Antonio Vivaldi

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Nascimento: 4 de março de 1678, Veneza, Itália.

Falecimento: 28 de julho de 1741, Viena, Áustria.

Antonio Vivaldi
Antonio Vivaldi

Como violinista, compositor e maestro, Antonio Vivaldi foi a figura dominante na música instrumental veneziana no início de 1700.

Antonio Vivaldi foi um compositor do século 17 e 18 que se tornou uma das figuras mais famosas da música clássica europeia.

Nascido em 04 de março de 1678, em Veneza, Itália, Antonio Vivaldi foi ordenado padre se ele não escolheu seguir sua paixão pela música.

Um compositor prolífico, que criou centenas de obras, tornou-se conhecido por seus concertos em estilo barroco, tornando-se um inovador muito influente na forma e padrão.

Antonio Vivaldi também era conhecido por suas óperas, incluindo Argippo e Bajazet.

Antonio Vivaldi faleceu em 28 de julho de 1741.

Antonio Vivaldi – Biografia

Antonio Vivaldi
Antonio Vivaldi

Antonio Lucio Vivaldi nasceu no dia 4 de março de 1678, primogênito dos sete filhos do violinista Giovanni Battista Vivaldi e de Camilla Calicchio.

Ele demonstrava vocação musical desde pequeno. Aos dez anos preparava-se para a vida religiosa e tocava violino sob a orientação do pai. Ordenado padre, aos 25 anos, Vivaldi não exerceu o sacerdócio por muito tempo, sob a alegação de um mal que o acometera desde pequeno – um mal, aliás, nunca bem definido, que se supõe ser asma.

Exatamente no mesmo ano, o já Prete Rosso – Padre Ruivo – assumia o cargo de professor de violino no Ospedale della Pietà, instituição religiosa que fornecia abrigo e formação musical a meninas carentes.

Antonio Vivaldi tornou-se diretor do Ospedale em 1705. Era um grande posto, apesar de mal pago. Tinha à sua disposição uma boa orquestra, coro e solistas, que, permanentemente e sem limitações de espécie alguma, lhe permitiam a execução de suas obras e toda a sorte de experiências musicais.

Existiam quatro ospedali semelhantes em Veneza, todos famosos por sua música – segundo Jean-Jacques Rousseau, “muito superior à das óperas, sem paralelo na Itália”. A Pietà era a mais respeitada delas, e seus concertos eram freqüentados pelas pessoas mais influentes da época, inclusive reis e rainhas. Vivaldi, portanto, começou a entrar em contato constante com a nobreza. E iniciou sua fama internacional, fazendo viagens e publicando suas obras.

Além do Ospedale, Vivaldi se dedicou à ópera. Começou no teatro não apenas como compositor, mas como empresário, em 1713, quando sua primeira ópera, Ottone in Villa, foi encenada em Vicenza. Mas seu nome ficaria ligado ao Teatro Santo Ângelo, de Veneza, onde seria o principal organizador – mais modernamente, diríamos “agitador cultural”.

Como empresário de ópera, Vivaldi teria uma vida das mais atribuladas.

O Padre Ruivo não parava: contratava e dispensava, resolvia atritos entre cantores, solucionava problemas financeiros, ensaiava, montava turnês… e sua stretezza di petto? Parece que a doença não era empecilho.

Não bastasse o afastamento das funções da igreja e a atividade no teatro, nosso estranho padre ainda vivia cercado de um séquito bastante curioso: cinco mulheres – Annina, sua cantora predileta, Paolina, a irmã, a mãe das duas e mais um par de outras moças. Obviamente, Vivaldi tornou-se vítima de toda uma série de ataques e comentários. O mais célebre foi um livro do compositor Benedetto Marcello, denominado Il Teatro alla Moda. O texto é destinado a quem quiser fazer sucesso na ópera, e dá conselhos a compositores, libretistas, cantores, músicos, cenógrafos e até às mães das cantoras! De maneira sarcástica, Marcello faz inúmeras alusões a Vivaldi, denominado ironicamente “compositor moderno”.

