Nossa Senhora do Caravaggio

26 de Maio

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Nossa Senhora do Caravaggio
Nossa Senhora do Caravaggio

Em 1942, num cenário de desolação, Nossa Senhora apareceu diante de uma camponesa chamada Joanette Varchi, de 32 anos, que era piedosa e sofredora.

Disse-lhe que não tivesse medo e que receberia uma grande missão: divulgar a paz. A aparição ocorreu em Mazzolengo, próxima à cidade de Caravaggio, que ficava na fronteira dos estados de Milão e Veneza.

Para marcar a aparição e a sua fidelidade, a Senhora fez nascer no local uma abundante fonte e, para espanto do marido de Joanette, que ironizava a mulher pelo acontecido, jogou na fonte um ramo seco, e fez com que o ramo, ao tocar na água, imediatamente florisse, acabando também por convertê-lo. Assim foi denominada Nossa Senhora de Caravaggio.

Atualmente no estado do Rio Grande do Sul, no município de Farroupilha, concentra-se o maior santuário em homenagem a santa, que foi construído na década de 1960. Uma das maiores heranças da festa de Caravaggio é a peregrinação ao santuário, principalmente no dia 26 de maio. Observa-se o caráter essencialmente religioso das caminhadas dos fiéis, marcada pelo sentido da fé e da gratidão.

Curiosidade: O filme “Nossa Senhora de Caravaggio” está em fase de conclusão para o cinema. Os protagonistas são os atores Luciano Szafir e Cristiana Oliveira. O longa conta a história da santa e também conta com a participação do ator gaúcho Sidnei Borba, que interpretará o Padre Gusmão.

Oração a Nossa Senhora do Caravaggio

Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que jamais se tem ouvido que deixásseis de socorrer e de consolar a quem vos invocou implorando a vossa proteção e assistência; assim, pois, animado com igual confiança, como a mãe amantíssima, ó Virgem das virgens, a vós recorro; do vós me valho, gemendo sob o peso de meus pecados, humildemente me prosto a vossos pés. Não rejeiteis as minhas súplicas, ó Virgem do Caravaggio, mas dignai-me ouvi-las propícias e me alcançar à graça que vos peço. Amém.

Fonte: www2.portoalegre.rs.gov.br

Nossa Senhora do Caravaggio

26 de Maio

Em uma época marcada por divisões políticas e religiosas, a Santa aparece a uma camponesa na cidade de Caravaggio, na Itália. Uma mulher piedosa e sofredora.

Assim era descrita Joaneta, uma camponesa de 32 anos que presenciou a aparição de Nossa Senhora. Joaneta era casada com um ex-soldado, conhecido pelo mau caráter e por bater na esposa.

Por volta das 17h do dia 26 de maio de 1432, uma segunda-feira, a camponesa colhia pasto em um prado chamado Mezzolengo, distante 2 Km de Caravaggio. Maltratada e humilhada, a mulher chorava e orava ao avistar uma senhora. Em sua descrição, Joaneta disse que a senhora parecia uma rainha, porém cheia de bondade.

A visão pediu que a camponesa não tivesse medo e mandou que ela ajoelha-se para receber uma grande mensagem. Ela anunciou-se como “Nossa Senhora” e disse: “Tenho conseguido afastar do povo cristão os merecidos e iminentes castigos da Divina Justiça, e venho anunciar a Paz”.

Nossa Senhora pediu para que o povo voltasse a fazer penitência, jejuasse nas sextas-feiras e fosse orar na igreja no sábado a tarde, em agradecimento aos castigos afastados. Ela pediu ainda que lhe fosse erguida uma capela, como sinal da origem divina da aparição e das graças que ali seriam dispensadas.

Joaneta levou ao povo e aos governantes o recado da Virgem Maria e solicitou os acordos de paz. Os entornos da cidade de Caravaggio, na época, estavam marcados por ódio, heresias, bandidos, facções e crimes. Além disso, uma batalha entre a República de Veneza e o ducado de Milão assustava o país.

A camponesa apresentou-se também ao senhor de Caravaggio, Marcos Secco, ao Duque Felipi Maria Visconti, senhor de Milão e ao imperador do Oriente, de Constantinopla, João Paleólogo, com o objetivo de unir a igreja dos gregos com o Papa de Roma.

