Direção


Evolução dos sistemas de direção

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No início da história do automóvel (1885), o sistema de direção de um veículo era semelhante ao de uma bicicleta, contando com uma espécie de guidão para o condutor direcioná-lo. Porém, em meados de 1910 os automóveis já apresentavam caixa de direção do tipo setor e sem-fim.

Há algum tempo a direção servo-assistida deixou de ser um item opcional para tornar-se um equipamento obrigatório nos veículos modernos, que em sua maioria já sai das concessionárias com este equipamento.

Os sistemas de direção usados com mais freqüência no Brasil em veículos leves são do tipo setor e sem-fim e do tipo pinhão e cremalheira, sendo que ambas podem ter assistência para deixá-las mais leves e precisas.

Estes sistemas têm como principais funções transmitir o movimento rotacional do volante para as rodas e absorver parte dos impactos delas com o solo sem deixar que o motorista os sinta.

Direção Hidráulica

Quando a direção hidráulica começou a ser utilizada nos automóveis, sua função era apenas deixar a condução dos veículos mais leve. Mas, com o passar dos anos, e de seu desenvolvimento, descobriu-se que ela também poderia tornar um veículo mais seguro.

A direção hidráulica conta com os seguintes componentes: reservatório de óleo, caixa de direção, mangueiras de baixa e alta pressão e bomba hidráulica.

Para entender melhor seu funcionamento é necessário lembrar que a Lei de Pascal diz que quando temos um líquido em um recipiente e aplicamos a ele uma pressão, essa pressão será distribuída, igualmente por todo o líquido.

Portanto, a assistência hidráulica aproveita essa Lei e usa a pressão hidráulica para fazer o esforço destinado ao motorista e direcionar o veículo conduzido. Para isso, ela usa uma bomba hidráulica, que é movida pelo motor do veículo e mantém o óleo sob pressão.

As bombas mais usadas no Brasil são as rotativas de palhetas, que por meio de um eixo utiliza a rotação do motor para girar o rotor das palhetas, que por sua vez, sugam o óleo do reservatório e o pressurizam, desde a marcha lenta, para a caixa de direção. A bomba hidráulica de engrenagens também é usada e tem funcionamento idêntico ao das bombas de óleo do sistema de lubrificação do motor.

As bombas de direção antigas tinham um grande problema: quanto maior a rotação do motor, maior a pressão de óleo destinada à caixa de direção, o que deixava a condução de qualquer veículo, em alta velocidade, muito insegura. Nas bombas mais modernas há dispositivos que reduzem a pressão do óleo, proporcionalmente ao aumento da rotação do motor, para que a movimentação do volante fique mais pesada e, por conseqüência, mais precisa e segura. Esse sistema recebeu o nome de direção hidráulica progressiva.

O óleo sob pressão é enviado à caixa de direção pelas mangueiras para alta pressão, onde é direcionado pela válvula rotativa (ou válvula carretel), que tem a função de enviar o óleo para auxiliar o motorista em manobras.

A válvula rotativa é a peça chave do sistema de direção.

Ela é composta por uma espécie de tubo com vários furos calibrados, que podem sofrer uma torção limitada, e funciona da seguinte forma: ao girar o volante do veículo, a barra de direção torce a válvula fazendo com que seus furos coincidam com os furos que conduziram o óleo para o lado do cilindro hidráulico, que deve ser preenchido deixando a direção leve.

Assim, enquanto o motorista não movimenta o volante a válvula permanece em repouso, lubrificando o sistema e retornando a pressão de óleo para o reservatório.

As caixas de direção hidráulica atuais são variações das caixas de direção mecânica convencionais, acrescidas de um cilindro hidráulico, onde será conduzido o óleo sob alta pressão. Em veículos pesados ou automóveis antigos o cilindro hidráulico era uma peça separada ligada à caixa de direção por outro jogo de mangueiras.

As grandes vantagens com este sistema são: leveza em manobras, confiabilidade, fácil manutenção, grande durabilidade, preço acessível e facilidade de instalação.

Porém, apesar de todas as qualidades, esse sistema apresenta alguns problemas, por ser dependente do óleo e quando há um vazamento fica muito difícil guiar um veículo que tenha esse tipo de direção.

