Oração de São Francisco de Assis

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Esta oração, embora frequentemente atribuída a São Francisco não foi escrita quase certamente por ele.

Oração de São Francisco de Assis

Parece que data do início do século passado, e seu autor é desconhecido.

Encontrou-se em Normandia em 1915, escrita sobre o contrário de um cartão sagrado de São Francisco

Oração de São Francisco de Assisenhor,

Fazei-me instrumento de vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor;

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;

Onde houver discórdia, que eu leve a união;

Onde houver dúvida, que eu leve a fé;

Onde houver erro, que eu leve a verdade;

Onde houver desespero, que eu leve a esperança;

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;

Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre,

Fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado;

compreender que ser compreendido;

amar, que ser amado.

Pois é dando que se recebe,

é perdoando que se é perdoado,

e é morrendo que se vive para a vida eterna.

Amém.

 

No dia 4 de outubro comemoramos o dia de São Francisco de Assis.

A “Oração pela Paz”, atribuída a São Francisco

Quem não conhece a oração que principia com as palavras: Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz?

E quem não a aprecia também?

Conhecida como Oração pela Paz, Oração do Amor, Oração simples ou, ainda, Oração de São Francisco, ela tem um sabor todo ecumênico e expressa conteúdos de tanta sinceridade e beleza que encontra ressonância obrigatória no coração das pessoas…

…”Seus conteúdos correspondem às aspirações íntimas dos melhores cristãos de nosso tempo” (1) . Nós gostamos de rezá-la e, certamente, Francisco aprecia que a rezemos. Entretanto, a mencionada oração não é de São Francisco, é apenas atribuída a ele.

Nem se trata de uma oração tão antiga, embora sejam antigas as suas raízes. Foi certamente atraídos por sua simplicidade, pertinência e beleza que os franciscanos se afeiçoaram a ela e, inadvertidamente, a adotaram como própria. Por razões semelhantes, ela foi atribuída a São Francisco de Assis. Quanto ao modo como isso aconteceu, é o que veremos a seguir, adiantando, porém, que não é grande coisa o que sabemos a respeito desse apócrifo, tão célebre quanto misterioso (2).

1. Como surgiu essa oração

Parece que surgiu pouco antes da Primeira Guerra Mundial. Suas origens são obscuras, seu autor é desconhecido, e parece que poucos lhe deram importância logo ao aparecer. “A Oração da Paz apareceu pela primeira vez em 1913 numa pequena revista local da Normandia, na França. Vinha sem referência de autor, transcrita de uma outra revista tão insignificante, que nem deixou sinal na história, pois não foi encontrada em nenhum arquivo da França” (3).

A Oração pela paz, entretanto, ganhou notoriedade depois que foi publicada no Osservatore Romano, em 20 de janeiro de 1916 e, alguns dias depois, em 28 de janeiro do mesmo ano, no conhecido diário católico francês La Croix. Em 1917, foi divulgada com um título chamativo: “Oração para uso dos que querem colaborar na preparação de um mundo melhor” (4).

Quem a enviou ao Papa Bento XV, juntamente com outras orações pela paz, foi o Marquês de la Rochetulon, fundador do semanário católico Souvenir Normand. Nessa época, em toda parte faziam-se orações instantes pela paz, uma vez que a Europa inteira debatia-se com os fantasmas medonhos da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Pelos termos de agradecimento que o Cardeal Gasparri enviou, em nome do Papa, ao Marquês de Ia Rochetulon, soube-se que aquelas orações, inclusive a que seria depois atribuída a São Francisco, eram todas dirigidas ao Sagrado Coração de Jesus, uma devoção que vinha se expandindo com muito fervor desde o final do século XIX e com a qual “se pretendia resgatar uma dimensão esquecida no cristianismo tradicional: a riqueza da santa humanidade de Jesus, de seu amor incondicional, de sua misericórdia, de seu enternecimento para com todos, especialmente para com os pobres e os pecadores, as crianças e as mulheres”. (5 )

A partir desse contexto, a Oração pela Paz ganhou asas e correu mundo, recebendo acolhida entusiasta de cristãos e mesmo de seguidores de outras religiões, que nela encontravam a expressão inspirada de ancestrais desejos de união e de paz.

2. Como foi atribuída a São Francisco

Temos algumas pistas que indicam como foi que essa oração anônima chegou a encontrar em São Francisco de Assis um pai adotivo e suposto autor. Não se trata de falsificação fraudulenta e sim de uma casualidade histórica, que, entretanto, contribuiu para tornar manifesta uma notável afinidade existente entre a Oração pela Paz e a espiritualidade franciscana.

Um primeiro passo se deu em torno de 1913, quando a oração foi estampada no verso de um pôster devocional que trazia a figura de São Francisco de Assis. O texto tinha simplesmente como título: “Oração pela Paz”. Tempos depois, por volta de 1936, um pôster semelhante foi publicado em Londres com a mesma oração, traduzida em inglês, no verso. Desta vez, porém, ela foi atribuída diretamente ao santo representado na gravura, e recebeu como título: “Uma Oração de São Francisco”. Com isto firmou ainda mais sua popularidade. Outro passo foi quando o senador americano Tom Connally leu a oração, atribuída a São Francisco, na Conferência da ONU, em 1945. Note-se que em todas as outras edições anteriores, o texto é anônimo, mesmo em revistas franciscanas, inclusive no ano do VII Centenário de São Francisco, em 1926. (6)

Leonardo Boff conta um episódio semelhante, ocorrido pouco depois da publicação da Oração pela Paz em Roma. Um franciscano que visitava a Ordem Terceira Secular de Reims, na França, mandou imprimir um cartão tendo de um lado a figura de São Francisco com a regra da Ordem Franciscana Secular na mão e, do outro, a Oração pela Paz com a indicação da fonte: Souvenir Normand. No final, uma pequena frase dizia: “essa oração resume os ideais franciscanos e, ao mesmo tempo, representa uma resposta às urgências de nosso tempo”. Essa pequena frase, comenta L. Boff, permitiu que a oração deixasse de ser apenas Oração pela Paz para ser também conhecida como Oração de São Francisco, ou Oração da Paz de São Francisco de Assis. “Assim, essa oração passou a ser, simultaneamente, um resumo da devoção ao Sagrado Coração de Jesus e da espiritualidade franciscana” (7).

