Morro de São Paulo

A HISTÓRIA DE MORRO DE SÃO PAULO

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Morro de São Paulo não é um lugar conhecido unicamente por suas belezas naturais e cultura rica. Nesta ilha se respira muita história também. Seu descobrimento foi no ano 1531, atribuído ao navegador português Martin Afonso de Souza. Teve grande influência no período colonial e em sua história foi alvo de pirataria e contrabando de mercadorias.

Chegou a presenciar a Segunda Guerra Mundial quando os nazistas torpedearam e naufragaram os navios Arará e Itagiba em frente à Primeira Praia de Morro de São Paulo. Este motivo fez o Brasil entrar na Segunda Guerra Mundial.

Antes dos portugueses chegarem a Morro de são Paulo quem vivia nessas terras eram os índios Aimorés e Guerés. O povoamento chegou apenas quando em 1534 o atual Rei de Portugal D. João III dividiu o litoral baiano em três capitanias, uma delas a Capitania de Ilhéus, onde está presente o arquipélago de Tinharé – onde está Morro de São Paulo. Assim, no dia de São Paulo (29 de julho) o tenente Francisco Romero escolheu Morro de São Paulo para ser a sede da capitania.

Surgiu então o primeiro povoado europeu. A sede não durou muito tempo e foi trocada de local. Porém a colonização continuou e não parou mais. E sua função como local estratégico também continuou.

No ano 1630 a Fortaleza Tapirandú começou a ser construída para defender a capital de ataques holandeses e de roubo das mercadorias. A construção da Igreja Nossa Senhora da Luz – nome de sua padroeira – foi em 3 etapas, a primeira delas em 1628. Sua finalização foi apenas no ano de 1845.

As casas e a população foram aumentando, e em 1746 iniciaram as obras da Fonte Grande para que a população e as tropas tivessem fornecimento de água. Antigos moradores contam que a não tanto tempo atrás os moradores tomavam banhos coletivos devido à falta de água encanada.

Em 1848 a construção do Farol de Morro de São Paulo foi iniciada. Foi construído com o objetivo de facilitar o acesso a cidade de Valença.

Até pouco tempo atrás ainda era um lugar tranqüilo de se viver. Nativos do local contam que a sobrevivência era basicamente a pesca. Um pequeno vilarejo onde até a década de 70 não havia telefone e luz elétrica. A luz elétrica só veio para ilha em 1985.

Atualmente Morro de São Paulo é um dos destinos tropicais mais procurados pelos turistas dos quatro cantos do mundo. Mas isso não foi sempre assim. Na década de 70 quando os primeiros veranistas surgiram à pacata vila não imaginava o que estria por acontecer.

Os veranistas que alugavam as casas de pescadores começaram a construir suas próprias casas de veraneio. E quando os mochileiros e hippies descobriram a ilha espalharam através de seus relatos a beleza e encantamento pelo lugar.

Então os turistas chegaram e as casas do pequeno vilarejo viraram hotéis, pousadas e restaurantes. Mas é claro, ainda mantendo suas belezas naturais. Porém o crescimento não e as construções desordenadas começaram a aparecer também. Mas Morro de São Paulo ainda é um pedaço de paraíso que encanta a seus moradores e visitantes, que às vezes apaixonados pelo lugar resolvem troar a agitada vida na cidade por uma charmosa ilha.

Existem tantos estrangeiros e gente do Brasil todo que vive em Morro de São Paulo que o lugar já tem uma cultura eclética que os incorpora. Com certeza é um belo lugar para se viver ou apenas visitar.

Morro de São Paulo
Vista da Primeira Praia para o Farol de Morro de São Paulo

MORRO DE SÃO PAULO HOJE

Atualmente conta com uma infra estrutura quase completa para atender as demandas do turismo. No povoado encontramos além de muitas Pousadas e Hotéis, restaurantes com comida típica e requintada, inúmeras pousadas, hotéis, eco resorts, padarias, mercados, cyber cafés, lojas, agencia de turismo, feira de artesanato, posto policial, posto de saúde, ambulância, ambulancha, inúmeras opções de esportes e passeios e uma riquíssima vida noturna.

O Morro de São Paulo é uma vila com praias e paisagens paradisíacas. É habitado por pessoas hospitaleiras, que têm prazer em mostrar aos visitantes as maravilhas da natureza que há nesse lugar.

Morro de São Paulo está situado em uma ilha, sendo o acesso feito apenas por barcos ou avião. Lá não circulam carros, o transporte é feito através de carros de mão. Por isso e por outras características únicas, o Morro de São Paulo transforma-se em um lugar especial para relaxar e conviver com as maravilhas que a natureza oferece nesse lugar, tendo assim uma grande variedade de Pousadas e Hotéis para hospedar os seus visitantes. Logo na chegada há, por exemplo, o Hotel Pousada Passárgada com uma vista exuberante e muita tranquilidade para sua estadia.

Mas não há apenas tranquilidade nesse paraíso. Também há muita badalação para quem gosta de agitos noturnos. Existem várias opções de festas que vão até o amanhecer, regadas de muita gente bonita, alto astral e música para todos os gostos.

No Morro de São Paulo há programas perfeitos para todas as idades. Casais com crianças pequenas podem desfrutar da tranquilidade das praias calmas. Solteiros podem curtir as praias e as badaladas festas noturnas.

Há passeios lindíssimos para fazer que são oferecidos pelas agências de Morro de São Paulo. Podemos visitar as ilhas vizinhas, fazer o passeio em volta da ilha, fazer trilhas ecológicas com guias credenciados, conhecer a História de Morro de São Paulo visitando monumentos históricos da época colonial, e muito mais.

O transfer para Morro de São Paulo tem como ponto de partida Salvador da Bahia.

PRAIAS DO MORRO

As principais praias do Morro de São Paulo estão localizadas ao sul e têm o nome de: Primeira Praia, Segunda Praia, Terceira Praia, Quarta Praia e Quinta Praia que também é conhecida como Praia do Encanto. Todas essas praias, com suas conhecidas águas mornas e transparentes, nos proporcionam o “verdadeiro banho de mar”, e nos permitem uma conexão total com a natureza.

A Quarta e a Quinta Praia, são praias praticamente desertas, são verdadeiros oásis do sossego. A Segunda Praia é conhecida pela sua badalação e agito, tanto durante o dia como à noite.

Ao lado norte da vila de Morro de São Paulo há também a Praia do Porto de Cima, Praia da Ponta da Pedra e a Praia da Gamboa. Estas praias são mais conhecidas pelos moradores, são pouco freqüentadas pelos turistas.

PRIMEIRA PRAIA

A Primeira Praia é a mais próxima da vila. Nela foram construídas as primeiras casas de veraneio. É a praia mais freqüentada pelos moradores. Nela há algumas barracas onde é servido culinária típica baiana, e é na Primeira Praia de Morro de São Paulo também que está a maior tiroleza do Brasil, onde os turistas costumam aproveitar a aventura e curtir a paisagem do lugar.

SEGUNDA PRAIA

A Segunda Praia é a praia mais agitada e também a mais badalada da ilha de Tinharé. Nela está o agito todo do Morro de São Paulo. Existe um complexo de bares e restaurantes que garantem um bom atendimento aos turistas, e é aqui onde é divulgada toda a programação noturna. À noite possui uma diversidade de barracas de artesanato e de bebidas típicas como “caipifrutas”, e é aqui que acontece o “luau”,regado de muita música e axé.

TERCEIRA PRAIA

A Terceira Praia de Morro de São Paulo possui um grande complexo de pousadas e restaurantes, e é dela que partem os passeios de barco oferecidos pelas agências locais. A faixa da praia fica bastante estreita no caso de maré alta. As Pousadas e os hotéis encontrados na Terceira Praia apresentam uma grande diversidade de preços, tem para todos os gostos e bolsos.

QUARTA PRAIA

A Quarta Praia de Morro de São Paulo é conhecida por suas águas calmas, mornas e cristalinas. Pela vasta presença dos típicos coqueiros da região e pela sua extensão de mais de quatro quilômetros de paz e tranquilidade que nos proporcionam uma caminhada inesquecível a beira mar.

QUINTA PRAIA

A Quinta Praia fica situada a seis quilômetros da vila, e é a mais bem preservada da ilha. São dois quilômetros de areia fina e branca, águas transparentes e mornas onde encontramos manguezais e podemos ter contato com a Mata Atlântica. Uma imensa barreira de corais dá forma a várias piscinas naturais, onde podemos mergulhar e observar a vida marinha nesse paraíso ecológico que é a Quinta Praia ou também chamado de Praia do Encanto de Morro de São Paulo.

GAMBOA DO MORRO

A Praia da Gamboa fica ao norte da ilha. É no caminho dela que encontramos a Praia do Porto de Cima e a Praia da Ponta da Pedra. A Gamboa do Morro de São Paulo é um vilarejo de pescadores, ainda pouco freqüentada pelos turistas. Possui uma ótima infra-estrutura para os visitantes. Há várias barracas à beira mar, onde é servida a culinária típica da região, em geral feita pelas famílias dos pescadores que sabem oferecer hospitalidade e agradar ao paladar dos turistas.

ARTESANATO NO MORRO

À noite a Praça Aureliano Lima, transforma-se em um dos pontos turísticos mais procurados de Morro de São Paulo. Lá, entre luzes e o colorido das barracas, o turista encontra muitas opções, originais e de bom preço para levar de recordação de Morro de São Paulo ou de presente para alguém querido.

A feira conta com vinte expositores e no verão geralmente esse número aumenta consideravelmente.

Os trabalhos expostos são variados: objetos de decoração, bijuterias feitas em prata e também confecção para crianças e adultos. Os artesãos são moradores do Morro de São Paulo, e a feira tem início todos os dias às 18 horas e estende-se até o final da noite.

Além de ser mais uma opção para o turista do Morro de São Paulo, a feirinha destaca-se pela importância cultural e pela organização da Associação dos Artistas e Artesãos Moradores do Morro de São Paulo (Amosp). Essa associação existe há doze anos e foi fundada por artesãos moradores da ilha e é formada por quarenta artesãos que são os responsáveis pela organização da feira. Sua sede está na Rua da Biquinha, e a associação sobrevive das mensalidades dos associados e de participações em eventos como as festas populares.

Não apenas através do artesanato os artistas do Morro de São Paulo expressam sua arte. Existe também a arte com as palavras. A poetisa Ângela Toledo, expõe seus versos na feira, nas ladeiras do Morro de São Paulo e encanta os turistas.

Como ela mesma costuma dizer: “Bem vindo ao ar desse paraíso. Se você respirar fundo vai sentir o cheiro da poesia de Morro de São Paulo.”

A CULTURA DE MORRO DE SÃO PAULO E REGIÃO

O Baixo Sul da Bahia é também conhecido como Costa do Dendê e está situado entre o recôncavo baiano e o Rio de Contas, começando ao norte em Nazaré das farinhas até Itacaré mais ao sul. Em linha reta são 115 quilômetros de extensão, com aproximadamente 250 mil habitantes. Em sua vegetação encontramos um cenário de mata Atlântida, coqueirais, manguezais, belos rios e cachoeiras, além de restingas e um privilegiado litoral com praias que são verdadeiros cartões postais. O seu maior pólo turístico está no arquipélago Tinharé em Morro de São Paulo.

