Cultura do Japão

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Cultura Japonesa

cultura do Japão é uma mistura fascinante de tradição e modernidade, com influências que remontam a milhares de anos.

Aqui estão alguns aspectos chave da cultura japonesa:

Arte: O Japão é conhecido por suas diversas formas de arte, incluindo a pintura tradicional japonesa, a caligrafia, a cerâmica, a escultura em madeira e pedra, e a tradicional arte de dobrar papel, conhecida como origami. Além disso, formas de arte contemporânea, como mangás e anime, ganharam enorme popularidade não apenas no Japão, mas em todo o mundo.

Culinária: A culinária japonesa é famosa por sua ênfase na frescura dos ingredientes e na apresentação estética dos pratos. Pratos populares incluem sushi, sashimi, tempura, ramen, udon, soba e uma variedade de pratos de arroz, como o sushi e o domburi.

Cerimônia do Chá: A cerimônia do chá, conhecida como “chanoyu” ou “chado”, é uma tradição japonesa altamente ritualizada que envolve a preparação e o consumo de chá verde matcha. Esta cerimônia é influenciada pelas filosofias do zen-budismo e enfatiza a simplicidade, a harmonia, a pureza e a tranquilidade.

Religião: O xintoísmo e o budismo são as duas principais religiões do Japão, com muitos japoneses praticando uma combinação das duas tradições. O xintoísmo está enraizado na adoração dos kami, ou espíritos divinos, enquanto o budismo chegou ao Japão do continente asiático e se tornou uma parte integrante da cultura japonesa.

Festivais: O Japão é conhecido por seus numerosos festivais, que celebram uma variedade de eventos históricos, sazonalidades e tradições locais. Exemplos incluem o Hanami (observação das flores de cerejeira), o Tanabata (festival das estrelas), o Gion Matsuri (em Kyoto) e o Nebuta Matsuri (em Aomori).

Moda e Costumes: A moda no Japão é conhecida por sua variedade e inovação. Desde os tradicionais quimonos até as últimas tendências da moda de rua em Harajuku, Tóquio, o Japão influencia a moda globalmente. Além disso, os japoneses valorizam muito o respeito, a cortesia e a etiqueta social em suas interações cotidianas.

Arquitetura: A arquitetura japonesa é uma combinação única de tradição e modernidade, com templos antigos e castelos coexistindo com arranha-céus futuristas. A arquitetura tradicional japonesa é caracterizada pelo uso de madeira, técnicas de construção enxaimel e influências do design zen.

Esses são apenas alguns exemplos dos muitos aspectos fascinantes da cultura japonesa. O Japão continua a ser uma fonte de inspiração e interesse para pessoas ao redor do mundo, graças à sua rica história, tradições e contribuições para a cultura global.

Cultura do Japão – Arte

Origami é um passatempo japonês tradicional no qual um único quadrado de papel é dobrado de modos diferentes para criar formas como animais atraentes e plantas bonitas.

Considerando que só se utiliza uma folha de papel, o passatempo pode ser facilmente desfrutado em qualquer lugar e muitas pessoas no Japão o praticam em casa e na escola.

Algumas formas lembram flores, borboletas, caranguejos, e até mesmo criações difíceis como árvores de Natal. Origami é especialmente popular entre meninas.

A prática de Origami começou no início dos Origami japonêsanos 700, quando o primeiro papel foi apresentado no Japão.

A princípio o papel foi dobrado para fazer decorações e usado em santuários de cerimônias religiosas, mas gradualmente as pessoas começaram a usá-lo dentro das suas vidas regulares. Durante o período de Heian (794-1185), era popular dobrar um valioso papel e manuseá-lo para embrulhar formosamente cartas e presentes.

Depois, o Origami continuou sendo utilizado em cerimônias tradicionais, mas as mulheres começaram a dobrar bonecas e outras formas para a sua diversão. No período de Edo (1603-1868), as pessoas inventaram tipos diferentes de Origami envolvendo corte e camadas de papel, e a atividade popular se desenvolveu entre as pessoas comuns do Japão.

Depois, pela era de Meiji (1868-1912), a técnica do Origami chegou a ser ensinada nas escolas primárias. Estudantes ainda continuam aprendendo Origami nas escolas.

Nos tempos atuais, é usado para ensinar conceitos dentro da Geometria, como a relação entre um avião e uma forma sólida. Esta prática está ficando rapidamente mais popular nos demais países do mundo.

Algumas associações de amantes de Origami são o Origami E.U.A. e a Britânica Sociedade de Origami.

Ikebana é a arte de organizar talos formosamente cortados, folhas, e flores em vasos e outros recipientes.

Esta arte evoluíu no Japão por mais de sete séculos.

Ikebana é a arte de organizar talos formosamente cortados, folhas, e flores em vasos e outros recipientes. Esta arte evoluíu no Japão por mais de sete séculos.

Para organizar talos e flores exatamente como a pessoa deseja, é necessário uma familiaridade com muitos modos diferentes de fixar e posicionar.

As pessoas aprendem as habilidades técnicas e expressivas após, normalmente, três a cinco anos de aulas de Ikebana. Durante os sete séculos de sua evolução, o Ikebana desenvolveu muitos estilos diferentes de arranjo.

Entre os mais comuns estão o rikka (flores paradas), seika ou shoka (flores vivas), nageire (flores jogadas) – que são estilos para arranjos em vasos tigela-amoldados – e o moribana (empilhar sobre as flores), que é o estilo ao usar pratos como recipientes.

Tradicionalmente, os arranjos de flores, após enfeitados, ficavam dentro do toko-no-ma que são quartos onde normalmente eram recebidos os convidados.

Hoje, eles também são Ikebanafreqüentemente visto em entrada de corredores e salas de estar, bem como em entrada de salões, de grandes edifícios e em vitrines.

