Antônio Lobo Antunes

Antônio Lobo Antunes – Biografia

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Antônio Lobo Antunes
Antônio Lobo Antunes

Escritor português contemporâneo e polêmico, Antônio Lobo Antunes nasceu em Lisboa no ano de 1942.

Licenciou-se na Universidade de medicina de Lisboa, especializando-se em Psiquiatria por considerá-la semelhante à literatura.

Médico psiquiatra, foi convocado pelo exército português para servir na guerra em Angola.

É considerado por vários críticos em todo o mundo como o mais importante romancista português depois de Eça de Queirós.

Pouco depois partiu para a guerra colonial, em Angola, onde exerceu a sua atividade.

« Quando fui para África, ainda que contasse com pouca experiência cirúrgica, tinha de fazer amputações, tinha que fazer essas coisas tramadas que há a fazer em tempo de guerra». (António Lobo Antunes)

Volta para Portugal, onde continua a exercer medicina. Apenas começa a dedicar-se em exclusivo à arte de escrever, a sua paixão sempre presente, a partir de 1985, após ter feito amizade com José Cardoso Pires e Daniel Sampaio, que tiveram um papel fundamental na edição da sua primeira obra.

Os seus livros falam, sobretudo da guerra colonial, dos portugueses que viveram nas colónias («retornados»), da morte, da solidão e da frustração de viver e não amar.

A sua escrita é poderosa e várias entidades internacionais já o premiaram por esse facto.

É um dos nomes apontados para um futuro Prêmio Nobel da Literatura.

«No fundo, a nossa vida é sempre uma luta contra a depressão e, em relação a mim, escrever é uma forma de fuga ou de equilíbrio… Por outro lado, há a sensação de qualquer coisa que nos foi dada e que temos obrigação de dar às outras pessoas: quando não trabalho sinto-me culpado. Há ainda a sensação do tempo, ou seja, ter na cabeça projectos para 200 anos e saber que não vamos viver 200 anos…». (António Lobo Antunes)

Obras

Memória de Elefante, 1979
Os Cus de Judas, 1979
Conhecimento do Inferno, 1980
A Explicação dos Pássaros, 1981
Fado Alexandrino, 1983
Auto dos Danados, 1985
As Naus, 1988
Tratado das Paixões da Alma, 1990
A Ordem Natural das Coisas, 1992
A Morte de Carlos Gardel, 1994
Crónicas, 1995
Manual dos Inquisidores, 1996
O Esplendor de Portugal, 1997
Exortação aos Crocodilos, 1999
A História do Hidroavião, 2000 Não
Entres Tão depressa Nessa Noite Escura, 2000
Que Farei Quando Tudo Arde?, 2001
Apontar com o Dedo o Centro da Terra, 2002 (ilustração de Júlio Pomar)
Algumas Crónicas, 2002
Segundo Livro de Crónicas, 2002
Boa Tarde às Coisas Aqui em Baixo, 2003

Antônio Lobo Antunes – Romancista

Antônio Lobo Antunes
Antônio Lobo Antunes

Proveniente de uma família da grande burguesia portuguesa, licenciou-se em Medicina, com especialização em Psiquiatria.

Exerceu a profissão no Hospital Miguel Bombarda em Lisboa, dedicando-se desde 1985 exclusivamente à escrita.

A experiência em Angola na Guerra Colonial como tenente e médico do exército português durante vinte e sete meses (de 1971 a 1973) marcou fortemente os seus três primeiros romances.

Em termos temáticos, a sua obra prossegue com a tetralogia constituída por A explicação dos pássaros, Fado alexandrino, Auto dos Danados e As naus, onde o passado de Portugal, dos Descobrimentos ao processo revolucionário de Abril de 1974, é revisitado numa perspectiva de exposição disfórica dos tiques, taras e impotências de um povo que foram, ao longo dos séculos, ocultados em nome de uma versão heróica e epopeica da história.

