Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

27 de Junho

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Pouco se sabe a respeito da autoria artística do quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, apesar de conhecidíssimo pelos católicos do mundo inteiro.

Segundo especialistas, há forte indício que o artista seja grego, pois as inscrições estão neste idioma. Esta pintura deve ter sido executada no período compreendido entre os séculos XIII e XIV. A tradução das quatro letras gregas na parte superior da tela significam “Mãe de Deus”.

No quadro, o Menino Jesus, ao colo de Nossa Senhora contempla um dos anjos, que respectivamente seguram na mão instrumentos prefigurativos dos sofrimentos futuros, da paixão e morte do Salvador: lança, vara com a esponja, o cálice com fel, cruz e cravos. O quadro é composto de significativos detalhes.

O Menino Jesus, amedrontado com a visão dos arcanjos Miguel e Gabriel segurando os referidos instrumentos, busca socorro no colo seguro da Mãe, já que uma das sandálias lhe resta ao pé esquerdo, dependurada só pelo cadarço.

Maria o acolhe maternalmente e nos fita com olhar terno, ao mesmo tempo triste, como sinal de apelo à humanidade pelos pecados, causa do sofrimento do seu Filho. A tradução das letras gregas acima do ombro Menino, significam “Jesus Cristo”.

Segundo tradições orientais, o quadro, uma pintura em estilo bizantino, é uma reprodução de uma pintura feita por São Lucas, que além de escritor, era também pintor.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Conta-se que este quadro ficava exposto em um templo na Ilha de Creta, e que fora roubado por um negociante que pretendia levá-lo a Roma a fim de vendê-lo.

Quando o navio saiu, uma tremenda tempestade formou-se, causando desespero na tripulação. Todos pediram socorro à Deus à Virgem, ocasião em que a tempestade dissipou-se.

A embarcação acabou aportando na Itália, mais ou menos na mesma época em que Colombo trazia da América para a Europa a nau “Santa Maria”. O quadro milagroso de Nossa Senhora foi transportado para a cidade de Roma.

Posteriormente, após a morte do ladrão, Maria manifestou-se a diversas pessoas, expressando o desejo de que esse quadro fosse venerado na Igreja de São Mateus (hoje Igreja de Santo Afonso), em Roma, a qual está situada entre as Igrejas de Santa Maria Maior e São João de Latrão. Seu desejo não foi atendido e algum tempo depois, o quadro ficou em poder de uma mulher que tinha uma filha de 6 anos.

Certo dia, Maria apareceu à menininha e lhe indicou um lugar, dizendo:

“quero que o quadro seja colocado entre a minha querida Igreja de Santa Maria Maior e a do meu filho São João de Latrão”.

A própria Virgem Maria, nessa aparição, foi quem deu à menininha o título “Perpétuo Socorro” e lhe manifestou o desejo de ser invocada com este nome. A menina contou o fato à sua mãe e esta resolveu seguir o indicado pela Virgem, entregando a imagem aos padres agostinianos, que residiam na Igreja de São Mateus, onde foi exposta à veneração pública no dia 07 de março de 1499, numa solene procissão. Lá permaneceu por três séculos tornando-se centro de peregrinação católica.

No ano de 1778, por ocasião da guerra civil, o venerável templo foi destruído, mas o quadro foi preservado e graças aos religiosos agostinianos, foi levado a salvo para o seu novo mosteiro, junto à Igreja de Santa Maria in Posterula, lado oposto da cidade.

O último membro da Congregação a fazer profissão religiosa no templo de São Mateus foi o frade Agostinho Orsetti. Com idade avançada e sentindo a proximidade da morte, recebia as visitas de um jovem amigo, Miguel Marchi, a quem lembrou por diversas vezes da Virgem do Perpétuo Socorro:

“Não te esqueças, Miguel, – disse ele – que a imagem que está na capela é a mesma que foi por muito tempo venerada em São Mateus. Quantos milagres sucederam!”.

Mais tarde, quando o jovem já pertencia à Ordem dos Redentoristas, ouvindo que um confrade seu encontrara documentos preciosos, relatou tudo o que ouvira do Frei Orsetti a respeito do quadro.

Passado algum tempo, o Papa Pio IX chamou para Roma os redentoristas, e nessa ocasião veio à tona a questão sobre a santa imagem.

Os padres redentoristas solicitaram ao Papa que o quadro fosse colocado na Igreja de Santo Afonso, construída no mesmo lugar em que estivera a Igreja de São Mateus, ora destruída pela guerra. Atendendo ao pedido, o Papa disse:

“É a nossa vontade que a imagem da Santíssima Virgem volte para a Igreja localizada entre Santa Maria Maior e São João de Latrão”.

Ao mesmo tempo, deu ordem aos redentoristas que divulgassem a devoção ao mundo inteiro. No dia 26 de abril de 1866, a imagem foi solenemente levada em procissão para o local de sua escolha, a Igreja de Santo Afonso, grande apóstolo e defensor de Maria. A devoção hoje encontra-se presente no mundo inteiro e milhões de cópias foram reproduzidas em todo o globo.

Reflexões

O quadro de Nossa Senhora do Pertétuo Socorro resume, em poucos detalhes, um leque enorme de mensagens.

A estampa expressa símbolos altamente significativos da fé: devoção mariana, Nascimento, Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. A figura do Menino Jesus remonta o seu divino Nascimento.

Ao mesmo tempo, a atitude do Menino diante da visão aterradora, O transporta à mesma sensação que iria sentir no Horto das Oliveiras. Busca Ele, no colo de Maria, Sua Mãe, socorro, proteção, consolo e segurança. Este é o ângulo do espectador em relação ao quadro.

Um segundo ângulo, porém, do quadro para o espectador, ou de Maria para a humanidade, traduz um significado tão profundo quanto o primeiro: Maria se coloca como referência diante dos nossos pecados, intercedendo por nós junto a Jesus. Diante dos nossos sofrimentos, Ela é o nosso colo, nossa segurança, nosso Perpétuo Socorro. A riqueza de informações atinge extrema magnitude.