Quando a bomba hidráulica é muito distante da caixa de direção, podem ocorrer barulhos de pressão nas mangueiras de transmissão de óleo. A pressão hidráulica absorve todas as folgas do sistema, ficando difícil diagnosticar problemas prematuramente. Em sistemas antigos sua grande leveza, em todas as rotações, deixava os veículos muito rápidos nas trocas de direção em altas velocidades, o que exigia atenção redobrada do motorista.

Esse, por sua vez, também rouba potencia do motor, pois usa sua rotação para movimentar a bomba hidráulica, contribuindo para aumentar o consumo de combustível do veículo.

Direção Eletro-Hidráulica

Esta é uma variação do sistema de direção hidráulica convencional, porém a bomba hidráulica é movida por um motor elétrico, que por sua vez, é controlado pela central eletrônica do automóvel. Desse modo, o módulo consegue controlar toda a operação da bomba e por conseqüência, a pressão do sistema e sua atuação na caixa de direção.

A caixa de direção também ganhou alguns sensores para que a central monitore seus movimentos e possa tomar as melhores decisões. Este sistema conta com todos os benefícios do uso da central eletrônica tais como, modulo de segurança, onde em caso de problemas, se adapta às novas condições.

Há poucos pontos negativos nesse tipo de direção, mas ainda apresenta a dependência do óleo para funcionar e seu motor elétrico fica em movimento constante, apenas reduzindo de rotação quando em repouso e isso aumenta o consumo do sistema elétrico do veículo.

Direção Servo-elétrica

Esta faz as mesmas funções do sistema eletro-hidráulico, porém a assistência ao motorista é feita com um motor elétrico ligado, por uma engrenagem, à barra de direção.

O sistema fica muito preciso, econômico e simples. Por ser totalmente controlado pela central eletrônica, ele fica desligado quando o veículo está parado ou se movimentando em linha reta e entra em funcionamento ao menor movimento do volante. Isso se traduz em economia de combustível e preservação ambiental.

Esse sistema tem a capacidade de auxiliar o condutor, inclusive, na hora de retornar o volante de uma manobra. Varias montadoras, já o utilizam em seus veículos, devido suas dimensões ser de fácil aplicação em várias carrocerias.

Futuro próximo

Em veículos de alta tecnologia, como os Mercedes Benz, Audi , BMW, Lexus e outros, há um sistema de direção totalmente diferente, no qual o volante movimenta uma espécie de potenciômetro, que por sua vez, informará a central eletrônica que irá ordenar a um, ou mais, motor elétricos que direcione as rodas para o lado escolhido pelo motorista.

Esse sistema é totalmente eletrônico e o volante faz às vezes de um joystick de vídeo game.

Ele só é utilizado em automóveis de luxo, dado ao seu custo e é extremamente preciso, mas como nada é perfeito ele conta com um único problema: se houver uma pane elétrica, o veículo não poderá ser guiado.

Como vimos os sistemas de direção assistida estão em constante evolução e todos os técnicos devem acompanhar-los, pois cada vez mais novas tecnologias são incorporadas nos automóveis comuns.

Sistemas de Direção – O que é

A direção hidráulica facilita as manobras mesmo com o veículo parado porque alivia o peso ao girar o volante.

Os especialistas informam que a função básica do sistema de direção é transformar o giro do volante em um movimento lateral das rodas dianteiras, definindo a trajetória do veículo, sendo que o método mais comum empregado nos automóveis é a direção simples, do tipo pinhão e cremalheira.

Em regras gerais, o pinhão é fixado à coluna da direção e quando o motorista vira o volante, ele gira e movimenta a cremalheira.

Em conseqüência, esterça as rodas para a direita ou esquerda. Esse sistema é muito simples, por isso, possui menos componentes e isso representa menos custo. Como o método convencional não possui assistência hidráulica, o motorista faz todo o esforço para a direção virar de um lado a outro.

A diferença entre a comum e a direção servo-assistida é que a primeira não possui assistência hidráulica e o motorista faz todo o esforço para a direção virar de um lado a outro; e a segunda tem um mecanismo de assistência hidráulica que proporciona conforto nas manobras e maior segurança na condução. O sistema da direção servo-assistida normalmente é composto por uma bomba hidráulica acionada por correia e ligada à polia do virabrequim.

No entanto, também há um sistema, eletro-hidráulico que dispensa a correia e as polias, utilizando um fluido especial para suportar as altas rotações e temperaturas geradas por seu motor elétrico.  

