Problemas Ambientais

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Problemas Ambientais – O que são

Todos sabemos que o mundo tem seus problemas, principalmente no que diz respeito ao meio ambiente. Mas poucos de nós conhecemos os detalhes e as histórias por trás desses problemas.

Os problemas ambientais podem ser encontrados em todas as áreas do mundo e afetam a terra, a água e o ar. Alguns resultam do que os humanos retiram do meio ambiente, na forma de terra para agricultura e acomodação para uma população em rápido crescimento; recursos minerais e combustíveis fósseis; e madeira.

Esses problemas incluem desmatamento, erosão, danos aos ecossistemas e reduções na biodiversidade.

Outros problemas decorrem do que os humanos colocam no meio ambiente, na forma de vários poluentes. Essas questões incluem mudanças climáticas, danos à camada de ozônio, poluição urbana e chuva ácida.

Nosso meio ambiente enfrenta vários problemas, e muitos deles parecem estar se agravando com o tempo, levando-nos a um momento de verdadeira crise ambiental. Torna-se, por isso, cada vez mais importante sensibilizar para a existência destas questões, bem como para o que pode ser feito para reduzir o seu impacto negativo.

Problemas Ambientais – Causa

Os problemas ambientais podem ser encontrados em todas as áreas do mundo e afetam a terra, a água e o ar.

Alguns resultam do que os humanos retiram do meio ambiente, na forma de terra para agricultura e acomodação para uma população em rápido crescimento; recursos minerais e combustíveis fósseis; e madeira.

Esses problemas incluem desmatamento, erosão, danos aos ecossistemas e reduções na biodiversidade. Outros problemas decorrem do que os humanos colocam no meio ambiente, na forma de vários poluentes.

Essas questões incluem mudanças climáticas, danos à camada de ozônio, poluição urbana e chuva ácida.

Nosso meio ambiente enfrenta vários problemas, e muitos deles parecem estar se agravando com o tempo, levando-nos a um momento de verdadeira crise ambiental. Torna-se, por isso, cada vez mais importante sensibilizar para a existência destas questões, bem como para o que pode ser feito para reduzir o seu impacto negativo.

Algumas das questões-chave são:

Degradação ambiental

Um dos aspectos mais divulgados da degradação é o desmatamento. Na floresta amazônica em particular, as árvores estão sendo derrubadas em um ritmo alarmante para fornecer mais terra para a agricultura.

Isso está ameaçando a sobrevivência de muitas espécies animais, por exemplo, a onça-pintada. Em Bornéu e Sumatra, outro animal da floresta, o orangotango, está ameaçado pelo mesmo motivo.

desmatamento também pode levar à erosão do solo. As árvores estabilizam o solo com suas raízes, reduzem a intensidade da chuva que atinge o solo e ajudam os solos a reter a umidade.

Quando eles são removidos, a chuva forte pode lavar rapidamente o solo e, durante os períodos de seca, o solo exposto e dessecado pode ser removido pelo vento.

O desmatamento em colinas e montanhas pode levar a inundações, pois a água pode correr livremente pelas encostas, e também pode resultar em deslizamentos de terra desastrosos.

Em alguns casos, campanhas bem-sucedidas foram lançadas para aliviar alguns desses problemas. Por exemplo, nos Estados Unidos, o corte de terras florestais estava destruindo o habitat da coruja manchada do norte, uma espécie ameaçada. Após uma longa ação judicial, no entanto, a extração de madeira foi reduzida nessas áreas. A partir de 2013, há campanhas em andamento para salvar uma variedade de animais ameaçados de extinção.

Poluição do ar

Este é um problema global que afeta a atmosfera, oceanos, lagos e rios, e também a terra. Muitas atividades humanas resultam na liberação de produtos químicos tóxicos no ar ou na água, que podem danificar o meio ambiente ou causar problemas de saúde nas pessoas. Dois dos piores poluentes do ar são o dióxido de enxofre (SO2) e o dióxido de nitrogênio (NO2).

O SO2 é produzido por compostos de enxofre em combustíveis fósseis, particularmente carvão, enquanto o NO2 vem principalmente de escapamentos de carros.

Ambos são tóxicos e altos níveis em ambientes urbanos podem causar ou agravar problemas respiratórios em humanos.

Esses gases também são responsáveis pela chuva ácida. Ambos sofrem reações na atmosfera que produzem ácidos fortes, que se dissolvem na água da chuva.

chuva resultante pode aumentar a acidez dos solos e lagos, matando espécies sensíveis, e pode danificar diretamente árvores e outras plantas. Também pode danificar alguns edifícios e monumentos de pedra.

