Pólo Equestre

História

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Do Oriente para o Ocidente

Acionando a todos os sensores, aguçando aquela curiosidade histórica e, pronto, já estamos acessando a internet, revirando livros, investigando manuscristos e conversando com que tem conhecimento do assunto.

De onde vem o Polo, afinal?

Referências de historiadores nos levam ao ano 600 antes de Cristo, com os cavaleiros da Ásia Central e China.

As versões para o nascimento do jogo, numa forma bastante rudimentar, variam ao sabor de poemas, lendas e algumas gravuras. Mostram o Tibete e seus caçadores a cavalo, com bastões, atrás de rato almiscarado. Apontam para a singular importância da prática na China, onde um taco foi acrescentado ao brasão da dinastia Tsang. Diz-se que da China passou para o Japão onde foi desenvolvido um tipo diferente de atividades entre famílias reais.

Outra versão indica a posse e o desenvolvimento do jogo por parte dos persas, introduzindo-o no Egito, Grécia e Norte da Índia. O Polo aparecia como passatempo nobre, jogado por sultões, xás, imperadores e califas. E, ao mesmo tempo, diferenciava os bravos guerreiros e os caçadores habilidosos. À partir do século XVII, talvez numa retomada mais moderada do jogo, os tibetanos e os indianos passaram a praticar o Pulu, com uma bola feita de raiz que levava o mesmo nome. Daí a denominação atual de Polo.

Na Índia, todos jogavam, cada aldeia tinha seu campo. Às vezes era jogado no rua central da vila. Segundo relato de Charles Chenevix Trench, um oficial de calvalaria, “podia-se ver nos jogos rajás e marajás, soldados, pastores, militantes, gente do povo, todos galopando furiosa e rapidamente, divertindo-se imensamente”. Neste ponto, a história da evolução do jogo atingia um patamar bem interessante, pois não era apenas privilégio de altissima classe, passando a ser motivo de confraternização. A Índia seria o ponto-chave para a ocidentalização. Dali o Polo seria irradiado para a Inglaterra e o resto do mundo.

Influência Inglesa

O Polo como conhecemos hoje, com suas regras e deteminações, se deve aos ingleses, que à época da colonização da Índia esboçaram as primeiras regulamentações do jogo.

A história conta que:

1854 – Os ingleses tinham inciado plantações de chá no vale Cachar e o tenente do exército inglês em Bengali, juntamente com o capitão, superintendente do distrito, empolgados pelo Pulu ao jogarem com os manipuris, uniram-se a mais sete dos plantadores de chá e fundaram o primeiro club de Polo fundado pelos os europeus, o Silchar. Posteriomente, 1861, 1863, foram fundados mais três clubes e rapidamente o Polo se expandiu, levado pelos ingleses a toda a parte: Deli, Bengali, Madras. Mais tarde, através de umas notícia publicada no The Field, da Iglaterra, um oficial britânico tomou conhecimento daquele jogo na Índia, e com alguns companheiros improvisou um time. Apelidaram o jogo de hóquei a cavalo e começaram a aperfeiçoá-lo. Não demorou para se tornar o predileto da cavalaria.

1873 – Jogou-se a pimeira partida de Polo na Inglaterra, em Hurlingham, um clube destinado a ser um marco, pois no ano seguinte já contava com 1.500 sócios tornando-se o primeiro clube do mundo a ter os limites de campo definidos e demarcados.

1876 – Ingleses jogavam contra indianos e as regras eram desenvolvidas. Em Deli foram esboçadas as primeiras regulamentações do Polo, como é jogado hoje. E em Hurlingham foram estabelecidas as regras, que se tornaram o regulamento mundial. Nessa mesma época, o Polo caiu no gosto dos irlandeses e californianos. Um forte representante da imprensa americana foi a Inglaterra e assistiu a um jogo em Hurlingham. Voltou aos Estados Unidos levando um conjunto de tacos e bolas, comprou cavalos no Texas e fez uma demonstração inicial em uma academia hípica na Quinta Avenida, em nova York. Três anos depois, os clubes proliferavam.

1877 – Os ingleses introduziram o Polo na Argentina, país que lideraria o jogo no mundo inteiro. A primeira partida na Argentina foi em 1877 e o Polo conquistou os mais adeptos do que em outro qualquer lugar. Três anos depois fundou-se o Lomas, seguido pelo clube Flores, em 1883.

