra brasileira forçou, sem maiores perdas, a passagem de Curupaiti, mas foi obrigada a deter-se diante de Humaitá.

Surgiram novas divergências no alto comando: Mitre desejava que a esquadra prosseguisse, enquanto os brasileiros eram favoráveis a um anterior envolvimento e cerco por terra de Humaitá.

As vitórias de São Solano, Pilar e Tayi iriam tornar possível este cerco, isolando Humaitá de Assunção. Como reação, López atacou a retaguarda dos aliados em Tuiuti, sofrendo nova derrota.

Com o afastamento definitivo de Mitre, em janeiro de 1868, Caxias reassumiu o comando supremo e determinou a passagem de Curupaiti e Humaitá, realizadas com êxito pela esquadra comandada pelo capitão-de-mar-e-guerra Delfim Carlos de Carvalho, depois barão da Passagem. Humaitá caiu em 25 de julho, após demorado cerco.

Rumo a Assunção, o exército de Caxias marchou 200 km até Palmas, detendo-se diante do arroio Piquissiri. Ali, López havia concentrado 18 mil paraguaios em uma linha fortificada que explorava habilmente os acidentes do terreno e se apoiava nos fortes de Angostura e Itá-Ibaté. Renunciando ao combate frontal, Caxias deu início à chamada manobra de Piquissiri. Enquanto a esquadra forçava a passagem de Angostura. Caxias fez o exército atravessar para a margem direita do rio. Mandou construir em 23 dias uma estrada nos pântanos do Chaco, pela qual as tropas avançaram em direção ao nordeste. Na altura de Villeta, o exército cruzou novamente o rio, encontrava-se entre Assunção e Piquissiri, na retaguarda da linha fortificada paraguaia. Em vez de avançar para a capital, já desocupada pela população e bombardeada pela esquadra, Caxias marchou para o sul e iniciou a dezembrada.

A dezembrada constituiu-se de uma série de vitórias obtidas por Caxias em dezembro de 1868, quando voltava em direção ao sul para tomar Piquissiri pela retaguarda: Itororó, Avaí, Lomas Valentinas e Angostura. No dia 24 de dezembro os três novos comandantes da Tríplice Aliança (Caxias, o argentino Gelly y Obes e o uruguaio Enrique Castro) enviaram uma intimação a Solano López para que se rendesse. Mas López recusou-se a ceder e fugiu para Cerro León.

Asunción foi ocupada em 1.° de janeiro de 1869 por forças comandadas pelo coronel Hermes Ernesto da Fonseca. No dia 5, Caxias entrou na cidade com o restante do exército e 13 dias depois deixou o comando.

O Fim da Guerra

O Comando do Conde d’Eu

O genro do imperador Dom Pedro II, Luís Filipe Gastão de Orléans, conde d’Eu, foi nomeado para dirigir a fase final das operações militares no Paraguai, pois buscava-se, além da derrota total do Paraguai, o fortalecimento do Império Brasileiro. Em agosto de 1869, a Tríplice Aliança instalou em Assunção um governo provisório encabeçado pelo paraguaio Cirillo Antônio Rivarola.

Solano López organizou a resistência nas cordilheiras situadas a nordeste de Assunção. À frente de 21 mil homens, o conde d’Eu chefiou a campanha contra a resistência paraguaia, a chamada Campanha das Cordilheiras, que se prolongou por mais de um ano, desdobrando-se em vários focos. Os combates mais importantes foram os de Peribebuí e de Campo Grande (ou Nhuguaçu), nos quais morreram mais de cinco mil paraguaios.

Dois destacamentos foram enviados em perseguição ao presidente paraguaio, que se internara nas matas do norte do país acompanhado de 200 homens. No dia 1.° de março de 1870, as tropas do general José Antônio Correia da Câmara surpreenderam o último acampamento paraguaio em Cerro Corá, onde Solano López foi ferido a lança e depois baleado nas barrancas do arroio Aquidabanigui.

Suas últimas palavras foram: “Morro com minha pátria.” Era o fim da guerra do Paraguai.

