Afogamento

Afogamento é a asfixia gerada por aspiração de líquido de qualquer natureza que venha a inundar o aparelho respiratório.

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Haverá suspensão da troca ideal de oxigênio e gás carbônico pelo organismo.

Hipotermia (baixa temperatura corporal)
Náuseas, vômito e/ou distensão abdominal
Tremores
Cefaléia (dor de cabeça), mal estar
Cansaço, dores musculares.
Em casos especiais pode haver apnéia (parada respiratória), ou ainda, uma parada cárdio-respiratória

Para bebês

Nunca devem ser deixados sozinhos no banho ou próximo a qualquer superfície líquida

Para crianças

Devem aprender a nadar e a boiar e devem compreender que não podem entrar em águas perigosas.
Saltos de trampolim são extremamente perigosos.

Para adultos

Noções sobre as suas limitações principalmente quando suas funções normais estiverem comprometidas devido ao manuseio de drogas, sejam elas medicamentos ou bebidas.
Evitar nadar sozinho em áreas não supervisionadas ou em áreas onde as condições sejam desconhecidas.
Qualquer nadador deve estar apto a nadar diagonalmente a uma corrente que o pegou e não contra a mesma , se não conseguir escapar deve chamar por socorro.

Objetivo

Prevenir o maior número de complicações
Garantindo oxigênio para o cérebro e o coração até que a vítima tenha condições para fazê-lo sem ajuda ou até esta ser entregue ao serviço médico especializado.

Meios

Suporte Básico de Vida (SBV)
Afim de habilitar a vítima aos procedimentos posteriores do Suporte Cardíaco Avançado de Vida (SCAV).
Deve promover o resgate imediato e apropriado, nunca gerando situação em que ambos (vítima e socorrista ) possam se afogar
A prioridade no resgate não é retirar a pessoa da água
Fornecer-lhe um meio de apoio que poderá ser qualquer material que flutue
Transporte até um local em que esta possa ficar em pé.
O socorrista deve saber reconhecer uma apnéia, uma parada cárdio-respiratória (PCR) e saber prestar reanimação cárdio-pulmonar (RCP)

O resgate deve ser feito por fases consecutivas:

Observação
Entrada na água
Abordagem da vítima
Reboque da vítima
Atendimento
Implica na observação do acidente
Verificar a profundidade do local
Número de vítimas envolvidas
Material disponível para o resgate
Tentar o socorro sem a sua entrada na água
Estendendo qualquer material a sua disposição que tenha a propriedade de boiar na água
Não se deve atirar nada que possa vir a ferir a vítima
Em caso de barco para o resgate com estabilidade duvidosa não colocar a vítima dentro do mesmo, pois estará muito agitada.

Lembre-se

O socorrista deve certificar-se que a vítima o está vendo
Se for em uma piscina a entrada deve ser diagonal à vítima e deve ser feita da parte rasa para a parte funda
Se for no mar ou rio a entrada deve ser diagonal à vítima e também diagonal à corrente ou à correnteza

Esta fase ocorre em duas etapas distintas:

Abordagem verbal
3 metros da vítima
Identificar-se e tentar acalmar a vítima
Dar instruções para que se posicione de costas facilitando uma aproximação sem riscos.
Abordagem física
Fornecer algo em que a vítima possa se apoiar, só então o socorrista se aproximará

Segurar a vítima fazendo do seguinte modo:

O braço de dominância do socorrista deve ficar livre para ajudar no nado, já o outro braço será utilizado para segurar a vítima, sendo passado abaixo da axila da vítima e apoiando o peito da mesma, essa mão será usada para segurar o queixo do afogado de forma que este fique fora da água.

Lembre-se

O nado utilizado será o “Over arms” também conhecido como nado militar ou nado de sapo
Quando em piscinas e lagos o objetivo será conduzir a vítima para a porção mais rasa
No mar deve-se tentar o transporte até a praia quando a vítima estiver consciente e quando o mar oferecer condições
Fazer o transporte para o alto mar (local profundo e de calmaria), quando a vítima apresentar-se inconsciente e o mar estiver revolto (essa atitude dará condições ao socorrista de repensar o salvamento)
Caso exista surfistas na área o socorrista, deve-se pedir ajuda .
Quando o socorrista puder caminhar, deve fazê-lo, pois é mais seguro do que nadar
Deverá carregar a vítima de forma que o peito desta fique mais elevado do que a cabeça, diminuindo o perigo da ocorrência de vômito
Em Primeiros Socorros as alterações eletrolíticas e hídricas decorrentes do afogamento em água doce ou salgada não são relevantes
Os procedimentos em Primeiros Socorros devem adequar-se ao estado particular de cada vítima (complicações existentes)
Caso o acidente não tenha sido visto pelo socorrista, ele deve considerar que a vítima possui Traumatismo Raquimedular (TRM) e deverá tomar todos os cuidados pertinentes a este tipo de ocorrência
O líquido que costuma ser expelido após a retirada da água provêm do estômago e não dos pulmões
Não se deve forçar provocando vômito, pois pode gerar complicações
Acalmar a vítima
Fazer a vítima repousar
Aquecê-la com a substituição das roupas molhadas e fornecimento de casacos, cobertores e bebidas quentes (se estiver bem acordada)
O afogado inconsciente deve ser colocado apoiado em posição segura e confortável
Manter decúbito lateral
A língua não bloqueará as vias respiratórias
Impedirá a aspiração de vômito
Manter a vítima deitada em decúbito dorsal procedendo com a lateralização da cabeça ou até da própria vítima afim de que não ocorra aspiração de líquidos.
Fazer a desobstrução das vias aéreas através da extensão do pescoço
Retirada de corpo estranho e da tração mandibular pensando sempre na possibilidade de um trauma cervical
Em vítimas com parada respiratória, proceder com a respiração boca-a-boca objetivando manter a oxigenação cerebral
Respiração Boca-a-Boca
Desobstruir as vias aéreas
Tampar o nariz e soprar na boca
Em vítimas com PCR efetuar a RCP
Quando o tempo de submersão for desconhecido ou inferior a uma hora
Iniciar a Reanimação Cárdio-Pumonar