A economia em toda esta área está diretamente ligada à pesca, assim como nas diversas áreas do comercio em geral e cuidado de belíssimas casas de veraneio.

Outra forte fonte de renda é a farta variedade de artesanato que se faz presente em todo o estado. Todas estas fontes de renda contam com o turismo que é um grande aliado ao crescimento local.

As tradições religiosas e festas folclóricas estão presentes o ano todo, e mantém assim esta tradição viva passando de geração em geração. Na terra que conhecemos por ser a Bahia de todos os santos as crenças tem as mais variadas origens, sendo elas africanas, indígenas e portuguesas. Esta riquíssima e diversificada cultura pode ser contemplada no número de igrejas com suas construções desde a época do Brasil Colônia e nos famosos terreiros de pais e mães-de-santo.

Os mais variados santos são cultuados em missas e feriados cristãos, bem como em suas entidades correspondentes nas religiões africanas – como o candomblé. Assim os santos são festejados e celebrados pelas ruas em harmonia.

A festa mais celebrada é o São João onde todos se juntam para festejar. O evento é tão importante para os locais, que a Bahia é o único estado do Brasil em que as férias escolares não são no mês de julho e sim em junho para que todos comemorem a festa Junina.

A música brasileira, que tem na Bahia o seu berço, é rica em uma variedade de sons e ritmos. Andando pelas ruas, ruelas, bares e praias percebemos que a música sempre está presente, desde o samba até axé e forró.

A capoeira que é uma mescla de luta e dança onde apenas dois participantes fazem acrobacias sincronizas também é bastante comum presenciarmos pelas ruas. Sua música é tocada pelos instrumentos berimbau, reco reco, pandeiro, atabaque e caxixi.

Mesmo em comunidades alternativas como o Morro de São Paulo a cultura baiana está marcada por crenças populares, dança, música, celebrações religiosas, cortejo a Iemanjá, festa Junina com apoio da Petrobrás, e uma vasta gama de artesanatos que encantam os olhos dos turistas que as chamam de famosas “lembrancinhas”.

PASSEIOS EM MORRO DE SÃO PAULO

Além das belezas naturais, do povo hospitaleiro, amável, da cultura cosmopolita e rico patrimônio histórico, Morro de São Paulo tem muito mais a oferecer. Pelas lindas paisagens e praias de Morro de São Paulo e também nas ilhas vizinhas, existem dicas de passeios que conciliam natureza e diversão.

Passeio Volta a Ilha

É imprescindível conhecer pelo menos um destes passeios durante sua visita à ilha. O mais famoso e requisitado é o passeio “Volta a Ilha de Tinharé”, onde o turista tem a chance de ter uma visão geral do arquipélago e ainda ter contato com as mais belas paisagens e cultura das ilhas. Este tour pelas ilhas de Tinharé tem duração de cerca de oito horas, saindo de manhã (9h20min) e retornado às 17 horas.

Do ponto de embarque na Terceira Praia, as lanchas partem para as piscinas naturais de Garapuá e Moreré (em Boipeba). Estas primeiras paradas dependem das condições da maré, pois é preciso que a maré esteja baixa para que se possa mergulhar nas piscinas e enxergar os diversos peixinhos que enfeitam as águas claras.

O tempo que a lancha ficará em cada piscina é em torno de 50 minutos. Após a parada nas piscinas, o passeio prossegue para a praia de Cueira, em Boipeba.

No local há degustação de lagostas do Seu Guido e quem desejar pode seguir para a próxima parada, a Boca da Barra, por meio de uma trilha pela mata. Na praia da Boca da Barra, em Boipeba, é a hora do almoço nas barracas situadas na beira da praia.

De lá as lanchas seguem para Cairú, a cidade histórica de Tinharé. Em Cairu está uma visita ao convento de Santo Antônio, um belo e rico patrimônio histórico de Tinharé. No retorno para Morro de São Paulo, uma última parada num criatório de ostras, na localidade de Canavieiras.

Mas se não houver disposição para um programa que dure o dia todo, saiba que em Morro de São Paulo há outras dicas de passeios mais curtos como os da Ponta do Curral e o de Garapuá.

Passeio Ponta do Curral

O passeio para a Ponta do Curral tem em média cinco horas de duração e visita praias semi desertas e de belezas intocáveis. O início deste passeio é a Ponta do Curral, uma propriedade particular habitada apenas pelas pessoas que trabalham na fazenda. Uma praia com águas calmas e claras, sem nenhuma estrutura e ideal para relaxar.

Próximo da Ponta do Curral, no meio do mar (em frente a Morro de São Paulo) está a segunda parada do passeio: a coroa de areia. Um lugar completamente deserto em meio às águas. Da coroa de areia, a diversão continua na encosta de argila e depois para a Praia da Gamboa, onde pode-se apreciar a bela paisagem desta praia que conta com quiosques em sua larga faixa de areia, um mar calmo e águas profundas.

Passeio Ponta do Curral

Outra dica de diversão em Morro de São Paulo é o passeio para Garapuá, situada após a Praia do Encanto (Quinta Praia) em Morro de São Paulo. Este passeio é feito com carros 4×4 (a partir da estrada que fica atrás da Segunda Praia).

O percurso para Garapuá é de 1h20min com destino direto à praia. Na chegada o turista já tem noção do que o espera: uma praia tranqüila com um cenário de tirar o fôlego.

Em seus dois quilômetros de extensão a praia de Garapuá apresenta águas mansas, areia branquinha e uma exuberante vegetação que a envolve.

A dica para esse passeio é aproveitar toda a calma e a natureza que Garapuá oferece e ainda se deliciar com os pratos a base de frutos do mar que são servidos nas barracas de praia.

O passeio para Garapuá pode durar até 6h20min.

Fonte: www.morrodeSãopaulo.org.br

Morro de São Paulo

HISTÓRIA

Martim Afonso de Sousa, ao desembarcar em 1531, batizou esta ilha de Tynharéa, que o sotaque baiano logo transformou em Ilha de Tinharé.

A Ilha de Tinharé se situa ao norte do arquipélago da Baía de Camamu, baixo sul da Bahia, região conhecida como Tabuleiro Valenciano ou ainda Costa do Dendê. Devido à sua privilegiada localização geográfica, foi cenário de inúmeros ataques de esquadras francesas e holandesas, verdadeira zona franca de corsários e piratarias durante o período colonial.

Sob a jurisdição da capitania de São Jorge dos Ilhéus, Jorge de Figueiredo Correa recebeu a propriedade de D.João III, e designou Francisco Romero para a colonização das terras. Os constantes ataques dos índios aymorés e tupiniquins à população continental da região favoreceram a rápida povoação das ilhas, e em 1535 nascia no norte da ilha a vila Morro de São Paulo.

Morro de São Paulo protegia a chamada “barra falsa da Baía de Todos os Santos”,entrada estratégica para o Canal de Itaparica até o Forte de Santo Antônio (atual Farol da Barra);e o canal de Tinharé era essencial no escoamento da produção dos principais centros para o abastecimento da capital, Salvador. A importância geográfica da ilha durante o período colonial justifica a riqueza de monumentos históricos, hoje protegidos pelo Patrimônio Histórico Nacional.

Morro de São Paulo
Morro de São Paulo

CRONOLOGIA

1531

Martim Afonso de Sousa desembarca na Ilha de Tinharé, que integrará a Capitania de São Jorge dos Ilhéus. D.João III doa as terras a Jorge de Figueiredo Correa, que inicia o processo de colonização da propriedade.

1535

Francisco Romero e a populaçäo local fundam a Vila de Morro de São Paulo, situada ao extremo norte parte da ilha.

1624

O Comandante Johan Van Dortt e sua esquadra desembarcam na ilha durante a rota para Salvador.

1628

O Almirante holandês Pieter Pieterzoon Hiyn lidera o ataque e saqueamento da vila.

1630

O Governador Geral Diogo Luiz de Oliveira inicia a construção da Fortaleza do Morro de São Paulo, o Forte.

1728

Término da construção do Forte da Ponta e cortinas de muralha ao longo da ilha. Derrota do Almirante francês Villegaignon pelas tropas lusitanas.

1746

Construção da Fonte Grande, o maior sistema de abastecimento de água da Bahia colonial.

1845

Conclusão das obras da Igreja e Convento Santo Antônio, a Capela de N. Sra da Luz.

1855

Eng. Carson finaliza as obras do Farol.

1859

Visita da Família Real e D. Pedro II.

PRAIAS

PRIMEIRA PRAIA

Nesta praia foram construídas as primeiras casas de veranistas da região. Hoje em dia quase todas se transformaram em pousadas, lojas ou restaurantes e, as poucas que ainda restam são alugadas para turistas durante o ano.

Assim como as casas, que deram lugar às pousadas, as antigas barracas de praia, quase todas pertencentes às famílias de nativos, hoje, dão lugar a uma ou outra barraca com toque internacional, não só na comida, mas também na música e no ambiente.

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Primeira Praia do Morro de São Paulo

A primeira praia também é conhecida como a praia das diversões náuticas. Aqui é possível dar uma volta de banana boat, alugar pranchas e equipamentos de mergulho, além de ser a praia de chegada para quem desce de tirolesa, do alto do farol.

SEGUNDA PRAIA

Talvez seja a praia mais famosa da ilha. Todos que passam pela ilha, ao menos uma vez acabam curtindo a noite da segunda praia. Famosa principalmente entre os mais jovens, estas festas seguem invariavelmente até o sol nascer.

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Segunda Praia do Morro de São Paulo

Além das festas, é na segunda praia onde se concentra o maior numeros de barracas de praia, de todos os tipos. É também onde acontecem as rodas de capoeira no final da tarde, volley, futvolley, futebol de areia e o tráfego de bolinhas de frescobol. É sem dúvida a praia mais agitada, onde todos frequentam para ver e serem vistos.

Morro de São Paulo
Novo deck foi construido na Segunda Praia do Morro de São Paulo, Bahia

A escadaria por onde se chega a segunda praia merece uma parada … daqui se pode ver o começo de toda a imensidão de águas azuis que circundam a ilha, e na maré baixa se pode ver o fundo de areia, mesmo antes de descer a escada.

TERCEIRA PRAIA

Dobrando a “esquina” na Ilha da Saudade, você já está na terceira praia. Existe uma grande variedade de hotéis e pousadas e barracas nesta praia, que é famosa pela Ilha do Caitá, uma ilhota rodeada por uma grande barreira de corais e com um único coqueiro ao centro. Por este motivo, é um dos pontos preferidos para o mergulho, onde você poderá ver peixes e corais de todas as formas e cores.

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Terceira Praia do Morro de São Paulo, Bahia

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Terceira Praia do Morro de São Paulo, Bahia

Aqui na ilha se pode alugar todo o equipamento necessário para mergulho livre e autônomo, inclusive organizar saídas de barco. Outra dica é alugar um caiaque e chegar remando à ilha do Caitá.