Conseqüências da Guerra

Não houve um tratado de paz em conjunto. O Brasil não aceitava as pretensões da Argentina sobre uma grande parte do Grande Chaco, região paraguaia rica em quebracho (produto usado na industrialização do couro). A questão dos limites entre o Paraguai e a Argentina foi arbitrada pelo presidente estado-unidense Rutherford Birchard Hayes.

O Brasil assinou um tratado de paz em separado com o Paraguai, em 9 de janeiro de 1872, obtendo a liberdade de navegação no rio Paraguai. Foram confirmadas as fronteiras reivindicadas pelo Brasil antes da guerra.

Estipulou-se também uma dívida de guerra, que foi perdoada somente em 1943.

Em dezembro de 1975, quando os presidentes Ernesto Geisel e Alfredo Stroessner assinaram em Assunção um Tratado de Amizade e Cooperação, o governo brasileiro devolveu ao Paraguai troféus da guerra.

O Paraguai sofreu uma violenta redução de sua população. Em 1870, havia um homem para cada 28 mulheres.

As aldeias destruídas pela guerra foram abandonadas e os camponeses sobreviventes migraram para os arredores de Assunção, dedicando-se à agricultura de subsistência, isto é, para consumo próprio, na região central do país. As terras das outras regiões foram vendidas a estrangeiros, principalmente argentinos, e transformadas em latifúndios. A indústria entrou em decadência.

O mercado paraguaio abriu-se para os produtos ingleses e o país viu-se forçado a contrair seu primeiro empréstimo no exterior: um milhão de libras da Inglaterra.

A Argentina foi a principal beneficiada com a guerra. Anexou parte do território paraguaio e tornou-se o mais forte dos países do Prata. Durante todo o tempo da campanha, as províncias de Entre Rios e Corrientes abasteceram as tropas brasileiras com gado, gêneros alimentícios e outros produtos.

O Brasil pagou um preço alto pela vitória. A guerra foi financiada pelo Banco de Londres e pelas casas Baring Brothers e Rothschild. Durante os cinco anos de lutas, as despesas do Império chegaram ao dobro de sua receita, provocando uma crise financeira.

Por outro lado, o Exército brasileiro passou a ser uma força nova e expressiva dentro da vida nacional. Transformara-se numa instituição forte que, com a guerra, ganhara tradições e coesão interna e estava destinado a representar um papel fundamental no desenvolvimento posterior da história do país.

GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA CONTRA O PARAGUAI: (1865-70)

No período de 1865-70, houve, na Bacia do rio da Prata, a Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai, quando o Brasil, a Argentina e o Uruguai se uniram contra o Marechal Solano López, depois de este, Presidente daquele país, invadir a província argentina de Entre Ríos, e o Brasil, em Mato Grosso e no Rio Grande do Sul.

Neste último Estado, a invasão do território brasileiro deu-se por São Borja, em 10 jun 1865. No dia seguinte, em Riachuelo, uma Divisão da Esquadra Brasileira, ao comando do Almirante Barroso, e transportando expressivo contingente do Exército, derrotou a Esquadra do Paraguai na maior batalha naval sul-americana. Essa derrota anulou a capacidade ofensiva estratégica do Paraguai, além de isolá-lo, por água, de possíveis apoios externos.

Ainda em 18 set 1865, decorridos três meses da invasão do Rio Grande do Sul, os invasores renderam-se, em Uruguaiana, em presença do Imperador D. Pedro II e dos Presidentes das duas Nações Aliadas.

O próximo passo foi levar a guerra ao território do Paraguai para conquistar e arrasar a fortaleza de Humaitá – a Sebastopol sul-americana, objetivo militar que impedia a livre navegação do Paraguai, essencial às comunicações do Rio de Janeiro com Mato Grosso, e conquistar Assunção – objetivo político da Argentina, Uruguai e Brasil.