Nas visitas, Joaneta levava consigo ânforas de água da fonte Sagrada, uma nascente de água límpida e abundante que brotou de onde estavam os pés da Virgem. A água resultava em curas extraordinárias, o que provava a aparição.

Até os dias de hoje, muitos doentes vão até a fonte e recuperam sua saúde após banhar-se com a água. Com a mensagem de paz, os efeitos logo apareceram. Houve paz na pátria e na própria igreja.

A devoção a Nossa Senhora chegou ao sul do Brasil junto aos imigrantes italianos, que eram pessoas de fé e acostumados a uma vida cristã intensa. Em terras brasileiras, eles sentiram a necessidade de uma orientação espiritual.

A primeira missa foi celebrada no morro de Todos os Santos, no ano de 1878. Sem uma matriz para celebrar as missas, no dia 23 de janeiro de 1879, o fiel Antônio Franceschet teve a ideia de levantar um oratório. Um capitel de 12 m foi erguido em frente ao atual cemitério de Caravaggio, em Farroupilha.

Entre algumas sugestões de padroeiro, optou-se pela Nossa Senhora de Caravaggio, já que Natal Faoro ofereceu como empréstimo um pequeno quadro com a imagem da Santa, trazido da Itália junto de seus pertences.

A capela foi inaugurada em 1879, o ano I do início da devoção a Nossa Senhora de Caravaggio e o ano primeiro das romarias, que seriam futuramente concorridas e numerosas.

26 de Maio - Dia de Nossa Senhora do Caravaggio

Fonte: www.caravaggio.org.br

Nossa Senhora do Caravaggio

26 de Maio

Aparição de Nossa Senhora em Caravággio – Itália – 1432

Onde aconteceu: Na Itália.
Quando: Em 1432.
A quem: A Giannetta Vacchi.

Os fatos: Estamos no início do século XV e a Igreja Católica encontra-se desde o século XIV, agitada por disputas internas e divisões bastante sérias, inclusive com o surgimento de alguns antipapas.

A Itália por sua vez também, politicamente, vivia momentos graves, assolada pro guerras internas. Por exemplo, o norte, região de Milão, com a província (república) de Veneza.

Nesse ambiente conturbado vamos encontrar no pequeno vilarejo de Caravaggio, norte do país, próximo de Milão.

A senhora Joaneta Vacchi mulher simples, pobre e sofredora, pois seu marido, homem de coração duro, a tratava muito mal.

Na tarde do dia 26 de maio de 1432, por volta de 05 horas da tarde, enquanto fazia sua lida diária,  buscava comida para os animais um pouco distante de casa.

Com medo de ser espancada pelo marido caso demorasse para voltar para casa, Joaneta pedia ajuda a Mãe de Deus e ia rezando:

Ó Senhora Santíssima, ajudai-me Vós…que eu já não consigo suportá-lo… Só Vós ó querida Mãe, podeis fazer cessar esses meus sofrimentos. Ninguém me ajuda e me consola… Tende piedade de mim!

Estava assim dirigida esta sua oração a Nossa Senhora, quando eis que uma luz inesperada a envolve e lhe chama a atenção para algo misterioso, ao seu redor.

Ergue os olhos e ei-la diante da Rainha do Céu, que sem demora lhe diz:

“Não temas, ó filha, consola-te, que as tuas orações foram atendidas pelo Meu Divino Filho, por Minha intercessão e já te estão preparados os tesouros do Céu. Mas agora, dobra os joelhos por terra e ouve com reverência aquilo que te vou dizer: O mundo cheio de iniquidades, tinha provocado a indignação do Céu. O Meu Divino Filho queria punir severamente esses homens, autores de iniquidade e cheios de pecados e de crimes, mas Eu rezei pelos miseráveis pecadores, supliquei longamente e, finalmente Meu Divino Filho aplacou-Se. Por isso, ordena que, por tão assinalado benefício, jejuem uma sexta-feira a pão e água e festejem um sábado em Minha honra, porque Eu quero este sinal de gratidão dos homens pela importantíssima graça por Mim obtida a seu favor. E a gora vai, ó filha, e revela a todos esta Minha vontade”.

