Solo

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O desenvolvimento Tecnológico da civilização moderna tem produzido uma série de substâncias que contaminam a atmosfera, o solo, os rios e os mares, poluindo cada vez mais o ambiente em que vivemos. Os ecologistas acreditam que a poluição seja o mais importante problema atual da humanidade.

O solo, como recurso natural básico, disponibiliza múltiplas funções ou serviços aos seres vivos em geral e ao Homem em particular, constituindo:

Componente fundamental dos ecossistemas e dos ciclos naturais

Reservatório de água

Suporte essencial do sistema agrícola

Espaço para as atividades humanas e para os resíduos produzidos

Para que o solo mantenha as múltiplas capacidades de suporte dos sistemas naturais e agrícolas, é fundamental que as suas características estruturais permaneçam em equilíbrio com os diversos sistemas ecológicos. Este condicionamento é tanto mais determinante quanto o tipo de solo é frágil e pouco estável.

A preocupação com os processos de degradação do solo vem sendo crescente, à medida que se verifica que, para além da clássica desertificação por secura, outros processos conducentes aos mesmos resultados se têm instalado, devidos a:

Utilização de tecnologias desadequadas em culturas de sequeiro

Falta de práticas de conservação de água no solo

Destruição da cobertura vegetal

Em Portugal, estas situações têm fortes repercussões negativas em termos globais, dadas as características dos solos. A degradação do solo traduz-se, na prática, pelo seu esgotamento e pelo desaparecimento dos horizontes superficiais (camada arável), por vezes até à situação de rocha nua, sendo causa direta da desertificação, ou seja, degeneração dos ecossistemas produtivos. Este processo resulta maioritariamente da maior ou menor agressividade do clima e da atividade do Homem.

As consequências visíveis deste processo são, de imediato, a transformação da paisagem e alteração do regime hidrólogo, com as consequentes carências hídricas e irregularidades nos regimes pluviofluviais, que, tornando-se torrenciais, causam a destruição dos solos.

Contaminação de Solos

Um dos principais fenômenos de degradação dos solos é a contaminação, nomeadamente por:

Resíduos sólidos e líquidos provenientes de aglomerados urbanos, na medida em que a maioria são ainda depositados no solo sem qualquer controle, levando a que os lixiviados produzidos e não recolhidos para posterior tratamento, contaminem facilmente solos e águas, e por outro lado, o metano produzido pela degradação anaeróbia da fração orgânica dos resíduos, pode acumular-se em bolsas, no solo, criando riscos de explosão;

Águas contaminadas, efluentes sólidos e líquidos lançados diretamente sobre os solos e/ou deposição de partículas sólidas, cujas descargas, continuam a ser maioritariamente não controladas, provenientes da indústria, de onde se pode destacar a indústria química, destilarias e lagares, indústria de celulose, indústria de curtumes, indústria cimenteira, centrais termoeléctricas e atividades mineira e siderúrgica, assim como aquelas cujas atividades industriais constituem maiores riscos de poluição para o solo;

Efluentes provenientes de atividades agrícolas, de onde se destacam aquelas que apresentam um elevado risco de poluição, como sendo, as agropecuárias intensivas (suiniculturas), com taxa bastante baixa de tratamento de efluentes, cujo efeito no solo depende do tipo deste, da concentração dos efluentes e do modo de dispersão, os sistemas agrícolas intensivos que têm grandes contributos de pesticidas e adubos, podendo provocar a acidez dos solos, que por sua vez facilita a mobilidade dos metais pesados, e os sistemas de rega, por incorreta implantação e uso, podem originar a salinização do solo e/ou a toxicidade das plantas com excesso de nutrientes;

O processo de contaminação, pode então definir-se como a adição no solo de compostos, que qualilativa e/ou quantitativamente podem modificar as suas características naturais e utilizações, produzindo então efeitos negativos, constituindo poluição.

Estando a contaminação do solo diretamente relacionado com os efluentes líquidos e sólidos neste lançados e com a deposição de partículas sólidas (lixeiras), independentemente da sua origem, salienta-se a imediata necessidade de controlo destes poluentes, preservando e conservando a integridade natural dos meios receptores, como sendo os recursos hídricos, solos e atmosfera.

Justamente quando a população e a pobreza do mundo estão aumentando, a destruição de nossos preciosos recursos naturais também está cada vez maior.

Há vários fatores que se relacionam e fazem com que a terra se torne menos produtiva.

O solo leva milhares de anos para se formar, mas ele pode ser destruído de maneira extremamente rápida pelas atividades descuidadas ou inadequadas das pessoas.

As más práticas de utilização da terra causam a perda do solo arável, a qual inicia uma reação em cadeia de eventos não apenas na região diretamente afetada pela erosão do solo.