1889 – Surgiu o Hurlingham argentino e em 1892 fundou-se a Associação de polo do Rio da Prata. Não demorou para equipes argentinas estarem jogando na Inglaterra e vice-versa. Os argentinos ganhavam todos os jogos auxiliados por cavalos especialmentes desenvolvidos. O excelente desempenho argentino era explicado, também, devido a topografia, qualidade do solo e ao clima que permite jogar o ano inteiro.

1890 – Enquanto isso, nos Estado Unidos, já havia a U.S. Polo Association. Um ano depois contava-se com mais de 100 torneios em 20 clubes.

No final do século, a British Country Polo Association registrava mais de 750 jogadores e 63 clubes: 19 na Irlanda, 1 na Escócia e 43 na Inglaterra. A responsável pela difusão do Polo em inumeras regiões adversas foi a marinha inglesa, que levou o jogo para a Nigéria, Cuba, Hong-Kong, Ilhas Maurícius, Cabo Verde, Nova Zelândia e África do Sul entre outras.

Os ingleses, em suas colonizações pelo mundo afora, procuravam manter monopólios ou ao menos, deter controle sobre acordos e condições de utilização de terras e transportes. Mas, políticas históricas à parte, o fato é que engenheiros ingleses foram enviados ao Brasil, na década de 20, para a construção de ferrovias. Haviam grupos de ingleses no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, no Paraná em São Paulo, capital e interior. Por ocasião da construção da São Paulo Railway, depois chamada de estrada de ferro Santos-Jundiaí, os ingleses trouxeram o Polo para a capital paulistana. Eles jogavam em campos meio improvisados, perto de Pirituba, até que formaram um campo no bairro de Água Branca.

Enquanto isso, em Colina, SP, Famílias pioneiras enraizadas na tradição da agricultura e da criação de cavalos como os Junqueiras, já haviam feito contato com o jogo e praticavam o Polo de uma maneira inicial, ou seja, não lapidado. Colina foi a pioneira ao inaugurar em 1926, o primeiro Clube de Polo do Estado de São Paulo. Nascia também em São Paulo, a Hipica Paulista, de início na Aclimação passando para Pinheiros e indo para o Brooklin.

Na revolução de 32, Joaquim Carlos Egydio de Souza Aranha, o Calu, que adorava cavalos, mantendo animais de cancha reta, travou conhecimentos com vários da família Junqueira. O encontro foi tão providencial que o entusiasmo pelo Polo não parou mais desde então. Ao voltar para São Paulo, Calu, cuja a familia possuía uma chácara no bairro da Casa Verde, fez um Campo de Polo. Nessa altura, São Paulo já tinha a Hípica, o campo dos ingleses na Água Branca, o campo da Casa Verde, o dos militantes da Força Pública, no bairro de Santana zona norte, e o Clube Hípico de Santo Amaro.

No interior iam surgindo vários núcleos de Polo: Descavaldo, com Sylvio Coutinho; Tatuí, com os Meirelles; em Pirassununga, Analândia, Franca, Avaré, Orlândia, e tantos outros. Em 1937, quando a Casa Verde se formou como um time, o impulso estava dado. Começou a existir a saudável rivalidade entre clubes e equipes e os jogos se intesificaram. O Casa Verde representava o Hípica Paulista e o reduto dos Kalil era o Clube Hípico de Santo Amaro. Os sócios dos clubes, que nem eram polistas, vinham torcer, cada um por seus times e se organizavam em verdadeiras festas. Final dos anos 30, começo dos anos 40, já se jogava o chamado Campeonato Estadual de Polo, hoje Aberto do Estado de São Paulo. Haviam torcidas organizadas para as equipes, muita assistência e muita rivalidade transpirando entre os times. Em jogos de maior disputa como capital e interior, a festa dobrava.

