Ilha de Marajó

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Ilha de Marajó, situada no estado do Pará, é cercada pelos rios Amazonas, Tocantins e pelo Oceano Atlântico, com uma área de 40.100 km², é a maior ilha fluviomarinha do mundo.

Ilha de Marajó é a maior do arquipélago do mesmo nome e está situada na foz do rio Amazonas, no estado do Pará; está dividida em 13 distritos, sendo os principais Soure, que se mostra na imagem, Salvaterra, Chaves e Ponta de Pedras.

Considerada a maior ilha fluviomarinha do mundo, terá sido o primeiro lugar do Brasil onde chegaram os portugueses, ainda antes de Pedro Álvares Cabral, no ano de 1948, que aí criaram um baronato, o Baronato da Ilha Grande de Joanes, como então era conhecida.

A principal atividade econômica da ilha é o turismo, e os marajoaras dedicam-se também à agricultura, ao artesanato, principalmente cerâmica, à criação de búfalos, existindo na Ilha de Marajó a maior manada destes animais do Brasil e à pesca.

Entre as principais atrações turísticas do lugar, destacam-se os montes artificiais, nomeados “tesos”, que foram construídos no período pré-colombiano pelos índios locais, e o grande rebanho de búfalos, um dos maiores do Brasil.

Ilha de Marajó

A região é considerada o maior e mais bem preservado santuário ecológico da Amazônia, abriga planícies cobertas de savana, densas florestas, praias fluviais, lagos de diversos tamanhos, igarapés, dunas e a pororoca, com formação de ondas gigantescas no encontro da águas.

Também tem destaque a cultura local, a dança do carimbó, de lundu e a cerâmica marajoara.

Para além das praias, o visitante poderá fazer ecoturismo, apreciando a fauna, em particular os mangais, os animais que compõem a fauna local, como capivaras, macacos, jacarés e aves, designadamente o guará, passear pelos igarapés, cursos de água constituídos por um braço de rio, vistar a Área de Proteção Ambiental do Arquipélago do Marajó, o Parque Estadual Charapucu, a Reserva Ecológica da Mata do Bacurizal e do Lago Caraparú, a Reserva Extrativista Gurupá-Melgaço, a Reserva Extrativista Mapuá, o Museu de Marajó e a Fazenda Bom Jesus.

Poderá igualmente assistir ao carimbó, uma dança típica, e que se mostra na imagem, ou praticar esportes como a pesca e o “trekking”.

Poderá comer os pratos típicos da gastronomia da Ilha de Marajó, como se mostra na imagem, e que são o Filé à Marajoara, com queijo de búfala, o Frito à Vaqueiro e o Caldo de Turu, um molusco da família das ostras em restaurantes como o Delícias da Nalva, o Paraíso Verde, o Restaurante Ilha Bela, o Casarão e o Minha Deusa, todos localizados em Soure.

Na Ilha de Marajó não existe um sistema de transportes coletivos nem táxis, deslocando-se os seus habitantes a pé, de canoa, que se mostra na imagem, em caminhões ou montados em búfalos e cavalos. Como também não existem locais para para alugar carros, o visitante deverá fazê-lo na cidade de Belém, e tomar a balsa em Icoaraci, um distrito da cidade, a cerca de 20 km do centro.

Ilha de Marajó
Praias da Ilha de Marajó

As praias da Ilha de Marajó, podem ser fluviais, de água doce, ou marinhas, de água salgada; as mais famosas são a Praia do Pesqueiro, a Praia do Araruna, a Praia Grande e a Praia de Joanes / Monsarás.

Dicas e Passeios na Ilha de Marajó

Os cenários do local se transformam de seis em seis meses, principalmente no primeiro semestre, quando as matas e os campos ficam embaixo das águas.

No segundo semestre, a visitação se torna mais favorável pela melhor observação dos animais e da vegetação, rica e diversificada.

O território da Ilha de Marajó e constituído por várias localidades, entre elas, Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras,Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Soure.

Fonte: www.hoteis-e-pousadas.com

Ilha de Marajó

Nome da área: arquipélago do Marajó.

Coordenadas geográficas centrais: 00º42’S e 49º49’W.

Estado: Pará

Municípios: O arquipélago do Marajó é formado por 12 municípios: Chaves, Santa Cruz do arari, Soure, Salvaterra, Cachoeira do arari, Ponta de Pedras, Muaná, afuá, anajás, São Sebastião da Boa Vista, Curralinho e Breves.

Altitude: 2 – 30 m

Limites: O arquipélago do Marajó é limitado ao norte pela foz do rio amazonas e pelo oceano atlântico, a leste pela baía de Marajó, ao sul pelo rio amazonas e a oeste pela foz do rio amazonas.

Área total: 59.400 km2, sendo que a maior ilha do arquipélago, a ilha de Marajó, possui cerca de 50.000 km2.

Situação de conservação: de acordo com o art. 13, parágrafo 2º da Constituição do estado do Pará, de 5 de outubro de 1989, a área total do arquipélago é estabelecida como Área de Proteção ambiental do arquipélago do Marajó (aPa Marajó). dentro do arquipélago estão inseridas outras unidades de conservação de uso sustentável: a Reserva extrativista Mapuá, no município de Breves, com 94.463 ha; a Reserva extrativista Marinha de Soure, no município de Soure, com 27.463 ha; e a Reserva extrativista Terra grande-Pacuúba, nos municípios de Curralinhos e São Sebastião da Boa Vista.

Descrição geral

Ilha de Marajó

ilha de Marajó e as ilhas Caviana e Mexiana são ilhas continentais de origem Quaternária, localizadas no g olfo do Marajó – a porção da costa amazônica que engloba a foz do rio a mazonas –, numerosas ilhas e canais que formam a região conhecida como Furo de Breves, e a Baía do Marajó.

A vegetação no arquipélago é constituída por três fisionomias distintas (Japiassu e g óes 1974): campo naturais, floresta tropical densa e vegetação pioneira com influência marinha.

Os campos naturais, predominantes na região, podem ser sazonalmente inundáveis ou campos de terra-firme, conhecidos localmente como tesos, e que apresentam vegetação de savana. a s formações florestais incluem as florestas de várzea (predominantes), as florestas de igapó e as florestas ombrófilas densas de terras baixas (matas de terra firme).

A vegetação com influência marinha inclui os manguezais e extensas praias e restingas. a classificação bioclimática da a mazônia de Bagnoul e g aussen caracteriza a região como de clima equatorial com temperatura média do mês mais frio superior a 20ºC e temperatura média anual de 26ºC. a precipitação anual é sempre maior que 2.000 mm e a umidade relativa do ar é maior do que 80% (Presidência da República 2007).

Fonte: www.conservation.org.br

Ilha de Marajó

Um pouco de história: o tradicional e o novo

A ilha do Marajó foi habitada, muito antes da chegada dos portugueses, entre os anos 400 e 1.300 d.C., por povos que faziam uma cerâmica bonita e refinada. Eles fabricavam potes, vasos, tigelas, tangas, urnas funerárias, adornos e outros objetos, com um estilo próprio, que ficou conhecido como ‘cultura marajoara’.

Contavam histórias e expressavam suas crenças e emoções, só que em vez de palavras escritas, usavam imagens.

Desenhavam ou moldavam no barro animais e seres da floresta: cobras, jacarés, tartarugas, lagartos, corujas, macacos. Esses objetos, que foram encontrados pelos arqueólogos, estão vivos e espalhados por museus do mundo inteiro.

Ilha de Marajó

Quando os portugueses chegaram ao Pará, em 1616, a ilha do Marajó já estava ocupada por outros povos estimados em cem mil habitantes. Eles falavam línguas diferentes da Língua Geral ou Nheengatu (que significa ‘língua boa’), usada na catequese pelos missionários.

Por isso, ficaram conhecidos como Nheengaíbas (que significa ‘língua difícil’). Um desses povos era o SACACA, dono de conhecimentos sobre plantas medicinais, ervas e cipós, transmitidos oralmente de pai para filho através de histórias e de narrativas míticas.

Em algumas gerações, os povos do Marajó adotaram a Língua Geral e depois a língua portuguesa, mas a palavra ‘sacaca’ ficou para denominar o ‘pajé’ ou ‘aquele que cura’.

Os povos do Marajó, através dos séculos, criaram formas majestosas de arte como a cerâmica, a pintura, a arquitetura deixada nos traços das aldeias encontradas, além de mitologias, narrativas, poesias, cantos, pajelanças, etnosaberes e muito mais coisas que hoje inspiram a alma do caboclo.

Esses saberes acumulados durante milênios podem ajudar-nos hoje a melhorar a qualidade de vida na Amazônia. Daí surge a necessidade de fortalecimento dessas expressões culturais que têm em sua existência a herança de povos que resistiram à imposição colonizadora, mas que souberam também dialogar com outras culturas, incorporando novos elementos da modernidade.

Hoje, surgiram novas informações, novos meios de vida e novas preocupações.

O grande desafio do século XXI é: como acompanhar as mudanças tecnológicas e ao mesmo tempo manter a tradição, os conhecimentos sobre a floresta, a qualidade de vida, o respeito ao meio ambiente e a forma de olhar o mundo? Como incorporar as inovações sem perder a identidade e a origem marajoara? O homem marajoara não tem medo das inovações e da mudança, ele quer mudar, preservando, no entanto, o que tem de melhor na sua tradição.

Um professor francês, Jean Jaurés (1859-1914) escreveu que a defesa da tradição deve ser feita não para conservarmos as cinzas, mas para soprarmos as brasas: “Do passado – ele diz – apoderemo-nos do fogo e não das cinzas”.

Esse é o espírito que tem animado as jornadas de oficinas e palestras que realizamos em Soure em quatro anos consecutivos. Discutimos questões como o desmatamento, a proteção da fauna da Ilha, o papel que o marajoara deverá desempenhar na luta pela preservação da Natureza e até problemas modernos como o aquecimento global.

Um pouco de geografia: o território e o meio-ambiente

Situada bem no coração da foz do Rio Amazonas, a Ilha de Marajó guarda muita beleza e contrastes. Maior ilha fluvio-marinha do mundo, com quase 50 000 km² (o tamanho dos estados de Sergipe e Alagoas juntos), a Ilha de Marajó é a extensão natural de uma visita à capital paraense.

A viagem de lancha que separa Belém da cidade de Soure, capital da ilha, dura duas horas e atravessa as baías do Guajará e do Marajó. Situada na foz do Rio Amazonas, a ilha, um paraíso selvagem, é uma extensa planície, pontilhada de campos, matas, mangues e igarapés.

O lado oriental, mais próximo da capital paraense, abriga boa parte dos vilarejos e das fazendas de criação de búfalos (a manada da ilha é a maior do país). É nessa região que vive a maioria dos 250 000 habitantes de Marajó. Do outro lado da ilha, praticamente desabitado, os campos dão lugar a uma floresta úmida e abafada.

A melhor época para visitar Marajó vai de janeiro a junho, quando chove quase todo final de tarde e os campos ficam inundados, a relva, viçosa, e o clima, mais ameno. No resto do ano, o forte calor faz o solo rachar, abrindo cicatrizes na terra.

