Campânia

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Províncias: Napoli (capital), Salerno, Caserta, Avellino e Benevento.

A gastronomia da Campânia se embasa em sua abundância de produtos agrícolas do interior e sobretudo dos recursos do mar.

É uma cozinha feita de invenções, rica de cores, sabores e criação.

A pizza, que se identifica aos olhos de todos com a cozinha napolitana, é enfim um símbolo universalmente conhecido em todo o mundo.

Fonte: digilander.libero.it

Campânia

Lugar de encontro de várias culturas, esta região congrega arquitetura espontânea e refinada arquitetura barroca, emolduradas por uma natureza esplêndida.

A Campânia é uma complexa junção de mar, ilhas e golfos, de planícies, promontórios e montanhas e, ao longo dos séculos, foi ocupada por Romanos, Bizantinos, Longobardos, Normandos, Suevos, Angevinos, Aragoneses, Espanhóis e Bourbons, cada qual com sua própria história e cultura.

Mas, por ter uma costa rica de portos em posição estratégica no centro do Mediterrâneo, ela foi pólo de atração também de outras culturas, em especial a sículo-árabe. A resultante desta multiplicidade de influências é extremamente rica e diversificada, tanto que a Campânia é, ainda hoje, uma região a ser desvendada.

Ao norte, estende-se a ampla planície conhecida como Terra di Lavoro – a mesma que os Romanos chamavam, segundo a definição do grande poeta Virgílio, de Campânia Felix – , delimitada pelo arco dos montes do Matese, do Sannio e da Irpinia, sulcados por vales profundos e tortuosos.

O golfo de Nápoles, no centro, é emoldurado por um extraordinário colar de acidentes naturais: as ilhas de Ischia, Procida e Capri ; a área de vulcões extintos dos Campi Flegrei; o histórico, e até hoje ativíssimo, Vesuvio ; e a esplêndida Costiera Amalfitana, com as célebres cidades de Sorrento, Positano, Amalfi e Ravello.

Enfim, ao sul, além da planície aluvial do rio Sele, elevam-se a pico sobre o mar os montes do Cilento, que formam uma encosta até hoje de difícil acesso, e estão separados da vizinha região da Basilicata por um estreito planalto, o Vallo di Diano.

Os Romanos arrebataram sem dificuldade a planície contígua ao Lácio – com as prediletas cidades de Baia, Bacoli, Pozzuoli – e as ilhas, ali deixando vestígios de uma imponência única: as históricas Pompei e Erculano, sepultadas no Séc. I d.C. pelas cinzas da terrível erupção do Vesuvio; a aristocrática Baia; a sugestiva Cuma, onde a sagrada Sibila dispensava seus vaticínios; as muralhas da cidade de Alife – com o característico traçado em ângulos retos do castrum romano; o anfiteatro de S. Maria di Capua Vetere, e um sem número de construções esparsas por toda a região. Mas, já antes, os habitantes da Magna Grécia tinham fundado na planície do rio Sele, ao sul, a importante colônia de Paestum (romanização do grego Poseidon, cidade de Netuno), com o majestoso templo do mesmo nome.

Na alta Idade Média, a Campânia foi dividida entre uma área sob influência bizantina, que incluía Nápoles e arredores e que mais tarde ficou autônoma, e outra, no interior, sob domínio dos Longobardos, com capital Benevento.

Construções dessa época se acham principalmente nesta, e em Capua, mas a lembrança dos Longobardos permaneceu também em alguns nomes de povoados: Sant’ Angelo dei Lombardi, Sant’ Agata de’ Goti, Pontelandolfo.No início do Séc. XI, os Normandos, feudatários de Aversa por mérito militar, iniciaram uma lenta mas inexorável conquista da Itália meridional e da Sicília.

A conseqüente formação de um estado unitário barrou o surgimento das autonomias comunais, tão florescentes em outras regiões da península, a ponto de a concentração do poder nas capitais relegar os centros menores a funções secundárias – ou francamente subalternas.

A relativa estabilidade política permitiu, por outro lado, o surgimento de cidades densamente habitadas e muito diferenciadas entre si, cada qual a expressão de uma autônoma tradição, popular ou culta: Caserta Vecchia, com suas casinhas escuras e a Catedral, mistura de estilos sículo-árabe e românico da Apúlia; Teggiano, em posição dominante sobre o Vallo de Diano, com seus monumentos de várias épocas; Sant’ Agata e Sessa Aurunca, com as esplêndidas igrejas românicas encravadas no meio do povoado.

E ainda, entre as cidades fortificadas do interior, Guardia Sanframondi e Vairano – esta ainda murada e dominada por um maciço castelo; as históricas Teano – um dos sítios da saga de Garibaldi -, Cusano Mutri e Eboli; ou os povoados do Vallo, como Polla, Sala Consilina e Padula.