Afogamento
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Fonte: www.patinacaoartistica.com.br

Afogamento

Afogar-se não é risco exclusivo dos que não sabem nadar.

Muitas vezes até um bom nadador se vê em apuros por algum problema imprevisto: uma cãibra, um mau jeito, uma onda mais forte.

Outras vezes a causa é mesmo a imprudência de quem se lança na água sem saber nadar. E pode ocorrer, ainda, uma inundação ou enchente, daí surgindo vítimas de afogamento.

Existem dois tipos de materiais que servem para auxiliar a retirar da água uma vítima de afogamento:

Materiais nos quais a vítima pode agarrar-se para ser resgatada: cordas, pedaços de pau, remo, etc.
Materiais que permitem que a vítima flutue até chegar o salvamento: barcos, pranchas, bóias, etc.

Evidentemente ninguém irá atirar-se à água ao primeiro grito de socorro que ouvir. Você deve proceder de modo exposto a seguir. Providencie uma corda, barco, bóia ou outro material que possa chegar até a vítima.

Caso não disponha de nada disso, parta para outras alternativas.

Se souber nadar bem, procure prestar socorro adequadamente. Verifique a existência ou não de correnteza ou de água agitadas.

Certifique-se do estado da vítima: se está imóvel ou debatendo-se.

Mesmo os melhores nadadores encontrarão dificuldades em nadar contra uma correntezas e águas agitadas e qual a melhor maneira de chegar até a vítima. Uma vítima de afogamento pode estar desacordada quando o salvamento chegar.

Se não estiver inconsciente e desacordada, certamente estará em pânico e terá grande dificuldades de raciocinar. Procure segurá-la por trás, de forma qual a mesma não possa se agarrar a você e impedi-lo de nadar.

Quando você chegar à margem com a vítima, seu trabalho de salvamento ainda não terá terminado. Caso o afogado esteja consciente e só tenha engolido um pouco de água, basta confortá-lo e tranquilizá-lo. Se estiver sentindo frio, procure aquecê-lo. Em qualquer circunstância, é aconselhável encaminhá-lo a Socorro médico.

Se a vítima, no entanto, estiver inconsciente, é muito provável que apresente a pele arroxeada, fria e ausência de respiração e pulso. Nesses casos, a reanimação tem de ser rápida e eficiente , e pode começar a ser feita enquanto você estiver retirando a vítima da água. Vire-a e passe a aplicar-lhe a respiração boca-a-boca.

Se necessário, faça também massagem cardíaca. Assim que a vítima estiver melhor e consciente, providencie sua remoção para um hospital.

É um acidente de asfixia, por imersão prolongada em um meio liquido com inundação e enxarcamento alveolar. O termo asfixia, indica concomitância de um baixo nível de oxigênio e um excesso de gás carbônico no organismo.

Classificação e sintomas do grau de afogamento:

Grau I ou Benigno: É o chamado afobado. É aquele que entra em pânico dentro d’água, ao menor indicio de se afogar. Esse afogado, muitas das vezes, não chega a aspirar a água, apenas apresenta-se: Nervoso, Cefaléia (dor de cabeça), Pulso rápido, Náuseas/vômitos, Pálido , Respiração e Trêmulo

Primeiros Socorros: Muitas das vezes, o afogado é retirado da água, não apresentando queixas. Neste caso, a única providência é registrá-lo e orientá-lo. O Repouso e o Aquecimento.

Grau II ou Moderado: Neste caso já são notadas sinais de agressão respiratória e por vez, repercussão no Aparelho Cárdio Circulatório, mas consciência mantida, os sintomas são: Ligeira Cianose, Secreção Nasal e Bucal com pouca espuma , Pulso Rápido, Palidez, Náuseas/vômitos, Tremores, Cefaléia.

Primeiros Socorros: Repouso , Aquecimento, Oxigênio e observação no CRA.

Grau III ou Grave: Neste caso o afogado apresenta os seguintes sintomas: Cianose, Ausento de secreção Nasal e Bucal, Dificuldade Respiratória, Alteração Cardíaca, Edema Agudo do Pulmão, Sofrimento do Sistema Nervoso Central.