Atualmente, quando uma pessoa vai comprar um veículo as concessionárias oferecem alguns diferenciais como, por exemplo, o sistema de direção hidráulica, no qual o acionamento da bomba hidráulica é realizado pelo próprio motor do veículo por meio de polia e correia, atenuando o esforço do motorista, que passa a comandar a parte mecânica com maior facilidade.

O sistema de direção hidráulica é constituído pelo mecanismo da direção, mais uma bomba hidráulica, um reservatório de óleo e diversas tubulações de alta e baixa pressão por onde o fluido circula.

Um outro tipo de sistema é o de direção elétrica, tem como princípio básico de funcionamento diversos sensores que monitoram a velocidade do automóvel e a força aplicada ao volante pelo motorista, sendo que essas informações são processadas por uma central que emite os comandos para um motor elétrico instalado na coluna de direção e faz a direção virar para a esquerda ou direita. .

O motor atua com mais ou menos intensidade conforme a necessidade de força, como por exemplo em manobras. Já na estrada o motor elétrico quase não atua.

O modelo que já conta com este sistema é o Stilo. Tanto o sistema hidráulico como o elétrico tem suas vantagens. Mas como o elétrico não é muito conhecido e ainda não vem em muitos modelos, á maioria dos consumidores solicitam o hidráulico.

Alguns carros contam com a direção hidráulica progressiva, que é um mecanismo que torna o volante mais rígido a medida que a velocidade aumenta.

A direção do tipo eletrônico confere a velocidade e após essa leitura aciona a válvula que gerencia o fluxo de óleo pelo sistema, sendo que esse fluxo faz a direção ficar mais pesada ou mais leve.

Para se ter uma idéia, no sistema tradicional de assistência hidráulica quanto mais o carro ganha velocidade mais a direção fica mole, pois a bomba libera mais ou menos fluido conforme as rotações do motor. No sistema eletrônico a centralina recebe a informação da velocidade através de sensores e a partir de então comanda a abertura ou o fechamento da válvula que controla a vazão do fluido pelo sistema. Esse sistema mantém a direção sempre estável, sempre segura

DIREÇÃO E SEUS SISTEMAS

Nos primeiros automóveis inventados, a direção era bastante simples parecendo-se mais com um guidão de bicicleta do que com o sistema de direção que conhecemos atualmente. Mas, à medida que a técnica foi evoluindo e cada vez mais os veículos foram ficando mais velozes o sistema de direção foi se aperfeiçoando, até atingir o grau de precisão que existe hoje em dia.

Um bom sistema de direção é vital. Deve ser fácil de ser operado, caso contrário, logo cansará o motorista, colocando-o em risco de algum acidente. O sistema também deve ser capaz de amortecer os choques das rodas, não transmitindo-os aos braços do motorista. Deve ainda contribuir para amortecer as vibrações das rodas dianteiras.

Direção Mecânica

A função básica da direção é transformar o movimento de rotação da coluna de direção, num movimento de vaivém para as rodas.

Isto é cumprido essencialmente por duas peças: um parafuso sem-fim e um setor dentado.

Essas duas peças ficam no interior de uma carcaça chamada caixa de direção, que possibilita a lubrificação das engrenagens e, ao mesmo tempo, constitui uma proteção contra poeira.

Quando a coluna de direção gira, gira também o parafuso sem-fim. Ele é um dispositivo que possui uma rosca semelhante às roscas dos parafusos. O setor circular, por sua vez, é como se fosse um pedaço de engrenagem. Quando o parafuso gira, obriga o setor dentado a acompanhá-lo. Nesse movimento, há um braço que é obrigado a seguí-lo, o terminal de direção, o movimento dele é transmitido por meio de ligações até às rodas e estas o acompanham.

Conforme o lado para o qual se vira o braço de direção, as rodas tomam uma posição diferente, fazendo o veículo seguir a curva desejada.

Outro sistema, mais moderno e usado atualmente, o mecanismo de direção utiliza um parafuso sem-fim e uma cremalheira, ao invés do setor dentado. A cremalheira nada mais é do que um eixo sobre o qual se entalham dentes iguais aos de engrenagem. Quando a coluna da direção gira, o parafuso sem-fim obriga a cremalheira a deslocar-se para um lado ou para o outro. Por sua vez, os braços de ligação vão presos à cremalheira e, à medida que ela se desloca, força os braços de ligação e estes obrigam as rodas dianteiras tomar outra posição.