Deve ser mesmo reprodução de um quadro de São Lucas, pois quase não dá para conceber como tantas informações possam caber em tão pouco espaço:

1) Parte superior – iniciais em grego para “Mãe de Deus”

2) Auréola – colocada em 1867 a pedido do Vaticano pelos milagres atribuídos a Ela

3) Estrela no Véu – Ela, a Estrela do Mar, que traz a Luz ao mundo e a Luz que nos conduz ao porto Seguro da Eternidade

4) Inicial em grego sobre o arcanjo Miguel – que apresenta a lança, a esponja e o cálice da Paixão

5) Inicial em grego sobre o arcanjo Gabriel – que apresenta a Cruz e os cravos, instrumentos da morte de Jesus

6) Os olhos de Maria – grandes e voltados para nossas necessidades

7 A boca pequena de Maria – recolhimento e o silêncio

8) Iniciais gregas acima do Menino, que significa “Jesus Cristo”

9) Túnica Vermelha – distintivo das virgens no tempo de Nossa Senhora

10) De mão dada com o Menino – Mão de consolo de Maria, significando também sua intercessão em favor dos homens

11) Manto azul escuro – Maternidade e Virgindade de Maria

12) Mão esquerda de Maria – apoio e sustento à humanidade

13) Fundo Amarelo – representa o ouro, simbolizando a glória do Paraíso

14) Sandália caída – nosso consolo ante as dificuldades e atropelos da vida.

Fonte: www.paginaoriente.com

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

27 de Junho

A devoção à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro nasceu de um ícone milagroso, roubado de uma igreja, na ilha de Creta, Grécia, no século XV.

Trata-se de uma pintura sobre madeira, de estilo bizantino, através do qual o artista, sabendo que a verdadeira feição e a santidade de Maria e de Jesus jamais poderão ser retratadas só com mãos humanas, expressa a sua beleza e a sua mensagem em símbolos. 

Nesse quadro a Virgem Maria foi representada a meio corpo, segurando o Menino Jesus nos braços. O Menino segura forte a mão da Mãe e observa assustado, dois anjos que lhe mostram os elementos de sua Paixão.

São os Arcanjos Gabriel e Miguel que flutuam acima dos ombros de Maria. A belíssima obra é atribuída ao grande artista grego Andréas Ritzos daquele século e pode ter sido uma das cópias do quadro da Virgem pintado por São Lucas, segundo os peritos. 

Diz a tradição que no século XV, um rico comerciante se apropriou do ícone para vendê-lo em Roma. Durante a travessia do Mediterrâneo, uma tempestade quase fez o navio naufragar. Uma vez em terra firme, foi para a Cidade Eterna tentar negociar o quadro.

Depois de várias tentativas frustradas, acabou adoecendo. Procurou um amigo para ajuda-lo, mas logo faleceu. Antes, porém contou sobre o ícone e lhe pediu para leva-lo à uma igreja, para ser venerado outra vez pelos fiéis.

A esposa do amigo não quis se desfazer da imagem. Após ficar viúva, a Virgem Maria apareceu à sua filha e lhe disse para colocar o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro numa igreja, entre as basílicas de Santa Maria Maior e São João Latrão. Segundo a menina, o título foi citado pela Virgem sem nenhuma recomendação. 

O ícone foi entronizado na igreja de São Mateus, no dia 27 de março de 1499, onde permaneceu nos três séculos seguintes. A notícia se espalhou e a devoção à Virgem do Perpétuo Socorro se propagou entre os fiéis.

Em 1739, eram os agostinianos irlandeses exilados do seu país, os responsáveis dessa igreja e do convento anexo, no qual funcionava o centro de formação da sua Província, em Roma. Alí, todos encontravam paz sob a devoção de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. 

Três décadas depois os agostinianos irlandeses foram designados para a igreja de Santa Maria em Posterula, também em Roma, e para lá também seguiu o quadro da “Virgem de São Mateus”.

Mas alí já se venerava Nossa Senhora da Graça. O ícone foi colocado na capela interna e acabou quase esquecido. Isto só não ocorreu, por causa da devoção de um agostiniano remanescente do antigo convento. 

Mais tarde, já idoso ele quis cuidar para a devoção de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, não ser esquecida e contou a história do ícone milagroso à um jovem coroinha. Dois anos depois de sua morte, em 1855 os padres redentoristas compraram uma propriedade em Roma, para estabelecer a Casa Generalícia da Congregação fundada por Santo Afonso de Ligório.

Mas não sabiam que aquele terreno era da antiga igreja de São Mateus, escolhida pela própria Virgem para seu santuário. No final desse ano ingressou com a primeira turma do noviciado aquele jovem coroinha. 

Em 1863, já padre, ajudou os redentoristas a localizarem o ícone de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, depois da descoberta oficial dessa devoção nos livros antigos da igreja de São Mateus.

O quadro entregue pelo próprio Papa Pio I, com a especial recomendação: “Fazei que todo o mundo A conheça”, foi entronizado no altar-mor do seu atual santuário, em 1866. Outras cópias seguiram com esses missionários para a divulgação da devoção a partir das novas províncias instaladas por todo o mundo.

Nossa Senhora do Perétuo Socorro foi declarada Padroeira dos Redentoristas, sendo celebrada no dia 27 de junho.

Oração a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Deus, nosso Pai, nós vos agradecemos porque nos destes Maria como nossa Mãe e refúgio nas aflições. Socorrei-nos, dia e noite, ó Mãe do Perpétuo Socorro. Ajudai os doentes, e os aflitos vinde consolar! Vosso olhar a nós volvei e vossos filhos protegei. Ó Maria, dai saúde ao corpo enfermo, dai coragem na aflição; sede a nossa estrela-guia na escuridão. Socorrei-nos, amparai-nos e dai-nos hoje a graça que vos pedimos. Amém!