Ao comando do General Osório, as forças brasileiras que haviam participado das operações contra Atanasio Aguirre no Uruguai, com a denominação de 1º Corpo de Exército e com reforços vindos de todo o Brasil, invadiram o Paraguai pelo Passo da Pátria. E, em 24 mar 1866, venceram o Exército Paraguaio em Tuiuti, onde puseram fim à sua capacidade ofensiva tática.

Foi organizado, com forças predominantemente recrutadas no Rio Grande do Sul, o 2º Corpo de Exército ao comando do conde de Porto Alegre, Tenente – General Manoel Marques de Souza.

Este atingiu o Paraguai por terra e passou a reforçar as ações aliadas em território paraguaio, rumo a Humaitá.

Caxias, antigo comandante do Exercito do Sul na Revolução Farroupilha (1843-45) e guerra contra Oribe e Rosas (1851-52), assumiu o comando do Exército Brasileiro em Operações, após o desastre aliado em C u r u p a i t i (Curupayty).

Coube-lhe comandar a conquista do objetivo militar Humaitá,com o auxílio da Esquadra Brasileira, evento expressivo que pôs fim à capacidade defensiva e estratégica do Paraguai, baseada num complexo de fortificações construídas e naturais que estabeleceu ao longo do rio Paraguai e responsáveis pela grande duração da guerra.

Coube a Caxias projetar e executar o lance final da guerra – a célebre marcha de flanco, através do Chaco, onde aceitou o Risco Calculado ao sacrificar o princípio de Guerra da Segurança em beneficio do da Surpresa, ao desbordar a posição fortificada do Piquiciri e conduzir os exércitos Aliados à retaguarda profunda do inimigo, onde obteve a Surpresa Estratégica que criou condições para as vitórias da Dezembrada (Itororó, Avaí, Lomas Valentinas), que puseram fim à capacidade defensiva tática do Exército do Paraguai. Esse evento obrigou o Marechal Solano López a refugiar-se na Cordilheira, e abriu o caminho para os Aliados conquistarem o objetivo político da guerra – a capital Assunção, após o que, Caxias se retirou do Teatro de Guerra, por doença, e passou o comando ao Conde D’ Eu, genro do Imperador D. Pedro II.

As operações na Cordilheira, que se inserem num amplo quadro de Perseguição, tiveram fim em 1º mar 1870, quando López foi alcançado em Cerro Corá e morreu de espada em punho, como um bravo, em defesa do que havia elegido como a sua verdade. E, com a sua morte, teve fim a mais longa e cruenta guerra sul-americana, e a primeira guerra total travada entre nações, cujas características estudamos em artigo “A Guerra do Paraguai – um laboratório pouco explorado de Doutrina Militar.” Revista do Exército (Jan/Mar 1982). Esta ambientação se impunha antes de se abordar esse conflito.

Antecedentes e Generalidades

Após a campanha de 51-52, as Províncias Unidas do Rio da Prata conseguiram agrupar-se e adquiriram a estrutura política de uma nacionalidade num ambiente de relativa tranqüilidade.

A República do Uruguai não usufruiu as mesmas vantagens. Um dos maiores elementos perturbadores da sua vida interna e externa continuava sendo a luta entre os Partidos Blanco e Colorado.

O Paraguai desconfiava do Brasil e da Argentina, e recusava-se a fixar, com o Brasil, as fronteiras comuns e a facilitar as Comunicações e o Comércio fluvial do Brasil com a Província de Mato Grosso.

Também mobilizara um forte exército.

Em 1844, o Brasil reconheceu a independência do Paraguai. E fez as primeiras tentativas com ele para solucionar as questões de limites e as de navegação nos rios Paraná e Paraguai. Em 1858, foi assinada uma Convenção em que ambas as partes concordavam na livre navegação daqueles rios, exceção dos seus afluentes. A questão de limites foi adiada por seis anos.

Em 1863, os Colorados no Uruguai insurgiram-se contra o governo dos Blancos, para derrubá-lo e se vingarem de atrocidades, como o conhecido “Massacre de Quinteiros”. Então, violenta luta civil lavrou no Uruguai, coroando as inúmeras guerrilhas e agitações políticas que, nos últimos anos, ensangüentavam os dois partidos irreconciliáveis.

