Mato Grosso do Sul

História de Mato Grosso do Sul

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História do surgimento do estado

HISTÓRIA

A descoberta do continente americano por Cristóvão Colombo em 1492 fez surgir entre Portugal e Espanha a disputa pelas terras, o que culminou no Tratado de Tordesilhas em 1494, o qual visava dividir o território entre as duas nações. Com a vinda de Pedro Álvares Cabral, teve início a colonização portuguesa ao continente que posteriormente viria ser conhecido como Brasil.

Há notícias de que o primeiro português a pisar no que hoje é Mato Grosso do Sul, teria sido Aleixo Garcia, por volta de 1524. Ele partira de Santa Catarina, atravessou a Serra de Maracaju, desceu o rio Miranda e, pelo rio Paraguai, chegou à Assunção. Aleixo buscava as riquezas das minas do Peru, difundidas em estórias da época.

Pelo Pantanal (conhecido como mar do Xaraés) e por outras terras de Mato Grosso do Sul em geral passaram numerosas bandeiras em direção ao Norte, ao Peru e ao Paraguai. As regiões do Ivinhema, do Iguatemi e a serra de Maracaju eram bem conhecidas dos bandeirantes e muito utilizadas em suas rotas fluviais.

Com o objetivo de aprisionar índios, Pascoal Moreira Cabral chegou ao território dos Coxiponés (atual Cuiabá) em 1718, onde descobriu ouro abundante junto ao rio Coxipó Mirim. Em 8 de abril de 1719 nascia o arraial de Forquilha, que transformaria mais tarde na cidade de Cuiabá, iniciando se na região a corrida pelo ouro.

Neste mesmo ano, os irmãos Leme bem armados, com escravos e recursos, seguiram um caminho diferente para Forquilha atravessando um lugar conhecido como Camapuã. Os quatro homens fizeram uma parada e, em 1719, fundava se o primeiro núcleo de Mato Grosso do Sul, com a fixação dos primeiros homens brancos: a fazenda Camapuã.

Outros povoados começam a nascer no correr dos anos e também fortificações militares tais como o Forte Coimbra em 1775; o Arraial de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque (atual Ladário) em 1778; o presídio de Miranda, em 1797, às margens do rio Mondego (que passaria a chamar se, daí em diante, de Miranda). A função era tanto de apoio aos viajantes que seguiam atrás do ouro fácil do Cuiabá quanto de demarcar e vigiar as fronteiras portuguesas contra os possíveis ataques espanhóis.

Tudo ia relativamente bem no Centro Oeste brasileiro, mas não por muito tempo. Com a morte de seu pai, em 16 de setembro de 1862, o general Francisco Solano Lopez herda o governo Paraguaio e dá larga ao sonho de conquistar territórios litigiosos argentinos e brasileiros. É assim que no final de 1864 e, mais ferrenhamente, no início de 1865 a capitania de Mato Grosso é invadida pelos soldados de Solano Lopez. A Guerra do Paraguai (1864 1869) destruiu cidades como as de Nioaque, Miranda e Corumbá, que apenas em 1870 puderam começar a ser reconstruídas.

A primeira tentativa de se criar um novo Estado ocorreu em 1892 por iniciativa de alguns revolucionários liderados pelo coronel João da Silva Barbosa. Em 1932, com a Revolução Constitucionalista, foi criado o Estado de Maracaju, abrangendo quase todo o sul de Mato Grosso, que teve Vespasiano Martins como seu primeiro governador. No mesmo ano, foi criada a Liga Sul Mato Grossense, propugnando pela autonomia do sul.

Em 1974, o governo federal, pela Lei Complementar nº 20, estabelece a legislação básica para a criação de novos Estados e territórios, reacendendo a campanha pela autonomia. No dia 11 de outubro de 1977, o presidente Geisel assinava a Lei Complementar nº 3.

Fonte: www.portalms.com.br

Mato Grosso do Sul

Você sabe como surgiu Mato Grosso do Sul?

No final do século passado, os coronéis Jango Mascarenhas e João Caetano Teixeira Muzzi (chefes políticos do sul de Mato Grosso) e o advogado gaúcho Barros Cassal, refugiado das guerras políticas do Rio Grande do Sul, foram os que movimentaram as primeiras manifestações separatistas.

Perseguidos pelos adversários, Mascarenhas e Teixeira Muzzi asilaram-se no Paraguai e Barros Cassal foi assassinado em Nioaque.

Sem seus líderes, a ainda pequena a população do sul do Estado, a bandeira separatista caiu nas mãos de chefes armados, que se serviram dela para promover correrias e justificar depredações nas propriedades de adversários políticos. A progressiva adesão do povo sul-mato-grossense foi em conseqüência da política regionalista e discriminatória adotadas pelos dirigentes de Cuiabá em relação ao sul do Estado.

Naquela época, disputava-se, pelas forças das armas, a superioridade do Estado. Os líderes políticos do norte, estimulavam discórdias e a rivalidade entre os chefes políticos do sul, depunham governadores que haviam sido eleitos legalmente, lançando uns contra os outros, para assim enfraquecê-los e dessa forma assegurar o domínio do norte.

Esse comportamento das lideranças nortista, fez crescer o descontentamento dos sulistas. Até mesmo para construção de uma obra, ou reforma, nós dependíamos de Cuiabá, que levava meses, e até anos para autorizar a execução de nossos planos.

As distâncias entre o sul e a capital do Estado eram enormes, ou usava-se o transporte aéreo, que ainda estava no começo, pois foi nos anos 40, ou o acesso com o barco a vapor, que partia de Corumbá e levava oito dias para chegar a Cuiabá.

Os líderes políticos do norte, manobravam as convenções partidárias, para que os representantes do Estado fossem daquela região, os poucos representantes do sul, eram quase sempre políticos radicados no sul, mas natural do norte. Na verdade mesmo, o povo do sul era considerado apenas “contribuinte”.

No sul, a aversão contra o governo de Cuiabá, engrossava o movimento separatista, tanto é que mais tarde, nas Revoluções de 1930 e 1932, o sul ficou do lado dos revolucionários, enquanto o norte, com o governador à frente, ficou solidário com o governo central.

Inúmeras foram as vezes que os grupos separatistas se fortaleceram, e foram enfraquecidos em suas lutas pela divisão, até que o General Ernesto Geisel foi empossado na Presidência da República e nomeou o General Golbery de Couto e Silva, para a chefia de sua casa civil, mas poucos se lembravam que esses dois militares, haviam estado em Mato Grosso, há cerca de 20 anos para estudar a viabilidade da divisão do Estado, concluindo que a divisão não era só viável, mas necessária.

O Presidente Geisel encaminhou o projeto de lei ao Congresso Nacional, propondo a criação de um novo Estado, que teria o nome de Campo Grande e a capital teria o mesmo nome. Sob a presidência de Paulo Machado, ressurge a Liga Sul-Mato-Grossense, apoiando a iniciativa do Presidente da República, dirigindo apelo ao Presidente e ao Congresso Nacional, mostrando o desejo de que o nome do Estado fosse Mato Grosso do Sul.

Sendo aprovado o projeto de lei pelo congresso e encaminhado à sanção presidencial, em 11 de outubro de 1977, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, com presença de autoridades de Mato Grosso, o Presidente Geisel sancionou a Lei Complementar nº 31, que criava o Estado.

Em março de 1978, o engenheiro Harry Amorim Costa, foi nomeado pelo presidente para o cargo de governador do Estado.

Foi formada então uma Comissão Especial, com seis membros, para assessorar o governo federal e os governos dos dois Estados, com representantes dos Ministérios do Interior, da Justiça e do Planejamento, além de representantes do Dasp. Essa Comissão promoveu o levantamento e a divisão, nos termos da lei, do patrimônio e do pessoal das administrações direta e indireta do Estado de Mato Grosso e assessorou o Governador de Mato Grosso do Sul na organização e implantação da administração estadual e do Tribunal de Justiça.

A 1º de março de 1979, foi instalado oficialmente o governo de Mato Grosso do Sul, com a posse do governador Harry Amorim Costa, em sessão solene no Teatro Glauce Rocha e a presença do Presidente Ernesto Geisel e seus Ministros.

A primeira eleição só ocorreu em 1982. Para justificar o desmembramento, o governo federal argumentou que o antigo Estado dispunha de área muito extensa, que dificultava a administração, além de apresentar claras diferenças ecológicas.

Fonte: www.reporternews.com.br

Mato Grosso do Sul

Historia do Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado ao sul da região Centro-Oeste. Tem como limites os estados de Goiás a nordeste, Minas Gerais a leste, Mato Grosso (norte), Paraná (sul) e São Paulo (sudeste), além da Bolívia (oeste) e o Paraguai (oeste e sul). Sua população estimada em 2009 é de 2.360.498 habitantes, conferindo ao estado a 21ª população. Possui uma área de 358.124,962 km², sendo ligeiramente maior que a Alemanha.

