Sapucaia

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Sapucaia – O que é

Planta de grande porte entre 20 a 30 metros de altura, com copa frondosa de coloração rosada na primavera devido as folhas novas.

Nativa da Floresta Pluvial Atlântica e região amazônica próximo a várzeas e no interior da mata primária.

Sapucaia é nome indígena, de origem tupi, relacionado ao fruto: sa =olho, puca = que se abre, e ia = cabaça.

O “olho da cabaça se abre” quando o pixídio (fruto) está maduro e seu opérculo (tampa) cai, revelando as castanhas (sementes) em seu interior, em número de seis a 12.

As castanhas-sementes oleaginosas e aromáticas da sapucaia são comestíveis, de sabor semelhante ao das castanhas do Brasil e caju.

Só são pouco comercializadas porque a produtividade é baixa.

Os frutos pesam de 2 a 4 quilos e possuem, em média, 25 centímetros de diâmetro. A maturação da parte comestível da fruta acontece com o fim do inverno e início da primavera, entre agosto e setembro, completando um ciclo de quase um ano, entre a flor e o fruto maduro.

Fora a taça ou cumbuca e as castanhas, a sapucaia ainda oferece abrigo.

A madeira, não é de lei e não resiste muito, mas é bastante usada na construção de casas, nas vigas estruturais.

Ocorrência – do Ceará ao Rio de Janeiro, com predominância nos estados do Espírito Santo e Bahia.

Outros nomes – castanha sapucaia, cumbuca de macaco, sapucaia vermelha (ES), marmita de macaco, caçamba do mato

Sapucaia – Características

Planta semidecídua com altura de 20 a 30 m com copa densa e ampla, tronco reto, casca espessa, dura e pardo-escura, com fissuras, com 50 a 90 cm de diâmetro.

Folhas membranáceas, ovado-oblongas, margem serreada, nervação bem nítida na face superior glabras, parcialmente renovadas na seca.

As folhas novas de cor rosa-avermelhada, juntamente com as flores de cor lilás, conferindo à sua copa beleza indescritível.

Este espetáculo dura algumas semanas, atingindo o seu auge no final de outubro e passando lentamente para a cor verde normal. Somente árvores adultas (com mais de 8 anos) exibem esta característica.

Flores grandes e de coloração branco-arroxeadas, bastante atraentes devido a uma estrutura cobrindo os órgãos reprodutivos.

Uma das principais curiosidades desta árvore é a forma de seu fruto, denominada botanicamente “pixídio” e popularmente conhecida como “cumbuca”.

Trata-se de uma cápsula lenhosa de forma globosa de 2 a 4 kg e até 25 cm de diâmetro, dotada de uma tampa na extremidade oposta ao cabinho de fixação que se descola e cai quando o fruto está maduro para permitir a liberação das sementes.

As sementes ou “castanhas” são comestíveis e muito deliciosas. Seu sabor rivaliza com a “castanha-do-pará”, contudo não é comercial porque a produção é muito baixa e muito perseguida pelos macacos e outros animais selvagens. Geralmente uma cumbuca média contém 6 a 12 castanhas elípticas, oleaginósas, com 6 cm de comprimento, as quais contém, afixadas em sua base, um arilo branco-amarelado de sabor adocicado e muito procurado pelos morcegos.

Estes recolhem as castanhas com o arilo e as levam para árvores de copa densa para saborearem, deixando cair as castanhas após a remoção do arilo, constituindo-se assim nos disseminadores naturais desta espécie.

Portanto, o melhor lugar para procurar as castanhas desta árvore não é sob a sua copa, mas sob as árvores próximas de copa densa e escura.

O maior consumidor de suas castanhas, contudo, não é o homem, mas sim o macaco-sauá, que faz verdadeiras loucuras para consegui-las. Quando ainda fechadas, os macacos torcem as cumbucas como se fossem arrancá-las para acelerar a maturação.

Quando parcialmente abertas, chegam a bater um fruto contra o outro na tentativa de forçar a liberação das castanhas e, segundo a lenda, dificilmente enfiam a mão dentro da cumbuca (pelo menos os mais experientes), porque isto pode prender sua mão ao contraí-la para apanhar as castanhas. Daí a expressão “macaco velho não põe a mão em cumbuca”.

Geralmente ficam afixadas na árvore mesmo após a queda das castanhas por vários meses. Um kg de sementes contém aproximadamente 180 unidades.

Habitat – mata atlântica
Propagação – 
sementes
Madeira –
 moderadamente pesada, dura, resistente, de grande durabilidade quando não enterrada.

Sapucaia – Utilidade

A madeira era usada principalmente para vigamentos de construções rurais em geral, esteios, postes, estacas, tábuas para assoalhos, pontes, etc. As cumbucas são usadas na zona rural como utensílio para fins diversos, principalmente para vasos de plantas ou como adorno doméstico. As castanhas são comestíveis e muito apreciadas pela fauna.

As amêndoas são comestíveis, saborosas e muito apreciadas pelos animais silvestres, especialmente macacos que retiram as amêndoas dos frutos ainda nas plantas, daí a denominação cumbuca-de-macaco.

