Reino Animalia

O que é

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O Reino Animalia é uma classificação taxonômica de organismos que não têm paredes celulares, bem como cloroplastos e, portanto, dependem de outros organismos para a sua alimentação. Trata-se de multicelulares, eucariontes heterotróficos que assimilam alimentos fora de suas células e os nutrientes digeridos são absorvidos pelo corpo.

Todos os animais são membros do Reino Animalia, também chamado Metazoa.

O Reino Animalia não contem os procariontes (Reino Monera, inclui bactérias, algas azuis-verdes) ou protistas (Reino Protista, inclui organismos eucarióticos unicelulares).

Todos os membros do Reino Animalia são multicelulares, e todos são heterotróficos (ou seja, eles dependem direta ou indiretamente de outros organismos para a sua alimentação).

O Reino Animalia é diferente dos outros três reinos, Plantae, Fungi, Protista.

Dentro do reino animal há cerca de 35 sub-divisões chamadas “Filos”, cada um com seu próprio conjunto de características que o tornam distinto de todos os outros filos.

Abaixo estão dez dos filos animais mais comum classificados de acordo com a metodologia biológica tradicional:

Porifera – Estas são as esponjas de água salgada; existem cerca de 8.000 espécies diferentes existentes hoje.
Cnidaria
– Este grupo é composto por água-viva, e outros animais aquáticos inferiores; aproximadamente 15.000 espécies existem hoje
Platyhelminthes
– Estes são os platelmintos que habitam tanto marinhos e habitats de água doce; mais de 15.000 espécies existem hoje.
Nematóides
– Este filo consiste principalmente de cerca de 80.000 conhecidos vermes parasitas.
Os rotíferos
– Este grupo é composto por cerca de 1.800 animais invertebrados de água doce altamente móveis.
Mollusca
– Este grande grupo é composto por caracóis, moluscos, lulas e polvo; existem mais de 110 mil espécies conhecidas.
Anelídeos
– Cerca de 15.000 vermes segmentados individuais compõem este filo; a minhoca comum é um exemplo.
Arthropoda
– Este grande grupo consiste de insetos; estima-se que existem mais de 1 milhão de espécies de insetos existentes hoje.
Echinodermata
– Estas são as estrelas do mar marinho; cerca de 6.000 espécies existem hoje.
Chordata
– Este é um grupo de animais que são classificados com base na posse de três características embriológicas comuns – cordão dorsal do nervo, estrutura de apoio chamado notocord e bolsas faríngeas de emalhar. Dentro deste filo é um grupo altamente avançado chamado de `vertebrados ‘, que incluem peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos; é este filo ao qual o organismo humano pertence.

Definição

O Reino Animal é constituído por animais que têm características diferentes e características comuns.

Características comuns:

São todos pluricelulares
Heterotróficos por ingestão
Elevado nível de tecidos e órgãos
Alguns têm simetria bilateral; têm metade esquerda e a metade direita simétricas.
Alguns têm simetrias radiadas. Ex. alforreca
Alguns têm simetria ausente. Ex: esponja
Uma cavidade interior onde existem as vísceras: Celoma

Celoma: característica de evolução, cavidade interna que possui órgãos.

Espaço onde os órgãos se movimentam livremente.
Em muitos animais o líquido que preenche o celoma é fundamental no transporte de nutrientes, oxigénio e excreções
Separa os músculos do tubo digestivo, dos músculos do corpo, permitindo autonomia de movimentos.

Tubo digestivo dos animais celomanos:

Protostómicos: 1º a boca depois o orifício retal
Deuterostómios:
1º o orifício retal depois a boca.

Reino Metazoa Animal
Filo
Nome em latim Nome em português Características gerais
Porifera Poríferos ou esponjas Animais muito primitivos, conhecidos por esponjas, que vivem em água salgada ou doce.
Cnidaria ou Celenterata Celenterados Animais aquáticos, de água doce ou salgada, entre os quais os mais conhecidos são as águasvivas, as anêmonas e os corais.
Plathmynthes Platelmintos ou vermes achatados Animais de vida livre, como a planária, ou parasitas, como as tênias e as solitárias.
Nemathelmynthes Nematelmintos ou vermes cilíndricos A maioria é parasita. Os áscaris ou lombrigas e os vermes do amarelão são os mais conhecidos.
Mollusca Moluscos Animais de corpo mole, muitos deles dotados de conchas calcárias, como os mexilhões, as ostras, as lulas e os polvos.
Annelida Anelídeos Animais que têm o corpo formado por anéis repetidos. As minhocas e as sanguessugas são as mais conhecidas.
Arthropoda Artrópodes Muito diversificado, este filo compreende animais invertebrados com patas articuladas: crustáceos, insetos, e aracnídeos são os mais conhecidos.
Echinodermata Equinodermes Animais exclusivamente marinhos dos quais os mais conhecidos são as estrelas e ouriçosdomar.
Chordata Cordados Filo dos vertebrados: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

Fonte: biology.tutorvista.com

Reino Animalia

O filos mais conhecido do reino Animalia são: o Mollusca, Porifera, Cnidaria, Platyhelminthes, Nematoda, Annelida, Arthropoda, Echinodermata e Chordata.

Cordados

Os cordados incluem os vertebrados (animais com espinha dorsal) e alguns invertebrados relacionados. Quando são embriões jovens, todos possuem uma coluna sólida, chamada notocórdio, que se estende ao longo do eixo longitudinal mediano. Nos vertebrados, uma série de ossos (vértebras) substitui o notocórdio.

Equinodermos

O nome “equinodermo” deriva da pele espinhosa destes animais. Locomovem-se lentamente, por meio de pequenas estruturas chamadas pés ambulacrários.

Todos são marinhos.

Moluscos

Segundo maior filo animal. Geralmente, os moluscos possuem uma concha rígida e um corpo mole. Algumas espécies, como os polvos e as lulas, podem chegar a tamanhos consideráveis.

Artrópodes

O maior filo animal. O corpo dos artrópodes é recoberto por um esqueleto rígido e articulado. Os artrópodes são abundantes e proliferam em quase todos os habitats.

Anelídeos

Vermes com corpos moles segmentados, freqüentemente com um par de projeções em forma de escova em cada segmento, usadas para a locomoção.

Nematelmintos

Vermes alongados com um revestimento rígido chamado cutícula e o corpo sustentado por um fluido sob pressão. Abundantes mas inconspícuos, vivem no solo e em sedimentos marinhos e de água doce. Alguns são parasitas de plantas e animais e podem causar doenças graves.

Platelmintos

Vermes estruturalmente simples sem orifício retal ou sistema circulatório. Sua forma achatada é necessária porque os tecidos devem ficar perto da superfície para permitir a troca de gases e nutrientes com o ambiente.

Cnidários

Animais cujo ciclo vital inclui uma fase de pólipo fixo (como nas anêmonas-do-mar), uma fase de medusa livre (como nas águas-vivas) ou ambas. As presas são capturadas com tentáculos urticantes. Os animais são marinhos, com exceção de algumas espécies de água doce como a hidra.

Poríferos

Animais simples e multicelulares com tecidos, mas sem órgãos distintos. A maioria das espécies é marinha, mas algumas ocorrem na água doce. Vivem agarrados a um substrato e alimentam-se sugando a água através dos poros e, em seguida, filtrando as partículas de alimento com as células flageladas.

Fonte: br.geocities.com

Reino Animalia

Reino Animal – Visão Geral

PORÍFEROS

Representante: Esponja ( animal séssil , que tem o corpo coberto de poros ) .

São considerados parazoas: animais fora do padrão normal , sem órgãos , boca ou orifício retal . Não possuem tecidos verdadeiros , as células formam um aglomerado trabalhando de forma integrada .

Célula típica: Coanócito.

A digestão e somente intracelular.

Animal filtrador, retira o alimento filtrando a água do mar, a água entra pelos poros, (com O2 e alimentos), cai na cavidade e sai pelo osculo (com O2 e excretas).

Parede externa: pinacócito – revestimento

Porócito: forma poros.

Amebócitos: gametas na época de reprodução.

Estrutura esquelética entre as paredes interna e externa ( ha espículas e rede de espongina).

Mesênquima: material entre os pinacócitos e Coanocito , onde se localizam as espículas.

Tipos básicos: ascon , sicon e leucon.

Reprodução

Assexuada: devido a sua grande capacidade de regeneração , por brotamento ou gemulação .
Sexuada:
Os amebócitos se diferenciam em óvulos e espermatozóides . A fecundação ocorre geralmente na parede . Da fecundação surge uma larva ( desenvolvimento indireto e interno ) . A natureza evita auto fecundação – os gametas amadurecem em épocas diferentes .

Não é nem diblástico nem triblástico.

Utilidade: usada como bucha de banho.

CELENTERADOS

Representantes

Hydrozoa: hidras e caravelas;
Scyphozoa: águas-vivas;
Anthozoa: corais e anêmonas do mar.

Diblástico

Órgão verdadeiro: boca, cavidade gastrovascular (circulação, digestão extra celular seguida de intracelular) – aparelho digestivo incompleto.
Sistema nervoso
difuso.
Presença de célula sensorial
(cnidoblastos – célula típica). Esta célula, através da ingestão de um filamento de substância urtigante , consegue capturar alimento e se defender.
Gastroderme ( reveste cavidade ):
é um epitélio secretor , produz enzimas .
Não ha excreção:
sistema separado do digestivo .
Respiração:
por difusão.

Representantes

Pólipos (sesseis)
Medusas (flutuantes).

Reprodução

Por brotamento, regeneração ou estrobilação ( fatiamento do pólipo – alternância de gerações – metagenese ).
Sexuada:
fecundação interna, desenvolvimento indireto .
Simetria radial,
diblástico, tubo digestivo incompleto.

PLATELMINTOS

Novidades evolutivas

Mesoderme (triblástico) – tecido muscular / tecidos conjuntivos

Acelomado

Protostômo: tubo digestivo com uma abertura
Sistema nervoso ganglionar
( entre o difuso e o cefalizado ) formado por gânglios nervosos.
Aglomeração de neurônios
Órgão sensorial –
Ocelos – Aurícula
Célula excretora:
( Célula Flama)
Retira excretas nitrogenadas dos tecidos
Planária –
Percebe sombra e luz – fotorreceptor
Aurícula
– percebe substâncias Quimiorreceptor

Classe Cestoda

Taenia solium e Taenia saginata

Modo de vida: Endoparasita
Corpo:
com uma cabeça ( escolex ) e segmentos (proglotes ) .
Epiderme:
Epitélio com cutícula protetora .
Órgãos externos especiais:
ventosas , e as vezes , ganchos de quitina .
Sistema digestivo:
ausente
Sexo:
Hermafrodita
Desenvolvimento: I
ndireto , com larvas .
Doença:
teníase e Cisticercose .
Teníase:
A pessoa ingere o cisticerco , na carne ma cozida . A larva se desenvolve no intestino e realiza a autofecundação.