Mato Grosso do Sul
Bandeira do Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul
Brasão do Mato Grosso do Sul

Dados

Gentílico: sul-mato-grossense, mato-grossense-do-sul ou guaicuru

Região Centro-Oeste

Estados limítrofes Bolívia (NO), Paraguai (OS), GO (NE), MG (L), MT (N), PR (S) e SP (SE)

Mesorregiões 4

Microrregiões 11

Municípios 79

Capital Campo Grande

Área

Total 358.124,962 km² (6º)

População 2009

Estimativa 2.360.498 hab. (21º)

Censo 2000 2.078.001

Densidade 6,52 hab./km² (20º)

Economia 2006

PIB R$28.121.000,00 (17º)

PIB per capita R$12.411,00 (11º)

Indicadores 2000

IDH 0,802 (2005)[1] (8º) – elevado

Esper. de vida 73,5 anos (6º)

Mort. infantil 18,5/mil nasc. (5º)

Analfabetismo 9% (10º)

Fuso horário UTC-4

Clima Subtropical, tropical de altitude e tropical Cfa, Cwa, Aw

Sigla BR-MS

Site governamental www.ms.gov.br

Hino do estado de Mato Grosso do Sul

Letra por Jorge Antonio Siufi e Otávio Gonçalves Gomes

Os celeiros de farturas,
Sob um céu de puro azul,
Reforjaram em Mato Grosso do Sul
Uma gente audaz.

Tuas matas e teus campos,
O esplendor do Pantanal,
E teus rios são tão ricos
Que não há igual.

A pujança e a grandeza
de fertilidades mil,
São o orgulho e a certeza
Do futuro do Brasil.

Moldurados pelas serras,
Campos grandes: Vacaria,
Rememoram desbravadores,
Heróis, tanta galhardia!

Vespasiano, Camisão
E o tenente Antônio João,
Guaicurus, Ricardo Franco,
Glória e tradição!

A pujança e a grandeza
de fertilidades mil,
São o orgulho e a certeza
Do futuro do Brasil.

Mato Grosso do Sul
Rio Paranaíba com quase todas as matas ciliares destruidas, e poluídas por canaviais, soja e dejetos de esgoto e lixo.

Sua capital e maior cidade é Campo Grande, e outros municípios de importantes são Dourados, Três Lagoas, Corumbá, Ponta Porã, Aquidauana, Nova Andradina e Naviraí.

Tem como bebida típica o tereré, considerado o estado-símbolo dessa bebida e maior produtor de erva-mate da região Centro-Oeste do Brasil. O uso desta bebida, derivada da erva-mate (Ilex paraguariensis), nativa do Planalto Meridional do Brasil, é de origem pré-colombiana. O Aqüífero Guarani compõe parte do subsolo do estado,sendo o Mato Grosso do Sul detentor da maior porcentagem do Aqüífero dentro do território brasileiro.

O estado constituía a parte meridional do estado do Mato Grosso, do qual foi desmembrado por lei complementar de 11 de outubro de 1977 e instalado em 1 de janeiro de 1979, porém a história e a colonização da região, onde hoje está a unidade federativa, é bastante antiga remontando ao período colonial antes do Tratado de Madri, em 1750, quando passou a integrar a coroa portuguesa. Durante o século XVII, foram instaladas duas reduções jesuíticas, Santo Inácio de Caaguaçu e Santa Maria da Fe do Taré, entre os índios Guarani na região, então conhecida como Itatim.

Uma parte do antigo estado estava localizado dentro da Amazônia legal, cuja área, que antes ia até o paralelo 16, estendeu-se mais para o sul, a fim de beneficiar com seus incentivos fiscais a nova unidade da federação. Historicamente vinculado à região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul teve na pecuária, na extração vegetal e mineral e na agricultura, as bases de um acelerado desenvolvimento iniciado no século XIX.

Etimologia

A origem do termo Mato Grosso é incerta, acredita-se que o seja originário da palavra guarani Kaagua’zú (Kaa bosque, mata e Guazú grande, volumoso), que significa literalmente Mato Grosso.

Linguisticamente, o nome Mato Grosso do Sul se faz acompanhar por artigo definido, como acontece com nomes geográficos derivados de termos genéricos: “o Mato Grosso do Sul”, “o Rio de Janeiro”, “o Espírito Santo”. Entretanto, este uso é contestado e há quem prefira eliminar o artigo definido: “em Mato Grosso”.

História

Historicamente vinculado ao Sudeste, Mato Grosso do Sul teve na pecuária, na extração vegetal e na agricultura as bases de um rápido desenvolvimento iniciado no século XIX, enquanto norte minerador vivia sua decadência.

O desenvolvimento desigual entre o norte e o sul do antigo estado de Mato Grosso inspirou movimentos separatistas desde o século passado. Os primeiros deles ocorreram em 1834 e foram reprimidos pelos portugueses. Novas lutas e tentativas de se criar o estado de Mato Grosso do Sul foram registrados durante o surto da borracha, o que exigiu intervenção federal em 1917. Em 1932 foi criada a Liga Sul-Matogrossense com fim de coordenar a campanha separatista. Apostando no Movimento Constituicionalista de São Paulo, os sulistas aliaram-se aos paulistas, em troca de seu apoio às reivindicações separatistas. Entre julho e outubro de 1932, foi constituído o “Estado de Maracaju”, porém derrotado juntamente com os contitucionalistas. Vindo ao encontro dos interesses dos habitantes de Mato Grosso do Sul, havia já um plano para a redivisão do território brasileiro desde a Constituinte de 1823. Justificava-o sobretudo, a preocupação com os enormes vazios demográficos no Pará, Mato Grosso e Goiás.

Com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, Getúlio Vargas decide desmembrar seis território estratégicos para serem administrados diretamente. É criado assim o Território Federal de Ponta Porã, desmembrado do sudoeste do antigo estado de Mato Grosso, território este remembrado ao Mato Grosso pela Constituição de 1946.

A defesa da redivisão foi retomada pelos tenentes que participaram da Revolução de 30 e mais tarde, em 1950, por oficiais da Escola Superior de Guerra, que se dedicaram a examinar detalhadamente o assunto.

Em 11 de outubro de 1977, o então presidente do Brasil, Ernesto Geisel, assinou a lei que finalmente desmembrava do território do Mato Grosso um novo estado, Mato Grosso do Sul. Entre os argumentos justificadores do ato incluíam-se imposições administrativas – o território era grande demais para ser administrado por uma só máquina administrativa – e preceitos da Doutrina de Segurança Nacional, que considera pouco recomendável a existência de estados grandes e potencialmente ricos na região de fronteira.

O estado de Mato Grosso do Sul é oficialmente instalado em 1 de janeiro de 1979, sendo o primeiro governador Harry Amorim Costa, nomeado pelo presidente Ernesto Geisel.

Geografia

Geografia de Mato Grosso do Sul

Localização e território

O estado de Mato Grosso do Sul está localizado no sul da região Centro-Oeste do Brasil e tem como limites os estados de Goiás a nordeste, Minas Gerais a leste, Mato Grosso ao norte, Paraná ao sul, São Paulo a sudeste, Paraguai a oeste e sul e a Bolívia a noroeste.

Possui uma superfície de 358.159 km², participando com 22,2% da superfície da região Centro-Oeste e 4,2% da área territorial brasileira (de 8.514.876,6 km²), sendo ligeiramente maior que a Alemanha. Possui ainda 78 municípios, 165 distritos, quatro mesorregiões geográficas e onze microrregiões geográficas, de acordo com o IBGE.

Relevo

Pantanal, o maior ecossistema do estado.O arcabouço geológico do Mato Grosso do Sul é formado por três unidades geotectônicas distintas: a plataforma amazônica, o cinturão metamórfico Paraguai-Araguaia e a bacia sedimentar do Paraná. Sobre essas unidades, visualizam-se dois conjuntos estruturais. O primeiro, mais antigo, com dobras e falhas, está localizado em terrenos pré-cambrianos, e o segundo, em terrenos fanerozóicos, na bacia sedimentar do Paraná.

Não ocorrem grandes altitudes nas duas principais formações montanhosas, as serras da Bodoquena e de Maracaju, que formam os divisores de águas das bacias do Paraguai e do Paraná. As altitudes médias do estado ficam entre 200 e 600 metros.

O planalto da bacia do Paraná ocupa toda a porção leste do estado. Constitui uma projeção do planalto Meridional, grande unidade de relevo que domina a região sul do país. Apresenta extensas superfícies planas, com 400 a mil metros de altitude. Já a baixada do rio Paraguai, domina a região oeste, com rupturas de declives ou relevos residuais, representados por escarpas e morrarias.