Outro motivo de preocupação é o esgotamento da camada de ozônio, no alto da atmosfera. Esta camada absorve a luz ultravioleta, particularmente as formas mais prejudiciais, minimizando a exposição ao nível do solo.

A liberação de produtos químicos conhecidos como clorofluorcarbonos (CFCs), usados em aerossóis, é responsável por danificar essa camada e aumentar potencialmente a exposição de humanos, animais e plantas a níveis perigosos de luz ultravioleta. Esses produtos químicos foram proibidos nos EUA e no Canadá, mas muitos outros países ainda os utilizam.

poluição do ar também pode assumir a forma de pequenas partículas. Muitos processos de combustão, como fogueiras de madeira e carvão, fogões a lenha e a queima de combustível em carros, produzem minúsculas partículas de carbono, na forma de fuligem e fumaça. Estes podem afetar o clima, reduzindo a transparência da atmosfera e agindo como “núcleos de condensação”, que estimulam a condensação do vapor de água em gotículas, aumentando a cobertura de nuvens. Em níveis mais baixos, esses poluentes “particulados” podem contribuir para problemas respiratórios nas pessoas.

Mudanças Climáticas

Um dos maiores problemas ambientais enfrentados pela humanidade é devido a um poluente que normalmente não é diretamente prejudicial aos seres humanos. O dióxido de carbono (CO2) é produzido em grandes quantidades pela queima de combustíveis fósseis, por exemplo, por carros, processos industriais e aviões. Ele retém o calor na atmosfera da Terra e é o gás de “estufa” mais importante.

Acredita-se que o aumento dos níveis resultantes das atividades humanas esteja elevando as temperaturas do ar e dos oceanos em todo o planeta, um fenômeno conhecido como “aquecimento global” ou “mudança climática”. Isso, por sua vez, parece estar causando o derretimento de geleiras e mantos de gelo em grande escala, o que pode levar à elevação do nível do mar e à conseqüente perda de grandes áreas valiosas, terras agrícolas de baixa altitude e o deslocamento de um grande número de pessoas.

As mudanças climáticas também podem ter um efeito drástico na agricultura devido às mudanças na temperatura e na precipitação.

Muitas plantas cultivadas podem ser incapazes de se adaptar a condições mais secas ou úmidas. As secas podem afetar algumas áreas, enquanto outras podem sofrer inundações, devido ao aumento das chuvas.

Pode ser que o aquecimento dos oceanos leve a furacões mais frequentes e mais severos.

Poluição da água

Isso pode ocorrer através da liberação de resíduos industriais, por exemplo, das atividades de mineração e refino de metais, em córregos e rios, de onde podem chegar ao oceano.

Uma variedade de metais tóxicos pode afetar a vida aquática e marinha e pode se acumular na cadeia alimentar, representando uma ameaça para os seres humanos.

Outra importante fonte de poluição da água são os fertilizantes, que podem ser levados para rios e lagos a partir de terras agrícolas, causando um fenômeno conhecido como eutrofização. Nitratos e fosfatos, presentes em fertilizantes e essenciais para o crescimento das plantas, também podem promover a multiplicação descontrolada de algas em lagos, causando uma “floração de algas”.

Isso reduz a qualidade da água e os níveis de oxigênio e pode matar os peixes.

Espécies invasivas

Os seres humanos geralmente introduzem espécies animais e vegetais em áreas fora de seu alcance natural. Às vezes isso é feito intencionalmente e às vezes não, mas muitas vezes pode levar a sérios problemas ambientais. Animais de estimação domésticos podem matar a vida selvagem local, enquanto plantas de jardim não nativas podem escapar e se estabelecer em uma nova área, substituindo espécies nativas, talvez porque não tenham predadores naturais em seu novo ambiente.

O aumento das viagens internacionais significa que organismos causadores de doenças podem ser facilmente introduzidos em novas áreas, onde podem causar devastação entre espécies que não têm resistência natural.

Soluções

As soluções para muitos desses problemas exigirão ações de governos em todo o mundo, por exemplo, para reduzir a queima de combustíveis fósseis e desenvolver recursos de energia renovável. As pessoas comuns, no entanto, podem fazer suas próprias contribuições; por exemplo, reduzir as viagens de carro ajuda a reduzir os níveis de dióxido de carbono, óxidos de nitrogênio e fuligem.

Evitar voos de longa distância sempre que possível também pode ajudar.

As empresas podem desempenhar um papel usando instalações de teleconferência para que os funcionários não precisem viajar para reuniões e permitindo que a equipe trabalhe on-line em casa, quando possível.