Atordoada pela admiração e pela maravilha, Giannetta responde:

“Como poderei eu, ó minha Mãe, fazer aquilo que me pedis? Quem acreditará nas minhas palavras? Eu sou demasiado pobre e mesquinha, e ninguém me acreditará!”.

“Acreditar-te-ão, acrescentou Nossa Senhora, porque Eu Mesma confirmarei as tuas palavras com evidentes milagres!…”

Dito isto, desapareceu, deixando gravadas, no lugar em que Se havia manifestado as pegadas de Seus beatíssimos pés, junto das quais brotou uma fonte de água.

Esta foi a única aparição de Nossa Senhora

São de admirar as palavras sérias isso em 1942. Que dirá hoje a Nossa querida Mãe do Céu?

Em 1992 o Santo Padre o Papa João Paulo II visitou o Santuário de Caravággio na Itália local da aparição de Nossa Senhora  e permaneceu lá três dias em oração.

A seguir descrevemos alguns tópicos de Mensagem de Nossa Senhora a sua escolhida:

Deus pediu oração, conversão e penitência

Os homens devem mostrar gratidão a Virgem Maria, por sua intercessão no Céu, dedicando o sábado a sua devoção

Anunciou que Deus, sentindo-se ofendido pelos pecados da humanidade, tem intenção de permitir a destruição do planeta, porém ela, a nossa Mãe, com suas súplicas, tem obtido o adiamento do Castigo

Sua vinda era para anunciar a paz

Após escutar a mensagem da Rainha do Céu e da terra, Giannetta com sinceridade, respondeu que as pessoas de maneira geral não iriam dar crédito a ela.

Porém Nossa Senhora tranquilizou-a, afirmando:

”Levanta-te e não temas, mas relata o que te anunciei”.

E fazendo o sinal da Cruz sobre ela, desapareceu.

Nesse local, o da Aparição, foi construída um grande e lindíssimo Santuário.

Outros Acontecimentos:

Dentre as várias graças alcançadas em consequência da manifestação de Nossa Senhora, citamos o fim dos desentendimentos na Igreja e a paz no território italiano, entre Veneza e Milão

Também o aparecimento de uma fonte d’água foi uma grande misericórdia. Existe até hoje, junto ao Santuário, tem proporcionado, durante mais de cinco séculos, milhares de curas. Inclusive aconteceu ali um grande prodígio, conforme narrativas da época:

Uma pessoa, de nome Graciano, não acreditando nos relatos envolvendo o milagre da fonte, jogou com descaso um galho de árvore seco dentro dela; qual não foi a surpresa, imediatamente ele ganhou vida e floresceu. Inclusive esse pequeno arbusto está presente na imagem de Nossa Senhora de Caravaggio.

É muito importante salientarmos que os imigrantes italianos, oriundos de um pais muito católico e Mariano, espalharam essa devoção pelo mundo; principalmente aqui em nosso Brasil:

Santuário de Caravaggio, em Farroupilha (RS)

Santuário de Caravaggio, em Canela (RS)

Santuário de Caravaggio, em Paim Filho (RS)

Santuário de Caravaggio, em Azambuja (Brusque/SC)

Santuário de Caravaggio, em Criciúma/SC)

Santuário de Caravaggio , em Matelândia (PR)

No Rio Grande do Sul, a diocese de Caxias do Sul, em 1959, recebeu do Vaticano a confirmação de que Nossa Senhora de Caravaggio, passava a ser sua Padroeira.

E dezesseis anos depois (1975) aquele que viria a ser o futuro Papa João Paulo I (Cardeal Albino Luciani), passando por Caxias do Sul, enviou sua mensagem ao Santuário de Caravaggio.

Em Farroupilha o primeiro Santuário foi inaugurado em 1879 e o atual, belíssimo, em 1963

Concluindo, podemos dizer claramente:

 “Os filhos devotos não conseguem viver sem a sua Mãe!”

