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A política econômica do Irã contemporâneo tem sido moldada sob a complexa influência de vários fatores internos e externos.
Naturalmente, as mudanças que aconteceram como resultado da Revolução Islâmica não só afetaram a política e a sociedade, mas também a economia do país.
Durante a primeira fase, seguindo imediatamente a Revolução Islâmica, as instituições governamentais tomaram medidas drásticas para aumentar o controle estatal sobre a economia. Assim, no dia 8 de junho de 1979, o Conselho Revolucionário emitiu um decreto que autorizava o então governo provisório a administrar os vinte e oito bancos de todo o país.
Só algumas semanas depois, no dia 25 de junho, o sistema de seguro, que consiste em onze companhias principais, estava nacionalizado. Em 1982, o governo havia assumido o controle de todos os empreendimentos que possuíam mais de 1.000 empregados.
Não eram só as principais indústrias que estavam sob o controle das autoridades estatais antes da Revolução como as de petróleo, gás e aço, companhias produtoras, petroquímicas, plantas, utilidades públicas (água e eletricidade), ou o serviço ferroviário do Irã; o governo também estendeu seu controle para outras indústrias que julgou de vital importância para a economia do país, por exemplo, as metalúrgicas, a indústria automobilística, os estaleiros e empreendimentos de construção de aeronaves. O governo revolucionário estava também muito interessado no comércio estrangeiro do Irã, que havia sido regulado recentemente e foi sujeitado ao controle dos treze centros de marketing nacionais.
A agressão do Iraque contra o território Iraniano pôs um fim nos esforços do governo para mudar a estrutura econômica do Irã. De fato, a guerra imposta formou o período transitório para a segunda fase principal no desenvolvimento econômico do país. Durante os anos de guerra, a administração foi forçada a redirecionar seus recursos para compensar o dano ocorrido pela guerra e satisfazer as necessidades básicas da população.
Em geral, o conflito, que custou ao país 650 bilhões de dólares, havia obstruído o empenho ambicioso do governo para fazer uso dos potenciais pós-revolucionários do país e reformar a economia nacional. Indiscutivelmente, o Período de após-guerra prejudicou o desenvolvimento pós-revolucionário do Irã. Porém, havia vários outros fatores adicionais que prejudicaram a reconstrução da economia do país: Com a produção industrial do Irã sendo reduzida a 40% de suas capacidades potenciais, teve que satisfazer as necessidades de uma população cujo número tinha dobrado dentro de uma só década.
Além disso, teve que contender com um total de 3.5 milhões de refugiados que haviam fugido do Afeganistão para o Irã. Tudo aconteceu enquanto o déficit do orçamento importado somava mais de 52% e a taxa inflacionária nacional tinha excedido 20 %. A reconstrução econômica do país, que segue a guerra com o Iraque, foi acompanhada por vários desenvolvimentos importantes, tanto no contexto internacional como também no contexto doméstico.
Assim, o primeiro programa de desenvolvimento, emoldurado para um período de cinco anos, não só foi influenciado pelo amplo desarranjo da doutrina socialista incitada por Gorbachoves mas também por uma emenda da constituição Iraniana, concedendo ao presidente do país mais poder, colocando a construção econômica sob o controle do executivo.
Depois de uma política de nacionalização durante o período que antecedia a guerra, o primeiro plano dos cinco-anos, apresentado pelo Presidente Hashemi Rafsanjani, levou uma aproximação de um mercado orientado, criando medidas para encorajar o desenvolvimento de livres empreendimentos.
O plano que antes havia sido aprovado pelo parlamento, permitiu investimentos estrangeiros no valor de 17 bilhões de dólares, a criação de quatro zonas de comércio livres, a abolição de várias importantes proibições e o apoio aos exportadores não-petrolíferos. Como resultado, o governo fez sucessos rápidos em algumas áreas.