A escolha de quais flores arranjar é guiada pelo desejo de criar harmonia entre flores e recipiente e entre flores e ambiente. Apesar de ser tipicamente oriental, a técnica de camada após camada de flores é aplicada em arranjos ocidentais.

Em Ikebana, a consideração fundamental é usar o mínimo possível talos e folhas compondo contornos elegantes que realcem a beleza das flores.

Algumas escolas de Ikebana começaram a incorporar aproximações de arranjos ocidentais(como o hanaisho da escola de Ohara).

Os arranjos são saturados com uma visão oriental da natureza e incorporam o espaço ao redor das flores para proporcionarem um equilíbrio perfeito entre os elementos.

Hoje em dia, os japoneses usam lápis, canetas esferográficas ou canetas com ponta de feltro para escrever cartas e outros documentos.

Hoje em dia os japoneses usam lápis, canetas esferográficas, ou canetas com ponta de feltro para escrever cartas e outros documentos. Mas a arte de Shodo (caligrafia), na qual se utiliza um pincel em tinta-imersa, é artisticamente usada para criar kanji chinês e caracteres de kana japonês, permanecendo uma parte tradicional da cultura do Japão.

São admirados os trabalhos de caligrafia para a composição precisa do seu significado, tanto quanto o modo de como o pincel é controlado durante sua criação, a matização da tinta, e a colocação equilibrada do caractere no papel.

A partir da escola primária, os estudantes aprendem os fundamentos de caligrafia em classes de estilo literário. No começo de cada ano civil, as crianças juntam-se e utilizam esta arte em uma atividade conhecida como Kakizome por meio das quais eles criam trabalhos caligráficos que simbolizam os seus desejos durante o ano novo.

Algum estudantes de escolas elementares e medianas vão para as escolas especiais para aprender a arte, assistindo a aulas à noite e nos fins deShodo de Flor = Hanasemana, para se tornarem capazes de escrever caracteres bonitos.

A arte de Shodo se originou na China e veio para o Japão no sexto ou sétimo século, junto com métodos de fazer pincéis, tinta, e papel. Naquela época, Shodo era uma parte essencial na educação de membros das famílias nobres e governantes. Mas, com o passar do tempo, a arte se espalhou muito bem entre as pessoas comuns.

Hoje, Shodo não é só um tipo de arte para ser admirada, as pessoas o utilizam também para escrever os cartões de Ano novo, e em outras situações do cotidiano. Tipos diferentes de caligrafia incluem kaisho, ou “estilo quadrangular”, nos quais os golpes nos caracteres são precisamente tirados de uma maneira impressa; gyosho, ou “semicursive”, que é escrito mais rapidamente e mais livremente; e sosho, ou “cursive”, um método muito mais livre, mais fluido nos quais os golpes de caráter podem dobrar e podem encurvar. Uma variedade larga de papel também pode ser usada no Shodo.

Em um tipo de caligrafia chamado chirashi-gaki, por exemplo, um tradicional poema japonês de 31 sílabas (chamado um waka) é escrito em um pedaço quadrado de papel.

O escritor pode começar as linhas do poema em níveis diferentes no papel para retratar o ritmo do verso, ou escrever em sombras mais escuras e mais claras de tinta para dar um senso de profundidade às palavras, fazendo o trabalho parecer quase como uma pintura de paisagem.

Há várias referências antigas no Egito e na Índia para conservar as plantas em bandejas, prática que foi mantida por razões decorativas e medicinais.

Há várias referências antigas no Egito e na Índia para conservar as plantas em bandejas, prática que foi mantida por razões decorativas e medicinais.

A primeira referência para o que nós chamamos bonsai remonta da China durante a Dinastia Tang (618-907). Nessa época, eles desenvolveram a miniatura de jardinagem e de árvores chamada Penjing que literalmente traduzido é paisagem de bandeja.

Uma lenda chinesa afirma que na Dinastia de Han (206 a.C. – 220 d.C.) um imperador montou em seu pátio uma paisagem completa com colinas, vales, rios, lagos e árvores que representavam todo o império.

Ele organizou a paisagem de forma que pudesse contemplar seu império inteiro da janela do seu palácio.

Essa forma de arte da paisagem em miniatura somente ele possuia. Quem ousesse imitá-lo, caracterizaria uma ameaça e seria morto.

A primeira prova documentada sobre bonsai foi descoberta na tumba do Príncipe Zhang Huai que morreu em 706 durante a Dinastia Tang.

Descobriram um espetáculo de pinturas de plantas na parede da tumba que se assemelham ao bonsai. Em uma das pinturas, observa-se um criado levando uma paisagem em miniatura e, em outra pintura, um criado carrega uma bandeja que contém uma árvore.

O Penjing na Bonsai japonêsChina desfrutou do desenvolvimento artístico vigoroso durante a Dinastia Song (960-1279) e, antes dos primeiros anos da Dinastia de Qing (1644-1911), a arte se tornou mais popular e apareceram os primeiros manuais.

Com popularidade crescente, tanto na área comercial quanto no caráter folclórico, o Penjing transformou-se em formas artísticas mais sofisticadas. Além do esteticamente refinado Penjing, a pessoa poderia encontrar árvores nas quais tinham sido enrolados calções de banho para representar dragões e animais, ou abrigo de quem pintava camadas de nuvens, ou árvores amoldadas para se assemelhar aos golpes de caráter fortuitos.

No Japão, a arte de desenvolver árvore em miniatura foi provavelmente introduzida durante o período Heian(794-1191). Nesse tempo, o Japão enviou embaixadores à China para estudar artes, arquitetura, idioma, literatura, leis e Budismo fazendo com que o japonês importasse cultura e artes chinesas em uma grande escala.