ORAÇÃO À NOSSA SENHORA DE CARAVAGGIO

Ó Maria, Virgem Santa de Caravaggio,
do presépio até a cruz cuidaste do teu Filho,
e para Joaneta, foste consolação e fonte de paz.
Mostra-nos o Salvador: fruto do teu ventre,
e ensina-nos a acolher Jesus
e seguir seu Evangelho.
À tua proteção recorremos, ó cheia de graça,
em nossas necessidades: livra-nos dos perigos;
ajuda-nos a vencer as tentações;
leva ao Senhor nossa prece
e mostra que és nossa mãe, a mãe que ele nos deu.
Roga por nós, Nossa Senhora de Caravaggio,
para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Amém.

Fonte: www.derradeirasgracas.com

Nossa Senhora do Caravaggio

26 de Maio

Nossa Senhora de Caravaggio – Bergamo – Itália (No Brasil em Brusque e Caxias)

Nossa Senhora do Caravaggio
Nossa Senhora de Caravaggio e a vidente Joaneta.
Mural de Aldo Locatelli na Igreja de São Pelegrino, Caxias do Sul.

No princípio do século XV, vivia em Caravaggio (diocese de Cremona), lugarejo a 38 km de Milão, Itália, uma jovem muito piedosa, Giannetta Vacchi.

Por ser muito devota de Nossa Senhora, jejuava na véspera de suas festas, que ela celebrava com grande fervor. Além disso, não deixava passar um só dia sem se recomendar à Mãe de Deus, e, durante o dia, quer estivesse a trabalhar em casa, quer se entregasse aos trabalhos do campo, suspendia o trabalho por breves momentos para elevar sua mente à Virgem bendita. Era, em suma, uma daquelas almas virtuosas e simples que tanto agradam ao Senhor.

Casada contra sua vontade com Francisco Varoli, teve de sofrer duríssimas provações, pois o malvado do marido não só a ofendia com os maiores insultos, mas também chegava a bater-lhe. Contudo, ela suportava injúrias e maus-tratos com admirável resignação, recomendando-se a Nossa Senhora com fervor sempre crescente, à medida que aumentavam os tormentos que lhe infligia o desumano marido.

Estava Giannetta para completar o 32º ano de sua tormentosa existência (e ninguém suspeitava que em breve terminariam suas tribulações), quando inesperadamente começa a paciente senhora a desfrutar o conforto da Rainha do Céu.

No dia 26 de maio de 1432, o cruel marido, ou porque naquele dia ainda se deixasse levar mais pela brutal paixão da ira, ou por instigação de maus companheiros, agrediu a mulher mais brutalmente do que em geral o fazia, não se compadecendo dela nem mesmo depois de vê-la ferida, ao contrário, juntando crueldade a crueldade, ordenou-lhe que fosse sozinha cortar o feno, acrescentando à desumana ordem as mais duras ameaças.

Giannetta não se revolta: pega na foice e obedece confiando em Deus, que vê as aflições dos atribulados, e no patrocínio daquela a quem invocamos como o poderoso auxílio dos cristãos.

Chegando ao campo agreste chamado Mazzolengo, distante cerca de uma légua de Caravaggio, na estrada que conduz a Misano, pôs-se a pobrezinha ao trabalho, que durou várias horas, entremeado de frequentes invocações à Virgem Santíssima.

Quando o dia já declinava, olhando Giannetta para o feno ceifado, viu claramente que não tinha a força necessária para levá-lo para casa em uma só caminhada, e, pela distância em que estava, não havia tempo para fazer duas viagens. Desolada e torturada com a lembrança do cruel marido, não sabe o que fazer, por mais que procure imaginar um meio de livrar-se daquele apuro.

Volta então os olhos lacrimosos para o céu e exclama:

“Oh, Senhora caríssima, ajudai-me: só de vós espera socorro a vossa pobre serva!…” 

Nossa Senhora do Caravaggio
Santuário em Caravaggio – Itália

Ela ía continuar a confiante súplica, quando de repente lhe aparece uma senhora de aspecto nobre e venerando, de porte majestoso e belo e gracioso semblante, tendo nos ombros um manto azul, e a cabeça coberta com um véu branco.

