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Tem indícios da presença humana em Canaám desde a era paleolítica, para o ano 100.000 aC. habitou no monte Carmelo o homem conhecido como “protocromanhão” e para o ano 8.000 fez seu aparecimento a agricultura e a criação de gado, momento no que se inicia a extensão dos povos, dando lugar a manifestações artísticas e religiosas. A Terra Santa se converte assim, na cúspide do desenvolvimento cultural do homem atual.
No há nada como ler os textos do Antigo Testamento para conhecer a fundo a história de Israel e do povo Judeu. Este tem suas orígens quando o Patriarca Abraham, junto a doce tribos nômades de Caldea (Mesopotâmia), partem para Canaán, a Terra Prometida, para estabelecer-se nela.
A fome obriga-os a emigrar para Egito, onde são cruelmente dominados. Foi Moisés quem liberou o povo da escravidão, dando passo ao êxodo para a terra Prometida. Durante 40 anos se avança para Canaán. Durante o caminho o povo recebe as Tábuas da Lei no Monte Sinai.
Saúl, o primeiro rei de Israel do ano 1004 ao 967 aC. , foi derrotado pelos filisteos, sucedendo -lhe David (depois de vencer a Golias), que converte Jerusalém na capital do reino. Depois de sua morte lhe sucederia o rei Salomão, o rei sábio.
Com a morte deste, o reino divide-se em dois: ao norte dez tribos fundam Israel com capital em Samaria, enquanto que as duas tribos restantes fundam o Reino de Judá, com capital em Jerusalém. Este último permaneceria fiel à dinastia de David.
Para o século VI aC. o rei Nabucodonosor de Babilônia destruiu Jerusalém e o Templo de Salomão, deportando aos judeus a Babilônia (a primeira diáspora judia) A meados desse século, o Rei dos Persas, Ciro, conquista Babilônia e autoriza aos hebreus a regressar a Jerusalém, que reconstroem o Segundo Templo.
De 336 ao 168 aC. Palestina é dominada por Alexandre Magno ao vencer os Persas. E já no ano 63 os romanos se apoderam de toda a região, à que chamam Judéia, constituindo parte da Província Romana de Síria.
Durante o reinado de Herodes os partos invadem Judéia e Herodes procura ajuda em Roma. Graças à intervenção de Otávio e Marco Antonio, é proclamado rei dos judeus e se lança à reconquista. Durante seu reinado edifica palácios, fortalezas, engrandece o Segundo Templo e inicia um importante desenvolvimento urbano.
Já em nossa era, do ano 66 ao 73, os judeus se subelevam, o que provoca que o imperador Tito arrase o templo (momento no que os zelotes se suicidam em Massada). Com isto se põe fim à soberania judia e se inicia a segunda diáspora do povo judeu. Sucede-se a segunda grande revolta, entre os anos 132 e 135, sendo a repressão mais cruel, proibindo a entrada aos judeus.
Judéia se transforma em uma província romana do ano 70 ao 395. Com a conversão de Constantino, o cristianismo se converte na religião oficial e Teodosio o Grande obriga os judeus a aceita-la.
No século IV, ao ficar dividido o império romano em oriental e ocidental, Terra Santa fica abaixo da administração bizantina, correspondendo seu governo ao Patriarcado de Jerusalém. Entre o século VII e o século XI é conquistada pelos árabes e passa ao controle da dinastia Omeya (até o ano 750), de Absi até o 969 e de Fátima de Egito até o ano 1091. Com esta última se inicia uma série de guerras e perseguições religiosas. É o tempo, quando numerosos árabes se instalam na região. No ano 1071 os seléucidas turcos ocupam terra Santa.
Do ano 1099 ao 1291, as cruzadas cristãs conquistam a Terra Prometida, sem dúvida, do ano 1516 ao 1917 Palestina fica anexada ao império otomano. Em princípio o país formava parte da província de Damasco, mas foi dividida em vários distritos. Jerusalém conserva certa autonomia, mas dependendo diretamente de Constantinopla.
Entre os anos 1917 e 1948 Palestina está a baixo mandato britânico. A Declaração Balfour do ano 1917 e a Sociedade de Nações, reconhece o direito dos judeus a uma moradia nacional na Palestina, fazendo fincar pé em que devem respeitar-se os direitos das outras comunidades civis e religiosas já estabelecidas.
As migrações de judeus dispersos por todos os locais do mundo vinham-se realizando desde finais do século XIX e foram proibidas pelo mandato britânico, durante e depois do holocausto.
A regularização da terra é remitida à ONU, que no ano de 1947, através da Comissão Especial UNSCOP declara a criação de dois estados: um judeu e o outro árabe, mas estes últimos se opõem à decisão, ameaçando às comunidades judias, pelo que o Estado Árabe não chega a ver a luz.
No ano de 1948 David Bem Gurióm proclama o Estado de Israel. Imediatamente Egito, Iraque, Líbano, Síria, Jordânia e Arábia Saudita declaram a guerra, invadindo o recente estado.
No ano de 1949 Egito ocupa a Franja de Gaza, enquanto que Jordânia se anexa Cisjordânia (Judéia e Samaria) e Jerusalém Leste. No ano de 1952 Os Israelitas e os Sírios aceitam um cessar fogo imposto pela ONU.
Em 1956, durante a Guerra de Suez, Israel, com a ajuda dos exércitos britânico e francês, ocupa a península do Sinai. No ano de 1967 tem lugar a chamada “Guerra dos Seis Dias”, quando Israel se enfrenta com os países árabes, apoderando-se dos Altos do Golán, Cisjordânia, Jerusalém Leste e da Franja de Gaza.
Em 1973, durante a celebração do Yom Kippur (Dia do Perdão), os egípcios e os sírios aproveitam para atacar Israel. Os primeiros pelo Canal de Suez e os segundos pelos Altos do Golán. É a chamada Guerra Yom Kippur. Esta situação se resolve parcialmente, no ano de 1979, quando Israel devolve o Sinai a Egito, após os acordos de Camp David, sendo um dos primeiros passos para atingir a paz. Egito reconhece a Israel.
Em 1986 Espanha reconhece oficialmente a existência do Estado de Israel e aceita o intercâmbio de embaixadores.
Em 1987, o dia 9 de dezembro, se inicia a “intifada” com as primeiras manifestações violentas nos territórios. Em 1988 Yaser Arafat reconhece perante a ONU o direito à existência do estado de Israel, mas solicita igual, o reconhecimento da Palestina.
