Antônio Gonçalves da Silva

Antônio Gonçalves da Silva – Patativa do Assaré

PUBLICIDADE

Antônio Gonçalves da Silva

Antônio Gonçalves da Silva – Patativa do Assaré

Patativa do Assaré e seus 90 verões de gorjeio poético

As penas plúmbeas, as asas e cauda pretas da patativa, pássaro de canto enternecedor que habita as caatingas e matas do Nordeste brasileiro, batizaram poeta Antônio Gonçalves da Silva, conhecido em todo o Brasil como Patativa do Assaré, referência ao município que nasceu. Analfabeto “sem saber as letra onde mora “, como diz num de seus poemas, sua projeção em todo o Brasil se iniciou na década de 50, a partir da regravação de “Triste Partida”, toada de retirante gravada por Luiz Gonzaga.

Antônio Gonçalves da Silva
Antônio Gonçalves da Silva

Filho do agricultor Pedro Gonçalves da Silva e de Maria Pereira da Silva, Patativa do Assaré veio ao mundo no dia 9 de março de 1909.

Criado num ambiente de roça, na Serra de Santana, próximo a Assaré, seu pai morrera quando tinha apenas oito anos legando aos seus filhos Antônio, José, Pedro, Joaquim, e Maria o ofício da enxada, “arrastar cobra pros pés”, como se diz no sertão.

A sua vocação de poeta, cantador da existência e cronista das mazelas do mundo despertou cedo, aos cinco anos já exercitava seu versejar. A mesma infância que lhe testemunhou os primeiros versos presenciaria a perda da visão direita, em decorrência de uma doença, segundo ele, chamada “mal d’olhos”.

Sua verve poética serviu vassala a denunciar injustiças sociais, propagando sempre a consciência e a perseverança do povo nordestino que sobrevive e dá sinais de bravura ao resistir ao condições climáticas e políticas desfavoráveis.

A esse fato se refere a estrofe da música Cabra da Peste:

“Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrê
Não nego meu sangue, não nego meu nome.
Olho para a fome , pergunto: que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará.”

Embora tivesse facilidade para fazer versos desde menino, a Patativa do município de Assaré, no Vale do Cariri, nunca quis ganhar a vida em cima do seu dom de poeta.

Mesmo tendo feito shows pelo Sul do país, quando foi mostrado ao grande público por Fagner em finais da década de 70, até hoje se considera o mesmo camponês humilde e mora no mesmo torrão natal onde nasceu, no seu pedaço de terra na Serra de Santana.

Antônio Gonçalves da Silva
Antônio Gonçalves da Silva

Do Vale do Cariri, que compreende o Sul do Ceará e parte Oeste da Paraíba, muitas famílias migraram para outras regiões do Brasil.

A própria família Gonçalves , da qual faz parte o poeta, se largou do Crato, de Assaré e circunvizinhanças para o Sul da Bahia, em busca do dinheiro fácil do cacau, nas décadas de 20 e 30.

Seus livros foram publicados ocasionalmente por pesquisadores e músicos amigos e, parceria com pequenos selos tipográficos e hoje são relíquias para os colecionadores da literatura nordestina.

Patativa grava seu canto em disco

A estréia do vate cearense em vinil se deu no ano de 1979, quando gravou o LP “Poemas e Canções”, lançado pela CBS . As gravações foram realizadas em recital no Teatro José de Alencar, em Fortaleza.

Cantando para seu povo brincou poeticamente com o fato de estar sendo gravado em disco na abertura A dor Gravada:

“Gravador que está gravando
Aqui no nosso ambiente
Tu gravas a minha voz,
O meu verso e o meu repente
Mas gravador tu não gravas
A dor que meu peito sente”.

O recital fez parte de uma revisão cultural que a nova classe intelectual ligada á musica e ao cinema faz sobre o obra dos grandes poetas populares cearenses como Cego Oliveira, Ascenso Ferreira e o próprio Patativa. Artistas como Fagner , o cineasta Rosemberg Cariri e outros, se encarregaram de produzir em vídeo e película documentários com finalidade de registrar ar um pouco da cultura em seu molde mais genuíno.

