Dia de São Bento

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11 de Julho

Abade vem de “Abbá”, que significa pai, e isto o santo de hoje bem soube ser do monaquismo ocidental. São Bento nasceu em Núrcia, próximo de Roma, em 480, numa nobre família que o enviou para estudar na Cidade Eterna, no período de decadência do Império.

Diante da decadência – também moral e espiritual – o jovem Bento abandonou todos os projetos humanos para se retirar nas montanhas da Úmbria, onde dedicou-se à vida de oração, meditação e aos diversos exercícios para a santidade. Depois de três anos numa retirada gruta, passou a atrair outros que se tornaram discípulos de Cristo pelos passos traçados por ele, que buscou nas Regras de São Pacômio e de São Basílio uma maneira ocidental e romana de vida monástica. Foi assim que nasceu o famoso mosteiro de Monte Cassino.

A Regra Beneditina, devido a sua eficácia de inspiração que formava cristãos santos por meio do seguimento dos ensinamentos de Jesus e da prática dos Mandamentos e conselhos evangélicos, logo encantou e dominou a Europa, principalmente com a máxima “Ora et labora”. Para São Bento a vida comunitária facilitaria a vivência da Regra, pois dela depende o total equilíbrio psicológico; desta maneira os inúmeros mosteiros, que enriqueceram o Cristianismo no Ocidente, tornaram-se faróis de evangelização, ciência, escolas de agricultura, entre outras, isso até mesmo depois de São Bento ter entrado no céu com 67 anos.

São Bento, rogai por nós!

Dia de São Bento

Bento de Núrsia é um santo cristão, honrado pela Igreja Anglicana e a Igreja Católica como o santo padroeiro da Europa e estudantes.

Bento fundou doze comunidades de monges em Subiaco, Itália (cerca de 40 milhas ao leste de Roma ), antes de se mudar para Monte Cassino nas montanhas do sul da Itália . A Ordem Católica de São Bento e da Ordem Anglicana de São Bento são de origem mais tarde e, além disso, não é uma “ordem”, como comumente entendido, mas apenas uma confederação de congregações autônomas.

Principal conquista de Bento XVI é a” Regra de São Bento “, que contém preceitos para os seus monges. É fortemente influenciado pelos escritos de João Cassiano , e mostra forte afinidade com a Regra do Mestre. Mas também tem um espírito único de equilíbrio, moderação e razoabilidade e isso convenceu a maioria das comunidades religiosas fundadas durante a Idade Média a adotá-lo. Como resultado, a sua Regra se tornou uma das regras religiosas mais influentes na cristandade ocidental. Por este motivo, Bento XVI é muitas vezes chamado o fundador do monaquismo ocidental.

A Medalha de São Bento

Dia de São Bento
Imagem de São Bento com uma cruz e um pergaminho afirmando Vade Retro Satana , que é abreviado na Medalha São Bento.

Esta medalha veio originalmente de uma cruz em homenagem a São Benedito. Por um lado, a medalha tem uma imagem de São Benedito, segurando o Santo Rule na mão esquerda e uma cruz na mão direita. Existe um corvo num lado dele, com um copo no outro lado. Cerca de margem externa da medalha são as palavras “eius em Obitu nostro praesentia muniamur” (“Que possamos, na nossa morte, ser fortificada pela Sua presença”). O outro lado da medalha apresenta uma cruz com as iniciais CSSML na barra vertical, que significa “Crux Sacra Sit Mihi Lux” (“Que a Cruz Sagrada seja a minha luz”) e na barra horizontal são as iniciais NDSMD que defendemos ” Non Draco Sit Mihi Dux ” (“Que não seja o dragão meu senhor”). As iniciais CSPB representam “Crux Sancti Patris Benedicti” (“A Cruz do Santo Pai Bento”) e estão localizadas nos ângulos internos da cruz. Ou a inscrição “PAX” (paz) ou o Christogram ” IHS ” pode ser encontrado na parte superior da cruz, na maioria dos casos. Cerca de margem da medalha deste lado é o Vade Retro Satana iniciais VRSNSMV que representam o “Vade Retro Satana, Nonquam Suade Mihi Vana” (“Vá embora Satanás, não sugerir-me o teu vaidades”), em seguida, um espaço seguido pelas iniciais SMQLIVB que significar “Sunt Mala quae Libas, Ipse Venena Bibas” (“O mal são as coisas que tu proferes, bebe o teu próprio veneno”).

