Papagaio Charão

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Papagaio Charão – O que é

O Papagaio Charão possui gritos graves entremeados de assobios estridentes.

Com seus 32 cm, possui na parte anterior da cabeça uma mancha vermelho-escura que contorna por trás dos olhos e alcança a região dos ouvidos.

Também é vermelha a borda anterior das asas.

Características

Com seus 32 cm, possui a plumagem verde realçada na parte anterior da cabeça uma mancha vermelho-escura brilhante que contorna por trás dos olhos e alcança a região dos ouvidos como uma máscara (fronte, loros e região perioftálmica).

Também é vermelha a borda anterior das asas.

Mede cerca de 35 cm de comprimento.

Tem a cauda relativamente curta e quadrada na ponta o bico é cor de chifre.

Habitat

É uma espécie endêmica da Mata Atlântica e da Mata de Araucária, habitando a parte baixa das matas ao longo dos rios, orla de plantações de eucaliptos e pinus.

Ocorrência: Sul do Brasil. Anteriormente ocorria de São Paulo até o norte da Argentina, hoje inteiramente restrito às áreas florestadas d o Rio Grande do Sul.

Hábitos

Espécie nômade, extremamente associada às matas de araucária.

Emite gritos graves entremeados de assobios estridentes.

Durante certos períodos do ano, grandes bandos podem ser avistados em remanescentes de matas do Pinheiro-do-Paraná.

Alimentação

Frutas, sementes e flores. Voa mais de 70 km a procura de alimentos.

Tem uma sensível preferência por pinhões de Araucária angustifolia, como também de frutos de Podocarpus sp. (pinho-bravo).

Reprodução

Postura de 2 a 4 ovos e incubação de 25 a 30 dias.

Nidifica em ocos de árvores a uma distância de 3 a 10 metros do solo.

Durante a época de procriação, vive calmamente em pares dispersos e raramente é notado.

Os filhotes são alimentados pelos pais.

Incubação: Dura de 25 a 30 dias.

Número de ovos: 02 a 04.

Ameaças

É considerada uma das aves sul-americanas mais ameaçadas de extinção.

A remoção dos papagaios do ninho para o comércio, a caça e o desmatamento são as causas do seu declínio.

São destruídas as pousadas tradicionais da espécie.

É bastante visado na região pelo tráfico de animais, diversos filhotes são capturados e vendidos nos centros urbanos.

A expansão agropecuária tem reduzido as florestas de araucária, diminuindo a disponibilidade de sítios adequados para a reprodução e conseqüentemente, provocando o declínio das populações existentes.

Curiosidade

Nidifica em ocos de árvores a uma distância de 3 a 10 metros do solo. Voa mais de 70 km a procura de alimentos. Tem uma sensível preferência por pinhões de Araucaria brasiliensis.

Papagaio Charão – Um sobrevivente

Belo com sua máscara vermelha e de comportamento atípico entre os papagaios, o charão trava uma batalha contra a devastação das florestas de araucária e a predação do homem. Há cerca de uma década, com a ajuda de biólogos e ambientalistas, sua extinção tem sido evitada por um persistente hábito de migrar em bandos e um curioso instinto de sobrevivência.

Até 1990, o papagaio charão praticamente não saía do Estado. Aqui ele conseguia pinhão suficiente, durante o outono e o inverno, e um amplo espaço para reproduzir-se, na primavera e no verão. Com a redução das matas nativas, a realidade mudou e os grupos foram obrigados a voar mais longe em busca de comida, ultrapassando os limites do Rio Grande do Sul.

A intuição e a organização social dos charões os levou ao sudeste catarinense, nos arredores dos municípios de Lages e São Joaquim. Em uma área de aproximadamente 30 mil hectares, eles encontraram uma das últimas reservas abundantes de sementes de pinheiro-brasileiro. A grande oferta de pinhões forneceu energia necessária para impulsionar a reprodução da espécie. Dez anos depois, a população total pulou de 8,5 mil para 20 mil indivíduos.