Os búfalos são uma presença marcante na vida dos marajoaras – tão forte quanto o carimbó e o lundu, danças de origem africana e indígena típicas do Pará. Os animais, que chegam a pesar meia tonelada, pastam livremente pelas ruas de Soure e até servem como viatura para uma espécie de polícia montada.

Servem também como táxi e, no carnaval, puxam carroças equipadas com potentes caixas de som, numa curiosa mistura de carro de boi com trio elétrico. A passarela do samba em Soure, por sinal, foi batizada de Bufódromo, numa homenagem ao animal-símbolo da ilha.

O curioso é que os búfalos chegaram à região por acidente, depois que um navio carregado dos animais, que seguia para a Guiana Francesa, encalhou na costa da ilha.Os animais nadaram até a praia e se adaptaram ao clima inóspito do lugar – ainda hoje é possível encontrar búfalos selvagens nas matas de Marajó.

Existe um turismo promissor na região. Para conhecer o modo de vida simples marajoara, nada melhor que hospedar-se numa das muitas fazendas. De dia, pode-se passear a cavalo e navegar pelos igarapés e, à noite, aventurar-se na focagem de jacaré. Caso, porém, se prefira o conforto de um hotel, nos arredores de Soure é possível encontrá-lo num hotel-fazenda.

Lá, você poderá experimentar a sensação de montar no lombo de um búfalo. Quatro animais mansinhos – Vagalume, Louro, Sol e Rambo – estão às ordens de quem quiser fazer esse curioso passeio. E, no final da visita, se prova os quitutes de Dona Carlota, a dona do empreendimento, que faz uma deliciosa geléia de cupuaçu, fruta típica do Pará.

No vilarejo de Cachoeira do Arari, distante 74 quilômetros de Soure por uma estradinha de terra, a atração é outro traço marcante da cultura da ilha: as célebres cerâmicas marajoaras, herança dos primeiros habitantes. Cachoeira do Arari é a sede do Museu do Marajó que, além da coleção de artefatos marajoaras, destaca-se por investir na preservação da cultura e das tradições dos ilhéus.

“A principal peça do museu é o caboclo marajoara”, afirma o italiano Giovanni Gallo, que foi diretor do museu e escreveu o livro:Marajó, a ditadura da água.

A arte dos marajoaras

Povos de culturas sofisticadas povoaram a Ilha de Marajó muito antes da chegada do colonizador europeu. Eram os marajoaras, que dominavam a técnica de horticultura na floresta e desenvolviam a agricultura itinerante, com queimada e derrubada de árvores. Habilidosos arquitetos, os marajoaras faziam aterros artificiais para erguer suas casas nas épocas de cheia.

O maior legado desse povo, que desapareceu por volta do ano de 1.300, foi a estilizada cerâmica marajoara. São vasos, jarros, pratos, utensílios de cozinha e urnas funerárias ricamente enfeitados com curiosos desenhos – o mais comum é o de uma serpente, representada por espirais. As peças mais antigas datam de 980 a.C. e podem ser apreciadas nos museus do Marajó, em Cachoeira do Arari, e no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém.

Inúmeros artesãos reproduzem peças de barro no estilo marajoara. A maioria dos ateliês fica em Icoaraci, cidade a 23 quilômetros de Belém, que tem uma cooperativa de ceramistas. O mais famoso de todos os artesãos é o seu Anísio, cujas bem trabalhadas peças já foram vendidas até para a Joalheria H. Stern.

Quem visita seu ateliê pode acompanhar todo o processo de produção das peças.

Fonte: www.caruanasdomarajo.com.br

Ilha de Marajó

Ilha de Marajó

A Ilha do Marajó está localizada no extremo norte do País, bem no ponto onde os principais rios da Bacia Amazônica – Pará, Xingu e Amazonas – desaguam no Atlântico. Ela ocupa uma área de 49.964 km2, de planícies sedimentares, maior que o estado do Espírito Santo ou Rio de Janeiro, por exemplo.

Entre a Ilha e Belém, capital do Pará, se estende uma Baia de 18 km de largura, formada pela mistura de água salgada do mar e doce dos rios. Foi nesta região, onde o rio se encontra com o mar, que o navegador espanhol Vicente Yañes Pinzon, no ano de 1498, procurou refugio após encontrar-se com a Pororoca.

Sua viajem até hoje é envolvida em mistérios, mas teria sido ele o europeu “achador” das terras brasileiras para a colonização e o local de chegada de sua equipe teria sido a ilha de Marajó, mais especificamente o local onde hoje esta localizada a vila de Monsarás, em Salvaterra, por sinal a primeira Comarca da Ilha de Marajó.

Vicente Yañes Pinzon era um grande navegador que, na sua juventude, chegou a praticar a pirataria em águas mediterrâneas, na perspectiva de roubar açúcar para distribuí-lo entre os moradores da pequena Palos de la Frontera, sua cidade natal.

Nascido em 1461, era filho de Mayor e Martin Alonso Pinzón. Adulto, navegava com seus irmãos Martin Alonso, mais velho e o mais abastado e Francisco. Comercializavam sardinhas pelo Mediterrâneo e norte da Europa, como também por portos do norte da África.

O descobrimento oficial do Brasil está datado de 1500, pelo navegador português Pedro Álvares Cabral e registrado, através de uma carta enviada a Dom Manuel, Rei de Portugal, pelo escrivão Pero Vaz de Caminha. Cabral comandava a maior e mais bem equipada frota a zarpar dos portos ibéricos até então.

Com dez naus e três caravelas, levava cerca de 1.500 homens.

Porém, existem registros e opiniões de estudiosos que alegam não ter sido nesta expedição que o Brasil foi descoberto, mas sim em 1498, quando Pinzón chegou ao Brasil. O fato não foi tão divulgado, pois existia o Tratado de Tordesilhas, onde, a partir dele, as terras visitadas por Pinzón faziam parte do território português.

O Tratado de Tordesilhas

A Amazônia era território espanhol. De fato e de direito. A linha de Tordesilhas praticamente não tocava na bacia amazônica e a embocadura do rio Amazonas estava em pleno domínio espanhol. A eles também cabia o mérito da descoberta.

O espanhol Vicente Yanes Pinzón foi o primeiro europeu a enfrentar, provavelmente, a correnteza do rio Amazonas, cujo estuário chamou de Santa Maria de la Mar Dulce. No tratado ficou estipulado que a 370 léguas de Cabo Verde seria traçado um meridiano imaginário. A oeste pertenceria a Espanha e ao leste a Portugal.

Então antes mesmo do “descobrimento do Brasil” já se sabia ou se deduzia que existiam terras pra esses lados. E isso já era de se esperar pois já em 12 de outubro de 1492 Cristóvão Colombo chegava na América Central.

Em fevereiro de 1500 um outro europeu chamado Américo Vespuccio registrou em suas crônicas de viagem a existência de uma grande ilha localizada abaixo da linha do equador.

Vicente Pinzón, já em terras brasileiras, abasteceu-se de viveres, capturou 36 índios e seguiu viagem rumo ao norte. Ele foi seguido na embocadura do Amazonas por outro espanhol, Diego de Lepe que também partira do porto de Palos, mas em sua tentativa de desembarque na foz do rio Amazonas, apenas alguns meses depois de Pinzón, Lepe terminou por travar um feroz combate com os índios que mataram 10 de seus homens. Talvez por serem parentes dos 36 índios, salteados anteriormente por Pinzón. Os espanhóis eram senhores da Amazônia, de fato e de direito.

O Descobrimento do Brasil

Por muito tempo, o descobrimento do Brasil, ou “achamento”, como registra o escrivão Pero Vaz de Caminha, é considerado simples acaso. A partir de 1940 vários historiadores brasileiros e portugueses passam a defender a tese da intencionalidade da descoberta, hoje amplamente aceita.

A favor da hipótese da descoberta intencional há o fato de que Portugal, como os demais reinos europeus, sabia da existência de terras no Ocidente desde 1492, quando Cristóvão Colombo chega à América. Tanto que busca garantir logo a posse de parte dessas terras pelo Tratado de Tordesilhas. Os portugueses também tinham informações sobre viagens espanholas como as de Vicente Yañes Pinzón e de Diego Lepe, que teriam costeado o atual Norte e Nordeste brasileiro pouco antes de Cabral.

Além disso, imediatamente após o retorno de Vasco da Gama da Índia, em 1499, Portugal teria mandado o cosmógrafo e navegante Duarte Pacheco Pereira refazer sua rota e explorar a “quarta parte”, o quadrante oeste do Atlântico Sul. Apesar de não existir uma completa comprovação da realização dessa missão – a Coroa portuguesa tinha uma política de sigilo nos empreendimentos marítimos –, Duarte Pacheco Pereira participa da viagem de Cabral em 1500.

Isso pode indicar que a expedição teria dois objetivos: um público e outro secreto. O primeiro seria desenvolver as operações comerciais na Índia e o segundo, confirmar as explorações realizadas anteriormente no Atlântico Sul, com a tomada de posse oficial das novas terras.

Quando os reinos de Portugal e Espanha separaram-se, em 1640, a Ilha de Marajó já aparecia nos mapas de navegação, com o nome de Ilha Grande de Joanes.

Nome de uma das vilas do Município de Salvaterra.

A primeira expedição militar portuguesa, destinada a submeter os indígenas pertencentes a família dos Aruaques, que migraram das Antilhas para o Norte do Brasil, aconteceu em 1632. As 130 canoas, 240 soldados e 500 caboclos foram rechaçados pelos índios. A dominação só veio a se efetivar em 1659, quando o Padre Antônio Vieira aportou na Ilha e conseguiu apaziguar os índios, através da evangelização e posterior escravização, tendo como base o forte construído onde hoje esta a vila de Joanes.

Como forma de resistência, os Aruãs e outras tribos, como os Anajás, Guajarás, Mapuás e Mamaiuás, diferenciadas apenas por dialetos, acabaram migrando para regiões do baixo Amazonas mais afastadas da costa.

Até o século XVIII a ilha era conhecida como Ilha Grande de Joanes, nome dado pelos espanhóis. Nesses tempos remotos, entre o povo, se falava também Ilha dos Nheengaibas, por causa das diferentes línguas – nheengatuba – de índios que ali existiam.

E foi justamente de uma dessas tribos indígenas, a que vivia mais ao sul da ilha, que saiu o nome atual: Marajó. Segundo o dicionário Aurélio, Marajó significa “o vento que sopra a tarde sobre a ilha”. No entanto, a origem desse nome pode vir de Mbara-yó, que no Tupi significa “barreira do mar”. Aliás, aos olhos dos antigos colonizadores, a ilha parecia servir como uma muralha erguida pela própria natureza para barrar as tormentas do oceano.

A Nobreza na História do Marajó

Muitos foram os nobres que se destacaram aos serviços dos Reis de Portugal, e a estes Reis em recompensa, dava-lhes grande extensão de terras nas colônias recém conquistadas.

A Ilha Grande de Joanes, foi constituída pôr D. Afonso IV, pôr Carta-Régia de 23 de dezembro de 1665, em capitania donatária de Juro e Herdade a Antônio de Souza de Macedo, Secretário de Estado daquele Rei. Dela tomou posse o donatário, por seu procurador, em 2 de dezembro de 1667.