Os indivíduos também podem ajudar de muitas maneiras pequenas, como minimizar o uso de fertilizantes de jardim, não usá-los quando houver previsão de chuva, recolher lixo e lixo que possa prejudicar a vida selvagem e descartar adequadamente produtos químicos nocivos.

Problemas Ambientais – História

Problemas Ambientais

Por cerca de 4 bilhões de anos o balanço ecológico do planeta esteve protegido. Com o surgimento do homem, meros 100 mil anos, o processo degradativo do meio ambiente tem sido proporcional à sua evolução.

No Brasil, o início da influência do homem sobre o meio ambiente pode ser notada a partir da chegada dos portugueses. Antes da ocupação do território brasileiro, os indígenas que aqui habitavam (estimados em 8 milhões) sobreviviam basicamente da exploração de recursos naturais, por isso, utilizavam-nos de forma sustentável.

Após a exterminação de grande parte dos índios pelos portugueses, o número de habitantes do Brasil se reduziu a três milhões no início do século XIX.

Foi nesse período que começaram as intensas devastações do nosso território.

À época, o homem se baseava em crenças religiosas que pregavam que os recursos naturais eram infindáveis, então, o término de uma exploração se dava com a extenuação dos recursos do local. Infelizmente, essa cultura tem passado de geração em geração e até os dias de hoje ainda predomina.

Com a descoberta do petróleo em 1857 nos EUA, o homem saltou para uma nova era: o mundo industrializado, que trouxe como uma das principais conseqüências a poluição.

Ou seja, além de destruirmos as reservas naturais sobrecarregamos o meio ambiente com poluentes.

Os acontecimentos decorrentes da industrialização dividiram o povo em duas classes econômicas: os que espoliavam e os que eram espoliados. A primeira classe acumulava economias e conhecimento, enquanto a segunda vivia no estado mais precário possível. A segunda classe pela falta de recursos, utilizava desordenadamente as reservas naturais, causando a degradação de áreas agricultáveis e de recursos hídricos e, com isso, aumentando a pobreza (PORTUGAL, 2002).

O modelo econômico atual está baseado na concentração e exclusão de renda. Ambos os modelos econômicos afetam o meio ambiente.

A pobreza pelo fato de só sobreviver pelo uso predatório dos recursos naturais e os ricos pelos padrões de consumo insustentáveis.

As causas das agressões ao meio ambiente são de ordem política, econômica e cultural. A sociedade ainda não absorveu a importância do meio ambiente para sua sobrevivência.

O homem branco sempre considerou os índios como povos não civilizados, porém esses “povos não civilizados” sabiam muito bem a importância da natureza para sua vida.

O homem civilizado tem usado os recursos naturais inescrupulosamente priorizando o lucro em detrimento das questões ambientais. Todavia, essa ganância tem um custo alto, já visível nos problemas causados pela poluição do ar e da água e no número de doenças derivadas desses fatores.

A preocupação com o meio ambiente caminha a passos lentos no Brasil, ao contrário dos países desenvolvidos, principalmente em função de prioridades ainda maiores como, p. ex., a pobreza.

As carências em tantas áreas impedem que sejam empregadas tecnologias/ investimentos na área ambiental. Dessa forma, estamos sempre atrasados com relação aos países desenvolvidos e, com isso, continuamos poluindo.

A única forma para evitar problemas futuros, de ainda maiores degradações do meio ambiente, é através de legislações rígidas e da consciência ecológica.

PROBLEMAS AMBIENTAIS ATUAIS

Embora estejam acontecendo vários empreendimentos por parte de empresas, novas leis tenham sido sancionadas, acordos internacionais estejam em vigor, a realidade apontada pelas pesquisas mostra que os problemas ambientais ainda são enormes e estão longe de serem solucionados.

É preciso lembrar que o meio ambiente não se refere apenas as áreas de preservação e lugares paradisíacos, mas sim a tudo que nos cerca: água, ar, solo, flora, fauna, homem, etc.

Cada um desses itens está sofrendo algum tipo de degradação. Em seguida serão apresentados alguns dados dessa catástrofe.

FAUNA

A fauna brasileira é uma das mais ricas do mundo com 10% das espécies de répteis (400 espécies) e mamíferos (600 espécies), 17% das espécies de aves (1.580 espécies) a maior diversidade de primatas do planeta e anfíbios (330 espécies); além de 100.000 espécies de invertebrados.

Algumas espécies da fauna brasileira se encontram extintas e muitas outras correm o risco.

De acordo com o IBGE há pelo menos 330 espécies e subespécies ameaçadas de extinção, sendo 34 espécies de insetos, 22 de répteis, 148 de aves e 84 de mamíferos.

As principais causas da extinção das espécies faunísticas são a destruição de habitats, a caça/pesca predatórias, a introdução de espécies estranhas a um determinado ambiente e a poluição.