Segue-se a esta série a trilogia Tratado das paixões da alma, A ordem natural das coisas e A morte de Carlos Gardel – o chamado “ciclo de Benfica” -, revisitação de geografias da infância e adolescência do escritor (o bairro de Benfica, em Lisboa). Lugares nunca pacíficos, marcados pela perda e morte dos mitos e afectos do passado e pelos desencontros, incompatibilidades e divórcios nas relações do presente, numa espécie de deserto cercado de gente que se estende à volta das personagens.

António Lobo Antunes começou por utilizar o material psíquico que tinha marcado toda uma geração: os enredos das crises conjugais, as contradições revolucionárias de uma burguesia empolgada ou agredida pelo 25 de Abril, os traumas profundos da guerra colonial e o regresso dos colonizadores à pátria primitiva. Isto permitiu-lhe, de imediato, obter um reconhecimento junto dos leitores, que, no entanto, não foi suficientemente acompanhado pelo lado da crítica.

As desconfianças em relação a um estranho que se intrometia no meio literário, a pouca adesão a um estilo excessivo que rapidamente foi classificado de “gongórico” e o próprio sucesso de público, contribuíram para alguns desentendimentos persistentes que se começaram a desvanecer com a repercussão internacional (em particular em França) que a obra de António Lobo Antunes obteve.

Ultrapassado este jogo de equívocos, António Lobo Antunes tornou-se um dos escritores portugueses mais lidos, vendidos e traduzidos em todo o mundo. Pouco a pouco, a sua escrita concentrou-se, adensou-se, ganhou espessura e eficácia narrativa. De um modo impiedoso e obstinado, esta obra traça um dos quadros mais exaustivos e sociologicamente pertinentes do Portugal do século XX.

A sua obra prosseguiu numa contínua renovação linguística, tendo os seus últimos romances (Exortação aos Crocodilos, Não entres tão depressa nessa noite escura, Que farei quando tudo arde?, Boa tarde às coisas aqui em baixo), bem recebidos pela crítica, marcado definitivamente a ficção portuguesa dos últimos anos.

Antônio Lobo Antunes – Vida

Antônio Lobo Antunes
Antônio Lobo Antunes

António Lobo Antunes nasceu em Lisboa, em 1942.

Estudou na Faculdade de Medicina de Lisboa e especializou-se em Psiquiatria. Exerceu, durante vários anos, a profissão de médico psiquiatra.

Em 1970 foi mobilizado para o serviço militar. Embarcou para Angola no ano seguinte, tendo regressado em 1973.

Em 1979 publicou os seus primeiros livros, MEMÓRIA DE ELEFANTE e OS CUS DE JUDAS, seguindo-se, em 1980, CONHECIMENTO DO INFERNO.

Estes primeiros livros são marcadamente biográficos, e estão muito ligados ao contexto da guerra colonial; imediatamente o transformaram num dos autores contemporâneos mais lidos e discutidos, no âmbito nacional e internacional.

Da sua obra: Explicação dos Pássaros, Fado Alexandrino, Auto dos Danados, As Naus, Tratado das Paixões da Alma, A Ordem Natural das Coisas, A Morte de Carlos Gardel, O Manual dos Inquisidores, O Esplendor de Portugal, Exortação aos Crocodilos, Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura, Que Farei Quando Tudo Arde, Boa Tarde às Coisas Aqui Em Baixo, Eu Hei-de Amar uma Pedra, Ontem Não te Vi em Babilónia e em 2007, o seu último romance O Meu Nome É Legião – constam, ainda, três volumes de crónicas.

Todo o seu trabalho literário, ao longo dos anos, tem sido objecto dos mais diversos estudos, acadêmicos ou não, e de vários prémios, nacionais, por exemplo, por duas vezes, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa, e internacionais; entre estes, destacam-se o Prémio Europeu de Literatura (Áustria), o Prémio Ovídio (Roménia), o Prémio Internacional de Literatura da União Latina (Roma), o Prémio Rosalía de Castro (Galiza), o Prémio Jerusalém de Literatura, o Prémio Iberoamericano das Letras José Donoso e o Prémio Camões.

Fonte: lusomatria.com/www.iplb.pt/www.dquixote.pt

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