Dia de São Bento
Bento descrito em um jubileu São Bento Medalha para o 1400 º aniversário de seu nascimento em 1880

Esta medalha foi atingida pela primeira vez em 1880 para comemorar o centenário do nascimento do décimo quarto São Bento e é também chamado a Medalha do Jubileu, a sua origem exata, no entanto, é desconhecido. Em 1647, durante um julgamento bruxaria em Natternberg perto Metten Abbey na Baviera , as mulheres acusadas testemunhou que não tinha poder sobre Metten, que estava sob a proteção da cruz. Uma investigação descobriu uma série de cruzes pintadas nas paredes da abadia com as letras encontradas agora em St Benedict medalhas, mas seu significado foi esquecido. Um manuscrito escrito em 1415, foi finalmente descobriu que tinha uma imagem de São Bento segurando um rolo de papel em uma mão e uma equipe que terminou em uma cruz na outra. Na rolagem e funcionários foram escritas as palavras completas das iniciais contidas nas cruzes.Medalhas de então começou a ser atingido na Alemanha, que depois se espalhou por toda a Europa. Esta medalha foi aprovada pela primeira vez pelo Papa Bento XIV em sua cueca 23 de dezembro de 1741, e 12 de março, 1742.

São Bento foi também o motivo de muitas moedas de coleção em todo o mundo. ‘As Ordens Religiosas Cristãs’ Áustria € 50, emitido em 13 de março de 2002 é de um deles.

Quem era

Bento era um santo de muito carisma. SABIA O QUE QUERIA E REALIZAVA AQUILO QUE SE PROPUNHA. Foi um homem de espírito cheio de sabedoria divina. Bento era bendito pelo nome pela graça.

São Gregório Matos foi o biógrafo de São Bento.

São Gregório nasceu em Roma em 540. Pertencia a uma nobre família de senadores. Foi Prefeito Imperial (cônsul) de Roma em 571. Fundou vários mosteiros beneditinos com seus bens e fez-se monge. Em 578 foi enviado para a Nunciatura de Constantinopla, pelo Papa Plágio, sendo o primeiro monge eleito para o Sumo Pontificado. Governou a igreja de 590 a 604, um período de grandes dificuldades e, como pastor de almas, defendeu um cristianismo baseado no amor ao próximo e organizou o canto litúrgico.

Foi um grande intelectual na sua época. Escreveu o LIVRO DOS DIÀLOGOS onde relata a vida de 4 santos italianos. O SEGUNDO LIVRO foi dedicado a São Bento (a quem não conheceu pessoalmente), mas agrupou informações de seus discípulos: Constantino, Valentiniano, Simplício e Honorato.

São Gregório morreu no dia 12 de março de 604.

São Bento

São Bento nasceu em Núrsia, na Itália, no ano de 480 e veio de uma família nobre. Segundo seu biógrafo, São Gregório, disse que “ainda criança, já trazia em si um coração de adulto”, isto é, mostrava mesmo na puberdade um comportamento sério e ponderado.

Renunciou a herança paterna, deixou o lar e, em companhia de sua ama, recolheu-se ao povoado de ENFIDE a aí se demorou bastante. E nesse povoado realizou o primeiro milagre.

Sua ama pediu um crivo de barro a vizinha, ela derrubou e quebrou, ficou desesperada. O jovem Bento com pena da ama pegou o crivo e pôs-se a rezar. Ao fim da oração, o objeto estava consertado. Esse acontecimento causou admiração entre os moradores que colocaram o crivo sob a porta da igreja.