O chamado Bonsai no Japão (árvore em uma panela ou bandeja), foi inicialmente um tipo de arte limitado à classe nobre da elite e assim permaneceu até a Era de Muromachi no décimo quarto século, enquanto prosperava juntamente com a cerimônia de chá verde para se tornar parte da cultura japonesa.

Antes da era de Edo no décimo sexto século, todo cidadão de toda as classes, do Daimyo (o senhor feudal) até os comerciantes, não hesitaria perante uma chance de desfrutar juntos a arte do bonsai, e foram realizadas várias competições na época. Durante esse período, o japonês desenvolveu uma paixão crescente por plantas e jardins e estilos de bonsai apareceram em impressões e ilustrações junto com eventos de vida e paisagens.

Considera-se que as artes do bonsai japonesas alcançaram o auge da sua prática antes do décimo oitavo século. O japonês demorou muito tempo para refinar a arte do bonsai.

Os refinamentos que eles desenvolveram fizeram do bonsai o que é hoje, e alguns consideram ainda que o melhor bonsai está sendo desenvolvido no Japão.

Assim como o homem ocidental teve de algum modo sido exposto ao bonsai, igualmente já no décimo sexto século pelos comerciantes marítimos e missionários, o bonsai antecipadamente veio do oeste do Japão e da China. A exibição do bonsai em Paris em 1878, 1889, 1900, e a primeira e principal exibição do bonsai ocorrida em Londres em 1909 aumentaram o interesse ocidental pelo bonsai. Tem-se notícia que em 1904 mais de seiscentas plantas foram leiloadas num período de três dias na cidade de Nova Iorque.

Nesses primeiros anos, muitos ocidentais sentiam que as árvores se aparentavam torturadas e expressavam bem abertamente o desgosto pelo modo como as árvores estavam sendo tratadas por mestres do bonsai.

Somente em 1935 as opiniões mudaram e o bonsai foi classificado finalmente como uma arte no oeste. Com o fim da SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, o bonsai começou a ganhar popularidade no oeste com soldados que voltavam do Japão com bonsai em reboque refletindo o interesse ocidental na arte.

O conhecimento deles sobre a arte do bonsai era de grande interesse para muitos americanos que aprenderam a arte. Hoje, bonsais são vendidos em lojas de departamentos, centros de jardim, berçários e muitos outros lugares. Porém, a maioria desses são cortados ainda verdes e não são o verdadeiro bonsai produzido por mestres de bonsai.

A maioria das árvores compradas hoje é conhecida como pré-bonsai e a maior parte só é usada como um ponto de partida.

Um bonsai de boa qualidade demora muitos anos para crescer e desenvolver e às vezes pode ser comprado de mestres especialistas ou de coleções privadas.

Originalmente, kimono era palavra japonesa para designar roupa. Em anos mais recentes, a palavra foi sendo usada especificamente para se referir à tradicional roupa japonesa. Atualmente, ela é sinônimo deste tipo de roupa.

A brilhante e atraente arte da impressão em bloco de madeira de ukiyo-e é universalmente a mais conhecida de todas as artes japonesas.

No período Taishô e no início do período Shôwa, a geisha foi transformada em um símbolo de valores tradicionais.

Cultura do Japão – Artes Visuais

Belas Artes

Os objetos remanescentes mais antigos da arte japonesa são imagens de barro que datam da Idade da Pedra e figuras de pedra bruta de um período um pouco posterior.

Um desenvolvimento ainda mais posterior foram as imagens mortuárias de argila chamadas de haniwa, que foram desenterradas de antigos mausoléus.

Elas apresentam um certo avanço técnico e hoje são muito apreciadas como exemplos de arte primitiva.

O início das artes japonesas se remontam a uns mil e quinhentos anos atrás, segundo os descobrimentos de diversos objetos, especialmente figuras de barro e utensílios de pedra sem polir.

É claro que a arte japonesa, ao largo de sua história, há sofrido numerosas influências estrangeiras entre as que destacam a arte china e persa. Entretanto com a introdução do budismo no ano 538 d.C. a arte da Índia, constitui como um dos pilares da arte japonesa.

A influência do budismo percebe-se de diferentes maneiras, nas expressões artísticas que se deu nos períodos que conformam a história do arquipélago.

No Período Asuka (592-645) se construíram numerosos templos (como o Templo Horyuji, o edifício de madeira mais antigo do mundo), sendo a característica principal o realce do solene e do sublime, aunado a simplicidade das formas e a idealização dos rasgos (sobretudo na escultura).

O Período Nara (710-794) costuma dividir-se em períodos conhecidos como Hakuho (710-729), onde se manifesta claramente a forte influência china e hindu, especialmente na escultura que apresenta graça e vigor; e o Período Tempyo (729-749), sinônimo da idade de ouro do budismo e da escultura budista. Suas características mais diferentes são o realismo e a serenidade.

O Período Konin Jogan ou Período Inicial Heian (810-824) distingue-se por suas formas volumosas e expressivas idealizadas, devido a influência exercida pelos ensinos místicos da seita budista esotérica Shingon.

No Período Heian Tardio (794-1192), destaca a beleza, elegância, delicadeza e a esquisitice nas formas.

Durante este tempo a pintura assume, por primeira vez, uma posição importante que se aprecia sobretudo no Yamatoe ou pintura de estilo japonesa e no Emakimono (rolos ilustrados).

O Período Kamakura (1192-1333) caracteriza-se por sua austeridade. Na escultura prevalece o realismo e as expressões vigorosas, enquanto que na arquitetura distingue-se por sua pureza e simplicidade formas.