Quem descreve à maneira apaixonante todo esse relato de empolgação pelo esporte, de uma época brilhante em São Paulo, é Joaquim Egydio de Souza Aranha, o Sr. Didi de Souza Aranha. Ele lembra episódios fantásticos, das últimas partidas de seu pai na Hípica e das fortes denominações dele para com os filhos. Os filhos do Sr. Calu, quatro irmãos: Didi, Antonio Carlos, Mauro e Roberto, naquela ânsia de moleques: “Nós queriamos ver Polo, jogar, montar à cavalo, taquear, tudo. Assistíamos os jogos e íamos para a chácara, taquear. Isso porque meu pai adotou uma norma para os filhos: ´Só pode jogar Polo depois de entrar na faculdade´. Mergulhei nos livros e em 1961 começei com o Polo”, conta Didi.

Depois começaram os irmãos e na década de 70 jogavam juntos defendendo o Casa Verde. Só agora, depois de mais de 30 anos, é que se apresentam novamente quatro irmãos jogando juntos: os filhos do Cabeto, pela Maragata . “Sou fâ deles e espero que eles se engrenem como nós, porque a sintonia era perfeita; um sabia exatamente o que o outro ia fazer”.

E Didi relembra que o Polo era levado a sério: “Em vez de ir para a boate, gastávamos com cavalos. Véspera de jogo não saíamos de jeito nenhum, era concentração mesmo. Isso porque não existia a hipótese de ir para o campo e perder”, Lembra.” Na década de 70, com o auge do Polo, nós tínhamos o sonho de um campo próprio. O da Casa Verde era prejudicado pelas enchentes do rio Tietê e teve de ser desativado. Procurei muito um local particular, e sempre imaginando algo perto da Hípica Paulista.

Como em 1973 houve uma epidemia de gripe, atrapalhando e prejudicando o manejo dos animais na Hìpica, o que nos impedia de jogar lá, minhas buscas se intesificaram, começando a atingir outras regiões um pouco mais afastadas”, conta Didi de Souza Aranha.

O Polo no Brasil estava crescendo. São Paulo já tinha jogadores fortes, equipes formadas e poucos campos para se jogar. Os Campos das Hípicas se preservavam para torneios importantes e equipes com jogos mais duros. Para quem estava ou queria ingressar no polo, as chances se restrigiam bastante. Mas justamente nessa época, dois polista, P.G. Meirelles e Decito Novaes, despertaram o interesse de um amigo para o Polo. Era um homem de impetos, de idéias, que gostava do mar, de barcos, e que não havia ainda, em seus 45 anos de vida, se interessado por cavalos ou esportes eqüestres. Foi então que Giorgio Moroni, contaminado pelo fascínio do Polo, entrou em cena, não se deixando abalar pelas barreiras e já inventando novas alternativas. A ídéia era jogar Polo e o objetivo era achar um local.

O sogro de Decito Novaes tinha uma fazenda em Indaiatuba, perto de Campinas, SP. Ele fez ali um pequeno campo e de vez em quando os amigos iam jogar. José Luís Herreros, polista, começou a namorar Ana Maria, que morava naquela mesma região.

Pólo Equestre
Pólo Equestre

Origem

A origem da prática do polo ainda não é bem definida, apesar de as evidências apontarem que tenha sido praticado primeiramente na Ásia.

No entanto, a primeira notícia que temos para este esporte localizada no leste, entre a Pérsia e a China cerca de dois mil anos antes de Cristo.

Acredita-se que o nome deriva de “Pulu” tibetana que significa bola.

Da Persia o jogo foi levado aos países orientais e também para a Índia, onde ele se firmou, em lugares como China ou Japão, a prática foi perdendo popularidade e jogadores.

A Índia pasa o século XIX, a ser colônia britânica e os militares britânico ficam entusiasmado com o esporte que nunca havia visto antes, em que o jogo era dividido em duas equipes.

Foi então que ele criou o primeiro clube de pólo em Silchar, uma área perto Manipoor.

John Watson foi o primeiro que fez de regras claras de polo na Índia.

Em 1860 o pólo foi introduzido na Inglaterra. Até então o esporte era chamado de “Hockey a cavalo”.

Alguns dos clubes de pólo primeiro na Inglaterra foram os de Monmouthshire, fundada pelo Capitão Francisco ou o Hurlingham.

É a partir de ai que o esporte se torna internacionalmente conhecido e assumir grande importância nos Estados Unidos, assim como a Inglaterra.

O pólo se torna parte de esportes olímpicos em 1900 e participar de cinco Olimpíadas (até 1936).