Primeiros Socorros: Deitar a vítima em decúbito dorsal e em declive. Aquecimento, Hiper – estender o pescoço, Limpar secreção Nasal e Bucal, Providenciar remoção para CRA.

Grau IV ou Gravíssimo: A vítima apresenta-se em parada Cárdio – Respiratória, tendo como sintomas: Ausência de Respiração, Ausência de Pulso, Midríase Paralítica, Cianose, Palidez Primeiros Socorros: Desobstrução das Vias Aéreas Superiores. Apoio Circulatório . Apoio Respiratório. Providenciar remoção para CRA.

Fonte: www.escoteiro.org

Afogamento

Todo ser vivo é constituído de células ou por grupamentos de células, que se diferenciam, entre sí, para formar diversos tecidos e esses tecidos sofrem adaptações para formar os órgãos.

Para a manutenção da célula e também para garantir uma vida saudável, é necessário que o indivíduo apresente uma boa função cardiorrespiratória, a fim de que a célula seja abastecida com oxigênio, e também para que dela seja retirado o gás carbônico.

Sistema Respiratório

É através da respiração que o organismo obtém o O2 e elimina o CO2, sendo que tal troca gasosa é realizada pelos órgãos e estruturas do aparelho respiratório, que é constituído por:

Fossas nasais
Faringe
L aringe
Traquéia
P ulmões (brônquios, bronquíolos e alvéolos)

Na respiração o ar entra pelas vias aéreas e vai até os alvéolos pulmonares, que são completamente envolvidos por finos vasos sanguíneos, denominados capilares.

É entre os capilares e os alvéolos que ocorre a troca gasosa, onde o O2 passa para o sangue (hematose), e o CO2 sai do sangue e vai para os alvéolos. Uma vez no sangue, o O2 junta-se a uma proteína chamada HEMOGLOBINA e é transportado, pela circulação, até o coração, e depois para todas as células do corpo.

Uma vez dentro da célula, o O2 é captado pelas mitocôndrias, que irão utilizá-lo na produção de energia. Como resultado dessa produção temos o CO2 que é expelido da célula, cai na corrente sanguínea, é captado pela hemoglobina, vai até o coração e, de lá, chega novamente aos pulmões, e é jogado para fora do corpo através da expiração, e então novamente inicia-se o ciclo.

Os movimentos de inspiração e expiração ocorrem graças aos movimentos dos músculos entre as costelas (intercostais) e ao diafragma, que separa o tórax do abdome.

Entende-se por afogamento: a asfixia em meio líquido.

A asfixia pode dar-se pela aspiração de água, causando um encharcamento dos alvéolos pulmonares, ou pelo espasmo da glote, que pode vir a fechar-se violentamente obstruindo a passagem do ar pelas vias aéreas.

No caso de asfixia com aspiração de água, ocorre a paralisação da troca gasosa, devido o líquido postar-se nos alvéolos, não deixando assim que o O2 passe para a corrente sanguínea, e impedindo, também, que o CO2 saia do organismo.

A partir daí as células que produziam energia com a presença de O2 (aerobicamente), passarão a produzir energia sem a presença dele (anaerobicamente) causando várias complicações no corpo, como por exemplo, a produção de ácido lático, que vai se acumulando no organismo proporcionalmente ao tempo e ao grau de hipóxia (diminuição da taxa de O2).

Associado à hipóxia, o acúmulo de ácido lático e CO2 causam vários distúrbios no organismo, principalmente no cérebro e coração, que não resistem sem a presença do O2.

Soma-se também à esses fatores a descarga adrenérgica, ou seja, a liberação de adrenalina na corrente sanguínea, devido à baixa de O2, o estresse causado pelo acidente e também pelo esforço físico e pela luta pela vida, causando um sensível aumento da frequência cardíaca, podendo gerar arritmias cardíacas (batimentos cardíacos anormais), que podem levar à parada do coração.

A adrenalina provoca ainda uma constrição dos vasos sanguíneos da pele que torna-se fria podendo ficar azulada. Tal coloração é chamada de cianose.

A água aspirada e deglutida provoca uma pequena alteração no sangue, tais como: aumento ou diminuição na taxa de sódio e de potássio, além do aumento ou diminuição do volume de sangue (hiper ou hipovolemia) – dependendo do tipo de água (doce ou salgada) em que ocorreu o acidente – e destruição das hemáceas.

Com o início da produção de energia pelo processo anaeróbico, o cérebro e o coração não resistem muito tempo, pois bastam poucos minutos sem oxigênio (anóxia), para que ocorra a morte desses órgãos.

Levando-se em consideração que a água do mar possui uma concentração de 0,3% de NaCl (cloreto de sódio), e que o plasma sanguíneo possui uma concentração de apenas 0,9% de NaCl, caso seja aspirada água do mar, ela por ser mais densa que o sangue, promove uma “infiltração”, por osmose, do plasma no pulmão, tornando ainda mais difícil a troca gasosa.

Caso o afogamento ocorra em água doce, que possui concentração de 0% de NaCl, ocorre exatamente o contrário, devido o plasma ser mais denso que a água doce, fazendo com que a água passe para a corrente sanguínea causando uma hemodiluição e hipervolemia.