Bento saiu desse local sem se despedir, nem mesmo de sua ama, e foi para SUBIACO, um local deserto e distante de Roma uns 40 Km.

No caminho encontrou ROMÃO (ou Romano) um monge, que vivia num mosteiro perto do local, sob direção do abade ADEODATO. Este sabendo dos propósitos de Bento, impôs a ele o hábito monástico e indicou-lhe uma gruta no VALE DE SUBIACO, onde Bento viveu por 3 anos.
Romano para ajudar o amigo Bento, fugia do mosteiro e das visitas do abade por algumas horas e levava-lhe o que podia esconder de sua própria comida. Pendurava a cesta de comida numa corda, que também continha uma campainha pra avisar sua chegada. Assim Bento apanhava o alimento.

Nessa gruta Bento ainda foi tentado pelo demônio que usou do canto de um melro para trazer à sua lembrança certa mulher que havia visto a muito tempo, despertando em seu coração um ardor sensual que quase fez-lhe largar o ermitério. Mas tocado pela graça divina, voltou à realidade e atirou-se nu sobre uma moita de urtiga e espinhos e nunca mais foi tentado em sua sensualidade.
O nome de Bento se tornou famoso por sua vida santa. Um dia faleceu um abade de um mosteiro, próximo a gruta, e logo os monges do local foram procura-lo para que ocupasse o lugar do falecido. Recusou várias vezes justificando por seu estilo de vida que não agradaria os monges, mas acabou cedendo e isso irritou os monges. Alguns deles resolveram colocar veneno no vinho de Bento, assim que ele foi benzer a bebida fazendo o sinal da cruz, o recipiente se partiu em pedaços. Apenas disse: “O Senhor Onipotente tenha compaixão de vós, irmãos; por que fizeste isso? Não vos disse eu que o meu e os vossos costumes não se harmonizariam? Ide procurar um abade à vossa maneira que a mim não mais me tereis como tal”.

E assim o fez, voltando a sua vida eremita. Continuou se destacando por seus milagres e congregou discípulos para o serviço de Deus, fundou 12 mosteiros e cada um tinha um abade com 12 monges.

Na época era costume os nobres e poderosos romanos entregarem seus filhos à Bento para que os formasse no serviço de Deus como: Equício, pai do jovem Mauro e Plácido, filho de Tertúlio, natural de Núrsia.

Um dia Bento estava orando em sua cela, quando Plácido foi buscar água no lago e deixou cair o balde e acabou caindo junto e foi arrastado para longe da margem. Bento chamou Mauro para acudir a criança que já se debatia sobre as ondas. Com a impressão de caminhar em terra firme agarrou o garoto pelos cabelos e quando chegou a margem, caiu em si e viu que tinha andando sobre as águas.

Bento construiu 3 mosteiros no alto das montanhas, e os monges reclamavam da dificuldade de se obter água. Bento, na companhia de Plácido, subiu às montanhas e ficou lá em oração por um longo tempo. Ao final da oração, colocou 3 pedras no local. No dia seguinte foi novamente procurado pelo mesmo problema com a água e disse: “Ide lá em cima e no lugar onde encontrardes 3 pedras, uma sobre as outras, cavai um pouco. O Senhor onipotente é muito capaz de por água a jorrar lá do alto, poupando-vos assim a tão penosa tarefa”. Eles assim o fizeram, assim que começaram a cavar a água jorrou.

Os milagres de Bento despertaram os ciúmes de Florêncio, um presbítero de uma igreja dos arredores. Este então enviou um pão envenenado a Bento que apesar de saber do perigo contido naquele gesto aceitou como mostra de sua gratidão. Um corvo da floresta que diariamente era alimentado por ele chegava nessa hora, então o Santo Deus ao vê-lo ordenou: ”Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, pega esse pão e vai larga-lo num sítio onde ninguém possa encontrá-lo”. A ave pegou o pão e sumiu das vistas dos presentes. E cerca de 3 horas depois voltou para receber sua alimentação normal.