Em 1991 se celebra, em Madri no dia 30 de outubro, a Conferência de Paz no Oriente, constituindo o primeiro passo para atingir a paz na região. Isto provoca no ano de 1993 a assinatura do acordo de paz entre Yaser Arafat, líder da OLP (Organização para a Liberação de Palestina) e Isaac Rabin, primeiro ministro de Israel (assassinado brutalmente em novembro de 1995), no que se declara a Autonomia de Jericó e Gaza.
Nas recentes eleições do ano 1996 tem sido eleito como primeiro ministro o conservador Benjamím Netanyahu, que espera concretiCzar os acordos definitivos, para estabelecer a paz na região.
Fonte: www.rumbo.com.br
História de Israel
Jacó, filho de Isaque, neto de Abraão, tetraneto de Tera; que por sua vez era filho de Naor, neto de Serugue, tetraneto de Reú; que por sua vez era filho de Pelegue, neto de Éber, tetraneto de Salá; que por sua vez era filho de Arfaxade, neto de Sem, tetraneto de Noé; que por sua vez era filho de Lameque, neto de Metusalém, tetraneto de Enoque; que por sua vez era filho de Jarede, neto de Maalael, tetraneto de Cainá; que por sua vez era filho de Enos, neto de Sete e tetraneto de Adão!
Esse mesmo Jacó, o qual seu nome significa “suplantador”, foi o próprio DEUS que modificou para ISRAEL.
O território de Israel, como nação, só surgiu na Palestina, ou melhor, em Canaã, após o ano 1300 a.C. (lembrando que, em se tratando de a.C., conta-se de forma decrescente). Antes disso, Canaã era “terra de ninguém”. Os egípcios invadiam, os hititas invadiam, os mesopotâmios, etc.
Quando Israel se instalou, subdividiu-se em 12 (doze) tribos descendentes de Jacó, a saber: Rúbem, Simeão, Judá, Issacar, Zebulom, Gade, Aser, Benjamim, Dã, Naftali, Efraim e Manassés; sendo que estes dois últimos são filhos de José, que também é filho de Jacó.
Tais tribos eram escravas no Egito, até que por uma revolta que teve como pivô Moisés, eles se libertaram do domínio e invadiram a terra de Canaã, extinguindo quase todas as tribos que ali residiam; não posso deixar de mencionar que houve milhares de mortes, saques, atrocidades entre os ex-escravos e as demais tribos. Israel tinha como uma espécie de governador geral, Josué, o preferido de Moisés.
Após a morte de Josué, as 12 tribos eram administradas por “juízes”, em geral, pessoas que se destacavam em certa tribo, tais como sacerdote ou profeta. Após o séc. X a.C., as tribos reclamaram serem governadas por um Rei, assim como as nações pagãs ao redor. O primeiro Rei foi Saul, o segundo e mais famoso foi Davi, o terceiro seu filho Salomão.
Após a morte se Salomão, houve um cisma no Reino de Israel; de um lado o Reino de Judá, capital Jerusalém, que contava também com a tribo de Benjamim e de vez em quando com Efraim – tais eram fiéis à Casa de Davi. Por outro lado, o Reino de Israel propriamente dito, capital Samaria, que continha todas as demais tribos.
Por volta de 700 a.C., os assírios invadiram Israel, aniquilaram grande parte do povo, deportaram outra parte e colocaram tribos diferentes para lá se alojarem. Os israelitas que restaram tornaram-se mestiços pois mesclaram-se com estas “outras tribos”, daí o atrito de judeus e samaritanos.
Por volta de 580 a.C., foi a vez do Reino de Judá. Os babilônios invadiram e deportaram grande parte do povo. Após, os persas derrotam os babilônios e começa o retorno dos judeus para sua terra, mas sob domínio persa. Levantam-se os gregos por volta de 400 a.C., mas não toma o domínio dos persas.
Isso aconteceu após, com os macedônios, que conquistaram a Grécia e todo o Império Persa. Após a morte de Alexandre Magno, o Império da Macedônia foi repartido entre seus generais. No ano 33 a.C., Roma começa sua política expansionista conquistando o Egito. Foi o Império que mais durou, principalmente contando com o racha do Império Romano do Ocidente e o Império Romano do Oriente.
Por volta do séc. VI d.C., o Império estava desestabilizado. No séc. VII surge os maometanos que, apesar de certa tolerância com judeus e cristãos, os expulsa da Palestina, ou como era mais conhecida pela Europa, Terra Santa. Para os judeus, estava virando rotina serem expulsas de suas terras.
O Império Islâmico (maometanos) chegou aos arredores de Paris; dominou até a Península Ibérica, sendo expulsos mais tarde. Por volta de 1500 d.C., o islã continua forte, mas não tão poderoso. Dominavam a rota terrestre que ligava a Europa até a Ásia, tendo no centro o Oriente Médio e consigo, a Terra Santa, tornando a região observado com forte interesse.
Foi a própria Península Ibérica, ex-conquista islâmica, que inovou e apresentou uma rota marítima para Ásia, isso com Portugal e Espanha. Porém, a Inglaterra investiu e, após o ano 1700 d.C., já dominava a modalidade, tendo várias feitorias em pontos estratégicos.
Mais tarde, sendo a Palestina dominado pelo Império Turco, também muçulmano. A Inglaterra, grande estrategista, após o ano 1915, inventou uma guerra santa (Jihad) entre a Arábia e a Turquia. Os ingleses apoiando a Arábia, acabaram com o Império Turco. A Palestina muda de mãos; agora para a Inglaterra.
Já nesta época, milhares de judeus retornavam para a terra de seus pais, administrada pelos ingleses mas comandada pelas ricas famílias sírias de Damasco; sendo a população da Palestina em sua maioria de camponeses mal instruídos, o campo estava se preparando para o que vinha mais tarde.
E veio mais cedo. Passou a Primeira e a Segunda Guerra e os nazistas e fascistas aniquilaram bilhões de judeus. Após a Guerra, os judeus não queriam retornar aos países que os entregaram nas mãos do inimigo; iniciou-se a locomoção maciça para a Palestina.
Com o apoio dos EUA, o maior beneficiado do pós-guerra, e contando com milhares de judeus e muitos destes milionários, os quais depositavam num fundo para “ajudar os judeus”, em 1947 cria-se o estado judeu chamado Israel. Os indivíduos que chegaram como refugiados dominam a terra.
