Costa Leste-Oeste

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No ano de 1535 o Rei Dom João III concedeu para Fernão Alvares de Andradae, o mais poderoso e importante dos agraciados com terras no Brasil que era fidalgo descendente dos Condes de Andrade, Tesoureiro Mor de Portugal e membro atuante do Conselho Real e o principal conselheiro do rei – João de Barros que era Feitor da Casa da Índia, Tesoureiro das Casas das Índias e de Ceuta. –

Aires da Cunha navegador e militar experiente afeito às agruras da vida no mar e `a conquista em terras estrangeiras.

Sendo o Rei Dom João III consciente da importância das dimensões e dos vultuosos investimentos a ser movimentado por aquele projeto colonial, tratou de conceder aos donatários associados vantagens adicionais, além daquelas que já lhes tinham sido asseguradas pelos respectivos florais e no processo de partilha do Brasil.

Costa Leste-Oeste
A esses três homens coubera quase todo o vasto territorio que se prolongava desde a Baia da Tradição na Paraíba até a Ilha de Marajó no Pará

Os três lotes concedidos aos donatários associados perfaziam 225 léguas de costa que abrangia todo o litoral setentrional do Brasil, embora a extensão das terras fossem enormes, havia um grave problema logístico, pois aquelas capitanias ficavam no trecho chamado de Costa Leste-Oeste uma porção menos conhecida do litoral brasileiro e a que apresentava as maiores dificuldades náuticas para os homens dispostos a percorrê-la nos tempo da navegação a vela.

Os donatários já sabiam disto, mas sabiam também que a partir de seus lotes, seria possível tentar a conquista do Peru .

O donatário Fernão alvares de Andrade, embora fosse muito rico, não se lançou sozinho em suas aventuras brasileira, ele decidiu se associar com João de Barros que havia sido agraciado com duas donatárias em parceria com Aires da Cunha, sendo que um dos seus lotes tinha 50 léguas de extensão que iniciava-se no extremo norte da colônia no chamado Cabo de Todos os Santos e ao sul era estabelecido pela foz do Rio Gurupi na chamada Abra de Diogo Leite e o outro lote mais tarde conhecido como Capitania do Rio Grande que ficava bem mais ao sul e tinha 100 léguas de larguras que começava na ponta de Mucuripe e ia até a Baia da Tradição na Paraíba e entre os lotes de João de Barros e Aires da Cunha existiam duas outras capitanias, uma que mais tarde passou a se chamar de Maranhão que fora entregue a Fernão Alvares com 75 léguas de costa que principiava na foz do Rio Grande e ia até a foz do Rio Paraíba, e em Novembro de 1535, com Aires da Cunha no comando da expedição, pois Fernão Alvares de Andrade e João de Barros haviam permanecido na corte, onde alias os seus serviços eram indispensáveis ao bom funcionamento dos negócios ultramarinos, e que na oportunidade João de Barros foi representado pelos seus filhos Jeronimo e João, e no dia 6 de Janeiro de 1536 a grande esquadra deu entrada no Porto de Pernambuco, onde o donatário Duarte Coelho e os seus colonos que o acompanhavam na dura rotina dos trabalhos de construção da Vila de Olinda e com a chegada da esquadra que era composta por dez embarcações e armada pelos três donatários coligado, se deu o reencontro de Duarte Coelho e Aires da Cunha, velhos conhecidos de outras jornadas, pois juntos eles já tinham combatidos em Malacá e compartilhados a chefia da esquadra dos Açores, e quando Duarte Coelho tomou conhecimento dos planos de seu antigo companheiro de armas, forneceu-lhe alguns mapas, quatro interpretes e uma fusta, e na Segunda quinzena de Janeiro a armada de Aires da Cunha partiu de Pernambuco em direção ao nordeste e depois de navegar ao longo da costa, a frota de Aires da Cunha cruzou pela ampla foz do Rio Potengi, que apesar de ser aquele local um ponto estratégico e ficar dentro dos limites das donatárias que ele compartilhava com João de Barros, Aires da Cunha inexplicavelmente não fez escala ali, indo desembarcar na tortuosa foz do Rio Baquipe onde foram rechaçados pelos índios Potiguar que nesta época estavam unidos com os franceses, por este motivo Aires da Cunha zarpou com sua frota para as terras de Fernão Alvares de Andrade.