Ainda assim Florêncio tentou atacar Bento em sua alma e colocou no pátio do Mosteiro 7 raparigas nuas, vendo que o alvo dessa situação era ele, decidiu retirar-se dali. Enquanto ia embora Florêncio ficou debruçado na janela contemplando “sua vitória”, quando a sacada dasabou e ele veio a falecer. Mauro um dos discípulos do monge correu para avisá-lo e pediu que voltasse pois seu inimigo estava morto. Mas Bento chorou e se lamentou pela trágica morte de Florêncio e pela satisfação de seu discípulo perante o ocorrido, que foi repreendido e recebeu uma penitência adequada.

Bento deixa SUBIACO e segue para sudeste, pela VILA CASILINA, até encontrar CASSINO, onde existia um templo em homenagem ao deus Apolo, cuja população ainda venerava, sendo assim ele despedaçou o ídolo, derrubou o altar e mandou queimar os bosques onde ofereciam sacrifícios a esse deus pagão. No lugar do templo de Apólo construiu a igreja de São Martinho, e no lugar do antigo altar a capela de São João.

Durante a construção de um mosteiro foi a oração de Bento que fez uma pedra irremovível se tornar leve para poder assentar as paredes. Era o demônio que tinha assentado a pedra.

Em sua cela orando, apareceu o demônio insultando Bento e deu a entender que iria prejudicar os irmãos no trabalho. Uma parede soterrou um jovem monge, filho de um oficial da Corte. Seus ossos foram esmagados e Bento pediu para que os recolhesse no manto e os colocasse sobre a esteira onde costumava rezar e despediu de todos. Fechou-se em sua cela e debruçou-se em orações mais insistentes que de costume. Algum tempo depois o abade mandava o abade de volta ao trabalho como se nada tivesse acontecido.

TÓTILA, rei dos godos, tomou conhecimento dos dons de Bento. Mesmo com e permissão para entrar pessoalmente no mosteiro, preferiu vestir RIGGO, seu escudeiro, com vestes reais para que se apresentasse ao famoso homem de Deus como o rei. Quando Riggo se aproximava do mosteiro Bento lhe disse: “Larga estas vestes que trazes pois não são tuas”. Riggo ficou cheio de pavor e prostrou-se por terra. Quem o acompanhou contou o acontecido a TÒLITA que foi pessoalmente visitar o monge. Sem coragem para olhar em seus olhos, ajoelhou-se cabisbaixo, e Bento gritou 3 vezes: “Levanta-te”, mas ele não se mexia. Bento foi até ele e o ergueu do chão e disse: “Cometestes muitos males, cometestes muitos males!! Já é tempo de pores fim a tanta maldade. Entrarás em Roma, atravessarás o mar, reinarás nove anos e no décimo, morrerás”. Ao ouvir isto o rei encheu-se de pavor, pediu sua benção e partiu. E a profecia se cumpriu no tempo previsto.

Ainda nesse tempo, conta-se que ZALA, um homem muito cruel, cobiçou os bens de um pobre camponês e começou a torturá-lo para que entregasse tudo o que tinha, com medo a vítima disse que entregou seus bens a Bento e ZALA acreditou e deixou de torturá-lo. Acorrentado e caminhando diante do cavalo levou seu torturador até o mosteiro.

ZALA disse: “Levanta-te, levanta-te! Devolve os bens que este camponês te entregou!”. Bento levantou os olhos e diante de seu olhar as correias se desataram. ZALA tremeu de medo e caindo aos pés de Bento pediu que orasse por ele. Bento pediu aos monges que levasse ZALA para o mosteiro e lhe desse de comer. Quando voltou Bento o censurou e pediu para que nunca mais agisse daquela forma desumana.

