Guerras Púnicas

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O que foram as Guerras Púnicas?

Com a necessidade de obter mais terras para a agricultura e de defender-se das nações vizinhas, Roma iniciou a conquista de toda a península italiana, depois percebeu que saquear cidades e escravizar os derrotados eram uma grande forma de riqueza.

Os romanos derrotaram os etruscos ao norte, depois os samnitas ao sul e também cidades de origem grega. A ilha da Sicília foi invadida pelos cartagineses que viviam ao norte da África. Cartago era outra potência que dominava a navegação e o comércio no Mar Mediterrâneo e a expansão romana fez as duas nações a entrar em guerra. Como os romanos chamavam os cartagineses de Punis, as batalhas ficaram com o nome de Guerras Púnicas.

Foram três períodos de batalhas, a Primeira Guerra Púnica 241 a.C. Cartago fora derrotada por Roma e foi obrigada, além de pagar indenização, perdeu a Sicília, a Sardenha e a Córsega.

A Segunda Guerra Púnica abrangeu de 237 a.C. até 201 a.C. quando o General cartaginês Amílcar Barca atravessou o Estreito de Gibraltar, ganhou a península Ibérica, cruzou os Alpes e atacou de surpresa os romanos pelo norte da Itália. Nesta época quem comandava o exército de Cartago era Aníbal Barca e impôs várias derrotas aos romanos. Mas Roma se reorganizou e derrotou Aníbal em 201 a.C.

Guerras Púnicas
Campanha Militar de Almícar e Aníbal Barca na Segunda Guerra Púnica (237 a 201 a.C.)

Em 149 a.C. houve a Terceira Guerra Púnica em que Cartago fora destruída totalmente, o comandante desta vitória foi o General Romano Cipião, o africano. O resultado foi que o povo cartaginês, foi escravizado e levado para Roma, isto provocou o desemprego de plebeus e clientes que foram obrigados a abandonar o campo e ir para a cidade de Roma, um êxodo rural. Também Roma passou a dominar o comércio do Mediterrâneo e passou a conquistar a Macedônia, Grécia, Egito e Síria, os romanos passaram a chamar o Mar Mediterrâneo de Maré Nostrum (nosso mar).

Com a elevação de pobres dentro da cidade o problema da desigualdade entre patrícios e plebeus. O tribuno da plebe, Tibério Graco em 133 a.C. aprovou uma lei que limitava o tamanho das terras dos patrícios e propôs dar as terras públicas aos plebeus. Um ano depois Tibério e muitos partidários seu, foram assassinados.

Em 123 a.C. outro tribuno da plebe, Caio Graco (irmão de Tibério), criou a Lei Frumentária, que baixava o preço do trigo para os pobres. Propôs novamente a reforma agrária e queria aprovar uma lei que aumentava a representação da plebe na administração do Governo Romano. Os patrícios temiam por um aumento do poder da plebe e os grandes latifundiários não queriam perder parte de suas terras. Também Caio Graco será assassinado com seus seguidores.

Em 91 a.C. o tribuno da plebe Marcus Livius Drusus, novamente tentou propor a  reforma agrária e, novamente ela foi rejeitada pelo Senado e isto levou a Guerra Social em 90 a.C., entre patrícios e plebeus. Os patrícios venceram, mas o clima de instabilidade social em Roma continuaria. O grande número de escravos fez com que um escravo de nome Spartacus em 73 a.C. mobiliza-se 90 mil escravos em um exército contra os romanos. Depois de inúmeras vitórias, Spartacus e seu exército fora derrotado e ele crucificado.

Roma tornou-se um império mundial, mas a cidade não funcionava, a instabilidade fez generais disputarem o poder entre si, foram eles Mário e Sila, que lutaram pelo título de ditador.

Guerras Púnicas
Durante a República Romana (509 a.C. a 27 a.C.) o Senado era soberano, ficou em segundo plano após Júlio César lançar as bases para o Império que foi concretizado por seu sobrinho Otávio Augusto.

A crise levou o Senado a formar o Primeiro Triunvirato no ano de 59 a.C. onde três cônsules governariam Roma, foram eles: Pompeu, Crasso e Caio Júlio César. Este último possuía ótimo prestígio, em todos os cargos que exerceu, mostrou-se perfeito e de uma inteligência superior aos demais.

Júlio César sabia onde estavam os problemas de Roma, percebera que a cidade crescera e se tornara um império do tamanho do mundo antigo, mas suas leis ainda eram as leis para uma cidade. E sabia também que para fazer novas leis, deveria superar o Senado, pois os interesses de muitos senadores, não deixariam fazer novas e melhores leis para o império que havia se formado.

Júlio César entre os anos de 58 à 51 a.C., partiu para conquistar a Gália uma região maior do que a Itália, a Gália abrange onde hoje é a França, Bélgica e depois César conquistou a Bretanha. Seu brilhantismo está em seu livro “Comentário sobre a Guerra Gaulesa”.

Após quase dez anos ele retornou a Roma, mas disposto a tomar o poder, isto o levou a guerra contra Pompeu, pois Crasso havia morrido na Síria. Mais uma guerra civil, ou seja, romano combatendo romano. Crasso foi derrotado e o Senado se viu obrigado a nomear Júlio César como Ditador Vitalício em 46 a.C.

Júlio César fez a distribuição de terras, criou novas leis, incentivou a colonização dos domínios de Roma, criou o soldo (salário dos soldados), instituiu aposentadoria aos legionários e oficiais, fez inúmeras obras públicas. César lançou as bases para um império, porém os Senadores o invejavam e viam nele uma ameaça para a República Romana e seu filho adotivo Brutus comandou o assassinato de Júlio César, que foi esfaqueado dentro do Senado por todos os senadores, inclusive pelo próprio filho Brutus, era o ano de 44 a.C.

Formou-se após a morte de Júlio César o Segundo Triunvirato, sendo Otávio, Marco Antônio e Lépido os cônsules. Porém Marco Antônio mudou-se para o Egito e aliou-se a Cleópatra, tornando amante desta, e ela já havia sido amante de Júlio César.

Otávio entrou em guerra contra Marco Antônio que foi derrotado, Cleópatra suicidou-se e Otávio voltou para Roma e obrigou o Senado a nomeá-lo como Otávio Augustus Imperator, Princeps, Pontifex Maximus, Tribunus potestas e Pater Patriae. Ou seja, Augustus um título só dado a deuses; Imperator que era o comandante dos exércitos; Princeps que era o primeiro e mais importante cidadão de Roma; Pontifex Maximus que era o sacerdote supremo; Tribunus potestas ou seja, tribuno por toda a vida e finalmente Pater Patriae que significa o pai de Roma.

Frederico Czar
Professor de História

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