Um terceiro sistema ainda faz uso de esferas que podem rolar no interior da rosca do parafuso sem-fim, mas de uso bastante restrito

Direção de esferas recirculantes

É usada em muitos caminhões e utilitários esportivos atualmente. A articulação que gira as rodas é ligeiramente diferente do sistema de pinhão e cremalheira.

O mecanismo de direção por esferas recirculantes contém uma engrenagem sem-fim. Você pode imaginar a engrenagem em duas partes. A primeira parte é um bloco de metal com furo rosqueado. Esse bloco possui dentes de engrenagem em seu lado externo, os quais se acoplam na engrenagem que movimenta o braço de direção. O volante se conecta a uma haste com rosca similar a um parafuso que se encaixa no furo do bloco. Quando o volante gira, o sem-fim gira com ele. 

Em vez de girar e penetrar ainda mais no bloco, como faria um parafuso comum, este é mantido fixo de modo que, quando ele gira, move o bloco, o qual movimenta a engrenagem que gira as rodas.

Direção

Em vez de o parafuso fazer contato direto com a rosca no bloco, todos os filetes são preenchidos com esferas que recirculam através da engrenagem enquanto ela gira.

Na verdade, as esferas atendem a duas finalidades: primeiro, elas reduzem o atrito e o desgaste da engrenagem, em segundo lugar, elas reduzem a folga de engrenamento.

Essa folga seria sentida quando você mudasse a direção do volante. Sem as esferas, os dentes perderiam o contato uns com os outros por um momento, dando a impressão que o volante estivesse solto.

A direção assistida hidráulica em um sistema de esferas recirculantes funciona de modo similar ao sistema de pinhão e cremalheira. A assistência se dá através do fornecimento de fluido sob alta pressão a um lado do bloco.

Direção Hidráulica

Com o tempo, a direção hidráulica se popularizou e deixou de ser um artigo de luxo apenas para carros grandes. Sua finalidade é atenuar o esforço do motorista, que passa a comandar a parte mecânica com maior facilidade, uma vez que o maior trabalho é feito hidraulicamente. Essa redução de esforço faz o motorista poupar 80% da energia que seria empregada para movimentar a direção.

O princípio é bastante simples. Um sistema com óleo sob pressão exerce a maior parte do esforço necessário para girar as rodas. A pressão do óleo é aplicada pelo sistema, justamente no instante em que o motorista vira o volante da direção.

No sistema de direção hidráulica há uma bomba que continuamente está operando e que fornece a pressão hidráulica, quando desejada. Há uma válvula especial que se abre ou fecha, quando se gira o volante. Ao abrir, ela permite que o óleo sob pressão seja aplicado a um pistão que, por sua vez, aciona a barra de direção. Da bomba de óleo saem duas tubulações, uma que leva o óleo até a caixa de direção e outra que o traz de volta. Na caixa de direção estão incluídas a caixa propriamente dita e a válvula.

Enquanto isso o motor está funcionando, a bomba cria pressão no óleo. As posições da válvula é o que determinam por onde deve caminhar o óleo e qual o efeito que ele vai exercer. O corpo da válvula possui internamente três câmaras. Em cada câmara há um orifício. As duas câmaras externas são ligadas ao reservatório de óleo e a câmara central está ligada à bomba.

O sistema é montado de maneira tal que, mesmo em caso de acidente e perda do óleo, ainda assim a direção possa funcionar, para que o veículo pode continuar a trafegar até que se possa pará-lo para o conserto, o sistema então passa funcionar manualmente, como os sistemas comuns de direção, porém, sob um esforço muito maior.

Resumindo, atualmente são usados os sistemas de direção semi-servo-assistida, que proporciona aos veículos de grande porte por exemplo, muito mais segurança e aderência nas curvas em alta velocidade, tornando a direção hidráulica literalmente macia, um pouco dura para que se tenha melhor controle do carro. Nos veículos mais novos existe também a direção servo-eletrônica, ou seja, há um controle eletrônico (microcomputadorizado) da força exercida sob a direção combinando com um sistema de suspensão também eletrônico.