Classe Turbelária

Vida livre na água

Representante: Planaria

Classe Trematoda

Parasitas

Representantes: Schistosoma mansoni , Fasciola sp.

Shistosoma mansone

Parasita intestino/fígado/baço

Doença: Esquistossomose ( Barriga d’água)
Ventosa –
boa adaptação da vida parasitária
Dimorfismo sexual –
sexos distintos

Profilaxia (prevenção)

Saneamento básico
Rede de esgoto
Tratamento da água
Coleta de lixo
Não utilizar água parada
Tratamento das pessoas contaminadas
Controle biológico dos caramujos

Sintomas

Aguda
Mal estar
Cansaço
Problemas gastrointestinais
Fezes com muco, sangue e cólicas
Crônica
Barriga d’água

ASQUELMINTOS

Novidades evolutivas: Pseudocelomados
Protostômios (
Tubo Digestivo completo ) .
Simetria bilateral.
Sistema Excretor
( célula em H ).
Sistema nervoso
ganglionar.
Digestão
extra e intracelular.
A maioria e dióica.
Retira as excretas do Pseudoceloma.

Doenças causadas por asquelmintos

Ascaridíase: Ascaris lumbricoides
Sintomas:
Bronquite , complicações pulmonares, convulsão, cólicas, enjôo, obstrução intestinal.
Transmissão:
Via oral , pela ingestão de ovos.
Profilaxia:
Higiene pessoal , uso de sanitários .

Dermatite serpiginosa: Ancylostoma brasilienses

Sintomas: Parasita anormal do cão . Parasita acidental da pele humana , onde causa plurido e infecção
Transmissão:
As larvas penetram na pele .
Profilaxia:
Evitar o contato da pele com a areia das praias freqüentadas por cães .

Oxiuriose ( Enterobiose ): Enterobius vermiculares

Sintomas: Forte irritação e plurido retal, distúrbios intestinais.
Transmissão:
ingestão de ovos.
Profilaxia:
higiene pessoal.

Elefantíase ( filariose ): Wuchereria bancrofti

Sintomas: Linfagite , linforragia , edema nas pernas , seios e saco escrotal .
Transmissão:
Pela picada do pernilongo ( díptero ) Culex fatigans .
Profilaxia:
Destruição dos insetos .

Ancylostomose ( opilação , amarelão ): Ancylostoma duodenale

Sintomas: ulcerações intestinais , diarréia , anemia profunda , enfraquecimento , geofagia ( habito de comer terra ) .
Transmissão:
As larvas rabolitóides penetram na pele .
Profilaxia:
Uso de calçados e sanitários.

ANELÍDEOS

Celomados
Simetria bilateral
Triblástico
Protostômio
Sistema digestivo
completo ( boca e orifício retal )
Sistema nervoso ganglionar – ventral
Sistema excretor com nefrídeos
Sistema circulatório fechado
Sistema respiratório cutâneo ou branquial
Sistema reprodutor desenvolvido

Classes

Oligoquetos

Existência de pequenas cerdas de quitina ao longo do corpo que auxiliam na locomoção . Ex: minhocas , minhocuçu .

Poliquetos

Representam os anelídeos de água salgada dotados de projeções laterais denominadas parapódios onde são encontradas numerosas cerdas . A cabeça e diferenciada possuindo olhos e tentáculos especializados para tato e olfato . A respiração pode ser cutânea ou branquial e os sexos são separados . No desenvolvimento embrionário , observamos uma fase larvaria ciliada denominada trocofora. Ex : nereis , eunice ( verme palolo ) , tubícolas , etc.

Hirudíneos

São vermes aquáticos ou terrestres de corpo achatado dorso – ventralmente. Possuem sempre uma grande ventosa posterior, e algumas vezes, uma anterior.

Podem ser parasitas ou predadores e apresentam nenhum tipo de cerdas . Respiração cutânea, hermafroditas ( monóicos ) e desenvolvimento direto. * O nome vem de hirudina (substância anti-coagulante presente na saliva de alguns representantes. Ex : sanguessugas.

REINO ANIMAL

A minhoca

Corpo coberto por cutícula de quitina
Sob a epiderme, apresenta 2 camadas de musculatura, uma circular, outra longitudinal.
Tiflossole:
prega longitudinal do intestino que aumenta a superfície de absorção de alimentos.
Respiração cutânea:
troca de gases através da pele.
Fecundação cruzada.

Anelídeos – complementação

Ao contrário dos asquelmintos, os anelídeos são vermes segmentados. Podem ser terrestres (minhocas), marinhos (poliquetos) e dulcíolas (Sanguessuga).

Uma importante característica do grupo é a presença do celoma. O celoma é todo delimitado por epitélio de origem mesodérmica, uma camada epitelial envolve o intestino. O celoma funciona como um verdadeiro “esqueleto hidrostático” que dá firmeza ao corpo do verme.

Grupos de Anelídeos

Existem três classes de anelídeos: Oligoquetos, Poliquetos e hirudíneos.

Oligoquetos

Os Oligoquetos constituem o grupo das minhocas. O nome se refere à existência de pequenas cerdas de quitina na região ventral ao longo do corpo, que auxiliam na locomoção.

As minhocas vivem em solo úmido, rico em restos orgânicos de várias origens, dos quais se alimentam.

Na busca de alimento elas escavam galerias na terra promovendo um bom arejamento do solo.

Ao defecarem, eliminam especialmente restos de vegetais parcialmente triturados, misturados à terra ingerida que passou pelo tubo digestivo. Esse material é chamado de húmus de minhoca, é rico de minerais , especialmente cálcio, sendo portanto excelente adubo.

Numa atividade incessante, as minhocas reciclam as camadas do solo e melhoram sua granulação, tornando-o menos compacto e mais propício para o uso agrícola.

Poliquetos

Os poliquetos são ativos predadores que nadam livremente, ou vivem enterrados na areia ou no interior de tubos que eles mesmos constróem.

Em cada segmento corporal, eles tem um par de expansões laterais, os parapódios, onde se prendem tufos de cerdas que funcionam como remos para a natação.

Hirudíneos

Este grupo é constituído pelas sanguessugas que não possuem cerdas e são hermafroditas. (Monóicas). Ela vivem em água doce e se alimentam do sangue de vários vertebrados, fixando pelo meio das ventosas.

A hirudina é uma substância produzida em suas glândulas salivares que é anticoagulante de importância farmacêutica .

As minhocas – estrutura e função

O corpo das minhocas é cilíndrico, alongado com dezenas de anéis, no terço anterior do corpo mostra o clitelo, grupo de segmentos de uma cor mais clara.

A epiderme é um epitélio simples, com glândulas mucosas, recoberta por uma fina cutícula de quitina permeável. Sob a epiderme fica dois tipos de musculatura, uma longitudinal e a outra circular.

O sistema digestivo é completo. Na sua porção inicial, há um papo e uma moela que respectivamente armazena e tritura os alimentos.

O sistema circulatório é fechado, pois os vasos sangüíneos apresentam total continuidade no interior dos tecidos.

A respiração é cutânea, ou seja, a troca de gases ocorre através da pele, que, por isso, deve ser mantida úmida. Nos poliquetos ao contrário, possuem brânquias ramificadas na região dorsal dos parapólios, ou agrupadas em círculos na cabeça.

A excreção feita por nefrídios, havendo um par por segmento. Ele recolhe a excreção do liquido celomático e elimina por um cretal que termina em um poro ventral.

O sistema nervoso é glanglionar. Há um glânglio cerebral e outro subfaríngeo, ligados ao anel nervoso ao redor da faringe.

Nos anelídeos, há células táteis e foto e quimioreceptoras, dispersas no epitélio. Os poliquetos têm olhos bem desenvolvidos.

Reprodução

As minhocas são hermafroditas (Monóicas) e a reprodução é apenas sexuada. Após a separação dos dois vermes em troca, ocorre em cada um a eliminação dos óvulos pelos poros femininos. A fecundação é externa.

ARTRÓPODES

Os artrópodes atuais vivem no fundo dos mares como camarão e lagosta, ou fixos, como as cracas. Há muitas espécies de água doce, especialmente os crustáceos e alguns insetos, mas o maior número delas é terrestres, bem adaptadas aos campos, desertos e matas tropicais.

Os artrópodes têm grande importância médica e parasitológica, caso dos produtores de toxinas; dos parasitas de plantas e de animais; e dos transmissores de parasitas para o homem.

Características

Os artrópodes podem ser caracterizados como animais de simetria bilateral, segmentados, protostômios, triblásticos e celomados, o que, como já vimos, ocorre também com os anelídeos.

No entanto, duas novidades surgem no grupo: um esqueleto externo de quitina e os apêndices ou extremidades articuladas.

O esqueleto, uma “armadura externa”: O esqueleto externo, ou exoesqueleto, envolve o esqueleto e as apêndices dos artrópodes como uma armadura. Seu principal constituinte é a quitina. Essa substância, além de conferir proteção sustentação mecânica é também um excelente eficiente isolante, evitando a desidratação nas espécies terrestres.

O problema do crescimento foi resolvido pela ocorrência das mudas ou eclises. Na maioria dos artrópodes, o exoesqueleto velho se rompe por uma fenda longitudinal no dorso ou nos lados do corpo, sendo abandonado pelo animal. No início a casca é bastante mole permitindo que o animal cresça essa fase porém é rápida pois ele fica desprotegido, à mercê dos predadores.

Apresentamos a seguir as cinco classes de artrópodes: insetos, crustáceos, aracnídeos, quilópodos e diplopodos:

Os Insetos

A excepcional capacidade de adaptação levou-os a ocupar praticamente todos os ambientes, exceto os mares. Dentre outras características, o desenvolvimento do sistema nervoso de órgãos sensoriais, a organização social de alguns grupos foram um dos fatores que permitiram o sucesso evolutivo.

Os insetos cumprem um importante papel ecológico nos ecossistemas: polinizam as plantas, servem de alimentos a outros animais e até produzem alimentos como o mel. Causam prejuízos a lavoura, com predação e parasitismo. Além de serem parasitas para animais domésticos e para o homem.

Morfologia externa

O corpo dos insetos é marcadamente subdividido em três partes: cabeça, tórax e abdome, cada uma delas apresentando vários segmentos.

Na cabeça há sempre duas antenas. Ventralmente há um aparelho bucal, constituído por três peças, adaptado a diferentes modo de captar e preparar o alimento para ser dirigido.

Aparelho triturador
Aparelho picador
Aparelho sugador
Aparelho lambedor

O tórax tem três segmentos, cada uma seles com um par de patas. Por isso se falam em insetos hexápodos.