No Período Muromachi desenvolve-se os sumie, pintura a pincel com tinta negra e já no Período Azuchi-Momoyama, produz um refinamento artístico que se expressa na imposição de cores vivas e desenhos elaborados.

É ademais, a época na que se realizam biombos, arquiteturas em madeiras muito elaboradas e máscaras para as obras de Teatro Noh. No Período Edo a modalidade artística mais importante foi o Ukiyoe (gravados), decaindo a escultura. Finalmente, já na segunda metade do século XIX (período chamado moderno com a restauração de Meiji), começa a perceber a influencia do ocidente que se vai misturando com as manifestações mais tradicionais.

Influência do Budismo

A introdução do budismo em 538 d.C. levou a um período cultural de súbito florescimento artístico, que atingiu seu auge no período cultural Asuka (538-645), quando as artes foram encorajadas pelo apoio imperial.

Foram construídos muitos templos budistas, inclusive o célebre Templo Horyuji próximo a Nara, que se acredita ser a construção de madeira mais antiga do mundo.

A influência budista é particularmente evidente na escultura figurativa que floresceu nesse período. A ênfase era dada à solenidade e à sublimidade e os traços era idealizados.

O Hakuho, ou o chamado período inicial da cultura Nara (645-710), que se seguiu ao período Asuka, foi uma época de forte influência chinesa e indiana.

O achatamento da forma e a rigidez da expressão na escultura do período Asuka foram substituídos, pela graça e o vigor.

O Tempyo, ou o chamado período final da cultura Nara (710-794), foi a era de ouro do budismo e da escultura budista no Japão.

Hoje em dia podem ser vistas algumas das grandes obras desses período em Nara e em seus arredores. Ela refletem um grande realismo combinado com uma rara serenidade.

Um estilo idealizado de expressão retornou na era seguinte Konin-Jogan (794-899), quando os ensinamentos místicos da seita budista exotérica Shingon influenciaram a escultura dessa época.

As estátuas dessa era são maciças de forma e místicas na expressão. A era Konin-Jogan caracterizou o primeiro século do período Heian, que continuou até 1192. A família Fujiwara tomou o poder, e as características da escultura desse período são a elegância e a beleza, às vezes à custa do vigor.

O contato com a China foi cortado, e as influências antes introduzidas do exterior foram então assimiladas e evoluiram para um novo tipo de arte japonesa.

A delicadeza e perfeição da forma caracterizam o novo gosto artístico desenvolvido nessa época. Essas características também são vistas na arquitetura singular desse período.

Durante essa era, a pintura assumiu uma posição importante, quase que pela primeira vez. Foi nessa era que se desenvolveram o tipo de pintura conhecido como yamatoe (pintura ao estilo japonês) e a arte do emakimono (rolos ilustrados).

Influência do Zen

A austeridade do regime d aclasse guerreira e do Zen-budismo foi refletida no período subseqüente Kamakura (1192-1338), quando a escultura tornou-se extremamente realista no estilo e vigorosa na expressão.

A influência do Zen foi refletida na pureza e simplicidade da arquitetura desse período.

Ainda hoje em dia podem ser encontrados na arquitetura japonesa traços da influência da tradição estabelecida no período Kamakura.

Os rolos ilustrados e as pinturas de retratos também estiveram em voga durante esse período.

O sumie, o delicado estilo da pintura a pincel com tinta preta, foi desenvolvido no período Muromachi (1338-1573). Ele se originou na seita budista do Zen, que estava familiarizada com a arte da China da dinastia Sung.

O período Azuchi-Momoyama (1573-1602), que se seguiu, foi um tempo de transição. Também foi um período de grande sofisticação artítica. Os artistas expressavam-se com cores vivas e desenhos elaborados.

Foram introduzidos os suntuosos biombos flexíveis. Os castelos e templos eram decorados com elaboradas esculturas de madeira. Máscaras de grande refinamento artístico começaram a ser usadas no teatro nô.

A forma artística mais famosa do período Edo (1603-1868) talvez tenha sido o gênero de pintura Ukiyoe, que ganhou imensa popularidade entre o público em geral.

É bem conhecida a influência do Ukiyoe sobre a arte européia da segunda metade do século XIX. A escultura entrou em declínio durante o período Edo, mas as artes manuais tiveram consideráveis avanços.

Influência Ocidental

A segunda metade o século XIX foi um período em que as influências ocidentais se fizeram sentir na arte japonesa. Hoje em dia existem, lado a lado, as formas ocidentais e os estilos tradicionais japoneses, que às vezes mesclam-se entre si em um novo processo de assimilação mútua e revigoramento.

Os japoneses nutrem um profundo interesse pelas manifestações artíticas, tanto como espectadores como praticantes. A pintura e o desenho são hábitos muito populares para as horas de lazer.

Um grande número de exposições de arte é realizado durante todo o ano nas principais cidades e atrai imensas multidões.

A exposição anual de arte mais antiga e mais impressionante do Japão é a ampla Exposição de Arte Nitten; ser selecionado para expor nela é uma das honras artísticas mais elevadas do país.

Desde a guerra tem havido um animado intercâmbio artístico internacional.

Muitas pinturas japonesas e outras obras de arte têm sido expostas no exterior e são realizadas no Japão inúmeras exposições de obras estrangeiras. Além da Exposição Japonesa de Arte Internacional, que também é conhecida como a Bienal de Tóquio, a Exposição Bienal Internacional de gravuras, que se realiza em Kyoto, é muito conhecida no mundo.

Cultura do Japão -Arquitetura

Se algo pode definir a arquitetura de Japão é a perfeita coexistência dos estilos tradicionais com as mais modernas técnicas de engenharia. Graças a abundância de bosques, madeira foi um dos materiais mais utilizados na construção.