Costa Leste-Oeste

Acompanhando a linha da Costa até dobrarem o Cabo de São Roque onde entraram na traiçoeira Costa Leste-Oeste onde as correntes corriam paralelamente à costa conduzindo os navios em direção ao Caribe, por este motivo a frota foi levada bem mais à oeste na zona dos chamados Lençóis Maranhenses e foi justamente ai que a frota de Aires da Cunha perdeu o auxilio inestimável da fusta que a acompanhava, que fora empurrada por ventos contrários, com isto essa pequena embarcação sumiu e se desgarrou da armada.

Sem o insubstituível apoio do barco de reconhecimento a tragédia logo se abateu sobre a frota de Aires da Cunha, pois a naú capitaneia foi tragada pelos Corais do Parcel de Manoel Luiz, porém os navios da frota chegaram até a uma ilha junto ao Rio Maranhão onde ao desembarcarem foram bem recebidos pela gente que ali viviam, a ilha foi batizada como Ilha da Trindade e nela ergueram uma povoação e edificaram uma fortaleza que recebeu o nome de Nazaré, porém o desanimo e a anarquia se abaterá sobre os sobreviventes e os nativos indígenas Tremembé que a principio tinham recebido bem os forasteiros, se rebelaram queimando as plantações e sitiando a Vila de Nazaré e ao longo de dois anos, isolados no remoto litoral maranhense os sobreviventes ainda perseveraram mas sem a energia e o comando de Aires da Cunha e sem deparar com o ouro nem preciosidade e cercados pela indiaria eles decidiram renunciar aos sonhos de grandezas, e aos poucos foram iniciando a melancólica jornada de retorno para Portugal.

Devido as grandes despesas ocorridas, as mesmas deixaram João de Barros arruinado, no entanto ele não desistiu de imediato do Brasil, pois em 1539 ele enviou o fidalgo Luiz de Melo para instalar-se no Maranhão, mas sua sorte foi, uma vez mais desastrosa e fugidia, pois Luiz de Melo também veio a naufragar nos tenebrosos baixios da costa maranhense e em três anos após a este novo fracasso os portugueses tiveram que amargar uma outra vitoria dos castelhanos, pois Francisco de Orelhana partindo de Quito no Equador em Junho de 1541 em companhia do frei dominicano Gaspar de Carvayal havia chegado em 26 de Agosto de 1542 nas águas do Atlântico, e se tornando como o primeiro homem a ter navegado da nascente à foz do maior rio do mundo o qual ele batizou com o seu próprio nome, porém ele ficaria conhecido como o Rio das Amazonas.

João de Barbos em cujas capitanias se localizavam a foz do Amazonas, ainda levaria alguns anos para desistir da conquista da região embora financeiramente arruinado pelos fracassos de suas expedições anteriores, João de Barbos tornou a enviar Jeronimo e João seus dois filhos, para novas tentativas de instalar-se na Costa Leste-Oeste com a expedição partindo de Lisboa em 1556, mas ao tentar fundar uma colônia na donatária os dois irmãos foram novamente rechaçados pelos índios Potiguar e por seus aliados franceses.

Velho, empobrecido e fatigado João de Barros desistiu definitivamente de seu lote no Brasil, e ao contrario de João de Barbos o Tesoureiro-mor Fernão Alvares de Andrade, que também perdera muito dinheiro na tentativa de ocupar o Maranhão, se manteve como um dos principais incentivadores do projeto de investir no Brasil, e o Provedor-mor da Fazenda Antônio Cardoso de Barbos que era subalterno direto de Fernão Alvares e de Antônio de Ataíde em 20 de Novembro de 1535 recebeu a Capitania do Ceará com 40 léguas de largura que ia da foz do Rio Paraíba à ponta de Mucuripe e que ficava entre as possessões de Fernão Alvares e às de Aires da Cunha e de João de Barros, e que por qualquer motivo não se associou ao projeto no qual os três donatários associados lançaram-se conjuntamente e também nunca empreendeu a colonização de seu lote e no inicio do século XVII os portugueses já haviam desistido do glorioso projeto de conquistar o Peru pela via do Atlântico, porém a Capitania de Pernambuco a do primeiro donatário Duarte Coelho que possuía uma extraordinária folha de serviços prestados a coroa nos mares e campos de batalhas do Oriente, filho bastardo de Gonçalo Coelho e que apesar de ser militar provinha da nobreza agraria de Portugal e o mesmo sucedia com sua mulher Dona Brites de Albuquerque, a qual viria a ser a primeira mulher chefe de governo na América, portanto ambos eram descendentes de senhores rurais do norte de Portugal.