O abdome é simples, sem apêndices e pode apresentar na região terminal o ovopositor, para a postura dos ovos. Aí também localiza-se o “ferrão” das abelhas e vespas. Ventralmente, em cada segmento, são observados pequenos pontos laterais no abdome (estigma ou espiráculos), que são as aberturas dos órgãos respiratórios.

Morfologia interna

Os insetos tem sistema digestivo completo, com boca, faringe, glândulas salivares, papo estômago químico, estômago mecânico (proventrículo), intestino e orifício retal. No estômago químico desembocam vários cecos, tubos fechados que produzem enzimas digestivas.

O sistema circulatório é do tipo aberto (lacunoso), pois do coração saem alguns vasos que terminam em lacunas. O coração é um tubo muscular longitudinal dorsal.

A respiração é feita por traquéias é portanto uma grande rede de canais associados a sacos aéreos, que permite uma difusão livre, direta dos gases respiratórios para dentro das células.

A excreção é feita por túbulos de malpighi. Em toda a extensão, as paredes destes túbulos removem excretas das lacunas corporais. na luz deles precipitam cristais de ácido úrico, que são arrastados com líquidos até o intestino e expulsos misturados as fezes.

O sistema nervoso é representado por vários gânglios concrescidos, localizados na cabeça, formando uma grande massa cerebral.

Reprodução

A reprodução é sexuada. É comum o dimorfismo sexual. A fecundação é interna.

Podemos definir três tipos de desenvolvimento, que são critérios usados na classificação:

1. Ametábulos – insetos sem larva; portanto não sofrem metamorfose. Ex: traças.
2. Hemimetábulos
– com metamorfose parcial, pois o inseto jovem já é semelhante ao adulto. Ex: gafanhoto e barata.
3. Holometábulos
– com metamorfose total. Há as seguintes fases de vida: ovo, larva, pupa e imago (adulto).

Os Crustáceos

A grande classe dos crustáceos possuem espécies especialmente aquáticas, embora alguns vivam em terra úmida, como é o caso dos tatuzinhos de jardim.

O nome do grupo vem de crusta pois o esqueleto é normalmente muito duro, com forte impregnação calcária.

As extremidades articuladas são bífidas, bifurcadas, isto é, têm basicamente dois ramos um externo (exopodito) e um interno (endopodito) com uma série de artículos cada um. O copo apresenta um cefalotórax resultante da união da cabeça e do tórax. .

Grupos de crustáceos

Os entomostráceos, mais primitivos, e os crustáceos superiores são dois grupos que estudaremos.

Nos entomostráceos merecem a citação duas importantes ordens, os copepódos e os cirrípedes.

Os Copepódos e os Cirrípedes.

Os copepódos , são crustáceos microscópios constituintes principalmente dos zooplâncton. No grupo dos cirrípedes, são animais que aparecem com moluscos devido sua carapaça rígida que os envolve.

Os crustáceos superiores

É a principal ordem dos crustáceos com espécies mais conhecidas e de maior porte como o camarão e a lagosta.

O camarão

Este decápodo têm um forte cefalotórax, mostrando na região anterior um par de olhos. compostos e dois pares de antenas.

Os camarões são grandes lixeiros do mar, pois se alimentam de restos orgânicos de várias origens acumulados no fundo lodoso dos mares, especialmente na faixa litorânea.

A circulação é lacunosa. e as lacunas são celomáticas. A respiração é branquial. A excreção se faz por duas glândulas verdes, retirando excretas solúveis diretamente do celoma, eliminando-os por poros na base das antenas dois. O sistema nervoso têm gânglios cerebrais e uma cadeia de gânglios ventrais de onde partem as inervações para os órgãos.

Reprodução

Os camarões como os demais crustáceos, são de sexos separados e têm desenvolvimento indireto. Quando o abdome é reduzido chamamos de braquiuros, do contrário chamamos de macruros.

Artrópodes quelicerados

Enquanto os antenados, são representados pelos insetos, crustáceos e miriápodes, os quelicerados, que não tem antenas, são representados especialmente pela grande classe dos aracnídeos, com várias ordens.

As quelíceras são apêndices articulados, com várias formas e funções, localizados na região bucal. Podem ser inoculadores de veneno, preensores ou ainda estiletes perfurantes, para sugar sangue.

Os aracnídeos

Os aracnídeos são uma importante classe de artrópodes, com muitas espécies sendo a maioria terrestres.

Anatomia interna

Uma vez capturada a presa, os aracnídeas injetam nela seus sucos digestivos, que vão efetuar a digestão extra-intestinal, em seguida eles sugam uma pasta, alimento já praticamente pré-digerido.

A respiração é feita por filotraquéias. Cada filotraquéia é um conjunto de lâminas paralelas que têm suas faces externas em contato com o ar e a face interna banhada pelo sangue das lacunas.

A circulação é lacunosa e o coração é dorsal, abdominal.

A excreção é feita por túbulos de malpighi, como nos insetos. Há também glândulas coxais que eliminam nas pernas uma espécie de guanina e ácido úrico.

O sistema nervoso apresenta um cérebro, um anel nervoso ao redor do tubo digestivo e uma cadeia ganglionar ventral, basicamente no mesmo padrão dos insetos.

Reprodução

Os aracnídeos são animais de sexos separados e a fecundação e interna. Os aracnídeos são vivíparos ou ovíparos.

Os diplopodos e os quilópodos:

Diplopodos Quilópodos
herbívoros carnívoros
lentos rápidos
Enrolam-se em espiral não enrolam-se
Secção corporal circular secção corporal achatada
1 par de antenas curtas 1 par de antenas longas
2 patas curtas por segmento 1 par de patas longas por segmento
sem forcípulas , sem veneno com forcipulas e veneno
grande numero de segmentos pequeno numero de segmentos

Sistema digestivo: Completo, com hepatopâncreas: despeja secreções digestivas no estômago. Digestão extra e intracelular, com exceção dos bivalvas, que filtram seu alimento. Os gastropodes apresentam rádula na boca ,que serve para raspar o alimento. Os cefalópodes possuem mandíbulas quitinosas. Os bivalves possuem palpos labiais e estilete cristalino, localizado no ceco gástrico .
Sistema circulatório:
Aberto, transporta gases e nutrientes. Composto por coração ( envolvido pela pericardia – resto do celoma ) , vasos sangüíneos e hemocelas.
Sistema respiratório:
Branquias e pulmões
Sistema excretor:
Nefrídeos.
Sistema nervoso e sensorial:
Pares de gânglios unidos por cordões nervosos , os mais importantes são os cerebróides , ha também os pedais e os viscerais.

EQUINODERMATA

CARACTERIZAÇÃO

O filo Echinodermata é composto de animais marinhos que se distinguem por uma simetria radial pentâmera, um endoesqueleto de ossículos calcários, ossículos espinhosos na superfície do corpo e um sistema de canais celomáticos e apêndices do corpo, os pés ambulacrários (sistema hidrovascular), que é usado para a nutrição e a locomoção. Em geral, os sexos são separados, a fertilização é externa e o desenvolvimento é planctônico. Existe comumente uma larva bilateral que nada e se alimenta por meio de faixas ciliadas enroladas no corpo.

A diversidade do grupo é significativa sendo divididos nas seguintes classes: Crinoidea, Holuthuroidea, Echinoidea (com as seguintes subclasses Perischoechinoidea, Euechinoidea), Ophiocistioidea, Stelleroidea (com as seguintes subclasses Asteroidea, Ophiuroidea, Somasteroidea).

STELLEROIDEA

A classe Stelleroidea contém equinodermos nos quais o corpo é composto por um disco central e braços radiais. Na subclasse Asteroidea os braços não são distintamente separados do disco central.

Os asteróides movem-se por meio de pés ambulacrários localizados dentro dos sulcos ambulacrários. Os pés ambulacrários são estendidos por pressão hidráulica gerada pela contração das ampolas bulbiformes. Em muitas espécies, ventosas nas extremidades dos pés ambulacrários permitem a fixação ao substrato.

Os braços podem ser dobrados ou torcidos permitindo á estreia-do-mar mover-se sobre superfícies irregulares, capturar presas e endireitar-se. O movimento dos braços é possibilitado por uma organização reticular de ossículos dentro da derme e por camadas musculares circulares e longitudinais na parede do corpo.

O grande celoma supre o transporte interno e evaginações da parede do corpo (pápulas) são os locais de excreção e trocas gasosas. Entretanto, as finas paredes dos pés ambulacrários constituem uma superfície adicional significativa para as trocas.

O comportamento alimentar está relacionado não apenas á dieta mas também ao comprimento dos braços. As espécies predadoras de braços curtos engolem a presa inteira. Aquelas com braços longos evertem o estômago e digerem parcialmente a presa fora do corro. Aquelas estrelas-do-mar que têm como presas moluscos bivalves, colocam o estômago entre as valvas do molusco. Algumas espécies usam o estômago evertido como um esfregão para remover material orgânico de vários tipos de superfícies. As espécies de águas profundas são comumente comedoras de depósito.

As estrelas-do-mar que habitam substrato mole possuem geralmente pés ambulacrários pontiagudos, ampolas duplas e as paxilas mantêm as pápulas limpas de sedimento. Pedicelárias, que estão restritas a certos grupos de estrelas-do-mar, atuam provavelmente na limpeza da superfície do corpo de organismos que nela se instalem.

Há usualmente duas gonadas em cada braço saindo os gametas por gonóporos interradiais. O desenvolvimento leva a uma larva bipinária na qual as faixas ciliadas estão localizadas sobre os longos braços larvais. Com a formação das estruturas de fixação, a larva é chamada braquiolária e está preparada para a instalação. Após a instalação e fixação, a larva sofre metamorfose na qual os braços larvais degeneram, o lado esquerdo torna-se a superfície oral e o corpo do adulto deriva-se da porção posterior do corpo larval.

OPHIUROIDEA

Na subdasse esteleróidea Ophiuroidea, os longos e estreitos braços são nitidamente separados do disco central. Considera-se os ofiuróides como o mais bem sucedido grupo de equinodermos. Seu sucesso provavelmente está relacionado á sua motilidade, diversidade de hábitos alimentares e pequeno tamanho.

Todas estas características permitiram que os ofiuróides explorassem habitats inacessíveis aos outros equinodermos.

Os ofiuróides movem-se rapidamente saltando e impelindo-se com seus braços flexíveis. Os espinhos braquiais laterais fornecem a tração. Os braços são ocupados por grandes ossiculos (vértebras) que se articulara entre si em uma coluna horizontal. Os músculos intervertebrais são responsáveis pelo movimento. A maior parte dos ofiúros pode mover seus braços apenas lateralmente mas, nos gorgonocefalideos, a articulação vertebral permite o movimento em qualquer direção, podendo os braços ser enrolados. Os pés arnbulacrários não são usados para a locomoção.