Entre os diferentes estilos arquitetônicos, ocupa um privilegiado lugar a arquitetura dos santuários xintoístas, umas das formas mais antigas que conhecem. É o caso do Santuário de Ise Jingu, que construiu-se cada 20 anos de acordo com as técnicas mais tradicionais.

Por outro lado, a influência do budismo na arquitetura foi muito importante. Prova dele é o grande Buda de Bronze de Nara, o Daibutsu, do templo Todaiji, a maior construção de madeira do mundo.

Quanto aos estilos arquitetônicos autóctones, estes sofreram diversas influencias ao largo dos diferentes períodos da história de Japão. No Período Heiano (de 794 a 1192), destaca o estilo Shinden Zukuri, que distingue-se pelos tetos de palha, obtidos das cortiça do cipreste, apoiados sobre vigas de madeira.

No interior ressaltam os solos de madeira, os biombos e tatamis para delimitar os espaços. O palácio Imperial de Kyoto é o melhor exemplo deste estilo. No Período Kamakura, momento em que os samurais alcançam a supremacia deslocando a nobreza e com a chegada do budismo desde China, desenvolveu-se o estilo Tang que pode-se apreciar claramente em numerosos templos das cidades de Kyoto e Kamakura.

Com o tempo, esta tendência evolucionária até a construção de templos em vários pisos, como é o caso do Kinkakuji (Pavilhão de Ouro) ou o Ginkakuji (Pavilhão de Prata).

Ademais neste período ganham popularidade os jardins criados a base de areia, pedra e pequenos arbustos.

No Período Muromachi, graças a popularização do chá, as casas eram construídas de acordo a este rito-cerimonial, dando lugar ao estilo Sukiya Zukuri. O melhor exemplo é o Katsura Rikyu em Kyoto, onde numerosas casas para a cerimônia do chá, olham para um dos jardins mais belos do país.

No século XVI fazem sua aparição os castelos, criados não só com fins militares mas, ademais, com certos critérios estéticos já que em época de paz serviam para demostrar o prestígio dos senhores feudais.

Entre os numerosos castelos há que destacar o Castelo de Himeji, construído no século XVII.

Quanto a arquitetura contemporânea e a raiz da abertura de Japão no ano de 1868, o país entra no período de modernização e ocidentalização, introduzindo nas diferentes construções a pedra e o ladrilho.

Entre as obras mais destacadas há que nomear o Estado Nacional Yoyogi, sede dos jogos Olímpicos de 1964, a Nova Cidade Senri em Osaka ou o Distrito de Shinjuku, em Tóquio.

O Tatami, é uma tábua de palha de arroz trançada, que cobre os solos japoneses provocando um olor natural e um tanto doce.

Estilos Arquitetônicos Tradicionais

Arquitetura de Santuário: uma das formas mais antigas sobreviventes no Japão de hoje é a arquitetura de santuário. O santuário Ise Jingu em Ise, na prefeitura de Mie, cujas origens são desconhecidas, é um monumento arquitetônico especialmente importante, que é reconstruído a cada vinte anos com o uso das técnicas originais de construção, sendo que a próxima reconstrução está programada para 1993.

A construção simples de cipreste japonês sem pintura reflete o aspecto e espírito da antiga arquitetura japonesa, que se destinava a mesclar-se de maneira harmoniosa com o ambiente em volta.

A influência do budismo😮 budismo que chegou ao Japão através da China, no século VI, exerceu uma grande influência sobre a arquitetura japonesa. A arquitetura dos templos budistas transmite, com seus impenentes materiais de construção e escala arquitetônica, uma magnífica imagem do continente. O salão que guarda a estátua do Daibutsu (Grande Buda), no templo Todaiji, em Nara, concluído no século VIII, é a maior estrutura de madeira do mundo.

Tanto Nara como Kyoto, antigas capitais do Japão, construídas no século VIII, foram projetadas segundo o método chinês de planejamento urbano, que dispõe as ruas em um padrão de tabuleiro de xadrez.

A Kyoto moderna conserva a forma que teve à época.

O desenvolvimento de estilos japoneses nativos: no período Heian (794-1192), o budismo sofreu uma japonização gradual. O Shinden-zukuri, o estilo arquitetônico empregado nas mansões e casas da nobreza, é característico da arquitetura residencial desse período.

O telhado coberto de casca de árvore do cipestre repoosa em pilares de madeira e vigas; o interior tem assoalho de madeira sem divisórias fixas dos aposentos; e ouso de biombos flexíveis e de uma só folha, o tatami e de outros materiais leves, possibilitava a livre definição do espaço vital.

O Gosho de Kyoto (Palácio Imperial), lar de gerações de imperadores, ainda exemplifica muito bem essa disposição. Alguns traços do aspecto exteriro, como os materiais de construção, o telhado de declividade abrupta e calhas largas ainda podem ser vistos nas moradias japonesas de hoje.

Uma outra característica do Período Heian foi o aparecimento dos jardins com tanques e pavilhões de pesca.

A influência do Zen: no período Kamakura (1192-1338), os samurais assumiram poder, depondo a nobreza como classe dominante na sociedade.

A chegada do Zen-budismo da China nessa era fez surgir o estilo arquitetônico Tang nos templos e mosteiros de Kyoto e Kamakura. Em um dado momento, ele se transformou na arquitetura de vários andares de templos como o Kinkakuji (templo do Pavilhão Dourado) e o Ginkakuji (templo do Pavilhão Prateado) em Kyoto.

Tornaram-se populares os jardins de paisagem seca, nos quais são usados areia, pedras e arbustos para simbolizar montanhas e água.

Embora todos eles fossem meios muito extravagantes dos samurais e da nobreza mastrarem seu poder, deles resultou também o florescimento de uma cultura artística singularmente japonesa.