QUARTA PRAIA

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Quarta Praia do Morro de São Paulo, Bahia

À primeira vista, a Quarta Praia parece não ter fim. Uma grande barreira de corais forma inúmeras piscinas naturais nesta praia. Aqui, com apenas uma máscara de mergulho, você se sentirá parte deste paraíso. Uma infinidade de peixinhos não se incomoda em dividir o seu habitat com os visitantes.

Aqui não se escuta mais o agito das outras praias, somente a brisa e o barulho suave do mar. Lugar perfeito para descansar, ler ou tirar uma soneca debaixo de uma sombra. Isso se você resistir à tentação de ir adiante, caminhando, até onde a sua vista alcançar.

Caminhando pela Quarta Praia, a primeira entrada nos leva ao Zimbo (pequeno vilarejo). Entrando no Zimbo, existem caminhos que levam até o povoado da Gamboa, ou ao morro da Mangaba.

PRAIA DO ENCANTO

Andando mais um pouco, passando por um manguezal e cruzando um pequeno riozinho, chega se a Quinta praia ou Praia do Encanto.

Morro de São Paulo
Praia do Encanto, adjacente a Quarta Praia do Morro de São Paulo

Até pouco tempo atrás, aqui ainda se chamava quarta praia, assim como toda a extensão de praia até chegar à divisa do rio que separa a ilha de Tinharé da ilha de Boipeba.

GARAPUÁ

No trajeto até a ilha vizinha de Boipeba, existe o vilarejo de Garapuá, uma pequena vila de pescadores com uma enseada maravilhosa, pequena, de águas calmas e cristalinas. Aqui já existem algumas pousadas simples, mas nada que lembre um vilarejo turistico como o Morro.

BOIPEBA

Ilha vizinha a de Tinharé, é separada pelo Rio do Inferno. De Morro de São Paulo saem quase diariamente tratores ou lanchas que fazem passeios organizados para esta ilha.

PONTA DA PEDRA

É a praia que dá acesso ao povoado da Gamboa. São quase 30 minutos de caminhada do cais do morro até o cais da Gamboa. Este trajeto todo é chamado pelos moradores de Ponta da Pedra ou Praia da Gamboa.

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Praia do Porto de Cima do Morro de São Paulo, proxima a Praia da Gamboa e Iate Clube

Praias cercadas por pedras, de águas cristalinas e calmas, o privilégio aqui é que ainda não existe nenhuma barraca de praia, somente o Iate Clube, onde veleiros que passam por aqui ficam ancorados.

Vale a visita e caminhada. Não perca.

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Praia do Porto de Cima em Morro de São Paulo proxima ao paredao de argila para banhos naturais de argila

PRAIA DA GAMBOA

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Praia da Gamboa do Morro de São Paulo, Bahia

Andando 20 minutos pela praia da Ponta da Pedra, chega se ao povoado da Gamboa. Gamboa, até alguns anos atrás parecia estar a quilômetros de Morro , pois não havia chegado ainda, nenhum sinal do desenvolvimento turístico que se via em Morro. Continuava uma pacata vila de pescadores, sem aquele “ar internacional” do povoado vizinho. Talvez por isso, alguns moradores se mudaram para cá, e construíram aqui a sua casa e algumas pousadas. É por isso também que hoje em dia, apesar de oferecer infra estrutura como boas pousadas e bons restaurantes com comida regional, ainda preserva o ar tranquilo de um povoado de pescadores.

Muitos turistas que preferem o sossego, escolhem a Gamboa para se hospedar, bastando dar um “pulinho” ao Morro quando querem um pouco de agitação, curtir uma festa ou ver o movimento na rua principal.

Aqui na Gamboa as águas são calmas e cristalinas e o privilégio é poder estar na praia sem música alta ou muita gente ao redor, em contato com a natureza e as pessoas do lugar – a maioria dos nativos da região moram na Gamboa, o que permite conhecer o jeito de viver, ainda preservado dos nativos da ilha.

PRAIA DO FORTE

A Praia do Forte que só aparece na maré baixa, revela uma faixa de areia bem próximo das piscinas naturais, que são ideais para um mergulho com ou sem equipamento. O acesso à esta praia , como já deve ter imaginado, se dá ao final das ruínas do Forte.

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Uma das praias mais famosas do Morro de São Paulo e a Praia do Forte, pela vista e pelas suas piscinas naturais

Fonte: www.morrodeSãopaulo.com.br

Morro de São Paulo

Morro de São Paulo
Morro de São Paulo, Bahia

O primeiro aventureiro à desembarcar na ilha foi Martim Afonso de Sousa em 1531, que batizou esta em ilha de Tynharéa, Depois trasformado pelos Brasileiros em Ilha de Tinharé.

A Ilha de Tinharé se situa ao norte do arquipélago da Baía de Camamu, baixo sul da Bahia, região conhecida como Tabuleiro Valenciano ou ainda Costa do Dendê. Devido à sua privilegiada localização geográfica, foi cenário de inúmeros ataques de esquadras francesas e holandesas, verdadeira zona franca de corsários e piratarias durante o período colonial forçando os índios aymorés e tupiniquins a migrarem para o continente.

Em 1535 nascia no norte da ilha a vila Morro de São Paulo, fundada pelo espanhol Francisco Romero, no mesmo ano, foram fundados os vilarejos de Boipeba e Cairú, neste último sendo instalado um engenho e uma capela, que mais tarde se transformou no Convento Franciscano de Santo Antônio. Com os constantes ataques dos índios aymorés e tupiniquins à população continental da região favoreceram a rápida povoação das ilhas. Morro de São Paulo protegia a chamada “barra falsa da Baía de Todos os Santos”,entrada estratégica para o Canal de Itaparica até o Forte de Santo Antônio (atual Farol da Barra);e o canal de Tinharé era essencial no escoamento da produção dos principais centros para o abastecimento da capital, Salvador. A importância geográfica da ilha durante o período colonial justifica a riqueza de monumentos históricos, hoje protegidos pelo Patrimônio Histórico Nacional.

Já no século XX em 1964, os hippies passam a visitar Morro de São Paulo, fazendo a ilha aos poucos ficar conhecida internacionalmente, já na década de 1970.

Em 1992 com a ECO-92 (Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento), se cria a Área de Proteção Ambiental das Ilhas de Tinharé e Boipeba.

Hoje Morro de São Paulo é bastante conhecido por suas praias de águas claras, corais, areias brancas, coqueiros, muita badalação e alheia às reviravoltas políticas e econômicas do país nas últimas décadas, passa a receber turistas do mundo todo. Chega-se a Morro de São Paulo através de embarcações que partem diariamente do porto fluvial de Salvador ou por avião, em apenas 20 minutos de vôo. Não há automóveis ou motos na ilha, o meio de transporte mais comum é a caminhada pura e simples, além de carregadores/guias com carrinho-de-mão que ajudam os turistas com as bagagens, mas existe a possibilidade de se alugar cavalos, lanchas, e até mesmo um vagão de passageiros puxado por trator (saindo da Quarta Praia até a Praia do Encanto e vice e versa) alem de alguns Jeep mais confortáveis para os Turistas mais exigentes que se hospedam na fina hotelaria nas prais mais afastadas.

São 5 praias distintas que dão fama ao Morro de São Paulo. A Primeira Praia fica logo abaixo do farol, em meio a muitas pousadas, casas particulares, o comércio em geral. É a menor e mais urbanizada.

A Segunda Praia, é com certeza a praia da badalação, com muitas barracas, quadra de volei, caixa de som e uma grande tribo de turistas se esforçando para levar a vida como ela devia ser levada…

A Terceira Praia, aí começa a tranquilidade que a tantos agrada, nessa praia quase não há barracas, embora existam algumas pousadas. A Quarta Praia por ser a mais afastada é a mais tranquila, e concentra os hotéis maiores e resorts, também conhecida pelas “piscinas” ou aquários naturais que se formam durante a maré baixa, são cerca de 4 km de praia limpa e quase deserta, perfeita para a prática de “snorkel”. Existem poucos restaurantes nessa praia que servem uma cerveja realmente gelada acompanhada de Lambretas, Frutos do Mar alem outros aperitivos.

A Praia do Encanto ou Quinta praia é separada da Quarta Praia por um pequeno manguezal que pode ser atravessado sem dificuldades na maré baixa, tem dois quilômetros de praia praticamente deserta. Tem piscinas naturais mais profundas, boas na maré baixa e é com certeza a praia mais bem preservada, mais tranqüila, e o lugar ideal para quem busca paz e conforto em contato com a natureza.

Visitas e Passeios Imperdíveis: O Portal da Cidade; A Fortaleza de 1630; o Farol de 1835 – famoso também por ser o “point” preferido para se ver o Por do Sol; e a Fonte Grande de 1746; Passeio de lancha para as piscinas naturais de Moreré, Garapuá e as ilhas vizinhas, Boipeba e Cairú que abriga um dos conventos mais antigos do Brasil.

Fonte: www.timebrazil.com.br

Morro de São Paulo

MORRO DE SÃO PAULO | BAHIA | BRASIL

Morro de São Paulo, famosa por suas baladas e luaus que vão até o nascer do sol, também é um destino que tem tudo a ver com esportes, saúde e contato com a natureza.

A Ilha de Tinharé na qual Morro de São Paulo é um dos vilarejos, é composta por diversas praias que vão desde as mais famosas, que são numeradas de um até quatro, assim como tantas outras que convidam o turista e ao nativo, para a prática de esportes.

As opções de esportes e locais onde os mesmos podem ser praticados, dependem da geografia de cada praia desta linda ilha tropical, banhada pelo Oceano Atlântico e pelos inúmeros manguezais e rios que formam o Arquipélago de Tinharé.

PRIMEIRA PRAIA

Morro de São Paulo
Primeira Praia – Morro de São Paulo, Bahia

A Primeira Praia é a única praia da ilha onde é possível praticar o surf. As ondas dependem basicamente da maré e da direção do vento e podem chegar a um metro na Pedra do Moleque. Também na Primeira Praia temos outro esporte radical, a tiroleza, que descendo do Morro do Farol com 360 metros de comprimento e 80 metros de altura, consta como a mais alta do Brasil, e, com certeza, é adrenalina garantida.

Outro esporte praticado na Primeira Praia é a natação, o mergulho livre e o autônomo. A natação é praticada em meio a Primeira Praia onde a profundidade da água é mais apropriada para este esporte. Já o mergulho é feito nas duas laterais da praia, onde se concentram os arrecifes e grandes quantidades de peixes e corais que deslumbram os praticantes deste esporte.

Por fim, na Primeira Praia é o local de saída de algumas lanchas que praticam o banana boat e wakebord.

SEGUNDA PRAIA

Morro de São Paulo
Segunda Praia – Morro de São Paulo, Bahia

A praia que é só badalação na noite, durante o dia se transforma na praia dos esportes coletivos. No local são praticados o voleibol de praia, o vôlei de dupla, o futevolei, o frescobol e nos locais mais tranqüilos, o futebol de praia, aqui conhecido como “Baba”.

Além dos esportes praticados na areia, a Segunda Praia também é local de mergulho livre em sua piscina natural de águas mornas.

No final de tarde é possível ver a prática da capoeira e porque não, aprender junto com outros brasileiros e estrangeiros, esta atividade tão genuinamente brasileira.