Fonte: www.paulinas.org.br

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

27 de Junho

NOSSA SENHORA é nossa Mãe e como um bom filho, sempre devemos deixar nascer em nosso coração o desejo de conheça-la melhor e de agradá-la de algum modo. Foi assim, que nasceu e cresceu vigorosamente a vontade de saber como surgiu o nome de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Jesus Crucificado

O Novo Testamento nos indicou o caminho exato. Nos últimos momentos de vida de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, pregado a Cruz no Gólgota em Jerusalém, num derradeiro esforço para manifestar a Sua Última e Eterna Vontade, o SENHOR colocou João Evangelista, o Discípulo que ELE mais amava, representando a humanidade de todas as gerações.

Assim, as Sua Divinas palavras dirigidas a ele, devem ser acolhidas vigorosamente por cada um de nós, porque na verdade, esta foi a intenção DELE, deixar o seu testamento para todos os seus filhos.

E por isso também, ao falar com sua MÃE: “Mulher, eis o Teu filho”! (Jo 19, 26) indicando João Evangelista que estava ao lado Dela, o SENHOR entregou a sua própria MÃE para ser a MÃE Espiritual da humanidade de todas as gerações, ali representada pelo seu Discípulo João Evangelista.

E para confirmar o derradeiro e eterno desejo Divino, o SENHOR agora olhando para João Evangelista, que estava ao pé da Cruz junto a sua MÃE e de algumas Santas Mulheres, disse: “Eis a Tua Mãe”! (Jo 19, 27), mostrando-lhe a VIRGEM MARIA.

Então, o SENHOR com a imensidão de seu Divino Amor, dava a todas as gerações um maravilhoso e incomensurável presente, entregando a ternura, o carinho, a bondade, o auxílio e a eficaz proteção, além do amor eterno e perpétuo de Sua Querida e Amada MÃE, para ser também a Mãe de cada um de nós, para nos ajudar em todas as necessidades, inspirar nossas decisões, proteger e orientar os nossos passos e toda a nossa vida perpetuamente, até o final de nossa caminhada existencial.

Por tudo isto, NOSSA MÃE SANTÍSSIMA, MÃE DE DEUS é também NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO, a nossa querida e amada MÃE DO CÉU.

“ORAÇÃO”

NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO, volvei a nós os Vossos olhos misericordiosos e nos socorrei em nossas necessidades. Sois a nossa bondosa Mãe e medianeira de todas as graças, refúgio dos pecadores, consolo dos aflitos e estrela guia de nossa existência. Coloco-me sob a Vossa poderosa e eficaz proteção e Vos suplico que obtenha de JESUS, Vosso tão querido e amado FILHO, a graça que necessito nesta hora de angústia e aflição (fazer o pedido).

Obrigado minha querida Mãe. – Rezar: Pai Nosso + Ave Maria + Gloria.

Ó MARIA, MÃE DO PERPÉTUO SOCORRO, rogai por nós que recorremos a Vós.

O ÍCONE DA VIRGEM

Muitos autores afirmam que o primeiro Ícone de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO foi pintado em madeira por São Lucas, no século I, na época em que a VIRGEM MARIA morava em Jerusalém. Revela a tradição que Ela com o MENINO JESUS aos braços viu a pintura e apreciou muito, abençoando o artista e o seu trabalho.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Pintando Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Quando Lucas completou o Ícone, é tradição que ele deu de presente ao seu amigo pessoal e patrono Teófilo, e viajou em companhia de São Paulo, no prosseguimento do trabalho de evangelização. 

Consta ainda de informações antigas, que em meados do século V, o Ícone da VIRGEM foi encontrado no Império Bizantino.

Santa Pulquéria, que era Rainha e governava o país, ergueu um Santuário em honra da VIRGEM MARIA em Constantinopla, e segundo fontes fidedignas, aquele Ícone permaneceu lá por muitos anos, onde nossa MÃE SANTÍSSIMA era venerada por milhares de cristãos: reis, imperadores, santos e pecadores, homens, mulheres e crianças, ricos e pobres, e sobre todos derramava, uma quantidade incontável de graças, milagres e benefícios. Também neste período, se tem conhecimento de que já existia pelo menos uma copia do original, que se encontrava no salão imperial de audiências da Rainha em Constantinopla.

Por outro lado, desde tempos remotos, a arte sempre foi influenciada pela religiosidade popular, e mais especificamente nos séculos XII e XIII, com muito fervor foi colocada em grande evidência a Natureza Humana de JESUS, sendo divulgados com frequência os sofrimentos da Paixão, o Drama do Calvário do SENHOR e as Dores de NOSSA SENHORA.

Aqueles fatos tristes e terríveis centralizavam a devoção das pessoas, que pelo cultivo deles, revelavam a grandeza de seu piedoso amor e carinho a JESUS e a VIRGEM MARIA.

Neste sentido, dois grandes Santos da época contribuíram exercendo uma forte influência com suas pregações, para que existisse de fato um acentuado exercício da devoção aos sofrimentos do SENHOR: foram São Bernardo de Claraval e São Francisco de Assis.

E esta ênfase foi sentida principalmente no Oriente, através da obra evangelizadora dos Padres Franciscanos. E desta realidade, resultou o aparecimento de uma manifestação artística denominada “Kardiotissa”, derivada da palavra grega (kardia ou kardio, que significa coração).

Assim, a denominação artística “Kardiotissa” ou “Kariotissa” significava (revelar misericórdia e piedade, mostrar um sentimento de compaixão). Então, esta corrente de pintores colocava as imagens sacras de seus quadros, expressando algum tipo de dor e sofrimento em relação à Paixão do SENHOR.

Historicamente fomos encontrar informações fidedignas relacionadas à pintura de São Lucas, somente a partir desta época, e mais precisamente no ano 1207, num despacho do Papa Inocêncio III, em face da admirável quantidade de milagres que NOSSO SENHOR realizava, pela intercessão de sua MÃE, representada numa pintura em madeira, com o MENINO JESUS ao colo, que afirmavam ser a pintura de São Lucas. Sua Santidade o Papa declarou que “verdadeiramente a alma de MARIA parecia se encontrar na imagem, uma vez que era tão bonita e tão milagrosa”.