Esta doação a Antônio de Macedo, que tomou o título de Barão da Ilha Grande de Joanes, foi confirmada pôr D. Pedro II em dezembro de 1667 e pôr D. João V em 20 de maio de 1748.

Anos depois, o Barão da Ilha Grande de Joanes, Luiz Gonçalo Souza de Macedo, herdeiro de Antônio de Macedo, faria duas doações de terras naquela Ilha, aos Capuchos de Santo Antônio, que tinham chegado ao Pará com a incumbência de catequizar os silvícolas dos sertões da Província.

A primeira doação foi efetuada a 6 de fevereiro de 1896. Esta doação, na qual estava compreendida a Ilha de Santana, na Foz do Rio Arari, contava de duas léguas de terras na margem esquerda deste rio, começando no igarapé Murucutú para cima e de três léguas na margem oposta.

A segunda doação foi efetuada a 12 de março de 1726(a fonte consultada não cita os limites desta segunda doação).

A capitania da Ilha Grande de Joanes seria posteriormente reunida aos limites da Coroa de Portugal, por Carta-Régia de 29 de abril de 1757, seis anos após a expulsão dos jesuítas da Província do Grão Pará.

Os Capuchos de Santo Antonio da Ilha Grande de Joanes

Um ano após a primeira doação, ou seja, em 1697, os padres Capuchos de Santo Antônio, que eram: Frei Cristóvão de São José, Frei Sebastião do Rosário, Frei Felipe de Boaventura e Frei Antônio da Marciana tomaram posse da terra.

Coube a Frei Sebastião do Rosário, catequizar a aldeia situada na região onde hoje está assentada a vila de Joanes, Diz Frei Agostinho da Santa Maria, em relação a esse religioso, que; o seu trabalho, foi árduo, pois os indígenas que teve por missão catequizar foram os “ARUÃS” ou “JOANESSES”, que eram muito ferozes, e que alguns dos seus auxiliares foram por eles trucidados.

Noutro trecho diz o mesmo Frei:

“Nesta Ilha(de Joanes) se vê na referida aldeia do mesmo nome a doutrina e residência dos Padres da Província de Santo Antônio, cuja Paróquia, em que os mesmos Padres são os Párocos é dedicada a Virgem Nossa Senhora do Rosário” (Santuário Mariano – Tomo IX pag. 392)

“MONFORTE – Esta pobre e decaída povoação, que já foi freqüência e vila relativamente rica e populosa é hoje apenas uma recordação histórica dos primeiros tempos da civilização de Marajó, foi ela que deu o antigo nome de Joanes à Ilha, pois que Joanes era o antigo nome de Monforte”.

Os padres de Santo Antônio foram os seus primeiros missionários, como o foram de todas as aldeias da costa setentrional e oriental da Ilha.

Em 1757 essa aldeia de Joanes foi elevada a categoria de vila com o nome de Monforte pelo Governador e Capitão Geral do Pará. A povoação está no lugar mais alto que existe em toda a ilha, junto a costa oriental. Pertence o município de Monsarás. (Domingos Soares F. Pena – Relatório do Governo da Província do Pará – 1872).

Fonte: ilhadomarajo.com

Ilha de Marajó

Geografia

Localizada no Estado do Pará, norte do Brasil, Marajó é a maior ilha fluviomarinha do mundo, banhada ao mesmo tempo pela foz dos rios Amazonas, Tocantins e o Oceano Atlântico. Com quase 50000 km² o arquipélago é maior que alguns estados brasileiros.

Natureza

A Paisagem do Marajó é exuberante e variada: planícies com campinas, praias de rio e de mar, floresta cortadas por rios e furos. A fauna também é muito rica destacando-se pássaros como o guará, garças, além de muitos peixes. Nas extensas planícies, que ficam alagadas entre fevereiro e maio, encontramos o maior rebanho de Búfalos do país, para produção de carne e leite.

Cultura

Marajó tem uma cultura rica representado pela Cerâmica Marajoara e danças folclórica como o Carimbó e Lundu.

Na culinária local destaca-se os excelentes peixes da região e a carne de Búfalo. O Filé Marajoara coberto com queijo, ambos de origem bubalina é um dos pratos mais celebrados.

Lazer

A melhor opção de lazer é o contato com a natureza. Passeios de barco pelos rios e furos, praias de areia finas, visita a fazendas. O município de Soure é bastante visitado pelo centro de comércio e artesanatos.

Fonte: www.pousadaaruaque.com.br

Ilha de Marajó

A Ilha de Marajó, a maior ilha fluviomarinha do mundo com 50 mil km2 de extensão, em plena foz do Rio Amazonas é banhada pelo oceano Atlântico e pelos rios Amazonas e Tocantins. É maior do que alguns países como a Suíça, mas tem apenas 90 km de estrada asfaltada.

Marajó, “a barreira de mar” em língua tupi, tem a mais famosa pororoca do mundo com formação de grandes ondas no encontro da águas. Lá, as ondas que quebram nas praias de areia fina são de água doce! Uma sensação espantosa, assim como é espantosa a fronteira indistinguível entre rio e mar.

Uma doce mistura que deu origem a um ecossistema único, mosaico de densas florestas e imensas planícies alagadas, sob influência das marés. Povoado com mais de 600 mil búfalos, 3 vezes maior que a população de humanos, Marajó foi o berço, até a chegada dos colonizadores, da cultura marajoara, uma das mais avançadas da bacia amazônica.

Ilha de Marajó

Como chegar

De Belém, no Terminal Hidroviário, pegar um barco até a Ilha, em Porto de Camará; leva 3h. De lá pegar um ônibus que levará ao local da balsa, onde é feita a travessia para Soure.

De carro, há um ferry-boat que sai diariamente de Belém até Camará. De lá, pegar a Rodovia Camará/Salvaterra/Soure para pegar a balsa que atravessa o Rio Paracauari, com destino a Soure.

Apenas uma parte da ilha, ao leste, está aberta ao turista. O principal porto da ilha é a cidade de Soure, considerada a capital da ilha.

Oriente-se

A parte mais visitada desta ilha imensa é a costa, por estar mais próxima de Belém. De Foz do câmara onde chega o ferry, pode-se chegar, por uma única estrada, a Joanes e depois de 28 km, à Salvaterra, pequeno e simples balneário, e enfim Soure a 32 km.

Soure é uma boa base para sair e visitar as praias magníficas e as imensas fazendas.

As fazendas

Uma boa maneira de se conhecer Marajó, além das praias, é passar pelo menos um dia numa fazenda. Pode-se percorrê-la à cavalo ou por barco nos igarapés, para sentir a vida cotidiana nessas imensas propriedades isoladas no meio da floresta. Todas as pousadas oferecem passeios às fazendas. È possível também se hospedar em algumas delas.

HISTÓRIA

A civilização marajoara se desenvolveu entre 400 e 1400 D.C. Uma sociedade de alto nível sociocultural, que cultuava seus ancestrais. Os vestígios desta cultura vêm de suas necrópoles, construídas sobre colinas artificiais de 8 a 10 m de altura para proteger as urnas funerárias das enchentes.

Esta sociedade, segundo alguns historiadores, tinha quase desaparecido quando Cabral aportou por aqui. Os primeiros colonizadores a se instalarem na ilha, no século XVII, foram os jesuítas, nas missões com os índios.

Depois da expulsão dos jesuítas pelo Marques de Pombal em 1755, os índios, massacrados pelos mercadores de escravos e pelas doenças, foram desaparecendo. Para trabalhar nas grandes fazendas de gado bovino, os portugueses trouxeram então, mão-de-obra da África.

A ilha tem a maior criação de búfalos do Brasil. Conta-se que vieram à ilha, após o naufrágio de um navio francês que transportava búfalos da Indochina. A capacidade do búfalo se locomover nos mangues é fantástica o que faz dele um ótimo meio de transporte, inclusive para a polícia municipal de Soure que circula nessas pequenas montarias de meia tonelada!

Praias

Praia da Barra Velha

Uma das praias mais exóticas de Marajó, tem águas salobras, quiosques com cerveja gelada, peixe e caranguejo. Mas, o que mais impressiona é sua natureza, com a mata se encontrando com as águas do “mar”. Para chegar à praia, se passa por uma cancela, pois se atravessa uma propriedade particular.

Praia do Araruna

Uma das mais belas praias da ilha, fica na saída de Soure, facilmente acessível de bicicleta, Fica ao lado da Praia de Barra Velha. Separadas por um igarapé, a praia do Araruna não tem quiosques. O interessante aqui é tomar banho de igarapé, além de ter a opção de se banhar nas águas salobras do mar. Para chegar, se atravessa a mesma propriedade.

Praia do Pesqueiro

A 9 km de Soure, a imensa praia do Pesqueiro, de areias finas, tem a melhor infra-estrutura de quiosques da região.

Fonte: www.michelin.com.br

Ilha de Marajó

Ilha de Marajó

Esta Ilha do Pará, maior que os estados do Rio de Janeiro, Alagoas e Sergipe, é uma mistura de ilha fluvial e ilha oceânica, pois ao norte, é banhada pelo Atlântico.

A Ilha de Marajó guarda muitas belezas e curiosidades. Sua população de búfalos é maior que o número de habitantes e a carne do animal é um dos pratos típicos locais. Outro animal abundamente encontrado é o pássaro Guará, todo vermelho. Eles voam em bando e pousam nas lagoas encontradas na ilha.

Marajó, na foz do Rio Amazonas, é o maior arquipélago fluvial do mundo, com aproximadamente 50.000 km2.

Ele é formado por três ilhas: Mexiana, Ilha Grande de Gurupá, Caviana, um dos pontos mais atingidos pela violência da pororoca, e Marajó.

A intensidade das chuvas, que acontecem de fevereiro a maio, é tamanha que dois terços de Marajó ficam completamente alagados. Por causa dessa característica, a ilha tem hoje o maior rebanho de búfalos do país, pois esse animal se adapta bem a terrenos alagadiços.

Marajó pode ter sido o primeiro ponto do território brasileiro visitado pelos europeus da era dos Descobrimentos em 1498, dois anos antes da expedição portuguesa de 1500 chegar a Cabrália. Mas o visitante, o cartógrafo e navegador lusitano Duarte Pacheco Pereira se passou mesmo pela ilha, se fez de desentendido. Pisava em território espanhol, de acordo com os limites estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas.

A maior ilha fluviomarinha do mundo tem várias praias com dunas de areias claras, apresentações de danças folclóricas (carimbó e lundu) e restaurantes de comidas típicas. O artesanato da região é muito rico e procurado.

Nas grandes planícies são criados búfalos, que, além da carne e do couro, ainda são um meio de transporte. O relevo plano pode ser observado no trajeto até Cachoeira do Arari, onde fica o Museu de Marajó. Outra atração é se hospedar em algumas fazendas da ilha e acompanhar o dia-a-dia dos trabalhos.

Selvagem e pouco conhecida , Marajó é um dos santuários ecológicos mais preservados da Amazônia. Cavalos e búfalos são os meios de transporte mais comuns.

O arquipélago do Marajó possui 13 municípios, sendo Soure o mais procurado pelos visitantes. A ilha tem poucos restaurantes, todos bem simples. É normal o próprio dono preparar a comida e servir a mesa. As acomodações oscilam entre razoáveis e boas nos seus poucos (e disputados) hotéis e pousadas.