O Polo chegou ao Brasil na década de 30, trazido por empresários entusiastas do esporte na Europa. Com a revolução de 32 houve uma queda no número de participantes e ele só voltou a se desenvolver bem depois dos anos 40, alcançando o auge na década de 70, com as facilidades concedidas pelo governo brasileiro que facilitou a importação de cavalos adequados e estimulou o intercâmbio com criadores e jogadores argentinos, até hoje os reis do esporte na América Latina.

Atualmente o Polo tem aproximadamente 500 participantes no Brasil, sendo 50% deles no Estado de São Paulo.

O pólo é jogado a galope e é um dos jogos mais rápidos do mundo. O objetivo é fazer mais gols que seu oponente, acertando uma bola de 8cm de diâmetro com um taco de 3m de comprimento. O gol tem uma largura de 7,3m. O campo mede 275m x 180m.

A altura de um cavalo de pólo gira em torno de 1,52m e 1,60m. Cada time possui 4 jogadores, nº 1 de nº 2 são atacantes, nº 3 é meio de campo e o nº 4 defesa.

O jogo dura um pouco menos de 1 hora e é dividido em chukkas, que duram 7,5 minutos cada. Dependendo do nível jogo, pode ser ter de 4 a 6 chukkas. Os cavalos devem ser trocados a cada chukka e só podem ser utilizados 2 vezes na mesma partida.

As provas nestes esporte, são divididas em diversas categorias. Nas categorias de iniciantes o percurso têm em média entre 20 e 30 km, evoluindo para categorias mais avançadas onde os percursos podem chegar a 160 km. Na velocidade ideal, o concorrente deve percorrer a trilha em um tempo pré-estabelecido, com a trilha demarcada por faixas e sinais, ou desenhada e distribuída aos concorrentes.

A velocidade livre é como uma corrida de longa distância. O cavalo será eliminado durante a prova se sua condição física for julgada insatisfatória num dos controles veterinários que existem ao longo do trajeto.

O Pólo, embora não seja muito divulgado no Brasil, é também um esporte arrojado e empolgante. Suas origens são inglesas, mas, aqui na América do Sul, os criadores buscam matrizes argentinas para tal prática.

São usados como base animais da raça Petizo de Pólo, que, quando cruzada com outros, gera animais com diferentes potenciais.

O jogo mais caro do mundo

Há apenas 500 jogadores de pólo no Brasil. São todos milionários

O jogo de pólo certamente não consta das modalidades que dependem de verbas do Ministério do Esporte e Turismo. Felizmente para seus praticantes. Caso contrário, eles assustariam funcionários petistas do governo com sua relação de despesas rotineiras com cavalos, campos, gramados, tratadores de animais, veículos especializados em carregar montarias e até uniformes e botas.

Estima-se que existam apenas 500 jogadores de pólo no Brasil – e a verdade é que eles, em geral grandes milionários, não precisam de ajuda para praticar seu esporte favorito. Esse é um dos ramos esportivos menos conhecidos no país, mas os praticantes estão entre os mais festejados atletas mundiais da modalidade. O Brasil detém dois títulos mundiais, conquistados em 1995 e 2001, e disputa com argentinos e britânicos a primazia internacional.

Entre os especialistas, os brasileiros são tão respeitados quanto Ronaldinho no futebol e Gustavo Kuerten no tênis. Há outro aspecto que torna o jogo ainda mais surpreendente. Esporte preferido da realeza britânica, o pólo é mais exclusivo que qualquer outra atividade esportiva. É por isso que, no Brasil e no mundo, quase todos os jogadores carregam sobrenomes conhecidos na alta sociedade.

Os campos mais badalados do Brasil ficam no Helvetia Polo Club, em Indaiatuba, no interior de São Paulo, a cerca de uma hora da capital paulista. Fundado nos anos 70, na região onde ficam alguns dos mais luxuosos condomínios do Brasil, o entorno do Helvetia é uma das áreas que concentram o maior número de campos de pólo do mundo.

São 33 no total, 27 deles em fazendas particulares. Cada um tem 275 metros de comprimento por 140 metros de largura, o equivalente ao tamanho de quatro campos de futebol. Quase todos os membros da confraria do pólo são donos de mansões nos arredores do Helvetia. Algumas casas têm dez suítes e são avaliadas em até 15 milhões de reais. Além de campo de pólo, a maioria das residências possui campo de golfe, outro esporte praticado pelo seleto grupo.