Estendendo-se por uma vasta área de noroeste do estado, a baixada do rio Paraguai é parte da grande depressão que separa, no centro do continente, o planalto Brasileiro, a leste, da Cordilheira dos Andes, a oeste. Sua maior porção é formada por uma planície aluvial sujeita a inundações periódicas, a planície do Pantanal, cujas altitudes oscilam entre 100 e 200m. Em meio à planície do Pantanal ocorrem alguns maciços isolados, como o de Urucum, com 1.160m de altitude, próximo à cidade de Corumbá.

Clima

Na maior parte do território do estado predomina o clima do tipo tropical, com chuvas de verão e inverno seco, caracterizado por médias termométricas que variam entre 25°C na baixada do Paraguai e 20°C no planalto. A pluviosidade é de aproximadamente 1.500mm anuais. No extremo meridional ocorre o clima subtropical, em virtude de uma latitude um pouco mais elevada e do relevo de planalto. A média térmica é pouco superior a 20°C, com queda de até 0°C nos meses mais frios do ano. A menor temperatura já registrada no estado ocorreu em Ponta Porã, com -6°C em 1975 e no dia 12 de julho de 2009 foi registrado -1 na cidade de Rio Brilhante.

As geadas são comuns no sul do estado registrando em média 3 ocorrências do fenômeno por ano. Observa-se o mesmo regime de chuvas de verão e inverno seco, e a pluviosidade anual é, também, de 1.500mm. No estado, percebe-se grande variação de temperaturas, sendo registradas pelo menos uma vez ao ano temperaturas máximas próximas de 40°C e mínimas próximas a 0°C.

Hidrografia

Vista aérea do Rio Paranaíba na divisa de Itumbiara (GO) e Araporã (MG).O território estadual é drenado a leste pelos sistemas dos rios Paraná, sendo seus principais afluentes os rios Sucuriú, Verde, Pardo e Ivinhema; a oeste é drenado pelo Paraguai, cujos principais afluentes são os rios Taquari, Aquidauana e Miranda. Pelo Rio Paraguai escoam as águas da planície do Pantanal e terrenos periféricos. Na baixada, produzem-se anualmente inundações de longa duração.

De novembro a março, o Pantanal vive o período das cheias, as depressões são inundadas, formando extensos lagos, reconhecidos como Baías. Alguns desses lagos são alcalinos, apresentando diferentes cores e suas águas, de acordo com as algas que ali se desenvolvem e criam matizes de verde, amarelo, azul, vermelho ou preto. Esses lagos também se interligam ou não por pequenos rios perenes ou periódicos. Nas enchentes ocorre uma interligação entre rios, braços, baías na vazante, a terra enriquecida pelo húmus, se transforma na mais rica fonte de alimentos para sua flora e fauna. Na estação da vazante (de abril a outubro), os rios começam a baixar seus leitos, formando “corixos” ou baías que retém grande quantidade de peixes, fenômeno conhecido pelo nome de “lufada”. De julho a setembro a terra é mais seca e a temperatura é amena, chegando a esfriar à noite. No início das chuvas, de outubro a dezembro, o calor é intenso, os rios começam a inundar as terras baixas, os mosquitos proliferam e os mamíferos migram para as terras altas.

A linha de divisa com o estado de Mato Grosso segue limites naturais formados por vários rios.

Vegetação

Complexo do Pantanal

Os cerrados recobrem a maior parte do estado, mas também destaca-se a Floresta Estacional Semidecidual. Há ainda a presença de pampas e Mata Atlântica.

Na planície do Pantanal, no oeste do estado, durante o período de cheias do Rio Paraguai , a região vira a maior região alagadiça do planeta, lá se combinam vegetações de todo o Brasil, até mesmo da Caatinga e da Floresta Amazônica, e é um dos biomas com maior abundância de biodiversidade do Brasil, embora seja considerada pouco rica em número de espécies.

A população de Mato Grosso do Sul tem crescido a altos níveis desde a década de 1870, quando o estado passou a ser efetivamente povoado. Entre a década de 1940 e o ano de 2008, a população aumentou quase dez vezes, ao passo em que a população do Brasil, no mesmo período, aumentou pouco mais que quatro vezes.

Isso, no entanto, não se dá devido a uma alta taxa de natalidade no estado, mas à grande quantidade de migrantes de outros estados ou imigrantes em Mato Grosso do Sul. Segundo o IBGE, no ano de 2005, 30,2% da população residente no estado não era natural daquela unidade da federação, ao passo em que a taxa de fecundidade no estado no ano 2000 era a décima menor do Brasil, com 2,4 filhos por mulher.

Etnias

Cor/Raça (*)Porcentagem

Brancos 51,1%

Pretos 5,3%

Pardos 41,8 %

Amarelos ou indígenas 1,7 %

As migrações de contingentes oriundos dos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo e imigrações de países como Alemanha, Espanha, Itália, Japão, Paraguai, Portugal, Síria e Líbano foram fundamentais para o povoamento de Mato Grosso do Sul e marcaram a fisionomia da região. O estado é, ainda, o segundo do Brasil em número de habitantes ameríndios, de várias etnias, entre elas, Atikum, Guarany [Kaiwá e Nhandéwa], Guató, Kadiwéu, Kamba, Kinikinawa, Ofaié, Terena, Xiquitano (FUNAI, 2008).

O grande número de descendentes de ameríndios e de imigrantes paraguaios, que em sua maioria têm como ancestrais os índios guaranis, são dois fatores que contribuem para a alta porcentagem dos chamados “pardos” na população do estado de Mato Grosso do Sul. Já a ascendência afro-brasileira desse grupo étnico não é tão numerosa quanto a indígena. A população indígena do estado totaliza em 2008 53.900 pessoas, segundo o IBGE.

Apesar disso, o sul mato-grossense serviu de refúgio para vários negros fugidos durante o período da escravidão e referências a esta região estão presentes em canções folclóricas, como as utilizadas em práticas de capoeira. A canção Paranauê (Paranauê, Paranauê, Paraná…), por exemplo, alude à liberdade que os escravos encontrariam para além do Rio Paraná, no atual território de Mato Grosso do Sul, onde não seriam caçados por feitores ou bandeirantes. Há, no entanto, uma interpretação desta canção como fazendo referência ao estado do Paraná, o que é uma leitura errônea uma vez que o estado do Paraná somente foi criado em 1853, sendo a canção muito mais antiga – a capoeira em si data de antes de 1770. Portanto, o Paraná da letra é o Rio Paraná, e não o estado, que recebeu seu nome devido ao rio. Outra prova disso é o fato de que o estado de Mato Grosso do Sul também possui uma das maiores quantidades de comunidades quilombolas no Brasil.

Esta era a área mais povoada do antigo estado do Mato Grosso, com uma densidade demográfica bastante alta no planalto da bacia do rio Paraná, onde ocorrem solos de terra roxa com topografia regular. Ao ser constituído, no final da década de 1970, Mato Grosso do Sul contava com uma densidade média de 3,9 habitantes por quilômetro quadrado – alguns municípios chegavam a ter mais de cinqüenta habitantes por quilômetro quadrado-, em contraste com o norte, atual Mato Grosso, de menor densidade.

Migração

Durante seus quase quinhentos anos de história espanhola, portuguesa e brasileira, a chegada de migrantes, colonizadores e conquistadores foi constante. Desde que o primeiro colonizador europeu, Aleixo Garcia, que teria pisado em seu território em 1524, ao percorrer a trilha do Peabiru, o estado de Mato Grosso do Sul recebeu migrantes de diversas partes do Brasil nas diferentes fases de sua ocupação.

Migração paulista

Desde o início do século XVII, paulistas eventualmente se estabeleceram na região, a partir das primeiras expedições bandeirantes. O fluxo de migrantes paulistas, no entanto, tornou-se contínuo a partir das últimas décadas do século XVIII, quando da ocupação do oeste, nordeste e centro do estado. Durante o século XX, os paulistas também se fizeram presentes como colonos das companhias colonizadoras e operários dos fundadores das cidades do leste e sudeste sul mato-grossenses. O influxo de paulistas no estado permanece ininterrupto século XXI adentro.

Migração gaúcha

O início da migração gaúcha deu-se juntamente ao começo do fluxo contínuo de migrantes paulistas no final do século XVIII, quando mais cidades passaram a ser fundadas no sul matogrossense. Esta chegada de gaúchos deu-se, ainda como os paulistas, de maneira constante durante o século XIX e início do século XX. Na década de 1970, no entanto, uma segunda onda de migrantes gaúchos estabeleceu-se em Mato Grosso do Sul, seguindo padrões de colonização notadamente diferentes da primeira. Juntamente com paranaenses, estes gaúchos procuravam se dedicar à cultura mecanizada da soja na região centro-sul do estado.