Do mesmo disco é a destemida Senhor Doutor, que em pleno governo do general Ernesto Geisel falava em baixos salários numa posição de afronta em relação à situação da elite, representada pela figura do doutor.

Assim vocifera o bardo do Assaré, com seu ressonante gogó:

“Sinhô Dotô não se enfade
Vá guardando essa verdade
E pode crê, sou aquele operário
Que ganha um pobre salário
Que não dá para comer.”

Após a gravação do primeiro LP o recitador , fez uma série de shows com seu discípulo Fagner.

Em 81 a apresentação da dupla no Festival de Verão do Guarujá ganha ampla repercussão na imprensa.

Nesta mesma ocasião gravou seu segundo LP “A Terra é Naturá”, também pela CBS.

Patativa sempre cantou as saudades da sua terra, embora não tenha deixado o seu Cariri no último pau-de-arara, como diz a letra. Seu lamento arrastado e monocórdico acalanta os que se retiraram e serve de ombro aos que ficam.

A toada-aboio “Vaca Estrela e Boi Fubá” que narra a saudade da terra natal e do gado foi o sucesso do disco em versão gravada por Fagner no LP “Raimundo Fagner”, de 1980.

“Eu sou filho do Nordeste, não nego o meu naturá
Mas uma seca medonha me tangeu de lá pra cá
Lá eu tinha o meu gadinnho, num é bom nem imaginar
Minha linda Vaca Estrela e o meu belo Boi Fubá.
Quando era de tardezinha eu começava a aboiar”.

Outro ponto alto do disco “A Terra é Naturá” que foi lançado em CD pela 97 é a poesia Antônio Conselheiro que narra a saga do messiânico desde os dias iniciais em Quixeramobim, no Ceará até o combate final no Arraial de Belo Monte, na Fazenda Canudos, em 1897. Patativa, como muitos dos cantadores, registram na memória as histórias que boiam no leito da tradição oral, contadas aqui e ali, reproduzidas pelos violeiros e pelos cordéis.

“A Terra é Naturá” foi produzido por Fagner , tendo o cineasta Rosemberg Cariri entrado como assistente de produção artística. O acompanhamento é feito por Manassés, músico especialista em violas que se revelou juntamente com o Pessoal do Ceará, e pelo violonista Nonato Luiz, violonista de mão cheia. A presença do rabequeiro Cego Oliveira, fazendo o introdutório das músicas ajuda a consolidar a reputação de indispensável ao LP.

O lirismo dos versos de Mãe Preta, poema dedicado à sua mãe de criação cuja morte é narrada em versos contundentes e simplórios ao mesmo tempo, apresenta uma densidade poética que só os que cantam com pureza d’alma atingem.

” Mamãe, com muito carinho, chorando um beijo me deu
E me disse : meu filhinho, sua Mãe Preta morreu.
E outras coisa me dizendo, senti meu corpo tremendo,
Me considerei um réu. Perdi da vida o prazer,
Com vontade de morrer pra ver Mãe Preta no céu”
Depois deste disco Patativa voltou para o seu roçado na Serra de Santana, em Assaré.
De lá saia esporadicamente para alguns recitais mas é no seu pé-de-serra, que recebe a inspiração poética.

Em 9 de março de 1994 o poeta completou 85 verões e foi homenageado com o LP “Patativa do Assaré – 85 Anos de Poesia”, sendo este seu mais recente lançamento, com participação das duplas de repentistas Ivanildo Vila Nova e Geraldo Amâncio e Otacílio Batista e Oliveira de Panelas.

Como narrador do progresso nos meios de comunicação expôs em Presente Disagradável suas convicções autênticas, sobre o aparelho de televisão:

“Toda vez que eu ligo ele
No chafurdo das novela
Vejo logo os papo é feio
Vejo o maior tumaré
Com a briga das mulhé
Querendo os marido alheio
Do que adianta ter fama?
Ter curso de Faculdade?
Mode apresentar programa
Com tanta imoralidade !”

Antônio Gonçalves da Silva – Biografia

Antônio Gonçalves da Silva

 

Antônio Gonçalves da Silva, dito Patativa do Assaré, nasceu a 5 de março de 1909 na Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município de Assaré, no Sul do Ceará.