Além desses fatores, a vítima de afogamento, tanto em água doce com salgada, geralmente desenvolverá um quadro de inflamação pulmonar, podendo evoluir para um quadro de pneumonia (infecção pulmonar), devido a água aspirada e também pelas impurezas e microorganismos nela encontrados.

Em caso de anóxia, as células do coração podem resistir de cinco minutos até uma hora, mas os neurônios, que são as células cerebrais, não resistem mais de três a cinco minutos.

Fases do afogamento

O processo de afogamento envolve três estágios distintos, que podem ser interrompidos através da intervenção em sua ocorrência, são eles:

Angústia
Pânico
Submersão

Este processo é normalmente progressivo, mas nem sempre. Qualquer um dos dois estágios iniciais podem ser suprimidos completamente, dependendo de uma série de fatores.

Angústia

A palavra ANGÚSTIA talvez não seja a que melhor defina esta fase, mas é a que melhor se adapta à palavra original desta teoria: “distress”.

Distress é stress ao dobro, e stress significa submeter alguém a grande esforço ou dificuldades ou causar receios ou estar perturbado. Para nós, a palavra que melhor se adapta, em nossa língua é, então, angústia.

Há algumas vezes um longo período de aumento da angústia antes do começo real da emergência de afogamento. Estas situações podem envolver nadadores fracos ou cansados em água mais profunda que suas alturas, banhistas arrastados por uma corrente ou nadadores que apresentam cãibras ou trauma.

Durante a ocorrência da angústia, nadadores são capazes de se manterem na água com técnicas de natação ou equipamentos flutuantes, mas têm dificuldades em alcançar o grau de segurança necessário. Eles podem ser capazes de gritar, acenar por socorro, ou mover-se em direção à ajuda de outros.

Alguns nadadores angustiados nem sequer sabem que estão em perigo e podem nadar contra uma corrente sem, num primeiro momento, perceber que não estão obtendo sucesso.

A ocorrência da angústia pode durar alguns segundos ou pode prolongar-se por minutos ou até mesmo horas. À medida que a força do nadador esgota-se, a ocorrência da angústia progredirá ao pânico se a vítima não for resgatada ou não conseguir ficar em segurança.

Guarda-Vidas alertas, numa praia devidamente guarnecida são normalmente capazes de intervir durante a fase da angústia do processo de afogamento.

De fato, não é incomum algumas pessoas protestarem que elas não necessitam de ajuda porque elas ainda estavam para se sentir angustiadas, embora possa parecer claro para o Guarda-Vidas que elas estivessem em perigo óbvio.

Angústia dentro d’água é sério, mas esta fase do afogamento nem sempre ocorre. Se ocorrer, a rápida intervenção neste estágio pode assegurar que a vítima não sofra nenhum efeito do afogamento e possa assim continuar se divertindo o resto do dia.

A USLA (United States Lifesaving Association) estima que 80% dos salvamentos em praias de arrebentação ocorram devido a correntes de retorno. Em tais casos, uma fase inicial de angústia é típica.

Pânico

O estágio do pânico do processo de afogamento pode se desenvolver do estágio da angústia, à medida em que a vítima perca suas forças, ou pode começar imediatamente em seguida à imersão da vítima na água.

No estágio do pânico, a vítima é incapaz de manter adequadamente sua flutuabilidade devido à fadiga, completa falta falta de habilidade natatória, ou algum problema físico.

Por exemplo, um nadador fraco que cai de um equipamento flutuante (câmara de ar, bóias, pranchas) em águas profundas pode imediatamente entrar no estágio do pânico. Há pouca evidência de qualquer braçada de sustentação efetiva. A cabeça e o rosto estão voltados para a água, com o queixo geralmente estendido.

A vítima concentra toda sua energia em respirar, de forma que não há grito de socorro. O pânico irrompeu, tomou conta do banhista.

A vítima em pânico pode usar uma braçada ineficiente, parecida com o nado cachorro. Guarda-Vidas se referem à aparência das vítimas neste estágio para fora como “escalando para fora do buraco” ou “subindo a escada”.

O estágio do pânico raramente dura muito por causa de que as ações da vítima são amplamente ineficientes. Alguns estudos sugerem que dura tipicamente entre 10 e 60 segundos, para deste estágio poder progredir quase imediatamente à submersão, a menos que a vítima seja resgatada. Portanto, o Guarda-Vidas deve reagir muito rapidamente.

Submersão

Ao contrário da crença popular, a maioria dos afogamentos não resulta em uma pessoa boiando emborcada (flutuando em decúbito ventral).

Apesar do aumento da flutuabilidade proporcionado pela água salgada, pessoas sem um equipamento flutuante que perdem sua habilidade para manter a flutuabilidade, rapidamente submergem e afundam até o fundo.

Em água doce, que porporciona muito menos flutuabilidade que a água salgada, a submersão pode ocorrer extremamente rápido.

A submersão pode não ser fatal se a vítima é resgatada a tempo, mas isto pode ser uma tarefa extremamente difícil. Diferentemente da água cristalina das piscinas, o mar aberto é frequentemente escuro e a visibilidade na água pode ser muito baixa ou até zero.