Pois há um parentesco entre a Oração pela Paz e a espiritualidade franciscana, permitindo que uma se reconheça no espelho da outra. Talvez, L. Boff exagere na fundamentação desse parentesco:

“Existe uma espiritualidade franciscana difusa no espírito de nosso tempo, nascida da experiência de Francisco, de Clara e de seus companheiros [ … ). A Oração pela Paz, também chamada Oração de São Francisco, constitui uma das cristalizações desta espiritualidade difusa. Ela não provém diretamente da pena do Francisco histórico, mas da espiritualidade do São Francisco da fé. Ele é seu pai espiritual e por isso seu autor no sentido mais profundo e abrangente da palavra. Sem ele, com certeza, essa Oração pela Paz jamais teria sido formulada nem divulgada e muito menos teria se imposto como uma das orações mais ecumênicas hoje existentes. Ela é rezada pelos fiéis de todos os credos e por professantes de todos os caminhos espirituais” (8).

3. O conteúdo dessa oração

Além do alto teor evangélico da oração, os estudiosos identificam nela ressonâncias de temas clássicos da espiritualidade medieval, especialmente agostiniana, haja vista, as obras de misericórdia espiritual, o esquema do combate aos vícios e as virtudes. As expressões repetitivas lembram João Fécamp, um autor muito próximo da literatura franciscana dos primórdios. A segunda parte da oração apresenta semelhanças de estilo com os ditos de Frei Egídio, companheiro de São Francisco (9), e com a Admoestação 27 do próprio Santo. Esta começa dizendo: “Onde há amor .. não há temor; onde há paciência e humildade, não há ira e perturbação, etc.”

A semelhança com os Ditos do Beato Egídio é maior:

“Bem-aventurado aquele que ama sem desejar ser amado.

Bem-aventurado aquele que venera sem querer ser venerado.

Bem-aventurado aquele que serve sem querer ser servido.

Bem-aventurado aquele que trata bem os outros sem desejar ser bem tratado” (10)

Conclusão

Ao concluir queremos ressaltar duas constatações. A primeira é que a “Oração pela Paz” não é de São Francisco de Assis e, portanto, não convém que continuemos a designá-la como “Oração de São Francisco”, pelo simples fato de que ela não é. A segunda é que essa oração está impregnada de espírito franciscano, tendo tudo a ver com nossa espiritualidade e carisma. Convém, pois, que a tenhamos em alto apreço, a rezemos e divulguemos, em razão de tudo o que ela é: uma oração simples e inspirada, com sabor ecumênico e de grande beleza, que nasce do coração e fala ao coração, em perfeita consonância com o Evangelho – o qual, por sua vez, “é a nossa regra”. Aliás, é próprio do espírito franciscano alegrar-se reconhecendo e admirando o bem, onde quer que ele se encontre: nos irmãos, nos escritos de um pagão, ou nos costumes dos sarracenos. Aqui nos alegramos com uma oração bonita, nascida fora de nossa família, mas não fora do sopro do Espírito.

Caderno de Orações de São Francisco de Assis

Cântico do irmão Sol (ou Cântico das Criaturas)

Quase cego, sozinho numa cabana de palha, em estado febril e atormentado pelos ratos, São Francisco deixou para a humanidade este canto de amor ao Pai de toda a Criação. A penúltima estrofe, que exalta o perdão e a paz, foi composta em Julho de 1226 no palácio episcopal de Assis, para pôr fim a uma desavença entre o Bispo e o Prefeito da cidade.

Estes poucos versos bastaram para impedir a guerra civil. A última estrofe, que acolhe a morte, foi composta no começo de Outubro de 1226.

Altíssimo, onipotente e bom Deus,
Teus são o louvor, a glória, a honra e toda benção.
Só a Ti, Altíssimo, são devidos,
e homem algum é digno de Te mencionar.
Louvado sejas, meu Senhor,
com todas as Tuas criaturas.
Especialmente o irmão Sol, que clareia o dia
e com sua luz nos ilumina.
Ele é belo e radiante, com grande esplendor
de Ti, Altíssimo é a imagem.
Louvado sejas meu senhor,
pela irmã Lua e as Estrelas,
que no céu formastes claras, preciosas e belas.
Louvado sejas meu Senhor,
pelo irmão Vento, pelo ar ou neblina,
ou sereno e de todo tempo
pelo qual as Tuas criaturas dais sustento.
Louvado sejas meu Senhor,
pela irmã Água, que é muito útil e humilde
e preciosa e casta.
Louvado sejas meu Senhor,
pelo irmão Fogo, pelo qual iluminas a noite,e ele é belo, jucundo, vigoroso e forte.
Louvado sejas meu Senhor,
pela nossa irmã a mãe Terra,
que nos sustenta e nos governa,
e produz frutos diversos, e coloridas flores e ervas.
Louvado sejas meu Senhor,
pelos que perdoam por teu amor
e suportam enfermidades e tribulações.
Bem aventurados os que sustentam a paz,
que por Ti, Altíssimo serão coroados.
Louvado sejas meu Senhor,
pela nossa irmã a morte corporal,
da qual homem algum pode escapar.
Ai dos que morrerem em pecado mortal!
Felizes os que ela achar
conforme à Tua Santíssima vontade,
porque a segunda morte não lhes fará mal.
Louvai e bendizei a meu Senhor,
e dá-lhe graças e serve-O com grande humildade.