O Helvetia realiza anualmente três grandes torneios patrocinados por grifes luxuosas, como Tiffany e Porsche. Nessas ocasiões, os convites pedem que as mulheres usem chapéu, repetindo a tradição inglesa. Os homens chegam para a festa dirigindo carrões de luxo. Desfiles com lindas modelos e o som ao vivo de violinos e violoncelos animam o evento.

É um luxo só. “Essa tradição se deve principalmente à família real inglesa, a principal promotora do esporte no mundo”, afirma Claudemir Siquini, presidente do Helvetia Club. O pólo está tão presente na vida da corte inglesa que já houve até um escândalo sexual envolvendo o jogo. Quando ainda era casada com o príncipe Charles, os jornais divulgaram um suposto romance entre a princesa Diana e um polista chamado James Hewitt. Entre os ingleses históricos que praticavam pólo, o mais conhecido foi o ex-primeiro-ministro Winston Churchill.

Nas partidas realizadas no Brasil, os presentes são na maioria pessoas de referência na área empresarial, como os Diniz, do Grupo Pão de Açúcar, e os Mansur, do ramo de laticínios. Em campo, estão quase sempre os herdeiros desses grupos. É o caso de Fábio Diniz, filho de Arnaldo Diniz, um dos irmãos do controlador do Grupo Pão de Açúcar, Abilio Diniz. Fábio começou a jogar aos 11 anos, incentivado pelo pai. Hoje, aos 26 anos, é considerado o melhor profissional do Brasil. Outro jogador de categoria internacional é Ricardo Mansur Filho, conhecido na comunidade pelo apelido de Rico.

Ele é filho do ex-dono do Mappin e da Mesbla, cuja família controla a indústria de laticínios Vigor. Rico é o amador com o mais alto handcap do mundo, medida baseada na média de gols que o jogador faz por partida. Está nessa categoria porque ainda paga para competir, mas tem qualidades de profissional. Rico foi o primeiro brasileiro da história a vencer um dos quatro torneios abertos da Argentina. É tão admirado no meio que, recentemente, apareceu ao lado da namorada, Isabela Fiorentino, na capa da revista Pólo, especializada no assunto. Rico tem também no currículo um prêmio recebido diretamente das mãos de sua majestade a rainha Elizabeth II, da Inglaterra.

Além da qualidade do jogador, o desempenho dos cavalos também faz a diferença. Os especialistas dizem que os melhores animais podem responder por até 70% da performance da equipe. Como o pólo exige muita força e explosão, os cavalos utilizados são da raça puro-sangue inglês, uma das mais velozes do mundo. Um puro-sangue inglês competitivo custa em média 10.000 reais. Como cada um dos oito jogadores em campo costuma ter sete cavalos para participar de uma única partida (a cada sete minutos de jogo o cavalo se cansa e deve ser substituído), só em cavalos um jogo que dura menos de uma hora pode mobilizar um patrimônio superior a meio milhão de reais. Os melhores puros-sangues, no entanto, aqueles que disputam torneios internacionais, podem valer até 50.000 reais. Além disso, as principais equipes têm o próprio caminhão que leva os animais de uma fazenda a outra. Isso sem falar nos funcionários. Uma tropa de dez cavalos exige pelo menos um veterinário e cinco tratadores, que cuidam de limpar as baias diariamente, levar os cavalos para passear, repor ração e feno, fazer a tosa e preparar as selas.

Por ser um jogo que exige muita velocidade dos animais, o pólo pode ser considerado um esporte violento. O jogador precisa equilibrar-se em cima de um animal que corre a mais de 50 quilômetros por hora. Tombos, portanto, são inevitáveis. Todos que jogam conhecem alguém que já quebrou um braço, uma clavícula ou uma perna. Existe também o risco de o jogador levar uma bolada no corpo ou na cabeça, o que pode provocar desmaios. Há alguns anos, o argentino Horacito Heguy, um dos melhores polistas do mundo, tomou uma bolada no olho direito que o deixou cego. Atualmente, ele joga com uma prótese de vidro. No Brasil, um dos acidentes mais conhecidos envolveu os irmãos Abilio e Alcides Diniz. No começo dos anos 80, durante um jogo em família, Abilio levou no rosto uma tacada desferida involuntariamente por seu irmão Alcides. Abilio quebrou a mandíbula e teve de fazer uma cirurgia plástica. Hoje ele não joga mais. Mas continua a apreciar o esporte.