TERCEIRA PRAIA

Morro de São Paulo
Terceira Praia – Morro de São Paulo, Bahia

Muitas vezes esquecida e deixada de lado, a menos famosa das quatro praias numeradas, é um ambiente perfeito para a prática de inúmeros esportes.

O caiaque é uma das ótimas opções da Terceira Praia e a partir dela pode-se ir até a Ilha do Caitá e para os mais aventureiros, sair para o mar aberto e alcançar as outras praias de Morro.

Também é possível velejar, mergulhar e jogar frescobol.

QUARTA PRAIA

Morro de São Paulo
Quarta Praia – Morro de São Paulo, Bahia

A Quarta Praia conhecida pelas suas piscinas naturais é o local ideal para a prática de mergulho livre em suas águas rasas e quentes.

Para os adeptos de esportes mais radicais, é o local ideal para o Kitesurf, pois com seu vento constante, possibilita a prática de manobras arrojadas. No princípio da praia, é possível alugar cavalos para a prática de hipismo.

Também é local para jogar frescobol, vôlei e para os corredores, na maré baixa é possível correr os 5 km até a Praia do Encanto.

PRAIA DO ENCANTO

Morro de São Paulo
Praia do Encanto – Morro de São Paulo, Bahia

A praia mais tranqüila de Morro e com longas faixas de areia e piscinas naturais, é ideal para corrida, hipismo, mergulho livre, frescobol, vôlei, caiaque, vela, ciclismo, kitesurf ou seja, a tranqüilidade pode ser aliada a prática de inúmeros esportes nesta praia, considerada por muitos como a mais bela de Morro de São Paulo.

GAMBOA

Morro de São Paulo
Gamboa – Morro de São Paulo, Bahia

A Gamboa, outra vila da Ilha de Tinharé, fica voltada para a parte continental da ilha e por isso tem águas mais tranqüilas, o que proporciona ótimas condições para a prática de inúmeros esportes ligados a água.

Na Gamboa, fica um ótimo clube de vela, onde os iniciantes podem fazer o curso ou os mais experientes alugarem um dos diversos modelos de veleiros disponíveis.

Também é local ideal para o wakeboard, esqui aquático e o parasail (pára-quedas rebocado por lancha).

Nas suas praias de areia branca, o frescobol, o futebol e o vôlei são presença constante.

Além de Morro de São Paulo e suas principais praias, também há diversos locais próximos onde é possível fazer diversas atividades. Garapuá se destaca pelo mergulho livre e pesca além da opção da canoa local.

Já na ilha vizinha, Boipeba, é comum a prática de mergulho livre, hipismo, corrida, caiaque e os esportes tradicionais de praia.

Portanto, se além de paisagens maravilhosas, tranqüilidade ou festas, você procura atividades esportivas, Morro de São Paulo é o local ideal para você e sua turma.

COMO CHEGAR?

A partir de Salvador:

Taxi Aéreo a partir do aeroporto 02 de Julho, são 20 minutos até Morro de São Paulo em um vôo panorâmico.

Catamarã: duas horas de navegação a partir do Terminal Marítimo do Mercado Modelo.

Carro: é necessário atravessar o ferry-boat até Itaparica e de lá, seguir por uma 1:30 h pela BA001 até Valença, de onde partem lanchas para Morro de São Paulo.

QUANDO IR ?

Morro é maravilhoso durante o ano inteiro, porém para quem procura águas mais transparentes e quentes para mergulho, a melhor época é entre outubro e abril. Para a prática do surf, as melhores ondas rolam de maio a setembro. Demais atividades podem ser praticadas o ano inteiro.

Fonte: www.morrodeSãopaulo.esp.br

Morro de São Paulo

Morro de São Paulo
Morro de São Paulo, Bahia

Quem deseja conhecer a Bahia não pode deixar de dar uma passada em Morro de São Paulo, situado no Arquipélago de Tinharé e ao sul de Salvador. Morro de São Paulo está entre os principais destinos da Bahia e destaca-se por ser um dos lugares mais procurados por turistas de várias partes do país e do mundo.

Em Morro de São Paulo se vê as inúmeras belezas naturais e culturais do nosso Brasil. É um local histórico, badalado, mágico, com forte mistura de raças e nacionalidades e ideal para se aventurar e conhecer lindas praias. O destino tem clima agradável o ano todo e muitos motivos para ser visitado.

A natureza foi generosa com Morro de São Paulo. Além das praias mais conhecidas e frequentadas chamadas de Primeira, Segunda, Terceira, Quarta e Quinta, há outras praias que são imperdíveis como as praias do Porto de Cima, Ponta da Pedra, Prainha do Forte e da Gamboa. O mar é calmo e as águas são transparentes. Areia clara e com coqueiros em volta. Verdadeiros retratos do paraíso.

O estresse e a poluição das cidades não passam nem perto de Morro, já que no local não circulam carros na parte central, há somente tráfego de veículos na estrada que leva até a Quarta e Quinta Praia. Morro de São Paulo tem muitas alternativas de hospedagem que variam entre pequenas pousadas, camping e hotéis. Nas praias os restaurantes e quiosques servem comidas típicas da Bahia, aperitivos, pratos a base de frutos do mar e bebidas geladas e refrescantes.

Perfeitas para degustar aproveitando o sol e a brisa do mar.

Na Vila, parte central de Morro de São Paulo, ainda pode-se ver antigas casas que foram transformadas em pousadas. Os restaurantes possuem cardápios voltados a todos os gostos.

Encontra-se cozinha internacional como a italiana e a japonesa, culinária regional como a gaúcha e claro, os famosos e saborosos pratos da comida baiana: moquecas, caruru, peixes variados e acarajé.

Bem próximo da Vila fica também um dos monumentos históricos mais conhecidos de Morro de São Paulo, a Fortaleza de Tapirandu. Mas não é só a Fortaleza que retrata a importância histórica do destino. Ainda há a Fonte Grande, instalada em 1746 e considerado o maior sistema de abastecimento de água da época; o Casarão, que hospedou ninguém menos que Dom Pedro II e o Farol, construído em 1855 e que serviu para guiar os navegadores até a ilha.

Dicas básicas de Morro – recomenda-se ler antes de viajar

O que levar – roupas leves, chinelos de dedo, alegria, protetor solar, roupas de banho, disposição, óculos de sol, bonés ou chapéus também são bem vindos para se proteger do sol.

O que fazer – passear pelas praias, nadar, passeio volta a ilha, ver o pôr do sol no Forte, pular da tiroleza, visitar a Feirinha de Artesanato na vila, provar acarajé, conhecer Boipeba, tomar água de coco, mergulhar, ir ao Teatro do Morro, praticar esportes como o surf ou kitesurf, navegar no Clube de Velas, caminhar até a Gamboa, dançar muito nas festas e ficar sem fazer nada apreciando o visual das praias.

Onde comer – não faltam locais com boas comidas. Existem restaurantes que servem pratos típicos baianos, outros são especializados em culinárias internacionais, algumas lanchonetes e ainda barracas de praia com petiscos e bebidas variadas.

Informaçoes úteis – a rede elétrica de Morro é 220 volts; não existem bancos somente terminais para saques do Banco do Brasil, Bradesco e ainda uma lotérica da Caixa Econômica, há posto médico mas o hospital mais próximo fica em Valença que é a cidade mais perto; há cobertura de telefonia celular com sinal de todas as operadoras, ciber cafés com acesso à internet e posto telefônico.

Como chegar – para chegar até Morro de São Paulo só se pode viajar pelo mar ou pelo céu. Há uma alternativa que combina travessia marítima e terrestre, mas o acesso final é feito de barco ou lancha. Pelo mar se vem de catamarã e demora duas horas. Pelos ares se pega um táxi aéreo cujo percurso dura 20 minutos e sai diretamente do Aeroporto de Salvador.

Fonte: www.morrodesp.com

Morro de São Paulo

Destino mais concorrido de toda a Costa do Dendê, “O Morro” , como é popularmente chamado, tem devotos de sua beleza em todas as partes do mundo. Suas praias de águas cristalinas são perfeitas para o mergulho e banhos em família. Dentre as quatro existentes neste pedaço da ilha de Tinharé, existem pontos onde se formam piscinas naturais de águas mornas e claras.

O relevo acidentado do local promoveu trilhas que levam às partes mais altas da ilha. Nestes pontos, descortinam-se paisagens sublimes, verdadeiros cartões postais que tiram o fôlego dos visitantes.

Durante todo o ano, o movimento é grande, aquecendo a economia de cidades vizinhas como Nazaré e Valença; esta última, uma das portas de entrada para a Ilha. Na alta estação, o Morro fica lotado de turistas, principalmente jovens que, durante a noite, promovem muitos agitos em um clima de paquera.

A principal rua do povoado possui dezenas de pousadas, bares e restaurantes e, não por acaso, foi apelidada de Broadway. No carnaval e reveillon, várias festas são promovidas na praia, onde os visitantes aproveitam o clima descontraído para dançar até o amanhecer.

O estilo pitoresco do lugar resiste ao tempo e à expansão turística. Iniciativas de conscientização, aliadas a medidas governamentais rígidas, foram tomadas para preservar a natureza nativa e seu vasto patrimônio histórico.

Construções datadas do início do século XVII, como a Capela de Nossa Senhora da Luz e o Forte do Zimbeiro, além de outras edificações históricas, merecem uma visita, pois exalam, de suas ruínas, importantes episódios da história brasileira.

Morro de São Paulo
Morro de São Paulo, Bahia

Praias – Morro de São Paulo

Primeira Praia

Uma bela enseada rodeada por muitas casas de veraneio. Como o próprio nome pressupõe, é ela quem marca o início da orla do lugar, localizando-se bem próxima à vila do Morro. A paisagem é linda, incluindo um mar de águas claras e calmas, excelente para o mergulho. De um belo penhasco, bem próximo, é possível fazer descidas emocionantes de uma tirolesa.

Segunda Praia

Saindo da primeira praia e subindo uma escadaria, o visitante se depara com um dos mais belos cartões postais do Morro: a Segunda Praia. É nela que se realizam os principais eventos locais, já que está localizada bem próxima à vila e conta com uma boa infra-estrutura. Durante os dias de verão, principalmente, as areias ficam tomadas de turistas, que desfrutam de boas barracas de praia e deliciosos banhos nesta bela enseada de águas cristalinas. No seu lado direito, existe uma pequena península com grandes pedras, que proporcionam boas pescarias, de linha ou mergulho. Em outro ponto, o surf também pode ser praticado.

Terceira Praia

Considerada um bom ponto de mergulho, esta enseada de 800 metros de extensão é também um dos locais mais procurados pelos visitantes. Suas águas são muito tranqüilas e, durante a vazante da maré, apresentam várias piscinas naturais. Com barracas bem equipadas, especializadas na culinária típica, além de boas pousadas, o turista terá, neste belo local, total conforto para curtir as belezas do Morro de São Paulo.

Quarta Praia

Pela distância a que se encontra da sede do Morro, esta praia é a preferida pelos adeptos do naturismo, já que, em quase todos os seus 10 km, é semideserta. O mar é excelente para banho em todas as fases da maré, já o mergulho é praticado em melhores condições durante a vazante. A bela paisagem local é marcada pela densa vegetação nativa, vastos coqueirais e um grande manguezal, localizado na sua face sul.