Entre os sucessos e ataques, Vivaldi se consolidou como compositor e empresário, levando sua companhia teatral a apresentações em inúmeras cidades. Uma dessas viagens, no entanto, foi frustrada pelo Cardeal Tommaso Ruffo, que proibiu a ida de Vivaldi a Ferrara, em 1737, onde iria fixar a maior parte de sua atividade empresarial. O cardeal considerava Vivaldi uma pessoa indigna, “um padre que não reza missa e que mantém uma amizade suspeita com uma cantora”.

A empreitada consumiu boa parte dos bens do Padre Ruivo, e sua proibição, como definiu ele próprio, representou a “ruína total”.

Antonio Vivaldi, quase falido e mal visto em sua cidade, resolve partir para o norte da Europa, em 1740. Os motivos e o destino desse exílio ainda são misteriosos, como boa parte da vida do compositor. Alguns historiadores defendem que Vivaldi teria, na verdade, sido expulso pelo governo da República de Veneza. Mas não há certezas.

De qualquer modo, a fuga de Vivaldi foi interrompida em Viena. Todos os indícios mostram que a capital austríaca era apenas um ponto de passagem. Ele se hospeda, ao lado da inseparável Annina, na casa de um desconhecido, de nome Satler.

Passa algum tempo lá e, de maneira inesperada, no dia 28 de julho de 1741, falece.

Seu funeral foi a exata antítese dos sucessos fulgurantes que obteve tanto como diretor da Ospedale quanto como empresário de ópera: simples, pobre, sem rituais nem protocolos, na mais completa obscuridade. A contradição final para uma biografia marcada por elas.

Glória RV 589

Desde o começo, os contundentes acordes que abrem o “Glória in excelsis Deo” e as brilhantes figuras dos violinos nos submergem no inconfundível universo vivaldiano: um universo repleto de sentimentos, alegria e luminosidade. O “Et in terra pax” interpretado também pelo coro, transporta-nos a um cenário completamente diferente; o tom e a doce atmosfera, delicadamente melancólica, sugerem uma paz mais desejada que verdadeira e assombrará àqules que estão acpostumados a um vivaldi mais radiante e despreocupado. Talvez seja esta a página mais bela do Glória.

O “Laudamus te”, dueto de sopranos, é outro sublime exemplo da genialidade e fertilidade de Vivaldi. No entanto, onde a sua originalidade realmente impressiona é no “Gratias agimus tibi” e no “Propter magnam gloriam tuam”, os quais quase funcionam como introdução e fuga.

No “Domine Deus”, a segundo soprano, acompanhada por um belíssimo oboé obligato, entoa com devoção e pureza uma melodia inesquecível e que permanece na memoria. O abrupto contraste do “Domine Fili unigenite” devolve-nos brevemente a um estilo despreocupado, coral e luminoso, que culmina no desolado diálogo que se estabelece entre a contralto e o coro nos três atos seguintes.

O ímpeto violento do “Quoniam tu solus sanctus” parece voltar ao príncipio do Glória, sendo que a repetição textual dos primeiros compassos é apenas um modo de evitar que a obra desmorone pela reiterada quebra de tonalidades, instrumentação e estilo.

A vigorosa e controvertida entrada do “Cum Sancto Spiritu” é um exemplo perfeito da despreocupação com que os maestros utilizavam as composições de outros colegas em benefício próprio.

No caso de Vivaldi, tal procedimento é realizado com tanta meastria que se deve render-lhe a homenagem: o Glória foi adaptado de seu colega, o maestro Giovanni Maria Ruggieri.

Antonio Vivaldi – Compositor

Antonio Vivaldi
Antonio Vivaldi

Antonio Lucio Vivaldi, conhecido pelo apelido, ‘Il Prete Rosso’ (O Padre Vermelho), era um sacerdote de renome, compositor barroco e um violinista talentoso.

Reconhecido como um dos maiores compositores, sua influência foi predominante em toda a Europa.

Suas contribuições em compor concertos instrumentais, principalmente o violino, obras corais sagrados e também mais de 40 óperas foram pronunciadas.

Um de seus melhores concertos, o ‘Four Seasons’ foi considerado para ser suas obras mais influentes.