As amêndoas podem ser consumidas ao natural: cruas, cozidas ou torradas e usadas no preparo de doces, confeitos e pratos salgados.

Os frutos vazios são usados nos artesanatos e como utensílios domésticos. A sua madeira é pesada, dura e usada para mourões, estacas, esteios, postes, pontes, mastros, nas serrarias e nas marcenarias.

A planta é indicada para arborização de grandes parques e jardins, pelo belo visual de suas folhas novas no início da primavera, e para recompor matas em áreas degradadas.

Florescimento – setembro a outubro
Frutificação –
 agosto a setembro
Ameaças – 
sua freqüência natural na floresta nunca foi muito alta e, hoje, já pode ser considerada rara no habitat. Isto se deve a pequena produção de sementes e a intensa perseguição dos macacos que consomem avidamente suas castanhas.

Sapucaia ou cumbuca de macaco

Na tradução do Tupi para o Português, sapucaia quer dizer, sa = olho, puca = que se abre e ia = cabaça, ou seja a cabaça que abre o olho. De fato ao abrir o opérculo do fruto (pixídio), temos a impressão de que ele tem um olho.

Numa outra tradução para a palavra de origem tupi, sapucaia quer dizer, galinha ou galo, porque os primeiros portugueses que aqui chegaram, trocavam as deliciosas castanhas contidas no interior do fruto, por galos e galinhas, animais que os índios pouco conheciam, mas apreciavam.

As sapucaias são belas árvores que podem atingir 30 metros de altura e 1 m de diâmetro na mata nativa, mas que normalmente são encontrados com 5 a 15 metros de altura e 30 cm de diâmetro.

Pertencem à família das Lecitidáceas (a mesma do jequitibá), e a espécie mais conhecida é a Lecythis pisonis, que margeia os dois lados da entrada da Quinta da Boavista.

Na época da floração que se dá em outubro, a árvore fica inteiramente tomada de um rosa intenso, como que por brácteas feitas de suas folhas.

Essa é uma forma de atrair os agentes polinizadores que fecundarão as flores. Os frutos durarão mais de dez meses para atingir a maturidade e liberar as castanhas,em agosto/setembro do ano próximo.

Estes são procurados por diversos animais de médio e grande porte, como antas, catetos, queixadas, macacos, roedores diversos, papagaios, araras e morcegos.

Estes últimos são os maiores dispersadores de suas sementes na natureza, que chega a levá-las a uma distância de cem metros da árvore.

Cada semente leva uma recompensa para o morcego em forma de alimento na extremidade. Este trabalho é muito importante para a reprodução da espécie, pois junto à arvore dificilmente restaria alguma chance para que as sementes germinassem, já que são muito disputadas pela fauna.

Um ditado popular diz que macaco velho não mete a mão em cumbuca, no caso a cumbuca de macaco é o fruto da sapucaia, onde o macaco mete a mão para agarrar as castanhas, ao assustar-se, esquece de abri-la ficando com ela presa ao fruto. Segundo o ditado, somente os mais inexperientes acabam vítimas da sua afobação e são penalizados por isso.

A sapucainha, embora em Tupi o significado mirim seja o mesmo que pequeno, não representa a mesma espécie que a anterior, esta é da família das Esterculiáceas e seu nome científico é Carpotroche brasiliensis, também chamada de canudo de pito.

É uma árvore das nossas matas, de caule fino e proporcionalmente alto em relação a seu caule, e seu fruto é do tamanho de uma laranja cor verde zinabre, com frisos longitudinais e muito ornamental, é comestível com polpa de sabor semelhante em cor e paladar ao do mamão, porém com muitos caroços.

Suas sementes ricas em óleo, servem para a fabricação de uma pomada medicinal utilizada para combater piolhos e doenças da pele, entre elas as de origem herpética (Pio Corrêa).

Aliás a sapucaia é uma árvore que merece maior utilização por nós, tanto na arborização de ruas, como em reflorestamentos para diversos fins, principalmente em culturas visando a produção de castanhas para o consumo humano, além de produto de exportação pois é conhecida no exterior.

Através da sapucaia, a natureza nos dá exemplo entre outras coisas, que podemos ter a carapaça dura como a do seu fruto, mas sem perder a essência rica do nosso interior.

Sapucaia – Classificação

Nome científico: Lecythis pisonis Cambess
Outros nomes populares: 
castanha-sapucaia, cumbuca-de-macaco,sapucaia-vermelho (ES), marmita-de-macaco, caçamba-do-mato
Reino: 
Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Ericales
Familia: Lecythidaceae
Gênero: Lecythis
Espécie: L. pisonis
Origem: 
Brasil Floresta Pluvial Atlântica
Ocorrência Natural: 
Rio de Janeiro ao Ceará, na mata pluvial

Sapucaia – Fotos

Sapucaia
Sapucaia

Sapucaia
Sapucaia

Sapucaia
Sapucaia

Sapucaia
Sapucaia

Sapucaia
Sapucaia

Sapucaia
Sapucaia – Madeira

Sapucaia
Sapucaia

Fonte: www.vivaterra.org.br/www.terrabrasil.org.br/www.madguimaraes.com.br/sweetgum.nybg.org

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