Migração mineira

Foi com as expedições realizadas no final da década de 1820 pelo Barão de Antonieta que uma maior quantidade de mineiros passou a adotar o sul mato-grossense como seu novo lar, sobretudo com o advento das frentes colonizadoras dos Garcia Leal e dos Lopes, no nordeste e centro do estado. Tal processo continuou durante o século XX e, assim como a migração paulista, a migração mineira continua sendo um fator constante em Mato Grosso do Sul no século XXI.

Migração paranaense

Diferentemente dos casos das migrações paulista e mineira, a chegada de migrantes paranaenses às terras sul-matogrossenses deu-se em dois momentos históricos mais isolados. Uma grande onda de paranaenses chegou ao estado durante a década de 1940, com a Marcha para o Oeste promovida por Getúlio Vargas e as companhias de colonização, estabelecendo-se nas regiões central e sul do estado, na Colônia de Dourados. A segunda parcela desses migrantes estabeleceu-se em Mato Grosso do Sul nas décadas de 1970 e 1980, à procura de terras onde pudessem se dedicar à produção mecanizada de cereais, sobretudo a soja, na mesma região que a anterior.

Migração nordestina

A migração nordestina no estado de Mato Grosso do Sul intensificou-se a partir de 1890, uma vez que as frentes colonizadoras mais antigas já se encontravam estabelecidas. Embora tenha permanecido contínua até a década de 1930, no entanto, este fluxo de nordestinos para o sul matogrossense pode ser diferenciado de uma segunda onda de migrantes, que atingiu a região durante a Marcha para o Oeste de Getúlio Vargas. Enquanto o primeiro grupo se distribuiu em diferentes áreas do estado, o segundo concentrou-se no centro e sul do mesmo.

Imigração

Visando a substituição da mão-de-obra escrava por trabalhadores livres no Brasil, o Governo Imperial passou, a partir da segunda metade do século XIX, a promover mais ativamente a imigração, principalmente européia, para solos tupiniquins. Desta época até o nacionalismo do Estado Novo, que dificultou a imigração, o Brasil recebeu milhões de imigrantes, não só europeus. O sul matogrossense não foi exceção.

A partir de 1890, o estado de Mato Grosso – notadamente o sul matogrossense – apresentou uma população de estrangeiros crescente, superior a 6% da população total, até 1920, quando o número decaiu para entre 5 e 3% da população em 1970. De qualquer maneira, no período entre 1872 e 1970, o Mato Grosso e o sul matogrossense tiveram continuadamente uma população estrangeira acima da média nacional, caso este que somente se repetiu com quatro outros estados e a cidade do Rio de Janeiro. Entre 1920 e 1970, mais de 50% dos estrangeiros que habitavam o Mato Grosso eram paraguaios. Outros 13% eram naturais da Bolívia.

Imigração germânica, austríaca, e de europeus do leste

Na década de 1920, a Europa ainda sofria as conseqüências da Primeira Guerra Mundial. Fazendo uso das dificuldades econômicas daquela região, principalmente dos países vizinhos à Alemanha, foram várias as empresas que se dedicaram a promover, mediante pagamento, a emigração para países como Estados Unidos e Brasil.

A Companhia de Colonização Alemã Hacker foi uma dessas que possibilitou a vinda de imigrantes alemães, búlgaros, poloneses, russos, austríacos e romenos para o Brasil, mais especificamente para o sul matogrossense, a lugares como a Colônia de Terenos, novo núcleo agrícola próximo a Campo Grande. Devido a vários problemas, no entanto, mesmo com a ajuda da Prefeitura de Campo Grande, essa colônia fracassou e muitos dos colonizadores partiram de volta à Europa ou para o sul do Brasil.

De qualquer maneira, no ano de 1960, o censo do IBGE registrou 232 alemães em Mato Grosso. A maioria deles se encontrava no sul matogrossense, pois, após a divisão do estado, em 1980, era 176 o número de alemães no Mato Grosso do Sul segundo o IBGE.

Imigração espanhola

Refletindo o fato de que no Brasil os espanhóis são a terceira etnia de imigrantes europeus mais numerosa, em Mato Grosso do Sul a porcentagem de seus descendentes é comparável àquela do restante do país. Além de ter recebido imigrantes diretamente da Espanha, o estado ainda abrigou imigrantes desiludidos com a situação em estados como São Paulo. O mesmo aconteceu com italianos e japoneses, que muitas vezes passaram por outros estados, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste, antes de se estabelecerem no sul matogrossense.

Imigração italiana

Embora o sul matogrossense tenha recebido imigrantes italianos, a maior parte dos ítalo-sulmatogrossenses descende de imigrantes que inicialmente tiveram passagem por estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná.

Isso se deveu à falta de oportunidades nesses estados, principalmente no sul do Brasil, o que fez com que milhares de sulistas migrassem para a região Centro-Oeste, em especial para o Mato Grosso do Sul. Entre esses migrantes, figuravam milhares de ítalo-brasileiros. A população italiana e ítalo-descendente no estado de Mato Grosso do Sul hoje representa cerca de 5% da população.

Imigração japonesa

Monumento à imigração japonesa, em Campo Grande.A porcentagem japoneses e descendentes no estado de Mato Grosso do Sul é relativamente alta. No dia 18 de junho de 1908, o navio Kassato Maru chegou ao porto de Santos, trazendo 781 imigrantes. Desses, 26 famílias viriam para o sul matogrossense, atraídos por suas terras férteis, pouco exploradas, e seu clima agradável.

A necessidade de mão-de-obra para a construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, com muito boa remuneração para a época, também trouxe imigrantes desiludidos com as fazendas de café de São Paulo e Minas Gerais. Em 1909, um grupo de 75 imigrantes – a maioria de natural de Okinawa – partiu de Santos em um cargueiro fretado pela construtora da ferrovia e vieram pelo estuário do Rio da Prata, até Porto Esperança, na base das obras da ferrovia, já em Mato Grosso. Outros, ainda, vieram pelo Peru.

Devido às dificuldades encontradas na construção da ferrovia, como doenças e ataques indígenas, muitos imigrantes japoneses desistiram do trabalho e se concentraram em cidades como Campo Grande e Três Lagoas, onde se dedicaram à produção de hortifrutigranjeiros, seda e ao setor de serviços. Seu sucesso trouxe outros imigrantes japoneses para a região.

Imigração paraguaia

Os paraguaios são o maior grupo étnico estrangeiro em Mato Grosso do Sul, tendo se estabelecido na região desde a demarcação da fronteira entre o estado e aquele país. Constituíram, por exemplo, a grande parte da mão-de-obra da Companhia Mate Laranjeira.

Sua influência cultural é notável, seja pelo consumo de erva-mate, em forma de tereré, seja pelas polcas paraguaias, guarânias e chamamés, ou seja pelas chipas. Foi após uma receita caseira paraguaia que se criou o Hospital Adventista do Pênfigo, hoje referência no tratamento do “fogo selvagem”, ou pênfigo.

Imigração portuguesa

Como é o caso do Brasil, Mato Grosso do Sul tem, desde seus primórdios, recebido imigrantes espanhóis e portugueses, além da numerosa população nativa: Guarani, Terena, Guató, Kadiwéu e Kinikinau. No século XX, uma grande onda migratória se deu entre 1929 e 1961, tendo sido portugueses, por exemplo, os construtores da primeira estrutura de concreto armado do então Mato Grosso, a “Ponte Velha”, de Coxim. No ano de 2003, a colônia portuguesa em Mato Grosso do Sul possuía aproximadamente dois mil e quinhentos integrantes.

Imigração sírio-libanesa

Cerca de 5% da população sul-matogrossense é composta de árabes ou árabe-descendentes, porcentagem alta em comparação a outras regiões do Brasil.

A partir de 1912, fugindo de conflitos no Oriente Médio, sírios, libaneses, turcos e armênios passaram a chegar ao porto de Santos. Dessa cidade, partiram para o porto de Corumbá, o portal de entrada para o Centro-Oeste e o pólo comercial de Mato Grosso. De lá, dispersaram-se para outras cidades do estado. Muitos outros também chegaram através Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, a qual ajudaram a construir. Mesmo antes de terminada a construção da estrada de ferro, no entanto, já passavam a se dedicar ao comércio, sua principal atividade.