O espetáculo é fascinante. Todos os anos eles fazem lá uma das maiores reuniões de papagaios do mundo – vibra o biólogo Jaime Martinez, um dos pesquisadores que descobriu esse comportamento há 11 anos.

Martinez coordena o Projeto Charão, reunindo uma equipe de 12 pessoas da Universidade de Passo Fundo (UPF) e da ONG Amigos do Meio Ambiente (AMA), de Carazinho. O grupo divide-se em distintas frentes para salvar a pequena ave que vive unicamente no sul do país.

Mesmo que o número de charões tenha aumentado na última década, eles ainda não estão livres do perigo de extinção. É por este motivo que a equipe não poupa obstinação para realizar censos com temperaturas abaixo de 0ºC, contar as revoadas, escalar árvores, reformar ninhos naturais, instalar caixas-ninho, colocar coleiras-rádio em adultos e filhotes.

O foco principal, no entanto, é a educação ambiental. Os proprietários de granjas e fazendas frequentadas pelos papagaios, por exemplo, são estimulados a cuidar das aves, impedindo a entrada dos caçadores de filhotes. O desafio é permitir a regeneração natural das florestas, evitando a excessiva presença de gado e a derrubada de árvores.

As comunidades de moradores também são envolvidas em palestras e, em alguns casos, contratadas como guardiãs dos ninhos e para fazer vigília em tempo integral nas matas próximas aos locais de reprodução. Nas escolas, além de cursos para alunos e professores, a cada ano uma criança é eleita para plantar araucárias e iniciar um viveiro de mudas florestais.

Os resultados têm sido positivos, avalia Martinez, mas reforçados pela atual legislação ambiental, que dificulta a ação criminosa. Há poucos anos, era comum encontrar pessoas do meio rural oferecendo caixas com filhotes de charão em beira de estradas e em estações rodoviárias como a de Lagoa Vermelha.

Mais importante é a população não comprar esses animais. O comércio ilegal só existe por há comprador. É preciso romper esse ciclo vicioso – diz ele.

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não dispõe de dados específicos sobre capturas da espécie, mas, para os pesquisadores do Projeto Charão, elas decaíram consideravelmente. Nos primeiros anos do trabalho, a partir de 1991, o zoológico da UPF recebia anualmente charões apreendidos pelo Ibama. De 1995 a 1997, o Projeto Charão realizou pesquisas em residências de Carazinho, Passo Fundo e Tapejara. Em praticamente todas as quadras das cidades foram encontrados papagaios em cativeiro. Hoje isso é raro, afirma Martinez.

Acreditamos que nessa região a captura caiu em torno de 80%, mas é possível que os criminosos tenham apenas se tornado mais discretos – diz o pesquisador da UPF.

Para ele, no entanto, é urgente proteger as florestas, e o charão é, sem dúvida, o símbolo de preservação dessas matas.

Papagaio-charão (Amazona pretrei)

Com aproximadamente 35 centímetros de comprimento, o papagaio-charão apresenta uma máscara vermelha na testa e ao redor dos olhos e penas vermelhas no contorno superior das asas. O casal permanece junto a vida inteira.

No Rio Grande do Sul, existem apenas duas espécies de papagaios, o charão e o papagaio-de-peito-roxo. Em Porto Alegre, é possível avistar o papagaio-verdadeiro, com ampla distribuição geográfica no Brasil, sobrevoando parques como a Redenção e o Jardim Botânico.

A grande variedade dos grupos leva os cientistas a acreditar que esses papagaios sejam oriundos de cativeiro.

Caixas-ninho

A mais recente iniciativa do Projeto Charão é a instalação de cem caixas-ninhos por ano no topo das árvores mais altas, para compensar a carência de ocos naturais na vegetação. O projeto está sendo financiado pela Fundação O Boticário de Proteção à Natureza. Além dos charões, as caixas têm sido utilizadas por corujas, arapaçus, sabiás, pequenos gaviões, abelhas e vespas, o que reduz a competição pelos espaços naturais.