Amém.

Oração diante do crucifixo

Segundo o testemunho de alguns antigos manuscritos, São Francisco rezou esta oração no momento em que estava diante do crucifixo de São Damião e recebia o seguinte encargo: “Francisco, vai reconstruir minha casa”.

Ó glorioso Deus, altíssimo, iluminai as trevas do meu coração, Concedei-me uma fé verdadeira, uma esperança firme e um amor perfeito. Dai-me Senhor, o reto sentir, e conhecer, a fim de que possa cumprir o sagrado encargo que verdade acabais de dar-me. Amém.

Bendita seja

Esta oração foi ditada por Francisco à Frei Leão, após a negativa do papa Inocêncio III de recebêlo, “se for realmente importante para a igreja como ele diz, ele voltará” foram as palavras do papa ao Bispo que recebeu Francisco.

Benditas sejam as dificuldades que nos agridem e fazem pensar.
Benditas sejam as horas que gastamos em função do bem eterno.
e dileto Filho, nosso Senhor e Mestre.

Amém.

Oração ao Santíssimo

Onipotente, santíssimo, altíssimo e soberano Deus,
que sois todo o bem, o sumo bem, a plenitude do bem,
nós vos tributamos todo o louvor, toda a glória,
toda a ação de graças, toda a exaltação, e todo o bem.
Assim seja, Assim seja.

Amém.

Paráfrase ao Pai Nosso

O santíssimo Pai nosso: Criador, Redentor, Salvador e Consolador;
que estais nos céus: nos anjos e nos santos.
Vós os iluminais para o conhecimento, porque vós,
Senhor, sois a Luz.
Vós os inflamais para o amor, porque vis, Senhor,
sois o Amor.
Vós habitais neles chamando-os para a vida beatífica,
porque vós, Senhor, sois o sumo Bem, o Bem eterno,
do qual procede todo bem
e sem o qual nada pode ser bom;
Santificado seja o vosso nome:
reluza em nos o conhecimento de vós,
para podermos reconhecer a largura de vossos benefícios,
o comprimento de vossas promessas,
a altura de vossa majestade e a profundidade dos juízos (cf. Ef 3,18);
Venha a nós o vosso reino:
para que reineis em nós por vossa graça
e nos deixeis entrar no vosso reino,
onde veremos a vós mesmo sem véu, teremos o amor perfeito a vós,
a beatífica comunhão convosco, a fruição de vossa essência;
Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu:
a fim de que vos amemos de todo o coração, pensando sempre em vós;
de toda a alma, aspirando sempre a vós;
de todo o nosso entendimento, ordenando todos os nossos desejos a vós
e buscando em tudo a honra vossa;
de todas as nossas forças,
empenhando todas as virtudes e sentidos do corpo
e da alma na obediência a vosso amor e em nada mais.
E para amarmos o nosso próximo como a nós mesmos,
atraindo, na medida de nossas forças,
para o vosso amor todos os homens,
alegrando-os pelo bem dos outros e pelo nosso próprio bem,
compadecendo-nos deles em suas tribulações
e jamais ofendendo a ninguém;
O pão nosso de cada dia:
vosso dileto Filho Nosso Senhor Jesus Cristo, nos dai hoje,
a fim de lembrar e reconhecer o amor que teve por nós
bem como tudo o que por nós tem falado, operado e sofrido;
Perdoai-nos as nossas ofensas:
por vossa inefável misericórdia
e o inaudito sofrimento de vosso dileto Filho,
Nosso Senhor Jesus Cristo,
e pela poderosa intercessão da beatíssima Virgem Maria
bem como pelos méritos e súplicas de todos os vossos eleitos;
Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido:
e o que nós não perdoamos totalmente,
fazei vós, ó Senhor, que o perdoemos plenamente,
a fim de que possamos amar sinceramente os nossos inimigos
e por eles intercedamos junto de vós,
não retribuamos a ninguém o mal pelo mal (cf. Rm 12,17)
e nos esforcemos por sermos úteis a todos em vós;
E não nos deixeis cair em tentação:
oculta ou manifesta, impetuosa ou inesperada;
Mas livrai-nos do mal:
passado, presente e futuro.

Amém.

Exortação ao Louvor do Senhor

“Temei a Deus e lhe dai Glória”.
Digno é o Senhor de receber o louvor e a honra
Todos os que temei ao Senhor, louvai-o
“Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo”
Céu e terra, louvai-o
Todos os rios, louvai o Senhor
“Bendizei, filhos de Deus, o Senhor”.
“Este é o dia que o Senhor fez, alegre exultemos pôr ele”.
Aleluia, aleluia, aleluia! “Rei de Israel”.
“Tudo o que respira louve o Senhor”
“Louvai o Senhor, porque é bom”.
Todos os ledes estas palavras, “Bendizei o Senhor”.
“Todas as criaturas, bendizei o Senhor”.
Todas as aves do céu, louvai o Senhor.
“Todos os servos, louvai o Senhor”.
Jovens e donzelas, louvai o Senhor.
“Digno é o Cordeiro imolado” de receber louvor, glória e honra.
“Bendita seja a santa Trindade e a indivisa Unidade”.
“São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate”.