As correntes e a ação da arrebentação podem deslocar o corpo para uma distância significativa do ponto da submersão inicial. Uma vez ocorrida a submersão, a chance do resgate ser bem sucedido declina rapidamente. Isto faz com que a intervenção na fase da angústia ou do pânico seja crucial.

Baseada na experiência de Guarda-Vidas profissionais em praias, a USLA acredita que há um intervalo de até dois minutos de maior possibilidade de um resgate de sucesso e ressuscitação de vítimas submersas.

Após isto, as chances de resgate com êxito declina muito rapidamente. Em águas frias, salvamentos bem sucedidos têm sido documentados após uma hora de submersão ou mais, mas estes são casos extremamente raros.

RISCOS NAS PRAIAS

FATORES QUE INFLUENCIAM AS PRAIAS

BURACOS

São depressões de até vários metros de diâmetro escavados na areia pela ação das ondas. Crianças pequenas podem estar pisando em água pelos calcanhares e facilmente passar a ter água sobre sua cabeça.

BANCOS DE AREIA E VALAS

Vala (trough) é um canal escavado pela força das ondas paralelamente à praia, sendo sua ocorrência mais comum em praias rasas. A extensão da vala pode ser grande, normalmente correndo nela uma corrente lateral, que vai cair numa corrente de retorno.

É sempre limitado interna e externamente por bancos de areia. o que é um risco para o banhista, que pode passar de água rasa para profunda rapidamente, mas que ajuda, pois estará sempre a poucos passos ou braçadas de uma profundidade rasa.

Nas valas a direção da corrente lateral segue a direção das ondas, quando entrarem diagonalmente, ou a direção das águas. Seu reconhecimento é semelhante aos canais de correntes de retorno, podendo, ainda, ser fixos, móveis ou permanentes.

Bancos de Areia e valas são encontrados onde uma corrente lateral persistente cortou um canal no fundo próximo à praia. Os formatos destas valas variam, mas têm às vezes 2 ou 3 metros de profundidade e se estendem por muitos metros paralelamente à praia antes de se direcionarem para o mar.

As valas alcançam desde poucos metros até 50 metros de largura. Águas correndo em uma vala procurando uma saída mar adentro podem se mover mais rápido que um banhista pode nadar.

Bancos de areia podem ser atrações decepcionantes para nadadores fracos. Ver que outros nadadores estão de pé em águas rasas mar adentro pode encorajar um nadador fraco a ir até lá, não percebendo que profundidades maiores estão entre ele e seu objetivo, e podem rapidamente se ver em condições acima de suas capacidades natatórias.

Outra situação perigosa ocorre quando um banhista alcança um banco de areia na maré baixa e, mais tarde, tenta voltar, caindo numa vala agora profunda, que pode, inclusive, conter uma corrente lateral.

REPUXO

O repuxo é mais perceptível em praias de tombo, próximo à maré alta. Ocorre quando a água empurrada para a praia pelas ondas é empurrada de volta pela ação da gravidade, ganhando movimento pela inclinação do relevo.

O retorno da água pode derrubar pessoas ou escavar a areia sob seus pés, e puxá-la então para águas mais profundas. Quando a arrebentação é grande, uma segunda série pode encontrar a água do repuxo, criando extensa turbulência, que pode ser particularmente perigosa para crianças e idosos.

Correntes de retorno são pouco frequentes em praias de tombo e, quando existem, tendem a puxar por uma distância muito curta mar adentro; mas a combinação de repuxo com corrente de retorno em praias de tombo pode ser muito perigoso pela soma de forças.

CORRENTES DE RETORNO

As Correntes de Retorno, de acordo com levantamento estatístico do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, confirmado por estatísticas da USLA (United States Lifesaving Association) são a causa primária dos acidentes na praia, chegando a ser responsável por 80% dos salvamentos de afogamentos.

A USLA as chama de “a máquina de afogar”, por causa de sua habilidade quase mecânica de cansar nadadores ao ponto de fadiga e, como última consequência, ao ponto da morte. O perigo é ainda maior por serem as correntes de retorno invisíveis e até atrativas para os banhistas desavisados.

COMO SE FORMAM – as correntes de retorno variam em tamanho, largura, profundidade, forma, velocidade e potência.

Elas são formadas, geralmente, da seguinte maneira: quando as ondas quebram, elas empurram a água acima do nível médio do mar. Uma vez que a energia da água é despendida (gasta), a água que ultrapassou aquele nível médio é empurrada de volta pela força da gravidade.

Quando ela é empurrada de volta, contudo, mais ondas podem continuar a empurrar mais água acima daquele nível médio, criando o efeito de uma barreira transitória (temporária). A água de retorno continua a ser empurrada pela gravidade, e procura o caminho de menor resistência.

Este pode ser um canal submerso na areia ou a areia ao lado de uma costeira ou pier, por exemplo. Como a água de retorno se concentra nesse canal, ela se torna uma corrente movendo-se para dentro do mar. Dependendo do número de fatores, esta corrente pode ser muito forte.

