Maurice Ravel

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Nascimento: 7 de março de 1875, Ciboure, França.

Falecimento: 28 de dezembro de 1937, Paris, França.

Nacionalidade: Francês.

Maurice Ravel
Maurice Ravel

Maurice Ravel foi um compositor francês do século 20 19 e início da música clássica. Suas obras mais conhecidas são Bolero e Daphnis et Chloé.

Maurice Ravel nasceu em 7 de Março de 1875, em Ciboure, França.

Ravel foi admitido no Conservatório de Paris aos 14 anos, e mais tarde estudou com Gabriel Fauré. Sua ballet Daphnis et Chloé foi encomendado por Sergei Diaghilev.

Outras peças incluem as obras orquestrais La Valse e Bolero.

Ravel continua a ser o mais amplamente popular de todos os compositores franceses.

Ravel morreu em Paris em 1937.

Hoje, ele continua a ser amplamente considerado como compositor mais popular da França.

Maurice Ravel – Vida

Maurice Ravel
Maurice Ravel

Nasceu em 7 de março de 1875, em Ciboure, e morreu em 1937, em Paris, no dia 28 de dezembro.

Representou o caminho natural do nacionalismo neolatino para o neoclassicismo, através do impressionismo.

Embora o impressionismo de Debussy tenha sido seu ponto de partida, houve separação de caminhos. Enquanto Debussy, vago e poético, é influenciado por Mussorgsky e Chopin, Ravel, espirituoso e exato, sofre influência de Rimsky-Korsakov e Liszt.

No piano e na regência foi mestre.

Apesar de contemporâneo da belle époque, Ravel não a viveu, foi um solitário de instintos aristocráticos.

Os ritmos de danças sempre foram, desde os tempos de Lully, Couperin e Rameau, o recurso específico da música francesa para pôr em ordem o caos sonoro.

Ravel também usou-o.

Um traço característico da música de Ravel, comparada com a de Debussy, é o dinamismo.

A música de Debussy é essencialmente estática: seus pontos firmes são os acordes isolados. A de Ravel está em movimento perpétuo.

Ravel foi o último grande mestre clássico da música européia.

Maurice Ravel – Biografia

Maurice Ravel
Maurice Ravel

Filho de um engenheiro suíço, Maurice Ravel nasceu a 7 de março de 1875 em Cibourne, França, localidade muito próxima da fronteira com a Espanha. O jovem Maurice só revelou sua inclinação para o mundo musical em 1882, quando tinha sete anos.

Seu primeiro professor de piano foi Henry Ghys, que concluiu sua parte quando o jovem Ravel tinha onze anos. Passou então a conduta musical do garoto para Charles-René. Mas Maurice era um menino que divertia-se mais com as brincadeiras de garoto do que com as aulas de piano.

Ravel só começou a encarar o estudo com firmeza aos 14 anos, quando começou a estudar no Conservatório de Paris. Chegou a conhecer Satie em 1893, músico que seria uma de suas influências. Deixou o conservatório em 1895 para estudar individualmente e só voltou para estudar composição com Gabriel Fauré em 1898. Decepcionou-se em 1900 ao não ser bem-sucedido no grande concurso Prix de Rome. Deixou o conservatório definitivamente em 1901 e dedicou-se totalmente à composição desde então.

Começou a mostrar seu virtuosismo ao piano ainda em 1901 com a composição Jeux d`Eau. Compôs o Quarteto de Cordas em 1903, mesmo ano do famoso ciclo de canções Shéhérazade, obra que consolidou sua reputação como compositor. Em 1905 teve sua inscrição no Prix de Rome rejeitada, e grande polêmica iniciou-se em torno deste fato. Passou a conviver com figuras como Igor Stravinsky e Manuel de Falla.

Em 1909 foi morar sozinho, um ano depois da morte de seu pai. Compôs sua primeira ópera em 1911. Tentou se alistar na linha de combate francesa ao estourar da Primeira Guerra Mundial, mas foi rejeitado por suas aptidões físicas não satisfatórias. Conseguiu o alistamento em 1915, mas teve de deixar o exército em 1917, por causa da morte de sua mãe.