Assim, durante o período do primeiro plano de cinco anos, a economia do país alcançou uma taxa de crescimento de 7.5% ao ano; os Não-exportadores de petróleo exportavam rosas que somavam de um a quatro bilhões dólares; o Irã ficou largamente independente de importações com atenção dada às mercadorias importantesestrategicamente, como trigo e o aço.
Também foram tomados importantes passos com relação ao desenvolvimento da infra-estrutura do país e utilidades. Ao final do primeiro plano de cinco anos a produção de água, eletricidade e gás havia alcançado uma taxa de crescimento de 16.6 %.
No ano 1371 Iraniano (março de 1992 – março de 1993) as hidrelétricas produziram 16,300 megawatts de eletricidade; ao contrário de anos anteriores, não havia mais falta de energia, e mais de 1,000 aldeias foram conectadas à grade nacional.
A reconstrução do sistema de suprimento de energia também incluiu o desenvolvimento da cadeia de gás do país que em 1371 foi estendida a 335,000 novas casas e centros comerciais. Comparado a 1978 quando somente 22 das 1,000 casas possuíam seu próprio telefone, o número triplicou em 1372 (1993/94).
As estatísticas durante o mesmo ano também mostram que 99% das casas do país foram conectadas às centrais elétricas, e que 90% da população possui TELEVISÃO, 92% possui geladeiras, 34% lavadoras de roupa, e 14% possui carro próprio. Todos estes dados indicam uma taxa de crescimento muito maior que a do ano de 1979. A aumento geral do padrão de vida refletiu nas taxas de mortalidade.
No ano de 1368 (1989/90) a cada 100.000 crianças que nasciam, 45 faleciam, esta taxa caiu para 35 em 1372 (1993/94). No mesmo período, o número de um médico para cada 1.000 habitantes aumentou de 34 para 50, o número de universitários aumentou de 8,5 para 17 estudantes em cada 1.000 habitantes.
Finalmente, o primeiro plano dos cinco anos também provocou uma estabilização geral de seu orçamento. Assim, rendas com impostos mostraram um crescimento anual de 41%, e o déficit do orçamento foi reduzido de 9.8% em 1368 para 1.7% em 1372;
De que maneira a atual situação afetará as relações econômicas da República Islâmica com outros países?
A queda dos preços do petróleo e os problemas com relação ao reembolso das dívidas de câmbio exterior tornaram claro que o país precisa procurar fontes adicionais de câmbio exterior. Como conseqüência, o desenvolvimento de indústrias exportadoras não-petrolíferas serão de grande importância.
Além disso, abrindo mercados novos para seu petróleo e exportações de outros produtos, a República Islâmica terá que tentar uma aproximação com o livre mercado orientado, que permitirá mais flexibilidade. Qualquer que seja a direção que política econômica Iraniana tomará no futuro, os seguintes fatores são muito prováveis para influenciar o desenvolvimento no futuro do país.
1. Com relação aos investimentos estrangeiros, assim como os créditos estrangeiros e a importação de produtos que não são considerados de vital importância para a economia do país, o segundo plano de cinco anos será mais cautelosa.
2. Devido à proporção ascendente e a crescente importância nas exportações de outros produtos que não seja o petróleo, as relações de comércio do Irã com outros países na região aumentarão. Por conseguinte, o Irã intensificará suas relações econômicas com os estados vizinhos no golfo Pérsico e com os sócios da Organização de Cooperação Econômica (OCE). Em suas visitas às novas repúblicas na Ásia Central e no Cáucaso, o Presidente Rafsanjani promoveu esta nova política e assinou mais de sessenta acordos econômicos, culturais e políticos de cooperação bilateral. Recentemente, houve uma expansão fixa das relações de comércio entre o Irã e os estados do GUS. No ano de 1371 (1992/93) as exportações iranianas para estes países aumentou em 220% e alcançaram um total de 214 milhões de dólares. Ao mesmo tempo, as importações Iranianas destes países aumentaram para 518 milhões de dólares. Além disso, as relações com os vizinhos do Irã no Golfo Pérsico também continuarão representando um papel importante no desenvolvimnto econômico do país.