Algumas correntes de retorno dissipam muito próximo à praia, enquanto que outras podem continuar por centenas de metros. É importante notar que as ondas não quebrarão sobre um canal submerso. Além disto, a força de uma corrente de retorno movendo-se para dentro do mar num canal tende a diminuir a potência das ondas que entram.

A ausência de quebração resultante atrai banhistas incautos, que podem perceber águas relativamente calmas sobre um canal de uma corrente de retorno e pensar que estão escolhendo a área mais calma para o banho de mar, o que pode ser um erro mortal.

Mesmo excelentes nadadores podem ser inúteis para auxílio numa corrente de retorno. A velocidade da água e o pânico causado por estar sendo puxado para o mar podem ser opressivos, desesperadores.

Ao perceber que está sendo “arrastado” por uma Corrente de Retorno, o nadador deverá controlar o pânico, nadando em direção a uma das laterais da corrente – como se estivesse sendo levado por águas de um rio, nadar em direção à uma das margens – em sentido diagonal e a favor da correnteza. Sentindo que ultrapassou os limites da corrente, deve, aí sim, nadar em direção à praia.

CORRENTES LATERAIS

Uma corrente lateral, também chamada corrente paralela, corre asperamente paralela à praia.

Essas correntes são frequentemente causadas por ondas que entram num ângulo diagonal com a praia, assim empurrando a água ao longo da praia depois de quebrarem as ondas. Elas podem arrastar banhistas por toda sua extensão a velocidades bem rápidas e alimentar uma corrente de retorno.

As Correntes Laterais são menos perigosas que as Correntes de Retorno por causa de que a tendência natural do banhista numa corrente é nadar em direção à praia. Uma pessoa numa Corrente Lateral nadando em direção à praia, estará nadando perpendicularmente à direção da corrente e deve conseguir alcançar a praia com certa facilidade.

ONDAS

As ondas causam problemas aos visitantes das praias por causa de sua tremenda força e energia, tanto para a frente, em direção à praia, quanto para baixo, quando quebram.

Muitas pessoas subestimam a força contida numa onda quebrando, e podem ser feridas pelo movimento para frente de uma onda. O movimento para frente das ondas pode derrubar banhistas, machucá-los ou colocá-los à mercê da água que rapidamente reflui depois de quebrar na praia (repuxo).

O movimento para baixo das ondas pode violentamente empurrar um banhista ou surfista para baixo, causando sérios traumas à cabeça, pescoço, costas e outras partes do corpo.

Ondas mergulhantes (caixote) em praias de tombo são particularmente responsáveis por causar ferimentos no pescoço e nas costas por causa da energia dispendida tão rapidamente na água rasa.

Durante os remansos (períodos calmos entre séries de ondas), contudo, frequentadores das praias geralmente se aventuram mais do que deviam, para sofrer as consequências quando as séries maiores retornarem. Esta situação pode ser ilustrada pelo fato de que é durante tais remansos, imediatamente seguintes a séries mais altas, que as correntes de retorno e as laterais são mais fortes.

Traduzido de: “The United States Lifesaving Association Manual of Open Water Lifesaving” – B.Chris Brewster (Editor) – 1995 – Pontice – Hall, Inc., pags 75 a 76.

Traduzido por: 1º Tenente PM SANDRO MAGOSSO, do 17º Grupamento de Bombeiros.

Fonte: www.polmil.sp.gov.br

Afogamento

Afogamento é a asfixia gerada por aspiração de líquido de qualquer natureza que venha a inundar o aparelho respiratório. Haverá suspensão da troca ideal de oxigênio e gás carbônico pelo organismo.

SINAIS E SINTOMAS

Em um quadro geral pode haver hipotermia (baixa temperatura corporal), náuseas, vômito, distensão abdominal, tremores , cefaléia (dor de cabeça), mal estar, cansaço, dores musculares. Em casos especiais pode haver apnéia (parada respiratória), ou ainda, uma parada cárdio-respiratória.

PREVENÇÃO

Para bebês:

Estes nunca devem ser deixados sozinhos no banho ou próximo a qualquer superfície líquida.

Para crianças:

Além dos cuidados anteriores deve-se estimulá-las a assumir responsabilidade por sua própria segurança. Elas devem aprender a nadar e a boiar e devem compreender que não devem entrar em águas perigosas.

Saltos de trampolim são extremamente perigosos.

Para adultos:

Estes devem ter noções sobre as suas limitações principalmente quando suas funções normais estiverem comprometidas devido ao manuseio de drogas, sejam elas medicamentos ou bebidas. Evitar nadar sozinho em áreas não supervisionadas ou em áreas onde as condições do meio líquido sejam desconhecidas.

