Seguia aquele fogo, que o guiava (1616)

Sonetos de Luís Vaz de Camões

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Seguia aquele fogo, que o guiava,

Leandro, contra o mar e contra o vento;

as forças lhe faltavam já e o alento,

Amor lhas refazia e renovava.

Despois que viu que a alma lhe faltava,

não esmorece; mas, no pensamento,

(que a língua já não pode) seu intento

ao mar que lho cumprisse, encomendava.

Ó mar (dezia o moço só consigo),

já te não peço a vida; só queria

que a de Hero me salves; não me veja…

Este meu corpo morto, lá o desvia

daquela torre. Sê me nisto amigo,

pois no meu maior bem me houveste enveja!

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

 

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