O Presidente, D. Bernardo Berro, tomou medidas garantidoras da ordem pública ameaçada pelas conspirações em Buenos Aires, contrárias aos Blancos.

Na Argentina, Mitre era favorável a Flores, chefe colorado do movimento revolucionário. Em abril de 1863, Flores lançou proclamação em que se intitulava libertador de sua pátria.

Congraçando os Colorados, conseguiu grande número de adeptos. Em 1864, deu-se a substituição da Presidência do Uruguai de Berro por Atanasio Aguirre.

Aguirre reclamou da Argentina sua conivência com os insurretos uruguaios Blancos fomentando a guerra civil em seu país.

No Brasil, hostilidades contra os estancieiros brasileiros, residentes aquém e além da fronteira com o Uruguai, aumentaram com violência, não sendo poupadas sua honra, vida e propriedade, ao ponto de ser enviado ao Rio o Gen Antonio Netto, ex- líder farrapo, para representar junto ao Governo os interesses daqueles 40.000 brasileiros prejudicados pelos inimigos do Império.

Muitos desses estancieiros gaúchos se alistaram sob a bandeira de Flores em defesa dos blancos. Isso impôs ao Governo Imperial providências urgentes.

Foi enviado a Montevidéu, em abril de 1864, o Conselheiro Saraiva, com a missão de conseguir a solução das reclamações do Império desde 1852.

Aguirre não correspondeu às intenções de Saraiva, e fez reclamações e reivindicações, o que aumentou a animosidade do governo uruguaio contra o Brasil.

Houve esforço comum Brasil/rgentina para o restabelecimento da paz no Uruguai.

Aguirre não quis cumprir o combinado, dada a intransigência dos seus correligionários. Alimentava já a esperança de intervenção do Paraguai, a quem solicitara auxílio.

Em face do fracasso das negociações, Saraiva, com a simpatia da Argentina pela causa brasileira, entregou ao Uruguai, em 6 de agosto de 1864, um “ultimatum” brasileiro, onde era marcado o prazo de seis dias para a satisfação das exigências formuladas.

Isso provocou irritação no governo uruguaio, que protestou por escrito contra os termos empregados, reputando-os inaceitáveis. Com o “ultimatum”, os governos do Brasil e Argentina assinaram protocolo em que declaravam que a paz no Uruguai seria condição para a solução de todas as questões internacionais pendentes.

Então, as políticas do Império e da Argentina estiveram acordes quanto ao Uruguai.

Terminado o prazo do “ultimatum – Saraiva, o Império iniciou represálias com suas forças de terra e mar, o que constituirá causa imediata da guerra do Paraguai, pois motivou o pretexto para o Paraguai intervir no conflito, o que seria a origem da longa guerra.

Das forças terrestres, foi dado o comando ao General João Propício Menna Barreto, e das forças de mar, ao Almirante Tamandaré. Eles iniciaram as ações que resultaram em ligação com general uruguaio Flores, na tomada de Salto, de Paissandu e de Montevidéu, onde foi assinado, a 20 de fevereiro de 1865, o Convênio que punha terno à Campanha do Uruguai. O governo uruguaio passou ao General Flores, constituído em governo provisório.

A invasão do Uruguai e a tomada de Paissandu serviram de pretextos a López para romper as hostilidades contra o Império. Antes do “ultimatum -Saraiva”, López havia-se oferecido mediador da questão, não tendo sido aceito pelo Império.

Solano López não assinou tratado com o Uruguai. Limitou-se a dizer que auxiliaria o governo uruguaio, como tentou fazê -lo.

Em agosto de 1864, em função do “ultimatum” Saraiva, o ministro paraguaio D. José Berges enviou, ao nosso representante em Assunção, Viana de Lima, nota de ameaça ao Governo Imperial.