Praia do Encanto ou Quinta Praia

Na paradisíaca Ilha de Tinharé, área que compreende o famoso Morro de São Paulo, um local vem conquistando a atenção de muitos visitantes e o interesse de alguns empreendimentos turísticos.

Por ser uma das mais isoladas entre as seis existentes no “Morro”, a Praia do Encanto tem, como seu maior expoente, a harmonia de sua bela paisagem, que mescla Mata Atlântica nativa, coqueirais, areias bem finas e vastos manguezais, praticamente sem casas e outras edificações.

Seu mar reflete o clima pitoresco do lugar, já que suas águas, em qualquer período das marés, apresentam-se calmas e cristalinas, perfeitas para banhos relaxantes em família e para a prática de esportes náuticos. Durante a vazante surgem, ainda, extensos bancos de areia, permitindo longas caminhadas mar adentro e momentos de total deleite dentro das lagoas que se formam, represando águas bem mornas.

Ao lado de sua vizinha, a não menos encantadora Praia de Guarapuá, tem seu acesso dificultado pela distância que a separa da sede do Morro de São Paulo. Para chegar, pode-se fazer o percurso à pé ou optar pelo passeio de besouro, um pequeno trator muito popular na região.

Gamboa do Morro

O local possui esse nome por estar bem próximo ao Morro, dividindo com ele o território da bela Ilha de Tinharé. A Gamboa, como é mais conhecida, possui uma vila bem movimentada, com comércio e boa infra-estrutura. Sua praia possui águas mansas e apropriadas para vários esportes náuticos. No caminho para o Morro, é fácil notar a presença de várias falésias, esculpidas pelos ventos e pelo mar ao longo dos anos.

Praia de Guarapuá

Pouco procurada talvez pela dificuldade em seu acesso, é considerada a mais bela praia da Ilha de Tinharé. Trata-se de uma linda enseada de águas transparentes e mornas, propícias para banho e esportes náuticos, sobretudo o mergulho. As piscinas naturais aqui dividem as atenções com extensos bancos de areias, que permitem, durante a vazante da maré, longas caminhadas para longe da costa. Os coqueirais da região, aqui, se apresentam ainda mais densos, dando um efeito bonito à paisagem. O local oferece, ainda, uma boa infra-estrutura turística.

Fonte: guiadolitoral.uol.com.br

Morro de São Paulo

O Povoado de Morro de São Paulo

Morro de São Paulo, que não passava de uma calma aldeia de pescadores até a década de 60, estendeu-se além dos estreitos limites do centro e das praias. Até este período a maioria das casas se concentrava na parte central, chamada de Vila e na Primeira Praia. Nas décadas seguintes, entre os anos de 1970 e 1980, Morro de São Paulo passou por inúmeras transformações, expandindo suas áreas residenciais e proliferando-se numa grande quantidade de ruas e acessos antes inexplorados.

De acordo com o censo do IBGE, realizado no ano de 2007, a população em Morro de São Paulo era de 3.863 moradores. Deste número, 975 habitantes pertenciam ao bairro do Zimbo, atribuindo a esta localidade a característica de ser a mais populosa de Morro de São Paulo.

Hoje, existem cinco bairros, que se subdividem em ruas e becos espalhados pelas praias e por grandes áreas verdes. Cada um destes bairros possui vida própria.

Na maioria o que se vê são cenas cotidianas de uma pequena cidade e belezas incógnitas em caminhos menos explorados pelos turistas. O campo da Mangaba é um destes pontos, onde um dos acessos é feito por uma escadaria com 188 degraus. O visual do mirante é indescritível. O Zimbo, o bairro com o maior índice populacional, também preserva grandes campos e o ar pitoresco de um povoado de pescadores.

Lugares que além de ruas, curiosidades, histórias e lendas, possuem pessoas humildes e trabalhadoras. O que você acha de desbravar estes locais e conhecer seus encantos. E é este o objetivo deste tópico. Produzir um retrato da comunidade, dos moradores, registrando o modo de vida e as características de cada localidade.

Com isto você aprenderá ainda mais sobre seu destino: Morro de São Paulo. E quem sabe colocar no seu roteiro uma visita a estes bairros para passear por suas ruas, conhecendo seus segredos. Viajar até Morro de São Paulo não é somente conhecer suas belas praias e visitar seus tradicionais pontos turísticos. Além de tudo o que Morro oferece, ainda tem segredos que estão muito bem guardados e encontram-se situados fora da ilha e também ao longo da costa. Confira os outros povoados próximos a Morro de São Paulo.

Introdução à parte central de Morro de São Paulo

A parte central de Morro de São Paulo é formada pelas ruas da Biquinha, da Fonte Grande, Ruas Caminho da Praia e Caminho do Farol e Vila. Compõe ainda o centro, as Praças Aureliano Lima e da Amendoeira. Ainda próxima ao centro e paralela a Primeira Pria está a Rua da Prainha.

A Vila, como é chamada pelos moradores de Morro de São Paulo, é considerada o centro histórico da ilha por abrigar importantes construções antigas como o Casarão e a Igreja Nossa Senhora da Luz. A Vila é a localidade mais movimentada de Morro de São Paulo e parada obrigatória para quem está conhecendo o povoado. Trata-se do local onde tudo acontece e também onde ficam vários restaurantes, agências, pousadas, hotéis e comércios em geral.

É da Vila que os turistas partem para a badalação da noite e é ali que tudo começa. A Biquinha, que trata-se de um beco com acesso entre a Fonte Grande e a Rua da Prainha, também faz parte do centro e é chamada assim por antigamente sediar uma bica natural.

A Fonte Grande conta com apenas uma única rua e é o local onde fica um importante monumento histórico da ilha: a Fonte Grande que construída no século 18 e considerada o maior sistema de abastecimento de água da Bahia Colonial.

Episódios e curiosidades marcaram esta rua. Ainda próximo ao centro de Morro de São Paulo, há a Rua da Prainha, onde concentram-se algumas pousadas e restaurantes. Veja a seguir um pouco sobre cada uma destas áreas.

Biquinha

A parte central de Morro de São Paulo é formada pelas ruas da Biquinha, da Fonte Grande, Ruas Caminho da Praia e Caminho do Farol e Vila. Compõe ainda o centro, as Praças Aureliano Lima e da Amendoeira.

Ainda próxima ao centro e paralela a Primeira Pria está a Rua da Prainha. A Vila, como é chamada pelos moradores de Morro de São Paulo, é considerada o centro histórico da ilha por abrigar importantes construções antigas como o Casarão e a Igreja Nossa Senhora da Luz. A Vila é a localidade mais movimentada de Morro de São Paulo e parada obrigatória para quem está conhecendo o povoado.

Trata-se do local onde tudo acontece e também onde ficam vários restaurantes, agências, pousadas, hotéis e comércios em geral. É da Vila que os turistas partem para a badalação da noite e é ali que tudo começa. A Biquinha, que trata-se de um beco com acesso entre a Fonte Grande e a Rua da Prainha, também faz parte do centro e é chamada assim por antigamente sediar uma bica natural.

A Fonte Grande conta com apenas uma única rua e é o local onde fica um importante monumento histórico da ilha: a Fonte Grande que construída no século 18 e considerada o maior sistema de abastecimento de água da Bahia Colonial. Episódios e curiosidades marcaram esta rua. Ainda próximo ao centro de Morro de São Paulo, há a Rua da Prainha, onde concentram-se algumas pousadas e restaurantes. Veja a seguir um pouco sobre cada uma destas áreas.

Biquinha

A Rua da Biquinha é chamada desta forma pelo fato do local ter abrigado há muito tempo uma fonte por onde jorrava água natural através de uma bica. De acordo com os antigos moradores, o rápido crescimento urbano do local e a falta de uma disciplina de ocupação da área afetaram os recursos naturais da fonte e hoje, a água que antes era límpida, não tem as mesmas características. Na época em que a fonte ainda era utilizada existia um bebedouro e este já estava em situação precária, tendo inclusive, sido feito um mutirão entre os moradores para restaurar o bebedouro.

A rua, que integra a parte central de Morro de São Paulo, concentra algumas pousadas e residências. Bastante usada como acesso para encurtar o caminho até as praias, a rua tem 350 metros de extensão. Quem deseja encurtar o caminho ou até mesmo não circular pela rua principal da Vila pode fazer este trajeto, cujo fim é na Rua da Prainha (pararela a Primeira Praia. Um passeio por esta rua pode ser interessante para você conhecer mais um caminho que fica oculto entre as ruelas de Morro de São Paulo.

Fonte Grande

A Rua da Fonte Grande tem o acesso marcado por um portal que fica ao lado do Casarão. A rua sedia um dos monumentos históricos da ilha, a Fonte Grande, e por este motivo costuma receber a visita de muitos turistas. O principal atrativo desta área de Morro de São Paulo ainda hoje é a antiga fonte, mas o comércio também chama a atenção dos visitantes.

Ao redor do monumento foram construídas casas que hoje abrigam um diversificado comércio com bares, restaurantes, mercado, padaria, lojas, lan houses e pousadas. A rua da Fonte Grande tem 150 metros, levando em conta a distância do arco, do início, até a Fonte Grande. Já o percurso do cais de Morro de São Paulo até o monumento da fonte é de 406 metros. É um bairro tranquilo com poucas residências, existindo numa parte da rua, um beco onde concentram-se as casas.

Na década de 80, ocasião em que o turismo estava despotando em Morro de São Paulo, a Rua da Fonte Grande abrigava restaurantes que eram bastante frequentados. Um dos comerciantes mais antigos do bairro é o Seu Daniel, proprietário da padaria “Seu Bonzinho”.

Este argentino chegou a Morro de São Paulo em 1984 e está há 21 anos à frente do empreendimento. Sendo que antes de se tornar uma padaria, o estabelecimento da Fonte Grande já foi restaurante e loja, antes denominada “Naturalmente”.

Nesta época, na opinião de Daniel, o turismo em Morro de São Paulo era bem diferente de agora. “Os próprios fregueses ajudavam no atendimento”, recorda. Para o comerciante, o turista que frequentava a ilha também tinha outras características, como a preocupação e a consciência com o local. O comerciante presenciou diversas fases da Fonte Grande até hoje. As pousadas começaram a serem construídas há 17 anos.

Neste tempo também, os pescadores costumavam limpar e colocar os peixes em cima da cúpula da Fonte ou espalhados por outros locais da rua. Segundo Daniel, isto acontecia porque não havia energia elétrica em Morro de São Paulo e desta maneira o peixe ficava fresco. Outra recordação que lhe deixou saudades, foram os cânticos das mulheres que lavavam roupas na fonte.

Rua da Prainha

A Rua da Prainha fica situada paralela à Primeira Praia, iniciando logo após a rampa de acesso a Rua Caminho da Praia. A rua possui 250 metros de extensão, contando a partir da entrada para a praia até o começo da escada. O local concentra pousadas, farmácia, lojas, agências e restaurantes.

