Obras Literárias

abril, 2017

  • 25 abril

    Memorial de Aires

    Memorial de Aires – Machado de Assis ADVERTÊNCIA Quem me leu Esaú e Jacó talvez reconheça estas palavras do prefácio: “Nos lazeres do ofício escrevia o Memorial, que, apesar das páginas mortas ou escuras, apenas daria (e talvez dê) para matar o tempo da barca de Petrópolis.” Referia-me ao Conselheiro …

  • 25 abril

    Iaiá Garcia

    Machado de Assis Capítulo 1 Luís Garcia transpunha a soleira da porta, para sair, quando apareceu um criado e lhe entregou esta carta: 5 de Outubro de 1866. Sr. Luís Garcia — Peço-lhe o favor de vir falar-me hoje, de uma a duas horas da tarde. Preciso de seus conselhos, …

  • 25 abril

    Helena

      Machado de Assis CAPÍTULO PRIMEIRO O CONSELHEIRO VALE morreu às 7 horas da noite de 25 de abril de 1859. Morreu de apoplexia fulminante, pouco depois de cochilar a sesta, — segundo costumava dizer, — e quando se preparava a ir jogar a usual partida de voltarete em casa …

  • 25 abril

    Esaú e Jacó

    Machado de Assis Dico, che quando l’anima mal nata… Dante Esaú e Jacó full post(8546 words, estimated 34:11 mins reading time)

  • 25 abril

    Desdéns – Raimundo Correia

    Raimundo Correia Realçam no marfim da ventarola As tuas unhas de coral felinas Garras com que, a sorrir, tu me assassinas, Bela e feroz… O sândalo se evolua; O ar cheiroso em redor se desenrola; Pulsam os seios, arfam as narinas… Sobre o espaldar de seda o torso inclinas Numa …

  • 25 abril

    Conselhos – Raimundo Correia

    Raimundo Correia Vogar mais não vale a pena, Amarra o barco a esta bóia; Não traves por outra Helena Segunda guerra de Tróia. Ouve um conselho de amigo: Deixa de muito escolher; Eu das mulheres só digo O que ouço a todos dizer. Dizem de Cora que, quando Entra nos …

  • 25 abril

    Conchita – Raimundo Correia

    Raimundo Correia Adeus aos filtros da mulher bonita; A esse rosto espanhol, pulcro e moreno; Ao pé que no bolero… ao pé pequeno; Pé que, alígero e célere, saltita… Lira do amor, que o amor não mais excita, A um silêncio de morte eu te condeno; Despede-te; e um adeus, …

  • 25 abril

    Chuva e Sol – Raimundo Correia

    Raimundo Correia Agrada à vista e à fantasia agrada Ver-te, através do prisma de diamantes Da chuva, assim ferida e atravessada Do sol pelos venábulos radiantes… Vais e molhas-te, embora os pés levantes: – Par de pombos, que a ponta delicada Dos bicos metem nágua e, doidejantes, Bebem nos regos …

  • 25 abril

    Beijos do Céu

    Raimundo Correia Sonhei-te assim, ó minha amante, um dia: — Vi-te no céu; e, anamoradamente, De beijos, a falange resplendente Dos serafins, teu corpo inteiro ungia… Santos e anjos beijavam-te… Eu bem via Beijavam todos o teu lábio ardente; E, beijando-te, o próprio Onipotente, O próprio Deus nos braços te …

  • 25 abril

    Banzo – Raimundo Correia

    Raimundo Correia Visões que na alma o céu do exílio incuba, Mortais visões! Fuzila o azul infando… Coleia, basilisco de ouro, ondeando O Níger… Bramem leões de fulva juba… Uivam chacais… Ressoa a fera tuba Dos cafres, pelas grotas retumbando, E a estrelada das árvores, que um bando De paquidermes …