O tráfico de animais silvestres movimenta cerca de 10 bilhões de dólares/ano, sendo que 10% corresponde ao mercado brasileiro, com perda de 38 milhões de espécimes.

A poluição, assim como a caça predatória, altera a cadeia alimentar e dessa forma pode haver o desaparecimento de uma espécie e superpopulação de outra. P. ex., o gafanhoto serve de alimento para sapos, que serve de alimento para cobras que serve de alimento para gaviões que quando morrem servem de alimento para os seres decompositores.

Se houvesse uma diminuição da população de gaviões devido à caça predatória, aumentaria a população de cobras, uma vez que esses são seus maiores predadores. Muitas cobras precisariam de mais alimentos e, conseqüentemente, o número de sapos diminuiria e aumentaria a população de gafanhotos. Esses gafanhotos precisariam de muito alimento e com isso poderiam atacar outras plantações, causando perdas para o homem.

É importante lembrar que o desaparecimento de determinadas espécies de animais interrompe os ciclos vitais de muitas plantas.

FLORA

Desde o princípio de sua história o homem tem exercido intensa atividade sobre a natureza extraindo suas riquezas florestais, pampas e, em menor intensidade, as montanhas. As florestas têm sido as mais atingidas, devido ao aumento demográfico elas vêm sendo derrubadas para acomodar as populações, ou para estabelecer campos agricultáveis (pastagens artificiais, culturas anuais e outras plantações de valor econômico) para alimentar as mesmas.

Essa ocupação tem sido realizada sem um planejamento ambiental adequado causando alterações significativas nos ecossistemas do planeta. As queimadas, geralmente praticadas pelo homem, são atualmente um dos principais fatores que contribuem para a redução da floresta em todo o mundo, além de aumentar a concentração de dióxido de carbono na atmosfera, agravando o aquecimento do planeta.

O fogo afeta diretamente a vegetação, o ar, o solo, a água, a vida silvestre, a saúde pública e a economia. Há uma perda efetiva de macro e micronutrientes em cada queimada que chega a ser superior a 50% para muitos nutrientes.

Além de haver um aumento de pragas no meio ambiente, aceleração do processo de erosão, ressecamento do solo entre vários outros fatores.

A queimada não é de todo desaconselhada desde que seja feita sob orientação (p. ex., Técnico do IBAMA) e facilmente controlada. Apesar do uso de sistemas de monitoramento via satélite, os quais facilitam a localização de focos e seu combate, ainda é grande o número de incêndios ocorridos nas florestas brasileiras.

150 mil km² de floresta tropical são derrubados por ano, sendo que no Brasil, são em torno de 20 mil km² de floresta amazônica. Além desta, a mata Atlântica é a mais ameaçada no Brasil e a quinta no mundo, já tendo sido devastados 97% de sua área.

RECURSOS HÍDRICOS

Já ouvimos falar muito sobre a guerra do petróleo e os países da OPEP. Como se sabe, a maior concentração de petróleo conhecida está localizada no Golfo Pérsico.

Porém, o petróleo deste novo século que também causará muitas guerras é outro: a água. Mais da metade dos rios do mundo diminuíram seu fluxo e estão contaminados, ameaçando a saúde das pessoas.

Esses rios se encontram tanto em países pobres quanto ricos. Os rios ainda sobreviventes são o Amazonas e o Congo. A Bacia do Amazonas é o maior filão de água doce do planeta, correspondendo a 1/5 da água doce disponível. Não é à toa que há um interesse mundial na proteção dessa região.

Não é porque a Amazônia é o pulmão do mundo, isso já foi comprovado que todo o oxigênio produzido por essa floresta é consumido por ela mesma.

Em um futuro próximo o mundo sedento virá buscar água na Bacia do Amazonas e o Brasil será a OPEP da água. Por isso, temos que ter muito cuidado para não sermos surpreendidos e dominados por nações mais poderosas.

Apenas 2% da água do planeta é doce, sendo que 90% está no subsolo e nos pólos. Cerca de 70% da água consumida mundialmente, incluindo a desviada dos rios e a bombeada do subsolo, são utilizadas para irrigação. Aproximadamente 20% vão para a indústria e 10% para as residências.

Atualmente a água já é uma ameaça a paz mundial, pois, muitos países da Ásia e do Oriente Médio disputam recursos hídricos.

Relatórios da ONU apontam que 1 bilhão de pessoas não tem acesso a água tratada e com isso 4 milhões de crianças morrem devido a doenças como o cólera e a malária (DIAS, 2000).

A expectativa é de que nos próximos 25 anos 2,76 bilhões de pessoas sofrerão com a escassez de água.