Recapitulando, 1923 a 1948 quem dominava essa região eram os ingleses, que na tentativa de conciliar árabes e sionistas firmou um tratado de independência futura. Com a guerra na Alemanha os sionistas cooperaram muito com os aliados com o desejo de combater o regime nazista e fortalecer sua posição junto das potências ocidentais. Em contra partida os árabes perderam terreno.
Assim, nos primeiros 5 anos de guerra 75.000 judeus emigraram para a região, organizando um exército clandestinos de judeus que em 1942, com o apoio dos judeus dos Estados Unidos conseguiu aprovar o fim do domínio inglês, o reconhecimento de uma comunidade judaica e de um exército.
Porém haviam dois obstáculos a serem ultrapassados: expulsar os ingleses que insistiam em não sair da região e decidir quem dominaria depois da retirada inglesa, os árabes ou os judeus, pois eles continuavam lutando pela posse do território. Por isso, em 1947 a ONU aprovou o plano de partilha da região entre árabes (Palestina: Faixa de Gaza e Cisjordânia), judeus (Israel) e de uma zona internacionalizada ao redor de Jerusalém.
Derrotados todos em 1948, os judeus fizeram com que os árabes fugissem para países vizinho, os ingleses abandonassem aquelas terras, ficando estas nas mãos do judeus que instalaram um governo provisório. Em 1949 realizaram eleições para o parlamento. E nesse ano Israel ingressou na ONU. No ano seguinte as fronteiras de Israel forma fixadas.
Porém em 1952 as relações entre Israel e seus vizinho árabes foram piorando. Em 1967 incidentes entre Israel e Síria agravaram a tensão, sempre presente na região. O presidente Nasser, do Egito, pediu e obteve a retirada das forças da ONU do Sinai, para onde mandou muitos militares ao mesmo tempo que fazia alianças militares com a Jordânia, Síria e Iraque. Até que Nasser bloqueou o estreito de Tiran à navegação israelense e a guerra começou.
Israel venceu em seis dias, quando ocupou toda a península do Sinai, a Cisjordânia, Gaza e as Colinas de Golan. A devolução dessas regiões só seria possível para Israel se fosse feito um contrato de paz, o que agravou a crise.
Em 1973 um novo conflito surgia: Síria e Egito contra Israel. Até que a ONU conseguiu acabar com isso.
Internamente, as necessidades de defesa e segurança passaram a ser os aspectos mais importantes de Israel, com reflexos políticos e econômicos. O país gastava muito no setor militar, piorando sua situação econômica.
Com a ajuda dos Estados Unidos, o Egito e Israel chegaram em 1979 a um acordo sobre a devoulução dos territórios ocupados. Mas em 1981 o presidente de Israel iniciou uma política agressiva, invadindo o Líbano em 1982.
Em 1983 o prestígio do governo abalou-se com problemas internos, massacres de israelenses na região ocupada do Líbano e a crise financeira. Iniciando a retirada das tropas israelenses do Líbano em 83. Contudo, Israel não iria terminar a retirada enquanto forças sírias permanecessem no Norte do Líbano, fazendo com que a retirada israelense só terminasse em 1985.
Os ataques muçulmanos (xiitas árabes) contra o Exército do Sul do Líbano (ESL) aumentaram, assim como a Organização para a Libertação da Palestina ressurgia no Sul do Líbano e recomeçava os ataques com mísseis contra cidades israelenses fronteiriças.
Com a ajuda da ONU foram feitas outras negociações visando a devolução das terras ocupadas pelos israelenses.
Em 1996 o primeiro ministro israelense foi substituído por Itzhak Shamir, que acabou com as negociações ocasionando várias rebeliões iniciadas em 1988.
A Autoridade Nacional Palestina sobre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia foi estabelecida pelo acordo de paz assinado entre Israel e a OLP (Organização para a Libertação da Palestina) em 4 de maio de 1994, no Cairo.
O acordo prevê a retirada das tropas israelenses de quase toda a Faixa de Gaza e de uma região da Cisjordânia, ocupados desde 1967. Numa primeira etapa retiram-se as tropas da Faixa de Gaza e de uma região de 56 km2 na Cisjordânia. Mas os militares israelenses ainda ocupam uma parte da Faixa de Gaza e quase toda a Cisjordânia.
De certo só há uma coisa: entra ano, sai ano, e as relações entre Israel e Estados Unidos sempre estão firmes como uma rocha! Entra Presidente, sai presidente, e ambos os países encontram-se em um namoro apaixonado.
Desde 1999, os arábes palestinos estão revoltosos, no que a tensão veio a aumentar após a morte de seu líder Yasser Arafat e a ascensão da milícia Hamas ao poder; Israel ainda tem que se preocupar com ataques da milícia libanesa Hizballah (partido de Alá) que é mais poderosa que o próprio exército libanês, sendo que todo esse cenário é acobertado por uma cortina de fumaça chamada de “país arábes exportadores de petróleo”.
Fonte: br.geocities.com
História de Israel
O povo judeu nasceu na Terra de Israel (Eretz Israel). Nela transcorreu uma etapa significativa de sua longa história, cujo primeiro milênio está registrado na Bíblia; nela se formou sua identidade cultural, religiosa e nacional; e nela se manteve ininterrupta, através dos séculos, sua presença física, mesmo depois do exílio forçado da maioria do povo.
Durante os longos anos de dispersão, o povo judeu jamais rompeu ou esqueceu sua ligação com sua terra. Com o estabelecimento do Estado de Israel, em 1948, foi recuperada a independência judaica, perdida 2000 anos antes.
A área de Israel, dentro das fronteiras e linhas de cessar-fogo, inclusive os territórios sob o auto-governo palestino, é de 27.800 km2 . Com sua forma longa e estreita, o país tem cerca de 470 Km de comprimento e mede 135 Km em seu ponto mais largo. Limita-se com o Líbano ao Norte, com a Síria a nordeste, a Jordânia a leste, o Egito a Sudoeste e o Mar Mediterrâneo a oeste.
A distância entre montanhas e planícies, campos fertéis e desertos pode ser coberta em poucos minutos. A largura do país, entre o Mediterrâneo a oeste e o Mar Morto, a leste, pode ser cruzada de carro em cerca de 90 minutos; e a viagem desde Metullah, no extremo norte, a Eilat, o ponto mais meridional leva umas 9 horas.
Israel pode ser dividida em quatro regiões geográficas: três faixas paralelas que correm de Norte a Sul, e uma vasta zona, quase toda árida, na metade Sul do país.