Segundo afirma a tradição, São Lucas era grego, da mesma maneira que os seus pais. Assim o estilo bizantino originário daquela região, estava por assim dizer, no seu sangue. Então, nos séculos XII, XIII e XIV, os pintores fizeram diversas cópias em madeira e tela, criando o Ícone de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO, procurando mesclar o estilo bizantino de Bizâncio, com aquela nova manifestação artística, buscando colocar expressões de sofrimento, dor e expectativa, nas faces da VIRGEM MARIA e do MENINO DEUS.

Importante, todavia, era que o poder da graça Divina continuava operando de maneira notável naqueles Ícones benzidos e consagrados, que se tornaram verdadeiros intercessores milagrosos. A VIRGEM MÃE DE DEUS continuou vivendo naquelas imagens, ajudando, socorrendo as necessidades das pessoas, protegendo, inspirando, e estimulando todos os seus filhos que buscavam a ternura de seu inefável afeto e tão querido amor.

Entretanto o Ícone original desapareceu misteriosamente. A tradição comenta que foi durante o cerco de Constantinopla.

A conquista da capital bizantina pelo Império Otomano, no dia 29 de Maio de 1453, causou o desaparecimento de diversas relíquias cristãs, de valor inestimável. Descreve a tradição que na véspera da queda da Cidade, durante o reboliço vivido pela multidão, cada pessoa se movimentava articulando alguma providência para escapar do cerco turco. À noite alguém se apossou do Ícone da VIRGEM e da Coroa Imperial, dos quais, nunca mais se teve qualquer notícia!

Este fato nos faz presente, que a passagem dos séculos não alterou e nem modificou o comportamento e a dedicação de MARIA em relação a humanidade, Ela continua demonstrado o mesmo carinho, a preciosa atenção e o perpétuo auxílio, através do Ícone pintado por São Lucas, assim como de todos os outros Ícones cópias e imagens, que visam, sobretudo, fazer com que Ela, a MÃE DE DEUS, seja mais conhecida e amada pelos seus filhos.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Santuário na Ilha de Creta

Assim o Ícone (“eikon”, palavra grega cuja tradução é imagem) de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO que normalmente conhecemos, é desse tipo: tradicional bizantino ligeiramente modificado pelo medieval estilo “Kardiotissa”. Nele observamos a VIRGEM MARIA segurando o MENINO JESUS aos braços, e ELE, com uma expressão de expectativa um pouco assustado, segurando fortemente com as duas pequenas mãos, o polegar direito de sua MÃE, e olhando na direção do Arcanjo Gabriel.

O Arcanjo Gabriel está com a Cruz da Redenção e a esquerda da VIRGEM MARIA, está o Arcanjo São Miguel com os instrumentos da Paixão do SENHOR: a lança, o cravo de ferro, balde e a cana (vara de hissopo) com a esponja molhada no vinagre (conforme Jo 19, 29).

Como uma criança assustada diante daqueles terríveis instrumentos de Sua Paixão, ELE deve ter se movimentado nos braços da MÃE e involuntariamente soltado de seu pé direito a sandália, que está dependurada.

A face de NOSSA SENHORA é séria e triste, olhando em nossa direção, nos mostrando o seu pequenino e amoroso FILHO, e ao redor, os instrumentos da sua abominável flagelação e crucificação, suscitando nossa piedade e devoção, e nos convidando a lembrar sempre os motivos do sofrimento e das dores de JESUS para Redimir a Humanidade de todas as gerações.

Continuando …

A Ilha de Creta na Grécia era uma possessão veneziana desde 1204. Pela facilidade de transporte e comunicação com a Europa, era o centro dominador da produção e distribuição de mercadorias entre o Oriente e o Ocidente.

No século XV, por volta do ano 1498, havia um Ícone muito bonito de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO numa Igreja na Ilha de Creta, que desde algum tempo vinha atraindo frequentadores e causando emoção pelos milagres de DEUS que aconteciam em face das orações, preces e suplicas do povo à MÃE DE DEUS na presença intercessora daquela imagem.

Inclusive pessoas com elevada posição social afirmavam que aquele Ícone era o original pintado por São Lucas. Ele já estava naquela Igreja há algum tempo e era conhecido e venerado por todas as pessoas. Um dia, um comerciante local, com sérios problemas pessoal e financeiro, que tinha planos de viajar para a Itália, roubou a imagem e a levou consigo num navio.

Por causa das embarcações não serem suficientemente resistentes, o percurso marítimo era margeando a costa do continente. Entretanto, já distante de Creta, se formou uma grande tempestade, e os marinheiros apavorados imploraram a misericórdia de DEUS, pedindo a NOSSA SENHORA que intercedesse por eles para salvar a embarcação e suas vidas.

Suas preces foram ouvidas e eles foram salvos do naufrágio, sem saberem que dentro da embarcação existia uma cópia ou o original, do Ícone da VIRGEM DO PERPÉTUO SOCORRO.

O grego raptor da Imagem desembarcou em Veneza, e trabalhou durante um ano na cidade, quando decidiu mudar para Roma. A imagem seguia com ele, muito bem protegida. Instalado na Cidade Eterna há mais de quatro anos, em face do excesso de trabalho, pegou uma séria enfermidade, que se agravou na sequência dos meses.

Entre as amizades que formou, tinha um amigo especial, também grego como ele, que lá residia há mais de dez anos e inclusive tinha esposa e uma filha.

O raptor sabendo que seu estado de saúde não era bom abriu o coração e narrou ao amigo, à audaciosa aventura de sua vida:

“Alguns anos passados, eu roubei um quadro com uma bela imagem da MADONNA na Igreja de Creta! Não era para vender. Estava atravessando uma fase infeliz nos negócios e queria uma proteção pessoal, a fim de ter coragem para me aventurar e desbravar outros horizontes.