Outra forma de conhecer Marajó é através de suas fazendas, tendo o fazendeiro como guia, para ver de perto o dia-a-dia dessas propriedades, algumas com dezenas de milhares de hectares, onde o tempo parece atrelado à natureza.

Marajó fica a poucos quilômetros de Belém e só dá para chegar até lá de avião ou barco.

Dicas para sua viagem:

Leve em sua viagem roupas leves, filtro solar e é aconselhável vacinar-se contra febre amarela com pelo menos 15 dias de antecedência.

Participe do Carimbó, dança típica da região e muito agradavél, fazer um passeio de búfalo na ilha é inesquecível, vale a pena visitar o Museu do Marajó, que além das atrações do museu, possui uma particularidade que possibilita a visão completa seja qual for o angulo que esteja do horizonte.

Fonte: www.revistaturismo.com.br

Ilha de Marajó

A ilha de Marajó é uma ilha brasileira do estado do Pará, localizada na foz do rio Amazonas no arquipélago do Marajó.

Destaca-se pelos montes artificiais, nomeados “tesos”, construídos ainda em seu passado pré-colombiano pelos índios locais. De acordo com relato de Sir Walter Raleigh, no século XVI a ilha era também chamada de Marinatambal pelos indígenas. Em tempos coloniais foi denominada como Ilha Grande de Joannes.

Com uma área de aproximadamente 40 100 km², é a maior ilha fluviomarinha do mundo. A cidade de Belém situa-se à sudeste do canal que separa a ilha do continente. A maior ilha fluvial é a Ilha do Bananal.

Durante o surto de gripe espanhola de 1918-1919, a Ilha de Marajó foi a única área com uma população importante onde não se registraram casos da doença.

A ilha se destaca como o lugar de maior rebanho de búfalos do Brasil, cerca de 600 mil cabeças.

A proposição de decreto legislativo nº 2419 de 2002 dispõe sobre a realização de plebiscito para a criação do “Território Federal do Marajó”.

O referido projeto, em tramitação no Congresso Nacional, definiria que, caso viesse a ser aprovado, os seguintes municípios do estado do Pará seriam desmembrados para constituir o Território Federal do Marajó: Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras,Salvaterra, Santa Cruz do Arari, S. Sebastião da Boa Vista e Soure.

Clima e vegetação

Ilha de Marajó

Possui clima equatorial úmido com um período seco anual ocorrendo no início do segundo semestre e com um a dois meses de duração ao sul, chegando a três meses ao norte. Grande parte do território é região de floresta ombrófila densa aluvial e das terra baixas.

Ao nordeste percebe-se a grande presença de áreas de influência fluvial ou lacustre (campos mistos alagados ou campos de várzeas)repletos de herbáceas. Ainda no nordeste, mais próximo ao litoral, há predominância do manguezal, onde “a Rhyzophora mangle, sua espécie mais característica, ocorre ora isolada ora formando grupamentos gregários em meio às aningas (Montrichardia arborecens) e, da mesma forma, intercalada entre os aturis (Drepanocarpus lunatus), às vezes, com as palmeiras buriti (Maritia flexuosa) e o açaí (Euterpe oleracea), que se comportam como pioneiras indicadoras da transição do mangue para a vegetação das áreas alagadas com água doce”.

Ao norte e sul ocorrem áreas de domínio de savana (cerrado), principalmente nas áreas de transição entre os domínios de influência fluvial ou lacustre e áreas de floresta ombrófila densa.

Turismo

ilha de Marajó, a partir da década de 1990, insere-se no circuito turístico nacional devido a suas belas praias, igarapés, vigorosa natureza e culinária específica e tem atraído muitos visitantes. Conta na atualidade com estruturada rede de hospedagem e alimentação de várias categorias. Outro atrativo conciliado ao ecoturismo é o artesanato e a criação de búfalos. O artesanato marajoara é famoso em todo o país, assim como as fazendas de criação de búfalos.

Ensino e educação

Quando o tema é educação básica, dentre os projetos do Plano de Desenvolvimento da Educação, vinculado ao Ministério da Educação, executado pelo INEP, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, na Região Norte, Estado do Pará, as Escolas Públicas Urbanas estabelecidas na Ilha do Marajó obtiveram os seguintes IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), em 2005, de um total de 1.177 avaliações, tendo sido vitoriosa a escola federal, em Belém, PA, Tenente Rego Barros (com 6,1).

Baronato

Durante o período colonial do Brasil, a coroa portuguesa criou o título de barão da Ilha Grande de Joanes, antigo nome da ilha. O primeiro agraciado foi Luís Gonçalo de Sousa de Macedo (1640–1727), por decreto real de D. José I de Portugal, em 1754. O título de barão da Ilha Grande de Joanes foi extinto pois foi trocado pelo viscondado de Mesquitela, transferindo-se a Ilha Grande de Joanes (atual Ilha de Marajó) para a coroa portuguesa.

Fonte: www.banav.com.br

Ilha de Marajó

As chuvas já não caem todos os dias. As plantas se despem da folhagem. Os pássaros saem dos ninhos, vão fazer barulho no ar. É o verão chegando! Abre-se a temporada para uma visita à paisagem, vida e outras emoções que existem sob os céus de Marajó.

Cercada pelos rios Amazonas, Tocantins e pelo Oceano Atlântico, o arquipélago do Marajó tem 49.602 km2 pelos quais se espalham florestas, savanas, praias e um rico ecossistema praticamente intocado. Concentrando o maior rebanho de búfalos do país, os campos do Marajó transformam-se num imenso alagado entre os meses de Janeiro e Junho, período de chuvas intensas. Nos outros meses, a estação seca é um convite para se visitar a ilha.

O arquipélago do Marajó possui 13 municípios, sendo Soure o mais procurado pelos visitantes. A ilha tem poucos restaurantes, todos bem simples. O normal é o próprio dono preparar a comida e servir à mesa. As acomodações oscilam entre boas e razoáveis em poucos (e disputados) hotéis e pousadas. A melhor maneira de se conhecer Marajó é a hospedagem em fazendas, com o seu dono como guia. O fazendeiro o levará para ver de perto o dia-a-dia da sua propriedade, algumas com dezenas de milhares de hectares, onde o tempo está atrelado à natureza.

Ilha de Marajó
Revoada dos Guarás

Fonte: www.inteligentesite.com.br

Ilha de Marajó

Marajó: paraíso amazônico entre o mar e o rio-mar

Marajó está entre os mais importantes cenários ecológicos do Brasil. Com cerca de 3 mil ilhas e ilhotas, é o maior arquipélago flúvio-marítimo do Planeta e uma Área de Proteção Ambiental – APA. Possui exuberantes riquezas naturais espalhadas nos cerca de 50 mil quilômetros quadrados da principal ilha, o Marajó.

O viajante tem oportunidade de se hospedar em fazendas tradicionais e viver experiências radicais, enfrentando as ondas da pororoca – nome dado ao encontro entre as águas do rio Amazonas e do Atlântico -, fazendo lanternagem de jacarés ou trilhando em lombo de búfalos. Aliás, o Marajó possui o maior rebanho de búfalos do país.

Há também caminhos abertos pelos povos extintos, que também deixaram seus traços nas cerâmicas com desenhos que inspiram artistas até os dias de hoje. Há cerca de três mil anos, uma tribo de cultura avançada – os índios conhecidos como marajoaras – começou a povoar a ilha e deixou lá esse legado artístico e cultural.

Na ilha, o turista poderá conhecer uma diversidade de fauna e flora que a tornam um dos destinos turísticos mais cobiçados do Pará. Lagos, manguezais, igarapés, sítios arqueológicos, pântanos e praias de rio são algumas das riquezas naturais que a ilha oferece. A viagem é ideal para quem gosta de ecoturismo, prática que começa no próprio trajeto que leva até o Marajó.

Um dos principais cartões-postais do Pará, o Marajó é o destino ideal para quem também aprecia uma rica culinária que, lá, é complementada com queijos de leite de búfala, além de uma enorme variedade de peixes e frutas. Ou, se o turista preferir, pode simplesmente deixar-se ficar em praias de areias claras, em pousadas e hotéis com todo o conforto moderno, diante de um oceano Atlântico dourado pelas águas do rio Amazonas que como igual não existe no mundo.

Dezesseis municípios fazem parte do arquipélago do Marajó. No lado leste estão as cidades de Soure e Salvaterra. Separadas pelo rio Paracauari, as duas cidades oferecem pousadas e fazendas que são um campo fértil para acolher os visitantes que apreciam turismo rural . Em uma viagem de barco, toda a imensidão e os encantos da região podem ser apreciados, além das trilhas misteriosas que convidam a um passeio inesquecível.

A paisagem no Marajó nunca é a mesma

O viajante pode percorrer, no verão amazônico – de junho a novembro – os campos onde garças, guarás (aves de cor avermelhada), e dezenas de outros pássaros procuram alimento entre os rebanhos de gado zebu.

E no inverno – período que mais chove no Marajó (janeiro a maio) – cruzar em barcos esses mesmos campos, entre deslumbrantes jardins aquáticos. Em ambas as experiências, o turista verá sempre pássaros e pequenos mamíferos selvagens em profusão. E, quem sabe, poderá montar num cavalo baio, debaixo das cores do sol.

No Marajó não há pressa. No lugar, a tranqüilidade dita o ritmo do dia-a-dia da terra. Terra, aliás, povoada de histórias de um povo antigo. Onde as lutas, vitórias, derrotas e linguagem podem ser conhecidas em uma visita ao Museu do Marajó, na cidade de Cachoeira do Arari. Lá, as nuances do povo do Marajó são traduzidas em peças e fragmentos expostos.

No Museu há também a Casa da Piranha – lugar destinado à preservação da espécie. O visitante pode ter contato também com a realidade dos moradores do Marajó, saboreando o tradicional “queijo do Marajó” ou simplesmente se encantando pelo ritmo das danças folclóricas e belezas do artesanato marajoara, rico em detalhes e simbologias.

Mas se a finalidade é conhecer a ilha de forma peculiar, basta ir a uma das fazendas que existem no local e escolher a montaria. O búfalo ou o cavalo marajoara são ideais para descobrir as vastas extensões do lugar. Há também trilhas ecológicas e passeios de barco.

As praias completam o cenário do Marajó. A do Pesqueiro, Araruna e Barra Velha ficam próximas do centro de Soure. Em Salvaterra, estão as praias de Joanes, Monsarás e Grande. A maioria, de areias brancas, pequenas dunas e água azul. Nas praias mais movimentadas, há barracas rústicas que servem bebidas e petiscos.

Para quem procura esportes radicais, o Marajó também é ótima opção. Na época da maré cheia, a prática do rafting, onde se desce os rios a bordo de um bote, é uma dessas emoções imperdíveis. Já para os adeptos de um passeio mais tranqüilo, a dica é aproveitar a maré baixa e andar de bicicleta pelo litoral das lindas praias do Pesqueiro (Soure) e dos Pescadores (Salvaterra).

No Marajó também acontece um dos fenômenos mais apaixonantes da natureza: a pororoca. Nome dado ao encontro entre as águas do rio Amazonas e as do Oceano Atlântico e que acontece de maio a julho. O melhor lugar para a observação é da Ilha de Caviana, com cinco mil metros quadrados.