As vértebras são cobertas por ossiculos superficiais achatados chamados escudos aos quais estão associados os espinhos. Os ossiculos vertebrais restringem o celoma a uma pequena câmara dorsal.

Correlacionada á redução do celoma o sistema hidrovascular não tem ampolas. Os canais laterais e radiais assumem a função das ampolas. O madreporito localiza-se em um dos escudos orais.

O reduzido celoma braquial restringe a maior parte das trocas gasosas a cinco pares de invaginações em forma de bolsa (as bolsas respiratórias) no lado oral do disco.

A alimentação dos ofiuróides inclui, em uma dada espécie, um ou todos os seguintes mecanismos: alimentação saprofágica recolhendo o alimento com os braços, alimentação de depósitos usando os pés ambulacrários e alimentação de suspensões usando os pés ambulacrários e filamentos mucosos estendidos entre os espinhos. Estes métodos permitem a muitas espécies alimentarem-se sem abandonar seus refúgios protetores. A principal função dos pés ambulacrários nos ofiuróides é a de coleta e transporte de alimento. Os gorgonocefalideos usam seus braços para formar um leque parabólico perpendicular à corrente de água e capturar zooplâncton com as pontas das ramificações dos braços.

As gônadas dos ofiuróides estão associadas ao lado celomático das bolsas respiratórias as quais fornecem uma saída para os gametas e servem de local de desenvolvimento para as espécies incubadoras. Nas espécies não-incubadoras, o desenvolvimento leva a uma larva ofioplúteo a qual sofre metamorfose antes de instalar-se.

ECHINOIDEA

Na classe Echinoidea, o corpo esférico ou achatado não se estende formando braços. A superfície é coberta por espinhos móveis os quais articulam-se com uma carapaça de ossículos suturados. As áreas ambulacrárias contendo os pés ambulacrários alternam-se com áreas interambulacrárias organRadas em meridianos em torno do corpo. As placas da carapaça são perfuradas para a saída de gametas e para a passagem dos canais que conectam os pés ambulacrários com as ampolas. Uma placa genital funciona como madreporito. Relacionado à presença de uma rígida carapaça esquelética está o fato de que a parede do corpo carece de uma camada muscular interna. Pedicelárias pedunculadas tridentadas dão proteção contra organismos que por ventura se instalem na superfície do corpo.

Os equinóides regulares ou ouriços-do-mar estão em geral adaptados para viverem sobre substratos firmes. Acredita-se que o corpo radial globoso provido de longos espinhos seja primitivo para a classe. Os ouriços-do-mar movem-se por meio de pés ambulacrários e impulsos dos espinhos.

A maior parte dos ouriços-do-mar alimenta-se raspando algas, organismos incrustantes e detritos de superfícies duras. O aparelho raspador é um órgão complexo composto por numerosos ossículos, cinco dos quais funcionando como dentes.

Cinco pares de evaginações orais (brânquias) atuam nas trocas gasosas.

Os equinóides irregulares estão adaptados para cavarem através de substratos moles. O corpo é coberto por um grande número de diminutos espinhos. Os espinhos são úteis, não apenas para locomoção e escavação, como também para manter o sedimento afastado da superfície do corpo. A forma grandemente achatada das bolacha-da-praia é, provavelmente, uma adaptação para escavações rasas.

Relacionando aos seus hábitos cavadores, o mesmo ambúlacro é sempre dirigido para frente e desenvolveram-se graus variados de bilateralidade secundária. Em todos os equinóides irregulares o orifício retal moveu-se para fora do centro aboral em direção á margem posterior ou da lúnula posterior. Nas bolachas-da-praia a boca permanece no centro da superfície oral; nos ouriços cordiformes, todo o centro oral dirigiu-se para frente.

Os equinóides irregulares são largamente comedores de depósitos. Os pés ambulacrários são utilizados para coleta de alimento (ouriços cordiformes) ou para transporte de alimento (bolachas-da-praia).Nos equinóides irregulares, pés ambulacrários aborais modificados (pctalóides) atuam nas trocas gasosas.

A larva dos equinóides é um equinoplúteo. A metamorfose ocorre mais para o final da existência planctônica e na época da instalação, mas não há um estágio fixado.

HOLOTHUROIDEA

Os membros da classe Holothuroidea distinguem-se pelo corpo cilíndrico no qual o eixo oral-aboral é grandemente alongado, pela redução do esqueleto a ossiculos microscópicos e pelos pés ambulacrários anais tentaculares.

Como conseqüência do alongamento do eixo oral-aboral, os holotúrias deitam-se de lado. Como a maior parte das espécies deita-se sobre os mesmos três ambúlacros (sola), esta postura levou a alguma simetria bilateral. Os ambúlacros ventrais nas formas bilaterais têm pés ambulacrários bem desenvolvidos; os ambúlacros demais têm pés ambulacrários reduzidos.

Algumas holotúrias são habitantes da superfície, algumas vivem sob rochas ou alojam-se em fendas, algumas cavam e outras (principalmente as formas de águas profundas) são pelágicas. Os pés ambulacrários são usados para arrastar-se e agarrar a superfície. Um grupo de cavadores vermiformes perdeu seus pés ambulacrários locomotores e se move por contrações peristálticas.

As holotúrias são comedoras de suspensões e de depósitos. A superfície tentacular coberta de muco capta partículas quando varre o fundo ou quando se estende n’água. O material celerado é removido pela ação sugadora da faringe quando os tentáculos são colocados na boca.

O sistema hidrovascular é peculiar por possuir um madreporito no celoma. Evaginações internas ramificadas da parede posterior do intestino (árvores respiratórias) são órgãos para as trocas gasosas. O fluido celomático contribuiu para o transporte interno mas muitas holotúrias possuem também um bem desenvolvido sistema hemal.

Os gametas provenientes da gônada única saem através de um gonóporo intertentacular. O desenvolvimento leva a uma larva doliolária em forma de barril. A metamorfose ocorre antes da instalação.

CRINOIDEA

Os membros da classe Crinoidea, que inclui os lírios-do-mar pedunculados e fixos e os crinóides apedunculados e livres, são os únicos equinodermos viventes nos quais a superfície oral está dirigida para cima. Esta condição também é verdadeira para a maioria dos equinodermos do Paleozóico.

A coroa dos crinóides pedunculados e apedunculados é composta de múltiplos braços ao redor de um forte cálice central, que é coberto por uma parede membranosa oral, o tégmen. O tégmen contém a boca no centro e o orifício retal para um lado.

A multiplicidade de braços resulta da ramificação basal de um arranjo originalmente pentâmero. Os braços possuem numerosos ramos laterais pequenos (pínulas) e a superfície oral de todos os ramos, incluindo as pínulas, contém um sulco ambulacrário ciliado.

Fortes ossículos fazem parte do pedúnculo relativamente sólido, dos cirros, dos braços e das pínulas. Fortes ossículos também estão localizados dentro da parede do cálice.

Os lírios-do-mar sésseis podem flexionar o pedúnculo e desenrolar os braços quando estão se alimentando. Os comatulídeos se fixam com os cirros e rastejam e nadam com os braços.

Os crinóides são comedores de suspensões e os pés ambulacrários, ao entrarem em contato com o zooplâncton ou outras partículas suspensas, efetuam movimentos, levando as partículas para o sulco ambulacrário. Os cílios ambulacrários transportam as partículas envoltas em muco ao longo dos braços até a boca. Os braços são mantidos como um funil ou, quando uma corrente, como um leque circular ou plano. Os múltiplos braços e pínulas proporcionam a área necessária para este tipo de alimentação.

Os gametas são produzidos nos braços, que também são os locais de incubação, quando isto ocorre.

O desenvolvimento resulta em uma larva vitelária em forma de barril. A metamorfose ocorre após a instalação e fixação. Os comatulídeos passam por um estágio pedunculado (pentacrinóide) antes da coroa libertar-se.

SISTEMÁTICA DO FILO CORDATA

Subfilo Super classe Classe Indivíduos Características
Cefalocordatas     Anfioxo Corpo alongado. A notocorda vai da cabeça à cauda.
Urocordatas     Ascídia Larvas com notocorda apenas na cauda, adultos fixos, sem notocorda e cauda.
Hemicordata     Balanoglosos Corpo vermiforme, muitas fendas faringeanas.

Fonte: www.escolavesper.com.br

Reino Animalia

O reino Animália é definido segundo características comuns a todos os animais: são organismos eucariontes, multicelulares, heterotróficos e que obtêm seus alimentos por ingestão de nutrientes do meio.

Mesmo dentro de critérios assim tão amplos, podemos encontrar exceções, em função de fatores diversos, como a adaptação de organismos a meios de vida especiais.

É o que ocorre, por exemplo, com alguns endoparasitas que perderam a capacidade de ingestão de nutrientes, obtendo-os por absorção direta dos líquidos do corpo dos organismos parasitados.

De forma geral, as seguintes características aparecem na grande maioria dos animais:

São pluricelulares (metazoários), eucariontes e heterotróficos. Suas células não possuem parede celular

Sendo heterotróficos, dependem para sua nutrição, direta ou indiretamente, das plantas terrestres e algas. Em geral, os alimentos são digeridos no interior de uma cavidade digestiva. As substâncias de reserva são o glicogênio e as gorduras.

Quase todos os animais são capazes de se locomover, e a locomoção se faz graças a existência de células musculares que possuem proteínas características. As espécies que não se locomovem são aquáticas e recebem os alimentos trazidos pela água.

A maioria dos animais apresenta sistema nervoso e é capaz de responder rapidamente a estímulos.

A reprodução é geralmente sexuada.

Todos os animais começam o seu desenvolvimento a partir de uma célula-ovo ou zigoto, que surge da fecundação do óvulo pelo espermatozóide. Assim, a reprodução sexuada sempre está presente nos ciclos de vida dos animais. Isso não significa que a reprodução assexuada não aconteça; ela ocorre e é muito importante em alguns grupos.

Alguns animais desenvolvem-se até um conjunto de células que não chega a formar tecidos verdadeiros, enquanto a maioria atinge níveis de organização superiores a tecidos, tais como órgãos e sistemas.

É possível, assim, distinguir dois grandes grupos:

1. Parazoa (parazoário; pará = ao lado, zoa = animal): Representado pelos porífera (esponjas), no qual não há formação de tecidos verdadeiros
2. Eumetazoa (eumetazoário; eu = verdadeiro, metazoário = animal):
Representado por todos os outros animais que possuem tecidos diferenciados.

Dentre os Eumetazoa distinguem-se dois outros grupos: o dos organismos que não passam do nível de organização superior a tecidos, do qual fazem parte os cnidários, e o dos organismos que já apresentam os órgãos reunidos em sistemas definidos, compreendendo a maioria dos Eumetazoa.