Não sou um fervoroso religioso, mas só de olhar a imagem, sempre senti crescer uma poderosa força dentro de mim. Por isso, agora doente, no fim da vida, peço levá-la a uma Igreja, e, por favor, descreva este fato apresentando as minhas desculpas. Eu lhe imploro que a imagem seja colocada numa Igreja onde o povo possa visitá-la e honrá-la”.

Assim que ele faleceu, o amigo encontrou o quadro e o levou para sua casa, a fim de mostrá-lo a sua esposa e juntos, escolherem a Igreja, aonde deveriam conduzi-lo. Mas, ao ver a imagem, a esposa ficou admirada e naquele primeiro momento não quis levar o Ícone da VIRGEM para uma Igreja.

Na verdade, o casal não era muito religioso, rezavam às vezes, mas nunca seguidamente, por que também nada conhecia da obra de JESUS e da incomensurável grandeza do Amor Divino.

Aquele quadro foi colocado na parede da sala de refeições, e numa posição tão estratégica, que ao passar diante dele, ou estando à mesa durante as refeições, involuntariamente o olhar descansava na beleza invulgar e profunda da MÃE DE DEUS.

E assim, do costume adquirido pelo casal de olhar a imagem sempre que se assentavam a mesa, seguiu a delicadeza dos gestos. Como primeira manifestação, o casal começou a se persignar diante da imagem antes das refeições.

Depois se acostumaram a trocar algumas palavras diante da Imagem, como se a colocassem participando do assunto. E às vezes, em silêncio, deixavam o coração falar… No silêncio da voz o ouvido do coração se abria com mais nitidez a resposta do SENHOR.

Outras vezes, confiantemente suplicavam a VIRGEM pedindo a Divina proteção no trabalho, para vencer as dificuldades do cotidiano, conservando-lhes a boa saúde para a continuidade da caminhada existencial.

Certo dia, oito meses após a morte do amigo, junto ao Ícone da VIRGEM, o casal conversava e trocava idéias, sobre a necessidade de ser cumprida a vontade do falecido, como condição primordial, para se conseguir uma necessária paz interior e também, a amizade de NOSSA SENHORA.

Eles já estavam frequentando a Igreja com mais pontualidade e até faziam algumas orações. Por esse motivo, naquele momento, contritos e decididos diante da Imagem da VIRGEM, receberam uma “Luz”, que entenderam ser o desejo de NOSSA SENHORA, que o quadro fosse colocado numa Igreja situada entre a Basílica de Santa Maria Maggiore e a Basílica de São João de Latrão.

Naquele mesmo dia 27 de Março de 1499, a imagem foi levada para a Igreja de São Mateus Apóstolo, no Monte Esquilino, uma das sete colinas de Roma, que estava situada entre a Basílica de Santa Maria Maggiore e a Basílica de São João de Latrão. Foi colocada entre duas lindas colunas de mármore preto de Carrara, logo acima de um magnífico altar de mármore branco.

E se constituiu numa maravilha, durante três séculos, desde 1499 até 1798, a Igreja de São Mateus, foi uma das mais procuradas pelos peregrinos que visitavam Roma, porque queriam rezar diante da imagem milagrosa de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO. 

Entretanto, em 1796/1797, o exército francês sob o comando de Napoleão Bonaparte invadiu os Estados Pontifícios. Roma ficou diante da terrível ameaça do inimigo, a tal ponto que o Papa Pio VI, foi forçado a assinar um Tratado de Paz, o Tratado de Tolentino, em 17 de Fevereiro de 1797.

Todavia, um ano após a assinatura do Tratado, o general francês Louis Alexandre Berthier marchou sobre Roma e proclamou a “República Romana Livre”. Ele mentiu, dizendo que não havia liberdade e que o povo estava escravizado.

Mas na realidade, o pretexto da quebra do Tratado de Paz foi justamente o assassinato de um general da embaixada francesa em Roma, de nome Mathurin Léonard Duphot, num tumulto popular provocado por revolucionários franceses e italianos no dia 28 de Dezembro de 1797. E por esse motivo, pelo fato de ter mentido e ser muito autoritário, pouco depois, Berthier foi substituído pelo general francês André Masséna.

Em 03 de junho de 1798, o General André Masséna querendo espaço para instalações militares e administrativas na cidade, ordenou que trinta Igrejas fossem destruídas! Uma delas foi a Igreja do Apóstolo São Mateus, onde estava o Ícone da VIRGEM! Foram dias difíceis para os cristãos e as Ordens Religiosas. E como também o Mosteiro Agostiniano estava na relação e foi destruído, os Padres foram autorizados a retornar a Irlanda, a terra natal.

Os monges se dividiram: alguns voltaram para a Irlanda, outros ficaram na Igreja Matriz de Santo Agostinho, em Roma e os demais, levaram o Ícone milagroso de NOSSA SENHORA e se mudaram para o Mosteiro de Santo Eusébio, que era pobre e antigo, necessitando de urgentes reparos e muita limpeza.

A imagem de NOSSA SENHORA ficou em Santo Eusébio durante 20 anos. O local foi tratado e ampliado, mas eram poucos monges que viviam ali e o povo quase não tinha acesso a imagem, e assim, também pelo fato de ser muito grande para eles, em 1819, o Papa Pio VII, pediu aos jesuítas para assumirem Santo Eusébio. O Santo Padre deu aos agostinianos a Igreja e o Mosteiro de Santa Maria, em Posterula, do outro lado da cidade, para onde os monges levaram a Imagem milagrosa da VIRGEM MARIA e a colocaram num lugar de honra na Capela do Mosteiro.

Entre os agostinianos estava Frei Agostinho Orsetti que era muito caprichoso e organizado, mantendo a sacristia e as imagens em Santa Maria, com o maior rigor de limpeza. Também treinava os coroinhas, ensinando-lhes o preparo e trabalho no Altar, durante a Santa Missa e primordialmente, o posicionamento correto e digno, nas celebrações e solenidades religiosas. Um dos coroinhas de nome Michael Marchi se tornou muito amigo do Frei Agostinho e sempre estavam conversando.