A unidade política manteve-se sob os Suevos (1197), por ser o imperador Frederico II filho da princesa normanda Constância de Altavilla, e sob todos os governantes que o sucederam.

Os Angevinos, de parte guelfa, vencedores dos Suevos, de parte gibelina, a fim de aproximá-la de Roma e do Papado transferiram a capital de Palermo para Nápoles, garantindo à cidade grandes privilégios, que perduraram mesmo após a sucessão pelos Aragoneses (1442).

Teve assim início o período de grande expansão urbana, de supremacia regional, de fausto e riqueza, de alta cultura, de paupérrima imigração, que tem marcado nos séculos o destino de Nápoles. A fratura entre a afluência da capital e a miséria do campo ampliou-se ainda mais sob as dominações estrangeiras dos Espanhóis (desde 1503) e dos Austríacos (desde 1707).

A tomada do poder pelos Bourbons, na metade de 1700, levou à construção do majestoso palácio real e da cidade de Caserta, e deu um renovado impulso ao desenvolvimento de Nápoles, que só fez por agravar os tradicionais problemas de concentração de renda e divisão de classes.

Por fim, a anexação manu militari ao Reino da Itália sob os Savóia, e a conseqüente decadência de Nápoles do rol de capital, sem outras alternativas, renderam endêmico o subdesenvolvimento da região.

Com efeito, é significativo que a cidade, hoje o núcleo de uma desordenada e ingovernável bolha urbana indo de Pozzuoli, ao norte, até Castellammare, ao sul, tenha sido sempre objeto de intervenções de emergência, desde o vice-rei espanhol de Toledo (Séc. XVI), aos Bourbons, a uma lei especial de 1885. Contudo, se os problemas permaneceram, evidentemente os remédios não têm sido eficazes.

A história artística da região espelha a complexidade da história política. A arquitetura medieval ressente-se das fortes influências sículo-árabes difundidas ao longo do litoral – como evidenciado pelas arcadas em cruz e a policromia das construções de Ravello, Amalfi e Salerno -, mas que chegam já atenuadas ao interior da região – como no claustro da Badia di Cava ou em Caserta Vecchia, onde se fundem com o estilo ápulo-românico Com efeito, uma tradição local difundida no litoral (mas também em Caserta Vecchia e no baixo Lácio) é a dos campanários de vários andares – cada qual sustentado por arquivoltas -, encimados por cinco pequenas cúpulas, de clara inspiração islâmica.

Por sua vez, influências normandas podem ser percebidas em Salerno e na abside do domo de Aversa, ao passo que a tradição bizantina, mantida sempre viva e vital pela ordem monástica dos beneditinos, alcançou seus maiores feitos na pintura e no mosaico.

A Renascença encontrou um foco de propagação do estilo catalão em Carinola e centros vizinhos, mas a influência espanhola está amplamente presente em toda a região.

Porém, a verdadeira explosão da arquitetura da Campânia ocorreu no período barroco, que marcou indelevelmente cada centro urbano tanto com edifícios novos, quanto pela restauração dos já existentes. Entre os centros menores, são deliciosos exemplos dessa fase Piedimonte Matese e Airola, mas achados interessantes estão também em Capua e Caiazzo.

Outro fenômeno típico da região é o da arquitetura dita espontânea, de que temos exemplos extraordinários, por fascínio e dimensão, em cidades grandes e pequenas: casos únicos são Procida, ou todos os centros da Costiera Amalfitana, desde os mais célebres, como os já citados Amalfi, Ravello, Positano e Sorrento, até os menos conhecidos, como Cetara e Vietri.

A ilha de Capri ocupa por sua vez um lugar à parte, pela excepcional fusão entre paisagem e hábitat humano, e pelos prazeres do ócio e do mundanismo que ela proporciona desde os tempos do imperador romano Tibério – que, segundo a lenda, fez da ilha o lugar de eleição de suas perversões.

Outra singularidade é o minúsculo centro de San Leucio, aldeia ideal criada pela utopia iluminista do Setecentos, e construída por vontade dos reis logo além do palácio real de Caserta.

Apesar de tudo, muitos testemunhos históricos têm sido com freqüência destruídos por eventos naturais, como bradissismos, erupções vulcânicas, terremotos, que sucederam-se ao longo dos séculos com impressionante regularidade.

Assim, os centros históricos da Irpínia, também arrasados por um sismo há poucos anos atrás, não serão reconstruídos, devendo portanto ser considerados definitivamente perdidos.

Como exceção da regra, deve-se a um terremoto do Séc. XVIII a reconstrução de um dos poucos centros planejados da Campânia, Cerreto Sannita, este também rico em arquiteturas barrocas.

Fonte: conhecaitalia.vilabol.uol.com.br

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