O chá, que foi transmitido ao Japão pela China, popularizou-se entre as classes altas na era Muromachi (1338-1573). O espírito da casa de chá, que era construída especialmente para a cerimônia do chá, eventualmente passou a influenciar a arquitetura residencial e desenvolveu-se um estilo arquitetônico chamado sukiya-zukuri, ou estilo da cabana da cerimônia do chá.

A Katsura Rukyu de Kyoto, que antes foi uma vila imperial, é o exemplo máximo desse estilo. Constriída na primeira parte do período Edo (1603-1868), sua estrutura é famosa por sua soberba harmonia e rara simplicidade. O jardim é considerado um dos melhores exemplos da jardinagem parisagística japonesa.

A construção de castelos: muitos castelos foram construídos no Japão durante o século XVI, quando o espírito guerreiro domunou a sociedade japonesa. Embora fossem construídos como bases militares, os castelos também cumpriam um importante papel em tempos de paz como símbolo do prest&icute;gio de um senhor e como centro de administração.

Por esta razão, eles eram projetados não apenas para os propósitos militares, mas também tendo em mente a estética. Hoje em dia sobrevive um grande número de cadstelos em cidades espalhadas pelo país.

Talvez o mais proeminente deles seja o Castelo Himeji, que muitas vezes &ecaute; comparado com uma garça branca por causa de sua beleza equilibrada.

O Desenvolvimento da Arquitetura Moderna

Com a Restauração Meiji em 1868 surgiu um período de modernizaç?o e ocidentalização e foram introduzidas as técnicas de construção que usam a pedra e tijolo.

O novo estilo espalhou-se pelo país e foi adotadoa em muitas fábricas administradas pelo governo e repartições oficiais.

Tornaram-se cada vez mais populares os prédios de escritórios e residências que incorporavam os desenhos ocidentais.

Entretanto, as estruturas de pedra e tijolo construídas pelos m&ecaute;todos convencionais não conseguiram ficar de pé no grande terremoto de 1923, que reduziu Tóquio a escombros.

Depois disso foram feitos progressos na pesquisa sobre métodos de construção à prova de terremotos, e entrou em voga a arquitetura do concreto armado, mais ou menos na mesma época emque tal ocorria na Europa Ocidental.

Desenvolvimento do pós-guerra: ao superar o pesado golpe que foi a Segunda Guerra Mundial, o Japão entrou em um período de crescimento econômico rápido, no qual a engenharia arquitetônica, que usa o aço e o concreto, atingiu um dos níveis mais elevados do mundo. Foi projetado um grande número de prédios, que proporcionaram uma contribuição significativa à arquitetura internacional.

Nos últimos tempos tem havido uma tendência de expressar as formas tradicionais japonesas, usando tecnologia e materiais modernos.

O Estádio Nacional de Yoyogi, construído para as Olimpíadas de Tóquio em 1964, e os vários tipos de arquitetura vistos na Exposição Mundial de Osaka em 1970 exemplificam um resultado do crescimento econômico japonês do pós-guerra, doqual o país pode orgulhar-se.

Recentemente têm chamado a atenção as formas arquitetônicas originais e as tendências pós-modernas criadas por jovens arquitetos, que tanto trabalham no exterior como no Japão.

Tem surgido um grande número de projetos de construção de habitações em larga escala, como a Cidade Nova Senri, em Osaka, para suprir a demanda de moradias causada pelo aumento populacional do país e, nas grandes cidadesm, onde a terra é escassa, a engenharia de arquitetura dos prédios ultra-altos tem feito notáveis progressos para suprir a grande demanda de espaço para escritório.

Um bloco de arranha-céus em Shinjuku, no centro ocidental de Tóquio, que é chamado de subcentro da capital, ergue-se como símbolo do status econômico do Japão.

Uma recente tendência espetacular tem sida a reurbanização do centro de Tóquio, enfocada em prédios inteligentes como o complexo Ark Hills, para satisfazer as necessidades de uma cidade internacionalizada e com intenso nível de informação.

Os prédios inteligentes são são conectados com as redes de telecomunicação mais avançadas do mundo e são adminsitrados automaticamente.

Cultura do Japão – Desenho

Desenho Técnico

No campo do desenho técnico, vários implementos, ferramentas, talheres e outros itens adequados à vida moderna estão sendo mildados com base nas técnicas tradicionais japonesas, tais como a da laca, o trabalho em madeira, a cerâmica, o trabalho em metal, a fundição, a gravação de relevo, a tecelagem e a arte de tingir. Esses produtos do trabalho manual, frutos do clima e da cultura singulares do Japão, estão granjeando popularidade como artesanatos folclóricos modernos.

Desenho de Moda

No campo da moda, nos últimos anos, os modistas japoneses vêm ganhando aclamação especial no plano internacional. Quando os modistas japoneses começaram a ser notados pela primeira vez no exterior, a origem do interesse foi a curiosidade acerca do gosto e estilo japoneses, mas, hoje em dia, os pioneiros Mori Hanae, vieram Ashida Jun, Kawakubo Rei, Miyake Issei, Takada Kenzo e Yamamoto Yoji.

A ocidentalização do estilo japonês de vida deixou pouca oportunidade para o uso do tradicional quimono, mas um novo senso de valores e novos modelos estão gerando uma reavaliação do quimono e dos modos de usá-lo.

Cultura do Japão – Literatura

O vigor da literatura contemporânea japonesa, assim como o de muitas coisas no Japão, inspira-se em uma rica variedade de fontes, desde as influências clássicas da antiga China, passando pela diversidade do pensamento ocidental, até as qualidades duradouras de suas próprias tradições.