Venha para o Marajó!

Chegar à Ilha do Marajó não é problema. O acesso pode ser feito por avião, barco ou balsa.

A travessia de barco tem saída do porto de Icoaraci – distrito de Belém – ou do armazém 10 da Companhia das Docas, bem no centro da cidade de Belém.

A viagem dura, em média, três horas até o porto de Camará, em Salvaterra, distante 30 quilômetros do centro do município.

Caso o visitante prefira avião, os vôos são fretados, com duração de 15 a 30 minutos.

Fonte: www.paraturismo.pa.gov.br

Ilha de Marajó

Ilha do Marajó – Eterna Beleza

Ilha de Marajó

O calor é intenso e a paisagem exuberante. Ao desembarcar no porto do Camará, em Salvaterra, na Ilha do Marajó, o turista é convidado aosmais diferentes passeios. Montaria de búfalos, excursões de canoa, trilhas em mangues, caminhadas por campos alagados, tudo isso vai fazer parte dessa viagem singular pela maior ilha fluviomarítima do mundo.

O arquipélago do Marajó é composto por aproximadamente 3 mil ilhas e ilhotas distribuídas em 15 municípios, numa área de 49.606 km² banhada pelo oceano Atlântico e pelos rios Amazonas e Pará. Localiza-se a 3 horas de barco de Belém.

Poucas cidades conseguem se comunicar por estradas, por causa das chuvas e dos alagamentos dos igarapés, mas Soure, (22 mil habitantes) e Salvaterra (17 mil habitantes) são os municípios que têm vantagens por estarem próximos da capital.

Salvaterra abriga uma das praias mais belas do Pará, a praia de Joanes. Com extensão de 2 km, o balneário é ideal para quem vai com a família, pois possui restaurantes e peixarias à beira-mar. Joanes é banhada pelas águas da Baia do Marajó, que no inverno regional (de janeiro a maio) ficam amareladas e doces. No verão (de junho a dezembro), a praia fica salobra e esverdeada, pela influência do oceano Atlântico.

Além de curtir o descanso proporcionado pela tranqüilidade da praia de Joanes, aproveite para observar as ruínas do sítio arqueológico dos jesuítas nas proximidades. O local guarda marcas importantes da história do Brasil, pois teve relevância na colonização e desenvolvimento do estado do Pará.

Localizada a 500 metros de centro de Salvaterra, a Praia Grande de Salvaterra é de fácil acesso e possui a melhor infra-estrutura da região, com bares, restaurantes e pousadas. Ali se concentram os turistas nas férias de julho, atraídos principalmente pelas festas que acontecem até o amanhecer.

A paisagem muda um pouco quando se chega no município de Soure. O mar avança sobre os igarapés e deixa troncos de árvores espalhados pela praia de água salobra. Ao redor, a vegetação é de rio, o que torna essa praia diferente das que são apenas banhadas pelo oceano. Não deixe de conhecer a praia do Pesqueiro e a Barra Velha, as duas com muitos quiosques na beira da praia. Saboreie a culinária da região, com destaque para peixes regionais e o caranguejo toc-toc.

 Animais pela ilha

Depois de algumas horas na ilha, o turista se surpreende com a quantidade de búfalos. Eles são usados tanto para a montaria da polícia quanto para passeios dos visitantes, além de outras utilidades. Marajó tem o maior rebanho de búfalos do Brasil, com cerca de 700 mil cabeças. Durante o verão, eles ficam dentro dágua nas horas mais quentes do dia.

Nos passeios de canoa, é possível apreciar a revoada de guarás, em cores vermelho intenso. Verdadeiro santuário ecológico, a fauna da região é riquíssima, por isso a viagem é ideal para quem gosta de ecoturismo.

Cultura marajoara

Os índios marajoaras, uma tribo de cultura avançada, habitaram a ilha entre os anos 450 e 1350 e deixaram lá um patrimônio artístico e cultural. Eles eram famosos por produzirem vasilhas, potes, urnas funerárias, brinquedos, estatuetas, vasos, pratos e tangas.

A cerâmica marajoara é geralmente caracterizada pelo uso de pintura vermelha ou preta sobre fundo branco. Entre os motivos de decoração mais comuns encontrados nesta cerâmica estão animais da fauna amazônica, como serpentes e macacos, a figuras humanas e geométricas. Até hoje pesquisadores do mundo inteiro aportam na ilha para investigar mais sobre a arte marajoara. Ao redor das vilas, na beira da água, fragmentos ou artefatos inteiros estão à espera de ser localizados.

Fonte: www.brasiltravelnews.com.br

Ilha de Marajó

Ilha de Marajó, no Pará, é banhada pelo oceano Atlântico e pelos rios Amazonas e Tocantins. Ilha de Marajó possui um ambiente muito diversificado contendo desde matas, rios até mangues e igarapés, atraindo turistas que gostam de aventura e de relaxar. A Ilha de Marajó possui praias de água doce ou salgada e as principais são do Araruna, Praia do Pesqueiro e Praia Grande. Para quem quiser conhecer a cultura da cidade, a dica é ir ao Museu de Marajó ou aos festivais folclóricos.

Ilha de Marajó

O setor hoteleiro da ilha é muito variado e tem estrutura para atender todos os tipos de gostos e classes. Possuindo resorts da mais alta classe sempre atualizados, hotéis de médio porte, até pequenas pousadas. Tudo isso acompanhado de um cenário perfeito. O símbolo da ilha é o búfalo, e você pode montar no lombo de um deles para fazer um passeio diferente, pois lá, esses animais são usados como táxi e montaria para a polícia no carnaval, época na qual os búfalos puxam carroças equipadas que servem de trios elétricos.

O que comer

Com uma culinária repleta de surpresas, lá é servida a carne de búfalo.

Outros pratos apreciados são: o Filé Marajoara, servido com mussarela de búfala derretida; e o Frito do Vaqueiro, que traz fraldinha ou minguinha (carne da última costela) cozidos e acompanhados de pirão de leite.

Também são servidas as peixadas e o caldo de turu, um molusco típico do mangue. Entre as sobremesas estão sorvetes de frutas exóticas como uxi, bacuri, taperebá e cajarana.

Curiosidades

O programa NO LIMITE 3, da Rede Globo, teve a Ilha de Marajó como cenário.

Onde ir

Logo que chegam, depois de atravessar o rio de balsa, os turistas podem aproveitar as praias de água doce ou salgada da cidade e comprar artesanatos de couro de búfalo. Para conhecer a cultura da ilha, você pode ir até o Museu de Marajó. Se o objetivo é um pouco mais de agito, não adianta procurar muito porque a cidade é bem calma. A opção é ir até aos eventos da cidade, como o festival de quadrilhas, do boi Bumbá e Nossa Senhora de Nazaré. Para quem curte esportes radicais, na parte norte da ilha rola uma das várias pororocas que acontecem no Norte do País.

Onde ficar

A ilha possui os mais variados tipos de hospedagem. Você pode escolher o luxo do Marajó Park Resort que possui até uma infraestrutura de aeroporto particular; a simplicidade da Fazendo da São Gerônimo onde você fica em contato com a natureza. O Hotel Ilha do Marajó, que fica na cidade de Soure, é o mais estruturado hotel da ilha operando no sistema de hospedagem e excursões.

Quando ir

Você precisa escolher bem a época, já que calor e chuvas são características comuns do Pará. No primeiro semestre chove quase todo dia e campos e florestas ficam alagados, o que impede a passagem em alguns lugares. Mas nos outros meses fica mais fácil circular pela região, devido ao período de seca, momento em que a temperatura chega facilmente aos 40 graus.

Vá se…

Gosta de sol, de passeios de barco, de sossego e contato com a natureza.

Não vá se…

Não gosta de andar a pé ou de barco, pois na ilha o transporte é escasso e em algumas épocas alaga grande parte.

Antes de ir

Leve repelente, um livro ou o MP3, se gostar de ouvir música à noite.

Fonte: adoroviagem.uol.com.br

Ilha de Marajó

Maior ilha fluviomarinha do mundo, a Ilha de Marajó é banhada pelo oceano Atlântico e pelos rios Amazonas e Tocantins.

Dividida em 12 municípios pontilhados por matas, rios, campos, mangues e igarapés, forma um cenário perfeito para quem pretende desvendar um pedaço quase intacto da selva amazônica. O ponto de partida da viagem é Belém, de onde saem barcos e balsas rumo à Soure, a “capital” da ilha, alcançada depois de cerca de três horas de navegação. É nesta área que estão as melhores praias – do Pesqueiro, Barra Velha e Joanes -, as melhores hospedagens e restaurantes, além de boa parte dos 250 mil habitantes da região.

“Museu do Marajó guarda relíquias em cerâmica estilizada”

Com tanta diversidade, Marajó promove experiências únicas. A mais interessante delas é montar no lombo de um búfalo para um passeio. Símbolos da ilha, os animais são vistos em grandes manadas nas extensas planícies ou dispersos nas modestas áreas urbanas, onde são usados como táxi e montaria para a polícia.

No Carnaval, fazem sucesso puxando carroças equipadas com caixas de som, numa versão local dos trios elétricos baianos.

Habitat de grande variedade de peixes e pássaros, o arquipélago oferece muitas atividades em meio à natureza, realizadas nas fazendas. Entre elas estão observação de guarás – ave típica de penas vermelhas -, pesca, a focagem de jacarés e passeios de barco pelos igarapés. Os fãs dos esportes de aventura também se divertem na área com a prática de caminhadas na selva, rafting e ciclismo pelas praias.

As surpresas se fazem presentes também na gastronomia, que tem a carne de búfalo – claro! – como grande destaque. Os pratos mais apreciados são o Filé Marajoara, servido com mussarela de búfala derretida; e o Frito do Vaqueiro, que traz fraldinha ou minguinha (carne da costela) cozidos e acompanhados de pirão de leite. Também merecem destaques o caldo de turu, um molusco típico do mangue; e as suculentas peixadas. Para a sobremesa, aposte nos sorvetes de frutas exóticas como uxi, bacuri, taperebá e cajarana.

Ilha de Marajó
Barra Velha: Praia e mangue formam cenários surreais

Os encantos da região se refletem também na cultura. Uma das heranças mais ricas deixadas pelos índios marajoaras é a bela arte da cerâmica estilizada. Para apreciar os trabalhos, siga para o Museu do Marajó, localizado na modesta Cachoeira do Arari, uma cidadezinha escondida no meio da mata. Construído numa antiga fábrica de óleos, o espaço tem um rico acervo que guarda desde vasos, jarros e utensílios de cozinha à urnas funerárias. Quando o assunto é dança, o carimbó e o lundu surgem absolutos. Autênticos da região, os passos foram inspirados em manifestações de origem africana e indígena.

Antes de viajar, escolha bem a época, já que calor e chuvas são características comuns do Pará se intercalam no calendário. No primeiro semestre chove quase todos os dias, alagando campos e florestas e impedindo algumas travessias. A vantagem é que a temperatura fica mais amena. No resto do ano, no período de seca, os termômetros batem facilmente os 40 graus. O consolo é que a água já baixou e fica mais fácil circular pela região. No mês de julho, agradável e concorrido, os turistas lotam a orla da praia do Pesqueiro.