O Frei sempre lhe dizia:

“Michael, observe bem esta imagem. É um Ícone muito antigo. É a milagrosa VIRGEM MARIA que estava na Igreja do Apóstolo São Mateus, única imagem nesta cidade. Muitas pessoas vinham rezar diante dela e suplicar sua eficaz intercessão junto a DEUS. Lembre-se sempre do que estou lhe dizendo”.

Em 1854, a Ordem dos Redentoristas foi fundada por Santo Afonso de Ligório. Compraram uma área de terra no Monte Esquilino, no local chamado Villa Caserta, que por uma coincidência toda especial, a tal área também abrangia o local onde existiu a Igreja de São Mateus Apóstolo, onde o Ícone de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO foi louvado e honrado por muitos cristãos.

Em 1855, Michael Marchi desejando se tornar sacerdote entrou na Ordem Redentorista. Em 25 de março de 1857, fez os votos de pobreza, castidade e obediência e continuou os seus estudos, sendo ordenado sacerdote no dia 2 de outubro de 1859.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Igreja de Santo Afonso – Roma

Um dia, quando a Comunidade estava no recreio, um Padre mencionou que havia lido alguns livros antigos sobre uma Imagem milagrosa de NOSSA SENHORA, que tinha sido venerada na antiga Igreja de São Mateus Apóstolo.

Padre Michael Marchi com alegria falou para todos:

“Eu sei sobre o Ícone milagroso da VIRGEM MARIA. Seu nome é NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO e ele pode ser encontrada na Capela dos Padres Agostinianos, no Mosteiro de Santa Maria, em Posterula. Eu vi a imagem muitas vezes durante os anos de 1850 e 1851 quando ainda era um jovem estudante universitário e servi como coroinha, a Santa Missa em sua Capela”.

Em 7 de Fevereiro de 1863, Francis Blosi, um Padre jesuíta durante uma Santa Missa na Basílica de São João de Latrão, fez um sermão sobre a famosa imagem de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO.

Ele descreveu a imagem da VIRGEM MARIA, e disse:

“Espero que alguém na multidão de fiéis que me ouve, saiba onde a imagem está! Se assim for, por favor, diga a pessoa que mantém o Ícone da MÃE DE DEUS escondido por setenta anos, que a VIRGEM ordenou ser este quadro colocado numa Igreja entre as Basílicas de Santa Maria Maggiore e esta Bailica onde estamos, de São João de Latrão. Esperemos que a pessoa se arrependa de seu ato impensado e traga a Imagem para ser colocada no Monte Esquilino, a fim de que todos os fiéis novamente possam honrá-la.”

O sermão do Padre Blosi logo ficou conhecido dos Padres Redentoristas. Sabendo que sua Igreja estava localizada próximo ao local da antiga Igreja de São Mateus Apóstolo, apressaram-se em levar a notícia ao Padre Mauron, que era o Superior Geral dos Redentoristas. Padre Mauron ouviu a notícia e sentiu uma grande alegria, mas não teve pressa. Ele orou por quase três anos para conhecer a Santa Vontade de DEUS, nesta importante questão.

Em 11 de dezembro de 1865, o Padre Mauron e o Padre Michael Marchi, pediram uma audiência ao Papa Pio IX. Ansiosamente, os dois padres, descreveram ao Papa, a história detalhada da imagem de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO.

Eles relembraram inclusive, que a VIRGEM MARIA manifestou o desejo de que a Imagem fosse colocada numa igreja entre as Basílicas de Santa Maria Maggiore e São João de Latrão. Depois de ouvir toda a história, o Papa perguntou-lhes se tinham colocado aquela solicitação por escrito. Padre Mauron entregou a Sua Santidade, um documento que o Padre Marchi tinha escrito e assinado sob juramento.

Sensibilizado com aquela narrativa e tendo o Santo Padre o Papa Pio IX, um grande amor à VIRGEM MARIA, imediatamente pegou a folha de papel onde o Padre Marchi tinha escrito o seu testemunho, e de próprio punho, escreveu uma mensagem no verso do documento:

11 de Dezembro de 1865:

O Cardeal Prefeito vai convocar o Superior da pequena comunidade de Santa Maria, em Posterula e lhe dirá que é nossa vontade que a Imagem de MARIA SANTÍSSIMA, que esta petição trata, seja devolvida a Igreja situada entre São João de Latrão e Santa Maria Maggiore. Todavia, o Superior da Congregação do Santíssimo Redentor está obrigado a substituí-la por outra imagem adequada.

(assinado) O Papa Pio IX

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Papa com Padres Redentoristas

O Papa falou e como é lógico, o caso foi encerrado. A MÃE DO PERPÉTUO SOCORRO, logo estaria em casa, depois de quase 75 anos distante. Na madrugada do dia 19 de Janeiro de 1866, Padre Michael Marchi e Padre Ernesto Bresciani atravessou a cidade de Roma, indo até Santa Maria, em Posterula, para obter a imagem sagrada.

Os agostinianos estavam tristes por ver a sua amada MADONNA partir, mas eles se regozijaram que NOSSA SENHORA voltasse a ser homenageada no lugar onde Ela desejava. Os monges agostinianos quiseram uma cópia exata da imagem original, e isso lhes foi dado pouco tempo depois, conforme a decisão do Santo Padre, o Papa.

Os Redentoristas de Santo Afonso esperaram alegremente pela chegada de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO e sentiram uma grande felicidade sabendo que Ela ia permanecer definitivamente na sua Igreja. Mas, embora as cores do Ícone ainda estivessem brilhantes, havia muitos buracos de pregos na parte posterior do quadro. Um talentoso artista polonês, que viveu em Roma, foi convidado e restaurou a imagem, cujo trabalho terminou no princípio do mês de Abril.