O fluxo é bastante intenso devido ser um ponto de acesso às praias. No final da rua está a escadaria que leva até a Segunda Praia e a grande maioria dos turistas e moradores, em vez de fazer o caminho pela beira da Primeira Praia, optam por transitar por esta rua.

É na Rua da Prainha que ficam localizadas duas antigas moradias que serviram como referência histórico cultural de Morro de São Paulo: a Casa da Sogra e a casa que abrigava o antigo “Clube da Sororoca”. A casa da sogra, construída em 1800, serviu de residência para o Tentente Dário, um ilustre veranista da ilha e o Clube da Sororoca, outra casa antiga, tratava-se de um espaço cultural criado por um grupo de 10 pessoas que eram veranistas.

A Vila

A Vila, “coração” de Morro de São Paulo, é o trecho mais movimentado do povoado e por onde chegam os visitantes que partem via marítima de Salvador ou Valença.

Nesta parte de Morro de São Paulo o comércio diversificado e antigas construções convivem lado a lado. É na rua principal da Vila, chamada de Rua Caminho da Praia e onde antes moravam as primeiras famílias do povoado, que hoje fica o comércio. A maior parte das casas existentes no local é ocupada por estabelecimentos comercias. Muitas das famílias tradicionais de Morro de São Paulo venderam suas casas e trocaram o burburinho da Vila pela tranqüilidade de bairros mais afastados do centro.

Na Vila concentra o maior número de restaurantes, farmácia, supermercados, sorveterias, salão de beleza, Cibers Café, pousadas e lojas que oferecem desde souvenirs da ilha até roupas, acessórios e também objetos de decoração.

A região oferece muitas facilidades pois sedia também o Posto Policial, a Secretaria Especial de Morro de São Paulo e o Posto Médico.

Abrange a Vila as Praças Aureliano Lima, da Amendoeira e as ruas Caminho do Farol e Caminho da Praia.

Á noite, a partir das 19h, acontece a Feira de Artesanato com comércio de diversos materiais entre bijuterias e ítens de decoração e vestuário, que são expostos em barracas pelos artesãos. Caminhando da Vila até a Primeira Praia você percorrerá 265 metros.

História da Vila

No final da década de 70, as características do bairro começam a mudar. A população que era predominante nativa passou a receber os primeiros imigrantes vindos de diversas partes do país e de outros lugares do mundo, atraídos pelas belezas naturais e oportunidades. O desenvolvimento do bairro foi inevitável e com o tempo as residências foram abrindo espaço para o turismo. Hoje, continua entre os bairros mais charmosos do povoado.

Um passeio pela Vila de Morro de São Paulo nos remete aos tempos do Brasil Império. É neste local que está situado o Casarão, uma das residências mais antigas de Morro de São Paulo, que abrigou ilustres hóspedes no tempo da colonização portuguesa e por onde se descortina uma vista privilegiada da Vila. Hoje, com exceção deste antigo sobrado, a Vila possui poucas características que lembrem seu passado.

O Casarão, foi transformado em pousada e poucas são as casas residenciais. Mas ainda existem algumas famílias que continuam aproveitando as facilidades que a localidade oferece. Uma caminhada à noite pela vila não pode ficar de fora de seu roteiro em Morro de São Paulo, pois é ali que inicia a noite da ilha com as rodas de música do Pastel do Foom, um simpático argentino que vende pastéis e de quebra faz um animado som.

Mangaba

Próximo a parte central de Morro de São Paulo está o bairro da Mangaba. Situado no alto do Morro, o acesso está ligado aocentro do povoado através da Rua da Fonte Grande. A distância do cais de Morro até as escadas que levam à Mangaba é de 260 metros. Após o final da rua da Fonte Grande, fica a escadaria que possui 188 degraus e leva até o bairro da Mangaba. Você também poderá chegar na Mangaba através de outro acesso, pela escadaria que parte da Segunda Praia. O sacrifício de subir tantos degraus valerá a pena. Do Campo da Mangaba se tem uma vista privilegiada de quase todas as praias que circundam o Morro. Um visual imperdível e que merece uma foto de recordação.

O morro da Mangaba, possui este nome devido a grande quantidade de pés desta fruta, aliás, fruta esta que segundo os moradores deve ser apanhada no chão, pois se pegarmos na árvore torna-se amarga. Hoje, a Mangaba é considerada uma região privilegiada para morar, sua característica é de bairro sossegado e com muitos moradores antigos, ainda da época em que o turismo estava despontando em Morro de São Paulo.

O que se vê são campos povoados por casas e um comércio ainda tímido. Existem poucos mercados e bares. Nos caminhos, de chão batido, ainda hoje pode-se reconhecer algumas casas provenientes da época em que a Mangaba começou a ser povoada, por volta da década de 70. Muitas pessoas consideram o bairro, apesar do acesso ser feito por escadas, ideal para residir, por ficar mais isolado do agito da Vila e pelo fato das casas serem construídas junto a grandes áreas verdes.

Não se tem um número exato da população da Mangaba, segundo a técnica de enfermagem e agente de saúde do bairro, Enilda dos Santos, existem 202 famílias residentes no bairro. Este número faz parte das famílias que são cadastradas, porém, não serve como estatística da população do bairro. Segundo a agente, as pessoas mudam-se com muita frequência e nem todas as casas fazem parte do cadastro de saúde.

História da Mangaba

Alguns dos moradores mais antigos deste bairro trata-se de um simpático casal formado pela senhora Isaura Batista da Conceição, com 83 anos em 2008 e o senhor Valencio Inato Manuel do Nascimento, conhecido como Seu Dandão, com 85 anos. Antigo trabalhador das caeiras da Terceira Praia, Seu Dandão desempenhou por muito tempo também a função de vigilante do Farol e apesar de tantas transformações já ocorridas no local, considera o bairro um lugar tranquilo para se viver. Contrária a esta opinião, está outra moradora da Mangaba que reside no local há mais de 30 anos, Carmelita Souza Pereira, 58 anos.

Para ela, a Mangaba de antigamente apresentava outra qualidade de vida. Na época em que veio morar no bairro, já existiam algumas casas e a principal lembrança que carrega destes tempos é a dos hippies que acampavam nos matos e em frente às casas. “Eles pediam para cozinhar nas nossas casas e as noites eram animadas com som de violão”. As redes estendidas entre os pés de mangaba também serviam para pernoitar.

Hoje em dia, segundo dona Carmelita, as áreas foram todas vendidas e demarcadas, não existe mais esta liberdade de acampar em qualquer lugar. Dona Carmelita foi também proprietária de um restaurante no bairro, há 20 anos atrás.

Praias

Além da parte central e dos bairros da Mangaba, Zimbo e Vila Nossa Senhora da Luz, em algumas das praias de Morro de São Paulo também existem áreas residenciais. As praias que apresentam o maior número de residências são as Segunda e a Terceira. Nestas áreas existem locais situados atrás da beira das praias onde se concentram casas, pousadas e alguns estabelecimentos comerciais. São becos estreitos, onde os moradores vivem em construções que possuem até dois andares. Nestas ruas, apesar de existirem pousadas, há pouco fluxo de turistas e portanto, muitos as desconhecem. Se desejar visitar esta parte da ilha, você poderá chegar até o local através da beira da praia, entrando nos becos ou ainda pela estrada do Receptivo (local onde partem os carros das pousadas localizadas nas Quarta e Quinta Praias).

Estas pequenas ruas surgiram por volta do final dos anos 90 com as “chamadas invasões”. Segundo contam os moradores mais antigos, existia um loteamento com início na Segunda Praia e término na Terceira. Ao todo eram 25 lotes que aos poucos foram sendo vendidos à várias pessoas provenientes de lugares fora da ilha. Como estes compradores não eram moradores de Morro de São Paulo e objetivavam apenas ter as terras como futuros investimentos, estas áreas foram se desenvolvendo e os espaços já vendidos, sendo invadidos. A maioria dos espaços surgiram sem planejamento urbano.

Lagoa

O bairro da Lagoa, se é que podemos chamar assim, pois esta parte de Morro de São Paulo é bem pequena e possui apenas uma rua, é a área que tem entre a escadaria da Mangaba (que marca o final da Fonte Grande) e a Vila Nossa Senhora da Luz.

O local é chamado desta forma, porque tem uma divisão com uma lagoa que fica no meio desta. A rua da Lagoa está distante em média 6 minutos da Praia do Porto de Cima, 12 minutos da Primeira Praia e 7 minutos da Vila.

O bairro é essencialmente povoado por residências, tendo apenas uma pousada e alguns mercadinhos.

É um local pacato, bem tranquilo para se viver. Segundo alguns moradores, tão calma ainda como na época em que realmente possuía uma lagoa. Hoje, a lagoa está desaparecendo e parece mais com uma pequena porção d’água.

Vila Nossa Senhora da Luz

A Vila Nossa Senhora da Luz é conhecida popularmente pela denominação de “Buraco do Cachorro”.

De acordo com a agente de Saúde do bairro, Sueli Fonseca dos Santos, este nome surgiu pelo fato de antigamente existir um grande buraco no bairro, de onde os cachorros que acompanhavam os caçadores, retiravam os tatus, ou seja, a caça. Mitos e histórias à parte, a Vila Nossa Senhora da Luz originou-se de invasões ocorridas a partir do final dos anos 80, tendo se desenvolvido impulsionada pelo rápido crescimento turístico de Morro de São Paulo.

O bairro, está situado a um quilômetro do cais de Morro de São Paulo e conta com uma população, de acordo com o censo de 2007, de cerca de 700 pessoas.

A área antes de ser invadida, pertencia a um senhor chamado Magno Lino do Rosário Filho, morador da Gamboa. Com a proliferação do turismo em Morro de São Paulo e consequentemente a chegada de pessoas vindas de outras cidades próximas, iniciou a invasão.

O proprietário visando não perder suas terras começou a lotear as áreas e vendê-las, porém, sem nenhum planejamento urbano. Segundo o secretário de Administração de Morro de São Paulo, Moisés Pereira da Luz, houve um crescimento desordenado. “Por mais que a prefeitura realize ações direcionadas a urbanização, é pouco ainda em relação ao rápido crescimento que o bairro teve”, enfatiza o administrador. Em maio e junho de 2008 houveram invasões, porém, estas foram interrompidas pela prefeitura.

As casas, em sua maioria simples, dividem espaços com estabelecimentos comerciais e igrejas. Seus moradores residem em ruas, onde predominam as subidas e existem muitos barracos e casas de taipa. As ruas estreitas abrigam gente nas calçadas, conversando e colocando o assunto em dia.

Gente simples que apesar das dificuldades do dia a dia e da luta pela sobrevivência, não perdeu a alegria de viver e continua com um sorriso estampado no rosto.

Uma realidade que está incógnita em Morro de São Paulo. Poucos turistas circulam pelo local, na maioria das vezes, somente para fazer a caminhada que leva ao passeio da Fonte do Céu.

Evolução Histórica de Morro de São Paulo – O Descobrimento – De 1531 a 1942

Segundo os arquivos da época a primeira pessoa a desembarcar em Morro de São Paulo foi um explorador português, chamado Martim Afonso de Souza, em 1531.

Na ocasião Martin Afonso, estava acompanhado de seu irmão Pero Lopez.

