Ciclo do Café

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Ciclo do Café – História

As primeiras mudas e sementes de café chegam ao Brasil no século XVIII, por volta de 1730, vindas da América Central e das Guianas.

Mas é só a partir do começo do século XIX que a cafeicultura ganha o interesse dos grandes proprietários. Torna-se rapidamente a principal atividade agrícola do país, responsável por mais da metade da renda obtida com exportação.

A crescente importância econômica faz dos produtores de café de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais o centro da elite dirigente do Império e da República, até quase meados do século XX.

As sementes do café tiveram que ser plantadas no país porque a planta não é originária das Américas. O primeiro cafeeiro foi plantado no Brasil em 1727 no estado do Pará.

Reza a lenda que o governo brasileiro buscava uma fatia do mercado de café e enviou o tenente-coronel Francisco de Melo Palheta para contrabandear sementes de café da Guiana Francesa, aparentemente para mediar uma disputa de fronteira. Em vez de se voltar para as fazendas de café que parecem fortalezas, Palheta usou suas atrações pessoais para persuadir a primeira-dama da Guiana Francesa.

Incapaz de resistir a seus encantos, ela lhe deu um buquê com mudas em um jantar de despedida estadual antes de sua partida para o Brasil.

A indústria cafeeira era dependente de escravos, na primeira metade do século 19 1,5 milhão de escravos foram importados para o Brasil para suprir a necessidade de mão de obra escrava na cafeicultura do sudeste.

Quando o comércio estrangeiro de escravos foi finalmente abolido no Brasil em 1850, os donos das plantações recorreram aos imigrantes europeus para atender à demanda de mão de obra.

Ciclo do Café – O que foi

café entrou no Brasil pelas mãos de um português, o comerciante Melo Palheta, que plantou algumas mudas num fundo do quintal em Belém do Pará em 1727.

Dali o café percorreu todo o litoral brasileiro, sempre em pequenas plantações para uso da casa ou em vendas e quitandas.

Mas, um século depois, já havia grandes plantações no Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, de onde abraçou para São Paulo.

Escolhido pelos fazendeiros como produto de exportação nas terras do Sul, o cafeeiro mostrou que podia produzir muito mais e os mercados europeus pagavam muito bem pela bebida que se tornava moda.

Em Campinas, os cafeeiros encontraram as primeiras terras roxas e o resultado foi melhor ainda.

Em 1850, o café era o nosso primeiro produto de exportação. Os fazendeiros enriqueciam e abriam novas fazendas, compravam cada vez mais escravos para o trabalho na terra.

Estimulava-se a vinda de todas as raças para o Brasil.

café normalmente, levava 4 anos para a primeira colheita. No Norte do Paraná as primeiras colheitas confirmaram o “O Ouro Verde” que se tinha.

Mal começavam a plantar café no Norte velho do Paraná e os trilhos da estrada de ferro Sorocabana chegavam até Ourinhos fronteira com S. Paulo.

Em 1924, Lord Lovat conhece as primeiras terras e fazendas do norte do Paraná e conclui que não haveria lugar melhor para o plantio do algodoais e cafezais.

Por isso a base econômica forte da época em Arapongas e região foi basicamente o Café.

Ciclo do CaféCafé

No final do século 18, o café era considerado um produto para o consumo. Nos anos de 1840/50 esta matéria-prima avança e conquista o mundo, tornando-se o principal produto de comercialização no Brasil.

A expansão da lavoura cafeeira começou nas regiões montanhosas do vale do Paraíba do Sul, próximas do Rio de Janeiro, mas durante o desenvolvimento do cultivo, São Paulo se transforma na capital oficial do café, tendo como polos principais as cidades de Campinas e Ribeirão Preto.

De início, a lavoura cafeeira desenvolveu-se com base na grande propriedade de monocultura e na utilização do trabalho escravo, mas com a proibição desta atividade em 1850, os fazendeiros foram obrigados a substituir os escravos pelos trabalhadores livres assalariados – imigrantes europeus que tinham o incentivo do governo para trabalhar nos campos de cultivo.