Migração para MS (est. 2000)

Região/estado Nº de migrantes masculinos Nº de migrantes femininos Total geral

Nordeste 57.519 51.278 108.797

Norte 3.705 4.680 8.385

Sudeste 129.781 126.479 256.260

Sul 82.343 81.669 164.012

Mato Grosso 11.167 12.837 24.004

Goiás 5.821 6.012 11.833

Distrito Federal 596 563 1.159

Exterior 87.722 36.744 124.466

Regiões de influência das cidades de MS

Em Mato Grosso do Sul, há 19 centros municipais com poder de influência sobre os outros 59 municípios. Esses 19 municípios se dividem em capitais regionais (2) e centros de zona (17). O restante dos municípios são chamados de centros locais. Esses centros concentam mais da metade da população e do PIB de MS).

A sede do governo do estado fica dentro do Parque dos Poderes, em Campo Grande.

Economia

Economia de Mato Grosso do Sul

A região onde Mato Grosso do Sul está localizado contribui muito para o seu desenvolvimento econômico, pois é vizinho dos grandes centros produtores e consumidores do brasil: Minas Gerais, São Paulo e Paraná, além de fazer fronteira com dois países sul-americanos (Bolívia e Paraguai), uma vez que se situa na rota de mercados potenciais de toda a zona ocidental da América do Sul e se comunica com a Argentina através da Bacia do Rio da Prata, dando também acesso ao oceano Atlântico e ao Pacífico através dos países andinos, como Bolívia e Chile. A principal área econômica do estado do Mato Grosso do Sul é a do planalto da bacia do Paraná, com seus solos florestais e de terra roxa. Nessa região, os meios de transporte são mais eficientes e os mercados consumidores da região Sudeste estão mais próximos.

Sua economia está baseado na produção rural (animal, vegetal, extrativa vegetal e indústria rural), indústria, extração mineral, turismo e prestação de serviços. Mato Grosso do Sul possui um dos maiores rebanhos bovinos do país. Além da vocação agropecuária, a infra-estrutura econômica existente e a localização geográfica permitem ao estado exercer o papel de centro de redistribuição de produtos oriundos dos grandes centros consumidores para o restante da região Centro-Oeste e a região Norte do Brasil.

No estado 44,77% da população residente compõe a população economicamente ativa (PEA). Quanto ao rendimento médio das pessoas de dez anos ou mais (1.366.871 habitantes), 55,85% (763.293 habitantes) têm como renda média mensal até um salário-mínimo. Segundo dados da Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento de Mato Grosso do Sul (SEFOP), do total de ICMS arrecadado pelo estado, 52,7% provém do comércio, 23.7% da agropecuária, 17,2% de serviços e o restante vem da indústria.

A maior economia do estado é Campo Grande com um PIB de R$ 7,84 bi, seguido de Corumbá (R$1,98 bilhão), Dourados (R$ 1,93 bilhão) e Três Lagoas (R$ 1,17 bi).

Setor primário

Destacam-se na atividade agrícola: soja, arroz, trigo, milho, feijão, mandioca, algodão, amendoim e cana-de-açúcar. A maior produção agropecuária está concentrada na região de Dourados. A cultura que está sofrendo maior expansão é a cultura da cana-de-açúcar, com destaque para a região dos municípios de Sidrolândia e Maracaju, região de maior produção de etanol do estado. Nos municípios da região centro-norte, o destaque vai para a cultura da soja e milho.

Mato Grosso do Sul possui ainda o terceiro maior rebanho bovino do país (21,8 milhões de cabeças – 10,9% do nacional). A região de maior produção bovina é a região do Pantanal e nos campos naturais (pampas) da região sudoeste do estado. Possui também rebanhos muares, equinos, asininos e codornas.

O estado possui importantes jazidas de ferro, manganês, calcário, mármore e estanho. Uma das maiores reservas de ferro e manganês do mundo está situado no Maciço do Urucum, localizado no município de Corumbá. As maiores jazidas de calcário estão concentradas nos municípios de Miranda, Bodoquena, Bonito e Bela Vista.

Outro destaque é a silvicultura destinada à produção de carvão vegetal e para a fabricação de celulose e papel, concentrada na leste de Mato Grosso do Sul e, em menor escala, na região de Jardim.

Setor secundário

Historicamente a indústria no estado não possui grande representatividade em virtude da opção pela agropecuária e extrativismo, porém, com a crise da agropecuária de 2004-2005, o estado se viu na obrigação de mudar sua matriz econômica e passou a investir em infraestrutura e incentivos fiscais para atrair novos empreendimentos.

A principal atividade industrial de Mato Grosso do Sul é a produção e beneficiamento de gêneros alimentícios, seguida da siderurgia e transformação de minerais não-metálicos. Campo Grande é o principal centro industrial do estado, com indústrias de beneficiamento de produtos alimentícios, siderurgia, beneficiamento de couro e indústria têxtil. Outros centros são Três Lagoas, polo da fabricação de papel e celulose e Corumbá, polo siderúgico e químico.

Setor terciário

O turismo ecológico também representa uma importante fonte de receita para o estado. A região do pantanal sul mato-grossense atrai visitantes do resto do país e do mundo, interessados em conhecer a beleza natural na região.

Infraestrutura

Mato Grosso do Sul está entre as unidades da federação que apresentam as maiores taxas de urbanização do país, com 85,4%. A população urbana do estado, a partir dos anos 1980, apresenta um acentuado crescimento. Apesar das atividades rurais exercerem forte influência, o crescimento urbano cresce em harmonia com a agropecuária, que é proporcionalmente muito forte, pois se modernizou nos últimos anos e favoreceu a migração do campo para as cidades. Os domicílios compostos por quatro pessoas constituem o maior número de domicílios no estado, sendo esta tendência quase homogênea no País e reflete, na média, o predomínio da chamada família nuclear, ou seja, casal e dois filhos.

Pelas informações dos censos de 1991 e 1996, entre 1970 e 1990 houve redução nas migrações interestaduais nas últimas décadas e também queda do saldo migratório em Mato Grosso do Sul. Segundo os dados, em 1991 houve a entrada de 124.045 pessoas de outros estados e a saída de 105.009, resultando no saldo migratório de 19.036. Já em 1996, 87.374 pessoas imigraram para o estado e 73.748 emigraram desse para outros estados, resultando num saldo migratório de 13.626 habitantes.

No geral o cenário demográfico e social apresentado em Mato Grosso do Sul se baseia na tomada de decisões das diversas instâncias de atuação da sociedade civil, da academia e dos diversos níveis de governos, possibilitando e adequando o planejamento e ações dentro de uma visão panorâmica real nos níveis desejados de qualidade de vida e com o devido padrão de desenvolvimento sustentável.

Transporte

Rodovias de Mato Grosso do Sul

Seu sistema viário contribui em boa medida para o escoamento da produção agropecuária. Os principais eixos rodoviários são:

BR-163: liga Sonora a Mundo Novo

BR-267: liga Porto Murtinho a Bataguassú (Porto XV de Novembro), no rio Paraná, e a Ourinhos, em São Paulo.

BR-060: liga Chapadão do Sul a Bela Vista

BR-262: liga Corumbá á Vitória (Espírito Santo)

A navegação fluvial, que já teve importância decisiva, vem perdendo a preeminência. O principal porto é os da região de Corumbá (Corumbá, Ladário e Porto Esperança) e Porto Murtinho, todos no rio Paraguai.

Mato Grosso do Sul é um estado muito bem servido no que diz respeito a aeroportos, possuindo cinco em operação:

Internacionais: Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã

Regionais: Dourados e Bonito

Ferrovias

O estado é servido por duas linhas ferroviárias.

Estrada de Ferro Noroeste do Brasil

A ferrovia foi construída há mais de meio século e o eixo viário corta o Mato Grosso do Sul da divisa com São Paulo, em Três Lagoas, permitindo também o acesso à Bolívia, Peru e Chile. Entretanto, foi extinta com a privatização da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) em 1995, quando o grupo americano Noel Group, que na época era sócio majoritário da Empresa Novoeste S/A (empresa adquirida em 2006 pela ALL), assumiu a concessão do trecho Bauru (São Paulo) – Corumbá, mas acabou abandonando a mesma, a ponto de a falta de manutenção da ferrovia ter prejudicado o transporte da produção agrícola de Mato Grosso do Sul e também da Bolívia, funcionando de forma precária e restringindo-se quase exclusivamente ao transporte de carga.

A abertura de frentes pioneiras com a construção de ferrovias formam conquistas e avanços nas terras indígenas, mas também acaba causando graves problemas sociais, como a desterritorialização, marginalização e empobrecimento dos nativos, que se deslocam para as periferias das cidades. Este meio de transporte já funcionou conduzindo passageiros com a função de turismo ou de comércio de exportação, partindo de São Paulo a Bauru, de Bauru a Corumbá e de Corumbá à Bolívia, percorrendo 1.618 km em território brasileiro.