Qualquer nadador deve estar apto a nadar diagonalmente a uma corrente que o pegou e não contra a mesma , se não conseguir escapar deve chamar por socorro

PRIMEIROS SOCORROS EM AFOGAMENTO

Objetivo: Promover menor número de complicações provendo-se o cérebro e o coração de oxigênio até que a vítima tenha condições para fazê-lo sem ajuda externa, ou até esta ser entregue a serviço médico especializado.
Meios:
Suporte Básico de Vida (SBV) afim de habilitar a vítima aos procedimentos posteriores do Suporte Cardíaco Avançado de Vida (SCAV). O SBV consiste apenas em medidas não evasivas.
O socorrista:
Deve promover o resgate imediato e apropriado, nunca gerando situação em que ambos (vítima e socorrista ) possam se afogar, sabendo que a prioridade no resgate não é retirar a pessoa da água, mas fornecer-lhe um meio de apoio que poderá ser qualquer material que flutue, ou ainda, o seu transporte até um local em que esta possa ficar em pé. O socorrista deve saber reconhecer uma apnéia, uma parada cárdio-respiratória (PCR) e saber prestar reanimação cárdio-pulmonar (RCP)
O resgate:
O resgate deve ser feito por fases consecutivas: Compreendendo a Fase de observação, de entrada na água , de abordagem da vítima, de reboque da vítima, e o atendimento da mesma.

Fase de observação

Implica na observação do acidente, o socorrista deve verificar a profundidade do local, o número de vítimas envolvidas, o material disponível para o resgate.

O socorrista deve tentar o socorro sem a sua entrada na água, estendendo qualquer material a sua disposição que tenha a propriedade de boiar na água, não se deve atirar nada que possa vir a ferir a vítima.

Em casos de dispor de um barco para o resgate, sendo este com estabilidade duvidosa a vítima não deve ser colocada dentro do mesmo, pois estará muito agitada.

Fase de entrada na água

O socorrista deve certificar-se que a vítima está visualizando-o. Ao ocorrer em uma piscina a entrada deve ser diagonal à vítima e deve ser feita da parte rasa para a parte funda. Sendo no mar ou rio a entrada deve ser diagonal à vítima e também diagonal à corrente ou à correnteza respectivamente.

Fase de Abordagem

Esta fase ocorre em duas etapas distintas

Abordagem verbal:

Ocorre a uma distância média de 03 metros da vítima. O socorrista vai identificar-se e tentar acalmar a vítima. Caso consiga, dar-lhe-á instruções para que se posicione de costas habilitando uma aproximação sem riscos.

Abordagem física:

O socorrista deve fornecer algo em que a vítima possa se apoiar, só então o socorrista se aproximará fisicamente e segurará a vítima fazendo do seguinte modo: O braço de dominância do socorrista deve ficar livre para ajudar no nado , já o outro braço será utilizado para segurar a vítima , sendo passado abaixo da axila da vítima e apoiando o peito da mesma, essa mão será usada para segurar o queixo do afogado de forma que este fique fora da água.

Fase de reboque

O nado utilizado será o “Over arms” também conhecido como nado militar , ou nado de sapo. Quando em piscinas e lagos o objetivo sempre será conduzir a vítima para a porção mais rasa . No mar, será admitido o transporte até a praia, quando a vítima estiver consciente e quando o mar oferecer condições para tanto; será admitido o transporte para o alto mar (local profundo e de extrema calmaria), quando a vítima apresentar-se inconsciente e o mar estiver extremamente revolto (essa atitude dará condições ao socorrista de repensar o salvamento). Caso exista surfistas na área o socorrista, deve-se pedir ajuda .

Quando o socorrista puder caminhar, deve fazê-lo, pois é mais seguro do que nadar. Deverá carregar a vítima de forma que o peito desta fique mais elevado do que a cabeça, diminuindo o perigo da ocorrência de vômito.

Fase de atendimento

O atendimento, em Primeiros Socorros as alterações eletrolíticas e hídricas decorrentes de diferentes tipos de líquidos(água doce ou salgada) em que ocorreu o acidente não são relevantes, não havendo tratamentos diferentes ou especiais. Os procedimentos em Primeiros Socorros devem adequar-se ao estado particular de cada vítima, no que se refere às complicações existentes.

Vale frisar que o líquido que costuma ser expelido após a retirada da água provêm do estômago e não dos pulmões por isso, sua saída deve ser natural , não se deve forçar provocando vômito, pois pode gerar novas complicações.

Caso o acidente não tenha sido visto pelo socorrista, ele deve considerar que a vítima possui Traumatismo Raquimedular(TRM) e deverá tomar todos os cuidados pertinentes a este tipo de patologia.

A nível de Primeiros Socorros deve-se sempre:

1. Acalmar a vítima, fazê-la repousar e aquecê-la através da substituição das roupas molhadas e fornecimento de roupas secas, casacos, cobertores e bebidas quentes
2.
Manter a vítima deitada em decúbito dorsal procedendo com a lateralização da cabeça ou até da própria vítima afim de que não ocorra aspiração de líquidos.
3.
Caso o afogado inconsciente seja deixado sozinho, ele deve ser colocado na posição de recuperação que mantêm o corpo apoiado em posição segura e confortável, além de impedir que a língua bloqueie a garganta e facilitar a saída de líquidos.

Outros procedimentos em casos particulares seriam:

1. Fazer a desobstrução das vias aéreas através da extensão do pescoço , da retirada do corpo estranho e da tração mandibular atentando sempre para a possibilidade de trauma cervical.
2.
Em vítimas com parada respiratória, proceder com a respiração boca-a-boca objetivando manter a oxigenação cerebral.
3.
Em vítimas com PCR, efetuar a RCP em casos que o tempo de submersão seja desconhecido ou inferior a uma hora.