A migração

O charão é um dos poucos papagaios do mundo que têm uma migração regular. De junho a janeiro, ele ocupa matas nativas do Rio Grande do Sul para reproduzir-se. Nesta fase de seu ciclo biológico, a população divide-se em grupos de poucas centenas de aves. Elas se distribuem por uma ampla faixa territorial que começa no nordeste do Rio Grande do Sul, passa por Salto do Jacuí e Santa Maria, e vai até Caçapava do Sul e Santana da Boa Vista.

Em cada um desses locais, os charões têm o hábito de se reunir nos chamados dormitórios coletivos. No final do período reprodutivo, lá pelas primeiras semanas de janeiro, os charões abandonam as áreas de reprodução no Rio Grande do Sul e iniciam sua migração para o sudeste de Santa Catarina.

Nesta época, é possível ver grandes bandos em deslocamento pela região nordeste do Estado. Quando chega o outono, todos os bandos já migraram e realizam uma imensa reunião nos pinheirais do Planalto Catarinense.

Resumo

Ave da família Psittacidae, ameaçada de extinção.

Cores: Predomina verde no corpo. Cabeça com mascara vermelha, asa com penas coberteiras vermelhas e um pouco de azul nas rêmiges. Cauda com amarelo nas extremidades das penas. Nas patas há pequena polaina vermelha.

Tamanho médio: 35cm

Peso médio: 300g

Distribuição

Ave típica do sul do Brasil, com ocorrência atual nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul

Há registros de pequenos grupos para a província de Missiones/Argentina

Durante a época da produção de sementes de Araucaria angustifolia, é ave associada aos pinheirais.

Alimentação

Flora Silvestre: sementes de Araucaria angustifolia (pinhão), sementes de Podocarpus lambertii (pinho-bravo), frutos de guabiroba, frutos de guabiju, frutos de camboata, frutos de murta, frutos de jabuticaba, gemas florais de ipê-amarelo, entre outras.

Flora Exótica: frutos de cinamomo, frutos de nêspera, pera, sementes e gemas florais de eucalipto, entre outras.

A semente de araucária – pinhão constitui um dos principais itens da dieta alimentar no período de março à agosto

Reprodução

Período: em geral, de setembro a dezembro

Número de filhotes: de 2 a 4 por ninho, uma vez ao ano

Tempo de incubação dos ovos: cerca de 29 dias realizada pela fêmea

É ave nidícola, permanecendo longo período no ninho após a eclosão dos ovos

Amazona pretrei nidifica em cavidades de árvores.

Comportamento

Vivem em casais, mantendo-se fiéis ao longo de suas vidas

Reúnem-se ao final do dia em dormitórios coletivos

Realizam grandes concentrações populacionais após o período reprodutivo e, nos pinheirais, durante a produção de sementes de Araucaria angustifolia

O Papagaio Charão apresenta íntima relação com o pinheiro brasileiro (Araucaria angustifolia), para onde voam em grupos em busca de alimento ou local seguro para pernoitar

Principais ameaças

A captura de filhotes do Papagaio Charão para ser comercializado como animal de estimação, é hoje o principal fator responsável pela ameaça de extinção da espécie.

A redução das matas de araucárias, durante as décadas de 20 a 60, diminuiu drasticamente a oferta do principal item alimentar da espécie.

A derrubada das matas nativas e o manejo inadequado dos “capões de mato” têm diminuido a oferta de locais de nidificação para os papagaios.

A principal ameaça ao Papagaio Charão é a captura de filhotes nos ninhos para serem mantidos no cativeiro como animais domésticos

As sementes de Araucaria angustifolia (pinhão) são intensamente coletadas e vendidas para consumo humano

Classificação científica

Nome Científico: Amazona pretrei (Temminck, 1830)
Nome popular:
Papagaio Charão
Nome em Inglês: Red-spectacled Parrot
Reino:
Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae Rafinesque, 1815
Gênero:
Amazona
Espécie: A. pretrei

Papagaio Charão – Fotos

Fonte: www.vivaterra.org.br/www.santanadaboavista.hpg.ig.com.br/www.animalworld.com.br/www.taenos.com/www.hbw.com/www.animalphotos.me

 

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