Jerusalém
Terra de Deus, promessa para os homens
Jerusalém está edificada nas colinas da Judéia, a cerca de 70 Km do Mar Mediterrâneo, no centro de Israel. Eqüidistante de Eilat, ao sul, e de Metullah, ao norte – os pontos extremos do país. Nesta geografia, acontecimentos inigualáveis que não se repetem, mudaram o rumo da história do mundo.
O nome da cidade é mencionado centenas de vezes nas Escrituras Sagradas e em fontes egípcias. Jerusalém, do rei Melquisedeque e do Monte Moriá, onde o patriarca Abraão esteve pronto para sacrificar o seu filho; Jerusalém, da capital do reino de Davi, do primeiro templo de Salomão e do segundo templo, reconstruído por Herodes; Jerusalém, palco dos profetas Isaías e Jeremias, cujas pregações influenciaram atitudes morais e religiosas da humanidade; Jerusalém, onde Jesus peregrinou, foi crucificado, ressuscitou e subiu ao Céu; Jerusalém, da figueira que brotou, sinal dos tempos, relógio de Deus.
Nomes e Significados
Segundo o pesquisador, Pr. Enéas Tognini, o nome de Jerusalém aparece em registros antiqüíssimos. Nos textos egípcios do Império Medo foram grafados Rusalimun e Urusali-Mum. No texto Massorético, Yerusalaim. No aramaico bíblico Yeruselem. E para nosso vernáculo chegou através do grego Hierousalem.
A cidade, antes de ser tomada pelos filhos de Israel, pertencia aos jebuseus. E nos escritos jebuseus lê-se Yebusi. Em Juízes 19:10 afirma-se que Jebus é Jerusalém, donde se conclui que o nome Jerusalém não é de origem hebraica. Nos Salmos 87:2 e 51:18 e mais 179 vezes, Jerusalém é chamada Sião.
Outros nomes na Bíblia e extrabíblicos são dados a Jerusalém: Cidade de Davi ( I Rs. 8.1); Cidade de Judá (II Cr. 25.28); Cidade Santa (Ne. 11.1 E Is. 52.1); Cidade de Deus (Is. 60.14) (Sl. 87.2); Ariel (Is. 29.1); Ladeira de Deus (Is. 1.26); Cidade de Justiça (Is. 1.26); Cidade do Grande Rei (Mt. 5.35) ; Aelia Capitolina (o primeiro nome do Imperador Adriano era Aelio e, em 135 d.C. esse foi o nome que se deu à cidade que paganizou); El-Kuds (a santa, nome que o árabe deu a Jerusalém). Alguns estudiosos afirmam que a primeira parte da palavra Jerusalém (a raiz IRW) encerra a idéia de fundamento, e Salém significa paz, portanto Jerusalém = cidade da paz. Morada da paz! Eis o que significa Jerusalém na língua hebraica.
Tempos Bíblicos
A história judaica começou há mais ou menos 4000 anos (c. séc. XVII A.C.) – com o patriarca Abraão, seu filho Isaque e seu neto – Jacó. Documentos encontrados na Mesopotâmia, que datam de 2000 – 1500 E.C., confirmam aspectos de sua vida nômade, tal como a Bíblia descreve.
Êxodo e o assentamento
Após 400 anos de servidão, os israelitas foram conduzidos à liberdade por Moisés que, segundo a narrativa bíblica, foi escolhido por Deus para tirar Seu povo do Egito e retornar à Terra de Israel, prometida a seus antepassados (sec. XIII-XII A.C). Durante 40 anos eles vagaram no deserto do Sinai, tornando-se uma nação; lá receberam o Pentateuco, que inclui os Dez Mandamentos.
O êxodo do Egito (1300 A.C.) deixou uma marca indelével na memória nacional do povo judeu, e tornou-se um símbolo universal de liberdade e independência. Todo ano os judeus celebram as festas de Pessach (a Páscoa judaica), Shavuot (Pentecostes) e Sucot Festa dos Tabernáculos relembrando os eventos ocorridos naquela época.
A Monarquia
O reinado do primeiro rei, Saul (1020 A.C.), permitiu a transição entre a organização tribal já frouxa e o pleno estabelecimento da monarquia, sob David, seu sucessor.
O Rei David (1004-965 A.C.) fez de Israel uma das potências da região através de bem sucedidas expedições militares, entre as quais a derrota final dos filisteus, assim como as alianças políticas com os reinos vizinhos.
Ele unificou as doze tribos israelitas num só reino e estabeleceu sua capital, Jerusalém. David foi sucedido por seu filho Salomão (965-930 A.C.) que consolidou ainda mais o reino. Salomão garantiu a paz para seu reino, tornando-o uma das grandes potências da época. O auge do seu governo foi a construção do Templo de Jerusalém.
A Monarquia dividida
Após a morte de Salomão (930 A.C.) uma insurreição aberta provocou a cisão das tribos do norte e a divisão do país em dois reinos: o reino setentrional de Israel, formado pelas dez tribos do norte, e o reino meridional de Judá, no território das tribos de Judá e Benjamim.
O Reino de Israel, com sua capital Samaria, durou mais de 200 anos, e teve 19 reis; o Reino de Judá sobreviveu 350 anos, com sua capital, Jerusalém, e teve o mesmo número de reis, todos da linhagem de David. Com a expansão dos impérios assírios e babilônicos, tanto Israel quanto Judá, mais tarde, acabaram caindo sob domínio estrangeiro.
O Reino de Israel foi destruído pelos assírios (722 A.C.) e seu povo foi exilado e esquecido. Uns cem anos depois, a Babilônia conquistou o Reino de Judá, exilando a maioria de seus habitantes e destruindo Jerusalém e o Templo (586 A.C.).
Fonte: www.embaixadarochaviva.com.br
História de Israel
A história do povo de Israel começa com Abraão, aproximadamente em 2.100 a.C. Ele morava na Mesopotâmia quando o Senhor o chamou e ordenou-lhe que andasse sobre a terra (Gn 12.1-9; 13.14-18). Andou por toda a terra de Canaã que seria futuramente a terra escolhida por Deus para seu povo habitar.
Obediente e temente ao Senhor, Abraão foi honrado por Deus, como o Pai de um povo inumerável (Gn 15.4-6 ).