Anteriormente, entre os anos de 1850/70, a imigração foi espontânea. Os próprios proprietários incentivavam a vinda dos camponeses portugueses, italianos, espanhóis e alemães, assinando os contratos ainda na Europa. Esses países passavam por lutas internas e pelo crescimento das indústrias, que provocavam o êxodo rural (saída em massa do campo para as cidades).

Em 1870, o Estado cuidou de formalizar, junto aos governos europeus, as condições de imigração para o trabalho nas lavouras brasileiras, melhorando as condições de trabalho dos milhares de imigrantes. Além disso, a proibição do tráfico de escravos liberou um volume de capital, até então envolvido apenas com o comércio negreiro. Parte deste dinheiro foi para o investimento na expansão do café, a outra parte se destinou aos empreendimentos comerciais e industriais.

Por volta de 1880, graças a esses capitais, foram criadas sociedades, companhias e empresas comerciais e industriais. São fábricas, ferrovias, bancos, iluminação urbana, telégrafo, enfim os grandes centros estavam se transformando no que são hoje.

Nasce uma nova classe além dos barões do café, os empreendedores e industriais. O nome de Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá era o de maior destaque.

Ele foi um dos primeiros a perceber que a união dos capitais deslocados com a proibição do tráfico, poderia e deveria alimentar as forças produtivas do país. Mauá dominou sua época, ele foi industrial, banqueiro, político e diplomata.

A era Mauá, como ficou conhecida a expansão cafeeira no Brasil, trouxe a modernização para os grandes centros do País, como a inauguração, no Rio de Janeiro, da iluminação a gás e o abastecimento de água.

Essa expansão se estende até os anos de 1900.

Ciclo do Café – Expansão cafeeira

Das pequenas plantações nas vizinhanças da corte, entre 1810 e 1820, os cafeeiros espalham-se por todo o vale do rio Paraíba, primeiro na porção fluminense, depois na paulista e no sul de Minas.

Em meados do século XIX ocupam parte das terras das antigas lavouras de cana-de-açúcar e algodão e invadem o chamado Oeste Paulista, inicialmente a região de Campinas e Sorocaba e, em seguida, Ribeirão Preto e Araraquara. No início do século XX, os cafezais cobrem extensa faixa paralela ao litoral das regiões Sul e Sudeste, que vai do Paraná ao Espírito Santo.

A cafeicultura ganha a primazia entre as monoculturas exportadoras, desbancando a tradicional agricultura canavieira.

O sucesso e a vigorosa expansão cafeeira no Sudeste brasileiro durante o século XIX devem-se a uma combinação de fatores. De um lado, uma conjuntura externa favorável, com o crescimento do consumo na Europa e nos Estados Unidos, e uma crise em importantes regiões produtoras, como Haiti, Ceilão (atual Sri Lanka) e Java, na Indonésia. Com isso, os preços mantêm-se em alta nos mercados consumidores. Por outro lado, no Brasil há terras e escravos subutilizados nas lavouras tradicionais de açúcar e algodão e solos novos e férteis, como as terras roxas no interior paulista.

A rápida ampliação das plantações de café cria também o primeiro problema: a escassez de mão-de-obra provocada pela interrupção definitiva do tráfico de escravos africanos em 1850.

A solução encontrada é a atração de imigrantes, com o apoio oficial. Nas últimas décadas do século XIX, as fazendas de café recebem milhares de imigrantes europeus – italianos, portugueses, espanhóis, alemães, suíços e eslavos – e asiáticos, que vêm trabalhar em regime de parceria, recebendo por produção ou como assalariado. Com a substituição do trabalho escravo pelo livre, a cafeicultura não apenas se desenvolve como também apressa o fim da escravidão.