“Oh, Senhora minha santíssima!” exclama Giannetta no auge da admiração…

“Sim, eu sou tua Senhora”, replica Maria, “mas não temas, filha: tuas preces foram, por minha intercessão, ouvidas por meu divino Filho, e já te estão preparados os tesouros do céu. Ajoelha-te, pois, e escuta reverente.”

“Oh, Senhora”, diz a humilde e simples Giannetta (que ou não imaginava ter diante de si a Mãe de Deus, ou então estava obcecada pelo pensamento do demônio que a esperava em casa), “eu não tenho tempo a perder: os meus jumentos estão esperando este feno”.

Mas a Virgem Santíssima, tocando-lhe suavemente nos ombros, fê-la ajoelhar-se e assim lhe falou:

 “Ouve atentamente, filha: o mundo, com suas iniquidades, havia excitado a cólera do céu. O meu divino Filho queria punir severamente esses homens iníquos cobertos de pecados, mas eu intercedi pelos míseros pecadores com insistentes súplicas, e finalmente Deus se aplacou.

Vai, portanto, comunicar a todos que, por causa desse assinalado benefício de meu divino Filho, devem jejuar numa sexta-feira a pão e água, e, em minha honra, festejar o sábado desde a véspera. Eu reclamo isto como uma prova de gratidão dos homens pela singularíssima graça que para eles obtive. Vai, filha, e manifesta a todos a minha vontade”.

Admiração, amor, compunção enchiam a alma de Giannetta, que, depois de refletir um pouco, exclama:

“Senhora, quem acreditará em minhas palavras?… Sou uma pobre e desconhecida criatura…”

E a Virgem bendita replica:

“Levanta-te, minha filha, e não temas: refere corajosamente o que te comuniquei e ordenei, eu confirmarei com sinais evidentes as tuas palavras; e este lugar onde agora tu me vês se tornará célebre e famoso para toda cristandade”.

Ditas estas palavras, abençoa Giannetta com o sinal da cruz e desaparece, deixando no solo os vestígios de seus beatíssimos pés.

Giannetta ficou estática, fora de si, levantou os olhos como que para acompanhar a Virgem Maria e, prostrando-se em terra, beija e torna a beijar as santas pegadas. Depois, afasta-se contra a vontade daquele santo lugar e corre, voa para sua aldeia, e pelos caminhos por onde passa vai narrando a quem encontra tudo o que tinha visto e ouvido.

Todos crêem em suas palavras, cumprindo-se assim a profecia da Santíssima Virgem, e correm, guiados por Giannetta, ao bem-aventurado lugar, admirando as santas pegadas impressas no solo verdejante, bem como a fonte que ali brotara milagrosamente.

Todos se empenhavam em louvar e agradecer a bondade divina, maravilhando-se sempre mais. Sua gratidão crescia, quando viam as curas operadas por meio da água da fonte milagrosa, ou as graças e prodígios alcançados de outra maneira, que se multiplicavam dia a dia.

Como é natural, a fama de tantos prodígios voou com a rapidez do raio até as cidades vizinhas, e mesmo até as regiões mais longínquas, de modo que foi tal a afluência de pessoas que iam a Mazzolengo, para contemplar os santos vestígios dos pés de Maria, admirar a fonte sagrada e beber da água prodigiosa, que foi necessário constituir uma comissão que regulasse o acesso dos peregrinos.

Mais tarde, divulgada por toda a Europa a notícia do milagroso acontecimento e das contínuas curas prodigiosas e outras graças concedidas por Maria no local da aparição, começaram a chover as ofertas, de modo que a autoridade diocesana constituiu uma comissão cuja incumbência era recolher donativos e aplicá-los na construção de uma igreja no lugar em que tinha aparecido Nossa Senhora.

A primeira pedra da igreja foi lançada pelo vigário de Caravaggio em 31 de julho do mesmo ano da aparição (1432), mas só foi acabada e consagrada dezenove anos depois.

Transcorrido um século, a igreja ameaçava ruir, pelo que foi preciso ser escorada. Depois, tornando-se pequena para o sempre crescente número de peregrinos, foi ampliada por iniciativa de São Carlos Borromeu. Posteriormente, ameaçando novamente ruir, foi preciso demoli-la.