Amém.

Pedimos-Te

Grande Artífice da verdade!…
aqui estamos nesta casa do teu coração,
como sermos penitentes em busca da perfeição,
e queremos encontrar os meios, que nos fogem da razão.
Pedimos – Te a paz, Senhor, mas que ela não nos venha com a feição da preguiça.
Pedimos – Te a luz, mas não permitas, Senhor,
que ela nos leve a cruzar os braços nos confortos das claridades.
Pedimos – Te, Senhor, a que nos ajude a perdoar,
sem nos afastar daqueles que, por vezes, nos ofenderam.
Pedimos – Te, Grande Força do Universo, Amor, mas muito amor,
sem que ele exija algo de alguém.
Pedimos – Te, Senhor, que nos de o pão de cada dia,
sem que este pão nos leve ao egoísmo, e que possamos reparti-lo com os que tem fome.
Pedimos – Te, Senhor, consolação, porém,
que nos ajudes também a consolar os tristes e os desesperados, todos os dias.
Pedimos – Te, meu Deus, Deus nosso, que a saúde se instale em nós,
mas que não nos esqueçamos de ajudar os enfermos.
Pedimos – Te, Senhor, o teto,
mas, ajuda-nos a abrir as nossas portas aos desabrigados.
Pedimos – Te a Tua companhia permanente, todavia,
ajuda-nos a acompanhar os deserdados, os órfãos, os atormentados,
os viciados, os criminosos, os famintos da Tua Luz,
porque sabemos que, sem este convívio,
de nada nos valer pedir-Te o que almejamos.
Jesus, abençoa a nossa razão e clareia os nossos sentimentos,
no afã de sentirmos a luz da Verdade e multiplicá-la pela presença dos nossos exemplos.
Maria Santíssima, seja a nossa luz para que o Amor brilhe dentro de nós como o Sol da vida.
Abençoa a nós todos, os nossos familiares, a humanidade inteira,
os pássaros, os peixes, os animais e a Terra em que vivemos.

Amém.

Deus é Deus

Vendo a obra, vejo Deus;
sentindo Deus, sou Amor.
Oh!… quantas coisas se escondem de mim,
de vós, de todos, filhos do Criador.
Sinto-me nada, ante a grandeza do universo; sinto-me verme,
pelas belezas que desconhece o meu coração.
Deus tem filhos no mar, nas estrelas, no ar;
Deus tem filhos nas árvores e na terra.
Deus tem filhos até nas guerras.
Que beleza a função da natureza!…
Vejo a luz surgir no escuro,
vejo a vida perfeita nos monturos;
vejo o céu nas águas do mar,
vejo e sinto o Amor no amar.
Quando descanso, a natureza trabalha;
quando durmo, a natureza trabalha;
quando trabalho, a natureza trabalha;
Que eu sou?… Nada, diante desta batalha.
Deus é Deus dos justos,
Deus é Deus dos parias,
Deus é Deus dos que viajam,
Deus é Deus dos que ficam em casa!…
Deus é Deus das sombras,
Deus é Deus da luz,
Deus é Deus das trevas,
Deus é Deus de Jesus!…
Quando estou cansado, Deus está ocupado;
quando estou reclamando, Deus esta obrando.
Quando blasfemo, Deus esta entendendo;
quando tenho ódio, Deus esta amando.
Quando estou triste, Deus esta sorrindo.
Deus é Sabedoria e eu estou sonhando!…
Que beleza a natureza!…
Que beleza a profundeza da existência, e do existir.
Eu não compreendo, mas luto para me corrigir,
porém, em frações do tempo, logo quero ajuntar e Deus repartir.
Quero colher, quero usurpar; e Deus passa por mim a semear!…
Luto de novo, mas ainda não sei lutar;
penso na disciplina, mas não me deixo disciplinar.
Avanço… caio! torno a avançar.
E Deus me ouve, passa novamente pôr mim,
olha para meus olhos, sente meu coração.
E fala baixinho em meu ouvido: vem, vou te ensinar a amar.
Deus se retira!… sinto sua ausência!…
Peço clemência! Mesmo assim, Deus não se esquece de mim.
Manda um anjo em meu encalço, num carro fulgurante de luz.
E de braços abertos, caio por terra;
pensei que era o Cristo de Deus, que era Jesus!
E o cortejo dos céus entra em mim, em cântico de louvor.
Abre o meu coração, deixando dentro dele um tesouro de luz!…
O tesouro da dor.

Amém.

Senhor

Após acontecerem vários milagres após um culto Francisco agradeceu através desta oração, durante o culto Francisco foi iluminado por uma luz e flutuou entre os presentes.

Senhor dos Céus e da Terra! Abençoai nosso ideal, aqui e além,
dai-nos o poder de entender a Vossa bondade,
para que seja cumprida a lei.
Dispensai o nosso ódio, para que haja alegria.
Dispensai o medo, para que surja a coragem.
Dispensai a inércia, para que nasça o trabalho.
Consenti, Senhor, que o Vosso nome não fique em vão nos nossos caminhos,
nas nossas atitudes e no nosso amor para Convosco, para com o próximo.
Ajudai-nos a aumentar a nossa fé, para que possamos doar esperanças,
fazei-nos que nossa caridade de avolume, para que possamos doar paz,
ajudai-nos a multiplicar a nossa fraternidade,
para que possamos doar amor.
E que, ao sairmos daqui, sejamos interligados pela luz,
onde brilham as estrelas, ainda que distantes umas das outras.
Que se faça a Vossa vontade e não a nossa!
Senhor responde Tu
Senhor Jesus Cristo, eis que, eu te segui, sem Te contradizer em nada,
e tudo o que me comandaste, o executei com plena obediência.
Em verdade eu não sou tão grande que esteja em meu poder cumprir,
sem Tua ajuda, coisa alguma que Te seja grata e bem aceita e para eles útil e salvadora.
Tu, que me destes ordem de fazer e escrever estas coisas que,
por Teu louvor e para a salvação deles, eu escrevo e escrevi,
responde a eles por mim e mesmo lhes
demonstre que são tuas palavras e não minhas.