Na época em que CAMPANHA sofria uma grande fome, o Homem de Deus deu aos necessitados todos os bens do mosteiro, restando apenas um pouco de óleo. Então o subdiácono AGAPITO pediu um pouco. Bento ordenou que lhe dessem o óleo que restava, mas a ordem demorou a ser cumprida e esse monge responsável justificou dizendo que se tivesse dado o óleo não sobraria para os outros monges. Bento irritado mandou jogar o óleo fora, reuniu os irmãos e censurou o monge desobediente e começou a orar com os monges. Nesse local havia um tonel vazio que se encheu de óleo enquanto era feita a oração.

Bento tinha uma irmã, ESCOLÀSTICA, uma mulher que vivia voltada a Deus. Um dia pediu pra que o irmão ficasse com ela para que pudessem falar da vida celestial, mas ele não podia dormir fora do mosteiro. Foi ai que começou uma tempestade e ele teve que ficar ali e passaram a noite conversando. Três dias depois em sua cela, Bento viu a alma dela subindo ao céu em forma de pomba. Ela acabava de morrer. Mandou buscar o corpo e o sepultou no túmulo que havia preparado para si.

Seis dias antes de falecer, Bento mandou abrir o próprio túmulo e no dia de sua morte pediu que o levassem ao oratório onde recebeu a comunhão e no meio dos discípulos que o sustentavam de pé, com as mãos estendidas para o céu, exalou o último suspiro. Bento foi enterrado na capela de São João, no MOSTEIRO DE MONTECASSINO, no dia 21 de março de 550 (aproximadamente).

REPRESENTAÇÃO ICONOGRÁFICA* DE SÃO BENTO

(*A iconografia é uma forma de linguagem que agrega imagens na representação de determinado tema)

A mais antiga representação icnográfica de São Bento é o afresco encontrado nas catacumbas de Hércules, em Roma, datada do século VIII.

Dois pintores renascentistas pintaram 35 cenas da vida de São Bento, baseadas nas descrições de São Gregório Magno: Luca Signorelli e Sodoma, feitas no Mosteiro Oliveto Maggiore.

Dia de São Bento
Abadi de Oliveto Maggiore (esquerda) / Cenas da vida de São Bento no
Mosteiro Oliveto Maggiore (direita)

Dia de São Bento
Abadi de Monte Olivetto em Siena

As Medalhas de São Bento

Dia de São Bento

Um cálice do qual sai uma serpente e um corvo com um pedaço de pão no bico, cenas que lebram as duas tentativas de envenenamento que sofreu. Do outro lado, a medalha representa a Cruz e entre seus braços estão gravadas as iniciais CSPB-Cruz do Santo Pai Bento. Na haste vertical lê-se as iniciais CSSML-A Cruz Santa Seja a Minha Luz; na haste horizontal: NDSMD; Não seja o Dragão o Meu GUIA; no alto da Cruz está gravada a palavra PAX-paz que é o lema de São Bento, ás vezes substituída pelo monograma de Cristo: IHS. Á direita da palavra PAX estão as iniciais VRSNSMV – Retira-te, satanás, não me ensine coisas vãs. Continuando ainda a partir da direita: SMOLIVB – é mau o que me ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos. Estas inscrições estão em latim. São Bento é representado ainda com o Livro da Regra que escreveu na mão esquerda e, na direita, a cruz. Ao redor dela lê-se: EIUS OBITU PRESENCIA MUIAMUR, que significa: Sejamos confortados pela presença de São Bento na hora da nossa morte.

Diz a tradição que São Bento foi escolhido para ser padroeiro dessa cidade por indicação dos escravos que tinham muito medo de cobras e aqui, elas eram abundantes.

No catolicismo popular, São Bento é tido como protetor contra a picada de cobras e são conhecidas várias orações que o povo reza para se proteger.