Recusou-se a receber a Legião de Honra, principal condecoração francesa, após a morte de Debussy, em 1918. Começou a compor pequenas peças e a orquestrar peças de outros compositores por volta de 1920. Em 1928 compôs sua obra mais conhecida, o Bolero, sob encomenda da bailarina Ida Rubinstein.

Escreveu em 1930 o Concerto de Piano para Mão Esquerda para o músico Paul Wittgenstein, que perdera o braço direito durante a guerra.

Começaram então suspeitas de que o compositor possuía um tumor cerebral no final de 1937. A destreza mecânica, que já lhe falhava há algum tempo, foi destruindo sua vida.

Ravel ainda compunha com clareza mas não possuía mais aptidões físicas para colocar suas obras em prática. Tentou então uma cirurgia mas não foi detectado tumor algum em sua zona cerebral. Antes de recuperar a consciência, Maurice Ravel veio a falecer, em um triste inverno para a música francesa, a 28 de dezembro daquele mesmo ano.

OBRAS

Sempre que se fala em música pré-modernista, ou impressionista, inevitavelmente cita-se o nome Ravel. Isto porque ele é um dos expoentes deste período.

Apesar de ser um grande admirador de seu conterrâneo Claude Debussy, que muito o influenciou, Ravel tentou sintetizar as técnicas de Mozart, Liszt e Strauss, entre outros, para acrescentar à sua.

Maurice Ravel foi sem dúvida um dos maiores compositores franceses de todos os tempos. Apesar de sua carreira como compositor não ter começado muito cedo (em comparação com outros músicos eruditos), Ravel possui um extenso currículo nesta área.

Com influências diversas como Mozart, Liszt, Borodin, Schoenberg e Stravinsky, além de Debussy, Ravel testou vários estilos até encontrar o seu próprio. Apesar da mistura de influências, o impressionismo mostrou-se forte nas composições deste mestre da música. Mesmo mostrando total racionalidade em seu virtuosismo, Ravel usava temas fictícios em suas composições. Dizia-se que estas eram sempre ligadas à magia, contos de fadas e coreografias encantadas. Mas este era o estilo Ravel.

Sua primeira peça famosa foi Pavane pour une infante defunte, composta em 1900, quando Ravel tinha vinte e cinco anos. Escreveu duas óperas, mas ficou conhecido principalmente pelos seus balés. Dentre estes pode-se destacar Daphnis et Chloé e, sua obra mais conhecida, o Bolero.

Ravel ainda compôs inúmeras obras orquestrais e obras para corais. Teve como mentor para sua criação orquestral Berlioz e seguiu sua linha ao compor a grandiosa Suíte Mamãe Gansa. Em sua famosa composição Shéhérazade conseguiu conciliar perfeitamente a voz à orquestração feita sobre a obra inicialmente para piano solo. Nos Trois Poèmes de Mallarmé, de 1913, usa a recitação do poeta como complemento à sua criação musical, porém sem ofuscar o brilho da mesma.

Compôs ainda uma série de obras para piano solo, onde pode-se citar as grandiosas Pavane pour une infante defunte (1900), Jeux d`Eau (1901), Miroirs (1905) e Valses Nobles et Sentimentales (1911).

Ravel porém divertia-se mais ao compor músicas que pudessem receber acompanhamento vocal. E em canções como as Cinco Melodias Gregas e as Duas Melodias Hebraicas, ambas obras para piano e voz, nos provou isto.

O BOLERO

Maurice Ravel
Maurice Ravel

O Bolero é, sem dúvida, a obra mais famosa de Ravel.

O compositor, entretanto, não conseguia entender o tamanho desta popularidade, pois para ele a obra só se tornaria completa se acompanhada de coreografia.

Chegou a afirmar que não existia música nenhuma neste balé e que apenas se interessava na dança que o acompanhava.

A obra foi uma encomenda da bailarina Ida Rubinstein que inicialmente pedira que Ravel orquestrasse a suíte Iberia, de Isaac Albeniz. Como a obra já havia sido orquestrada, Ravel optou por compor esta nova obra.