Ciclo do Café – Política do café

Nas primeiras décadas do século XX, a continuidade do crescimento é reforçada por uma política governamental bastante favorável aos interesses do setor, que garante crédito, formação de estoques e intervenções no câmbio para compensar eventuais baixas dos preços internacionais.

Isso tem efeito positivo: mantém o desenvolvimento da cafeicultura, possibilitando aos fazendeiros investir parte de sua renda em atividades comerciais e industriais, dinamizando a economia urbana.

Mas tem igualmente um efeito nocivo: no final da década de 20, a produção interna (28 milhões de sacas anuais) aumenta muito mais que a demanda externa (15 milhões).

Produção de Café

Depois da Revolução de 1930 e dos abalos provocados pela crise econômica mundial iniciada nos Estados Unidos em 1929, o governo Vargas mantém o apoio ao setor cafeeiro por meio do Conselho Nacional do Café e, ao mesmo tempo, decide impulsionar a industrialização. Para reduzir a oferta e melhorar os preços, manda queimar todo o seu estoque e erradicar cafezais, pagando pequena indenização aos produtores.

A longo prazo, a produção e a exportação estabilizam-se, sob a supervisão do Instituto Brasileiro do Café, criado em 1952.

Na década de 50, as exportações de café ainda representam a maior parte do total comercializado, e o Brasil permanece como o maior produtor mundial.

Mas seu reinado absoluto na economia brasileira chega ao fim quando o setor industrial, a partir da segunda metade do século XX, se torna o carro-chefe do desenvolvimento econômico nacional.

O Ciclo do Café – 1800 A 1870

No início do século XIX o café atingiu alto valor no mercado europeu. Aproveitando essa oportunidade, em 1830 já era o produto mais exportado pelo Brasil, desbancando o ouro e o açúcar.

A principal região produtora de café era o Vale do Paraíba e, Paraty era o porto mais próximo para embarcar o café com destino a Europa. Começava na vila um movimento nunca antes visto.

Mais de 20.000 animais passavam por ano carregados com sacas de café e outros produtos agrícolas para serem vendidos no Rio de Janeiro.

Renasceu o comércio, apareceram armazéns que compravam e/ou estocavam o café e que era inclusive plantado no município.

Nessa mesma época a economia paratiense foi beneficiada com a vinda da família real em 1808 para o Rio de Janeiro. Acompanhada de toda a nobreza de Portugal e acostumada com elevados índices de consumo, os produtos paratienses eram rapidamente vendidos na capital. Para atender essa demanda, havia uma navegação regular entre Paraty e o Rio de Janeiro feita por dez barcos a vela e um a vapor.

Com o fruto dessa atividade comercial, foi possível construir mais uma igreja – a de Nossa Senhora das Dores. Paralelo e pouco distante do Caminho do Ouro, abriu-se um novo caminho, todo calçado de pedra para que os tropeiros passassem com mais segurança. Em 1808 a população foi calculada em 6.128 habitantes.

Foi nesse período de crescimento que o calçamento das ruas da vila foi terminado. Em 1830 contava-se na vila mais de 400 casas, sendo 40 sobrados, e aproximadamente 10.000 habitantes, dos quais 3.500 eram escravos. Tão intenso estava o desenvolvimento da vila que em 1844 foi elevada com o título de cidade. Nas casas do centro predominavam a arquitetura de armazéns e lojas, com portas no lugar de janelas e, quando sobrado, o comércio era no térreo e a residência no andar superior.

Em 1850 contava-se mais de 150 alambiques em Paraty e 16.000 habitantes. Entretanto a riqueza ficava na mão de poucos.

O relevo montanhoso e recortado por vários rios dividia naturalmente as propriedades rurais entre vários pequenos agricultores e/ou produtores de aguardente (no censo de 1920 Angra dos Reis possuía 15 propriedades rurais enquanto em Paraty havia 133). Os intermediários, com seus armazéns e barcos para vender a mercadoria no Rio de Janeiro, conseguiam impor os preços ao produtor garantindo assim boa margem de lucro.