Atualmente a ALL administra a ferrovia através da Novoeste (antigo Trem do Pantanal), transportando anualmente mais de 2 milhões de toneladas de mercadorias tais como: minério de ferro, minério de manganês, soja, cimento, derivados de petróleo, combustíveis, produtos siderúrgicos dentre outros. Este elemento articula os vetores sócio-econômicos, e através dela ocorre a integração de novos países ao bloco regional Mercosul. Faz parte das metas do governo estadual e federal reativar o agora chamado Trem do Pantanal parapassageiros lentamente até 2009.

Ferronorte

Mais recente (construída entre as décadas de 1980 e 1990), sai de Santa Fé do Sul (passando pela Ponte Rodoferroviária sobre o Rio Paraná) no estado de São Paulo e cruza o rio Paraná até Aparecida do Taboado. Daí segue para o norte do estado, passando por cidades como Inocência e Chapadão do Sul até atingir Alto Taquari, no sul do estado de Mato Grosso. Tem como principais produtos para transporte os grãos para exportações.

A taxa de analfabetismo em Mato Grosso do Sul decresceu no final do século XX, com reduções nos níveis de analfabetismo classe etária de 10 anos e mais, passando de 23,37%, em 1980, para 9,5% em 2004. E apesar das reduções serem significativas, os dados da área urbana e rural foram bem distintos.

Universidades

UEMS
UFGD
UFMS
UCDB
ANHANGUERA
UNIGRAN
Estácio de Sá
ULBRA
CTEI-MS

Em novembro de 2009, foi implantado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul o Centro Tecnológico de Eletrônica e Informática de Mato Grosso do Sul (CTEI-MS), uma pólo tecnológico criado pela parceria entre a UFMS, a UCDB e a UNIDERP. Foi montada no CTEI uma das redes de informática mais rápidas do país, que opera a 10 Gb/s.

Cultura

Cultura de Mato Grosso do Sul

A cultura inclui a linguagem, as crenças, os costumes, as cerimônias, a conduta, a arte, a culinária, a moda, o folclore, os gestos e o modo de vida de determinado número de pessoas em um período. O local onde se situa, o meio ambiente, a economia e o que cerca um povo influência o seu modo de vida. A cultura local é uma mistura de várias contribuições das migrações ocorridas em seu território:

Pratos típicos: Arroz boliviano, Caribeu, Chipa, Farofa de banana, Farofa de carne, Furrundu, Pacu assado, Puchero, Quibebe de mamão, Sopa paraguaia, Saltenha, Quebra-torto, Arroz carreteiro.Macarrão boiadeiro Bebidas típicas: Caldo de piranha, Licor de pequi, Sorvete de bocaiuva e Tereré geladinho ou gelinho,picolé- MS.

Símbolos: Viola-de-cocho, Trem do Pantanal

Música: Guarânia, Chamamé, Cururu, Siriri, Vanerão, Sertanejo

Gírias: mulher bonita, pessoa terrível.

Pontos turísticos

Turismo em Mato Grosso do Sul

Trecho do rio da Prata em Jardim.

Tenda de artesanato em Bonito.

Pôr do sol no Pantanal.Possui atrativos naturais e culturais que podem ser vistos ao participar de passeios turísticos. Os cenários são distintos e com belezas peculiares, sendo rico em flora, fauna e exuberância da natureza. A dedicação de seus habitantes o tornaram uma das mais produtivas áreas agrícolas e seus visitantes devem provar sua comida típica. Principais pontos turísticos:

Complexo do Pantanal: é a mais extensa área úmida contínua do Planeta e um santuário ecológico que abriga a maior diversidade mundial de fauna e flora. Nele vivem aproximadamente 650 espécies de aves (cabeças-secas, garças e jaburus, o martim-pescador, os biguás, o pato-do-mato, o colhereiro, o jaçanã, o anu-branco, o pica-pau, entre outras), 240 espécies de peixes (piranha, o pintado, o pacu, o curimbatá e o dourado), 50 de répteis, 80 do mamíferos, além de uma imensa diversidade na flora que abriga pastagens nativas, plantas apícolas, comestíveis, taníferas e medicinais.

Comércio fronteiriço: para quem busca a opção de compra pelo livre comércio, há as opções das cidades que fazem fronteira com zonas francas como Ponta Porã, Bela Vista, Corumbá e Porto Murtinho.

Serra da Bodoquena: onde se localiza Bonito, uma cidade pequena que possui solo calcário é responsável pela cristalinidade dos rios. Região conhecida pelas grutas, cachoeiras e corredeiras.
Lagoa do Sapo: Localizada na área central de Batayporã.

Referências

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2. Prefeitura da Cidade de Campo Grande. Famoso Tereré. Página visitada em 26 de novembro de 2009.
3. Revista Científica Eletrônica de Agronomia. Evolução da cultura de erva-mate no Brasil durante o período de 1995 a 2005. Página visitada em 26 de novembro de 2009.
4. Portal Uniágua: Aquífero Guarani
5. Título ainda não informado
6. Título ainda não informado.
7. Título ainda não informado .
8. População residente no Brasil em 2009: Publicação completa. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de agosto de 2009). Página visitada em 28 de novembro de 2009.
9. IBGE, PNAD 2005 – Mato Grosso do Sul.
10. IBGE – Censo de 2000.
11. Indicadores Sociais – 2007 – IBGE.
12. Informações do Palácio do Planalto sobre as comunidades quilombolas de Mato Grosso do Sul.
13. 13,0 13,1 TEODORO, Mirian Grasiela e AVELINO JÚNIOR, Francisco José. Tensão no campo: as famílias envolvidas na luta pela terra no Mato Grosso do Sul. 2005..
14. LEVY, Maria Stella Ferreira. The role of international migration on the evolution of the Brazilian population (1872 to 1972). Rev. Saúde Pública., São Paulo. Disponível em: <>. Acesso em: 06 Feb 2007. Pré-publicação. doi: 10.1590/S0034-89101974000500003
15. MetrolopeNet.
16. Metrópole Net.
17. Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.
18. Título ainda não informado (favor adicionar).
19. FAEP. A crise da agropecuária. Página visitada em 01 de dezembro de 2009.
20. SEPROTUR. Política de incentivos fiscais. Página visitada em 01 de dezembro de 2009.
21. Rosemeire A. de Almeida. Aliança terra-capital em Mato Grosso do Sul. Página visitada em 28 de novembro de 2009.
22. MSNotícias. 94% da energia produzida no Estado é de origem renovável. Página visitada em 01 de dezembro de 2009.
23. MSNotícias. Hidrelétrica gera emprego e renda para a região leste de MS. Página visitada em 01 de dezembro de 2009.
24. Governo de Mato Grosso do Sul. Perfil de MS. Página visitada em 01 de dezembro de 2009.
25. Título ainda não informado.
26. Título ainda não informado.
27. Título ainda não informado.
28. MS Notícias. Universidades inauguram centro tecnológico na UFMS. Página visitada em 25 de novembro de 2009.
29. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Universidades criam pólo tecnológico de eletrônica e informática. Página visitada em 25 de novembro de 2009.

Fonte: www.achetudoeregiao.com.br

Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul

Fonte: www.brasil-turismo.com

Mato Grosso do Sul

Evolução Histórica

Século XIX

Saiba mais sobre o desenvolvimento econômico do Estado

Em 1820, Cuiabá volta a ser sede política e administrativa de Mato Grosso e Vila Bela entra em decadência. Neste período surgiu uma indústria doméstica que supriu a necessidade de produtos da terra como farinha de mandioca, arroz, feijão, açúcar, aguardente, azeite de mamona e algodão.

Por volta de 1830 surge a extração da ipecacuanha ou poaia, Cephaelis ipecacuanha. Nesta época, José Marcelino da Silva Prado, explorando garimpos de diamantes nas imediações do Rio Paraguai, em região próximo à Barra do Bugres, observou que seus garimpeiros usavam, quando doentes, um chá preparado com raiz de arbusto facilmente encontrado à sombra da quase impenetrável floresta da região. Tratava-se da “poaia”, que era antiga conhecida dos povos indígenas, que tinham repassado seu conhecimento aos colonizadores.

Curioso e interessado, o garimpeiro enviou amostras da planta para análise na Europa, via porto de Cáceres e Corumbá. Desta raiz é extraída a Emetina, substância vegetal largamente utilizada na indústria farmacêutica, principalmente como fixador de corantes.

Constatado oficialmente seu valor medicinal, iniciou-se, então, o ciclo econômico da poaia, de longa duração e grandes benefícios para os cofres do Tesouro do Estado. Esta planta é extremamente sensível, abundando em solos de alta fertilidade sob árvores de copas bem formadas. Seus principais redutos eram áreas dos municípios de Barra do Bugres e Cáceres.

A princípio, os carregamentos seguiam para a metrópoles via Goiás, depois passou a ser levada por via fluvial, com saída ao estuário do Prata.