As duas obras literárias sobreviventes mais antigas do Japão exercem uma profunda influência até os dias de hoje. Uma delas é a Kojiki (Registro de Casos Antigos), uma obra em prosa que se acredita que foi completada em 712 d.C. A outra é a Manyõshü, uma antologia em vinte volumes de poemas compilado por volta do ano 770.

Ela contém cerca de 4.500 poemas de numerosos homens e mulheres de todas as profissões, tanto jovens como velhos – desde imperadores e imperatrizes até soldados de fronteira e camposeses humildes, muitos deles anônimos. Muitos desse poemas, que cobrem uma ampla variedade de temas, são conhecidos por sua comovente franqueza e simplicidade audaz.

O século IX foi um período de contato direto entre o Japão e a China, e os clássicos chineses foram a influência moldadora da literatura dessa época.

Depois o contato foi rompido e seguiu-se um período no qual a influência das obras estrangeiras foi assimilada e os escritores japonese desenvolveram uma literatura própria.

Taketori Monogatari (A história do cortador de bambu), que foi escrito por volta do ano 811, é considerado o primeiro romance japonês. Ela foi seguido por outras obras como o Genji Monogatari (A história de Genji, escrita por Murasaki Shikibu, por volta de 1010), que é um romance em 54 volumes que descreve o amor e sofrimento de nobres e suas damas.

Ele oferece ao leitor um delicioso relance da vida na sociedade aristocrática japonesa nos séculos X e XI, assim como da elegante cultura do período Heian, em especial de seu estetismo colorido com uma suave melancolia. Esse primeiro grande romance da história foi escrito por uma das damas da corte Heian, muitas das quais era escritoras e poetisas de certa distinção.

A vida diária da nobreza na virada do século XI também é descrita de maneira viva em Makura no Sõs;shi (O livro do travesseiro), uma brilhante coleção de ensaios em um estilo que se assemelha ao dos poemas-prosa de uma outra talentosa dama da corte, Sei Shinagon, mas suas observações descritivas são mais realistas e mostram mais humor.

Makura no Sõshi caracteriza-se por uma sagacidade poucas vezes rivalizadas na literatura japonesa posterior.

Durante esse período, os tanka – poemas de 31 sílabas, na forma 5-7-5-7-7 – tornaram-se populares entre as damas da corte, os nobres e os sacerdotes. Em 905 o Kokinsh&utilde (Coleção da poesia antiga e moderna) foi compilado como a primeira antologia de poemas coligidos por ordem imperial.

O tanka tornou-se a forma clássica do verso japonês e ainda hoje em dia é o favorito de muitos poetas.

A brevidade da forma do tanka obriga os poetas a valerem-se da sugestão como meio de expandir o conteúdo de seus versos, artifício literário este que desde então tem sido característico da poesia japonesa.

A ascenção dos guerreiros aristocratas regionais à classe dominante gerou um período de cerca de 150 anos a partir do final do século XII, em que se popularizam os contos de guerra.

Esse século e meio produziu um grande número de importantes romances históricos, nos quais o valente samurai substitui o cortesão efeminado como herói. Duas das obras famosas são Heike Monogatari (A história de Heike), escrito por volta de 1223, e o Taiheiki (Registro da Grande Paz), que apareceu em meados de 1300.

O declínio do poder do imperador e de sua corte e a destruição deixada na esteira da cruenta guerra da época emprestaram um tom trágico a toda a literatura, que tendia a salientar as vicissitudes do destino do homem.

A proeminente coleção de versos do Japão medieval é o Shin Kokinshü (Nova coleção da poesia antiga e moderna), uma antologia imperial notável por sua simbólica expressão de delicadas emoções e homores.

A coleção de ensaios em dois volumes Tsurezuregusa (Ensaios no ócio), escritos por um monge budista que vivia em clausura, em cerca de 1335, é uma obra de natureza contemplativa e tom pensativo.

Mas os ensaios líricos ensinam ao leitor, de maneira sutil, a alegria desta vida temporal, assim como o conceito budista da impermanência de todas as coisas.

O Tsurezuregusa teve uma grande influência sobre a literatura japonesa posterior e sobre a estética e ideais de comportamento do povo japonês em geral.

Encontra-se um tom nostálgico nas peças nô dos século XIV e XV, onde muitas vezes o mundo evocado é o dos heróismortos alguns séculos atrás.

Essas peças são notáveis não penas por seu dramático poder de simbolismo refinado, mas também por sua magnífica poesia narrativa.

O século XVI foi um período de guerra entre senhores feudais rivais e muito pouca literatura foi produzida, mas um grande renascimento literário começou na segunda metade do século XVII, ou nos primeiros anos do período Edo de paz e de uma nova cultura plebéia.

Os romances de Ihara Saikaku (1642-1693), conhecidos por seu realismo vivo e estilo incisivo, e as peças de Chikamatsu Monzaemon (1653-1724), com sua composição dramática, foram escritos para um público mais amplo que incluía a classe dos comerciantes de ascensão recente, e tinham mérito literário bem elevado.

Nessas obras, os comerciantes, balconistas e pessoas comuns da cidade ocuparam o lugar dos generais como heróis, e às vezes seu fim trágico vinha na forma do suicídio e não em algum combate nobre.

A maioria das peças de Chikamatsu foi escrita para o teatro de marionetes, mas mais tarde foi adaptada para o palco do kabuki. Algumas de suas peças ainda são encenadas hoje em dia.

Por volta dessa época, apareceu como nova forma de poesia, o haiku, um poema de três versos e cinco, sete e cinco sílabas, sendo que seu grande expoente foi Matsuo Basho (1644-1694).

Basho desenvolveu uma simplicidade de estilo e uma profunda sutileza de conteúdo, que continuam a ser a forma idela almejada pelos poetas de haiku dos tempos modernos.