É o segundo filho de Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva.

Foi casado com D. Belinha, de cujo consórcio nasceram nove filhos.

Publicou Inspiração Nordestina, em 1956, Cantos de Patativa, em 1966.

Em 1970, Figueiredo Filho publicou seus poemas comentados Patativa do Assaré. Tem inúmeros folhetos de cordel e poemas publicados em revistas e jornais.

Está sendo estudado na Sorbonne, na cadeira da Literatura Popular Universal, sob a regência do Professor Raymond Cantel.

Patativa do Assaré era unanimidade no papel de poeta mais popular do Brasil.

Para chegar onde chegou, tinha uma receita prosaica: dizia que para ser poeta não era preciso ser professor. ‘Basta, no mês de maio, recolher um poema em cada flor brotada nas árvores do seu sertão’, declamava.

Cresceu ouvindo histórias, os ponteios da viola e folhetos de cordel. Em pouco tempo, a fama de menino violeiro se espalhou. Com oito anos trocou uma ovelha do pai por uma viola. Dez anos depois, viajou para o Pará e enfrentou muita peleja com cantadores.

Quando voltou, estava consagrado: era o Patativa do Assaré. Nessa época os poetas populares vicejavam e muitos eram chamados de ‘patativas’ porque viviam cantando versos. Ele era apenas um deles. Para ser melhor identificado, adotou o nome de sua cidade.

Filho de pequenos proprietários rurais, Patativa, nascido Antônio Gonçalves da Silva em Assaré, a 490 quilômetros de Fortaleza, inspirou músicos da velha e da nova geração e rendeu livros, biografias, estudos em universidades estrangeiras e peças de teatro. Também pudera. Ninguém soube tão bem cantar em verso e prosa os contrastes do sertão nordestino e a beleza de sua natureza. Talvez por isso, Patativa ainda influencie a arte feita hoje.

O grupo pernambucano da nova geração ‘Cordel do Fogo Encantado’ bebe na fonte do poeta para compor suas letras. Luiz Gonzaga gravou muitas músicas dele, entre elas a que lançou Patativa comercialmente, ‘A triste partida’.

Há até quem compare as rimas e maneira de descrever as diferenças sociais do Brasil com as músicas do rapper carioca Gabriel Pensador. No teatro, sua vida foi tema da peça infantil ‘Patativa do Assaré – o cearense do século’, de Gilmar de Carvalho, e seu poema ‘Meu querido jumento’, do espetáculo de mesmo nome de Amir Haddad. Sobre sua vida, a obra mais recente é ‘Poeta do Povo – Vida e obra de Patativa do Assaré’ (Ed. CPC-Umes/2000), assinada pelo jornalista e pesquisador Assis Angelo, que reúne, além de obras inéditas, um ensaio fotográfico e um CD.

Como todo bom sertanejo, Patativa começou a trabalhar duro na enxada ainda menino, mesmo tendo perdido um olho aos 4 anos. No livro ‘Cante lá que eu canto cá’, o poeta dizia que no sertão enfrentava a fome, a dor e a miséria, e que para ‘ser poeta de vera é preciso ter sofrimento’.

Patativa só passou seis meses na escola. Isso não o impediu de ser Doutor Honoris Causa de pelo menos três universidades. Não teve estudo, mas discutia com maestria a arte de versejar. Desde os 91 anos de idade com a saúde abalada por uma queda e a memória começando a faltar, Patativa dizia que não escrevia mais porque, ao longo de sua vida, ‘já disse tudo que tinha de dizer’. Patativa morreu em 08 de julho de 2002 na cidade que lhe emprestava o nome.

Antônio Gonçalves da Silva – o Patativa do Assaré (1909 – 2002)

Antônio Gonçalves da Silva
Antônio Gonçalves da Silva

Poeta popular e cantador repentista de viola nordestino nascido em Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município e a três léguas da cidade de Assaré, no Sul do Ceará, um dos maiores poetas populares do Brasil, retratista do árido universo da caatinga nordestina cuja obra foi registrada em folhetos de cordel, discos e livros.