Embora isto esteja publicado na grande parte dos livros de História, existem teorias de que eles não foram os primeiros europeus a pisarem nos solos de Tinharé.

O antropólogo e escritor, Antonio Risério, em seu livro “Tinharé–História e Cultura no litoral Sul da Bahia” (BYI Projetos Culturais LTDA/2003), aborda a imediatez dos irmãos em reconhecerem o lugar e a facilidade em nomeá-lo.

O que leva a crer que antes mesmo da passagem dos portugueses, alguns navios estrangeiros podem ter circulado por estas terras. O nome dado por Martim Afonso de Souza a ilha foi “Itanharéa”, sendo mais tarde chamada apenas de Tinharé, cujo significado de acordo com a língua índigena tupiniquim quer dizer “o que se adianta na água”.

Antonio Risério, em seu livro, fala minuciosamente da importância e passagem do povo indígena pelo litoral alto sul baiano. Impossível falar da história de Tinharé, sem citar os aimorés, conhecidos também por “botocudos” (por usarem botoques labiais e auriculares feitos de madeira) e os “gueréns”. Este grupo indígena não eram índios tupis. Pertenciam ao tronco linguístico “macro-jê”. Entre seus costumes estavam a ausência de aldeias e o fato de dormirem no chão sobre folhas. Sobreviviam da caça e da pesca. A colonização do litoral baiano teve início a partir das Capitânias Hereditárias, que se tratavam de imensas extensões de terra doadas por D. João III, rei de Portugal na época, a representantes com poder aquisitivo alto da iniciativa privada.

Em 1534, o território baiano foi dividido em três capitânias, sendo uma dessas a Capitânia de Ilhéus, que abrange a Costa do Dendê, onde fica o arquipélago de Tinharé.

Morro de São Paulo começa a ser citado historicamente no ano de 1535, quando o tenente Francisco Romero, partiu de Lisboa para a Costa do Brasil, ancorando seus navios e desembarcando na Ilha de Tinharé. Aportou na ilha juntamente com alguns barcos e colonos visando estabelecer ali a sede da Capitania.

Assim surgiu a primeira povoação européia da Capitânia de Ilheús, uma das primeiras do atual Estado da Bahia e uma das mais antigas de todo o Brasil.

Francisco Romero mudou os planos de tornar Morro de São Paulo a sede da Capitania quando percebeu que as terras de Tinharé não eram propícias ao cultivo da cana de açúcar. Francisco Romero rumou a outros destinos e fundou a Vila de São Jorge dos Ilhéus.

Mesmo não tendo sida escolhida como sede da Capitânia, Morro de São Paulo foi a partir de 1535 efetivamente colonizado e sua denominação deve-se pelo fato do desembarque de Francisco Romero com sua frota ter ocorrido justamente no dia de São Paulo, dia 25 de janeiro, data segundo o calendário da Igreja Católica correspondente a conversão de São Paulo. Já a denominação “morro” é explicada pela geografia acidentada da região. Nesta época, estas localidades formavam a Capitânia de Ilhéus e auxiliavam com homens e produtos alimentícios a reação baiana às invasões. Foi dentro deste contexto que surgiu a idéia das autoridades coloniais em construírem uma fortaleza nesta região com o propósito de defender a capital de ataques estrangeiros, então, o Governador Diogo Luis de Oliveira deu início à construção da Fortaleza de Tapirandu, em Morro de São Paulo, em 1630.

Anos mais tarde, de acordo com registros, Morro de São Paulo abrigava uma guarnição com 51 peças de artilharia, 183 homens e uma muralha de quase mil metros de extensão. Em 1730, a Fortaleza foi ampliada por D. Vasco Fernades César de Menezes, conhecido como Conde de Sabugosa, com o objetivo de tornar a ilha posto fiscal e militar. No início do século 17, o capitão Lucas Saraiva da Fonseca fixou residência em Morro de São Paulo e ao lado ergueu uma capela, pedindo proteção a Nossa Senhora da Luz.

Registros apontam que neste período havia poucas casas que ficavam situadas junto a Praça Aureliano Lima e na rua que levava a praia. As poucas moradias existentes nesta rua eram pertencentes aos nativos e aos soldados da Fortaleza.

Em Cairu, Boipeba e Morro de São Paulo começaram a surgir os conventos, casas, sobrados praças e igrejas. Após a fase das invasões holandesas, os aimorés ou botocudos voltam a atacar na região e agora chamados de “gueréns”, denominação que estes índios tinham nas terras de Porto Seguro. Os gueréns causaram medo e travaram inúmeros combates durante décadas na Capitânia de Ilhéus e consequentemente converteram as vilas de Cairu e Boipeba em pobreza. Neste período entraram em cena a mando das autoridades coloniais, os bandeirantes paulistas. João Amaro, um destes bandeirantes, foi destinado para Cairu em 1671 e até 1673 esteve na Vila e conseguiu apaziguar e por fim as intermináveis lutas dos gueréns.

Após o período de batalhas e de ser considerado como zona franca e ponto de passagem de aventureiros e contrabadistas, Morro de São Paulo passou a produzir farinha de mandioca. No século 17 muitos navios que vinham de Portugal e da Angola costumavam fechar negociações clandestinas antes de entrar na costa da Baía de Todos os Santos. As vilas do litoral sul passaram a ser as fornecedoras para Salvador e para as vilas do Recôncavo, inclusive, o antropólogo Antonio Risério, faz uma citação em seu “Tinharé–História e Cultura no litoral Sul da Bahia”-Capítulo 14- Pág.127, que define muito bem a situação dos povos do litoral sul nesta época: “O morador de Ilhéus, Cairu, Camamu ou de Boipeba é agora, economicamente, uma espécie de índio do morador da Bahia de Todos os Santos e terras circunsvizinhas….”

Por volta de 1670, o governador Afonso Furtado proibiu a construção de engenhos e as plantações de canaviais nas vilas do litoral sul, visando que todas as forças de trabalho fossem concentradas no cultivo da mandioca. Somente um engenho ficou existindo, por tratar-se de ser muito antigo e de propriedade de Antônio de Couros, em Cairu. Posteriormente, surgiu a época da extração da madeira e as matas do alto-sul da Bahia tiveram suas árvores tombadas para a construção de navios e para reparo das armadas da Baía de Todos os Santos. As praias do litoral do sul da Bahia foram recebendo os europeus, mais tarde os negros, cobrindo-se de novas espécimes vegetais, conhecendo novos bichos e novos estilos arquitetônicos.

Apesar de não ser a região que tenha concentrado o maior número de escravos, estas vilas tiveram a maior incidência de formação de quilombos, de acordo com Stuart Schwarz, que afirma em seu livro “Escravos, Roceiros e Rebeldes”, isto se explica pelo fato de que estas vilas se encontravam enfraquecidas e não tinham como bloquear a entrada de negros fugitivos. Cairu registra a presença de quilombos em sua história e apesar de ser considerado um local de difícil acesso, não impediu que os quilombos de se fixarem na região e permanecerem, até o final do século 17, deixando estas comunidades sob ameaça constante.

Segundo registros existiu uma denúncia em 1846 em relação à existência de uma irmandade negra, denominada de “Irmandade de São Benedito”, cuja sede seria na igreja franciscana local. Nos tempos que nem gueréns, nem os quilombos amedrontavam a região, as vilas começavam a retomar a rotina de sobrevivência.

Citamos mais uma vez Antonio Risério, que aponta que o Censo de 1780 revela que naquela época existiam em Cairú quatro mil habitantes e em Boipeba, 3.300.

Pode-se dizer que no século 18 Morro de São Paulo resumia-se territorialmente a uma única rua, que ligava a capela à praia. Com o surgimento da Fonte Grande, no ano de 1746 apareceu outra rua.

Embora o Brasil tenha ficado independente de Portugal em 1822, a Bahia somente conquistou sua independência no dia 02 de julho de 1823. Os portugueses recusaram-se a entregar a Bahia ás províncias nordestinas e a região amazônica e a partir dai travaram-se batalhas portuguesas e brasileiras até o desfecho desta história, que na Bahia terminou em 1823 com a retirada dos portugueses das terras e a incorporação do estado baiano ao estado Nacional.

A participação do litoral alto-sul, especificamente das vilas de Cairu, Boipeba e Morro São Paulo, foi importante nesta conquista principalmente no que diz respeito a Fortaleza de Tapirandu. Segundo anotações pessoais, o imperador D. Pedro II, visitou a ilha em 1859, juntamente com a Família Real. Nesta ocasião, de acordo com seus apontamentos, Dom Pedro II relata que viviam na ilha cerca de 300 famílias. Existem documentos que revelam um suposto banho do imperador na Fonte Grande, em companhia da Marquesa de Santos.

No final do século 20, o povoado de Morro de São Paulo perdeu sua importância estratégica e militar, transformando-se numa pacata vila de pescadores. A explosão dos cacaus na Bahia, registrada a partir da década de 1950, não atingiu as terras de Tinharé. Enquanto Ilhéus progredia e ganhava com as novidades urbanas, a Ilha de Tinharé registrava um panorama econômico paralisado com seu vilarejo de pescadores. Já neste período também, Morro de São Paulo oferecia segurança à navegação regional devido à presença do Farol e passa a sofrer com o medo ocasionado pela Segunda Guerra Mundial.

Agosto de 1942 – Os reflexos da Segunda Guerra Mundial no povoado de Morro de São Paulo

Morro de São Paulo ressurgiu no cenário brasileiro no período da II Grande Guerra, entre 1941 a 1945. A guerra estourava na Europa, mas o vilarejo de Morro de São Paulo, situado à milhas de distância, sentiu as consequências de maneira muito próxima.

O povo sentiu-se acoado o tempo inteiro. Este distanciamento geográfico e ao mesmo tempo esta proximidade com a guerra: o medo, a angústia, é explicado em função da ausência de notícias, pois não havia meios de comunicação na comunidade e também pela dificuldade de deslocamento, pois o tempo da viagem até a cidade de Valença que era a mais próxima podia durar quatro horas em barco a vela, dependendo das condições do mar. O medo dos habitantes de Morro de São Paulo também é atribuído a uma leitura própria, de acordo com o historiador e mestre em História Social, Augusto César M. Moutinho.

Esta leitura na verdade se estabelece em função de elementos culturais já segmentados na comunidade, por exemplo, o medo que sentiram em 1942 não é algo novo na população. A concepção de medo atingiu uma forma reconhecida pela comunidade, ou seja, eles conhecem o medo desde os primeiros tempos da colonização, através das tentativas de invasões dos holandeses. “Este medo é rememorável o tempo inteiro e a comunidade faz coletivamente uma releitura”, explica Moutinho.

Também professor da Faculdade de Ciências Educacionais (FACE), Moutinho é autor do livro: “A Sombra da Guerra” (Salvador/Quarteto,2005). A idéia em escrever o livro surgiu primeiramente como forma de dissertação do Mestrado de História e depois sim o livro que foi publicado em 2004. Sua família é nativa da ilha e ele conta que sempre ficava conversando com os mais velhos, sentado nas escadarias da Igreja Nossa Senhora da Luz, enquanto pegavam uma brisa fresca. Em meio a tantos outros temas, um era referência imediata na memória dos nativos, a Segunda Guerra Mundial. Estas conversas despertaram o interesse em falar sobre o assunto. A intensão do livro foi discutir as particularidades da comunidade.