Os poaieiros eram os indivíduos que se propunham a coletar a poaia. O poaiaeiro surgiu em Mato Grosso em fins do século XIX, e foi responsável pelo surgimento de núcleos de povoamento no Estado, graças à sua atividade desbravadora, sempre à procura de novas “manchas” da raiz da poaia.

Porém, o próprio poaieiro decretou o (quase) fim desta cultura, pois os “catadores” da poaia somente extraíam as plantas, não faziam o replantio, não seguindo o exemplo dos povos indígenas que, ao subtraírem as raizes da ipeca, as replantavam, garantindo, assim, a perenidade do vegetal.

Outro fator que contribuiu para a escassez da planta foi o desmatamento desenfreado da região oestina de Mato Grosso, pois a poaia estava acostumada à sombra das matas úmidas, e sucumbiu ante a queda das árvores. A poaia chegou a ser o segundo contribuinte para os cofres da Província de Mato Grosso, devido a sua exportação principalmente para a Europa.

Após a constatação em Paris de que a borracha mato-grossense possuía boa qualidade o produto tornou-se famoso em várias partes do mundo. Logo após a Guerra do Paraguai, em 1870, a produção, oriunda dos vastos seringais nativos da imensa região banhada pelo Rio Amazonas, tornou-se um ponto de apoio para os minguados cofres da Província.

Diamantino foi o grande centro produtor de látex e Cuiabá se transformou em centro comercial do produto, com várias empresas criadas para exportar a borracha mato-grossense. Destacou-se entre elas a Casa Almeida e Cia., com matriz na Praça 13 de Maio. Ela exportava para várias partes do mundo, principalmente para Londres e Hamburgo.

A criação de gado e a lavoura tornaram Livramento, Santo Antônio do Rio Abaixo e Chapada dos Guimarães os grandes celeiros da capital. Mas com o fim da escravidão estas localidades entraram em verdadeiro colapso.

Na região sul da Província, hoje território de Mato Grosso do Sul, surgiu ainda no fim do século XIX a produção de erva mate, Ilex paraguaiensis. O empresário Tomás Laranjeira obteve privilégios da Província para começar a empresa Mate Laranjeira. Entre as facilidades conseguiu arrendar toda a região banhada pelos afluentes da margem direita do Rio Paraná, numa área de aproximadamente 400 léguas quadradas.

O empreendimento foi um sucesso e foi de grande contribuição para os cofres públicos na época. Com a quase extinção dos ervais nativos e uma política econômica contrária aos interesses comerciais desta cultura, o segmento comercial entrou em decadência em menos de duas décadas.

Mato Grosso do Sul

Apesar de conturbado politicamente, o período de 1889 a 1906 foi de intenso progresso econômico. Logo após a proclamação da República, várias usinas açucareiras foram criadas e se desenvolveram. Entre elas se destacaram as usinas Conceição, Aricá, Flechas, São Miguel e Itaici. Esses grandes empreendimentos foram, na época, o maior indício de desenvolvimento industrial de Mato Grosso. Sua decadência foi em razão do grande isolamento da região e do abandono por parte do governo.

Fonte: www.mteseusmunicipios.com.br

Mato Grosso do Sul

História do Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul, o estado esta localizado na região Centro Oeste do Brasil, tem 78 municípios com uma população total de 2.078.000 habitantes; sua capital é Campo Grande.

O Estado de Mato Grosso do Sul formava um só estado juntamente com o estado de Mato Grosso.

Desde o início do século passado, a região sul do estado do Mato Grosso aspirava tornar-se um estado independente; durante a revolução de 1932 Campo Grande se uni a São Paulo e declara se um estado independente, tendo como capital Campo Grande.

Escolheu-se como governador o renomado médico Vespasiano Martins, instalando-se o palácio do governo no prédio da Maçonaria.

A capital do estado do Mato Grosso, Cuiabá, rejeita a idéia de separação da região sul, que temia o esvaziamento econômico do estado; recebia maior influência de Goiás, Rio de Janeiro, Paraná e parte de Minas Gerais, continua legalista. Campo Grande, deste modo, torna-se a Capital do Estado de Maracajú, concretizando um anseio já manifestado desde o início do século: O Sul independente do Norte durante o período de 11 de julho até outubro de 1932.

O Sul do estado do Mato Grosso consegue eleger a maioria da Assembléia Legislativa Estadual, vindo a ser concretizado, em 11 de outubro de 1977, pela promulgação da Lei Complementar nº 31, a criação de um novo estado, estalado em 1º de janeiro de 1979, o estado de Mato Grosso do Sul, e elege Campo Grande como sua Capital.

A justificativa apresentada pelo Governo Federal para realizar o desmembramento foi de que o antigo estado de Mato Grosso ocupava área geográfica muito extensa e está naturalmente dividido por marcante diversidade ecológica, o que dificultava a sua administração. Enquanto a região norte, na entrada da Amazônia, é coberta por florestas, a região sul é formada por campos, nela se encontrando a maior parte do complexo do pantanal.

O novo Estado, criado em 1979, foi governado por um interventor nomeado pelo Presidente da República até o ano de 1982, quando teve lugar a primeira eleição realizada para Governador do Estado. Tem como base econômica a agropecuária, principalmente a produção e industrialização da soja, milho, cana e gado de corte. A produção de bio – combustível no estado é uma realidade.

Fonte: mochileiro.tur.br

Mato Grosso do Sul

Hino de Mato Grosso do Sul

Os celeiros de farturas,
Sob um céu de puro azul,
Reforjaram em Mato Grosso do Sul
Uma gente audaz.

Tuas matas e teus campos,
O esplendor do Pantanal,
E teus rios são tão ricos
Que não há igual.

A pujança e a grandeza
de fertilidades mil,
São o orgulho e a certeza
Do futuro do Brasil.

Moldurados pelas serras,
Campos grandes: Vacaria,
Rememoram desbravadores,
Heróis, tanta galhardia!

Vespasiano, Camisão
E o tenente Antonio João,
Guaicurus, Ricardo Frando,
Glória e tradição!

A pujança e a grandeza
De fertilidades mil,
São o orgulho e a certeza
Do futuro do Brasil.

Fonte: letras.terra.com.br

Mato Grosso do Sul

A Bandeira

Mato Grosso do Sul

Um dos símbolos oficiais do Estado do Mato Grosso do Sul, a bandeira foi instituída pelo Decreto n.o.1, datado de 1 de janeiro de 1979. Projetada por Mauro Miguel Munhoz e assim descrita por ele:

“O homem, em uma de suas mais características atitudes, sempre procurou representar seus sonhos, seus ideais, suas mais caras razões de viver, através de uma simbologia que transmitisse, não só a ele, mas também aos que rodeiam, a magnitude de tais pensamentos.

Ideais trabalhados e realidade construída: Bandeira, Flâmula Magna, símbolo máximo a pairar sobre nossa Terra, pois, aparentemente frágil em sua haste, há realidade traduz a força conjunta de toda a população de um Estado.

Nosso símbolo é o do equilíbrio, da firmeza e da serenidade. Nós somos a estrela dourada que brilha no céu azul d esperança, a simbolizar a riqueza do nosso labor.

As metas e os campos do nosso Estado representam um desafio, mas ao mesmo tempo, a consciência da preservação do nosso verde, de nosso tesouro maior, que é a própria natureza.

Nós somos o Estado do equilíbrio, onde chaminés siderúrgicas e áreas florestais coexistirão pacificamente, lado a lado. Entre o verde e o azul, na convergência prática de todas as nossas atitudes, nós somos a faixa branca do porvir, a alvidez serena da amizade entre os povos.”

O Brasão

Mato Grosso do Sul

O brasão de armas do Estado do Mato Grosso do Sul foi instituído pelo Decreto n.o. 1 de 1 de janeiro de 1979, por iniciativa do José Luiz de Moura Pereira, com a seguinte descrição:

“O escudo é do tipo peninsular ou flamengo, que na moderna heráldica brasileira tem merecido destacada preferência e está dividido de forma que o terço superior ocupe o chefe e os dois terços restantes, a faixa e campanha.

Em chefe, a parte mais nobre do escudo, representando a criação do novo Estado. Nele, o chefe, de “blau” (azul), uma estrela de ouro, que é a estrela constante na Bandeira do Estado, e que simboliza um Estado nascente, cujo futuro se ergue promissor e fecundo. O metal, “ouro”, simboliza a riqueza que nosso futuro trará.

Abaixo dessa alegoria, sobre o campo “sinople” (verde) que ocupa os dois terços inferiores do escudo, a figura altiva de uma “onça pintada” passante, estilizada com a cabeça voltada para a destra e com aplicações em “sable” (negro) sugerindo “pintas” (a qual pretendemos dar posturas de dignidade heráldicas sem a importação de figuras quiméricas e fantásticas, extraídas da mitologia e de lendas alheias a nossa realidade) no seu “habitat” natural, como representante legítima de uma fauna rica e exuberante que, pesa-nos dizer, em avançado processo de extinção.