Ele foi bem sucedido na realização de mais de suas óperas em Veneza, Mantua e Viena.

Embora a popularidade da música de Vivaldi tinha ido para baixo por algum tempo, ele experimentou uma grande reforma durante a primeira metade do século XX. Ele ainda é considerado entre os compositores mais populares e proeminentes de seu tempo.

Com mais de 500 concertos por escrito, ele influenciou muito Johann Sebastian Bach e suas obras. Rolar mais para saber mais sobre o perfil, no início de carreira, vida, obras e cronograma deste compositor notável.

Antonio Vivaldi – Música

Antonio Vivaldi
Antonio Vivaldi

Antonio Lucio Vivaldi nasceu em 4 de março de 1678 em Veneza, Itália.

Na verdade, como nesta época não existia uma Itália unificada, a cidade e sua região formavam uma república independente – a Serenissima Reppublica.

Era um ducado próspero e influente, muito ligado às artes: eram venezianos Monteverdi, Tiepolo, Tintoretto, Canaletto, Zeno, Albinoni… e Vivaldi, claro, que iria se tornar um dos mais célebres.

Antonio Vivaldi sempre teve uma saúde frágil. Consta que já correra risco de vida logo ao primeiro dia, tanto que seu batizado ocorreu apressadamente, poucos instantes após o parto. O pai, Giovanni Battista, era barbeiro, fabricante de perucas e também tocava violino, o que lhe valia um posto na Capela Ducal de São Marcos.

Os Vivaldi eram conhecidos na cidade pelo apelido de “Rossi”, isto é, os vermelhos. Isso se devia ao fato de que a maior parte dos membros da família eram ruivos. Na época, ter os cabelos vermelhos era um tanto raro; os ruivos despertavam a atenção de todos e não eram muito bem vistos.

Antonio Vivaldi demonstrava vocação musical desde pequeno. Foi educado pelo pai, que o iniciou ao violino; seus progressos foram tão evidentes que logo entrou como “extra” na Capela Ducal. Ao mesmo tempo, seu pai o encaminhava ao sacerdócio.

Giovanni planejava a carreira do filho com exatidão: padre, Antonio teria todas as garantias e a proteção da Igreja, e ainda assim teria trânsito livre no meio musical de Veneza.

Não foi diferente.

Antonio Vivaldi recebeu a tonsura em 1693, quando tinha 15 anos, e foi ordenado dez anos depois. Exatamente no mesmo ano, o já Prete Rosso – Padre Ruivo – assumia o cargo de professor de violino no Ospedale della Pietà, instituição religiosa que fornecia abrigo e formação musical a meninas carentes.

Mas Antonio Vivaldi não rezaria missa por muito tempo. Aliás, cumpriria suas funções regulares por cerca de um ano. Depois, nunca mais. Há alguma lendas em torno deste fato. Uma delas conta que ele sairia correndo, em meio a uma missa, para anotar uma melodia que lhe ocorrera. Por essa história inusitada, Vivaldi seria afastado das funções sacerdotais pelo Tribunal da Inquisição.

Porém, ele mesmo explicaria seu problema, já no final da vida: Há vinte e cinco anos não celebro missa e não mais o farei, não por ordem ou proibição de meus superiores, mas de minha espontânea vontade, devido a uma doenção congênita que me deixa com a sensação de falta de ar. Assim que me ordenei padre, rezei a missa durante pouco mais de um ano e por três vezes tive que abandonar o altar sem terminar a cerimônia, por causa desse mesmo mal.

Qual seria este misterioso mal?

Antonio Vivaldi o chamava de stretezza di petto – estreiteza de peito. Asma. É certo que sua saúde era frágil desde o nascimento, mas como o doente padre que não conseguia manter-se vinte minutos no altar pôde construir uma obra tão vasta, e ainda dar aulas, reger, ser virtuose e coordenar seus negócios, sem parar um instante? Ainda é um mistério.