O ramo da biologia que estuda os animais é denominado Zoologia e é muito comum se falar em animais invertebrados e vertebrados. Os invertebrados são todos os animais que não possuem vértebras e, conseqüentemente, coluna vertebral. A maior parte dos animais é formada pelos invertebrados, caso das esponjas, medusas, planárias, vermes, minhocas, insetos, siris, estrelas-do-mar e outros. No entanto, o termo invertebrado não tem nenhum valor taxonômico e não corresponde a grupos como filo, classe, ordem ou outros; é simplesmente um termo vulgar aplicado a todos esses animais.

Os invertebrados

Filo  Classes  Representantes  Características 
1. Poríferos  Calcários 

Hexactinélidas 

Demospôngias 

Esponjas calcárias 

Esponjas de vidro 

Esponjas de banho 

Aquáticos 

Apresentam pontos na parede do corpo. Embora pluricelulares, não formam tecidos 

2. Celenterados  Hidrozoários 

Cifozoários 

Astozoários 

Hidra e obélia 

Águas-vivas 

Corais e anêmonas 

Aquáticos, formam tecidos, mas não formam órgãos. 

Possuem cnidoblastos 

3. Platelmintos  Turbelários 

Trematódeos 

Cestóides 

Planária 

Esquistossomo 

Cestóideo 

Vermes de corpo achatado dorsoventralmente. De vida livre e parasitas 
4. Nematoda  Nematódeos  Lombriga, ancilóstomo  Vermes de corpo cilíndrico. De vida livre e parasitas 
5. Anelídeos  Oligoquetos 

Poliquetos 

Hirudíneos 

Minhocas 

Nereis 

Sanguessugas 

Vermes anelados. Vida livre em solos úmidos, água doce ou salgada. 
6. Artrópodos  Insetos  Moscas, barbeiros, borboletas  Corpo com cabeça, tórax e abdômen. Um par de antenas e três pares de patas. 
  Crustáceos  Camarões, siris, caranguejos  Corpo com cefalotórax e abdômen. Dois pares de antenas e vários pares de patas. Maioria marinho 
  Aracnídeos  Aranhas, escorpiões e carrapatos  Corpo com cefalotórax e abdômen. Não possuem antenas. Quatro pares de patas 
  Quilópodos  Centopéias e lacraias  Anelados, um par de patas por anel e com um par de antenas. 
  Diplópodos  Piolho-de-cobra  Anelados, com dois pares de patas por anel 
7. Moluscos  Gastrópodos 

Pelecípodos 

Cefalópodos 

Caramujos 

Ostras e mariscos 

Lulas e polvos 

Animais de corpo mole, geralmente com concha calcária. Marinhos, de água doce e terrestre. 
8. Equinodermos  Asteróides 

Ofiuróides 

Equinóides 

Holoturóides 

Crinóides 

Estrelas-do-mar 

Ofiúro 

Ouriço-do-mar 

Pepino-do-mar 

Lírio-do-mar 

Exclusivamente marinhos. Espinhos na superfície do corpo. Esqueleto interno formado por placas calcária

Os vertebrados

Subfilo  Classes  Representantes  Características 
Vertebrados  Peixes cartilaginosos 
   

Peixes ósseos 

Tubarão, cação, raia, quimera. 

 

Cavalo-marinho, bagre, dourado, cavalinha. 

Esqueleto cartilaginoso. Pecilotérmicos. Marinhos e dulcículas 

 

Esqueleto ósseo. Pecilotérmicos. Marinhos e dulcículas. 

  Anfíbios  Sapos, rãs, pererecas.  Na fase larval são aquáticos e, quando adultos, terrestres. Pecilotérmicos. 
  Répteis  Cobra, jacaré, tartaruga.  Andar rastejante. Pecilotérmicos. Escamas ou placas córneas, adaptados ao ambiente terrestre. 
  Aves  Ema, pingüim, tuiuiú, canário.  Capazes de voar. Dípedes. Homeotermos. Possuem bicos e penas. 
  Mamíferos  Baleia, golfinho, morcego, homem, cachorro, vaca.  Tetrápodos. Possuem pêlos e glândulas mamárias. Homeotermos. 

Os vertebrados correspondem a todos os demais animais que possuem vértebras, caso dos peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Os vertebrados correspondem a um subfilo dentro do filo dos cordados. Dentre os cordados, existem animais invertebrados, como é o caso do anfioxo, que vive enterrado na areia, no ambiente marinho.

Os vermes

O filo Platyhelminthes (platelmintos) reúne animais com corpo achatado (daí o nome platy = chato, helminthes = verme, ou seja, verme chato). No entanto, o termo verme é aplicado vulgarmente para qualquer animal de corpo alongado e de pouca espessura, por isso, não tem nenhum valor taxonômico real.

Os platelmintos incluem animais de vida livre, como as planárias, que ocorrem em água doce, solos úmidos e mesmo no mar, e animais parasitas do homem.

Dentre todas as classes e indivíduos que pertencem ao filo dos platelmintos, serão abordados apenas os que parasitam o corpo humano.

A Fasciola hepática é um endoparasita de carneiro, podendo, entretanto, parasitar o homem, afetando-lhe o fígado. No ciclo de vida desse parasita existe um hospedeiro intermediário que é um caramujo.

O Schistosoma mansoni provoca no homem a esquistossomose ou barriga-d’água, infelizmente, muito comum no Brasil. Este verme parasita as veias do intestino, afetando também o fígado e as vias urinárias. O ciclo de vida do Schistosoma mansoni é mostrado na , onde as dimensões dos ovos, das larvas e do caramujo não estão em escala correta, são apenas ilustrativos.

A esquistossomose é adquirida pelo homem quando as larvas do verme, chamadas cercarias, penetram no organismo através da pele. Essas larvas são encontradas principalmente em águas paradas. Por isso, a contaminação se dá com freqüência por meio de banhos em lagoas infestadas. Nos doentes com esquistossomose há aumento no tamanho do fígado (hepatomegalia) e do baço (esplenomegalia) e aumento no volume abdominal (ascite). A profilaxia dessa doença pode ser feita tratando-se os esgotos, evitando-se o contato com águas infestadas e tentando-se eliminar caramujos transmissores.

O hospedeiro definitivo de um parasita é aquele no qual ocorre a formação de ovos, ou seja, a reprodução sexuada. No caso do Schistosoma mansoni, o hospedeiro definitivo é o homem. No hospedeiro intermediário (caracol do gênero Biomphalaria) não há reprodução sexuada.

A Taenia solium é um verme hermafrodita com 3 a 9 m de comprimento em sua fase de vida adulta (Figura 5.13-a). Na cabeça observa-se uma coroa de ganchos usada pelo parasita para fixar-se à parede intestinal do animal hospedeiro e dela retirar alimentos.

A teníase é adquirida pela ingestão de carne de porco contaminada por cisticercos (tênias no estado larval). Estes chegam ao intestino humano e se instalam, dando origem ao verme adulto, geralmente único (daí o nome solitária). Formadas as proglotes grávidas, elas terminam por se desprender do corpo do verme e são eliminadas junto com as fezes. No meio externo as proglotes se abrem e libertam os ovos. Estes podem ser ingeridos por porcos e, ao chegarem no intestino deste animal, abrem-se e dão origem a embriões. Os embriões atravessam a parede intestinal do animal e atingem sua musculatura, onde se instalam e adquirem a forma de cisticercos. Na é apresentado um esquema do ciclo da Taenia solium.

A Taenia saginata também é hermafrodita. Pode atingir até 12 m de comprimento. Não possui a coroa de ganchos na cabeça e se fixa apenas pelas ventosas.

Seu ciclo é semelhante ao da Taenia solium, porém seus cisticercos se formam na carne de boi, e não na do porco. O homem adquire a verminose ingerindo a carne suína ou bovina contaminada. Os sintomas da teníase são dores abdominais, alterações no apetite, diarréias ocasionadas e nervosismo. A profilaxia da teníase é feita evitando-se a ingestão de carnes de porco e boi infestadas por cisticercos ou comendo-se apenas carne bem passada.

O homem também pode ser hospedeiro intermediário da Taenia solium, se ingerir os ovos desse verme.

Quando isso acontece, repete-se no organismo humano aquilo que ocorre no porco: os ovos formam embriões que atravessam a parede intestinal e atingem órgãos como o globo ocular, os pulmões e o cérebro. Nesses órgãos formam-se os cisticercos, caracterizando-se a doença conhecida por cisticercose, doença grave, de cura difícil e, em alguns casos, fatal.

Os sintomas e a gravidade dessa doença dependem da localização dos cisticercos.

As piores conseqüências advêm da localização das larvas no cérebro, que resulta em convulsões, dores de cabeça, alterações no psiquismo, vômitos e até a morte. Convém lembrar que a cisticercose no homem, que é tão grave, é, em contrapartida, relativamente rara.

O Ascaris lumbricoides, popularmente conhecido como lombriga, é um verme parasita cujo ciclo de vida se completa em apenas um hospedeiro. Vive no intestino dos porcos e homens, onde se nutre de alimentos já digeridos, e provoca a doença denominada ascaridíase. A lombriga adulta chega a medir 49 com de comprimento. O homem adquire a ascaridíase ao ingerir ovos de lombriga em verduras mal lavadas e água contaminada. Ao atingirem o intestino, esses ovos liberam uma larva, que perfura a parede intestinal e atinge a circulação sanguínea. Através da circulação, as larvas atingem o fígado, o coração e os pulmões.

Nos pulmões, podem perfurar a parede dos alvéolos e subir pelos brônquios até atingir a faringe. São novamente deglutidas e, ao atingirem o intestino, dão origem ao verme adulto. Possuem sexos separados e reproduzem-se por fecundação cruzada, sendo que os numerosos ovos formados são eliminados com as fezes. Caindo em local inadequado, podem contaminar os alimentos e a água que, ingeridos pelo homem, determinarão o início de um novo ciclo de vida do Ascaris lumbricoides, cujo ciclo pode ser melhor compreendido pelo esquema mostrado na . A profilaxia dessa parasitose pode ser feita através do tratamento da água e dos esgotos e pelo cuidado com verduras cruas, que devem ser sempre bem lavadas antes da ingestão. Deve-se também impedir que hortas sejam adubadas com fezes humanas.

No ciclo de vida do Ancylostoma duodenale também não existe um hospedeiro intermediário. O ciclo se completa em apenas um hospedeiro – o homem – do mesmo modo que o ciclo do Ascaris lumbricoides. O Ancylostoma duodenade e outra espécie semelhante a ele denominada Necator americorifício retal são parasitas do intestino humano, causando a doença chamada ancilostomose, ancilostamíase, necatoríase ou ainda, amarelão; são animais que possuem ao redor da boca lâminas cortantes que provocam lesões na parede do intestino humano. A pessoa infectada perde sangue através dessas lesões, tornando-se anêmica e de aspecto amarelado, de onde vem o nome de amarelão. Além de anemia, essa parasitose provoca diarréia, úlceras intestinais e geofagia (desejo de comer terra).