Camadas do solo

O solo possui várias camadas. No entanto, é a camada fina superior, o solo arável, que é a parte fértil de onde as plantações e as raízes das árvores obtêm nutrientes. A erosão remove a camada arável, deixando o subsolo duro e infértil, o qual possui pouca utilidade para as plantações.

É possível ver estas camadas quando se abre um buraco na terra para se construir os alicerces de um prédio, ou quando uma nova estrada é construída passando pelo lado de uma colina.

Erosão do solo

Esta ocorre quando a cobertura do solo é removida, expondo-o aos efeitos do vento e da chuva. Durante a chuva forte, o solo é carregado pela água para os rios, lagos e mares. Ele não somente fica perdido para o fazendeiro, mas também obstrui com lodo as fontes de água e as praias, afetando a pesca.

A pastagem excessiva

Esta ocorre quando um número excessivo de animais pasta no mesmo pedaço de terra. A não ser que haja um controle, os animais que pastam comem a grama (relva) e outras plantas até as raízes, deixando o solo exposto à erosão. As plantas que são boas como alimento para os animais e conseguem segurar o solo podem desaparecer e serem substituídas por plantas que possuem pouca utilidade tanto para a pastagem, quanto para a proteção do solo.

Desmatamento

As árvores protegem o solo da erosão. Quando estas são derrubadas, o solo produtivo em que elas cresciam pode ser carregado pela água rapidamente.

Derrubada (Derrube)

Por todo o mundo, as empresas madeireiras, os proprietários de terras e os governos estão derrubando florestas para obter lucro com a madeira. Às vezes, são replantadas árvores na terra, mas geralmente isto não ocorre. As florestas do mundo estão desaparecendo 30 vezes mais rápido do que estão sendo replantadas.

Inundações

Se as florestas e a vegetação de cobertura são removidas, quando as chuvas fortes chegam, estas não penetram mais na terra. Ao invés disso, correm pelas encostas das colinas. Os rios transbordam, inundando povoados e cidades no caminho.

Utilize a terra de maneira sábia!

Faça um aterro de contorno ou barreiras para proteger o solo contra a erosão

Are e plante ao longo das linhas do contorno

Proteja o solo mantendo-o coberto com as plantações apropriadas

Plante árvores nas terras em declive e ao redor das hortas

Controle os animais

Coloque materiais orgânicos, composto, estrume e resíduo de safras no solo.

O solo é a camada superficial constituída de partículas minerais e orgânicas, distribuídas em horizontes de profundidade variável, resultante da ação conjunta de agentes intempéricos sobre as rochas e a adaptação destas às condições de equilíbrio do meio em que se encontram expostas, geralmente diferentes daquele que condicionou sua gênese apresentando variabilidade espacial. No caso de solos aluviais, essa variabilidade torna-se mais intensa, por serem formados por partículas de diversas gêneses sedimentadas aleatoriamente ao longo da superfície de uma determinada área.

Na natureza, além dos processos de formação dos solos, existem outros, principalmente derivados da ação dos agentes erosivos, que atuam em sentido contrário. Normalmente, produz-se uma harmonia entre a ação de uns e de outros, estabelecendo-se um equilíbrio entre os mecanismos de “desgaste” e de “formação” do solo. Nos ambientes semi-áridos e tropicais, este equilíbrio é muito frágil e fácil de se romper, na maioria das vezes em prejuízo do solo. É na zona semi-árida, onde se cultiva a maior área com algodão irrigado no Brasil e quando o homem interfere de forma decisiva, sobre este equilíbrio, pode desnivelá-lo a favor dos mecanismos de desgaste.

Os principais constituintes do solo são:

Textura

A textura do solo refere-se à proporção relativa em que se encontram, em determinada massa de solo, os diferentes tamanhos de partículas. Refere-se, especificamente, às proporções relativas das partículas ou frações de areia, silte e argila na terra fina seca ao ar (TFSA). É a propriedade física do solo que menos sofre alteração ao longo do tempo. É muito importante na irrigação porque tem influência direta na taxa de infiltração de água, na aeração, na capacidade de retenção de água, na nutrição, como também na aderência ou força de coesão nas partículas do solo. Os teores de areia, silte e argila no solo influem diretamente no ponto de aderência aos implementos de preparo do solo e plantio, facilitando ou dificultando o trabalho das máquinas. Influi também, na escolha do método de irrigação a ser utilizado.

Para simplificar as análises, principalmente quanto às práticas de manejo, os solos são agrupados em três classes de textura:

Solos de Textura Arenosa (Solos Leves)

Possuem teores de areia superiores a 70% e o de argila inferior a 15%; são permeáveis, leves, de baixa capacidade de retenção de água e de baixo teor de matéria orgânica. Altamente susceptíveis à erosão, necessitando de cuidados especiais na reposição de matéria orgânica, no preparo do solo e nas práticas conservacionistas. São limitantes ao método de irrigação por sulcos, devido à baixa capacidade de retenção de água, o que ocasiona uma alta taxa de infiltração de água no solo e, consequentemente, elevadas perdas por percolação.

