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Golfinhos para Colorir
O Rio – João Cabral de Melo Neto
João Cabral de Melo Neto PUBLICIDADE Da lagoa da Estaca a Apolinário Sempre pensara em ir caminho do mar. Para os bichos e rios nascer já é caminhar. Eu não sei o que os rios têm de homem do mar; sei que se sente o mesmo e exigente chamar. Eu …
Leia maisO Relógio
PUBLICIDADE João Cabral de Melo Neto 1. Ao redor da vida do homem há certas caixas de vidro, dentro das quais, como em jaula, se ouve palpitar um bicho. Se são jaulas não é certo; mais perto estão das gaiolas ao menos, pelo tamanho e quadradiço de forma. Uma vêzes, …
Leia maisO Mar e o Canavial
João Cabral de Melo Neto PUBLICIDADE O que o mar sim aprende do canavial: a elocução horizontal de seu verso; a geórgica de cordel, ininterrupta, narrada em voz e silêncio paralelos. O que o mar não aprende do canavial: a veemência passional da preamar; a mão-de-pilão das ondas na areia, …
Leia maisO Cão Sem Plumas
João Cabral de Melo Neto PUBLICIDADE A cidade é passada pelo rio como uma rua é passada por um cachorro; uma fruta por uma espada. O rio ora lembrava a língua mansa de um cão ora o ventre triste de um cão, ora o outro rio de aquoso pano sujo …
Leia maisNum Monumento à Aspirina
João Cabral de Melo Neto PUBLICIDADE Claramente: o mais prático dos sóis, o sol de um comprimido de aspirina: de emprego fácil, portátil e barato, compacto de sol na lápide sucinta. Principalmente porque, sol artificial, que nada limita a funcionar de dia, que a noite não expulsa, cada noite, sol …
Leia maisFábula de um Arquiteto
João Cabral de Melo Neto PUBLICIDADE A arquitetura como construir portas, de abrir; ou como construir o aberto; construir, não como ilhar e prender, nem construir como fechar secretos; construir portas abertas, em portas; casas exclusivamente portas e tecto. O arquiteto: o que abre para o homem (tudo se sanearia …
Leia maisDifícil de Ser Funcionário
PUBLICIDADE João Cabral de Melo Neto Difícil ser funcionário Nesta segunda-feira. Eu te telefono, Carlos Pedindo conselho. Não é lá fora o dia Que me deixa assim, Cinemas, avenidas, E outros não-fazeres. É a dor das coisas, O luto desta mesa; É o regimento proibindo Assovios, versos, flores. Eu nunca …
Leia maisComo a Morte se Infiltra
PUBLICIDADE João Cabral de Melo Neto Certo dia, não se levanta porque quer demorar na cama. No outro dia ele diz por que: é porque lhe dói algum pé. No outro dia o que dói é a perna, E nem pode apoiar-se nela. Dia a dia lhe cresce um não, …
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