Amém.

Elogio às Virtudes

Salve, rainha sabedoria,
o Senhor te guarde por tua santa irmã, a pura simplicidade!
Senhora santa Pobreza,
o Senhor te guarde por tua santa irmã a humildade!
Senhora santa caridade,
o Senhor te guarde por tua santa irmã, a obediência!
Santíssimas virtudes todas, guarde-vos o Senhor,
de quem procedeis e vindes a nós!
Não existe no mundo inteiro homem algum
em condições de possuir uma de vós,
sem que ele morra primeiro.
Quem possuir uma de vós e não ofender as demais, a todas possui;
e quem a uma ofender, nenhuma possui e a todas ofende.
E cada uma por si destrói os vícios e pecados.
A santa sabedoria confunde Satanás e todas as suas astúcias.
A pura e santa simplicidade confunde toda sabedoria deste mundo e a prudência da carne.
A santa pobreza confunde toda cobiça e avareza e solicitudes deste século.
A santa humildade confunde o orgulho e todos os homens deste mundo e tudo quanto há no mundo.
A santa caridade confunde todas as tentações do demônio e da carne e todos os temores carnais.
A santa obediência confunde todos os desejos sensuais e carnais e mantém o corpo mortificado para
obedecer ao espírito e obedecer ao seu irmão, e torna o homem submisso a todos os homens desse
mundo, e nem só aos homens, senão também a todas as feras e animais irracionais, para que dele
possam dispor à sua vontade, até o ponto que lho for permitido do alto pelo Senhor (cf. Jo 19,11)

Amém.

Os Salmos de São Francisco

Salmo I

O Deus, a vós expus a minha vida;
– tendes presentes diante de vossos olhos
minhas lágrimas. Todos os meus inimigos urdiam males contra mim,
– reuniram-se em conselho contra mim.
Pagaram-me o bem com o mal – e meu amor, com o ódio
Em resposta ao meu afeto me acusaram;
– eu, porém, orava. Meu santo Pai, Rei do céu e da terra,
não vos retireis de mim porque a tribulação se aproxima e não há quem me acuda
Serão repelidos os meus inimigos no dia em que vos invocar;
– eis que reconheci que vós sois meu Deus.
Meus amigos e meus companheiros aproximaram-se de mim com hostilidade
e se puseram contra mim – e meus companheiros permaneceram à distância.
Afastastes de mim os meus amigos, objeto de horror me tornastes para eles;
– estou aprisionado sem poder sair. Meu santo Pai,
não afasteis de mim o vosso auxílio,
– meu Deus, acudi em meu auxílio.
Vinde depressa em meu auxílio,
– Senhor, Deus de minha salvação!
Bendigamos ao Senhor Deus vivo e verdadeiro.
Rendamos-lhe louvor, glória, honra, bênção e todos os bens.
Amém. Amém. Assim seja. Assim seja.
Antífona: Santa Virgem Maria,
não há mulher nascida no mundo semelhante a vós,
filha e serva do altíssimo Rei e Pai celestial,
Mãe de nosso santíssimo Senhor
Jesus Cristo, esposa do Espírito Santo:
rogai por nos com São Miguel Arcanjo
e todas as Virtudes do céu e todos os santos junto a vosso santíssimo
e dileto Filho, Nosso Senhor e Mestre.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
assim como era no princípio, agora e sempre,
e por toda a eternidade.

Amém.

Salmo II

Senhor Deus da minha salvação
– dia e noite clamei diante de vossa face.
Chegue a vossa presença minha oração,
– inclinai o vosso ouvido à minha súplica. Acorrei à minha alma e livrai-a,
– salvai-me dos meus inimigos.
Pois fostes vós que me extraístes do ventre de minha Mãe,
minha esperança desde – de vós dependo desde o seio de minha Mãe.
Vos sois o meu Deus desde o ventre de minha Mãe,
– não vos retireis de mim. Vós conheceis o meu opróbrio e minha confusão
– e minha grande humilhação. Ante vossos olhos estão todos os que me confundem;
– meu coração contava com os seus ultrajes.
Esperei em vão quem tivesse compaixão de mim,
– quem me consolasse, e não encontrei.
O Deus, os soberbos se levantaram contra mim,
uma turba de prepotentes atentava contra minha vida,
– e a vos não tinham presente ante seus olhos
já sou contado entre os que descem à tumba,
– tal qual um homem inválido sem recurso, abandonado aos mortos.
Vós sois meu santíssimo Pai, meu Rei e meu Deus.
Vinde em meu socorro, – Senhor, Deus de minha salvação.