Circundando o escudo, como fechamento, uma bordadura em “blau” (azul) com bordaduras de campo em prata, carregada com 55 (cinquenta e cinco) estrelas igualmente de prata, representativas da totalidade dos municípios que compõem a unidade do novo Estado. Este número poderá ser alterado, à medida que se torne necessário, pela anexação ou desmembramento dos municípios.

Como suporte, uma grinalda com um ramo de café frutificado à destra, e outro de erva-mate florido à sinistra, representativos de duas culturas das mais significativas, tanto pelo seu valor histórico, como pela sua importância para a economia do novo Estado, ambos em sua cor natural, estilizados.

Encimando o Brasão, como timbre, os raios solares, do resplendor de ouro, em forma de meio círculo, constituído de 8 (oito) raios de pontas bipartidas mais duas metades, limitado abaixo pela linha de horizonte. Sobre a grinalda, uma fita de pontas bipartidas, em “blau” (azul) com as inscrições: 11.10.77 e Mato Grosso do Sul, em prata. As cores adotadas estão assim classificadas bem como sua simbologia heráldica e seu significado.

Metais: Ouro (amarelo) além de simbolizar justiça, fé e constância lembra as riquezas minerais do seu solo, de vital importância para o desenvolvimento econômico do novo Estado; Prata (branco) traduz bondade, pureza e vitória, qualidades inerentes daqueles que têm sentimentos nobres.

Esmaltes: O”sinople” (verde) pode significar renovação; esperança de um grande destino que se descortina para o novo Estado, como também o verdor de suas matas e pastagens; O “blau” (azul) não somente expressa a cor do céu que cobre o novo Estado, como traduz sabedoria, fidelidade e clarividência, fatores ponderáveis no processo de desenvolvimento de um povo; O “sable” (negro) e os “goles” (vermelho) embora sejam aplicações e complementos da figura da “onça pintada” têm seu significado heráldico: o primeiro – solidez, firmeza e segurança; o segundo, grandeza, audácia, bravura.

Fonte: www.guiadoturista.net

Mato Grosso do Sul

BRASÃO DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL

DECRETO Nº 2 – DE 1º DE JANEIRO DE 1979

Institui o Brasão de Armas do Estado de Mato Grosso do Sul.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o art. 7º do Decreto-Lei nº 1 de 1º de janeiro de 1979.

D E C R E T A:

Art. 1º – Fica instituído o Brasão de Armas do Estado de Mato Grosso do Sul, como consta do desenho em anexo, elaborado por José Luiz de Moura Pereira, com a seguinte descrição e justificativa do autor:

“O escudo é do tipo peninsular ou flamengo, que na moderna heráldica brasileira tem merecido destacada preferência e está dividido de forma que o terço superior ocupe o chefe e os dois terços restantes, a faixa e campanha. Em chefe, a parte mais nobre do escudo, representando a criação do novo Estado. Nele, o chefe, de “blau” (azul), uma estrela de ouro, que é a estrela constante na Bandeira do Estado, e que simboliza um Estado nascente, cujo futuro se ergue promissor e fecundo.

O metal, “ouro”, simboliza a riqueza que nosso futuro trará. Abaixo dessa alegoria, sobre o campo “sinople” (verde) que ocupa os dois terços inferiores do escudo, a figura altiva de uma “onça pintada” passante, estilizada com a cabeça voltada para a destra e com aplicações em “sable” (negro) sugerindo “pintas” (a qual pretendemos dar posturas de dignidade heráldicas sem a importação de figuras quiméricas e fantásticas, extraídas da mitologia e de lendas alheias a nossa realidade) no seu “habitat” natural, como representante legítima de uma fauna rica e exuberante que, pesa-nos dizer, em avançado processo de extinção.

Circundando o escudo, como fechamento, uma bordadura em “blau” (azul) com bordaduras de campo em prata, carregada com 55 (cinquenta e cinco) estrelas igualmente de prata, representativas da totalidade dos municípios que compõem a unidade do novo Estado. Este número poderá ser alterado, à medida que se torne necessário, pela anexação ou desmembramento dos municípios.

Como suporte, uma grinalda com um ramo de café frutificado à destra, e outro de erva-mate florido à sinistra, representativos de duas culturas das mais significativas, tanto pelo seu valor histórico, como pela sua importância para a economia do novo Estado, ambos em sua cor natural, estilizados.

Encimando o Brasão, como timbre, os raios solares, do resplendor de ouro, em forma de meio círculo, constituído de 8 (oito) raios de pontas bipartidas mais duas metades, limitado abaixo pela linha de horizonte. Sobre a grinalda, uma fita de pontas bipartidas, em “blau” (azul) com as inscrições: 11.10.77 e Mato Grosso do Sul, em prata.

As cores adotadas estão assim classificadas bem como sua simbologia heráldica e seu significado.

METAIS: ouro (amarelo) além de simbolizar justiça, fé e constância lembra as riquezas minerais do seu solo, de vital importância para o desenvolvimento econômico do novo Estado; prata (branco) traduz bondade, pureza e vitória, qualidade inerentes daqueles que têm sentimentos nobres.

ESMALTES: “sinople” (verde) pode significar renovação; esperança de um grande destino que se descortina para o novo Estado, como também o verdor de suas matas e pastagens. O “blau” (azul) não somente expressa a cor do céu que cobre o novo Estado, como traduz sabedoria, fidelidade e clarividência, fatores ponderáveis no processo de desenvolvimento de um povo; o “sable” (negro) e os “goles” (vermelho) embora sejam aplicações e complementos da figura d “onça pintada” têm seu significado heráldico: o primeiro – solidez, firmeza e segurança; o segundo, grandeza, audácia, bravura.

MODULAÇÃO:

O escudo tem as proporções de 07 m (sete módulos) por 08 m (módulos) com uma bordadura com a largura de 01 m (um módulo) formando um escudo de 05 m (cinco módulos). Este está dividido em três partes na sua altura, de modo a resultar o primeiro terço, em chefe com 03 m (dois módulos) de altura e dois terços restantes compreendidos pela faixa e pela campanha com 04 m (quatro módulos).

A figura estilizada da “onça pintada”, colocada no meio desses dois terços tem 04 m (quatro módulos) de comprimento por 02 m (dois módulos) de altura.

O Chefe, em “blau” com a estrela dourada no centro 01 m (um módulo). As estrelas serão traçadas dentro de círculos iguais com diâmetro de 0,4 m (quatro décimos de módulo); as borduras de campo, interna e externa da bordadura terão 02 m (dois décimos de módulo).

A fita onde serão colocadas a data e o nome do Estado terá 0,75 m (três quartos de módulo) de largura, com algarismos e letras com 0,5 m (meio módulo) de altura. O resplendor terá um raio de 6,25 m (seis módulos e um quarto) partindo do centro da linha divisória dos terços superior e médio.

As aplicações sugerindo “pintas”, terão 0,05 m (cinco centésimos de módulo) por 0,15 m (quinze centésimos de módulo) colocadas aos pares, alternadas. Os espaçamentos serão sucessões de 0,05 (cinco centésimos de módulos) e 0,35 m (trinta e cinco centésimos de módulo) no sentido do comprimento e de 0,35 m (trinta e cinco centésimos de módulo) e de 0,35 (trinta e cinco centésimos de módulo) no sentido da altura.

Inovações, mas não profanações, pois que não ferem dogmas da velha ciência e Arte da Armada, buscam atualizar a Heráldica, harmonizando com o espírito do Estado de Mato Grosso do Sul estas armas. São estas as inovações:

– as cores: o “blau” (azul), os metais (ouro e prata), o “sinople” (verde), “sable” (negro) e os “goles” (vermelho), que nem por apresentarem abrandadas tonalidades deixam de ser as originais;

– a supressão dos raios solares, que encimam o Brasão, em forma de meio círculo, alterações sempre possíveis, dado tratar-se de ornato exterior, sujeito às mais arbitrárias interpretações artísticas;

– a supressão do detalhe, facultativo por também se tratar de elementos externos, da inscrição da divisa, dos ramos de café frutificado e da erva-mate florido e o resplendor.

Art. 2º – Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Campo Grande, 1º de janeiro de 1977

HARRY AMORIM COSTA
Governador

Jardel Barcellos de Paula
Paulo de Almeida Fagundes
Nelson Strohmeier Lersch
Odilon Martins Romeo
Afonso Nogueira Simões Correa
Carlos Garcia Voges
Nelson Mendes Fontoura
Euro Barbosa de Barros

Fonte: www.brasilrepublica.com

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