3. As relações comerciais com países do Extremo Oriente serão de grande importância, pois irão reduzir a parte dos estados do OECD na economia Iraniana. Esta tendência já é visível nas relações de comércio do Irã com o Sul da Coréia e Tailândia. Enquanto que, em 1977 as importações Iranianas destes países haviam alcançado 234 milhões de dólares, eles triplicaram ao final do ano de 1990 e alcançaram um volume total de 834 milhões de dólares. A extensão das relações de comércio bilaterais com estes países está baseada principalmente em um interesse mútuo em investimentos estratégicos nas indústrias não petrolíferas.
4. Como conseqüência de sua orientação gradual para uma economia de livre mercado orientado, baseada em empreendimentos privados, especialmente nos domínios das indústrias não produtoras de petróleo, o comércio estrangeiro do Irã será planejado cada vez menos através de organismos governamentais. Isto significa que uma porção crescente de câmbio exterior será feita por comércios privados.
5. Contudo, o petróleo continuará indubitavelmente sendo a fonte mais importante de câmbio exterior, a exportação de gás ganhará importância. Transferência tecnológica de nações industriais e investimentos estrangeiros podem funcionar como um catalisador nesta área.
6. Relações de comércio crescentes estarão baseadas na cooperação bilateral regional, mesmo se existir diferenças marcantes entre a orientação e o desenvolvimento de economias nacionais. Países como a Turquia ou a Malásia são exemplos interessantes de como os regulamentos podem ser diferentes. No começo dos anos 80, ambos os países aumentaram seus esforços para ampliar o setor industrial significativamente, mas os resultados foram bastante diferentes.
O sucesso de Malásia está em parte devido a sua orientação para mercados promissores no Extremo Oriente. A região do Golfo Pérsico pode desenvolver ao longo de linhas semelhantes em um mercado com um potencial vasto. A Política externa Iraniana terá que explorar as possibilidades da República Islâmica e posicionar em relação aos futuros desenvolvimentos econômicos regionais.
Fonte: www.webiran.org.br
Economia do Irã
Com um PIB (PPP) de 551.6 bilhões de dólares (est. 2005), a economia do Irã é um misto de planejamento centralizado, propriedade estatal do petróleo e de outras grandes empresas, agricultura tradicional e comércio e serviços privados de pequeno porte.
O atual governo continua a seguir os planos de reforma econômica do anterior, indicando que procurará diversificar uma economia dependente do petróleo (3,9 milhões de barris/dia). O governo iraniano vem tentando diversificá-la por meio de investimentos em outras áreas, como as indústrias automobilística, aerospacial, de eletrônica ao consumidor, patroquímica e nuclear.
O Irã também espera atrair bilhões de dólares em investimentos estrangeiros ao criar um ambiente econômico mais favorável, por meio de medidas tais como a redução de restrições e tarifas alfandegárias a importações e a criação de zonas de livre comércio de que são exemplos as de Chabahar e da ilha de Kish.
O Irã moderno apresenta uma classe média sólida e uma economia em crescimento, mas continua a sofrer com altos índices de inflação e de desemprego.
Os déficits orçamentários têm sido um problema crônico, em parte devido aos grandes subsídios estatais, que somam algo como 7.25 bilhões de dólares ao ano, especialmente a produtos alimentícios e gasolina.
O Irã é o segundo maior produtor de petróleo da OPEP e possui 10% das reservas mundiais comprovadas. Também possui a segunda maior reserva de gás natural do mundo, após a Rússia.
O investimento estatal incentivou o setor agrícola, com a liberalização da produção e melhorias na embalagem e no marketing, que permitiram desenvolver novos mercados de exportação. O setor agrícola teve o maior crescimento relativo nos anos 1990, devido aos sistemas de irrigação em grande escala e à produção disseminada de produtos agrícolas de exportação como damascos, flores e pistachios. A agricultura continua a ser um dos maiores empregadores no país.