Foi então que o célebre arquiteto Pellegrini construiu o majestoso santuário, que é hoje uma das mais fúlgidas glórias da fé do povo italiano, como da arte que se inspira na religião.

COM OS IMIGRANTES DA ITÁLIA PARA O BRASIL

Os imigrantes eram pessoas de fé e acostumados a uma vida cristã intensa. Já nos primeiros momentos em terras brasileiras, a necessidade de uma orientação espiritual tornou-se viva entre as famílias, o que só veio a acontecer cerca de um ano depois.

O atendimento era feito pelo Padre João Menegotto, que pertencia à Paróquia de Dona Isabel (hoje, Bento Gonçalves/RS). A primeira missa foi celebrada na casa de Bernardo Sbardeloto, no morro de Todos os Santos no ano de 1878. A segunda na casa da família Biason e a terceira na casa de Antônio Franceschet, no dia 23 de janeiro de 1879. Nesta data, Franceschet teve a idéia de levantar um oratório com a ajuda do vizinho Pasqual Pasa.

Eles nunca viram na Itália um padre celebrar uma missa fora da matriz. Ver a casa transformada em igreja não parecia certo para a maioria dos moradores. Os dois chefes de família iniciaram a construção de uma igreja em segredo.

Derrubaram um pinheiro, prepararam o material e construíram um capitel de 12 metros quadrados com alpendre na entrada, que localizava-se em frente ao atual cemitério de Caravaggio. A notícia se espalhou rapidamente e ganhou doações em dinheiro e mão-de-obra, transformando o oratório em capela, que comportava cerca de 100 pessoas.

Como era comum naquela época, a escolha do padroeiro gerou certo conflito entre os moradores. Todos queriam o santo de seus próprios nomes para governar espiritualmente a comunidade.

Alguns sugeriram o nome de Santo Antônio, mas a idéia foi logo descartada porque o padre não poderia vir rezar a missa no dia do santo. O motivo? Santo Antônio era o padroeiro da comunidade de Dona Isabel. Outros sugeriram Nossa Senhora, entretanto, não se sabia qual.

A princípio foi escolhido o título de Nossa Senhora de Loreto, mas, não havia imagem da santa. Foi nessa época que Natal Faoro ofereceu como empréstimo um pequeno quadro com a imagem de Nossa Senhora de Caravaggio, que trouxera entre os seus pertences da Itália.

O empréstimo duraria até a aquisição de uma imagem. A proposta foi aceita e o pequeno quadro passou a fazer parte do lugar de honra da capela, sobre um altarzinho. Esta capela foi inaugurada em 1879, ano I do início da devoção a Nossa Senhora de Caravaggio e ano primeiro das romarias que seriam futuramente concorridas e numerosas. Estava lançado o alicerce de uma comunidade eclesial.

Na década seguinte, em mutirão, os imigrantes iniciaram a construção de um templo de alvenaria. Numa época em que as casas eram fabricadas em madeira ou pedra, os imigrantes improvisaram uma olaria parta fazer os tijolos. Pedras só no campanário.

A comunidade passou a ser chamada de Nossa Senhora de Caravaggio, bem como o lugar onde foi erguida a capela, até 26 de maio de 1921 quando foi elevada pelo bispo de sede paroquial para Santuário Diocesano.

Hoje, a comunidade é composta por cerca de 140 famílias e mais de 650 habitantes. A paróquia de Caravaggio atende a sete capelas. Em 1959, Nossa Senhora de Caravaggio foi declarada pela Santa Sé, Padroeira da Diocese de Caxias do Sul.

A estátua de Nossa Senhora de Caravaggio que encontra-se no altar do Santuário Diocesano, foi fabricada em Caxias do Sul/RS no ano de 1885, pelo artista plástico conhecido como Stangherlin.

O modelo foi o quadro em preto e branco, datado de 1724, com a imagem da santa que ocupava o altar da primeira capela. A imagem foi trazida a pé pelos imigrantes de Caxias do Sul e colocada no altar da nova igreja, construída em alvenaria.