Fonte: www.feriasbrasil.com.br

Ilha de Marajó

O arquipélago do Marajó, no Estado do Pará, é conhecido como o maior conjunto de ilhas flúvio-marinhas do Planeta.  A mesoregião tem ao todo 104 mil km² e o arquipélago mesmo 68 mil Km². É uma área de dimensões de Portugal, sendo maior que oito Estados brasileiros.

O arquipélago reúne três biomas – o amazônico, o costeiro e o marinho, chamado por muitos de Amazônia Azul. Existem 48 paisagens diferentes na porção terrestre, sendo algumas exclusivas, como as savanas-parque em Chaves.

A biodiversidade está expressa no número de 862 espécies de vertebrados, que corresponde a 11% do total do Brasil em apenas 0,59% do território nacional.

No caso, trata-se  do Arquipélago apenas. Vale destacar a presença presumível de quase 20 espécies de mamíferos aquáticos, entre os quais estariam as duas espécies de peixe-boi. Entre os quelônios, as tartarugas, pode-se chegar a 17 espécies, as cinco espécies marinhas que freqüentam o Brasil e outras de ambientes de água doce.

Do ponto de vista cultural, esta é uma região, como poucas no Brasil, onde há clara identidade cultural. O Marajó apresenta significativo patrimônio material, apresentando conjunto único de sítios arqueológicos, ameaçado e desprotegido; bem como de patrimônio imaterial (mitologia, linguajar, folclore, danças, festejos, culinária etc.) sub-valorizado e ameaçado, bem como de conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade, seja manejo de recursos naturais para a farmacopéia popular, seja para outros fins. Se há  uma maneira de superar a pobreza e a estagnação econômica é por meio da valorização cultural. Produtos com identidade tem valor.

São 425 mil habitantes em 16 municípios e centenas de comunidades rurais, a maioria acessível apenas de barco, nas quais 75% dos habitantes não recebem água tratada em suas casas e cerca de 500 comunidades não têm eletricidade. Muitas pessoas não são beneficiárias do Bolsa Família e outros programas. Mais de 20% dos habitantes do arquipélago não possuem sequer documentos básicos. E estamos falando de uma população extremamente jovemA maioria da população tem menos de 20 anos.

Em termos sociais, mais de 90% de seus 425 mil habitantes é considerada pobre ou miserável. Dados recentes do IBGE indicam 13,2% para a pobreza nas áreas urbanas brasileiras e 29,4% para os residentes nas zonas rurais.

É uma das regiões de pobreza mais crônica da Amazônia e que vive grave crise econômica.

As notícias que vem do Marajó são alarmantes, e resultam de um descaso com a região que remonta décadas, ou mesmo séculos. Em nenhum momento da história o marajoara foi respeitado e foi efetivamente beneficiário dos processos econômicos locais. O déficit social acumulou-se de tal maneira que é estarrecedor quando economistas do estado de São Paulo discutem o analfabetismo no Estado, 10% no meio rural, e que no Marajó estão na casa dos 80%.

O último número do Tribunal Regional Eleitoral, aponta que 85% dos eleitores são analfabetos ou não tem o primeiro grau completo. A média de anos de estudo per capta é inferior a 2 anos.

A maioria das 30 mil comunidades rurais da Amazônia, onde vivem alguns milhões de quilombolas, ribeirinhos, quebradeiras de côco, seringueiros e outros, sofrem de isolamento e  descaso. Somente no Marajó estamos falando de cerca de 500 comunidades, muitas delas a vinte, trinta, quarenta horas de barco da cidade, com alguma infra-estrutura.

O Ministério Público do Estado do Pará afirma que as crianças não vão à escola porque a trocam pela sobrevivência e se prostituem.  Não é só na Ilha do Marajó, mas lá é mais grave, é mais sério, é angustiante.São crianças com cerca de onze anos convivendo  com homens de cinqüenta anos. E quem estimula isso são as próprias famílias que não querem ver suas filhas passarem fome. São tão pobres quanto aqueles homens de cinqüenta anos.

A exploração sexual infantil é alarmante. As balsas e navios que transportam mercadorias ficam parados em pontos combinados, esperando os barcos atracarem e as meninas passarem para eles.

A região registra índices alarmantes nas questões do gênero, detrabalho infantilviolência contra mulher, pedofilia  e prostituição infantil.

Dentro desse cenário o marajoara ainda é mestre em sobreviver ao tempo adverso, aos extremos da chuva e da seca, às marés diárias, ao clima equatorial, à abundancia e à escassez, aos abusos do período colonial, aos senhores da borracha e da pecuária e da madeira.

A exploração predatória de recursos de maneira informal e fora da legislação, como o processamento de madeira em Breves, é um bom exemplo. Na medida em que as autoridades ambientais federais e estaduais passaram a cobrar a legalidade das madeireiras, estas fecharam as portas e colocaram 5 mil pessoas na rua, e estamos falando de mais da metade da força de trabalho de um município.

A pecuária tradicional perdeu seu significado na medida em que a pecuária de terra firme se instalou no sul do Pará, mais moderna e mais produtiva e, diga-se de passagem, bem mais destrutiva que aquela. Do ponto de vista econômico, a região encontra-se estagnada há décadas. A maior parte das atividades (pecuária bovina e bubalina extensiva, pesca artesanal e comercial, extração de madeira etc.) pode ser caracterizada como predatória.

A metade do açaí consumido no mundo vem do Marajó, boa parte do pescado da região vem do Marajó, mas não é valorizado, e não garante renda pra região…

Fonte: www.criancasdamazonia.org

Ilha de Marajó

De Belém, vai-se à Ilha de Marajó – também no estado do Pará -, a principal e maior ilha doarquipélago do Marajó, a maior ilha fluviomarinha do mundo e um dos recantos mais lindos destepaís. O arquipélago fica na foz do Rio Amazonas e é a fronteira da Amazônia com o Oceano AtlânticoChegar até lá requer uma dose de paciência, pois o transporte é feito por lanchas não muitoconfortáveis, que saem do porto de Belém até o porto de Salvaterra, em viagens que podem duraraté três horas e meia (e outras tantas para a volta), dependendo da maré.

Duas empresas operam otransporte de passageiros entre Belém e Marajó: Enasa e Arapari. Há, ainda, a opção de táxi aéreo,em viagens que duram cerca de meia hora. De Salvaterra vai-se a Soure (considerada a capital dailha), de táxi, van ou ônibus. Soure tem pouco mais de 20 ruas e todas são conhecidas por números.A 5ª avenida é a principal.

Ilha de Marajó

A beleza de Marajó chama a atenção pela grande biodiversidade.

Mas, de qualquer maneira, quem vai a Belém não pode deixar de ir a Marajó e, nesse caso, estamosfalando basicamente das suas duas principais cidades, Salvaterra e Soure, onde vive a maioria doshabitantes do arquipélago.

Marajó é de uma beleza rústica, que impressiona. Suas praias, os igarapés, as construções históricasde Joannes, em Salvaterra, a vida simples, os búfalos – encontrados por toda a parte, até pelas ruas( Marajó abriga a maior manada de búfalos do Brasil, também utilizados como meio de transporte), ovôo dos guarás, lindos pássaros avermelhados, o carimbó, a dança do lugar, tudo isso contribui parao clima de magia oferecido pela natureza. E foi ali que nasceu a cerâmica marajoara, desenvolvidapela tribo de mesmo nome, de cultura muito avançada, que habitou o arquipélago há cerca de 3 milanos.

Durante seis meses (de janeiro a junho), devido às chuvas e as cheias dos inúmeros rios, as águasinundam os campos, que se transformam em enormes regiões alagadas, mas muito bonitas.Embora a chuva seja constante praticamente todo o ano, o segundo semestre, considerado operíodo da seca, é mais propício para se visitar a ilha, pois o visitante pode observar melhor osanimais e a vegetação.

Como a ilha é banhada pelo Oceano Atlântico e pelos rios Amazonas e Tocantins, o turista podeescolher a sua praia, de mar ou de rio. O grande atrativo são mesmo as praias, praticamenteinexploradas. A preferida, tanto pela população quanto pelos turistas, é a do Pesqueiro, por ser amais próxima da cidade e ter melhor infraestrutura, com barracas onde pode se comer peixes ecaranguejos. Para quem quer um pouco mais de tranqüilidade o ideal é a praia de Araruna, tambémem Soure. Para chegar ali, o visitante deve ir de barco, passando por um mangue e um ninhal degarças. Em Salvaterra, na vila de Joannes, onde há ruínas de construções dos jesuítas, as melhoresescolhas são Água Boa e Praia Grande.

Gastronomia rica e simples

Além da beleza, Marajó se destaca pela sua gastronomia, rica e simples ao mesmo tempo: a carnede búfalo, o frito do vaqueiro, o filé marajoara, o leite de búfala, o queijo do Marajó, os pescados, eaté o estranho turú, molusco comprido que dá nos mangues e comido cru pelos catadores decaranguejo. Há, felizmente, uma versão, digamos, assim, comestível, que é a sopa de turú, muitoapreciada pela população da ilha.

Ilha de Marajó
A sopa de turú (à direita). À esquerda, o turú, antes de virar sopa

O turú, com todo o respeito, parece um verme e, por conta disso, sua aparência não é das melhores.Mas é de alto teor nutritivo. Vive dentro do tronco do mangueiro (árvore dos mangues que podechegar a 30 metros de altura), alimenta-se da seiva da árvore e pode chegar a um metro decomprimento. Para se fazer a sopa, que pode ser provada no Paraíso Verde, em Soure, corta-se oturú em pedaços pequenos e cozinha-se com água e tempero. O resultado é um caldo de saborforte. Dizem na ilha que é afrodisíaco.

O queijo da Mironga

Bastante consumido em toda a ilha e em Belém, o queijo do Marajó começou a ser produzido pelasfamílias dos fazendeiros descendentes de portugueses e franceses. No início, o leite usado era o devaca, mas com a criação e a adaptação do búfalo ao arquipélago, aos poucos o leite de vaca foisendo substituído pelo de búfala. Hoje, dependendo da sazonalidade, o queijo do Marajó é produzidocom um mínimo de 40% de leite de búfala, mas há épocas do ano em que esse percentual chega a100%. O leite de búfala é sempre o preferido pelos produtores e consumidores pois, além de ter umbaixo índice de colesterol, tem mais sais minerais e mais proteínas.

Ilha de Marajó
Produção de queijo feito com leite de búfala, em Marajó

Em todo o arquipélago há cerca de 20 pequenos produtores de queijo do Marajó, número que podechegar a 100 se considerarmos os microprodutores, que trabalham de forma totalmente artesanal.Em Soure, o visitante pode degustar e acompanhar toda a produção do queijo na Fazenda Mironga,localizada a poucos quilômetros do centro da cidade, na estrada que dá acesso à Praia do Pesqueiro.De propriedade do atual prefeito de Soure, o veterinário Carlos Augusto Gouvea, e seu filho, tambémCarlos Augusto, pecuarista, a Fazenda Mironga é, certamente, a mais bem estruturada e, emborause a tecnologia das máquinas, mantém a forma artesanal de produção. Há dois tipos de queijo doMarajó, o manteiga e o creme, este o preferido da população e, por isso, o produzido em maiorescala. A Mironga, por exemplo, só produz o tipo creme, que lembra um requeijão e é muito gostoso.É menos gorduroso do que o manteiga e, para cada quilo são necessários sete litros de leite.