Dia 26 de abril de 1866, Festa de NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO, uma grande procissão partiu do Mosteiro de Santo Afonso. Durante a procissão muitos acontecimentos milagrosos foram relatados. Uma pobre mãe vendo que a procissão se aproximava, pegou o seu filho de quatro anos de idade, que estava quase morto na cama, com uma doença no cérebro, com febre constante nas últimas três semanas, segurou firme a criança e levou-a até a janela.

Quando a Imagem de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO passou ela gritou: “Ó boa Mãe, quer curar o meu filho ou quer levá-lo consigo para o Paraíso?” Dentro de poucos dias o menino ficou totalmente curado. Ele foi com sua mãe a Igreja de Santo Afonso para acender uma vela de ação de graças no Santuário de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO.

Em outra casa uma menina de oito anos, estava aleijada e desamparada, desde a idade de quatro anos. Quando a procissão se aproximava e a Imagem milagrosa de NOSSA SENHORA chegou perto, a mãe da criança ofereceu sua filhinha à SANTÍSSIMA VIRGEM. De repente, a criança sentiu uma grande mudança, e recuperou parcialmente o movimento de seus braços e das pernas. Ao ver isto, a mãe ficou muito confiante de que NOSSA SENHORA ia de fato ajudar a menina. No dia seguinte, logo pela manhã, levou a criança a Igreja de Santo Afonso e colocou-a diante da imagem milagrosa de NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO.

Olhando para a Imagem, rezou: “Agora, ó minha Mãe MARIA, termine o trabalho que a Senhora começou.” Ela mal tinha acabado de dizer as palavras e de repente à menina se levantou sobre seus pés, totalmente curada!

Na Igreja de Santo Afonso o Ícone da VIRGEM foi colocado no Altar mor. A Igreja estava toda decorada e o Altar feericamente iluminado com grande quantidade de velas. Terminada a procissão, foi celebrada uma solene Santa Missa de ação de graças e, em seguida, o senhor Bispo concedeu a bênção com o Santíssimo Sacramento.

No dia 05 de maio de 1866, o Papa fez uma visita pessoal ao Santuário para conhecer e rezar diante do Ícone da VIRGEM MÃE.

Anos após, um novo Altar de mármore em estilo gótico foi construído possuindo no centro superior uma magnífica decoração brilhante, com guarnição em ouro.

Quando tudo estava terminado, o Ícone da VIRGEM MARIA foi carinhosamente colocado naquele lugar, onde se encontra até hoje. A primeira Santa Missa celebrada no novo Altar do Santuário foi no dia 19 março de 1871, Festa de SÃO JOSÉ.

Fonte: apostoladosagradoscoracoes.angelfire.com

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

27 de junho

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, ou Santa Maria do Perpétuo Socorro. O seu quadro é o mais conhecido em todo o mundo.

Pintado à maneira da Europa Oriental, leva o nome de “Ícone da Paixão“. Pertence, à escoa da Ilha de Creta, com influência italiana particularmente nos rostos dos personagens. Dali veio para Roma nos fins do séc. XV, trazido por um comerciante.

Durante três séculos, o quadro foi venerado na Igreja de S. Mateus, na Via Merulana, ao cuidado dos frades Agostinianos. Gastos pelo tempo, terá sido repintado pela escola italiana, no séc. XVIII. A Igreja situava-se não muito longe donde está, hoje, a Igreja de Santo Afonso. Quando o exército de Napoleão destruiu aquela, em 1798, o quadro desapareceu por uns 70 anos.

Em 1863, um sermão do jesuíta Pe. Blosi, despertou na cidade a lembrança do antigo quadro. O jovem Redentorista Pe. Marchi, que o conhecera na infância, informou o Superior Geral dos Missionários Redentorista, Pe. Mauron, a cuja residência pertencia a igreja de Santo Afonso.

Por mandato do Papa Pio IX o quadro foi levado para esta Igreja. Restaurado pelo pintor polaco Nowotny, foi, de novo, dedicado ao culto a 26 de abril de 1866.

Segundo a tradição, o Papa Pio IX disse aos Redentoristas: “Fazei que Nossa Senhora do Perpétuo Socorro seja conhecida e venerada em todo o mundo“.

Assim aconteceu. Em 1994, o quadro foi examinado com as técnicas mais modernas e restaurado pelos especialistas do museu do Vaticano.

SIGNIFICADO: O quadro pertence aos íconos da Virgem Maria denominados “Virgem da Paixão“. O fundo em ouro é símbolo do Paraíso, onde a Virgem triunfa. Maria, ligeiramente inclinada para o Menino, em atitude tema, olha para os fiéis, oferecendo-lhes o Socorro, o Seu Filho.

Na fronte de Maria, sobre o véu brilha a estrela de Belém: Ela leva-nos a Jesus. À direita de Maria, o Arcanjo S. Miguel mostra a lança e a esponja da Paixão de Cristo; à sua esquerda, o Arcanjo S. Rafael mostra a cruz de 3 braços, à maneira da Europa Oriental; o Menino Jesus, assustado à vista dos instrumentos da Sua futura Paixão, corre para o colo da Mãe, enlaçando as mãozinhas na sua mão direita.

No fundo do quadro aparecem várias abreviaturas gregas: de ambos os lados da cabeça de MAria: “Mãe de Deus“; à sua direita: “O Arcanjo Miguel“; à sua esquerda: “O Arcanjo Rafael“; e ao lado do menino Jesus: “Jesus Cristo”.