No dia 10 de Março de 1534 Duarte Coelho se tornou o primeiro donatário a receber uma capitania no Brasil e de ter recebido o melhor lote da colônia, em uma zona que, alem de possuir as terras mais férteis e mais apropriadas à lavoura canavieira e ficava mais próximo de Portugal do que qualquer outra porção da costa brasileira e tinha 60 léguas de largura estendendo-se desde o Rio Iguaracu na ponta sul da Ilha de Itamaracá até a foz do Rio São Francisco, e que no final de Outubro de 1534 partiu de Portugal com duas caravelas para Pernambuco tendo como acompanhante diversos lavradores pobres do norte de Portugal das províncias de Entredouro e Ninho, e de vários fidalgos que entre eles se encontravam Jeronimo de Albuquerque e Vasco Fernandes de Lucena que se destacaram pelos seus decisivos serviços desenvolvido na colonização de Pernambuco e no dia de 9 de Março de 1535 a frota comandada por Duarte Coelho chegou ao seu destino contornando a Ilha de Itamaracá pelo canal sul e segui em direção a foz do Rio Iguaraçu até ancorar em frente a velha feitoria que Cristóvão Jacques havia transferido do Rio de Janeiro em 1516 para a Ilha de Itamaracá, a sua capitania estabelecia limites com a de Pero Lopes e delimitava os antigos territórios tribais dos Caetês que eram aliados dos franceses e dos Tabajaras eventuais aliados dos portugueses, ali o donatário Duarte Coelho se estabeleceu.

Em 27 de Setembro de 1535 fundou a Vila de Cosme e Damião, cuja designação se manteve por muito tempo, pois o estabelecimento continuou sendo chamado de Iguaracu

E após estabelecer a vila o donatário tratou de fincar um marco de pedra para demarcar o limite de sua capitania com a de Pero Lopes a nordeste de Iguaraçu onde foi erguido um povoado que ficou conhecido como Sitio dos Marcos.

Os primeiros momentos de Duarte Coelho na Ilha de Itamaracá, foram muito difícil; a começar pelo fato de seu Lugar-tenente Francisco de Braga que havia vivido na Ilha de Itamaracá e que falava bem a língua Tupi, e como Duarte Coelho era homem de moral rígida e acostumado a mandar, logo se desentenderam e após uma calorosa discussão, Duarte Coelho mandou marcar o rosto de Francisco de Braga conforme antigo costume feudal.

E impossibilitado de enfrentar um nobre fidalgo, Francisco de Braga preferiu abandonar a Ilha de Itamaracá partindo para o Caribe carregando tudo o que podia levar, por isto durante os quatro anos seguintes, a Ilha de Itamaracá ficou praticamente abandonada, tornando-se um valhacouto ou refugio de delinqüentes e degredados que escapavam das duras punições impostas pelo donatário de Pernambuco e após a fundação da Vila Cosme Damiao, Duarte Coelho organizou uma expedição para o sul da capitania que ao vislumbrar uma verdejante colina bem protegida por barreiras de recifes e que era ocupada por uma aldeia de seus inimigos Caetês, e por este motivo foram duramente atacados pelos homens de Duarte Coelho e que após vários dias de violentos combates acabaram desalojando os nativos Caetês, com isto foi dado inicio a fundação da vila que estava destinada a se tornar sede da Capitania de Pernambuco e no ano de 1536 Duarte Coelho deixou alguns colonos em Iguaraçu sob o comando do Lugar-tenente Afonso Gonçalves e se transferiu para a colônia em frente ao porto de Pernambuco e começou a erguer ali a vila que foi batizada com o nome de Olinda, em seu lote que ele havia batizado de Nova Lusitânia e que sonhava em transformar o Brasil em um novo Portugal que para isto ele deu inicio ao pleno estabelecimento da vida conversável e civilizada em Pernambuco, estimulando a miscigenação entre seus colonos e as mulheres indígenas.