Nasceu Isaque (Gn 21.1-7), deste veio Jacó( Gn 25.19-26; 25.29-34; 27.27-30) e gerou a José (Gn 30.22-24), que mais tarde seria vendido como escravo ao faraó (Gn 37), rei do Egito. José era fiel a Deus ( Gn 39.2-6,21-23 ) e não foi desamparado pelo Senhor.
Tornou-se um homem querido pelo faraó (rei do Egito) e foi promovido a governador do Egito ( Gn 41.37-46 ). Trouxe os seus familiares de Canaã onde havia uma grande fome (Gn 46.1-7 ). Do faraó receberam terras, para que as cultivassem ( Gn 47.5-12).
Assim os israelitas começaram a prosperar.
Ali foram abençoados por Deus de uma forma extraordinária: prosperaram tanto e se tornaram tão ricos e tão numerosos que assustaram o reino egípcio.
Resultado: foram subjugados militarmente e submetidos à escravidão (Ex 1.7-14).
O faraó ainda não estava satisfeito.
Pretendia interromper de forma definitiva sua expansão: decidiu que todos os varões que nascessem nas famílias israelitas deveriam ser mortos ( Ex 1.15,16,22). E assim foi feito, e de forma cruel.
As meninas, no entanto, era dado o direito à vida.
Um desses bebês, Moises, foi escondido por seus pais dos soldados egípcios. Os pais conseguiram isso durante três meses. Quando a vida do bebê passou a correr perigo iminente, seus pais o colocaram numa cesta e o soltaram no rio Nilo ( Ex 2.1-10 ).
A filha do faraó viu o cestinho descendo nas águas e o choro do bebê. Ela tratou de resgatá-lo e o menino ganhou o nome de Moisés, ou Moschê, que pode significar “retirado” ou “nascido das águas”( Ex 2.5-9 ).
A mãe de Moisés tornou-se sua ama ( Ex 2.9 ), ele cresceu e estudou dentro do reino egípcio, sempre muito bem tratado, apesar da filha do faraó saber que ele era filho de hebreus.
Um dia, enquanto ainda vivia no reino, Moisés foi visitar seus “irmãos” hebreus e viu um deles ser ferido com crueldade por um egípcio. Irado, Moisés matou o egípcio e escondeu seu corpo na areia.
Mas as notícias correram rapidamente: o faraó soube do crime e decidiu mandar matar Moisés. No entanto, ele conseguiu fugir para a terra de Midiã ( Ex 2.15 ).
Foi ali que ele conheceria sua mulher, filha do sacerdote Reuel , chamada Zípora. Ela lhe deu um filho, que ganhou o nome de Gerson (que significa “hóspede”)( Ex 2.21,22 ).
“Porque sou apenas um hóspede em terra estrangeira”, diz Moisés (Ex 2.22)
Passaram-se os anos, o faraó que perseguia Moisés morreu, mas os israelitas (ou hebreus) continuavam sob o jugo egípcio. Diz a Bíblia que Deus se compadeceu do sofrimento de seu povo e ouviu o seu clamor ( Ex 2.24 ).
Deus apareceu para Moisés pela primeira vez numa sarça em chamas( Ex 3 ), no monte Horebe.
E lhe disse:
“… Eis que os clamores dos israelitas chegaram até mim, e vi a opressão que lhes fazem os egípcios. Vai, te envio ao faraó para tirar do Egito os israelitas, meu povo (Ex 3.9-10).
Em companhia de Arão, seu irmão voltou para o Egito e contatou o faraó.
Este parecia inabalável na decisão de manter os hebreus escravos (Ex 5.1-5).
Após ser atingido por dez pragas enviadas diretamente por Deus( Ex 7-12) .Permitiu que o povo finalmente fossem libertos, comeram a páscoa e partiram em direção ao deserto (Ex 12.37-51). Era aproximadamente 3 milhões de pessoas.
Começava a caminhada em direção a Canaã. A Bíblia fala em 600 mil (homens, sem contar as mulheres e crianças, eram aproximadamente 3 milhões de pessoas) andando pelo deserto durante 40 anos, em direção à terra prometida( Ex 12.37 ).
Nasce o Judaísmo
Nas quatro décadas da caminhada no deserto Deus falou diretamente com Moisés ( Ex 14.15 …) e deu todas as leis a serem seguidas por seu “povo eleito” ( Ex 20.1-17 ). Os dez mandamentos, o conjunto de leis sociais e penais, as regras dos alimentos, os direitos sobre propriedades… Enfim, tudo foi transmitido por Deus a Moisés, que retransmitia cada palavra ao povo que o seguia. Era o nascimento do Judaísmo.
A caminhada não foi fácil. O povo rebelou-se diversas vezes contra Moisés e contra o Senhor. A incredulidade e a desobediência dos israelitas eram tamanhas que, algumas passagens, Deus pondera em destruí-los e a dar a Moisés outro povo (a primeira vez que Deus “lamenta” ter criado a raça humana está em Gn 6.6).
Mas Moisés não queria outro povo. Clamou novamente a Deus para que perdoasse os erros dos israelitas( Ex 32.9,10 ). Porém todos os adulto que saíram do Egito, exceto Calebe e Josué morreram no deserto.
Moisés resistiu firme até à entrada de Canaã, infelizmente não pode entrar, apenas contemplou a terra (Dt 34.4,5 ) e foi levado por Deus. Josué tomou a direção do Povo e tomaram posse da terra Prometida.
“Eis a terra que jurei a Abraão, Isaac e a Jacó dar à tua posteridade. Viste-a com os teus olhos, mas não entrarás nela (disse Deus). E Moisés morreu.” (Dt 34. 4,5).
“Não se levantou mais em Israel profeta comparável a Moisés, com quem o Senhor conversava face a face.” (Dt 34.10).
Foram grandes e difíceis batalhas, até tomarem posse por completo de Canaã. Inicialmente o povo era dirigido pelos juizes ( Gideão, Eli, Samuel, etc). Mas inconformados com esta situação e querendo assemelhar-se aos demais reinos pediram para si reis, Deus os atendeu( 1Sm 8.5 ). Levantou-se Saul o primeiro rei, que foi infiel ao Senhor ( 1Sm 10.24 ), em seguida Davi tornou-se rei, este sim segundo o coração do Pai ( 2Sm 2.1-7 ). Salomão foi o terceiro rei, homem muito sábio e abençoado, construiu o primeiro Templo.
Após estes, muitos outros reis vieram, alguns fieis outros infiéis. Muitas vezes tornaram-se um povo sem Pátria. Inclusive nos últimos dois milênios eram um povo disperso pela terra. Somente em 1948 foi restabelecido o Estado de Israel.