“Como o Menino Jesus que admiramos no venerando quadro, também nós queremos apertar a vossa mão direita. Não vos faltam nem poder nem bondade para nos socorrer. A hora atual é a vossa hora! Vinde, pois, em nossa ajuda, ó Mãe do Perpétuo Socorro. Amen” (João Paulo II)

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO

Ó Senhora do Perpétuo Socorro, mostrai-nos que sois verdadeiramente nossa Mãe obtendo-me o seguinte benefício: (faz-se o pedido) e a graça de usar dela para a glória de Deus e a salvação de minha alma.
Ó glorioso Santo Afonso, que por vossa confiança na bem-aventurada Virgem conseguistes tantos favores e tão perfeitamente provastes, em vossos admiráveis escritos, que todas as graças nos vêm de Deus pela intercessão de Maria, alcançai-me a mais terna confiança para com nossa Mãe do Perpétuo Socorro e rogai-lhe, com instância, me conceda o favor que reclamo de seu poder e bondade maternal.
Eterno Pai, em nome de Jesus e pela intercessão de nossa Mãe do Perpétuo Socorro e de Santo Afonso, peço-vos me atendais para vossa glória e bem da minha alma. Amém. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rogai por nós.

Fonte: www.paroquiaboaviagem.com.br

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

27 de Junho

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

A história do quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro iniciou em fins do século XIV (1300), na Ilha de Creta (Grécia). Um comerciante o levou para Roma na fuga dos muçulmanos.

Anos depois de sua morte, o quadro começa a ser venerado na Igreja de São Mateus que foi destruída por Napoleão Bonaparte em 1798.

O quadro desapareceu por vários anos e, quando foi redescoberto, o Papa Pio IX confiou-o aos cuidados dos Missionários Redentoristas em 1865, para que difundissem a devoção pelo mundo inteiro.

A Novena Perpétua iniciou no dia 11 de julho de 1922, quarta-feira, na Igreja Santo Afonso em São Luís, nos Estados Unidos. Em poucos anos propagou-se pelo mundo inteiro.

A Novena é um modo de rezar continuamente a Nossa Senhora em união com o mundo inteiro, pois a cada hora, em alguma parte do mundo haverá alguma Igreja onde se está celebrando esta novena. É um meio de você perseverar na fé e na vida de Igreja.

É uma boa oportunidade de você seguir a Virgem Maria, imitando suas virtudes e exemplos, de ouvir a Palavra de Deus que ilumina, instrui e alimenta a sua fé. É ainda uma ocasião para você pedir e agradecer, por intermédio daquela que é Mãe de Deus e nossa Mãe. E ao fazer a sua Novena não pense só em você, mas caridosamente, recomende a Nossa Senhora as necessidades de todos.

O quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é a apresentação sublime da Mãe de Deus,que está sempre disposta a nos socorrer.

Explicação do quadro

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Segundo as tradições orientais, o quadro é uma cópia de uma pintura feita por São Lucas, que além de escritor era pintor. Trata-se de uma pintura em estilo bizantino, retratando Nossa Senhora e o Menino Jesus, trazendo no conjunto dos símbolos uma mensagem aos cristãos.

Entre as mais expressivas invocações a Maria, Mãe de Deus, está a de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, título de um quadro ou ícone bizantino, venerado na igreja de Santo Afonso, dos Missionários Redentoristas, em Roma.

1. Abreviação grega de “Mãe de Deus.”

2. Coroa de ouro: o Quadro original foi coroado em 1867 em agradecimento dos muitos milagres feitos por Nossa Senhora em seu título preferido “Perpétuo Socorro”.

3. Estrela no véu de Maria, a Estrela que nos guia no mar da vida até o pôrto da.salvação.

4. Abreviatura de “Arcanjo S. Miguel”.

5. Abreviatura de “Arcanjo S. Gabriel”.

*6. São Miguel apresenta a lança, a vara com a esponja, e o cálice da amargura.

6. A boca de Maria é pequenina, para guardar silêncio, e evitar as palavras inúteis.

*7. São Gabriel com a cruz e os cravos, instrumentos da morte de Jesus.

7. Os olhos de Maria, grandes voltados sempre para nós, afim de ver todas as nossas necessidades.

8. Túnica vermelha, distintivo das virgens no tempo de N.Sra. 

9. Abrev. de “Jesus Cristo”.

10. As mãos de Jesus apoiadas na mão de Maria, significando que por ela nos vêm todas as graças.

11. O fundo todo do Quadro é de ouro, e dele esplendem reflexos cambiantes, matizando as roupas e simbolizando a glória do paraíso para onde iremos, levados pelo perpétuo socorro de Maria. ‘O quadro de N. Sra. do Perpétuo Socorro é a síntese da Mariologia”.

12. Manto azul, emblema das mães daquela época. Maria é a Virgem-Mãe de Deus.

13. A mão esquerda de Maria sustendo Jesus: a mão do consolo que Maria estende a todos que a ela recorrem nas lutas da vida.

14. A sandália desatada – símbolo talvez de um pecador preso ainda a Jesus por um fio – o último – a Devoção a N. Senhora!

* Os números 6 e 7 apontam primeiro os anjos e, logo após, a boca e os olhos de Maria.

Oração

Ó Mãe do Perpétuo Socorro, eis a vossos pés um pobre pecador que a vós recorre e em vós põe a sua confiança.

Ó Mãe de misericórdia, tende compaixão de mim! Ouço dizer que todos vos chamam o refúgio e a esperança dos pecadores; sede, pois, o meu refúgio e a minha esperança!

Socorrei-me pelo amor de Jesus Cristo! Dai a mão a um infeliz pecador que a vós se recomenda e a vós se consagra como servo perpétuo.

Louvo e dou graças a Deus que, pela sua misericórdia, me inspirou esta grande confiança em vós, confiança que é para mim o penhor da minha eterna salvação.

Ai! Eu, miserável, tantas vezes caí no pecado, por não ter recorrido a vós.

Sei que com o vosso socorro sairei vencedor; sei que me haveis de ajudar, se a vós me recomendo; mas nas ocasiões perigosas temo não vos invocar e perder assim a minha alma.

Peço-vos, pois, esta graça, sim, encarecidamente vos suplico a graça, quando o demônio me assaltar, de recorrer a vós, dizendo: Maria ajudai-me!

Ó Mãe do Perpétuo Socorro, não permitais que eu perca o meu Deus!

Fonte: www.aveluz.com

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