Salmo III

Tende piedade de mim, o Deus, tende piedade de mim,
– porque a minha alma em
vos procura o seu refúgio. Abrigo-me à sombra de vossas asas
– até que a tormenta passe.
Clamarei a meu supremo Pai santíssimo,
– ao Deus que me cumulou de benefícios.
Enviou do céu o auxilio que me salvou,
– cobriu de confusão os que me perseguiam.
Deus estendeu sua mão e sua verdade, livrou-me dum inimigo poderoso
e daqueles que me odeiam, – de adversários mais fortes do que eu.
Eles armaram laços aos meus pés, – e dobraram minha alma ao chão.
Diante de mim cavaram uma fossa; – caíram nela eles mesmos.
Disposto está o meu coração, meu Deus, disposto está o me
– para cantar e entoar hinos de louvor.
Desperta-te, meu canto de glória, despertai-vos, harpa e cítara;
– levantar-me-ei pela aurora.
Entre os povos, Senhor, vos louvarei;
– salmodiarei a vós entre os gentios. Porque aos céus se eleva a vossa misericórdia
– e até às nuvens vossa verdade. Elevai-vos, ó Deus, nas alturas dos céus,
– e brilhe a vossa glória sobre toda a terra.

Amém.

Salmo IV

Tende piedade de mim, ó Deus, porque aos pés me pisaram os homens,
– sem cessar me oprime o adversário.
Meus inimigos continuamente me espezinharam,
– pois São numerosos os que me combatem.
Todos os meus inimigos urdiam males contra mim,
– reuniram-se em conselho contra mim.
Os que insidiavam minha vida,
– reuniam-se em conselho contra mim.
Eles saiam e confabulavam.
Todos os que me viam zombavam de mim,
– falavam com os lábios e meneavam a cabeça.
Eu porém sou um verme, não sou homem,
– o opróbrio de todos e a abjeção da plebe.
Por causa de meus inimigos tornei-me opróbrio para meus vizinhos,
– e o horror dos meus conhecidos.
Santo Pai, não afasteis de mim a vossa ajuda,
– Senhor, Deus de minha salvação.
Apressai-vos em socorrer-me, – Senhor Deus, meu Salvador.

Amém.

Salmo V

Com minha voz clamei ao Senhor,
– com minha voz supliquei ao Senhor.
Derramo ante sua face minha oração,
– e lhe exponho toda a minha angustia. Na hora em que o espírito desfalece,
– vós conheceis o meu caminho. Na senda em que andava,
– ocultaram-me um laço. Olhava para a direita e observava,
– e todos simulavam não me conhecer. Não existe para mim um refúgio,
– e não há quem se interesse pela minha vida. Pois foi por vós que eu sofri afrontas,
– e o rubor da confusão subiu-me à face.
Tornei-me um estranho para meus Irmãos,
– um desconhecido para os filhos de minha Mãe.
Pai santo, o zelo de vossa casa me consome
– e os insultos dos que vos ultrajam caíram sobre mim.
E na minha desgraça eles se reuniram para se alegrar,
– juntaram-se para me dilacerar a golpes sem eu saber por quê.
Mais numerosos que os cabelos de minha cabeça,
– os que me detestam sem razão.
Tornaram-se fortes os meus inimigos que me perseguiram injustamente;
– o que não roubara quiseram que restituísse. Surgiram testemunhas falsas,
– interrogaram-me sobre o que eu desconhecia.
Retribuíram-me o mal pelo bem recebido,
– e caluniavam-me, porque eu queria fazer o bem.
Vós sois meu Pai santíssimo, – meu Rei e meu Deus.
Vinde depressa em meu auxílio, – Senhor, Deus de minha salvação.

Amém.

Salmo VI

Ó vós todos que passais pelo caminho
– atendei e vede se há dor semelhante à minha dor.
Porque rodeou-me uma malta de cães,
– cercou-me um bando de malfeitores.
Eles olharam para mim e me observaram bem,
– repartiram entre si as minhas vestes e lançaram a sorte sobre a minha túnica.
Traspassaram minhas mãos e meus pés
– e contaram todos os meus ossos. Contra mim eles abriram suas fauces
– como um Leão que ruge e arrebata. Pareço-me com água derramada,
– e desconjuntados estão todos os meus ossos. Meu coração tornou-se como de cera
– que se derrete nas minhas entranhas.
Ressequido como caco de louça está o meu vigor – e gruda-se no paladar a minha língua.
Deram-me fel por alimento, – na minha sede deram-me vinagre a beber.
Reduziram-me ao pó da morte – e reduplicaram a dor de minhas chagas.
Deitei-me a dormir e levantei-me de novo – e meu santíssimo Pai me recebeu com honras.
Santíssimo Pai, vós me tomastes pela mão direita,
– vossos desígnios me conduziram e me recebestes com honras.
Pois quem senão vós existe para mim no céu,
– e o que desejei na terra senão a Reparai e reconhecei que sou Deus, diz o Senhor,
– dominarei sobre as nações e sobre toda a terra. Bendito seja o Senhor,
Deus de Israel, que libertou com seu próprio sangue sacratíssimo as almas de seus servos;
– não serão desamparados os que em Ele esperam. E sabemos que Ele vem,
– que vir julgar o mundo com justiça.

Amém.

Salmo VII

Povos, batei palmas – aclamai a Deus com vozes alegres.
Porque o Senhor é excelso e terrível – Rei supremo sobre toda a terra.
Eis que o santíssimo Pai celestial, nosso Rei,
enviou desde os tempos antigos do alto o seu dileto Filho,
– e operou a salvação por toda a terra. Alegrem-se os céus,
rejubile a terra, ressoe o mar com tudo o que contém,
– rejubilem-se os campos e o que neles existe. Cantai ao Senhor um cântico novo,
– cantai ao Senhor, universo inteiro. Porque o Senhor é grande e digno de louvor,
– é mais temível que todos os deuses. Dai ao Senhor; o, famílias dos povos,
– dai glória e poder ao nome do Senhor.
Oferecei em holocausto os vossos corpos e carregai a sua santa cruz
– observai até o fim a sua santa lei. Trema ao seu olhar a face da terra;
– anunciai entre os povos que (do lenho) reina o Senhor.
E subiu aos céus, – e está sentado a direita do santíssimo Pai celestial.
Elevai-vos, o Deus, nas alturas dos céus, – e sobre a terra em vossa glória.
E sabemos que Ele vem, – que vir para julgar com justiça.