Esporte de nobre montaria

Pólo Equestre

Pólo Equestre
Pólo Equestre

O grupo de cavaleiros atravessa ligeiro o gramado verde. Cavalgam quase todos muito próximos o que exige atenção e pericia, perseguindo uma pequena bola branca de oito cm, que tentam acertar com longos tacos grandes com um pequeno martelo na ponta, sempre seguros pela mão direita. Este é o jogo de pólo equestre, um esporte dinâmico, que exige concentração, habilidade e entrosamento completo entre montaria e cavaleiro. Tem poucos praticantes, mas é dinâmico e tem uma aura de sofisticação que poucos esportes possuem.

Regras

Nas regras gerais, o pólo equestre é muito semelhante aos esportes de quadra. É disputado por duas equipes de quatro jogadores, com dois atacantes e dois defensores, tentando marcar gols uma sobre a outra, com a partida dividida em seis tempos, denominados chukkas, cada um com sete minutos, mais um de desempate se for necessário.

Mas as diferenças também são marcantes. A primeira é até inusitada, as equipes devem trocar de campo a cada gol marcado, para que não tenham a vantagem do terreno sobre o adversário. A outra está bem a vista, é o cavalo. Sendo um esporte eqüestre as regras são feitas para o bom aproveitamento de seu desempenho.

Para que o animal não sofra um grande desgaste, o cavaleiro deve substituir a montaria a cada chukka, só utilizando o mesmo cavalo uma vez mais. Em média são seis cavalos para cada jogador.

A segurança de cavalos e cavaleiros também é um traço importante; as regras são rígidas sobre o controle dos tacos, para minimizar acidentes; as trajetórias dos cavaleiros também são observadas com atenção e na ausência de condições físicas da dupla, os juízes podem pedir uma substituição. Para acompanhar os lances rápidos, existem dois juízes montados, um dentro do campo e outro na zona de segurança, estes são auxiliados por um cronometrista, mais um apontador de gols ou dois bandeirinhas, que se posicionam próximos aos gols.

O campo, coberto de grama (também se joga na neve em alguns países), tem dimensões generosas, adequadas aos animais, com 275m a 230m comprimento por 146m a 130m de largura variando se é aberto ou fechado. Possui uma área de jogo de 180m a 160 m, por 146 a 130m ambas com 10 de área livre nas laterais e 30 m de fundo, a chamada “Zona de segurança”. O gol tem uma largura de 7,3 metros.

Outro ponto interessante é o handicap, um tipo de ranking que acompanha o desempenho geral do jogador, mas que só é realizado ao final de cada temporada.

Os jogadores são avaliados e classificados por handicaps em uma escala de -1 a 10, sendo -1 para os iniciantes e 10 apenas para jogadores excepcionais. Para se ter uma idéia do nível desses jogadores, atletas com handicap igual ou superior a 2 já são considerados profissionais. O handicap dá prestigio ao jogador, mas mais do que isso serve, por exemplo, para nivelar jogos entre equipes desiguais, onde é somado todos os pontos dos jogadores de cada equipe e a diferença entre as duas pode ser convertida em posse de bola ou pontuação para a equipe mais fraca. O handicap pode aumentar ou diminuir, conforme o desempenho ou a ausência de um atleta das competições, mas nunca volta ao zero.

Um dos esportes de montaria mais antigos da história

As origens não estão bem definidas, mas o pólo equestre nasceu na Ásia. A versão mais aceita é que ele surgiu por volta de 600 a.c, no Tibete, onde para proteger as colheitas dos ratos almiscarados, caçadores montados perseguiam estes animais com longos bastões que, quando não eram utilizados na caça se prestavam ao “pulu”, um jogo onde os ratos eram substituídos por bolas rudimentares. Essa forma de Pólo se expandiu pela Ásia, para a China a Índia e Pérsia, de onde chegou a se difundir para a Grécia e o Egito.