Essa nota terminava com as seguintes palavras: “… como atentatória do equilíbrio dos Estados do Prata, que interessa à República do Uruguai, como garantia de sua segurança, paz e prosperidade, e que protesta da maneira mais solene contra tal ato, desonerando-se desde já de toda responsabilidade pelas conseqüências da presente declaração”.

Poucos dias depois, confirmaria e reafirmaria os propósitos de emprego de meios coercitivos. As ameaças concretizaram-se com o apresamento do navio brasileiro “Marquês de Olinda”, no dia 12 de novembro de 1864, quando navegava a 30 milhas de Assunção, conduzindo o novo presidente da Província de Mato Grosso.

Viana de Lima, representante do Brasil em Assunção, protestou em nome do direito internacional e dos tratados existentes. Na tarde de 13 de novembro, o Ministro Berges entregava ao representante brasileiro nota de declaração de guerra ao Brasil. Em 14 de dezembro, os chefes paraguaios Barrios e Resquim, à frente de 4.200 e 5.000 homens respectivamente, invadiram Mato-Grosso.

Quanto à Argentina, desde 1863, López havia-se dirigido a Mitre, Presidente argentino, pedindo explicações pelo auxílio que parecia estar sendo dado por Buenos Aires aos colorados de Flores contra o então governo constituído do Uruguai.

Mitre, a princípio, não respondeu. Depois, envia-lhe uma nota declarando-se neutro nas lutas internas do Uruguai. López, para seus projetos, contava com o provável apoio de Urquiza, governador da Província de Entre Ríos, que lhe prometera 10.000 cavaleiros, caso as tropas paraguaias entrassem no Uruguai. Justo José de Urquiza, embora argentino, desejava tirar partido da situação, para alijar Mitre do poder.

López, após o apresamento do navio brasileiro, solicitou à Argentina, em janeiro de 1865, permissão para o trânsito inocente do seu exército pela província argentina de Corrientes, a fim de correr em socorro do Uruguai e invadir o Rio Grande do Sul, no Brasil.

Mitre negou! López, indignado, enviou tropas paraguaias, que, de surpresa, apresaram dois navios argentinos ancorados na cidade de Corrientes, a 13 de abril de 1865, ocupando, no dia seguinte, a mesma cidade indefesa, o que levou ao auge a indignação do povo e do governo argentinos.

Síntese das causas do conflito

Causas remotas: Questão de limite. Livre navegação no Prata. Antagonismos entre paraguaios e brasileiros, e entre paraguaios e argentinos. Busca de novo equilíbrio na Bacia do Prata.

Sonho de López de reconstituição do antigo Império Teocrático Guarani e criação de um Paraguai maior, que chegasse às águas atlânticas.

Causas imediatas: Participação de López na política do Prata. Intervenção do Brasil no Uruguai. Apresamento do navio brasileiro Marquês de Olinda. Invasão dos territórios brasileiro e argentino pelo Paraguai.

O Tratado da Tríplice Aliança

Colocados o Brasil, a Argentina e o Uruguai em campo oposto às pretensões de López, em virtude das ocorrências culminadas com as invasões da Província Argentina de Corrientes e das brasileiras em Mato Grosso e Rio G. do Sul, tudo isso levou esses países a firmarem, em Buenos Aires, a 1º de maio de 1866, o Tratado da Tríplice Aliança, com 29 artigos.

Da sua análise, pode-se concluir variados aspectos, tais como:

Tratado de Aliança Ofensiva e Defensiva (art. l).

Absoluto respeito à soberania e integridade do Paraguai (arts. 8 e 9).
Ausência de idéia de conquista (arts. 8 e 9).Caráter secreto (Art. 18).
Contra López e não contra o Paraguai.
Derrota de López e de seu governo (arts. l e 6). Manutenção do equilíbrio do Prata, assegurando a independência do Paraguai (art.8).
Solução das questões de navegação (art. 11).
Solução das questões de limites (art. 16).