Os principais parceiros comerciais do Irã são a França, a Alemanha, a Itália, a Espanha, a Rússia, a China, o Japão e a Coréia do Sul. A partir do fim dos anos 1990, o Irã tem aumentado a sua cooperação econômica com outros países em desenvolvimento, como a Síria, a Índia, Cuba, Venezuela e a África do Sul, e vem expandindo seus laços comerciais com a Turquia e o Paquistão, compartilhando com seus parceiros a idéia de criar um mercado comum na Ásia Ocidental e Central.
Seus principais produtos de exportação são o petróleo (80%), produtos químicos e petroquímicos, frutas e nozes, tapetes e caviar. Desde 2005, o Irã tem status de observador na Organização Mundial do Comércio.
A moeda do Irã é o rial, dividido em cem dinares. O câmbio é flutuante desde 2002.
Fonte: geocities.com
Economia do Irã
A economia do Irã foi um dos mais avançados no Oriente Médio até a revolução islâmica de 1979, quando o ritmo de crescimento tinha desacelerado consideravelmente. Além disso, o Irã-Iraque má gestão guerra e econômico mais aleijado o crescimento econômico do Irã. Houve uma melhoria constante na economia do Irã sobre as últimas duas décadas.
Devido aos altos preços do petróleo mundiais as receitas de exportação aumentou, o que ajudou a conferir grande dívida da nação estrangeira. No entanto, a economia do Irã continua a ser onerados pelo alto desemprego, a inflação, subsídios caros, a corrupção, e um setor público inchado e ineficiente. A percentagem de riqueza do país dedicado ao desenvolvimento de armas de destruição em massa continua a ser uma questão controversa com as principais nações do oeste.
Hoje o Irã é classificado 150 economias mais livres do mundo, que pontua bem em apenas um dos 10 fatores medidos, o que é liberdade fiscal. A maioria das atividades econômicas no Irã são tratados pelo Estado.
Setores econômicos
A economia do Irã é caracterizada por uma excessiva dependência do sector petrolífero, eo Governo está a fazer tentativas para expandir a receita, investindo em outros setores também. As outras áreas onde o governo está procurando diversificar as indústrias aeroespacial, fabricação de automóveis, eletrônicos de consumo, tecnologia nuclear e petroquímica. O país também tem um imenso potencial para o desenvolvimento em sectores como o turismo, a mineração, informação e comunicação (TIC).
Empresas do setor privado no Irã geralmente incluem oficinas de pequena escala, agricultura e serviços.
Petróleo e Gás
Petróleo e gás é o setor econômico primário no Irã e detém aproximadamente 10% das reservas de petróleo do mundo. Além disso, o Irã é o segundo maior produtor da Opep, e também se orgulha de ter a segunda maior de petróleo do mundo e as reservas de gás. Irã promete crescer no futuro próximo em áreas de perfuração, exploração, refino e treinamento.
O governo iraniano tem sido reconstruir sua produção de petróleo e instalações de exportação desde a conclusão da guerra Irã-Iraque em 1988.
Em um importante desenvolvimento em 1995, o governo iraniano criou novas oportunidades de investimento no setor de petróleo por empresas estrangeiras.
Mineração
Além de petróleo e gás, o Irã também é rica em suas jazidas minerais que têm as maiores reservas de zinco e segundo maiores reservas de cobre do mundo. Outras reservas minerais importantes incluem ferro, chumbo, urânio, cromita, ouro, manganês e carvão.
Apesar de seus depósitos minerais ricos, a indústria de mineração do Irã continua subdesenvolvida. No entanto, o governo iraniano está dando prioridade para o desenvolvimento da indústria mineral e também é incentivar a participação estrangeira.
Telecomunicações
Como um dos mercados de telecomunicações que mais cresce no Oriente Médio, o Irã pretende tornar-se número um no mercado do Oriente Médio. O país tem a maior rede de telecomunicações na região.
O governo do Irã recentemente introduziu uma série de medidas de privatização e também está incentivando o investimento privado no setor.
Fonte: www.123independenceday.com
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