Solos de Textura Média (Solos Médios)

São solos que apresentam certo equilíbrio entre os teores de areia, silte e argila. Normalmente, apresentam boa drenagem, boa capacidade de retenção de água e índice médio de erodibilidade. Portanto, não necessitam de cuidados especiais, adequando-se a todos os métodos de irrigação.

Solos de Textura Argilosa (Solos Pesados)

São solos com teores de argila superiores a 35%. Possuem baixa permeabilidade e alta capacidade de retenção de água. Esses solos apresentam maior força de coesão entre as partículas, o que além de dificultar a penetração, facilita a aderência do solo aos implementos, dificultando os trabalhos de mecanização. Embora sejam mais resistentes à erosão, são altamente susceptíveis à compactação, o que merece cuidados especiais no seu preparo, principalmente no que diz respeito ao teor de umidade, no qual o solo deve estar com consistência friável. Apresentam restrições para o uso da irrigação por aspersão quando a velocidade de infiltração básica for muito baixa.

Estrutura do Solo

A estrutura do solo consiste na disposição geométrica das partículas primárias e secundárias; as primárias são isoladas e as secundárias são um conjunto de primárias que se unem através de agentes cimentantes originando agregados, os quais associados formam torrões. O ferro, a sílica e a matéria orgânica são os principais agentes cimentantes. A textura e a estrutura do solo influenciam na quantidade de ar e de água que as plantas em crescimento podem obter.

Porosidade do Solo

É constituída pelo espaço poroso, após o arranjo dos componentes da parte sólida do solo e que, em condições naturais, é ocupada por água e ar. As areias retêm pouca água, porque seu grande espaço poroso permite a drenagem livre da água dos solos. As argilas adsorvem relativamente grandes quantidades de água e seus menores espaços porosos a retêm contra as forças de gravidade. Apesar dos solos argilosos possuírem maior capacidade de retenção de água que os solos arenosos, esta umidade não está totalmente disponível para as plantas em crescimento. Os solos argilosos e aqueles com alto teor de matéria orgânica retêm mais fortemente a água que os solos arenosos. Isto significa mais água não disponível.

Muitos solos do Brasil e da região tropical, apesar de terem altos teores de argila, comportam-se, em termos de retenção de água, como solos arenosos. São solos com argilas de baixa atividade (caulinita e sesquióxidos), em geral altamente porosos. Muitos Latossolos sob cerrado apresentam esta característica.

Capacidade de uso

A capacidade de uso do solo pode ser expressa como sua adaptabilidade para fins diversos, sem que sofra depauperamento pelos fatores de desgaste e empobrecimento, através de cultivos anuais, perenes, pastagem, reflorestamento e vida silvestre. Com respeito à avaliação de terras para desenvolvimento agrícola, existem inúmeros sistemas de classificação, em que diversas modalidades de interpretação podem ser realizadas em função do seu objetivo. Assim sendo o uso mais conveniente que se deve dar ao solo depende da localização, do tamanho da propriedade, da quantidade da terra para outros fins, da disponibilidade e localização de água, da habilidade do proprietário e dos recursos disponíveis. No caso específico do algodoeiro irrigado, para alcançar altos rendimentos de algodão e fibra de boa qualidade, seu cultivo deve ser em solos que apresentem características físicas, químicas e de fertilidade adequadas. Os solos rasos, com afloramento de rochas, salinos, excessivamente arenosos e/ou pedregosos, demasiadamente argilosos e/ou siltosos e de baixa permeabilidade, devem ser evitados por suas características de difícil correção.

Um fator adverso para a capacidade de uso do solo é a erosão, pois destrói o maior patrimônio do homem, que é o solo, provocando problemas de natureza:

Física

Destrói a estrutura do solo (quebra o esqueleto) dificultando a movimentação do complexo ar-água-nutrientes e prejudicando o crescimento de raízes e vida do solo.

Química

Provoca a perda da fertilidade natural, a diminuição do teor de matéria orgânica e a falta de nutrientes.

Biológica

Resulta em alteração da vida do solo, má formação das raízes e poluição da água, prejudicando os seres aquáticos.

Econômica

Provoca a perda do solo, arrastando calcário, adubo e semente, aumentando o custo de produção e diminuindo os rendimentos do produtor.

Social

É fator favorável ao êxodo rural pois, diante dos baixos rendimentos, o agricultor busca nas cidades a realização do sonho de uma vida melhor.

Fonte: www.geocities.com/sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br

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