Depois o esporte desapareceu do ocidente, enquanto no Oriente permaneceu popular entre as elites, disputado pela alta nobreza como Sultões, Califas e Imperadores. Na Índia pelo contrário, o pulu era popular, apesar do sistema de castas, todos podiam ao menos assistir, muitas aldeias tinham seus próprios campos, e o esporte logo chamou a atenção dos militares e colonos ingleses. Em 1859, o Capitão Robert Stewart criou o primeiro clube de pólo inglês, O Retreat at Silchar, e os ingleses levaram o jogo por onde passaram. Em um desses lugares, a Argentina, o esporte caiu no gosto do país, e o clima e o terreno propício a criação de cavalos fizeram dos portenhos os melhores jogadores do mundo, tradição mantida até hoje. Também desenvolveram raças próprias para o esporte como o petizo de pólo, as vezes cruzada com Puro Sangue Inglês.

O pólo chegou a fazer parte das Olimpíadas, entre as edições de 1900 e 1936, mas saiu do Programa Olímpico, devido aos custos do transporte e cuidados necessários à utilização de muitos animais. Nesse período a Argentina foi a grande vencedora, com 2 medalhas de ouro em 1934 e 1936.

Atualmente o esporte está presente em mais de 50 países, como os, Chile, Brasil, EUA, Inglaterra e México. O esporte esta sob a jurisdição da Federação Internacional de Pólo (FIP). Mas por conta do grande número de animais utilizados, o esporte é tal qual na antiguidade, praticado pelas elites, como líderes políticos, príncipes e magnatas. O príncipe Charles, da Inglaterra, e seu filho Harry são praticantes.

No Brasil o esporte também é associado as grandes fortunas, com nomes como Ricardo ”Ricardinho” Mansur, André e Fábio Diniz, José Eduardo Matarazzo Kalil, entre os principais polistas brasileiros.

Regras do Pólo Equestre

O pólo é jogado a galope e é um dos jogos mais rápidos do mundo. O objetivo é fazer mais gols que seu oponente, acertando uma bola de 8cm de diâmetro com um taco de 3m de comprimento. O gol tem uma largura de 7,3m. O campo mede 275m x 180m.

A altura de um cavalo de pólo gira em torno de 1,52m e 1,60m. Cada time possui 4 jogadores, nº 1 de nº 2 são atacantes, nº 3 é meio de campo e o nº 4 defesa.

O jogo dura um pouco menos de 1 hora e é dividido em chukkas, que duram 7,5 minutos cada. Dependendo do nível jogo, pode ser ter de 4 a 6 chukkas. Os cavalos devem ser trocados a cada chukka e só podem ser utilizados 2 vezes na mesma partida.

As provas nestes esporte, são divididas em diversas categorias. Nas categorias de iniciantes o percurso têm em média entre 20 e 30 km, evoluindo para categorias mais avançadas onde os percursos podem chegar a 160 km. Na velocidade ideal, o concorrente deve percorrer a trilha em um tempo pré-estabelecido, com a trilha demarcada por faixas e sinais, ou desenhada e distribuída aos concorrentes. A velocidade livre é como uma corrida de longa distância. O cavalo será eliminado durante a prova se sua condição física for julgada insatisfatória num dos controles veterinários que existem ao longo do trajeto.

Campo: Um campo de Polo mede aproximadamente 275 m de comprimento por 140 m de largura, devendo ainda possuir uma zona de segurança (um terreno livre fora das limitações do campo) .

O gol terá 7,30m de largura com duas balizas laterais, podendo a bola entrar a qualquer altura.

Jogadores:

Os times são compostos por 4 jogadores, de cada lado.
O jogador com a camisa nº 4 joga de beque, o jogador com a camisa nº 3 joga armando juntamente com o jogador com a camisa de nº 2, o jogador com a camisa nº 1 joga de atacante.

Arbitragem: Os jogos são controlados por 2 juízes montados à cavalo e 1 árbitro, que permanece fora do campo, para ser consultado caso ocorra um desacordo entre os juízes.

Duração das Partidas: A duração máxima de uma partida é de 8 períodos de 7 min cada, com intervalos entre eles de 3min.

Vencedor da Partida: O time que tiver marcado mais gols.

Handicap: Handicap é o valor dado a cada jogador , tendo como base o desempenho e vitórias durante o ano. O valor do handicap varia de 0 a 10.