O Bolero mostra ainda a influência que tinha recebido da música espanhola. Estreou na Ópera de Paris a 11 de novembro de 1928 e possuía melodia simples e repetitiva para facilitar o acompanhamento dos bailarinos. Mesmo se Maurice Ravel tivesse mantido o primeiro nome com que batizou o Bolero – Fandango – e se ela não tivesse uma estréia marcante como a da Ópera de Paris, esta obra, com certeza, receberia igual aclamação nos dias de hoje.

Maurice Ravel – Concerto

Maurice Ravel
Maurice Ravel

Maurice Ravel nasceu no dia 7 de março, filho de Joseph e Marie Ravel. A origem basca, pelo lado materno, e a proximidade da fronteira espanhola deram-lhe o gosto pela Espanha.

Quando estava com 7 anos de idade, seu pai notou-lhe o ouvido para a música e decidiu que o menino deveria ter aulas de piano. A família mudou-se para Paris, onde o pequeno Maurice pôde estudar com Henri Ghys, seu primeiro professor de piano.

Aos 12 anos de idade, tornou-se aluno de composição de Charles-René, que ensinou-lhe harmonia, contraponto e os princípios da composição.

Em 1889 Ravel entrou para a classe de piano do Conservatório de Paris. Foi o ano da “Exposition Universelle”, onde Debussy maravilhou-se com a música javanesa, enquanto Ravel adquiria o gosto pela arte oriental. Sua música, de extraordinária unidade e limpidez, e de tradição clássica, ganhou com isso em colorido e originalidade.

Aos 26 anos obteve, com uma cantata, o segundo lugar no Prêmio de Roma. Nesta época já era autor de Les Sites auriculaires (1895), para dois pianos e de Pavane pour une infante défunte (1899).

Ao candidatar-se novamente, em 1904, havia composto Jeux d’eau (1901, para piano), o quarteto de cordas em fá maior (1902-03) e Shéhérazade (1903). Mas não foi sequer admitido às provas eliminatórias e esta injustiça tornou-o arredio para o resto da vida.

Em 1920 recusaria a Legião de Honra.

Ravel tinha o fascínio das coisas difíceis e insólitas.

Algumas das suas peças, como Gaspard de la nuit (uma série de três peças para piano – 1908), o concerto para piano e orquestra em ré maior (Concerto para a mão esquerda, 1931) e a sonata para violino e violoncelo (1920-22) parecem desafios que o compositor se tenha proposto para resolvê-los com brilho. O balé Daphnis et Chloé (1909) foi composto a pedido de Diaghilev. L’Enfant et les Sortiléges (1925) põe em música um libreto de Colette.

Um desastre de automóvel (1932) teve como sequela a doença que afetou sua memória e a coordenação dos movimentos. Uma cirurgia cerebral, como último recurso, não teve êxito.

Outras obras: Miroirs (1905), Ma Mére l’Oye (1908), Valses nobles et sentimentales (1911), Le Tombeau de Couperin (1917), La valse (1920), Alborada del Gracioso (1907), Rapsodie espagnole (1907), Bolero (1928), etc.

Maurice Ravel – Pianista

Maurice Ravel
Maurice Ravel

Maurice Joseph Ravel nasceu em Ciboure (França), perto de Saint-Jean-de-Luz, Baixos Pirineus, a 7 de março de 1875. Entrou em 1889 no Conservatório de Paris e era ainda estudante quando apareceram suas primeiras composições. Estas criaram para o jovem compositor a fama de revolucionário perigoso, sendo-lhe negada por três vezes a atribuição do Prêmio de Roma.

Sua vida se resumiu depois em trabalho interrompido apenas pela sua participação na I Guerra Mundial. Em 1920 recusou a legião d’Honneur. Um acidente em 1932 provocou em Ravel um trauma de que jamais se recuperou. A memória foi afetada e também a coordenação dos movimentos. Seus amigos organizaram viagens à Espanha e ao Marrocos, a fim de distraí-lo.

Operado em 1837, Ravel morreu em Paris a 28 de dezembro de 1937, ainda inconsciente.