Ilha de Marajó
O queijo do Marajó pronto para ser vendido

A produção não é grande, cerca de 20 queijos por dia, e vendida toda em Soure, no Rei do Frango,perto do Soure Hotel. Mas muitos turistas e moradores compram o queijo na própria fazenda, ondese pode fazer até um pequeno passeio de búfalo.

São Jerônimo no limite

Quem assistiu è edição nº 3 do programa No Limite, da TV Globo, ficou conhecendo a Fazenda SãoJerônimo, verdadeiro paraíso ecológico que fica na mesma estrada e bem pertinho da FazendaMironga.

Ali vive a família de D. Jerônima Brito que, junto com o marido Raimundo e o filho Jerônimo,cuida da pequena pousada e do restaurante simples onde ela, pessoalmente, prepara os maisdeliciosos pratos da cozinha marajoara, como a moqueca de filhote (ou dourada), o filé marajoara, ofrito do vaqueiro e duas especialidades suas: salada de feijão fradinho com carne de caranguejo e opeixe com caju. Como acompanhamento da refeição, nada melhor do que um dos vários sucos feitoscom as frutas da fazenda, como acerola, bacuri, muruci (ou murici), cupuaçu, goiaba, taperebá,carambola.

Ilha de Marajó
Igarapés na Fazenda São Jerônimo

A história da Fazenda São Jerônimo como ponto de atração turística começou mesmo com oprograma No Limite.

Depois das gravações, D. Jerônima, nativa do Marajó mas moradora do Rio deJaneiro, foi procurada pelo Sebrae do Pará que a incentivou a abrir a pousada e o restaurante, dandotodo o apoio necessário para a empreitada. Deu certo e hoje ela diz, brincando:isso aqui existe por“culpa” do Sebrae.

O lugar é muito bonito. Tem praia, mata, mangue, búfalos, muitas árvores frutíferas e um igarapé,no qual são organizados agradáveis (desde que se proteja dos mosquitos com repelente) passeiosem canoas, com guia especializado. Tucanos, cotias, periquitos, macacos guaribas, garças, lagartos,corujas, guarás, gaviões, tartarugas são alguns dos moradores.

Outra fazenda que merece uma visita é a Bom Jesus, localizada a 10 quilômetros de Soure. Voltada para o ecoturismo, tem uma bela paisagem, com pássaros, búfalos, campos, igarapés e manguezais,resultado de vários anos de preservação ambiental. Depois de mostrar os principais atrativos dafazenda e da montaria nos búfalos para as fotos, a proprietária Eva Bufaiad recepciona os visitantescom um lanche em que são servidos leite de búfala (levemente adocicado, com alto teor delactose), sucos, geléias, doces, mel, queijo, licores (açaí, bacuri, cupuaçu). Os doces, as geléias e oslicores são feitos pela D. Carlota, 80 anos, mãe de Eva, e estão à venda. Na fazenda funciona umapequena pousada, com dois apartamentos apenas.

Fonte: www.viagemesabor.com.br

Ilha de Marajó

Na foz do maior rio do mundo, o Amazonas, está um dos lugares mais incríveis deste enorme Brasil: a Ilha de Marajó.

Considerada a maior ilha fluvio-marinha da Terra, ela foi formada por depósitos de sedimentos do rio Amazonas e também do rio Tocantins, que deságua no lado oriental da ilha. Por este motivo, o território de mais de 40.000 km² é todo plano. A maior altitude é de apenas 20 metros. Por isso, na época das cheias do Amazonas boa parte da Ilha de Marajó fica embaixo da água. Do lado oeste, nem existem estradas. Todo o transporte entre as cidades é feito por barcos.

Do lado leste está a única rodovia, com apenas 80 km. Ela liga as maiores cidades da ilha, mas fica com apenas 40 km transitáveis na época das chuvas. Deste lado ficam as cidades mais desenvolvidas e turísticas.

A Civilização Marajoara

Os primeiros europeus a chegarem na região foram os portugueses. Com a intenção de proteger a Baía do Guajará, construíram o Forte do Presépio em 1616 onde hoje está a cidade de Belém. Com o tempo foram se deslocando para a ilha em frente. Mas não foram os europeus os primeiros habitantes da imensa ilha.

Marajó teve uma civilização que surgiu e desapareceu antes dos europeus. Os marajoaras deixaram vários sítios arqueológicos que nos mostram que eles foram uma das mais avançadas civilizações que tivemos no Brasil pré-europeus. Muitas de suas peças podem ser encontradas nos museus em Belém ou na cidade de Cachoeira do Ariri, na própria ilha de Marajó. A cerâmica marajoara é famosa em toda a região e, ainda hoje, muitos artesões ganham a vida mantendo a tradição dos antigos habitantes da ilha. Igaçabas (urnas funerárias da antiga civilização) em tamanho miniatura podem ser encontradas para comprar em qualquer lugar de Marajó ou da capital Belém.

Como chegar

Para se chegar a Ilha de Marajó é necessário partir de Belém (Pará) ou Macapá (Amapá). Eu conheci apenas o lado leste da ilha. Parti da cidade de Belém, numa embarcação com capacidade para mais de 300 pessoas. Serão dois dias na ilha. Depois da agitada Belém, as cidades marajoaras serão como se eu estivesse tirando férias durante as minhas férias. O barco sai as 6:00 horas da manhã da doca número 10 do Porto Fluvial de Belém. A passagem custa em torno de 15,00 Reais e é bom comprar com pelo menos um dia de antecedência. A fila para comprar a passagem ou para embarcar é imensa. Senti uma certa desorganização ali. Mas tenha calma. Quando você deixar Belém e ver a cidade ficando para trás, vai ver que compensou. Inúmeras ilhas vão aparecendo. Mas como a viagem é longa (em torno de 6 horas), aproveite para conversar com os outros passageiros. Eles podem te dar muitas dicas dos locais que você vai conhecer. Só o passeio de barco já valeria a pena. Mas o melhor ainda está por vir…

Cheguei, e agora?

O barco vai chegar ao Porto Fluvial de Camará. Ali, micro-ônibus vão te levar para a sua cidade de destino. Mas tenha paciência, afinal, são 300 pessoas desembarcando juntas e os micro-ônibus, como o próprio nome já diz, são micro. O valor da passagem é de R$ 2,50 e o motorista vai acelerar o quanto ele conseguir para poder voltar logo ao porto buscar mais passageiros. Fique atento aos pontos de parada. Se você não pedir, o motorista não vai parar. Como saber onde descer? Peça ajuda aos moradores da ilha que vão estar “grudados” a você dentro do “entupido” micro-ônibus. Atravessamos o município de Salvaterra e chegamos ao fim da linha. Hora de descer e atravessar o rio de barco até a cidade de Soure, ali do outro lado. A travessia é feita num barco grande (R$ 1,00) ou nos Popopós, que são aqueles barquinhos a motor, também chamados de rabetas (R$ 2,00). Quando eu disse que “o melhor ainda estava por vir”, não me referi a este trajeto não. Era a partir daqui…

Conhecendo Marajó

Não há como conhecer um lugar sem conhecer o seu povo. Então converse. Tarefa que vai ser fácil na Ilha de Marajó. As pessoas são alegres e prestativas.

Quando estive por lá, estava passando muito mal do estômago por causa de um Tacacá no Tucupí que tomei na noite anterior na capital paraense. Em todos os lugares que fui muitíssimo bem acolhido. Na chegada em Soure, na hora do almoço, nos dirigimos ao Restaurante Patú-Anú para experimentarmos o filé marajoara (carne de búfalo com aquele queijo de búfala derretido por cima). Uma delícia, mas como eu já não estava bem… A Dona Eunice então me serviu um chá e perguntou se eu tinha uma rede para estender no quintal e ficar por ali. Agradeci, mas eu precisava conhecer a cidade. Tomei o chá numa cadeira de balanço observando o movimento da cidade, tão calmo quanto as águas dos rios da região. Agradeci e fui caminhar. Quase não existem carros na cidade de pouco mais de 20 mil habitantes. Existem muitos moto-taxi, búfalos e muitas, muitas bicicletas. Eu fui caminhando mesmo. Entre as visitas na cidade, a que mais me marcou foi o atelier de cerâmica do Amaral. Para mim, mais uma pessoa que trabalha com artesanato. Quando cheguei lá, pensei que dei azar. No seu ateliê não havia ninguém fazendo artesanato. Todos estavam ajudando na reforma do local. Foi então que eu descobri que aquela correria era para deixar pronto o local para as filmagens de um documentário da BBC de Londres que aconteceria em dois dias. O Amaral, um homem franzino, simples, sorridente e atencioso é o principal representante da cerâmica marajoara hoje, tendo vários prêmios em seu currículo. Bati uma foto com ele e segui meu caminho. Era hora de encontrar meus amigos que a esta altura já estavam na Praia de Pesqueiro, tomando banho de mar. Digo, de rio..

Fogueira, violão e céu estrelado

Fui até a ilha de Pesqueiro de moto-taxi. Já estava começando a anoitecer e não havia pousada por lá. A praia é um local onde os marajoaras vão para passear durante o dia. Tem muitos bares e lanchonetes, mas onde iríamos dormir? Após pedirmos autorização, montamos as barracas na areia da praia. Fui deitar para ver se melhorava do meu estomago e quando acordei, já era de noite e o pessoal estava ao redor de uma fogueira, cantando ao som de um violão. Que sensação incrível estar num local mágico daqueles, com um céu completamente estrelado, rodeado de amigos. Aos poucos a fogueira foi apagando, as pessoas foram indo dormir, o cara do violão parou de tocar e só sobrou eu lá na areia. Quando estava começando a ficar com sono, notei que o céu começou a clarear. Estava amanhecendo. Hora de pegar a máquina fotográfica e esperar o astro-rei nascer em meio as águas do maior estuário do mundo. O Sol nasceu, os marajoaras começaram a abrir suas lanchonetes, uma ou outra pessoa na água, mas a maioria perdeu aquele espetáculo único. Infelizmente…

Novos amigos

Após dezenas de fotos pelos mais de 3 km da Praia de Pesqueiro, fui com meus amigos Max e Daniele conhecer a vila dos moradores. Era pouco mais de 9:00 horas da manhã e o Sol já ardia. Ouvi dizer que para bater uma foto em cima de um búfalo, era cobrado 1,00 Real e para dar uma volta em cima do búfalo 5,00 Reais. Na vila perguntei onde poderia encontrar alguém que tivesse um búfalo. Achei um senhor, que me deixou bater quantas fotos eu quisesse e não me cobrou nada. Atendimento perfeito, típico marajoara. Depois do passeio, voltamos às barraca, desmontamos acampamento e ficamos esperando o ônibus para retornar a Soure. Enquanto eu esperava, fui tomar uma água de coco numa barraquinha ao lado. Lá conheci o Matheus, de uns 8 ou 10 anos, que tinha um animal de estimação no mínimo diferente. O Maneco é um macaquinho de estimação. Muito brincalhão, o Maneco subiu em mim e ficou brincando com meu cabelo. Em Marajó, até os animais de estimação são nota 10,0!