Tipos de Partidas

As partidas podem ser disputadas de 2 maneiras: aberto ou handicap. No aberto os dois times iniciam a partida com 0 gol e a partida transcorre normalmente.
No handicap são somados os handicaps dos jogadores de cada time e o time “inferiorizado” inicia a partida com a diferença de handicap convertida em gols.

Regras básicas, fundamentos

As evidencias históricas apontam que a origem do polo é se deu no continente asiático.

Com o tempo o polo teria sido introduzido no Egito, Grécia e Índia pelos persas. Os campos de polo tinham 500 metros de extensão, as traves eram feitas de pedras e a bola de ossos.

Os primeiros ocidentais a jogar polo foram os ingleses, que aprenderam a jogar na Índia.

Em 1859 foi criado o 1º Clube de Polo, The Retreat at Silchar, formado pelo capitão Robert Stewart, conhecido como o pai do polo moderno.

Por volta de 1870 o polo já era muito praticado na Índia britânica, para o qual utilizavam pequenos pôneis que não mediam mais do que 1,27m. A notícia não demorou a chegar a Inglaterra e os oficiais britânicos começaram a praticar a modalidade, apelidando-a de hóquei a cavalo.

Em 1873 tem lugar o primeiro jogo de polo oficial na Inglaterra, tendo sido criado também nesta altura o primeiro clube de polo, o Hurlingham. Foi neste clube que se estabeleceu o Regulamento Mundial de Polo.

A modalidade foi tornando-se cada vez mais popular ao redor do planeta, principalmente na Argentina, onde conquistou muitos adeptos devido às condições topográficas e climatéricas para a sua prática. É neste país que se produzem os melhores cavalos para este esporte e onde encontram-se os melhores jogadores do mundo.

Atualmente o polo é praticado com regularidade em mais de 50 países, tais como Argentina, Estados Unidos, México, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Chile, Brasil, Irlanda (Portugal) entre outros.Com a revolução de 32 o número de participantes do polo caiu e só retornou em 70,o governo ajudou com a importação de cavalos qualificados.

Regras básicas e fundamentos do polo:

O principal objetivo do polo é conseguir marcar o maior número de gols em comparação ao seu adversário, acertando uma bola de 8 centímetros de diâmetro com um taco de 3 metros de comprimento, e fazendo-a entrar numa baliza com 7,3 metros de largura.

As medidas de um campo de polo são de 275x180m, e os cavalos utilizados caracterizam-se por ter uma altura que varia entre 1,52 metros e 1,60 metros. A bola para jogar polo é branca e feita de madeira ou plástico. O taco é de cana de bambu.

O jogo é disputado por duas equipes com 4 elementos cada. Estes elementos encontram-se numerados de acordo com as posições que ocupam no campo de jogo, sendo o nº1 e nº2 atacantes, o nº3 meio de campo e o nº4 defensor.

Um jogo de polo dura pouco menos de uma hora, e é dividido por períodos chamados chukkas. Conforme o nível de jogo, podem variar de 4 a 6 chukkas por partida. Cada chukka tem duração de 7,5 minutos e é feito um intervalo de 3 minutos entre os chukkas. Na metade da partida é feita uma pausa de 5 minutos.

Os cavalos devem ser trocados a cada chukka e só podem ser utilizados 2 vezes no mesmo jogo, podendo ser eliminados durante a partida se a sua condição física for julgada insatisfatória num dos controles veterinários que ocorrem durante a prova.

Os jogos são controlados por dois juízes montados a cavalo e um árbitro que permanece fora do campo, que é consultado pelos anteriores em caso de dúvida.

Os jogadores são avaliados e classificados por handicaps numa escala de -2 a 10, sendo -2 um iniciante e 10 um jogador perfeito. Jogadores com handicap igual ou superior a 2 são considerados profissionais. Esta avaliação não é atribuída de jogo para jogo, mas sim no final de cada época.

O polo tem uma particularidade que o diferencia dos outros esportes, que consiste no fato de as equipes terem de mudar de campo, e consequentemente de baliza, a cada gol que marcam. Isto acontece para que nenhuma das equipes seja beneficiada do estado do campo e das condições atmosféricas.

Esta modalidade é regida internacionalmente pela Federação Internacional de Polo, e representada no Brasil pela Confederação Brasileira de Polo.

Fonte: www.decavalaria.com/veja.abril.com.br/www.polobrasil.com.br

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