O Ancylostoma duodenale reproduz-se sexuadamente no intestino, e os ovos formados são liberados juntamente com as fezes. Caindo em local inadequado, podem contaminar o solo, onde dão origem a larvas. A contaminação pode ocorrer através da ingestão dos ovos dos vermes ou se um homem estiver andando descalço por locais contaminados, as larvas penetrarão na sua pele, cairão na circulação sanguínea e serão conduzidas até o intestino, onde se transformarão em vermes adultos, reiniciando o ciclo (Figura 5.16). O animal adulto mede cerca de 15 mm de comprimento. A profilaxia dessa doença pode ser feita através do tratamento de esgotos, evitando que fezes humanas sejam depositadas de modo que possam resultar em contaminação do solo por ovos dos vermes; uso de calçados e evitar a contaminação de alimentos e água.

O Ancylostoma braziliensis é um parasita intestinal de cães e gatos. Os vermes adultos alojam-se no intestino destes animais, reproduzindo-se sexuadamente e os ovos formados são eliminados juntamente com as fezes. No solo, eclodem dos ovos as larvas, que podem penetrar ativamente na pelo de cães e gatos e entrar na corrente sanguínea até atingir o intestino desses animais, onde dão origem aos adultos reiniciando o ciclo. As larvas de Ancylostoma braziliensis, no entanto, podem penetrar ocasionalmente na pelo do homem, dando origem a uma parasitose conhecida como bicho-geográfico. Como o homem não é o hospedeiro normal desse parasita, as larvas ficam se “deslocando” pela pele irritando-a e deixando sobre ela linhas avermelhadas. No homem, as larvas não se transformam em adultos, ficando restritas a pele. A profilaxia dessa doença pode ser feita tratando-se os cães e gatos parasitados e evitando-se deixá-los sobre tanques de areia ou de terra onde as crianças brincam e os adultos entram em contato.

A Wuchereria bancrofti, também denominada vulgarmente filaria, causa o homem a helefantíase, ou filariose. O nome dado a essa doença é devido ao grande aumento do volume dos membros, principalmente nas pernas da pessoa afetada. No ciclo de vida desse parasita, o hospedeiro intermediário é o mosquito do gênero Culex, que, ao picar uma pessoa, transmite larvas da filaria. Estas dão origem ao verme adulto, que mede cerca de 10 mm de comprimento e que se localiza nos vasos linfáticos, obstruindo a circulação da linfa. Como a circulação linfática tem por função retirar o excesso de líquidos dos tecidos, sua obstrução resulta em inchaço local (Figura 5.17). A profilaxia dessa doença pode ser feita através do combate ao inseto vetor e do isolamento de tratamento das pessoas doentes. Essa parasitose é comum na região amazônica e no Nordeste brasileiro.

A espécie Enterobius vermicularis, conhecida durante muito tempo com o nome de Oxyurus vermicularis, é um parasita intestinal humano que causa a enterobiose ou oxiurose. Essa parasitose é mais comum em crianças e caracteriza-se por náuseas, vômitos, dores abdominais e um intenso prurido retal. O prurido decorre da migração de fêmeas do parasita repletas de ovos, para a região retal, provocando irritação no local. Quando o indivíduo parasitado coça a região retal e leva os dedos contaminados à boca, ele pode ingerir os ovos que ao chegarem ao duodeno, liberam as larvas. Estas migram para as porções terminais do intestino delgado, sofrem metamorfose, dando origem aos adultos, que copulam, reiniciando o ciclo. Este parasita também completa seu ciclo de vida em um único hospedeiro.

A via de transmissão do Enterobius por auto-infestação é muito comum em crianças e rara nos adultos. Outra via de transmissão é mediante a contaminação de alimentos pelas mãos. Medidas higiênicas são, portanto, fundamentais na profilaxia dessa doença.

Os Moluscos

O filo Mollusca (moluscos) possui representantes no ambiente marinho, na água doce e no ambiente terrestre. O nome dado ao filo refere-se ao fato de esses animais possuírem o corpo mole (mollis = mole). São exemplos de moluscos as ostras, os caracóis, as lesmas, as lulas e os polvos.

Muitos moluscos secretam uma estrutura calcária denominada concha, que, na maioria dos casos, representa um exoesqueleto calcário abrigando e protegendo o corpo mole do animal. Os caracóis e as ostras são exemplos de moluscos com concha externa. Entretanto, nem todos os moluscos a possuem. A lula, por exemplo, apresenta uma concha interna reduzida, enquanto a lesma e o polvo não têm concha alguma.

Alguns moluscos são muito apreciados como alimento pelo homem. É o caso das ostras (Crassostrea rhyzophorae) e dos mexilhões (Perna perna), ambos intensamente comercializados no litoral brasileiro. Essas espécies são inclusive cultivadas para consumo humano. Além destes, também são consumidos polvos e lulas.

Os Anelídeos e os Artrópodes

Os exemplos mais conhecidos do filo Annelida (anelídeos) são as minhocas e as sanguessugas, enquanto que, do filo Arthropoda (artrópodes) os representantes mais conhecidos são os insetos em geral, os crustáceos (lagosta, camarão, caranguejo, siri, etc.) e os aracnídeos (aranhas, escorpiões, ácaros, carrapatos, etc.).

Destes, para a área de alimentos, os que despertam algum interesse são os crustáceos, devido a sua ampla utilização na alimentação, principalmente dos ribeirinhos.

Os Cordados

O filo Chordata (cordados) reúne animais que possuem em comum as seguintes características exclusivas:

1) Notocorda: Estrutura de sustentação que corresponde a um bastonete maciço, flexível, situado na linha mediana dorsal do corpo. Ocorre em todos os cordados, pelo menos na fase embrionária. Em muitas espécies a notocorda desaparece durante o desenvolvimento embrionário e não ocorre nos adultos.
2) Fendas branquiais na faringe:
Estruturas que ocorrem pelo menos na fase embrionária. Em algumas espécies, as fendas branquiais (ou fendas faringeanas) persistem nos adultos; em outras, desaparecem durante o desenvolvimento embrionário
3) Sistema nervoso dorsal:
O sistema nervoso origina-se de invaginação da ectoderme dorsal do embrião. Nos animais não-cordados, o sistema nervoso é ventral ou difuso.

Os cordados podem ser divididos em dois grupos, com base na ausência ou presença de vértebras:

Protochordata (protocordados): não possuem vértebras. A única estrutura de sustentação é a notocorda, que pode estar ausente nos adultos. Vertebrata (vertebrados) que possuem vértebras. A notocorda desaparece durante o desenvolvimento embrionário, sendo substituída pela coluna vertebral. No entanto, é importante ressaltar que não é a notocorda que dá origem à coluna vertebral.

Outra possível divisão dos cordados baseia-se na ausência ou presença de crânio:

Acrania: não possui crânio (são todos protocordados) e
Craniota:
possuem crânio (são todos vertebrados).

Entre os vertebrados, é possível agrupar os animais com base nas seguintes características:

1) Quanto às estruturas respiratórias e locomotoras

a) Pisces ( peixes ): Vertebrados aquáticos com respiração por brânquias durante toda a sua vida e possuidores de nadadeiras como estruturas que, embora participem da locomoção, têm por função básica a manutenção do equilíbrio do animal na água. Não possuem patas
b) Tetrapoda ( tetrápodes ):
Vertebrados terrestres com quatro patas, respiração por pulmões durante toda a vida, ou apenas na fase adulta. Os anfíbios são tetrápodes, e muitas de suas espécies possuem larvas aquáticas com respiração branquial; os adultos, entretanto, são terrestres e respiram por pulmões

2) Quanto à existência de mandíbulas

a) Agnatha (agnatos): Não possuem mandíbula (a = sem, gnato = mandíbula). Os agnatos são também denominados Cyclostomata (ciclostomados), possuem a boca arredondada
b) Gnathostomata (gnatostômitos ou gnatostômatas):
Possuem mandíbula (gnato = mandíbula, stoma = boca);

3) Quanto à presença de âmnio

Anexo embrionário que delimita uma cavidade cheia de líquido (cavidade amniótica) onde o embrião se desenvolve:

a) Anamniota (anamniotas): Vertebrados que não possuem âmnio. São os peixes e os anfíbios
b) Amniota:
Vertebrados que possuem âmnio. Essa estrutura é uma das responsáveis pelo surgimento e sucesso dos vertebrados tipicamente terrestres, que não necessitam da água para a reprodução. Ela começou a surgir a partir dos répteis, ocorrendo nas aves e nos mamíferos.

REFERÊNCIAS

MARCONDES, Ayrton. Biologia. Volume único. São Paulo: Editora Atual, 1998.
LOPES, Sônia. Bio. Volume 2. 1ª Edição. São Paulo: Editora Saraiva, 1997

Fonte: docentes.anchieta.br

Reino Animalia

Já foram identificadas e descritas mais de 2 milhões de espécies animais, mas considera-se que ainda muitas permaneçam por descobrir, principalmente de invertebrados, tanto terrestres como marinhos. Este fato torna os animais os seres vivos mais diversificados do planeta.

Para a maioria das pessoas, os animais mais familiares são vertebrados mas estes apenas correspondem a 3-5% dos animais, não sendo de todo representativos do reino animal. Os vertebrados relacionam-se todos entre si e partilham um ancestral comum relativamente próximo, o inverso do que acontece com os invertebrados, a grande maioria dos animais. Estes últimos têm muito pouco em comum além da falta de coluna vertebral. A sua maioria tem dimensões reduzidas (interessante excepção é a lula gigante, que pode atingir 16 metros de comprimento) e habita locais pouco acessíveis, aumentando o nosso desconhecimento sobre a sua biologia.

Esta enorme diversidade está distribuída por 35 filos, na sua maioria marinhos, demasiado para que se possa fazer uma abordagem mais aprofundada deste reino, pelo que apenas serão referidos os mais representativos e familiares, numa perspectiva evolutiva, pela ordem em que terão surgido na história da Vida.

Atualmente os animais podem ser encontrados em todos os habitats do planeta, mas pensa-se que terão evoluído nos mares do Pré-Câmbrico, a partir de protozoários flagelados, excepto as esponjas, cuja simplicidade extrema parece indicar origem separada.

A evolução desse protista ancestral deverá ter seguido dois rumos:

Radiata: Em meio aquático e por adaptação a um estilo de vida fixo, com o surgimento de uma boca rodeada de tentáculos em comunicação com uma cavidade digestiva, terá surgido um tipo de ser com simetria radiada;
Bilateria:
Por adaptação á vida rastejante e á locomoção, sofreu achatamento dorso-ventral, adquirindo simetria bilateral.