Eis uma delas:

Água benta, São Bento,
Jesus Cisto no altar
Bicho bravo que me atenta
Abaixa a cabeça
E deixa o filho de Deus Passar…
Outra oração:
A Cruz sagrada seja minha Luz
Não seja o Dragão meu guia
Retira-te Satanas
Nunca me aconse-lhes coisas vãs
É mal o que tu me ofereces
Bebe tu mesmo do teu veneno
Em Latim
Crux Sacra Sit Mihi Lux
Non Draco Sit Mihi Dux
Vade Retro Sátana
Nunquam Suade Mihi Vana
Sunt Mala Quae Libas
Ipse Venena Bibas

Dia de São Bento
Imagem de São Bento no Mosteiro São Bento na cidade de São Paulo

 

11 de Julho – São Bento de Nórcia

As informações sobre a vida de Bento nos foram transmitidas pelo seu biógrafo e contemporâneo, papa são Gregório Magno. No livro que enaltece o seu exemplo de santidade de vida, ele não registrou as datas de nascimento e morte. Assim, apenas recebemos da tradição cristã o relato de que Bento viveu entre os anos de 480 e 547.

Bento nasceu na cidade de Nórcia, província de Perugia, na Itália. Pertencia à influente e nobre família Anícia e tinha uma irmã gêmea chamada Escolástica, também fundadora e santa da Igreja. Era ainda muito jovem quando foi enviado a Roma para aprender retórica e filosofia. No entanto, decepcionado com a vida mundana e superficial da cidade eterna, retirou-se para Enfide, hoje chamada de Affile. Levando uma vida ascética e reclusa, passou a se dedicar ao estudo da Bíblia e do cristianismo.

Ainda não satisfeito, aos vinte anos isolou-se numa gruta do monte Subiaco, sob orientação espiritual de um velho monge da região chamado Romano. Assim viveu por três anos, na oração e na penitência, estudando muito. Depois, agregou-se aos monges de Vicovaro, que logo o elegeram seu prior. Mas a disciplina exigida por Bento era tão rígida, que esses monges indolentes tentaram envenená-lo. Segundo seu biógrafo, ele teria escapado porque, ao benzer o cálice que lhe fora oferecido, o mesmo se partiu em pedaços.

Bento abandonou, então, o convento e, na companhia de mais alguns jovens, entre eles Plácido e Mauro, emigrou para Nápoles. Lá, no sopé do monte Cassino, onde antes fora um templo pagão, construiu o seu primeiro mosteiro.

Era fechado dos quatro lados como uma fortaleza e aberto no alto como uma grande vasilha que recebia a luz do céu. O símbolo e emblema que escolheu foram a cruz e o arado, que passaram a ser o exemplo da vida católica dali em diante.

As regras rígidas não poderiam ser mais simples: “Ora e trabalha”. Acrescentando-se a esse lema “leia”, pois, para Bento, a leitura devia ter um espaço especial na vida do monge, principalmente a das Sagradas Escrituras. Desse modo, estabelecia-se o ritmo da vida monástica: o justo equilíbrio, do corpo, da alma e do espírito, para manter o ser humano em comunhão com Deus. Ainda, registrou que o monge deve ser “não soberbo, não violento, não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não detrator, não murmurador”.

A oração e o trabalho seriam o caminho para edificar espiritual e materialmente a nova sociedade sobre as ruínas do Império Romano que acabara definitivamente. Nesse período, tão crítico para o continente europeu, este monge tão simples, e por isto tão inspirado, propôs um novo modelo de homem: aquele que vive em completa união com Deus, através do seu próprio trabalho, fabricando os próprios instrumentos para lavrar a terra. A partir de Bento, criou-se uma rede monástica, que possibilitou o renascimento da Europa.

Celebrado pela Igreja no dia 11 de julho, ele teria profetizado a morte de sua irmã e a própria. São Bento não foi o fundador do monaquismo cristão, que já existia havia três séculos no Oriente. Mas merece o título de “Pai do Monaquismo Ocidental”, que ali só se estabeleceu graças às regras que ele elaborou para os seus monges, hoje chamados “beneditinos”. Além disto, são Bento foi declarado patrono principal de toda a Europa pelo papa Paulo VI, em 1964, também com justa razão.

Fonte: www.cancaonova.com/en.wikipedia.org/www.camarasbs.sp.gov.br/www.paulinas.org.br

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