Os judeus seguem apenas as leis do Torah (Antigo Testamento) até nossos dias. Jesus Cristo não é aceito como filho de Deus.
Os livros que o compõe o NT são desconsiderado pela religião judaica. Ainda esperam pelo nascimento do Messias!
Hoje, e apenas uma Nação a mais no planeta e não detém para si nenhuma das promessas bíblicas. As referências existente na Palavra a respeito de Israel, certamente refere-se ao povo formado pelo Eleitos de Deus, espalhados sobre a terra.
Fonte: www.vivos.com.br
História de Israel
Israel, a Nação Vencedora
(586 – 538 a.c.)
A conquista babilônica foi zo primeiro estado judaico (período do Primeiro Templo), mas não rompeu a ligação do povo judeu com sua terra.
Às margens dos rios da Babilônia, os judeus assumiram o compromisso de lembrar para sempre da sua pátria: Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha destra da sua destreza. Apegue-se a língua ao paladar, se não lembrar de ti, se não preferir Jerusalém à minha maior alegria. (Sl. 137.5,6) [
O exílio na Babilônia, que se seguiu à destruição do Primeiro Templo, marcou o início da Diáspora Judaica. Lá, o judaísmo começou a desenvolver um sistema e um modo de vida religioso fora de sua terra, para assegurar a sobrevivência nacional e a identidade espiritual do povo, concedendo-lhe a vitalidade necessária para preservar seu futuro como uma nação.
Dominação Estrangeira
Os Períodos Persa e Helenístico (538-142 A.C.)
Em conseqüência de um decreto do Rei Ciro, da Pérsia, que conquistou o império babilônico, cerca de 50.000 judeus empreenderam o primeiro retorno à Terra de Israel, sob a liderança de Zerobabel, da dinastia de David. Menos de um século mais tarde, o segundo retorno foi liderado por Esdras, o Escriba. Durante os quatro séculos seguintes, os judeus viveram sob diferentes graus de autonomia sob o domínio persa (538-333 A.C.) e helenístico – ptolemaico e selêucida (332-142 A.C.)
A repatriação dos judeus, sob a inspirada liderança de Esdras, a construção do segundo templo no sítio onde se erguera o primeiro, a fortificação das muralhas de Jerusalém e o estabelecimento da Knesset Haguedolá (a Grande Assembléia), o supremo órgão religioso e judicial do povo judeu, marcaram o início da segundo estado judeu (período do segundo templo).
Como parte do mundo antigo conquistado por Alexandre Magno, da Grécia (332 A.C.), a Terra de Israel continuava a ser uma teocracia judaica, sob o domínio dos selêucidas, estabelecidos na Síria. Quando os judeus foram proibidos de praticar o judaísmo e seu Templo foi profanado, como parte das tentativas gregas de impor a cultura e os costumes helenísticos a toda a população, desencadeou-se uma revolta (166 a.C.) liderada por Matatias, da dinastia sacerdotal dos Hasmoneus, e mais tarde por seu filho, Judá, o Macabeu. Os judeus entraram em Jerusalém e purificaram o Templo (164 A.C), eventos comemorados até hoje anualmente, na festa do Chanuká.
A Dinastia dos Hasmoneus ( 142-63 A.C.)
Após novas vitórias dos Hasmoneus (142 a.C.), os selêucidas restauraram a autonomia da Judéia (como era então chamada a Terra de Israel) e, com o colapso do reino selêucida (129 a.C.), a independência judaica foi reconquistada. Sob a dinastia dos Hasmoneus, que durou cerca de 80 anos, as fronteiras do reino eram muito semelhantes às do tempo do Rei Salomão; o regime atingiu consolidação política e a vida judaica floresceu.
O Domínio Romano (63 – 313 A.C.)
Quando os romanos substituíram os selêucidas no papel de grande potência regional, eles concederam ao rei Hasmoneus Hircano II autoridade limitada, sob o controle do governador romano sediado em Damasco. Os judeus eram hostis ao novo regime, e os anos seguintes testemunharam muitas insurreições.
Uma última tentativa de reconquistar a antiga glória da dinastia dos Hasmoneus foi feita por Matatias Antígono, cuja derrota e morte trouxe fim ao governo dos Hasmoneus (40 a.C.); o país tornou-se, então, uma província do Império Romano.
Em 37 a.C., Herodes, genro de Hircano II, foi nomeado Rei da Judéia pelos romanos. Foi-lhe concedida autonomia quase ilimitada nos assuntos internos do país, e ele se tornou um dos mais poderosos monarcas da região oriental do Império Romano, porém não conseguiu a confiança e o apoio de seus súditos judeus.
Dez anos após a morte de Herodes (4 a.C.), a Judéia caiu sob a administração romana direta. À proporção que aumentava a opressão romana à vida judaica, crescia a insatisfação, que se manifestava por violência esporádica, até que rompeu uma revolta total em 66 a.C.. As forças romanas, lideradas por Tito, superiores em número e armamento, arrasaram finalmente Jerusalém (70 a.C.) e posteriormente derrotaram o último baluarte judeu em Massada (73 a.C.).
A destruição total de Jerusalém e do Templo foi uma catástrofe para o povo judeu. De acordo com o historiador da época, Flavio Josefo, centenas de milhares de judeus pereceram durante o cerco a Jerusalém e em outros pontos do país, e outros milhares foram vendidos como escravos.
Um último breve período de soberania judaica na era antiga foi o que se seguiu à revolta de Shimon Bar Kochbá (132 a.C.), quando Jerusalém e a Judéia foram reconquistadas. No entanto, dado o poder massivo dos romanos, o resultado era inevitável. Três anos depois, segundo o costume romano, Jerusalém foi sulcada por uma junta de bois; a judéia foi rebatizada de Palestina e a Jerusalém foi dado o novo nome de Aelia Capitolina.
Israel a Nação Vencedora
(313-646 d.C.)
No final do sec. IV, após a conversão do imperador Constantino ao cristianismo e a fundação do Império Bizantino, a Terra de Israel se tornara um país predominantemente cristão. Os judeus estavam privados de sua relativa autonomia anterior, assim como do direito de ocupar cargos públicos; também lhes era proibida a entrada em Jerusalém, com exceção de um dia por ano (Tishá be Av – dia 9 de Av), quando podiam prantear a destruição do Templo.