A construção do atual Santuário de Caravaggio durou exatamente 18 anos (1945 – 1963). Imponente, com seu estilo romano e capacidade para 2 mil pessoas, uma das características mais marcantes da construção está nos grandes ambientes e na iluminação que preenche as salas do santuário.

Conforme definição das Irmãs Scalabrinianas, responsáveis pela assistência aos peregrinos e liturgia, “os espaços vazios são preenchidos pela fé dos milhares de fiéis que visitam o Santuário anualmente”.

Segundo elas, a crença em Nossa Senhora de Caravaggio aumenta a cada ano. “O povo manifesta o seu carinho e devoção a Nossa Senhora em pequenos gestos, pequenas homenagens”. A grande quantidade de flores que constantemente são encontradas circundando o altar, são provas das afirmações.

A administração do Santuário Diocesano mantém diariamente um sacerdote no atendimento dos fiéis e missas diárias. Na estrutura, seis salas de confissão e uma para orientação. E mais, posto de informações e de intenções de missas. Dentro, existe uma fonte de água (lembrando a Aparição de Nossa Senhora), benta em 26 de setembro de 1985.

Nossa Senhora do Caravaggio
Santuário de N.S.Caravaggio em Farroupilha-RS

Fonte: www.domluizbergonzini.com.br

Nossa Senhora do Caravaggio

26 de Maio

História da Devoção

A história relatada abaixo é atribuída à fé católica. O município de Caravaggio, terra da aparição, se encontrava nos limites dos estados de Milão e Veneza e na divisa de três dioceses: Cremona, Milão e Bérgamo.

Ano de 1432, época marcada por divisões políticas e religiosas, ódio, heresias, assolada por bandidos e agitada por facções, traições e crimes. Além disso, teatro da segunda guerra entre a República de Veneza e o ducado de Milão, passou para o poder dos venezianos em 1431. Pouco antes da aparição, em 1432, uma batalha entre os dois estados assustou o país.

Neste cenário de desolação, às 17 horas da segunda-feira, 26 de maio de 1432, acontece a aparição de Nossa Senhora a uma camponesa. A história conta que a mulher, de 32 anos, era tida como piedosa e sofredora. A causa era o marido, Francisco Varoli, um ex-soldado conhecido pelo mau caráter e por bater na esposa. Maltratada e humilhada, Joaneta Varoli colhia pasto em um prado próximo, chamado Mezzolengo, distante 2 km de Caravaggio.

Entre lágrimas e orações, Joaneta avistou uma senhora que na sua descrição parecia uma rainha, mas que se mostrava cheia de bondade. Dizia-lhe que não tivesse medo, mandou que se ajoelhasse para receber uma grande mensagem.

A senhora anuncia-se como “Nossa Senhora” e diz: “Tenho conseguido afastar do povo cristão os merecidos e iminentes castigos da Divina Justiça, e venho anunciar a Paz”. Nossa Senhora de Caravaggio pede ao povo que volte a fazer penitência, jejue nas sextas-feiras e vá orar na igreja no sábado à tarde em agradecimento pelos castigos afastados e pede que lhe seja erguida uma capela.

Como sinal da origem divina da aparição e das graças que ali seriam dispensadas, ao lado de onde estavam seus pés, brota uma fonte de água límpida e abundante, existente até os dias de hoje e nela muitos doentes recuperam a saúde.

Joaneta, na condição de porta-voz, leva ao povo e aos governantes o recado da Virgem Maria para solicitar-lhes – em nome de Nossa Senhora – os acordos de paz. Apresenta-se a Marcos Secco, senhor de Caravaggio, ao Duque Felipi Maria Visconti, senhor de Milão, ao imperador do Oriente, João Paleólogo, no sentido de unir a igreja dos gregos com o Papa de Roma.

Em suas visitas, levava ânforas de água da fonte sagrada, que resultavam em curas extraordinárias, prova de veracidade da aparição.

Os efeitos da mensagem de paz logo apareceram. A paz aconteceu na pátria e na própria Igreja.

Até mesmo Francisco melhorou nas suas atitudes para com a esposa Joaneta. Sobre ela, após cumprida a missão de dar a mensagem de Maria ao povo, aos estados em guerra e à própria Igreja Católica, os historiadores pouco ou nada falam. Por alguns anos foi visitada a casa onde ela morou que, com o tempo desapareceu no anonimato.