Havia em Paraty, assim como em todo Brasil colonial, três classes de casa de negócios: comerciantes, negociantes e vendeiros.

A primeira delas era formada pelos proprietários de grandes capitais de giro, que compravam toda a produção das fazendas ou importavam diretamente os produtos da Europa, ficando com toda a carga dos navios que chegavam. Esses vendiam as negociantes que revendiam ao público final e aos vendeiros (proprietários de pequenas vendas nas áreas rurais).

Ciclo do café dos anos 1880

O ciclo do café iniciado na década de 1880 durou mais de um século e contribuiu para o declínio da escravidão em favor da mão de obra livre e, ao contrário de outras exportações como pau-brasil, açúcar e ouro, as exportações de café contribuíram muito para a industrialização.

A crescente indústria do café atraiu milhões de imigrantes para o sudeste e transformou São Paulo de uma pequena cidade no maior centro industrial do mundo em desenvolvimento. A cidade tinha cerca de 30.000 habitantes na década de 1850, esse número passou de 70.000 em 1890 para 240.000 em 1900. Com um milhão de habitantes na década de 1930, São Paulo ultrapassava o Rio de Janeiro como a cidade mais populosa do país e o mais importante polo industrial.

Valorização de 1906

A “Valorização” de fevereiro de 1906 é um claro exemplo da grande influência na política federal que o estado de São Paulo ganhou com a produção de café.

A grande oferta de café havia diminuído o preço do café no mercado internacional e menos dinheiro ainda estava nas mãos dos plantadores. Para proteger o setor cafeeiro – e os interesses da elite cafeeira local – o governo estabeleceu um meio de fixar a taxa de câmbio e não permitir que subisse e deveria comprar safras abundantes e posteriormente vendê-las no mercado internacional em melhor oportunidade.

Assim que o preço ultrapassasse sete centavos por libra, o estado começaria a vender seu excedente. O esquema gerou um aumento temporário no preço e promoveu a expansão contínua da produção de café.

O esquema de valorização foi bem-sucedido do ponto de vista dos fazendeiros e do Estado brasileiro, mas levou a um excesso de oferta global e agravou o impacto da inevitável quebra.

Ciclo do Café – Origem

Ciclo do Café no Brasil

café chegou ao ocidente cercado de exotismo e mistério.

No Brasil, as primeiras plantas foram trazidas ao Pará no início do século XVIII e cultivada com interesse quase decorativo em pequenos terrenos próximos a moradias e até mesmo em jardins.

Anos depois, os cafezais já tomavam conta das montanhas na cidade do Rio de Janeiro e das primeiras posições na lista de exportações nacionais. Quando surgiram as grandes lavouras, as fazendas se espalharam por terras paulistas e fluminenses, formando unidades de produção auto-suficientes com grande quantidade de mão de obra.

Além de uma alternativa à mineração e aos engenhos de açúcar, a cafeicultura impulsionou o início da imigração européia, a instalação da malha ferroviária e da industrialização do sudeste brasileiro.

Os produtores de café receberam distinções sociais e estiveram relacionados aos principais movimentos políticos e econômicos que precederam a proclamação da república. Neste século, as lavouras paranaense desafiaram as condições climáticas e deram grande contribuição à produção nacional.

A trajetória da cafeicultura e a cultura gerada nas fazendas e plantações chegaram aos núcleos urbanos semeando marcas imortalizadas pelos artistas plásticos brasileiros. Cada gole da bebida, transformada em símbolo nacional, aquece a cadeia produtiva de um dos principais itens da economia brasileira tendo sido por muito tempo o regulador do comércio internacional do país.

Fonte: www.cmarapongas.pr.gov.br/www.valedocafe.com.br/www.paraty.tur.br/en-academic.com/br.geocities.com

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