A escassez de água se deve basicamente à má gestão dos recursos hídricos e não à falta de chuvas. Uma das maiores agressões para a formação de água doce é a ocupação e o uso desordenado do solo.

Para agravar ainda mais a situação são previstas as adições de mais de 3 bilhões de pessoas que nascerão neste século, sendo a maioria em países que já tem escassez de água, como Índia, China, Paquistão.

OCUPAÇÃO DO SOLO

O acesso a terra continua sendo um dos maiores desafios de nosso país.

O modelo urbanístico brasileiro praticamente se divide em dois: a cidade oficial (cidade legal, registrada em órgãos municipais) e a cidade oculta (ocupação ilegal do solo).

A cidade fora da lei, sem conhecimento técnico e financiamento público, é onde ocorre o embate entre a preservação do meio ambiente e a urbanização.

Toda legislação que pretende ordenar o uso e a ocupação do solo, é aplicada à cidade legal, mas não se aplica à outra parte, a qual é a que mais cresce.

De acordo com a Profa. Ermíria Maricato (FAU/USP) (apud MEIRELLES, 2000) foram construídos no Brasil 4,4 milhões de moradias entre 1995 e 1999, sendo apenas 700 mil dentro do mercado formal. Ou seja, mais de 3 milhões de moradias foram construídas em terras invadidas ou em áreas inadequadas. Há uma relação direta entre as moradias pobres e as áreas ambientalmente frágeis (beira de córregos, rios e reservatórios, encostas íngremes, mangues, várzeas e áreas de proteção ambiental, APA).

Obviamente esses dados são melhor observados nas grandes metrópoles (Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza), onde mais da metade da população mora ilegalmente. Infelizmente no Brasil a má gestão do solo, bem como, a ausência de uma política habitacional tem levado a esses fatos. Os invasores passam a ser considerados inimigos da qualidade de vida e do meio ambiente, quando na verdade eles não têm alternativas e isso ocorre devido à falta de planejamento urbano.

As conseqüências dessa ocupação desorganizada já são bastante conhecidas: enchentes, assoreamento dos cursos de água devido ao desmatamento e ocupação das margens, desaparecimento de áreas verdes, desmoronamento de encostas, comprometimento dos cursos de água que viraram depósitos de lixo e canais de esgoto. Esses fatores ainda são agravados pelo ressurgimento de epidemias como dengue, febre amarela e leptospirose.

O censo de 2000, realizado pelo IBGE, aponta um crescimento de 22,5% de novas favelas em 9 anos. Há 3.905 favelas no país, sendo 1.548 em São Paulo e 811 no Rio de Janeiro.

Outro fator que está afetando o solo é o mau uso na agricultura. 24 milhões de toneladas de solo agricultável são perdidos a cada ano correspondendo, no momento, a 30% da superfície da Terra.

E o pior é que a situação tende a agravar-se. Trata-se de um fenômeno mundial cujos prejuízos chegam a 26 bilhões de dólares anuais, e, com isso a sobrevivência de 1 bilhão de pessoas está ameaçada.

As maiores causas da desertificação são o excesso de cultivo e de pastoreio e o desmatamento, além das práticas deficientes de irrigação.

CRESCIMENTO POPULACIONAL

O tema controle da natalidade ainda é um assunto que causa muita polêmica, por isso é tão pouco abordado.

Há muitos aspectos a serem questionados, tanto do ponto de vista ideológico, quanto cultural e religioso. A classe média alta, por ter mais acesso a informação, faz uso de métodos anticoncepcionais, tendo em média dois filhos, semelhante à política adotada em países ricos.

Já a maior parte da sociedade brasileira não tem acesso aos mesmos recursos e dispensam menor preocupação com as condições que darão a seus descendentes.

Essa classe sem privilégios é onde deveria ocorrer um controle maior da natalidade, minimizando os problemas sociais para o país. A partir dessa iniciativa seriam evitados abortos indesejáveis, crianças abandonadas, exploradas, prostituídas e com um futuro quase certo para a criminalidade, que é a atual realidade das grandes cidades do Brasil e dos países pobres.

O crescimento populacional é uma forma de proliferação da pobreza. A pobreza e o meio ambiente estão tão interligadas que serão o tema central da Conferência Mundial sobre o Meio ambiente (RIO+10) deste ano na África do Sul.

O controle da natalidade é indispensável pois o planeta está acima de sua capacidade máxima de ocupação e há evidências de falta de alimentos e água para as próximas décadas.

Como alternativa, a limitação de 2 filhos por casal, beneficiaria as condições sócio- econômicas do país, principalmente nos grandes centros onde a maior porcentagem da população carente tem muitos filhos.