Foi o segundo filho do modesto casal de agricultores Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva. Perdeu a vista direita, no período da dentição (1913), em conseqüência de uma moléstia vulgarmente conhecida por Dor-d’olhos.

Aos oito anos, ficou órfão de pai e teve que trabalhar ao lado de meu irmão mais velho, para sustentar os mais novos.

Aos doze anos, freqüentou durante quatro meses sua primeira e única escola, onde, sem interromper o trabalho de agricultor e quase como um autodidadata, aprendeu a ler e escrever e se tornou apaixonado pela poesia.

De treze para quatorze anos começou a fazer seus primeiros versinhos que serviam de graça para os vizinhos e conhecidos, pois o sentido de tais versos eram brincadeiras de noite de São João, testamentos do Judas, gozação aos preguiçosos etc.

Com 16 anos de idade, comprou uma viola e começou a cantar de improviso.

Aos 20 anos de idade viajou para o Pará em companhia de um parente José Alexandre Montoril, que lá morava, onde passou cinco meses fazendo grande sucesso como cantador.

De volta ao Ceará, regressou à Serra de Santana, onde continuou na mesma vida de pobre agricultor e cantador. Casou-se com uma parenta, D. Belinha, com quem se tornou pai de nove filhos.

Sua projeção em todo o Brasil se iniciou a partir da gravação de Triste Partida (1964), toada de retirante de sua autoria gravada por Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.

Teve inúmeros folhetos de cordel e poemas publicados em revistas e jornais e publicou Inspiração Nordestina (1956), Cantos de Patativa (1966).

Figueiredo Filho publicou seus poemas comentados em Patativa do Assaré (1970). Gravou seu primeiro LP Poemas e Canções (1979) uma produção do cantor e compositor cearense Fagner.

Apresentou-se com o cantor Fagner no Festival de Verão do Guarujá (1981), período em que gravou seu segundo LP A Terra é Naturá, lançado também pela CBS. A política também foi tema da obra e de sua vida.

Durante o regime militar, ele condenava os militares e chegou a ser perseguido.

Participou da campanha das Diretas-Já (1984) e publicou o poema Inleição Direta 84.

No Ceará, sempre apoiou o governo de Tasso Jereissati (PSDB), a quem chamava de amigo.

Ao completar 85 anos foi homenageado com o LP Patativa do Assaré – 85 Anos de Poesia (1994), com participação das duplas de repentistas Ivanildo Vila Nova e Geraldo Amâncio e Otacílio Batista e Oliveira de Panelas.

Tido como fenômeno da poesia popular nordestina, com sua versificação límpida sobre temas como o homem sertanejo e a luta pela vida, seus livros foram traduzidos em diversos idiomas e tornaram-se temas de estudo na Sorbonne, na cadeira da Literatura Popular Universal, sob a regência do Professor Raymond Cantel.

Contava com orgulho que desde que começou a trabalhar na agricultura, nunca passou um ano sem botar a sua roçazinha, a não ser no ano em que foi ao Pará.

Quase sem audição e cego desde o final dos anos 90, o grande e modesto poeta brasileiro, com apenas um metro e meio de altura, morreu em sua casa, em Assaré, interior do Ceará, a 623 quilômetros da capital estadual Fortaleza, aos 93 anos, após falência múltipla dos órgãos em conseqüência de uma pneumonia dupla, além de uma infecção na vesícula e de problemas renais, e foi enterrado no cemitério São João Batista, na sua cidade natal.

Outros livros importantes de sua autoria foram Inspiração nordestina, Cantos de Patativa, Rio de Janeiro (1967), Cante lá que eu canto cá, Filosofia de um trovador nordestino, Editora Vozes, Petrópolis (1978), Ispinho e Fulô, SCD, Fortaleza (1988) e Balceiro, SCD, Fortaleza (1991), Aqui tem coisa, Multigraf/ Editora, Secretaria da Cultura e Desporto do Estado do Ceará, Fortaleza (1994) e Cordéis, URCA, Universidade Regional do Cariri, Juazeiro do Norte.