Deixando o paraíso

Chegando em Soure, voltei ao Restaurante Patú-Anú, pois já era hora do almoço. Como meu estômago ainda não estava bem, pedi apenas um filezinho marajoara, sem aquele monte de acompanhamentos do dia anterior. A Dona Eunice me fez um precinho camarada e eu me deliciei com aquela carne maravilhosa.

Almocei meio com pressa e saí para pegar o ônibus em direção ao Porto Fluvial de Camará. Hora da despedida. Despedida das pessoas, da ilha, daquele lugar mágico. Era hora de me despedir, mas as surpresas ainda não haviam chegado ao fim…

Em lugares mágicos, encontros mágicos…

No hora de voltar para Belém, ficou uma certa tristeza de saber que eu estava deixando para trás um dos lugares mais incríveis que já conheci. Para piorar, todos estavam cansados, muitos dormindo pelos bancos do barco e o tempo lá fora fechado. Dá para piorar? Dá sim… Um temporal desabou em cima de nós. O que fazer agora? Olhei para o lado e um senhor estava ali, olhando para a chuva. Fui conversar com ele e descobri que o Sr. Paulo era gaúcho de Novo Hamburgo.

Sim, eu conheço e fiz questão de elogiar a cidade dele, pois achei interessantíssimo as plaquinhas que ficam nas esquinas com os nomes das ruas. Elas não tem apenas o nome das ruas, elas explicam quem foi aquela pessoa que dá o nome à rua.

Por exemplo: “Rua Marajó – Maior ilha fluvio-marinha do mundo, localizada no estado do Pará”.

Foi aí que ele me disse: “Que legal ouvir isso de alguém tão longe de Novo Hamburgo. É que eu pesquisei durante anos todos os nomes de ruas da minha cidade e fiz um livro. Daí dei a idéia das plaquinhas para a prefeitura”. Sim, era ele o cara que criou as plaquinhas de rua que eu sempre admirei. Virei seu fã. Voltamos conversando por várias horas e algumas semanas depois, já em casa, recebi via correio um livro seu. Uma pessoa incrível. Um encontro incrível. Coisas mágicas que só acontecem em lugares mágicos…

Fonte: www.educacional.com.br

Ilha de Marajó

Ilha de Marajó é a maior ilha fluviomarinha do mundo, palco da mais famosa pororoca do mundo e fenômeno de formação de ondas gigantescas no encontro da águas. Ela pode ter sido o primeiro ponto do território brasileiro a ser visitado pelos europeus dois anos antes da expedição portuguesa chegar a Cabrália, mas se o cartógrafo e navegador Duarte Pacheco Pereira passou mesmo por aqui, se fez desapercebido. De acordo com o Tratado de Tordesilhas, pisava em território espanhol.

Ilha de Marajó

Marajó foi habitado por diversas tribos indígenas, dentre eles, os aruãs, tribo mais numerosa e mais valente, de onde foram expulsos pelos Caraíbas. Os índios encontravam na ilha o ambiente ideal para viver e trabalhar a sua arte de desenhos geométricos, que hoje é distribuída pela Europa e América do Norte.

A ilha também se destaca por sua cultura, danças do carimbo e lundu e a cerâmica marajoara, além de também ser conhecida como a terra dos búfalos, devido a enorme população de búfalos, que é maior do que a de habitantes.

CLIMA

O clima na Ilha é de chuva, muita chuva. Portanto, a melhor época para se visitar a Ilha vai de junho a janeiro, período em que não chove tanto, tornando os passeios mais fáceis de serem praticados. Nos outros meses, a Ilha fica praticamente alagada, devido ao imenso volume de chuva.

ASPECTOS NATURAIS

Pouco conhecida, a Ilha de Marajó é um dos mais preservados santuários ecológicos da Amazônia, tendo como meios de transporte mais comuns, pesando cerca de meia tonelada, o búfalo.

Suas belezas naturais se dividem entre a planície coberta de savana e as densas florestas. Praias de rio, lagos de diversos tamanhos, igarapés, dunas, florestas e uma rica fauna fazem da Ilha de Marajó um dos maiores santuários ecológicos.

Os cenários são transformados de seis em seis meses, devido a grande quantidade de chuva, principalmente no primeiro semestre, quando as matas e os campos ficam embaixo das águas. No segundo semestre, o período da seca acaba e a visitação se torna mais favorável pela melhor observação dos animais e da vegetação. Praias com dunas claras, praticamente inexploradas são o grande atrativo.

Fonte: ecoviagem.uol.com.br

Ilha de Marajó

A maior ilha fluvio-marinha do planeta possui diversas praias de rio e algumas que revezam água doce e salgada, de acordo com a maré.

Ilha de Marajó

Metade do ano, de dezembro a maio, durante o inverno marajoara, o gigantesco Amazonas inunda os campos com uma lâmina d’água, transformando a maior ilha fluviomarinha do mundo num imenso arquipélago, que alcança cerca de 50 mil km², área superior à de vários países da Europa.

Nessa época, os veículos de rodas tornam-se totalmente inúteis. Para se locomover na ilha, os melhores meios de transporte são os barcos, cavalos e búfalos. Na outra metade do ano, quando o Rio Amazonas recua, é o Oceano Atlântico que invade a orla de Marajó.

Nas praias, a água doce é substituída pela água salgada. Uma das praias mais bonitas é Joanes, enseada com falésias que fica em Salvaterra, além de Barra Velha e das praias do Araruna e do Pesqueiro, todas localizadas em Soure.

É nesse verão marajoara, entre junho e novembro, que a terra seca, tornando possível observar a rica fauna da região, com dezenas de espécies de aves, que proporcionam espetáculos belíssimos, como a revoada dos guarás vermelhos.

O solo irregular e as chuvas quase diárias, no entanto, continuam a fazer dos cavalos e búfalos os veículos mais adequados. Por isso, os carros em Marajó costumam ser considerados tão inúteis quanto os guarda-chuvas.

A rigor, essa ilha paraense tem uma única estrada transitável, com aproximadamente 90 quilômetros de extensão, metade deles asfaltados. O interior da ilha é quase inacessível, praticamente isolando a parte leste da parte oeste. Mas, apesar das dificuldades, Marajó, segundo a Arqueologia, já é ocupada há pelo menos sete mil anos.

A rica história pré-colombiana da ilha deixou sinais de que ali se desenvolveu uma das mais sofisticadas civilizações da América do Sul. Entre os vestígios encontrados em escavações, estão peças da elaborada cerâmica marajoara, cujas réplicas são comercializadas em todo o Brasil e até internacionalmente.

Cerâmica Marajoara

Uma das mais conhecidas expressões do artesanato regional é a reprodução da misteriosa cerâmica marajoara.

Ilha de Marajó
Cerâmica Marajoara

Para chegar à ilha, é preciso gastar quatro horas a bordo de barcos, balsas ou de um ferry-boat que parte diariamente de Belém pela manhã. Uma viagem inesquecível.

A página de Ilha de Marajó terá informações de onde ficar, o que fazer, onde comer, como chegar, praias, passeios, outras praias, bem-estar, esportes, lazer e cultura, arte, compras, serviços, imóveis, eventos, dados gerais, história, imagens, mapas, telefones úteis, links, arredores, imagens de satélite, previsão do tempo, índice de raios UV, tábuas de marés, ondas e ventos, fases da lua, nascente e poente e muito mais.

Fonte: www.brasilazul.com.br

Ilha de Marajó

Acessível apenas de barco ou avião, e distante aproximadamente 90 km de Belém, a ilha é destino obrigatório para quem busca um roteiro exótico. O arquipélago é formado por 13 cidades e aproximadamente 3 mil ilhas, sendo a de Marajó a mais famosa e mais vasta (49.602 m²).  No lado leste da ilha, a planície é coberta de savana; no oeste, densas florestas. É também em Marajó que se pode presenciar a “pororoca”, como é chamada a formação de gigantescas ondas causada pelo encontro de águas fluviais e marítimas.

Entre os meses de janeiro e maio, época de chuvas intensas, dois terços do território ficam submersos. A compensação vem a cavalo, ou melhor, de búfalo, já que este animal se adapta bem a ambiente alagadiços. Além de usados como meio de transporte no campo e nas cidades, a carne de búfalo também é prato típico da região. O folclore é um roteiro à parte.

Nas duas cidades mais populares do arquipélago, Soure e Salvaterra, todos os anos é realizado o festival de quadrilhas e de boi-bumbá, danças típicas. Igualmente colorida é a Festa de Nossa Senhora de Nazaré, esta apenas em Soure, que enfeita as ruas no mês de novembro e envolve toda a população da cidade.

De frente para Belém,a ilha de Marajó está rodeada pelos rios Amazonas e Tocantins e pelo oceano Atlântico. É a maior ilha fluviomarinha do mundo e desponta no contexto amazônico como um dos cenários mais exóticos e misteriosos. Possui aproximadamente 68 mil quilômetros e 15 municípios, concentrando em grande parte o turismo ecológico, podendo apresentar praias de água doce ou salgada.

As principais atrações  da Ilha do Marajó são as praias do Araruna, Praia do Pesqueiro e Praia Grande, o Museu de Marajó e os eventos como o Festival de Quadrilhas e do boi Bumbá e Nossa Senhora de Nazaré.

 A ilha do Marajó possui centenas de rios habitados por 1.500 espécies de peixes, dezenas de fazendas e pequenas cidades,um rebanho de gado de um milhão de cabeças, das quais metade são de búfalos.

Marajó tem uma parte recoberta pela floresta tropical e outra coberta de campos. A ilha abriga centenas de espécies de pássaros, entre elas o guará, a colhereira, o tuiuiú, papagaios, patos selvagens, marrecas, periquitos, gaviões, socós, tetéus e muitas outras, além de jacarés e incontáveis espécies animais e vegetais.

Do lado leste da ilha, de frente para o oceano Atlântico, o cenário é composto por belas praias de areias brancas de fácil acesso aos turistas, cheia de palmeiras e barracas, distante do turismo predatório.

A principal cidade da ilha é Soure, também do lado leste, é considerada uma espécie de capital de Marajó, possui hotéis, restaurantes e táxis e fica à meia hora de Belém por avião. A viagem de barco demora quatro horas.

Na região da mata,a principal cidade é Breves, com intensa atividade de extração de produtos vegetais. Pecuária, pesca e extrativismo vegetal são as principais atividades de Marajó.

Um dos principais alvos de atividades extrativas é o açaizeiro, que produz o concorrido palmito. O açaizeiro cresce naturalmente, em meio à mata, em grupo de até dez troncos e dá uma bebida bastante apreciada. Uma grande variedade de plantas medicinais, madeira de lei, resinas e inclusive a borracha, esta extraída da seringueira,é encontrada nas matas de Marajó.

A melhor época para se visitar a Ilha é o verão, entre julho e dezembro, quando se tem acesso mais fácil às regiões. Durante o inverno, partes inteiras da ilha ficam totalmente alagadas. O carimbó,dança típica do Estado, é exibido em apresentações para turistas. A comida oferecida na ilha é exótica e farta, variando do prato ao tucupi aos peixes, caranguejo, queijos e churrasco de búfalo.

Fonte: www.portalamazonia.com.br

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