A vida de Ravel foi neutra, sem acontecimentos, a não ser as reações provocadas por sua obra, reações que foram contraditórias, pois Ravel foi julgado revolucionário nos círculos tradicionalistas do Conservatório e conservador pelos círculos vanguardistas da década de 1920.

Ravel contribuiu mais para a extensão e abertura do que para a destruição do sistema tonal clássico. Foi inovador em suas harmonias estranhas e clássico pelo firme contorno de suas linhas melódicas. É nesse ponto mesmo que diverge de Debussy, com quem foi, por equívoco, sempre comparado. Enquanto Debussy foi músico impressionista, pela dissolução da linha melódica (tal como os pintores impressionistas dissolveram o traço em proveito da luminosidade), Ravel foi anti-impressionista na construção da melodia.

Não obstante, há uma atmosfera comum a Debussy, Ravel e outros músicos da época: certo esoterismo da linguagem musical, pela procura de novas harmonias, e um certo preciosismo temático, inspirado pelo Simbolismo, além de atração pelo Oriente e pela Espanha. A influência entre os dois compositores foi recíproca.

Ravel, longe de ser um epígono, foi personalidade totalmente original. Sua música é a revelação dessa personalidade, reticente e reservada, ao mesmo tempo irônica e sentimental.

Apesar de ter sido inovador em todos os gêneros musicais e na própria estrutura musical, não é um acaso a grande admiração de Ravel pela música pré-classicista francesa e pelos mestres do Classicismo vienense: ele próprio foi algo como o ‘último clássico’, antes de Stravinsky e a escola de Schönberg realizarem a grande subversão da música.

Entre as primeiras apresentações públicas das obras de Ravel está a abertura Sherazade, uma ópera não realizada.

Ravel foi um mestre da orquestração, na descendência direta de Rimski-Korsakov, mas pouco do que fez foi produzido originalmente para a orquestra.

Orquestrou obras para piano, suas e dos outros. É mesmo famosa a sua transcrição para a orquestra dos Quadros de uma exposição, de Mussorgsky, que pode ser considerada como obra original, raveliana. Escrito para orquestra é o célebre Bolero (1927), que se desgastou pela execução repetida.

Mas é obra originalíssima pela sua estrutura rítmica e pela concepção melódica, que o próprio Ravel definiu como ‘um estudo em crescendo, com o tema obstinadamente repetido’.

Ravel também orquestrou sua obra pianística Pavana para uma infanta morta, de que se falará a seguir.

Famoso são dois concertos, o Concerto para piano em ré maior (1931), também conhecido como Concerto para mão esquerda, e o Concerto para piano em sol maior (1932).

Ravel tinha uma concepção clássica do concerto, como obra racional, mas não é possível ignorar a dramaticidade inerente ao Concerto para mão esquerda, escrito para o pianista Wittgenstein, que tinha na I Guerra Mundial perdido o braço direito.

Muito se discutiu a estrutura rítmica da música de Ravel, herdeira dos ritmos de dança dos barrocos franceses (Lully, Couperin, Rameau). Na sua obra mais extensa, o balé Dafne e Cloé (1909-1912), reconhece-se tal sensualidade rítmica, enquanto o poema coreógrafo A valsa (1919-1920) é de marcação propositalmente lenta.

Avesso à grandiloqüência, Ravel deixou, na ópera, duas obras de singulares humor e fantasia: A hora espanhola (1907) e A criança e os sortilégios (1925).

No setor de música de câmara, Ravel se revela em sua intimidade, em sua secreta tensão; mas também como músico que, sem assumir qualquer radicalidade estrutural, numa elaboração arquitetônica clássica, explora sensualmente as sonoridades raras. São obras-primas o Quarteto para cordas em fá maior (1903), o Trio para piano, violino e violoncelo (1914) e a Sonata para piano e violino (1923-1927). De rara beleza melódica é a Introdução e Allegro (1906), para harpa, cordas, flauta e clarineta, explorando um jogo singular de contrastes harmônicos.

O primeiro êxito de Ravel foi uma peça pianística, Pavana para uma infanta morta (1899), depois severamente julgada pelo autor, mas que persiste, em seu ritmo elegíaco, como uma de suas produções mais memoráveis.