Sobre ele foram produzidos os filmes Patativa de Assaré, Um poeta camponês, curta-metragem documentário, Fortaleza, Brasil (1979) e Patativa do Assaré, Um poeta do povo, curta-metragem documentário, Fortaleza, Brasil (1984).

Antônio Gonçalves da Silva – Vida

Antônio Gonçalves da Silva (Serra de Santana CE 1909 – Assaré CE 2002).

Poeta e repentista.

Filho dos agricultores Pedro Gonçalves Silva e Maria Pereira Silva, muda-se com a família, pouco depois de seu nascimento, para uma pequena propriedade nas proximidades de Assaré, Ceará. Em 1910, o poeta perde parcialmente a visão do olho direito, seqüela de um sarampo.

Com a morte do pai, em 1917, auxilia no sustento da casa, trabalhando em culturas de subsistência e na produção de algodão. Freqüenta a escola por apenas seis meses e descobre a literatura por meio de folhetos de cordel e de repentistas.

Adquire um violão em 1925 e passa a dedicar-se à composição de versos musicados. Viaja, em 1929, para Fortaleza e freqüenta os salões literários do poeta Juvenal Galeno (1836 – 1931).

Do Ceará parte para Belém, onde conhece o jornalista também cearense José Carvalho de Brito, responsável pela publicação de seus primeiros textos no jornal Correio do Ceará.

Deve-se a Brito a alcunha de Patativa, utilizada pela primeira vez no capítulo que lhe dedica em seu livro O Matuto Cearense e o Caboclo do Pará.

A estréia de Assaré em livro ocorre em 1956, no Rio de Janeiro, com a publicação de Inspiração Nordestina, incentivado pelo latinista José Arraes de Alencar.

Com a gravação, em 1964, de Triste Partida, por Luiz Gonzaga (1912 – 1982), e de Sina, em 1972, pelo cantor Raimundo Fagner (1949), amplia-se a visibilidade de sua obra.

Em 1978, lança Cante Lá que Eu Canto Cá e se engaja na luta contra a ditadura militar. No ano seguinte, volta a morar em Assaré.

Antônio Gonçalves da Silva – Patativa do Assaré

Antônio Gonçalves da Silva
Antônio Gonçalves da Silva

Antônio Gonçalves da Silva, conhecido como Patativa do Assaré, nasceu numa pequena propriedade rural de seus pais em Serra de Santana, município de Assaré, no sul do Ceará, em 05-03-1909.

Filho mais velho entre os cinco irmãos, começou a vida trabalhando na enxada.

O fato de ter passado somente seis meses na escola não impediu que sua veia poética florescesse e o transformasse em um inspirado cantor de sua região, de sua vida e da vida de sua gente.

Em reconhecimento a seu trabalho, que é admirado internacionalmente, foi agraciado, no Brasil, com o título de doutor “honoris causa” por universidades locais.

Casou-se com D. Belinha, e foi pai de nove filhos.

Publicou Inspiração Nordestina, em 1956. Cantos de Patativa, em 1966.

Em 1970, Figueiredo Filho publicou seus poemas comentados Patativa do Assaré.

Tem inúmeros folhetos de cordel e poemas publicados em revistas e jornais.

Sua memória está preservada no centro da cidade de Assaré, num sobradão do século XIX que abriga o Memorial Patativa do Assaré.

Em seu livro Cante lá que eu canto cá, Patativa afirma que o sertão enfrenta a fome, a dor e a miséria, e que “para ser poeta de vera é preciso ter sofrimento”.

O poeta faleceu no dia 08/07/2002, aos 93 anos.

Fonte: www.facom.ufba.br/www.tanto.com.br/www.sobiografias.hpg.ig.com.br/www.itaucultural.org.br/www.releituras.com

Veja também

John Locke

PUBLICIDADE John Locke, nascido em Wrington (Inglaterra), estudou em Oxford. Em 1688, fora nomeado membro …

Gugu Liberato

PUBLICIDADE Antonio Augusto Liberato de Moraes, muito conhecido por” Gugu”, foi um importante apresentador de …

Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche

PUBLICIDADE Quem foi Friedrich Nietzsche? O filósofo alemão influente Friedrich Nietzsche (1844-1900) é conhecido por seus …