Amém.

Salmo VIII

Cantai ao Senhor um cântico novo – pelas maravilhas que Ele operou.
Sua destra santificou o seu Filho – e seu santo brado.
O Senhor fez conhecer a sua salvação;
– à face de todos os povos manifestou a sua justiça.
Naquele dia o Senhor ofereceu a sua misericórdia
– e à noite foi cantado o seu louvor. Este é o dia que o Senhor fez
– alegres exultemos por ele. Bendito seja o que vem em nome do Senhor,
– o Senhor é Deus e fez brilhar sobre nas a sua luz.
Alegrem-se os céus, rejubile a terra; ressoe o mar com tudo o que
– rejubilem-se os campos e o que neles existe.
Dai ao Senhor, ó famílias dos povos, dai ao Senhor gloria e poder;
– tributai ao Senhor o louvor devido ao seu nome.
Reinos da terra, cantai à glória de Deus, salmodiai ao Senhor;
– louvai a Deus, que é levado pelo céu do céu até o oriente.
Eis que dar à sua voz o sonido da forra,
– rendei gloria e louvor ao Deus de Israel;
– sua majestade e seu poder resplandecem nas nuvens.
Maravilhoso é Deus nos seus santos;
– o Deus de Israel, e Ele que da ao seu povo a forra e o poder. Bendito seja Deus.

Amém.

Salmo IX

Aclamai a Deus, terras todas, cantai a glória do seu nome;
– rendei-lhe glorioso louvor. Dizei a Deus: Como São estupendas vossas obras!
– Tal é o vosso poder que os próprios inimigos vos glorificam.
Diante de vós se prosterne toda a terra
– e cante em vossa honra a glória de vosso nome.
Vinde ouvi, vós todos que temeis a Deus, eu vos narrarei
– quão grandes coisas Ele fez à minha alma.
A Ele clamei com minha boca, – com minha língua o louvei.
Do seu templo santo ouviu a minha voz,
– meu clamor chegou aos seus ouvidos.
Bendizei, ó povos, ao nosso Deus, – publicai os seus louvores.
Nele serão abençoadas todas as raças da terra, – e todos os povos hão de bendizê-lo.
Bendito seja o Senhor Deus de Israel, – que só Ele faz maravilhas.
Bendito seja eternamente seu nome glorioso,
– e toda a terra se encha de sua glória. Assim seja.

Assim seja. Amém.

Salmo X

O Senhor te escute no dia da provação,
– e te proteja o nome do Deus de Jacó.
Do seu santuário Ele te socorra
– e de Sião Ele te sustente. Ele se lembre de tuas ofertas,
– e aceite os teus sacrifícios. Ele te dê o que teu coração aspira,
– e realize todos os teus desejos. Nós vamos alegrar-nos com tua vitória,
– e gloriar-nos no nome do Senhor nosso Deus.
O Senhor realize todos os teus pedidos.
Agora reconheci que o Senhor enviou a Jesus Cristo. Seu Filho (Sl 19,6-7),
e Ele julgar o universo com justiça. E o Senhor se tornou refúgio para o pobre,
e defensor na angústia – e esperam em vós os que conhecem vosso nome.
Bendito seja o Senhor meu Deus, – porque Ele se tornou o meu amparo,
o meu refúgio no dia da tribulação. A vós, meu Deus,
cantarei salmos porque sois minha defesa,
– vós sois meu Deus e minha misericórdia.

Amém.

Salmo XI

Em vós, Senhor, pus minha confiança, não perecerei por toda a eternidade,
– por vossa justiça livrai-me, libertai-me. Inclinai para mim vossos ouvidos
– e salvai-me. Sede-me um Deus protetor e uma cidadela forte
– para me salvardes. Porque vos sois, ó meu Deus, minha esperança;
– Senhor, desde a juventude vós sois minha confiança.
Em vós me foi dada forra desde o seio de minha Mãe,
desde o seio materno sois meu protetor, – a vós ressoa sempre o meu louvor.
Minha boca se encha de vossos louvores para que eu cante sempre vossa glória,
– continuamente vossa grandeza. Ouvi-me, Senhor, pois vossa bondade é compassiva;
– em nome de vossa misericórdia voltai-vos para mim.
Não escondais ao vosso servo o aspecto de vossa face
– atendei-me logo, porque estou muito atormentado.
Bendito seja o Senhor Deus meu, porque se tornou o meu amparo,
– o meu refúgio no dia da tribulação, A vós, meu Deus, cantarei salmos,
porque sois minha defesa, – vós sois o meu
Deus, sois minha misericórdia.

Amém.

Salmo XII

Rendo-vos graças, Senhor, Pai santo, Rei do céu e da terra,
– porque me consolastes. Vós sois meu Salvador, ó Deus,
– confiante agirei e não terei medo.
O Senhor, minha fortaleza e meu louvor, – e tornou-se a minha salvação.
Vossa destra, Senhor, assinalou-se pela fortaleza, vossa destra,
Senhor, destruiu o inimigo,
– e na grandeza da vossa glória aniquilastes os meus adversários.
Vejam-no os pobres e se regozijem;
– buscai a Deus e vossa alma viver. Louvem-no o céu e a terra,
– o mar e tudo o que nele se move. Porque Deus salvar Sião
– e as cidades de Judá serão edificadas. E ali hão de morar
– e adquiri-la por herança. E a linhagem de seus servos a possuir,
– e os que amam o seu nome hão de residir nela.