Fonte: www.aveluz.com

Nossa Senhora do Caravaggio

26 de Maio

Nossa Senhora do Caravaggio
Nossa Senhora do Caravaggio

A história de Nossa Senhora de Caravaggio surge em 1432 na cidadezinha de Caravaggio, no norte da Itália próximo de Milão e Veneza. Num momento da história de muita luta, divisões políticas e religiosas, ódio, heresias, traições e crimes. 

Um texto antigo diz: “A terra de caravaggio é, desde pouquíssimo tempo, verdadeiramente, feliz, por ter-lhe aí aparecido a Santíssima Virgem Maria, em 1432, enquanto declinava então o dia sexto das calendas de junho; mas Joaneta é, por disposição divina, mais feliz do que qualquer pessoa de ambos os sexos, porque mereceu ver a augusta Mãe do Senhor”. 

Na primavera de 1432, a camponesa italiana Joaneta Varoli, filha de Pedro dei Vacchi, vivia numa casa humilde da vila. Temos poucas referências históricas de sua vida. Ela percorreu as ruas de Cravaggio dirigindo-se ao campo de Mazzolengo. Sua meta era conseguir pasto suficiente para alimentar a criação de animais que ela e o marido tinham em sua propriedade. 

Para conhecer melhor Joaneta, é imprescindível deter-se em seu matrimônio com Francisco Varoli. Foi uma experiência dramática e violenta, que a tradição não cansa de repetir. Certamente o fato de sofrer maus-tratos pelo seu esposo é uma das mais fortes características citadas sobre a vidente do prado de Mazzolengo. 

Naquela tarde, Joaneta Varoli saiu de casa para colher ervas. A cerca de 1.800 metros da vila de Caravaggio, havia um terreno pantanoso. Ela pôs-se a ceifar as ervas para os animais. Quando decidiu retornar para casa percebeu que não tinha forças para carregar todo aquele fardo. Tomada pela aflição, Joaneta caiu no pranto e angustiada, começou a pedir ajudar do céu, pedindo socorro a Maria, Mãe de Jesus. 

Entre a dor e a súplica, a camponesa vê uma bela e alta senhora. Observou a beleza do rosto e o esplendor das vestes. O rosto majestoso, alegre e sereno. A beleza da senhora maravilhou Joaneta.

Diante da perplexidade, Joaneta exclama:

“Ó Madonna Santíssima!” E a senhora respondeu: “Sim sou eu mesma. Não temas, ó filha! Consola-te! As tuas orações foram ouvidas pelo meu Divino Filho e, graças à minha intercessão, já te estão preparando os eterno tesouros do céu”.

Mandou que se ajoelhasse para receber a sua mensagem.

E diz:

“Tenho conseguido afastar do povo cristão os merecidos e iminentes castigos da Divina Justiça, e venho anunciar a paz”.

Nossa Senhora pede ao povo que volte a fazer penitência, jejue nas sextas-feiras e vá orar na Igreja no sábado à tarde em agradecimento pelos castigos afastados e pede que lhe seja erguida uma capela. Como sinal da origem divina da aparição e das graças que ali seriam dispensadas, ao lado de onde estavam seus pés, brota uma fonte de água límpida e abundante, existente até os dias de hoje e nela muitos doente recuperam a saúde. 

Joaneta, leva ao povo e aos governantes o recado da Virgem Maria para solicitar-lhes os acordos de paz. Apresenta-se ao Marcos Secco, senhor de Caravaggio, ao Duque Felipi Maria Visconti, senhor de Milão, ao imperador do Oriente, de Constantinopla, João Paleólogo, no sentido de unir a igreja dos gregos com o Papa de Roma. Os efeitos da mensagem de paz logo apareceram. A paz aconteceu na Pátria e na Igreja. 

Joaneta, após cumprir sua missão de levar a mensagem de Maria ao povo, aos estados em guerra e à igreja católica, os historiadores pouco ou nada falam. Ela desapareceu no anonimato.

Fonte: www.paulinas.org.br

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