Meios para a ação: O Exército e Marinha do Brasil

Exército da Argentina. Contingente de forças do Uruguai e uma Legião do Paraguai a organizar. ( arts. 2,4 e 7 ). O comando aliado: Inicialmente, caberia a Mittre, Presidente da República da Argentina (art 3). Bases para a paz: Dívidas de Guerra (art 14 e 15).
Concessão e Privilégios (art 10). Garantia da Paz (art 13 e 14).
Destruição de Obras de Fortificação e Desarmamento (arts. 1 e 2 de um protocolo adicional).

Planos de Operações dos Aliados

Vários foram os Planos de Operações apresentados. Entre eles, cabe a apreciação e o estudo do plano de Caxias, apresentado antes da assinatura do Tratado da Tríplice Aliança, e o dos Aliados, apresentado e assinado no dia 1 de maio de 1865, sob a responsabilidade de Mitre.

O Plano de Caxias

Por solicitação do Ministro da Guerra do Império, Henrique Pedro Carlos de Beaurepaire Rohan, a 25 de janeiro de 1865, Caxias elaborou Plano para a Campanha, que pode assim ser resumido:

Atuando por Passo da Pátria, na direção Humaitá – Assunção, conquistar Humaitá (objetivo militar) e Assunção(objetivo político).

Atuar também na direção São Paulo – Miranda – Apa, para expulsar o inimigo e cerrar sobre o Rio Apa; posteriormente, por aí atuar, em apoio do Grupamento da Força do Sul, na direção de Assunção.

Fixar o inimigo numa das regiões de S. Cosme, Itapua ou S. Carlos, em condições de atuar na direção de Assunção, ou mesmo de, em caso de insucesso na ação principal, assegurar a sua retirada pelo Passo da Pátria.

Realizar o esforço na direção Humaitá – Assunção.

A operação principal deveria ser realizada com a cooperação da Esquadra.”

0 Plano de Mitre (Aliados)

Foi apresentado na assinatura do Tratado da Tríplice Aliança e previa:

Concentrar a massa principal na região de Goia (margens do Rio Paraná ).

Atuar na direção Goia -Humaitá, para expulsar o inimigo que opera ao Sul e a Leste do Rio Paraná. Em seguida, invadir o Paraguai e conquistar Humaitá.

– Atuar também por Itapua, sobre Humaitá. Dispositivo: Na direção Goia-Humaitá, com o grosso das forças aliadas. Na direção Itapua – Humaitá com a Cavalaria Aliada.

Guerra da Tríplice Aliança – Resumo

A partir daqui usaremos os nome de chefes e localidades em maiúsculas)

A Guerra de TRÍPLICE ALIANÇA contra LÓPEZ foi longa, durando de novembro de l864 até março de 1870.

Sua divisão pode ser apreciada sob os aspectos do Comando em Chefe das Forças Aliadas e da Atitude dos Beligerantes.

Quanto ao Comando em Chefe– 1.° período  MITRE: entre 1-V-65 e 9-II-67. 2.° período CAXIAS: entre 9-II-67 e 29-VII-67. 3.° período  MITRE: entre 1-VIII-67 e 10-II-68. 4° período  CAXIAS: entre 11-II-68 e 4-IV-69. 5.° período – Conde d’EU: entre 14-IV-69 e março de 70.

Quanto à Atitude dos Beligerantes– 1.° período – Ofensiva de LÓPEZ, compreendendo as invasões de MATO GROSSO, CORRIENTES e RIO GRANDE DO SUL.- 2.° período – Ofensiva aliada: em CORRIENTES e no RIO GRANDE DO SUL; transposição do PARANÁ; invasão do PARAGUAI, por PASSO DA PÁTRIA e pelo APA; ocupação de ASSUNÇÃO. 3.° período – Campanha da Cordilheira, compreendendo a manobra do PERIBEBUI e perseguição a LÓPEZ.

A Ofensiva paraguaia

O PARAGUAI, tirando partido de uma série de vantagens iniciais, precedeu largamente os Aliados na mobilização, pois suas forças já estavam mobilizadas, concentradas e adestradas, atingindo, em agosto de 1864, cerca de 20.000 homens, com o grosso em CERRO LEON; teve larga iniciativa, pois o Brasil se encontrava empenhado em uma ação com o URUGUAI, sendo obrigado a distrair meios nesta ação; o TO era próximo aos seus centros abastecedores; e contava com a neutralidade da ARGENTINA e a possível simpatia de URQUIZA.