Fonte: www.brigadamilitar.rs.gov.br

Afogamento

Sinais e sintomas

Agitação, dificuldade respiratória, inconsciência, parada respiratória, parada cardiaca.

O que fazer

Aproxime-se da vítima pelas costas, segure-a e mantenha-a com a cabeça fora d’água
Procurar retirar os objectos estranhos que possam estar na boca e Iniciar imediatamente a respiração de socorro BOCA-A-BOCA, ainda com a vitima dentro d’água.
Coloque a vítima em decúbito dorsal (deitada de costas), com a cabeça mais baixa que o corpo, quando fora d’água
INSISTA na respiração de socorro BOCA-A-BOCA, se necessário
EXECUTE a massagem cardíaca externa, se a vitima apresentar ausência de pulso e pupilas dilatadas
Friccione vigorosamente os braços e as pernas do afogado, estimulando a circulação
Remova IMEDIATAMENTE a vitima para o SERVIÇO DE SALVAMENTO ou o hospital mais próximo.

Advertência

Se a pessoa que se afogar conservar o conhecimento, corre-se o perigo de se deixar dominar pelo pânico e arrastar o socorrista.

O melhor será atirar-lhe alguma coisa a que possa agarrar-se, por exemplo, um remo.

Em caso contrário, segura-se a cabeça por trás e puxa-se pelas costas até terra.

Explicação científica

Entende-se por afogamento a asfixia em meio líquido

A asfixia pode dar-se pela aspiração de água, causando um encharcamento dos alvéolos pulmonares, ou pelo espasmo da glote, que pode vir a fechar-se violentamente obstruindo a passagem do ar pelas vias aéreas.

No caso de asfixia com aspiração de água, ocorre a paralisação da troca gasosa, devido o líquido postar-se nos alvéolos, não deixando assim que o O2 passe para a corrente sanguínea, e impedindo, também, que o CO2 saia do organismo.

A partir daí as células que produziam energia com a presença de O2 (aerobicamente), passarão a produzir energia sem a presença dele (anaerobicamente) causando várias complicações no corpo, como por exemplo, a produção de ácido lático, que vai se acumulando no organismo proporcionalmente ao tempo e ao grau de hipóxia (diminuição da taxa de O2).

Associado à hipóxia, o acúmulo de ácido lático e CO2 causam vários distúrbios no organismo, principalmente no cérebro e coração, que não resistem sem a presença do O2.

Soma-se também aesses fatores a descarga adrenérgica, ou seja, a liberação de adrenalina na corrente sanguínea, devido à baixa de O2, o estresse causado pelo acidente e também pelo esforço físico e pela luta pela vida, causando um sensível aumento da frequência cardíaca, podendo gerar arritmias cardíacas (batimentos cardíacos anormais), que podem levar à parada do coração. A adrenalina provoca ainda uma constriçãodos vasos sanguíneos da pele que se torna fria podendo ficar azulada.

Tal coloração é chamada de cianose.

A água aspirada e deglutida provoca uma pequena alteração no sangue, tais como: aumento ou diminuição na taxa de sódio e de potássio, além do aumento ou diminuição do volume de sangue (hiper ou hipovolemia) – dependendo do tipo de água (doce ou salgada) em que ocorreu o acidente – e destruição das hemáceas.

Com o início da produção de energia pelo processo anaeróbico, o cérebro e o coração não resistem muito tempo, pois bastam poucos minutos sem oxigênio (anóxia), para que ocorra a morte desses órgãos.

Fonte: www.primeirossocorros.com

Afogamento

Ao avistar um caso de afogamento não tente nada heróico e chame o guarda-vidas. Isto pode ser feito até por telefone ligando gratuitamente 193, e informando o local e o que está acontecendo.

Caso em sua avaliação, não haja tempo para aguardar o socorro, procure alguém na praia ou próximo que possa ter experiência com o mar. Um surfista, por exemplo.

Nunca se aproxime da vítima, pois ela irá agarrá-lo e poderá afogar os dois. Lembre-se que o desespero dele por uma “tábua da salvação” pode levá-lo junto ao afogamento. Não arrisque sua vida.

Procure atirar algum material de flutuação para que a vítima tenha tempo de aguardar a chegada do guarda-vidas. Uma garrafa de refrigerante 2 litros com tampa, uma bóia, uma prancha ou tampa de isopor, etc.

Tenha sempre calma, e peça calma ao afogado.

Ao entregar o material de flutuação para o afogado acalme a situação, conversando com o afogado e peça a ele que não lute contra a correnteza e que se deixe levar para o alto mar que logo virá o socorro que você solicitou.

Sempre que tiver dúvidas não hesite em pedir ou procurar ajuda do profissional guarda-vidas.

Ao chegar a areia, inicie os primeiros socorros imediatamente.

1. Coloque a vítima paralela à água com a cabeça voltada para o seu lado esquerdo, de forma que você esteja de costas para o mar. Cheque a resposta da vítima perguntando, Você está me ouvindo?

2. Se houver resposta da vítima, ela está viva, avalie então se há necessidade de chamar os guarda-vidas e aguarde o socorro chegar.

Fonte: www.defesasocial.al.gov.br

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