Alguns carros contam com a direção hidráulica progressiva, que nada mais é que um mecanismo que torna o volante mais rígido a medida que a velocidade aumenta. A direção do tipo eletrônico confere a velocidade e após essa leitura aciona a válvula que gerencia o fluxo de óleo pelo sistema. Esse fluxo faz a direção ficar mais pesada ou mais leve. Para se ter uma idéia, no sistema tradicional de assistência hidráulica quanto mais o carro ganha velocidade mais a direção fica mole, pois a bomba libera mais ou menos fluido conforme as rotações do motor.

No sistema eletrônico a centralina recebe a informação da velocidade através de sensores e a partir de então comanda a abertura ou o fechamento da válvula que controla a vazão do fluido pelo sistema. Em outras palavras, esse sistema mantém a direção sempre estável, sempre segura. 

Direção

1 – Coluna de direção
2 –
Árvore intermediária
3 –
Acoplamento (cruzeta)
4 –
Vedação do dash
5 –
Mecanismo hidráulico de direção
6 –
Tubo de pressão
7 –
Mangueiras de pressão
8 –
Mangueira de retorno
9 –
Bomba hidráulica
10 –
Mangueira de alimentação
11 –
Polia da bomba
12 –
Reservatório de fluído

Direção Elétrica

O funcionamento da direção elétrica é totalmente independente do motor. Esse sistema dispensa a bomba hidráulica, o fluido e todas as correias que fazem a bomba de óleo funcionar, comum nos carros com direção assistida hidraulicamente. Esse equipamento não retira potência do motor, o que além de melhorar a perfomace também proporciona economia de combustível. Ainda é visto como ecologicamente correto, pois não utiliza o óleo e também minimiza ruídos.

Direção Elétrica Dual Drive

O motor elétrico substitui a tradicional bomba hidráulica acoplada ao motor do carro. O principal benefício do sistema é tornar a condução muito leve nas manobras, poupando esforço por parte do motorista. Ele pode escolher o modo de direção que mais se adéqua à situação de rodagem. Em tráfego fluido, conduz o carro no modo Normal. Em manobras ou a velocidades inferiores a 40 km/h, ele pode acionar o modo CITY, deixando a direção bem mais leve.

Direção Eletro-Hidráulica

O sistema de direção eletro-hidráulico (EHPS Eletric Hidraulic Power Steering) é um novo e avançado projeto, que vem substituir o sistema de direção hidráulica convencional com o intuito de minimizar o consumo de energia do veículo e proporcionar uma melhor dirigibilidade ao motorista.

A revolução deste equipamento está na sua concepção: o acionamento da bomba hidráulica é realizado por meio de um motor elétrico de corrente contínua, controlado eletronicamente, montado diretamente no quadro da suspensão do veículo, ao contrário do sistema de direção hidráulica convencional, no qual o acionamento da bomba hidráulica é realizado pelo próprio motor do veículo por meio de polia e correia.

Toda a atuação do motor elétrico é controlada pelo módulo de comando denominado MC. A General Motors do Brasil veio equipar o veículo Astra, modelos a partir de 1998, com o sistema EHPS, que é uma assistência ao sistema de direção do tipo pinhão e cremalheira, equipamento original do veículo. Tanto o sistema de direção hidráulica convencional como a eletro-hidráulica que equipam o Astra, não são classificadas como progressivas.

Neste sistema o que faz com que a direção torne-se mais ou menos pesada em função da velocidade é a geometria da suspensão do veículo. Por não estar acoplado ao motor, este sistema possui uma independência funcional, o que o faz operar em vários modos distintos selecionados automaticamente pelo MC.

Quando o veículo está em movimento, em linha reta, ou seja, sem esterçamento, o sistema opera no modo stand by ou modo de repouso. O MC detecta que não há necessidade de assistência hidráulica e o motor elétrico opera a uma rotação nominal de 2333 rotações por minuto, reduzindo o consumo de energia. Ao movimentar o volante, o sistema eletrônico registra uma determinada resistência ao esterçamento e, imediatamente, envia um sinal para o motor elétrico elevando sua rotação para, aproximadamente, 3300 rotações por minuto.

O MC, neste momento, comanda o modo de assistência máxima, fazendo com que haja pressão e fluxo hidráulicos necessários para o perfeito funcionamento do sistema, oferecendo o maior auxilio ao condutor.