Com número estável de habitantes, os planos assistenciais seriam mais facilmente desenvolvidos e o meio ambiente poderia ser mantido.

A idéia de um controle de natalidade não é nova. Thomas Malthus (1766-1834), um economista inglês, abordou o problema do crescimento populacional e da produção de alimentos em seus livros.

De acordo com o pensamento maltusiano, a felicidade do ser humano está diretamente relacionada com os recursos naturais, ou seja, o esgotamento destes condenará a humanidade à infelicidade.

Malthus assegurava que o crescimento populacional traria a miséria, então, se faz necessário conter a explosão demográfica. Para ele, o ótimo da população garantiria mais recursos por habitante, atingindo o equilíbrio entre população e produção de alimentos (RODRIGUES, 2001). Segundo SACHS (apud RODRIGUES, 2001) os maltusianos acreditavam e ainda acreditam que o mundo já está superpovoado e, portanto, condenado ao desastre, seja pela exaustão dos recursos naturais esgotáveis, seja pela excessiva sobrecarga de poluentes nos sistemas de sustentação da vida.

O Brasil é um dos países a apresentar maior crescimento populacional. O Censo realizado em 1872 (primeiro) e o de 1991 (décimo) mostraram que a população brasileira passou de 10 milhões para 150 milhões de pessoas, ou seja, um aumento de 15 vezes em 120 anos. Entre as décadas de 50-80 sua população teve um acréscimo de 67 milhões, ou seja, muito superior à população de vários países.

Se no planeta com 6 bilhões de habitantes, a população já se encontra no limite, imagine-se com 10 bilhões de pessoas previstas para o ano de 2050. Países como a Índia terão um acréscimo de 519 milhões de pessoas, China 211 milhões e o Paquistão de 200 milhões até o ano de 2050. Se não for realizado um controle da natalidade, seremos todos responsáveis pela condenação de milhões de pessoas a morrer de fome ou sede.

A morte por fome já é uma realidade em vários países da África e tem sido destaque na imprensa diariamente (O GLOBO 20/02/01; 26/06/02; 23/05/02; 13/06/02).

Com base nestes dados, como se pode pensar em não fazer um controle da natalidade?

LIXO Outro trágico fator ambiental é o lixo que em sua maioria ainda é lançado a céu aberto. No Brasil, cerca de 85% da população brasileira vive nas cidades. Com isso, o lixo se tornou um dos grandes problemas das metrópoles. Pela legislação vigente, cabe às prefeituras gerenciar a coleta e destinação dos resíduos sólidos.

De acordo com o IBGE, 76% do lixo é jogado a céu aberto sendo visível ao longo de estradas e também são carregados para represas de abastecimento durante o período de chuvas.

Embora muito esteja se fazendo nesta área em nível mundial, ainda são poucos os materiais aproveitados no Brasil onde é estimada uma perda de cerca de 4 bilhões de dólares por ano. Mas, há indícios de melhora na área no país onde se tem como melhor exemplo as latas de alumínio, cuja produção é 63% reciclada. O lixo industrial apresenta índices maiores de reciclagem.

De acordo com a FIRJAN, no estado do Rio de Janeiro 36-70% das indústrias reciclam seus dejetos.

Cada brasileiro produz 1 Kg de lixo doméstico por dia, ou seja, se a pessoa viver 70 anos terá produzido em torno de 25 toneladas. Se multiplicarmos pela população brasileira, pode- se imaginar a dimensão do problema.

SANEAMENTO BÁSICO

Outro fator gravíssimo para aumentar a poluição ambiental é a falta de saneamento básico.

Atualmente apenas 8% do esgoto doméstico é tratado no Brasil e o restante é despejado diretamente nos cursos d’ água.

Um relatório da ONU revela que as regiões costeiras, sul e sudeste do Brasil, são as mais poluídas do mundo. 40 milhões de pessoas vivem no litoral lançando 150 mil litros de esgoto por dia ou 6 bilhões de litros de esgoto sem tratamento.

Os poucos investimentos do governo nessa área são inexplicáveis, uma vez que, para cada dólar investido no saneamento básico, 4 dólares são economizados com a prevenção de doenças que requerem internações.

Segundo dados preliminares do relatório a ser apresentado na RIO+10, a falta de saneamento básico responde por 65% das internações nos hospitais do país.

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS

Em 1990, 200 cientistas participaram do primeiro painel intergovernamental de mudança do clima, organizado pelas Nações Unidas. À época eles alertaram que o mundo precisava reduzir de 60 a 80% seus gases causadores do efeito estufa, para restabelecer o equilíbrio na Terra. A partir desses dados foi criado o Protocolo de Kioto, o qual estabeleceu que os países industrializados deveriam diminuir as emissões de dióxido de carbono em 5,2% até janeiro de 2012, sobre os níveis vigentes em 1990. O Brasil já aprovou a assinatura deste Protocolo (O GLOBO 20/06/02).