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E no ano de 1540 com Duarte Coelho já tendo estabelecido as Vilas de Iguaraçu e Olinda e mais três vilarejos, ele empreendeu uma viagem a Portugal em busca de financiamento para construir.

Alguns engenhos de açúcar em sua capitania, e nos primeiros meses de 1542 já estava em construção o primeiro dos cinco engenhos que o donatário ergueu nas cercanias de Olinda que eram do tipo trapiche movido por animal, que produziam cerca de mil arrobas anuais de açúcar e cujos investimentos incluíram a captura de escravos nativos, contratação de mãos de obras especializada de calafates, tanoeiros, carpinteiros, capatazes e feitores, e um engenho de porte médio e para sua produção era necessário vinte homens brancos.

O estabelecimento pioneiro ficava as margens do Rio Beberibe e pertencia a Jeronimo de Albuquerque e outros quatros engenhos pertenceram ao próprio donatário Duarte Coelho, outro era propriedade do Feitor e Almoxarife da Fazenda Real Vasco de Lucena, um outro de Afonso Gonçalves que era Lugar-tenente de Iguaraçu e o engenho de nome Santiago de Camaragibe que era de propriedade de um cristão novo Diogo Fernandes.

Duarte Coelho quando retornou de Portugal trouxe consigo os mais conceituados especialistas em cozer, secar e armazenar açúcar, os quais eram judeus que tinham largas experiências nos canaviais das Ilhas das Madeira e das Canárias, para onde haviam se transferido para escapar da fúria persecutória que grassava na península ibérica.

As mudas de cana de açúcar foram trazidas por Duarte Coelho das Ilhas do Atlântico, pois já estavam bem adaptadas aos trópicos, assim sendo quando plantadas no fértil solo de Pernambuco – o massapé que era uma espécie de argila cuja cor varia entre o roxo e o vermelho, elas se desenvolveram extraordinariamente a qual se somava a um regime de chuvas abundantes regulares e com temperaturas altas e uniforme.

A Capitania de Pernambuco com isto estava destinada a se tornar o primeiro grande centro produtor de açúcar no Brasil e a única capitania bem sucedida das doze que o Rei Dom João III estabelecera na colônia, e no dia 27 de Abril de 1542 o donatário Duarte Coelho enviou uma carta para o Rei Dom João III traçando o quadro que havia ocorrido em Pernambuco entre o período de sua chegada até a data de sua carta, revelando não só as dificuldades vividas em sua capitania como o profundo desprezo que o monarca alimentava pelo Brasil, pois embora que Duarte Coelho soubesse que o açúcar era uma fonte de renda segura para o futuro da colônia, ele desconfiava que o Rei Dom João III continuava mais interessado em metais preciosos do que em produtos agrícolas.

E no dia 28 de Janeiro de 1548 chegou em Olinda vindo de Lisboa uma naú com um aventureiro chamado Hans Stander que estava encarregado de conduzir para o Brasil uma nova leva de degredados para a colônia de Duarte Coelho, que devido aos assaltos praticados pelos selvagens, pediu ajuda a Hans Stander para socorrer os colonos de Iguaraçu, porque os moradores de Olinda não podiam ir em auxilio, pois temiam que os índios os atacasse a vila por eles habitadas; quando Hans Stander chegou a Iguaraçu encontrou os portugueses que ali viviam, sitiados e separados apenas por uma paliçada de toras dos indígenas; a situação encontrada era dramática, pois o cerco já perdurava quase um mês, porém devido a reação imposta por Hans Stander os selvagens perceberam que não podiam fazer nada, pediram trégua e retiraram-se; o navio de Hans Stander então retornou para Olinda e partiu para Lisboa levando uma nova carta de Duarte Coelho para o Rei Dom João III.