Acometido de mal misterioso ou não, Vivaldi tornou-se diretor do Ospedale em 1705. Era um grande posto, apesar de mal pago. Tinha à sua disposição uma boa orquestra, coro e solistas, que, permanentemente e sem limitações de espécie alguma, lhe permitiam a execução de suas obras e toda a sorte de experiências musicais.

Existiam quatro ospedali semelhantes em Veneza, todos famosos por sua música – segundo Jean-Jacques Rousseau, “muito superior à das óperas, sem paralelo na Itália”. A Pietà era a mais respeitada delas, e seus concertos eram freqüentados pelas pessoas mais influentes da época, inclusive reis e rainhas. Vivaldi, portanto, começou a entrar em contato constante com a nobreza. E iniciou sua fama internacional, fazendo viagens e publicando suas obras.

Além do Ospedale, Vivaldi se dedicou à ópera. Começou no teatro não apenas como compositor, mas como empresário, em 1713, quando sua primeira ópera, Ottone in Villa, foi encenada em Vicenza. Mas seu nome ficaria ligado ao Teatro Santo Ângelo, de Veneza, onde seria o principal organizador – mais modernamente, diríamos “agitador cultural”.

Como empresário de ópera, Vivaldi teria uma vida das mais atribuladas.

O Padre Ruivo não parava: contratava e dispensava, resolvia atritos entre cantores, solucionava problemas financeiros, ensaiava, montava turnês… e sua stretezza di petto? Parece que a doença não era empecilho.

Não bastasse o afastamento das funções da igreja e a atividade no teatro, nosso estranho padre ainda vivia cercado de um séquito bastante curioso: cinco mulheres – Annina, sua cantora predileta, Paolina, a irmã, a mãe das duas e mais um par de outras moças. Obviamente, Vivaldi tornou-se vítima de toda uma série de ataques e comentários.

O mais célebre foi um livro do compositor Benedetto Marcello, denominado Il Teatro alla Moda. O texto é destinado a quem quiser fazer sucesso na ópera, e dá conselhos a compositores, libretistas, cantores, músicos, cenógrafos e até às mães das cantoras! De maneira sarcástica, Marcello faz inúmeras alusões a Vivaldi, denominado ironicamente “compositor moderno”.

Entre os sucessos e ataques, Antonio Vivaldi se consolidou como compositor e empresário, levando sua companhia teatral a apresentações em inúmeras cidades. Uma dessas viagens, no entanto, foi frustrada pelo Cardeal Tommaso Ruffo, que proibiu a ida de Vivaldi a Ferrara, em 1737, onde iria fixar a maior parte de sua atividade empresarial. O cardeal considerava Vivaldi uma pessoa indigna, “um padre que não reza missa e que mantém uma amizade suspeita com uma cantora”.

A empreitada consumiu boa parte dos bens do Padre Ruivo, e sua proibição, como definiu ele próprio, representou a “ruína total”.

Antonio Vivaldi, quase falido e mal visto em sua cidade, resolve partir para o norte da Europa, em 1740. Os motivos e o destino desse exílio ainda são misteriosos, como boa parte da vida do compositor. Alguns historiadores defendem que Vivaldi teria, na verdade, sido expulso pelo governo da República de Veneza. Mas não há certezas.

De qualquer modo, a fuga de Vivaldi foi interrompida em Viena. Todos os indícios mostram que a capital austríaca era apenas um ponto de passagem. Ele se hospeda, ao lado da inseparável Annina, na casa de um desconhecido, de nome Satler. Passa algum tempo lá e, de maneira inesperada, no dia 28 de julho de 1741, falece.

Seu funeral foi a exata antítese dos sucessos fulgurantes que obteve tanto como diretor da Ospedale quanto como empresário de ópera: simples, pobre, sem rituais nem protocolos, na mais completa obscuridade. A contradição final para uma biografia marcada por elas.

Obra

A principal característica da obra de Antonio Vivaldi é o sua própria personalidade: uma agitação, um furor, um inquietamento, uma ânsia de compor raramente igualada em toda a história da música.

É fácil verificar o tamanho desta furia musical: seu catálogo de obras conta, sem contarmos o que se perdeu, 456 concertos, 73 sonatas, 44 motetos, três oratórios, duas serenatas, cerca de cem árias, 30 cantatas e 47 óperas!