Muitos dos filos atuais permanecem nos oceanos, dado que o meio terrestre é extremamente desafiador. Apenas alguns grupos, nomeadamente artrópodes e vertebrados, que apresentam adaptações muito específicas, tiveram sucesso em meio terrestre.

A evolução dos animais foi fortemente influenciada pela sua estratégia alimentar, tendo-se desenvolvido estruturas especializadas em localizar e capturar alimento, bem como um sistema nervoso para coordenar essa e outras atividades. Os animais são muito complexos e reativos quando comparados com outros seres vivos.

Mesmo os animais mais simples reagem rapidamente ás mudanças em seu redor. Os animais com sistemas nervosos mais desenvolvidos vão mais longe e aprendem através da experiência, algo único deste reino.

Houve, igualmente, um grande aumento da complexidade corporal, surgindo órgãos e sistemas especializados na digestão, respiração, excreção e reprodução, entre outros.

A presença e estrutura destes órgãos e sistemas nos diferentes grupos animais varia, constituindo o principal critério de classificação do reino.

Caracterização segundo os critérios de Whittaker

De modo geral, pode-se considerar características típicas de animais:

Eucariontes multicelulares
Células sem parede celular, plastídeos e pigmentos
Heterotróficos que se alimentam por ingestão e realizam digestão intracorporal (intracelular ou extracelular, geralmente em cavidades especializadas)
Diferenciação celular e, na sua maioria, tecidular
Com capacidade locomotora, pelo menos em parte do seu ciclo de vida
Geralmente com sistema nervoso, que capta informações do meio e coordena a resposta do organismo, que reage rapidamente a estímulos
Reprodução sexuada na sua grande maioria, com meiose pré-gamética e em que o gâmeta feminino – óvulo – é geralmente imóvel e o gâmeta masculino – espermatozóide – é pequeno e flagelado.

Assim, o modelo de classificação foi evoluindo de modo que, atualmente, a classificação em cinco reinos de Whittaker (1979) é a mais aceite.

1. Há 400 milhões de anos as plantas começaram a colonizar as terras emersas
2. Há 570 milhões de anos
os fungos evoluíram, provavelmente a partir de plantas primitivas
3. Há 670 milhões de anos
, protistas hetrotróficos originaram os primeiros animais
4. Há 1500 milhões de anos
surgiram os primeiros protistas, eucariontes unicelulares
5. Há 3800 milhões de anos
surgiram os primeiros organismos vivos da Terra, os procariontes (bactérias).

Outros critérios de classificação dos animais

Além dos critérios gerais já referidos, certos aspectos apenas apresentam valor sistemático para determinado organismo.

É o caso de alguns dos critérios seguintes, apenas aplicáveis a animais: Critérios de classificação de animais .

Estudos comportamentais: Estudos comportamentais – estes estudos têm-se revelado muito importantes na distinção de organismos com grande proximidade de parentesco, o que pode não permitir a divergência morfológica. É o caso de algumas espécies de grilo, que apenas poderão ser diferenciadas através do comportamento de acasalamento pois as fêmeas apenas reconhecem um dado canto, ou o caso de pirilampos, onde a diferenciação foi através da frequência da luz emitida.
Esqueleto:
A presença ou ausência de esqueleto, bem como a sua localização, interna ou externa, e a sua constituição em moléculas orgânicas e minerais (cartilagíneo ou ósseo), é outro importante critério de classificação em animais.,
Metamerização –
quando o corpo de um animal se encontra dividido em diversos segmentos, ou metâmeros, ao longo do seu eixo antero-posterior, diz-se segmentado ou metamerizado. A segmentação pode envolver os órgãos internos, que se encontram repetidos ao longo do corpo, ou ser apenas externa, como no caso humano. Noutros casos, vários segmentos ou metâmeros podem encontrar-se unidos, como nos insetos. Na maioria dos animais mais complexos, a segmentação apenas existe em partes do corpo (coluna vertebral dos mamíferos, por exemplo). A segmentação parece estar relacionada com o aumento de tamanho do corpo, exigindo um mínimo de informação genética.
Simetria dos animais é geralmente radiada ou bilateral
, sendo a primeira característica das formas mais simples, excepto no caso dos equinodermes adultos. A evolução para a simetria bilateral, por adaptação à locomoção, foi acompanhada por uma cefalização, com concentração de órgãos dos sentidos e de controlo na região anterior do corpo.

Reino Animalia
Tipos de simetria em animais

Simetria dos animais é geralmente radiada ou bilateral, sendo a primeira característica das formas mais simples, excepto no caso dos equinodermes adultos. A evolução para a simetria bilateral, por adaptação à locomoção, foi acompanhada por uma encefalização, com concentração de órgãos dos sentidos e de controlo na região anterior do corpo.

Simetria

O desenvolvimento embrionário dos animais será estudado posteriormente mas são necessários alguns conceitos base para que se possa compreender a descrição dos filos deste reino.

Na reprodução sexuada, o zigoto sofre sucessivas mitoses, daí resultando células que tomam posições diferentes consoante o seu futuro na formação de tecidos e órgãos. Este processo, longo e complexo, pode ser dividido em diferentes estádios.

Desenvolvimento embrionário

Com o aumento do número de células, o embrião torna-se uma estrutura com duas camadas de células, designadas folhetos embrionários – embrião didérmico.

Estes folhetos são a ectoderme (externa) e a endoderme (interna) e delimitam uma cavidade interna – intestino primitivo ou arquêntero – que comunica com o exterior por uma abertura – boca primitiva ou blastóporo. Os animais que apresentam este tipo de embrião, cujo desenvolvimento termina aqui, designam-se diblásticos ou diploblásticos.

A grande maioria dos animais continua o seu desenvolvimento embrionário formando um embrião tridérmico, constituído por três folhetos embrionários: ectoderme, mesoderme e endoderme. Esses animais designam-se triploblásticos.

Folhetos germinativos

Um dos aspectos mais importantes na classificação dos animais é a existência ou não de celoma.

O celoma é definido como uma cavidade que no embrião se encontra completamente rodeada por mesoderme. Nesta cavidade irão, no adulto, ficar alojados os órgãos viscerais.

Em alguns animais a única cavidade que se forma no embrião é o arquêntero, pelo que são designados acelomados.

Quando se forma uma segunda cavidade, localizada entre a endoderme e a mesoderme, esta cavidade passa a designar-se pseudoceloma e os animais que a possuem pseudocelomados.

Na maioria dos animais forma-se, no entanto, um verdadeiro celoma, uma cavidade totalmente delimitada pela mesoderme. Estes animais designam-se celomados.

Celoma

Formação do celoma esquizocélico num animal protostómio (acima) e do celoma enterocélico num animal deuterostómio (abaixo)

Os animais celomados podem apresentar dois tipos de formação do celoma:

Celoma esquizocélico: A mesoderme forma-se a partir de duas células endodérmicas localizadas junto ao blastóporo, que vão originar os folhetos parietal (externo) e visceral (interno) que envolvem o celoma. Todos os animais com este tipo de desenvolvimento são protostómios (a boca definitiva forma-se diretamente a partir da boca embrionária ou blastóporo. Além dos celomados esquizocélicos são também protostómios os animais diploblásticos e os acelomados e pseudocelomados);
Celoma enterocélico:
A mesoderme forma-se a partir de duas evaginações da parede do arquêntero, ou seja da endoderme, que ao se individualizar desta formam os mesmos dois folhetos. Todos os animais com este tipo de desenvolvimento são deuterostómios (a boca definitiva forma-se secundariamente no lado oposto ao blastóporo, originando este o orifício retal).

Estrutura animal

Qualquer animal multicelular, vertebrado ou invertebrado, apresenta uma sucessão de patamares de organização, cada vez mais complexos e abrangentes.

As células diferenciam-se e agrupam-se em conjuntos morfológica e funcionalmente semelhantes, a que chamamos tecidos.

Os tecidos agrupam-se para realizar uma dada função, numa estrutura macroscópica, o órgão. Muitas das funções realizadas pelo corpo do animal são de tal modo complexas que envolvem a cooperação de diversos órgãos, que se organizam num sistema de órgãos. Esta sucessão está ilustrada pelo sistema circulatório humano mas pode ser encontrada em muitas outras funções.

Todos os animais, pequenos ou grandes, devem realizar uma série de funções essenciais, basicamente resumidas a:

Crescimento;
Manutenção;
Reprodução.

Todas as restantes funções servem as necessidades dessas funções principais.

Os vertebrados são considerados os animais mais evoluídos atualmente vivos na Terra. Este fato, juntamente com os séculos de estudos sobre estes organismos que nos são próximos, justifica que os tomemos como exemplo no estudo da estrutura geral do corpo de um animal.

No entanto, para que seja nítida a evolução de alguns dos sistemas mais importantes do organismo animal, far-se-á uma breve referência a categorias taxonómicas consideradas menos evoluídas, que ilustram um possível percurso da evolução ao longo do tempo geológico.

Na evolução dos animais foram surgindo uma série de sistemas e aparelhos, nomeadamente:

Tegumento – fornece proteção contra a ação do meio sobre o corpo;
Esqueleto –
fornece suporte e proteção ao corpo;
Musculatura –
permite o movimento;
Sistema digestivo –
realiza a recepção e preparação do alimento, eliminando os resíduos dessa preparação;
Sistema circulatório –
realiza o transporte de materiais;
Sistema respiratório –
permite as trocas gasosas;
Sistema excretor –
elimina os resíduos azotados e o excesso de líquidos;
Sistema endócrino –
regula os processos metabólicos internos;
Sistema nervoso e órgãos dos sentidos –
realiza a regulação e coordenação dos processos metabólicos internos e ajustes ao meio externo;
Sistema reprodutor –
permite a produção de novos indivíduos.

Fonte: curlygirl.no.sapo.pt

Reino Animalia

Características

São eucariontes multicelulares
São heterotróficos, digestão intracorporal
A maioria tem locomoção, no decurso da sua vida, pelo menos durante algum tempo.
Apresentam ciclos de vida diplontes, meiose prégamética. A geração gametófita está reduzida aos gâmetas.

SubReino Parazoa

Sem verdadeiros tecidos
Sem cavidades digestivas

Filo Porifera ou Espongiários

São animais diploblásticos
São animais muito simples, aquáticos e a maioria marinhos
Têm vida fixa
Existem animais assimétricos e animais com simetria radiada
Não têm funções digestivas, digestão intracelular
O corpo dos animais é todo poroso, apresentam poros inalantes
Presença de coanócitos, é no interior destes que se dá a digestão, em vacúolo digestivos
Produzem amibócitos que têm a função de produzir peças esqueléticas, distribuir o alimento digerido para as células mais periféricas e produzem gâmetas.