Após passarem sete anos anos, sem que o monarca respondesse os apelos de Duarte Coelho, ele se dispois em ir ao reino, para conversar pessoalmente com o rei, então em Julho de 1553 o donatário de Pernambuco partiu para Portugal levando seus dois filhos Duarte e Jeronimo que iriam estudar em Lisboa, deixando o governo da capitania entregue a Dona Brites de Albuquerque, e devido a recepção recebida no reino por parte de Dom João III, Duarte Coelho se recolheu em sua residência e poucos dias depois morreu de desgosto, apesar de ser o único dos doze capitães do Brasil que fora capaz de desenvolver sua donatária.

Com 30 léguas de largura, a Capitania de Itamaracá era uma das menores do Brasil, ela se iniciava na Baia da Tradição e se prolongava até a ponta sul da Ilha de Itamaracá ao norte de Olinda, o lote fora doado a Pero Lopes em 1 de Setembro de 1534que estava disposto a fazer carreira no Oriente, onde veio a falecer, por isto jamais tomou qualquer atitude em prol das possessões que recebeu no Brasil, e pós a sua morte ocorrida em 1541 a sua viuva Dona Isabel de Gambá remeteu o seu Lugar-tenente João Gonçalves para ocupar a ilha que estava abandonada desde que Francisco de Braga fugira para o Caribe em fins de 1535 após se desaver com Duarte Coelho no início de 1542.

João Gonçalves chefiando uma frota com quatro embarcações partiu de Lisboa rumo ao Brasil, porém o patacho no qual ele viajava perdeu o rumo e foi empurrado em direção a Costa Leste-Oeste e, por forças das correntes foi parar no Mar do Caribe onde foi preso e que permaneceu por três anos no cárcere, e o restante da frota comandada por Pedro Vogado que havia assumido a frota chegaram ao seu destino ancorando no mesmo lugar onde os franceses haviam estabelecido um fortim, então Pedro Vogado fundou a Vila da Conceição, quando Dona Isabel de Gambá tomou conhecimento que João Gonçalves se encontrava detido no Caribe, enviou um novo Lugar-tenente para substitui-lo e assumir o lugar de Pedro Vogado, e a partir deste momento sob o governo do novo Lugar-tenente a anarquia instalou-se na Capitania de Itamaracá, pois devido as atitudes do Governador de Pernambuco Duarte Coelho, vários colonos de Olinda estavam rompidos com ele, e para escapar das punições, os dissidentes buscavam refugio em Itamaracá, com isto agravava ainda mais a situação na ilha, que começou a ser freqüentada por traficantes portugueses de pau-brasil que após conquistarem o apoio dos indígenas, dedicavam-se à exploração ilegal da árvore que era monopólio da coroa portuguesa.

Quando João Gonçalves foi liberado de seu cativeiro no Caribe e enfim aportou em Itamaracá em 1545 a situação estava de tal forma conflagrada que ele pouco pode fazer para restabelecer a ordem na ilha, onde a anarquia trouxe serias conseqüências para a Capitania de Pernambuco, principalmente a Vila de Iguaraçu, que muito embora o seu Lugar-tenente Afonso Gonçalves, tivesse, ao longo de uma década, se esforçado para viver em paz com os Tabajaras, e com os Caetê que nesta época estavam insuflados pelos traficantes de pau-brasil e aliados aos franceses e a dissidentes Tabajaras atacaram a vila em fins de 1546, quando em uma baralha o próprio Lugar-tenente Afonso Gonçalves veio encontrar a morte em combate, e naquela altura Duarte Coelho não podia socorrer Iguaracu devido ao sitio imposto pelos nativos e pelos franceses em Olinda, que acabou sendo salva graças ao Cobrador de Impostos Reais Vasco Fernandes de Lucena, que vivia em Pernambuco com uma das filhas de um líder Tabajara que o socorreu.

Fonte: www.geocities.com

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