Obras Literárias

abril, 2017

  • 18 abril

    Viriato da Cruz

    Nascimento: 25 de março de 1928, Porto Amboim, Angola. Falecimento: 1973, Pequim, China. Viriato da Cruz Viriato da Cruz , Viriato Clemente da Cruz, foi um angolano poeta e político, que nasceu em Kikuvo, Porto Amboim, Angola Português, e morreu em Beijing, República Popular da China. Viriato da Cruz é …

  • 18 abril

    Selvagem – Tomás Vieira da Cruz

    Tomás Vieira da Cruz Ninguém, ninguém, ninguém me queira mais; podem trazer-me tudo quanto existe: as pérolas de Ofir e as irreais ilusões que contentam quem é triste. Podem trazer-me, em doidos vendavais, a luz da f’licidade que sentiste, mulher ditosa que em cortejo vais seguida de quem ama de …

  • 18 abril

    Romance de Luanda

    Tomás Vieira da Cruz Coqueiros esguios – leques ao vento abanando a Ilha. Um dongo flutua na baia. E ela, a negra maravilha condecorada com reflexos de prata com que o céu a está beijando, com que o céu a está vestindo, – adormeceu sonhando placidamente sorrindo. Nas águas verdes …

  • 18 abril

    Rebita – Tomás Vieira da Cruz

    Tomás Vieira da Cruz Mulata da minha alma batuque dos meus sentidos, meus nervos encandecidos vibram por ti, sem ter calma. Por isso vou á rebita, quase triste e indeciso, a queimar minha desdita nas chamas do teu sorriso. E, triste, assim, vou dançar, vou dançar e vou beber o …

  • 18 abril

    Quissange – Saudade Negra

    Tomás Vieira da Cruz Não sei, por estas noites tropicais, o que me encanta… Se é o luar que canta ou a floresta aos ais. Não sei, não sei, aqui neste sertão de musica dolorosa qual é a voz que chora e chega ao coração… Qual o som que aflora …

  • 18 abril

    N’gola – Flor de Bronze

    Tomás Vieira da Cruz Filha de branco que morreu na guerra e de uma preta linda do Libolo, o teu olhar até de noite encerra todo o luar das lendas do Catolo! Ó flor estranha! já não tem consolo a tua mágoa, a tua dor na terra! Ó flor estranha …

  • 18 abril

    Mulata – Tomás Vieira da Cruz

    Tomás Vieira da Cruz Os teus defeitos são graças que mais me prendem, querida… Mistério de duas raças que se encontraram na vida. E, no mato, em nostalgia, num exílio carinhoso, fizeram essa alegria do teu olhar misterioso. E deram forma de sonho, em seu viver magoado, a esse estilo …

  • 18 abril

    Fruta – Tomás Vieira da Cruz

    Tomás Vieira da Cruz Quitanda de fruta verde, dá-me um gomo de laranja para matar a sede. Ou, então, será melhor dar-me um veneno qualquer porque eu ando perturbado e o meu sonho anda queimado por uns olhos de mulher! – Minha senhora, laranja, limão, fresquinho, caju, ananás ou abacate!… …

  • 18 abril

    Coqueiro – Tomás Vieira da Cruz

    Tomás Vieira da Cruz Ali, na rua do Carmo um coqueiro ficou abandonado quando destruiram a casa velha a que deu sombra. E onde um par enamorado teve sonhos de Amor, nesse pedaço de Luanda antiga agora modernizada. E o coqueiro ligado à terra, tombado na direcção da Rua da …

  • 17 abril

    Niani

    Machado de Assis I Contam-se histórias antigas Pelas terras de além-mar, De moças e de princesas, Que amor fazia matar. Mas amor que entranha n’alma E a vida soe acabar, Amor é de todo o clima, Bem como a luz, como o ar. Morrem dele nas florestas Aonde habita o …