Ravel evoluiu, no piano, do impressionismo ainda sensível em Espelhos (1905), para os ritmos mais ásperos de Gaspard de la nuit (1908) em que persistem, no entanto, arabescos cromáticos fantasiosos.

Mestre do piano na linha de artifício caprichoso de Liszt, explorou a espirituosidade em Valsas nobres e sentimentais (1911), mas tendeu depois para o despojamento de O túmulo de Couperin (1917). Seu estilo pianístico explorou uma aguda definição e acabamento formal, de feição neo-clássica.

Grande mestre da orquestra e do piano, Ravel deixou obra vocal restrita, mas de grande singularidade. Sua escolha de textos era, às vezes, surpreendente, e o compositor seguia estritamente o ritmo da própria linguagem verbal. São assim, o ciclo das Histórias naturais (1906), segundo textos de Jules Renard, e as muito posteriores Canções de Dom Quixote à Dulcinéia (1932) sobre textos de Paul Morand. Música de câmara restrita são os ciclos Três poemas de Stéphane Mallarmé (1913) e Chansons madégasses (1925-1926). Além de outros ciclos eruditos, deixou várias transcrições de melodias populares.

Maurice Ravel – Compositor

Maurice Ravel
Maurice Ravel

O genial compositor do Bolero, Joseph Maurice Ravel, filho de um engenheiro suíço, Maurice Ravel, nasceu em 7 de março de 1875 em Cibourne, França, localidade muito próxima à fronteira com a Espanha, revelando sua inclinação para o mundo musical em 1882, quando tinha sete anos.

Seu primeiro professor de piano foi Henry Ghys, que ensinou Ravel até ele completar onze anos, passou então a conduta musical do garoto para Charles-René.

Entretanto, Maurice era um menino que se divertia mais com as brincadeiras de garoto do que com as aulas de piano, começando a encarar o estudo com firmeza aos 14 anos, quando começou a estudar no Conservatório de Paris.

Chegou a conhecer Satie em 1893, músico que seria uma de suas influências.

Deixou o conservatório em 1895 para estudar individualmente e só voltou para estudar composição com Gabriel Fauré em 1898. Decepcionou-se em 1900 ao não ser bem-sucedido no grande concurso Prix de Rome. Deixou o conservatório definitivamente em 1901 e dedicou-se totalmente à composição desde então.

Começou a mostrar seu virtuosismo ao piano ainda em 1901 com a composição Jeux d`Eau. Compôs o Quarteto de Cordas em 1903, mesmo ano do famoso ciclo de canções Shéhérazade, obra que consolidou sua reputação como compositor. Em 1905 teve sua inscrição no Prix de Rome rejeitada, fato que provocou grande polêmica na sociedade parisiense da época, tempos em que ele já convivia com figuras célebres da música, a exemplo de Igor Stravinsky e Manuel de Falla.

Em 1909 foi morar sozinho, um ano depois da morte de seu pai. Compôs sua primeira ópera em 1911. Tentou se alistar na linha de combate francesa ao estourar a Primeira Guerra Mundial, mas foi rejeitado por suas aptidões físicas não satisfatórias. Todavia, conseguiu o alistamento em 1915, mas não combateu por ter de deixar o exército em 1917, por causa da morte de sua mãe.

Recusou-se a receber a Legião de Honra, principal condecoração francesa, após a morte de Debussy, em 1918, sendo que em 1920 iniciou a compor pequenas peças e a orquestrar peças de outros compositores por volta. A decisão por tal tipo de trabalho o levaria a compor sua obra-prima e mais conhecida, o imortal Bolero, composto em 1928, sob encomenda da bailarina Ida Rubinstein que precisava da música para participar de um concurso de dança. A obra Concerto de Piano para Mão Esquerda, escrita em 1930, atendeu ao músico Paul Wittgenstein que perdera o braço direito durante a guerra.

Em 1936 surgiam suspeitas de que Ravel possuía um tumor cerebral face sua destreza mecânica que apresentava, já há algum tempo, sensíveis limitações.