A invasão persa de 614 d.C., contou com o auxílio dos judeus, animados pela esperança messiânica da Libertação. Em gratidão por sua ajuda eles receberam o governo de Jerusalém; este interlúdio, porém, durou apenas três anos. Subseqüentemente, o exército bizantino recuperou o domínio da cidade (629 d.C.), e os habitantes judeus foram novamente expulsos.
Domínio Árabe (639-1099 d.C.)
A conquista do país pelos árabes ocorreu quatro anos após a morte de Maomé (632 d.C.) e durou mais de quatro séculos, sob o governo de Califas estabelecidos primeiramente em Damasco, depois em Bagdá e no Egito. No início do domínio muçulmano, os judeus novamente se instalaram em Jerusalém, e a comunidade judaica recebeu o costumeiro status de proteção concedido aos não-muçulmanos sob domínio islâmico, que lhes garantia a vida, as propriedades e a liberdade de culto, em troca do pagamento de taxas especiais e impostos territoriais.
Contudo, a introdução subseqüente de restrições contra os não-muçulmanos (717 d.C.) afetou a vida pública dos judeus, assim como sua observância religiosa e seu status legal. Pelo fim do sec. XI, a comunidade judaica da Terra de Israel havia diminuído consideravelmente.
Os Cruzados (1099-1291 d.C.)
Nos 200 anos seguintes, o país foi dominado pelos Cruzados que, atendendo a um apelo do Papa Urbano II, partiram da Europa para recuperar a Terra Santa das mãos dos infiéis. Em julho de 1099, após um cerco de cinco semanas, os cavaleiros da Primeira Cruzada e seu exército de plebeus capturaram Jerusalém, massacrando a maioria de seus habitantes não-cristãos.
Entrincheirados em suas sinagogas, os judeus defenderam seu quarteirão, mas foram queimados vivos ou vendidos como escravos. Nas poucas décadas que se sucederam, os cruzados estenderam seu poder sobre o restante do país. Após a derrota dos cruzados pelo exército de Saladino (1187 d.C.), os judeus passaram a gozar de liberdade, inclusive o direito de viver em Jerusalém. O domínio cruzado sobre o país chegou ao fim com a derrota final frente aos mamelucos (1291 d.C.) uma casta militar muçulmana que conquistara o poder no Egito.
O Domínio Mameluco (1291-1516 d.C.)
Sob o domínio mameluco, o país tornou-se uma província atrasada, cuja sede de governo era em Damasco. O período de decadência sob os mamelucos foi obscurecido ainda por revoltas políticas e econômicas, epidemias, devastação por gafanhotos e terríveis terremotos.
O Domínio Otomano (1517-1917 d.C)
Após a conquista otomana, em 1517, o país foi dividido em quatro distritos, ligados administrativamente à província de Damasco; a sede do governo era em Istambul. No começo da era otomana, cerca de 1000 famílias judias viviam na Terra de Israel, em Jerusalém, Nablus (Sichem), Hebron, Gaza, Safed (Tzfat) e algumas aldeias da Galiléia. A comunidade se compunha de descendentes de judeus que nunca haviam deixado o país, e de imigrantes da África do Norte e da Europa.
Um governo eficiente, até a morte do sultão Suleiman, o Magnífico (1566 d.C.), trouxe melhorias e estimulou a imigração judaica. À proporção que o governo otomano declinava e perdia sua eficiência, o país foi caindo de novo em estado de abandono geral.
No final do séc. XVIII, a maior parte das terras pertencia a proprietários ausentes, que as arredavam a agricultores empobrecidos pelos impostos elevados e arbitrários. As grandes florestas da Galiléia e do monte Carmelo estavam desnudas; pântanos e desertos invadiam as terras produtivas.
O sec. XIX testemunhou os primeiros sinais de que o atraso medieval cedia lugar ao progresso. Eruditos ingleses, franceses e americanos iniciavam estudos de arqueologia bíblica. Foram inauguradas rotas marítimas regulares entre a Terra de Israel e a Europa, instaladas conexões postais e telegráficas e construída a primeira estrada, entre Jerusalém e Iafo. A situação dos judeus do país foi melhorando, e a população judaica aumentou consideravelmente.
Inspirados pela ideologia sionista, dois grandes fluxos de judeus da Europa Oriental chegaram ao país, no final do sec. XIX e início do sec. X. Resolvidos a restaurar sua pátria através do trabalho agrícola, estes pioneiros começaram pela recuperação da terra árida, construíram novas colônias e lançaram os fundamentos do que mais tarde se tornaria uma próspera economia agrícola.
Ao romper a I Guerra Mundial (1914), a população judaica do país totalizava 85.000 habitantes, em contraste com os 5.000 do início do séc. XVI.
Em dezembro de 1917, as forças britânicas, sob o comando do General Allemby, entraram em Jerusalém, pondo fim a 400 anos de domínio otomano.
O Domínio Britânico (1918-1948)
Em julho de 1922, a Liga das Nações confiou à Grã-Bretanha o mandato sobre a Palestina (nome pelo qual o país era designado na época). Reconhecendo a “a ligação histórica do povo judeu com a Palestina”, recomendava que a Grã-Bretanha facilitasse o estabelecimento de um lar nacional judaico na Palestina – Eretz Israel (Terra de Israel).
Dois meses depois, em setembro de 1922, o Conselho da Liga das Nações e a Grã-Bretanha decidiram que as estimulações destinadas ao estabelecimento deste lar nacional judaico não seriam aplicadas à região situada a leste do Rio Jordão, cuja área constituía os 3/4 do território do Mandato – e que mais tarde tornou-se o Reino Hashemita da Jordânia.
O Estado de Israel
O Estado de Israel 1948
Com a resolução da ONU de 19 de novembro de 1947, em 14 de maio de 1948, data em que terminou o Mandato Britânico, a população judaica na Terra de Israel era de 650.000 pessoas, formando uma comunidade organizada, com instituições políticas, sociais e econômicas bem desenvolvidas – de fato, uma nação em todos os sentidos, e um estado ao qual só faltava o nome, porém opondo-se ao estabelecimento do novo Estado os países árabes lançaram-se num ataque de várias frentes, dando origem à Guerra da Independência em 1948 – 1949, que defendeu a soberania que havia acabado de reconquistar. Com o fim da guerra, Israel concentrou seus esforços na construção do estado pelo qual o povo tinha lutado tão longa e arduamente.