Em caso de falhas tais que sejam atingidos os limites de temperatura e corrente, o MC ativa o modo sobrevivência, que reduz progressivamente a assistência hidráulica disponível ao motorista, até o limite do modo stand by. Caso a temperatura atinja 130ºC ou a tensão da bateria ultrapasse 16 volts ou ainda, a corrente elétrica atinja 75 àmperes por mais de um segundo, o MC ativa o modo manual, interrompendo completamente a assistência hidráulica para proteger o sistema elétrico.

Esse modo, é também ativado progressivamente em degrau tipo rampa decrescente de aproximadamente 26 segundos, caso a tensão da bateria reduza a 9 volts ou o sinal do alternador caia excessivamente por mais de 0,1 segundos.

É importante ressaltar que a inoperância do sistema de assistência hidráulica não compromete a dirigibilidade do veículo. O condutor apenas perceberá a necessidade de aplicar maior força sobre o volante.

Principais características do sistema EHPS:

Sua alta eficiência elétrica e mecânica resulta num baixo consumo de potência do motor.
Facilidade de partida do motor do veículo, pela possibilidade de manter a bomba hidráulica desligada durante esse período;
Seus vários modos de operação, como o modo repouso (stand by), possibilitam a minimização do consumo de energia;
Reduzido o tempo de remoção e instalação do componente, visto que são poucos componentes interligados e o grau de dificuldade de se realizar essa operação é mínimo, diminuindo o valor da mão de obra.
Gerência eletrônica completa, que permite utilizar estratégias de proteção contra temperaturas elevadas, sobre pressão, picos de tensão e corrente.

Cuidados e Curiosidades

A manutenção preventiva recomendada pelo fabricante é a cada 50 mil km.

O nível do fluido precisa ser verificado periodicamente e quando necessário ser completado com o fluido que atenda as especificações contidas no manual do proprietário. Se a quantidade estiver muito baixa ou logo após completar o volume voltar a baixar é preciso levar o carro até uma oficina especializada para uma análise específica, pois deve haver algum vazamento.

A maioria dos carros, normalmente são necessárias três ou quatro voltas completas do volante para fazer com que as rodas se movam da esquerda para a direita ou, como se diz no meio automotivo, de batente a batente, já nos carros com sistema hidráulico o limite é de uma volta e meia.

Nunca mantenha a direção hidráulica do seu veículo sobre o limite do giro por mais de 3 segundos. Poderia provocar um desgaste sério da bomba, afetando seu funcionamento.

A eliminação de ar do sistema hidráulico deverá ser feita movimentando o volante do veículo de batente a batente sem forçar nas extremidades.

Defeito: AR NO SISTEMA:

Possíveis Causas: Elevação do nível de fluido; Aumento de esforço em manobras; Transbordamento de óleo no reservatório. Defeito: direção.

PESADA:

Possíveis Causas: Pressão dos pneus fora do especificado; Veículo desalinhado; Terminais e pivôs da suspensão desgastados ou danificados; Interferência da coluna de direção; Rolamentos superiores da suspensão desgastados ou danificados; Correia do sistema frouxa; Obstrução hidráulica das mangueiras; Vazamento em algum ponto do sistema;

Ar no sistema hidráulico; Válvula rotativa direcional danificada ou com restrição.

4 rodas direcionais

Neste tipo de direção, as rodas traseiras viram no sentido inverso das rodas dianteiras a baixa velocidade (para facilitar as manobras, nomeadamente o estacionamento) e no mesmo sentido das rodas dianteiras a alta velocidade (para aumentar a estabilidade do automóvel).

O controlo das rodas traseiras é efetuado por uma centralina separada que utiliza vários sensores (nomeadamente de velocidade, posição do acelerador, ângulo de direção) de forma a otimizar o comportamento do automóvel.

Em média velocidade, as rodas traseiras não esterçam e em alta (acima de 60km/h), esterçam no mesmo sentido das dianteiras (só que em grau bem menor), o que contribui para a estabilidade da traseira em curvas e facilita mudanças de pista na estrada, sobretudo ao transportar reboque.

Alguma fábricas usam este sistema, porém com nomes diferentes, a Nissan usa o nome de HICAS, a Honda usa 4WS, a GMC usa um sistema produzido pela Delphi denominado de Quadrasteer.

Animação Técnica – Sistema de Direção do Veículo

Fonte: www.autopan.com.br/www.autobelli.com.br

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