Amém.

Salmo XIII

Jubilai em Deus, nosso protetor,
– aclamai com vozes de júbilo o Senhor, Deus vivo e verdadeiro.
Porque o Senhor é o Altíssimo, o Temível,
– o grande Rei do universo. Pois o santíssimo Pai celestial, nosso grande Rei,
enviou do alto, desde toda a eternidade, o seu Filho muito amado,
– e ele nasceu da bem-aventurada Virgem Santa Maria.
Ele me invocar: Vós sois meu Pai, – e eu o constituirei meu Primogênito,
– o mais excelso dentre todos os reis da terra.
Naquele dia Deus nosso Senhor concedeu a sua graça
– e de noite ressoou o seu louvor. Este é o dia que o Senhor fez,
– alegres exultemos por ele.
Pois foi-nos dado um menino amável e santíssimo,
nascido por nas à beira do caminho e deitado numa manjedoura,
– porque não havia lugar na estalagem. Glória a Deus nas alturas
– e paz na terra aos homens de boa vontade. Alegrem-se os céus,
rejubile a terra, ressoe o mar com tudo o que contém,
– rejubilem-se os campos e o que neles existe.
Cantai ao Senhor um cântico novo, – cantai ao Senhor por toda a terra.
Porque o Senhor é grande e digno de louvor,
– é mais temível que todos os deuses. Dai ao Senhor,
ó famílias dos povos, – dai ao Senhor, glória e poder.
Oferecei-lhe em holocausto os vossos corpos e carregai sua santa cruz,
– e observai até o fim a sua santa lei.

Amém.

Benção de São Francisco

Esta é uma benção extraída da Bíblia por São Francisco (Num. 6,24-26) e que se tornou conhecida
ao longo do tempo como “Benção de São Francisco de Assis”.
O Senhor vos abençoe e vos guarde.
Vos mostre a sua face e se compadeça de vós.
Volva para vós o seu rosto e vos dê a paz!
O Senhor vos abençoe, Pai, Filho, Espírito Santo + Amém.

Carta ao Governante dos Povos

A todos os podestás, cônsules, juizes e regentes no mundo inteiro, e a todos quantos receberem esta carta, Frei Francisco, mísero e pequenino servo no Senhor, deseja saúde e paz. Considerai e vede que “se aproxima o dia da morte” (Gn 47,29). Peço-vos, pois, com todo o respeito de que sou capaz que, no meio dos cuidados e solicitudes que tendes neste século, não esqueçais o Senhor nem vos afastes dos seus mandamentos. Pois todos aqueles que o deixam cair no esquecimento e “se afastam dos seus mandamentos” são amaldiçoados (Sl 118,21) e serão por Ele “entregues ao esquecimento” (Ez 33,13). E quando chegar o dia da morte, “tudo o que entendiam possuir ser-lhe-á tirado” (Lc 8,18). E quanto mais sábios e poderosos houverem sido neste mundo, tanto maiores “tormentos padecerão no inferno” (Sb 6,7).

Por isso aconselho-vos encarecidamente, meus senhores, que deixeis de lado todos os cuidados e solicitudes e recebais com amor o santíssimo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, por ocasião de sua santa memória. Diante do povo que vos foi confiado, prestai ao Senhor este testemunho público de veneração: todas as tardes mandai proclamar por um pregoeiro, ou anunciai por algum sinal, que todo povo deverá render graças e louvores ao Senhor Deus Todo-Poderoso. E se não o fizerdes, sabei que havei de dar conta perante vosso Senhor Jesus Cristo no dia do juízo. Os que levarem consigo este escrito e o observarem saibam que serão abençoados por Deus nosso Senhor. (Francisco de Assis)

Glorioso São Francisco

Glorioso São Francisco,
Santo da simplicidade, do amor e da alegria.
No céu contemplais as perfeições infinitas de Deus.
Lançai sobre nós o vosso olhar cheio de bondade.
Socorrei-nos em nossas necessidades espirituais e corporais.
Rogai ao nosso Pai e Criador que nos conceda as graças
que pedimos por vossa intercessão,
vós que sempre fostes tão amigo dele.
E inflamai o nosso coração de amor sempre maior
a Deus e aos nossos irmãos, principalmente os mais necessitados.
São Francisco de Assis, rogai por nós.

Amém.

Oração de João Paulo II a São Francisco
Ó São Francisco, estigmatizado do Monte Alverne,
o mundo tem saudades de ti qual imagem de Jesus crucificado.
Tem necessidade do teu coração aberto para Deus e para o homem,
dos teus pés descalços e feridos,
das tuas mãos traspassadas e implorantes.
Tem saudades da tua voz fraca, mas forte pelo poder do Evangelho.
Ajuda Francisco, os homens de hoje a reconhecerem o mal do pecado
e a procurarem a sua purificação na penitência.
Ajuda-os a libertarem-se das próprias estruturas do pecado,
que oprimem a sociedade de hoje.
Reaviva na consciência dos governantes
a urgência da Paz nas Nações e entre os Povos.
Infunde nos jovens o teu vigor de vida,
capaz de contrastar as insídias das múltiplas culturas da morte.
Aos ofendidos por toda espécie de maldade,
comunica, Francisco, a tua alegria de saber perdoar.
A todos os crucificados pelo sofrimento,
pela fome e pela guerra, reabre as portas da esperança.

Amém.

Fonte: www.cantodapaz.com.br/www.sca.org.br

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