A preocupação com as mudanças climáticas é justificada, pois afetarão todo o planeta e de forma desproporcional os países pobres que serão atingidos por ciclones tropicais, chuvas torrenciais e ventos fortes, escassez de água, doenças e erosão. Esses países são mais vulneráveis devido à falta de recursos. Além disso, poderá haver a redução de colheitas e nesse caso o Brasil seria um dos países afetados entre vários outros efeitos.

Com verões mais longos e quentes aumentará a taxa de reprodução e crescimento de insetos e, com isso, aumenta a transmissão de doenças por estes vetores (O GLOBO 21/06/ 02).

O renomado cientista Stephen Hawkings já havia alertado que a espécie humana não chegaria ao final do Terceiro Milênio justamente por causa do efeito estufa.

De acordo com o secretário geral da ONU, Kafi Annau, pouco se tem feito com relação ao desenvolvimento sustentável proposto na ECO-92, porque os países ricos não têm cumprido os acordos internacionais firmados à época.

É pouco provável que as medidas propostas venham a ser adotados por esses governos, uma vez que, precisariam de uma mudança total no modelo de desenvolvimento econômico e social.

Os EUA reconheceram que há um elo entre o efeito estufa e o homem, mesmo assim, os maiores poluidores mundiais, anunciaram oficialmente que não se sente no compromisso de colaborar com a despoluição atmosférica, prevista no Protocolo de Kioto, para que suas indústrias gastem com programa de controles de emissões sujas (O GLOBO 04/06/02).

Entre os possíveis danos causados pela emissão descontrolada de compostos para a atmosfera alguns já estão comprovados. Como exemplo, os poluentes lançados por usinas geradoras de energia e indústrias dos EUA, Canadá e Europa causaram uma das principais secas da história da humanidade. A poluição gerada nesses países teria reduzido de 20 a 50% o volume de chuvas no Sahel, afetando os países mais pobres do mundo, como a Etiópia e causando a morte de 1 milhão de pessoas por fome.

Esses dados comprovam que as fronteiras geográficas do planeta não impedem que a poluição se alastre.

Um novo e mais amplo estudo sobre a Terra foi realizado por 1.000 especialistas, através do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas.

Esse relatório prevê um futuro sombrio para o planeta caso não sejam tomadas providências imediatas. De acordo com esse estudo metade dos rios já estão poluídos, 15% do solo estão degradados e 80 países sofrem com a escassez de água. Segundo o relatório, nas próximas três décadas 50% da população sofrerá com a falta de água; 11 mil espécies de animais e plantas estão ameaçados de extinção.

O relatório alerta que essas drásticas mudanças, pelas quais o planeta está passando, agravarão o problema da fome e de doenças infecciosas e tornarão as tragédias climáticas mais freqüentes.

O relatório informa que muitos desses problemas poderiam ter sido amenizados se houvessem sido cumpridos os acordos estabelecidos na RIO-92, que até agora não saíram do papel. (O GLOBO 23/05/02)

Não devemos pensar que essas mudanças estão muito distantes de nós.

É só olharmos para trás e veremos as modificações sofridas no meio ambiente nos últimos dez anos: verões mais quentes, invernos mais curtos, pouca periodicidade nas chuvas, secas e enchentes etc.

Muitos outros efeitos serão somados a esses, nos próximos 10 anos, se não tomarmos providências.

DESPERDÍCIO

No Brasil por se ter disponibilidade de recursos, o desperdício se tornou parte de nossa cultura, isso tanto para pobres quanto ricos.

20% dos alimentos são desperdiçados (desde a colheita até a mesa da comunidade) segundo o IBGE. Essas toneladas perdidas seriam suficientes para matar a fome de toda a população carente. Além disso, jogamos fora muito material reciclável (são despejadas na natureza 125 mil toneladas de rejeitos orgânicos e materiais recicláveis por dia). A cada tonelada de papel que se recicla, 40 árvores deixam de ser cortadas.

Em ambos os casos o desperdício gera poluição ambiental.

50% da água tratada é desperdiçada no país. E o pior é que essa água retorna aos mananciais após o uso, sem tratamento e, novamente, retorna a nós para consumo após vários tratamentos com custos elevadíssimos.

Entre os maus hábitos estaria a lavagem de carro, calçadas, roupas, banhos demorados, louças na qual é desperdiçada mais água do que o necessário, além de vazamentos.