Esses importantes desenvolvimentos no romance, no teatro e na poesia continuaram até os séculos XVIII e XIX, quando o Japão foi virtualmente trancado para o resto do mundo.

A literatura ocidental varreu o Japão durante o século XIX, ora revigorando ora confundindo. Seguiu-se um período febril de experimentação literária e desenvolvimento.

A literatura japonesa foi enriquecida por diferentes correntes do pensamento ocidental, como o liveralismo, o idealismo e o ramantismo.

Escritores japonese voltaram-se para o romance ao estilo ocidental e floresceram lado a lado diferentes tendências e correntes de pensamento oriundas do Ocidente.

Proeminentes romancistas como Mori Ogai e Natsume Soseki produziram suas obras na virada do século. Ainda hoje em dia elas são muito lidas.

Uma grande número de obras literárias ocidentais foi traduzido para o japonês e os grandes nomes do Ocidente, de Shakespeare, Goethe e Tolstoi aos mestres contemporâneos da literatura, talvez sejam tão conhecidos no Japão como em seus próprios países.

Apesar do impacto causado pela literatura ocidental, ainda florescem as formas tradicionais japonesas. O tanka e o haiku, por exemplo, são escritos com tdoa a destreza e entusiasmo dos aristocratas da corte do passado. Os jornais publicam colunas regulares sobre tanka e haiku para esses poetas amadores.

Desde a guerra, um número cada vez maior de obras japonesas tem sido publicado no exterior. Obras contemporâneas que têm sido amplamente lidas em inglês ou outros idiomas incluem o Kikyõ (Volta ao Lar) de Osaragi Jiro, o Kinkakuji (O templo do pavilhão dourado) e outros romances de Jinuchiro. Também são muito lidos A história de Genji traduzido por Arthur Waley e outras traduções dos clássicos japoneses.

Em 1968, Kawabata Yasunari (1899-1972) tornou-se o primeiro japonês a receber o Prêmio Nobel de Literatura.

Kawakata é muito conhecido no exterior através de muitas de suas obras traduzidas para línguas estrangeiras, inclusive Yukiguni (País da Neve), Senbazuru (Mil garças) e Koto (Kyoto).

Seu estilo literário caracteriza-se pela busca da beleza do lirismo japonês, com aguda sensibilidade. Nos anos mais recentes, as obras de Abe Kobo, Endo Shisaku e Inoue Yasushi têm sido traduzidas e são amplamente lidas em inglês e outros idiomas.

O número total de títulos novos publicados no Japão em 1986 foi de 6.290, representando 21,5% de todas as publicações. Essas publicações cobrem um vasto número de campos, inclusive a não-ficção e os ensaios críticos, assim como também a literatura pura.

Em termos de vendas, a literatura popular supera todas as outras categorias; a literatura pura fica no fim da lista. O primeiro lugar na relação de autores que pagam mais impostos, publicada todos os anos pelo governo, tem sido monopolizado nos últimos anos por um escritor que escreve romances de mistérios que são sucesso de livraria.

As revistas em quadrinhos são muito populares no Japão e um grande número de revistas semanais é publicado tanto para adultos como para crianças. Uma delas tem, segundo se diz, uma circulação de mais de quatro milhões de exemplares por semana.

A história das revistas em quadrinhos do Japão remonsta ao final do século XIX, quando os jornais e revistas começaram a publicar primeiro caricaturas de um quadro e mais tarde de vários quadros, retratando a política, os costumos e a vida, de uma maneira satírica e bem- humorada. Nos anos 20 e 30, as histórias em quadrinhos tornaram-se populares, em especial as histórias de aventuras e as coleções de histórias desenhada por Tagawa Suiho, cujo heroi era um cachorro do exército.

Após a Segunda Guerra Mundial, a maioria dos jornais e revistas começou a publicar histórias de quatro quadros, sendo que uma das mais proeminentes é Sazae-san de Hasegawa Machiko, um desenho bem-humorado ainda popular hoje e que apresenta uma dona-de-casa comum e sua família. A década de 1960 viu o surgimento de muitas revistas em quadrinhos para crianças, que plubicavam histórias em seriado.

O desenho mais popular dessa época foi e Tetsuwan Atomu, de Tezuka Osamu, que se tornou a primeira história em quadrinhos a ser mostrada na televisão.

Nos últimos anos chegaram ao mercado várias revistas em quadrinhos dirigidas aos adultos, muitas vezes apresentando histórias escritas por escritores famosos e ilustradas por desenhistas muito conhecidos.

Cultura do Japão – A Música

A corte imperial japonesa gostava de escutar uma elegante música conhecida como “Gagaku”, de influências chinas. O repertório das orquestras incluíam peças instrumentais e de baile.

Atualmente conserva-se a tradição com algumas variações. Entre os instrumentos japoneses tradicionais encontram-se o “shamisen”, parecido ao banyo, mais largo.

Atualmente se usa para acompanhar peças teatrais do kakubi e bunraku. Outros instrumentos são o “koto”, o “biwa”. O consumo de música moderna em Japão ocupa um lugar destacado no âmbito mundial, a música ao vivo de todas as origens e muito popular em Tóquio.

Entre os músicos atuais destacam Kitaro e Sakamoto Ryuichi, membros da Mágica Orquestra Amarela, más nenhuma alcança a popularidade de Sakamoto Kyu, que nos anos 60 foi um êxito em USA.

Existem numerosas bandas japonesas que imitam o estilo ocidental, e incluso nos ambientes de salseiros latinos se há destacado a “Orquestra da Luz” recolhendo êxitos como se tratasse de um grupo caribenho.

Fonte: www.japao.org.br/www.colegiosaofrancisco.com.br/www.rio.br.emb-japan.go.jp/www.rumbo.com.br

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