A Guerra dos Seis Dias – 1967
As esperanças por mais uma década de relativa tranqüilidade se esvaneceram com a escalada dos ataques terroristas árabes através das fronteiras como Egito e a Jordânia. Ao fim de seis dias de combates, os núcleos populacionais do norte do país ficavam livres do bombardeamento sírio, que durara 19 anos; a passagem de navios israelenses e com destino a Israel, através do Estreito de Tiran estava assegurada; e Jerusalém, que estivera dividida entre Israel e Jordânia desde 1949, foi reunificada sob a autoridade de Israel.
A Guerra de Iom Kipur – 1973
A relativa calma ao longo das fronteiras terminaram no Dia da Expiação, o dia mais sagrado do calendário judaico, quando o Egito e a Síria lançaram um ataque de surpresa coordenado contra Israel (6 de outubro de 1973). Durante as três semanas seguintes, as Forças de Defesa de Israel mudaram o rumo da batalha e repeliram os ataques. Dois anos de difíceis negociações entre Israel e o Egito e entre Israel e a Síria resultaram em acordos de separação de tropas, pelos quais Israel se retirou de parte dos territórios conquistados na guerra.
Da Guerra à Paz
Embora a guerra de 1973 tenha custado a Israel um ano de seu PNB, a economia já tinha se recobrado na segunda metade de 1974. Os investimentos estrangeiros cresceram, e quando Israel se tornou um membro associado do MCE (1975), abriram-se novos mercados aos produtos israelenses. O turismo incrementou e o número anual de visitantes ultrapassou o marco de um milhão.
O círculo vicioso da rejeição por parte dos árabes a todos os apelos de paz de Israel foi rompido com visita do Presidente Anuar Sadat a Jerusalém (novembro 1977), à qual se seguiram negociações entre o Egito e Israel, sob os auspícios E.U., e que culminaram com os acordos de Camp David (setembro).
Rumo ao Século XXI
Após o assassinato do Primeiro-Ministro Ytzhak Rabin (Nov/95), o governo – de acordo com seu direito de nomear um dos ministros (neste caso, obrigatoriamente um membro do Knesset – Parlamento Israelense) para exercer o cargo de primeiro-minstro até as próximas eleições – nomeou o Ministro das Relações Exteriores Shimon Peres a esta função. As eleições de maio de 1996 trouxeram ao poder uma coalizão governamental constituída de elementos nacionalistas, religiosos e centristas, chefiada por Benyamin Netanyahu do Likud.
Principais Momentos Históricos
XVII-VI a.C. |
Época Bíblica |
XVII |
Abraão, Isaque e Jacó – os patriarcas do povo judeu estabelecem-se na Terra de Israel. |
XIII |
Êxodo dos israelitas, que deixam o Egito conduzidos por Moisés e vagam no deserto durante 40 anos. |
XIII-XII |
Os israelitas se instalam na Terra de Israel |
1020 |
A monarquia judaica é estabelecida; Saul é o primeiro rei |
1000 |
Jerusalém torna-se a capital do reino de Davi |
960 |
O Primeiro Templo, centro nacional e espiritual do povo judeu, é construída em Jerusalém pelo Rei Salomão |
930 |
Divisão do reino: Judá e Israel |
722-720 |
O reino de Israel é destruído pelos assírios; 10 tribos exiladas (as Dez Tribos Perdidas) |
586 |
O reino de Judá é conquistado pela Babilônia. Jerusalém e o Primeiro Templo destruídos; a maioria dos judeus é exilada. |
538-142 |
Períodos Persa e Helenístico |
538-515 |
Muitos judeus retornam da Babilônia; o Templo é reconstruído |
332 |
Alexandre Magno conquista o país; domínio helenístico |
166-160 |
Revolta dos Macabeus (Hasmoneus) contra as restrições à prática do judaísmo e a profanação do Templo |
-129 |
Autonomia judaica sob a liderança dos Hasmoneus |
129-63 |
Independência judaica sob a monarquia dos Hasmoneus |
63 |
Jerusalém capturada pelo general romano Pompeu |
63-313 |
Domínio Romano |
63-4 |
O Rei Herodes, vassalo romano, governa a Terra de Israel. O Templo de Jerusalém é reformado. |
20-33 |
Ministério de Jesus, o Cristo |
66 d.C |
Revolta dos judeus contra Roma |
70 |
Destruição de Jerusalém e do Segundo Templo |
73 |
Último bastião judeu em Massada |
132-135 |
Revolta de Bar Kochba contra os romanos |
313-636 |
Domínio Bizantino |
614 |
Invasão Persa |
639-1099 |
Domínio árabe |
691 |
O Domo da Rocha é construída em Jerusalém pelo Califa Abd el-Malik, no local dos Templos (Primeiro e Segundo). |
1099-1291 |
Domínio Cruzado (Reino Latino de Jerusalém) |
1291-1516 |
Domínio Mameluco |
1517-1917 |
Domínio Otomano |
1860 |
Primeiro bairro construído fora dos muros de Jerusalém |
1881-1903 |
Primeira Aliá (imigração em grande escala), principalmente da Rússia |
1897 |
Primeiro Congresso Sionista, reunido por Teodoro Herzl em Basiléia, Suíça; fundação da Organização Sionista. |
1904-14 |
Segunda Aliá, principalmente da Rússia e Polônia |
1917 |
400 anos de domínio otomano chegam ao fim com a conquista britânica. Lord Balfour, Ministro de Relações Exteriores britânico declara o apoio ao estabelecimento de um lar nacional judaico na Palestina |
1918-1948 |
Domínio Britânico |
1919-23 |
Terceira Aliá, principalmente da Rússia |
1922 |
A Liga das Nações confia à Grã-Bretanha o Mandato sobre a Palestina (Terra de Israel); ¾ da área são entregues à Transjordânia, deixando apenas ¼ para o lar nacional judaico. Criação da Agência Judaica, representante da comunidade judaica diante das autoridades do Mandato. |
1924-32 |
Quarta Aliá, principalmente da Polônia |
1933-30 |
Quinta Aliá, principalmente da Alemanha |
1939 |
O Livro Branco britânico limita drasticamente a imigração judaica |
1939-45 |
II Grande Guerra Mundial; Holocausto na Europa, onde 6 milhões de judeus, entre os quais 1,5 milhão de crianças. |
1947 |
A ONU propôs o estabelecimento dos estados árabes e judeu no país. Em 14 de maio de 1948 fim do Mandato Britânico. Proclamação do Estado de Israel. |
Fonte: br.geocities.com
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