Mesmo assim, ainda compunha com clareza, mas lhe faltava as aptidões físicas necessárias para mostrar suas obras no piano. No final de 1935 tentou uma cirurgia que comprovou não haver tumor algum em sua zona cerebral. Antes de recuperar a consciência dessa cirurgia, Maurice Ravel veio a falecer, em um triste inverno para a música francesa e mundial, no dia 28 de dezembro daquele mesmo ano.

A Obra

Sempre que se fala em música pré-modernista, ou impressionista, inevitavelmente cita-se o nome Ravel, justamente por ele ser um dos expoentes daquela escola.

Apesar de ser um grande admirador de seu conterrâneo Claude Debussy, que muito o inspirou, Ravel tentou sintetizar as técnicas de Mozart, Liszt e Strauss, entre outros, para acrescentar à sua.

Maurice Ravel foi um dos maiores compositores franceses de todos os tempos. Apesar de sua carreira como compositor não ter começado muito cedo (em comparação com outros músicos eruditos), possui um extenso currículo na área.

Com influências diversas como Mozart, Liszt, Borodin, Schoenberg e Stravinsky, além de Debussy, Ravel testou vários estilos até encontrar o seu próprio.

Apesar da mistura de influências, o impressionismo mostrou-se forte nas composições deste mestre da música. Mesmo mostrando total racionalidade em seu virtuosismo, dizia-se que Ravel, num estilo próprio e original, usava temas fictícios em suas composições, sempre ligados à magia, contos de fadas e coreografias encantadas.

Sua primeira peça famosa foi Pavane pour une infante defunte, composta em 1900, quando Ravel tinha vinte e cinco anos.

Escreveu duas óperas, mas ficou conhecido principalmente pelos seus balés. Dentre estes se destacam Daphnis et Chloé e, sua obra mais conhecida, o Bolero. Ravel ainda compôs inúmeras obras orquestrais e músicas para corais. Teve como mentor para sua criação orquestral o poeta Berlioz, seguindo sua linha ao compor a grandiosa Suíte Mamãe Gansa. Em sua famosa composição Shéhérazade conseguiu conciliar perfeitamente a voz à orquestração feita sobre a obra inicialmente para piano solo. Nos Trois Poèmes de Mallarmé, de 1913, usa a recitação de Berlioz como complemento à sua criação musical, porém sem ofuscar o brilho de seu próprio trabalho.

Compôs ainda uma série de obras para piano solo, entre elas, as grandiosas Pavane pour une infante defunte (1900), Jeux d`Eau (1901), Miroirs (1905) e Valses Nobles et Sentimentales (1911).

Ravel, porém, divertia-se mais ao compor músicas que pudessem receber acompanhamento vocal, provando isso em canções como as Cinco Melodias Gregas e as Duas Melodias Hebraicas, ambas obras para piano e voz.

O Bolero

O sucesso de Bolero surpreendia o próprio Ravel que não conseguia entender o tamanho de tal popularidade, pois para ele a obra só se tornaria completa se acompanhada de coreografia. Chegou a afirmar que não existia música nenhuma neste balé e que apenas se interessava na dança que o acompanhava.

A obra foi uma encomenda da bailarina Ida Rubinstein que inicialmente pedira que Ravel orquestrasse a suíte Iberia, de Isaac Albeniz. Como a obra já havia sido orquestrada, Ravel optou por compor esta nova obra que mostrou ser influenciada pela música espanhola, com melodia simples e repetitiva para facilitar a performance dos bailarinos no esforço de acompanhá-la. Sua primeira apresentação se deu na Ópera de Paris a 11 de novembro de 1928, sendo batizada inicialmente por Ravel de Fandango.

É certo que mesmo se o compositor não tivesse mudado o nome de sua obra para Bolero, e se ela não tivesse uma estréia marcante na da Ópera de Paris, receberia igual aclamação. Todavia, é bom lembrar que a obra alcançou grande popularidade transformando-se numa verdadeira febre, quando foi dançada pelo bailarino

Fonte: www.biography.com/br.geocities.com/www.classicos.hpg.ig.com.br

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