SubReino Eumetazoa

Com verdadeiros tecidos
Com verdadeiras cavidades digestivas

Filo Cnidaria

São animais diploblásticos
São na maioria marinhos
Existem animais de vida fixa (anémonas) e animais de vida livre (medusa)
Todos têm simetria radiada
Há verdadeira diferenciação tecidular
Têm cavidade digestiva com dupla função: digestiva e vascular – cavidade gastrovascular
Sistema digestivo incompleto, com uma única abertura que tem função de boca e orifício retal
Apresentam cnidócitos, que têm função de proteção (defesa) e na captura de alimento
Digestão extracelular (na cavidade gastrovascular) e intracelular
Órgãos excretores: tubos de Malpighi

Filo dos Platemintes

São triploblásticos, acelomados
Apresentam simetria bilateral, surge a tendência para a cefalização ou seja maior concentração de órgãos dos sentidos na região anterior do corpo
Apresentam uma única cavidade digestiva, cavidade gastrovascular muito ramificada
Apresentam uma faringe injetável, para a captação de alimento
Não há sistema circulatório
Digestão extracelular e intracelular
Sistema excretor: célulasflama
Os parasitas não têm sistema digestivo, nem órgãos dos sentidos.

Filo dos Nematelmintes

São pseudocelomados, a existência de pseudoceloma permite maior quantidade de órgãos
Tubo digestivo completo ( boca e orifício retal)
Não têm sistema respiratório
Digestão exclusivamente extracelular

Filo dos Moluscos

Protostómios celomados, com celoma esquizocélico, triploblásticos
Apresentam corpo mole
Têm uma simetria bilateral e outros sofreram uma torção ou regressão tendo outra simetria
Têm corpo dividido em cabeça, massa visceral e pé
Presença de manto, que é uma pega dorsal, que tem uma glândula que segraga a concha (um esqueleto externo de calcário)
Presença de rádula, estrutura quitinosa, os bivalves não possuem
Se o animal for aquático apresenta brânquias, se for terrestre um pseudopulmão
Sistema circulatório aberto na maioria (os Cefalópodes tem sistema circulatório fechado).

Classe dos Gastrópodes

Os animais que têm concha, é univalve
Possuem rádula
P é em forma de palmilha ventral
Tespiração branquial (animais aquáticos) e respiração pulmonar (animais terrestres)
Tipo de locomoção: reptação.

Classe dos Bivalves

Concha calcária
Pé em forma de cunha
Sem rádula.

Classe dos Cefalópodes

Pés ( tentáculos) à volta da cabeça
Plhos complexos
Locomoção por retropropulsão
Possuem rádula e 2 mandíbulas córneas em forma de bico de papagaio
Sistema circulatório fechado.

Filo dos Anelídeos

Apresentam uma segmentação homónoma interna e externa. Existem órgãos internos que se repetem
Apresentam sedas (minhoca), para a fixação, locomoção e outros apresentam parápodes (nereides), existem outros que não apresentam Estruturas locomotoras (sanguessuga)
Sistema digestivo completo
Sistema respiratório fechado
A respiração é cutânea e por isso exige uma ligação estrita entre a superfície da pele e o sistema de transporte
Sistema excretor: é constituída por metanefrídios.

Filo dos Artrópodes

Possuem apêndices articulados, com função de locomoção, defesa, reprodução, etc.
Segmentação heterónoma
Exosqueleto quitiniosoe algumas classes apresentam impregnações de sais de cálcio
Sistema circulatório aberto, não fazem o transporte de gases por este sistema
Sistema excretor: tubos de Malpighi, na maioria dos artrópodes e na classe dos Crustáceos dos glândulas antenais.
Sofrem mudas periódicas, devido ao seu exosqueleto ser bastante duro.

Classe dos Aracnídeos

Corpo dividido em cefalotórax e abdómen
Possuem 4 pares de patas no cefalotórax
Sem antenas
Peças bocais: quelíceras e pedipalpos
Órgãos respiratórios: traqueias e filotraqueias
Órgãos excretores: tubos de Malpighi
Não sofre metamorfoses.

Classe dos Crustáceos

O exosqueleto apresenta quitina e impregnações de cálcio
Corpo dividido em cefalotórax e abdómen, por vezes cabeça, tórax e abdómen
5 ou mais pares de patas
2 pares de antenas
Órgãos respiratórios: brânquias
Órgãos excretores: glândulas verdes ou antenais
Sofre metamorfoses até atingir a forma definitiva
Peças bucais: mandíbulas, 2 pares de maxilas, maxilípedes

Classe dos Diplópodes

Corpo dividido em cabeça e tronco segmentado
2 pares (ou 1) por segmento de patas
1 par de antenas
Mandíbulas, 1 par de maxilas
Órgãos respiratórios: traqueias
Órgãos excretores: tubos de Malpighi
Corpo cilíndrico
Herbívoros e inofensivos.

Classe dos Quilópodes

Corpo dividido em cabeça e tronco segmentado
1 por segmento de patas
1 par de antenas
Mandíbulas, 1 par de maxilas
Órgãos respiratórios: traqueias
Órgãos excretores: tubos de Malpighi
Corpo achatado
Carnívoros e venenosos.

Classe dos Insetos

Corpo dividido em cabeça, tórax e abdómen
3 pares de patas no tórax
1 par de antenas
Peças bucais: mandíbulas, 1 par de maxilas, 2 lábios,
Asas: 2 pares ou 1 par ou ausentes
Órgãos respiratórios: traqueias
Órgãos excretores: tubos de Malpighi
Normalmente sofrem metamorfoses.

Filo dos Equinodermes

Celomados deuterostómios com celoma enterocélico
Tiveram uma evolução regressiva, na fase larvar têm simetria bilateral, mas na fase adulta têm simetria pentarradiada adquirida
Endosqueleto interno de origem mesodérmica, constituída por placas calcárias
Junto da boca apresentam pedicelários que servem para a limpeza da carapaça, defesa e captação de alimento
Presença de sistema ambulacrário que assume várias funções como: locomoção, trocas gasosas e circulação

Filo dos Cordados

Segmentação heterónoma interna
Tubo digestivo completo em posição ventral
Presença de notocórdio, pelo menos numa fase do seu desenvolvimento, o notocórdio tem a função de suporte do corpo
Tubo neural, pelo menos numa fase do seu desenvolvimento, que mais tarde vai dar origem ao sistema nervoso
Fossetas branquiais ao nível da faringe, pelo menos numa fase do seu desenvolvimento
Presença de cauda que poderá sofrer uma evolução progressiva ou regressiva
Coração com posição ventral.
Sistema circulatório fechado.

Subfilo dos Urocordados

Yambém conhecidos por Tunicados, apresentam uma substância idêntica à celulose
Apresentam corda dorsal apenas na fase embrionária e na forma definitiva ela está limitada à cauda (evolução regressiva)
O tubo neural está reduzido a um gânglio dorsal na fase adulta
As fendas branquiais funcionam como órgão de respiração e infiltração de partículas alimentares.

Subfilo dos Cefalocordados

A corda dorsal mantêmse durante toda a vida e ao longo de todo o corpo
Tubo neural diferenciado na parte anterior em vesícula cerebral
O tegumento é transparente
O corpo possui músculos todos segmentados.

Subfilo dos Vertebrados

A corda dorsal é substituída pela coluna vertebral
O tubo neural diferenciase em encéfalo e em espinal medula
Tegumento é formado por epiderme e derme
Sistema circulatório fechado, com coração com duas cavidades
Presença de sangue com leucócitos e hemácias com hemoglobina na maioria.

Superclasse dos Peixes aquáticos

Corpo geralmente com escamas dérmicas
Presença de barbatanas
Brânquias (órgãos respiratórios) muito vascularizidas
Coração com duas cavidades ( 1 aurícula e 1 ventrículo)
Circulação simples, o sangue só passa uma vez pelo coração, a circulação é mais simples, apresenta uma taxa metabólica mais baixa, porque Chega menos quantidade de oxigénio às células

Classe dos Ciclóstomos

Animais sem maxilas, apresentam uma boca em forma circular
Ausência de escamas
Esqueleto cartilagíneo
Corda dorsal persistente (evolução regressiva)
Não tem barbatanas pares
Brânquias dispostas em sacos ou a abrir para o exterior por pares de fendas.

Classe dos Peixes Cartilagíneos

Esdosqueleto cartilagíneo
Têm maxilas:
Boca com posição ventral
Barbatanas pares ou ímpares
Barbatana caudal com 2 lobos assimétricos – heterocérquica
Escamas dos tipo placóide sem lobo livre
5 pares de brânquias com fendas branquiais
Sem opérculo e sem bexiga natatória.

Classe dos Peixes Ósseos

Endosqueleto ósseo
Boca terminal
Barbatana caudal simétrica . homocérquica
Escamas finas e flexíveis
Com bexiga natatória, órgão que permite que o animal flutue a grandes profundezas
Com opérculo.

Superclasse dos Tetrápodes

Animais com 4 membros
Animais com pele nua (escamas, penas ou pêlos) presença de queratina, principalmente nos mamíferos, que confere mais resistência à pele
Hematose pulmonar
Coração com 3 ou 4 cavidades
Circulação dupla, o sangue passa duas vezes por o coração.

Classe dos Anfíbios

Pele nua, húmida e muito vascularizada
Apresentam brânquias apenas nas primeiras fases e pulmões em adultos
Realizam hematose cutânea
Apresentam um coração com 3 cavidades ( 2 aurículas e 2 ventrículos), circulação incompleta
São animais ectotérmicos
Geralmente ovíparos
Passam por metamorfoses
Sem costelas e sem diafragma
Os movimentos respiratórios são insuficientes, por isso precisam de outra superfície respiratória, a pele.

Classe dos Répteis

Pele seca, com poucas glândulas, escamas córneas de origem epidérmica
Apresentam pulmões
Coração com 3 cavidades com um septo incompleto e nos crocodilos 4 cavidades (2 aurículas e 2 ventrículos)
São ectotérmicos – temperatura do corpo varia
São ovíparos ou ovovivíparos
Com costelas e sem diafragma, embora já tenham uma caixa torácica a atividade metabólica não é máxima
Embriões amnióticos (presença de anexos embrionários).

Classe das Aves

Apresentam penas de origem epidérmicas com escamas nas patas
Pulmões
Circulação dupla e completa , coração com 4 cavidades
Temperatura do corpo constante – homeotérmicos
Ovíparos
Apresentam maxilas desprovidas de dentes, que são cobertas por um bico córneo
Apresentam diafragma incompleto, costelas com ossos pneumáticos e sacos aéreos.

Classe dos Mamíferos

Presença de pêlos, pelo com glândulas
Pulmões
Coração com 4 cavidades
A maioria são vivíparos
Tem um desenvolvimento direto
Costelas com diafragma
São animais homeotérmicos.

Fonte: www.exames.org

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