Uma gota de água caindo o dia inteiro corresponde a 46L.

Com relação à energia elétrica, os brasileiros desperdiçam meia produção anual de Itaipu ou 9,5% da média total anual.

Como exemplo de desperdícios está o uso irracional de aparelhos elétricos e luzes acessas desnecessariamente. O uso racional poderá evitar a construção de novas barragens, que causam grandes impactos ambientais, apenas pela minimização dos desperdícios.

OUTROS DADOS INTERESSANTES

Dados recentes fornecidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) mostraram que o mundo está consumindo 40% além da capacidade de reposição da biosfera (energia, alimentos, recursos naturais) e o déficit é aumentado 2,5% ao ano.

Relatórios da ONU apontam que 85% de produção e do consumo no mundo estão localizados nos países industrializados que tem apenas 19% da população.

O relatório da PNUD também afirma que as 3 pessoas mais ricas do mundo têm lucro superior ao PIB dos 48 países mais pobres onde vivem cerca de 600 milhões de pessoas.

É estimado que sejam gastos no planeta 435 bilhões de dólares/ano em publicidade. 15 bilhões de dólares seriam suficientes para acabar com a fome do mundo, que mata 10 milhões de crianças por ano.

Nós também somos culpados por essas mortes uma vez que atendemos aos apelos da mídia e da sociedade de consumo (compre isso, compre aquilo!!!).

Os EUA têm 5% da população mundial e consomem 40% dos recursos disponíveis. Se os 6 bilhões de pessoas usufruíssem o mesmo padrão de vida dos 270 milhões de americanos, seriam necessários 6 planetas (Edward Wilson apud MOON, 2002).

Os EUA, em 1997, emitiam 20,3 toneladas (22,7% emissões mundiais) de CO2 por habitante, a China 2,5 toneladas/habitante (13,07%), a Índia 900 Kg/habitante (3,49%) e o Brasil 1,91 toneladas/habitante (1,25%).

Os EUA aumentaram em 13% (e deverá chegar a 29% até o fim da década) suas emissões poluentes nos últimos 10 anos o que equivale a um aumento conjunto da Índia, China e África, países com uma população dez vezes maior (O GLOBO, 20/06/02).

EDUCAÇAO AMBIENTAL – ALTERNATIVA PARA UM FUTURO ECOLOGICAMENTE CORRETO

Problemas Ambientais

A questão ambiental ainda é pouco conhecida pela população no Brasil e atinge basicamente as classes mais privilegiadas da sociedade. Poucos sabem, mas a Educação Ambiental já é lei no país. A Lei 9.795 de 27/04/1999 institui a Política Nacional de Educação Ambiental a qual reza que todos os níveis de ensino e da comunidade em geral têm direito à educação ambiental e que os meios de comunicação devem colaborar para a disseminação dessas informações.

Até o momento pouco foi implantado nessa área.

Embora ainda não muito familiarizados com a consciência ecológica, os brasileiros se mostram dispostos a colaborar. CRESPO (1998) comprovou esse fato quando realizou uma pesquisa sobre meio ambiente, na qual entrevistou 2.000 pessoas e 90 líderes de vários setores, em 1992 e 1997. A população citou como principais problemas ambientais, o desmatamento e as queimadas (45%) e a contaminação dos rios, mares e oceanos (26%).

Já os líderes em questões ambientais no país apontaram o saneamento e o lixo, seguidos de contaminação dos recursos hídricos.

Eles também se mostraram dispostos a ajudar em campanhas de separação e reciclagem de lixo (72%), contra o desperdício de água (52%) e energia (41%) e no reflorestamento (27%). Mais da metade (59%) consideram a natureza sagrada e têm noção de que os danos ambientais causados pelo homem são irreversíveis e concordaram que o controle da natalidade é indispensável para o meio ambiente.

A preservação do meio ambiente depende de todos: governo, educadores, empresas, Organizações Não-Governamentais (ONGs), meios de comunicação e de cada cidadão.

A educação ambiental é fundamental na resolução desses problemas, pois vai incentivar os cidadãos a conhecerem e fazerem sua parte, entre elas: evitar desperdício de água, luz e consumos desnecessários (REDUZIR, REUSAR e RECICLAR), fazer coleta seletiva, adquirir produtos de empresas preocupadas com o meio ambiente, cobrar as autoridades competentes para que apliquem a lei, tratem o lixo e o esgoto de forma correta, protejam áreas naturais, façam um planejamento da utilização do solo, incentivem a reciclagem entre outros.

Fonte: ciencialivre.pro.br(Adriana Gioda)/www.wisegeek.com/miro.medium.com/www.allthingsnature.org

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