A invasão de Mato Grosso

O 1º ato foi a Ação Diversionária sobre MATO GROSSO. Qual seria o objetivo militar ou geográfico dessa expedição Para TASSO FRAGOSO, não havia dúvida de que LÓPEZ só desejava conquistar os terrenos limítrofes.

Admita-se que LÓPEZ possuísse idéia remota de chegar a CUIABÁ; neste caso, a manobra direcional poderia ser assim definida: CONCEPCIÓN – COIMBRA  CORUMBÁ, e CONCEPCION – MIRANDA – COXIM.

E com esforço principal na 1ª direção, conquistar: COIMBRA, CORUMBÁ, MIRANDA e COXIM. Depois, se necessário, aprofundar-se seja de COXIM, ou de CORUMBÁ, ou de ambas, sobre CUIABÁ, e dela apossar-se.

Para isso, foi lançado na 1ª direção o Cel BARRIOS com uma força terrestre à base de Infantaria de 4 BI (3.200 hs), apoiado por uma força naval, enquanto na 2ª direção atuou o Gen RESQUIN, com uma força à base de Cavalaria de 3.000 hs (5 RC e 1 BI).- Que podia fazer o BRASIL para contrapor-se Nada, a não ser escrever as epopéias de DOURADOS e COIMBRA, pois o efetivo do Império, em Mato Grosso, não somava 1.000 homens.

O ataque ao FORTE DE COIMBRA deu-se no dia 27 dez 1864, depois de ter sido sua guarnição intimada a render-se. O Coronel PORTO CARRERO, em nome da honra militar e da tradição de heroísmo que pairava sobre o forte, respondeu energicamente que só transmitiria o comando em virtude de ordem superior.

BARRIOS iniciou os preparativos de ataque: A sua esquadrilha naval atacaria o forte e as tropas de desembarque investi-lo-iam, enquanto as 12 peças assestadas em morro fronteiro protegeriam o movimento dos assaltantes. Depois de cinco horas de ataques infrutíferos, resolveu BARRIOS recolher toda sua tropa desembarcada à margem direita.

Ao romper-se o dia 28, efetuou-se novo ataque. Os paraguaios, depois de várias tentativas, às 7 horas da noite, reembarcam em seus navios. A bandeira brasileira continuava heroicamente a tremular, à luz morta do crepúsculo, sobre as muralhas do forte. Pela noite escura foi realizado o embarque da guarnição e de todo o pessoal do forte, o que se fez em ordem, embarcando primeiro as mulheres e crianças, e depois a guarnição. Simultaneamente, a coluna de RESQUIN, atacava as guarnições brasileiras que lhe faziam frente. URBIETA, da coluna de RESQUIN, no seu ataque à COLÔNIA MILITAR DE DOURADOS, intimou o seu comandante, Ten ANTONIO JOÃO, que não se rendia. Este, sabedor da invasão, fez evacuar da colônia o pessoal civil desnecessário à defesa.

Enviou ao Coronel DIAS DA SILVA, comandante do Distrito Militar de MIRANDA, um próprio com a notícia da invasão, e num bilhete teria escrito a lápis:

“Sei que morro, mas o meu sangue e dos meus companheiros
servirá de protesto solene contra a invasão do solo da minha Pátria”.

Se escreveu, ou não, o bilhete, a sua atitude corajosa correspondeu às palavras que lhe são atribuídas. A grande superioridade do inimigo esmagou ANTONIO JOÃO e toda sua guarnição.- CUIABÁ foi organizada para a defesa, com os remanescentes e as forças aí estacionadas.

Fonte: www.falarempublicosp.com.br/www.conhecimentosgerais.com.br/www.newworldencyclopedia.org/www.encyclopedia.com

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