A referência, argumenta o historiador, se dá por conta das grandes dificuldades da época, da alimentação e do medo. “Eles estavam praticamente isolados em termos geográficos e construíram uma noção de guerra extremamente particular e interessante”, ressalta. Nestas conversas com os antigos nativos, este conceito de medo sempre vinha à tona. E conforme Moutinho, é interessante falar também, talvez seja uma contradição, do saudossismo. E como a memória desobedece ao tempo e ao espaço, ele acredita que este saudossismo esteja relacionado as teias de solidariedade, aos bons tempos da ausência do capital, mas da liberdade de autônomia e da unidade familiar. De acordo com o livro e também alguns relatos de nativos que viveram nesta época, agosto de 1942 foi um período trágico mundialmente e particularmente para Morro de São Paulo, foram três dias de sufoco no litoral baiano.

Os moradores foram pegos de surpressa. A comunidade ficou abalada com os afundamentos dos navios brasileiros “Itagiba” e “Ararᔠque ocorreram aproximadamente 12 ou 15 milhas rumo leste da costa. “Foi terrível porque as pessoas chegaram muito machucadas, em baleeiras.

Alguns já mortos, recorda a senhora Elze Moutinho Wense, 77 anos, nativa. Ela reforça a teoria do medo, definindo este período como sendo o “tempo do medo”. “Qualquer coisa diferente que acontecesse a gente sentia medo. “Não podia deixar luz acessa nas casas à noite para evitar sinal de que havia gente”, conta. Existia um receio muito grande da inclusão de submarinos. Dona Zezé lembra do episódio de uma barcaça carrregada de bananas, que estava viajando rumo a Salvador e foi torpedeada. A carga foi toda roubada.

O naufrágio dos navios fez a comundiade sentir-se apreensiva, ansiosa e amedrontada. Os feridos passaram uma noite em Morro de São Paulo e depois foram levados no dia seguinte para a cidade de Valença, no prédio do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Fiação e Tecelagem, onde existia a antiga Recreativa (construção arquitetônica em estilo neoclássico que serviu como primeiro banco de sangue do estado nos anos da Segunda Guerra Mundial). Houve uma espécie de vontade coletiva de prestar socorro às pessoas. A noite que pernoitaram em Morro de São Paulo, os sobreviventes da tragédia dormiram na antiga casa de seu Manuel Elisbão, situada na Praça da Amendoeira, na Vila, parte central da ilha.

Segundo algumas narrativas, na verdade não se sabe as dimensões disso, mas um carrasco alemão, destacado por Hitler para atacar esta parte do litoral da Bahia, tinha como técnica torpedear, submergir e atirar ainda nos naufrágos. Segundo alguns relatos isto era muito comum e acabou chegando naquele momento à comunidade de Morro de São Paulo.

Paralelo a este acontecimento dos torpeamentos e naufrágio dos navios, havia as medidas governamentais como o blecaute parcial e total do litoral. O medo povoa a noite, então, nesta parte do dia era muito complicada para os nativos, que tinham o hábito de pescar com fachos de luz (pedaços de pau com fogo na ponta que serve para iluminar a pesca noturna). Isto já não era mais possível, fazendo com que a capacidade de sustentabilidade da comunidade diminuísse notoriamente. Os alimentos começaram a ser racionados. “Quando íamos para Valença fazer feira trazíamos poucos alimentos”, recorda Dona Zezé.

Seu Valencio Inato Manuel do Nascimento, conhecido como Dandão, 85 anos também outro antigo morador e pescador da ilha, guardou na memória os tempos de pavor vividos em 1942. Ele recorda que quando pescava na ilha do Caitá, na Terecira Praia, ouvia os estouros vindos de perto da costa.

Para concluir o episódio das consequências da Segunda Guerra em Morro de São Paulo, o historiador Augusto César M. Moutinho aponta ainda outra questão: o mito reconstituído. O homem do litoral sempre conheceu o piatatá, que na perspectiva do pescador era uma bola de fogo que percorre o horizonte e mata todo mundo. Dona Mariinha, outra antiga nativa, já falecida, também foi ouvida por Moutinho na elaboração de seu livro.

Em alguns de seus relatos quando falava especificamente dos alemães, Dona Mariinha misturava os elementos, dizendo que os submarinos lançavam fachos de luz no céu e clareavam tudo. Inconscientemente, a antiga moradora referia-se a figura do piatatá.

Outro exemplo e segundo o autor o mais impressionante de todos, está no relato desta mesma senhora ao falar do tempo da colonização, uma releitura de um mito criada no tempo da invasão holandesa, em 1624. Conta à lenda que o nome dado a uma parte da Fortaleza de Tapirandu, onde fica o Forte de Santo Antônio, é atribuído ao fato de que na época da guerra, tentaram invadir Morro de São Paulo e Santo Antônio colocou várias velas acessas no curso da Fortaleza.

Isto assustou e espantou os invasores. Ela dizia que seus antepassados contaram esta história a ela. Estes elementos estão presos na memória do nativo e são agregados a cultura local. Quando se discute o contexto das invasões holandesas ou da Segunda Guerra Mundial, se discute também estes elementos. Conforme Moutinho, estes elementos dizem respeito ao cotidiano das pessoas. “Não é abstração, se enxerga isto na prática e é isto que torna a História mais saborosa e agradável, não lidando somente com datas e sim com fatos e pessoas”.

O surgimento do Turismo

E a história prossegue. Quatro séculos depois da colonização lusitana, Morro de São Paulo começa a dar os primeiros indícios de que estava nascendo uma nova era. A era do turismo.

A partir de 1960 a ilha passa a apresentar os primeiros sinais do progresso, recebendo as visitas de pessoas que moravam em cidades vizinhas. Eram os chamados veranistas, famílias de classe média alta vindas das cidades baianas de Gandu, Valença, Cruz das Almas e da capital, Salvador. Alguns eram fazendeiros de cacau que construíram suas casas para passar as férias, geralmente os três meses do verão, e principalmente localizadas na Primeira Praia e na Vila. Neste tempo, os veranistas costumavam trazer mantimentos para trocar com os moradores.

“Havia uma integração muito forte, uma troca carinhosa”, enfatiza a ex-diretora de Cultura e Turismo da extinta Secretaria Especial de Morro de São Paulo, Lena Wagner. Ela veraneava em Morro nesta época e lembra da solidariedade e integração que havia na comunidade.

Nesta época para viajar até a cidade de Valença se levava no mínimo três horas. O motivo é que o meio de transporte utilizado era o barco a vela. A pesca era abundante. Na vila havia somente poucas casas e a Igreja Nossa Senhora da Luz. Morro de São Paulo era um vilarejo e seus habitantes tinham uma vida simples, sem energia elétrica e os privilégios do progresso.

Em meados de 1970, Morro ficou conhecido mundialmente por receber a visita de comunidades hippies, que acampavam na beira da praia e arredores da Vila.

Derepente quando os mochileiros descobrem as belezas naturais e vão chegando com costumes adversos, os veranistas, alguns mais conservadores, começam a se afastar.

Lena Wagner lembra que alguns veranistas recomendavam que os moradores não deveriam conversar com os hippies. “Marginalizavam a questão”, ressalta Lena. Mas havia muita curiosidade por parte dos que viviam aqui e os nativos se introssavam com estas pessoas com hábitos, digamos, um pouco diferentes.

Alguns veranistas se afastaram da ilha neste período, foram para outros lugares. Alguns fecharam suas casas e até hoje as mantém, servindo ainda como casa de veraneio.

Em 1980, segundo alguns nativos, havia menos de 10 casas de veranistas situadas na beira da Primeira Praia. A principal atividade econômica do povoado ainda era a pesca e já começava a receber um aliado, o turismo.

Nestes tempos não havia luz elétrica, e sim um gerador a diesel que permanecia ligado somente até às 22 horas. Nas demais praias, hoje chamadas de Segunda, Terceira e Quarta, havia apenas grandes fazendas, onde plantava-se coco, piaçava e dendê. Saiba mais sobre a história e desenvovlimento destas praias no link Praias A energia elétrica surgiu em 1986 e o telefone em 1988.

Segundo reportagens de jornais da época, a chegada da energia elétrica a Morro de São Paulo é atribuída a um estrangeiro. Um russo chamado Aleixo Belov, navegador, foi o responsável pela implantação da luz elétrica, através da construção de um cabo submarino de 870 metros.

Durante a década de 80, o turismo se intensifica e Morro de São Paulo recebe uma grande quantidade de turistas e investidores. A partir daí, os habitantes veêm o pequeno povoado se transformar turistícamente e suas vidas mudam. Nesta época, deram-se o aparecimento dos grandes investimentos como hotéis, pousadas, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais.

Na década de 90 o turismo em Morro de São Paulo é considerado atividade lucrativa, fazendo com que surja o turismo de massa e o aparecimento de novos moradores, inclusive estrangeiros, que vêm para Morro de São Paulo à procura de trabalho e dinheiro. Houve uma proliferação dos meios de hospedagem, foram criadas as pistas de pouso, surge a especulação imobiliária e indisciplinamente Morro de São Paulo cresceu.

E aí vem a pior parte desta história: foram surgindo os problemas ambientais.

Morro de São Paulo recebeu o impacto do turismo diretamente em suas belezas naturais, ocasionados grande parte pela falta de cuidados da própria comunidade e pelo descassso e inexistência de uma política administrativa.

Em 1992 surgiu a primeira tentativa de preservação do meio ambiente: a criação da Área de Proteção Ambiental das Ilhas de Tinharé e Boipeba (APA), na ocasião da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a ECO-92, no Rio de Janeiro. A criação da APA de Tinharé-Boipeba¸ abrange 433 km² e deu-se pela necessidade de proteção da vegetação (Mata Atlântica e Restinga), encontrada nestas áreas.

A APA compreende os distritos de Galeão e Gamboa, e as vilas de Morro de São Paulo, Garapuá, São Sebastião (também conhecida como Cova da Onça), Moreré e Canavieiras.

O censo de 2007, realizado pelo IBGE, acusou um total de 3.863 moradores existentes em Morro de São Paulo, sendo que 975 pertencem a localidade do Zimbo.

Hoje dos moradores, a maioria não são nativos. São oriundos de outras cidades da Bahia e também de outros estados do Brasil, como Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Conforme dados da Bahiatursa, órgão responsável pelo turismo na Bahia, a oferta hoteleira do Arquipélago de Tinharé em 2008 era de 6.558 leitos.

Morro de São Paulo é a localidade com maior número, 5.033 leitos. Boipeba está em segundo lugar, com 866 leitos e após seguem outros povoados como Gamboa com 279, Moreré com 157 e Garapuá com 116.

O restante da ocupação está em Cairú e arredores.

Muitas pessoas chegaram, algumas foram embora. Outras se fixaram e formaram famílias. Mas todas deixaram alguma coisa que marcasse sua presença e fizeram aqui um pouquinho de sua história.

E essa história de todos é a memória viva de Morro de São Paulo e que você também está ajudando a construir.

Fonte: www.morro.travel

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