Figuras de Pensamento

Figuras de Pensamento – O que é

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São recursos estilísticos para tornar nossa expressão mais contundente e provocar impacto no ouvinte ou leitor. Entretanto, o efeito que provocam origina-se mais das idéias que está por trás das palavras do que por elas mesmas ou pela construção das frases.

Figuras de Pensamento são figuras que se posicionam no plano das idéias; faz-se por imaginação, por raciocínio, por desenvolvimento ou por significação simbólica.

As figuras de pensamento consistem numa alteração, num desvio, ao nível da intenção do falante. Essa alteração não se dá na expressão, mas anteriormente, no próprio processo de e elaboração mental da expressão.

Dessa forma, as figuras de pensamento não podem ser detectadas a partir de um termo que substitui outro ou de um desvio em relação às normas gramaticais.

Antítese

Consiste na oposição entre duas palavras ou idéias, geralmente na mesma frase.

Consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido. “Os jardins têm vida e morte.”

Exemplos:

Nunca dois iguais foram tão diferentes. – A casa que ele fazia Sendo a sua liberdade Era sua escravidão (Vinícius de Morais)

“Nasce o sol e não dura mais que um dia. Depois da luz, se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas, a alegria…”

Paradoxo

É o encontro de idéias com sentidos opostos. São pensamentos que se contradizem formando um só núcleo de expressão, diferenciando-se desta forma da antítese.

Exemplo:

“Amor é fogo que arde sem se ver É ferida que dói e não se sente É um contentamento descontente É dor que desatina sem doer…” (Camões)

Ironia

Consiste em sugerir, pela entonação, o contrário do que as palavras ou orações parecem exprimir.

É a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico. “A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”

Exemplos:

Como ele está apaixonado!!

O ministro foi sutil como uma jamanta e fino como um hipopótamo…

Perífrase

É a figura que consiste em exprimir por várias palavras aquilo que se diria em poucas ou em uma palavra. Torna-se, portanto, uma referência indireta.

Exemplos:

A pátria de Voltaire está em guerra. (A França está em guerra.)

O oxigênio do globo terrestre está terminando.

Outros Exemplos

A cidade da luz = Paris
O país do sol nascente = Japão
A eterna cidade = Roma
A cidade maravilhosa = Rio de Janeiro

Eufemismo

É a atenuação ou suavização de idéias consideradas desagradáveis, cruéis, imorais, obscenas ou ofensivas.

Consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável. Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)

Exemplos:

Ele entregou a alma a Deus. (Em lugar de: Ele morreu)
Nos fizeram varrer calçadas, limpar o que faz todo o cão… (Em lugar de fezes)
Ela é minha ajudante (Em lugar de empregada doméstica)
“…Trata-se de um usurpador do bem alheio…” (Em lugar de ladrão)

Disfemismo

É o contrário do eufemismo. O disfemismo é utilizado para dar um impacto violento, desagradável, obsceno e ofensivo.

Exemplos:

Ele bateu as botas! (Em lugar de morreu.)
Esse lixeiro é muito ruim. (Em lugar de: Esse gari não trabalha muito bem.)
A televisão me deixou burro, muito burro demais… (Titãs)

Hipérbole

Consiste no exagero de uma idéia.

Trata-se de exagerar uma idéia com finalidade enfática. Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)

Exemplos:

Eu já lhe disse um bilhão de vezes para não exagerar quando falar!
Este anel deve ter custado os olhos da cara.
Quase morri de estudar!

Gradação

Consiste numa sequência de palavras, sinônimas ou não, que intensificam uma mesma idéia. Pode ser da menos intensa para a mais intensa e vice-versa.

É a apresentação de idéias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax) “Um coração chagado de desejos Latejando, batendo, restrugindo.”

Exemplos:

O trigo… nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se. (Padre Vieira)
Ele chorou, berrou, esperneou.

Prosopopéia ou personificação

Consiste em atribuir linguagem, sentimentos e ações de seres humanos a seres inanimados ou irracionais.

Exemplos:

O galo cantou às quatro da manhã… (Cantar é humano)
O Morro dos Ventos Uivantes… (Os ventos não uivam)

A estrela d ‘alva no céu desponta E a lua anda tonta com tamanho esplendor…

Em um belo céu de anil, os urubus, fazendo ronda, discutem, em mesa redonda, os destinos do Brasil.
O longo braço do Sol impele os ventos.

Apóstrofe

Consiste no chamamento ou interpelação a uma pessoa ou coisa que pode ser real ou imaginária, pode estar presente ou ausente; usada para dar ênfase.

Exemplos:

Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal!
Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus!
Deus! Deus! Onde estás que não respondes?

Figuras de Pensamento – Recursos de Linguagem

As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se referem ao significadodas palavras, ao seu aspecto semântico,e édividida em 7 partes: Antítese, Apóstrofe, Eufemismo, Gradação, Hipérbole, Ironia e Prosopopéia.

Antítese

Aproximação de termos ou frases que se opõem pelo sentido.

Exemplo

“Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios” (Vinicius de Moraes)

Observação

Paradoxo – idéias contraditórias num só pensamento, proposição de Rocha Lima (“dor que desatina sem doer” Camões)

Eufemismo

Consiste em “suavizar” alguma idéia desagradável

Exemplo

Ele enriqueceu por meios ilícitos. (roubou)

Você não foi feliz nos exames. (foi reprovado)

Observação

Rocha Lima propõe uma variação chamada litote – afirma-se algo pela negação do contrário. (Ele não vê, em lugar de Ele é cego; Não sou moço, em vez de Sou velho). Para Bechara, alteração semântica.

Hipérbole

Exagero de uma idéia com finalidade expressiva

Exemplo

Estou morrendo de sede (com muita sede)

Ela é louca pelos filhos (gosta muito dos filhos)

Observação

Para Rocha Lima, é uma das modalidades de metáfora.

Ironia

Utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendo-se, assim, valor irônico.

Obseravação

Rocha Lima designa como antífrase

Exemplo

O ministro foi sutil como uma jamanta.

Gradação

Apresentação de idéias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax)

Exemplos

“Nada fazes, nada tramas, nada pensas que eu não saiba, que eu não veja, que eu não conheça perfeitamente.”

Prosopopéia, personificação, animismo

É a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados.

Exemplo

“A lua, (…) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel …” (Jõao Bosco / Aldir Blanc)

Observação

Para Rocha Lima, é uma modalidade de metáfora

Fonte: www.graudez.com.br/www.tradutorweb.com.br

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