Todas as peças têm a marca pessoal do compositor: a sedução. É bastante difícil ficar indiferente à música de Vivaldi, que é das mais ricas, brilhantes e coloridas já compostas. Nessa busca pelo coração do ouvinte, o Padre Ruivo sempre optou pelas formas mais claras e pelas estruturas mais simples para construir sua obra.

Mas Vivaldi não pode ser considerado apenas um criador incansável de inesquecíveis melodias; ele deixou sua marca em toda a música instrumental que o sucedeu. É, com efeito, o primeiro compositor sinfônico. Com Vivaldi, os violinos adquirem grande força e densidade orquestral; é fixado o esquema tradicional de movimentos (rápido-lento-rápido); surge o concerto para solista; a instrumentação e a orquestração ganham importância nunca alcançada.

Não podemos esquecer seu lado “impressionista”, representado em obras como As Quatro Estações e A Tempestade no Mar. Seria o primeiro compositor de música de programa, cem anos antes de Berlioz e companhia? Talvez, mas Vivaldi fazia muito mais evocação e representação de sentimentos que simples descrição. Por isso sua música era nova para a época em que foi composta e até hoje não perdeu seu encanto.

Vivaldi se destacou principalmente em três gêneros: música sacra (apesar de tudo, ainda era um padre), ópera e, principalmente, o concerto. É aqui que encontramos o melhor de sua música.

Música Sacra

É a parte da extensa produção vivaldiana menos conhecida pelo grande público, mas é também uma das mais interessantes. Vivaldi, como compositor de ópera, não poderia deixar de escrever música sacra “teatral”, cheia de vigor e vitalidade. A união teatral-litúrgico / sacro-profano, como na própria vida do compositor, se faz marcantemente presente.

A mais conhecida peça sacra de Antonio Vivaldi é o Gloria, uma obra de majestosidade e beleza impressionantes.

Outras obras-primas: o Stabat Mater, intensamente dramático; o Salmo 111, Beatus Vir; o Credo; e o Dixit Dominus.

No campo do oratório, a maior obra de Vivaldi é o imponente Juditha Triumphans, escrito em 1716, de orquestração deslumbrante e de virtuosismo vocal quase operístico. É, inclusive, muito mais convincente em termos dramáticos que suas próprias óperas.

Ópera

Apesar de ter dedicado a maior parte da vida ao teatro, a produção operística de Vivaldi não está entre a melhor música que compôs. Neste terreno, é, de certa forma, um compositor tradicional, infinitamente ligado às convenções e aos modismos – exatamente como pintou Marcello em Il Teatro alla Moda.

O pior defeito das óperas vivaldianas está nos libretos, muito fracos e desinteressantes.

E Vivaldi parece não se importar muito com isso, não resolvendo suas óperas no sentido dramático: as árias não se relacionam umas com as outras.

O compositor adapta seu estilo vibrante e sua instrumentação colorida ao que o público veneziano queria e estava acostumado a ver em cena: muito bel canto e virtuosismo vocal para a glória dos cantores.

A melhor incursão de Antonio Vivaldi no gênero é sem dúvida Orlando Furioso, ópera que foi reescrita três vezes – atitude incomum que talvez explique a qualidade da obra.

Concerto

Este sim, o território das maiores obras-primas vivaldianas, e onde ele transformou toda sua fantasia em música. Já vimos o quanto estes concertos ajudaram a fixar inúmeras características da música sinfônica posterior; o Vivaldi dos concertos é o Vivaldi revolucionário e experimentalista.

A grande explicação para essa ousadia é o fato de que todas estas obras foram destinadas ao Ospedale della Pietà. Lá ele tinha toda a liberdade – e estrutura, principalmente – para realizar seus exercícios e experimentações. Na Pietà, Vivaldi não tinha nenhuma das preocupações com o gosto volúvel do público, com o estrelismo dos cantores e com a necessidade constante de sucesso, que eram as tônicas de sua carreira teatral.

A maior parte dos concertos são para violino (223), mas Vivaldi gostava de experimentar outras combinações instrumentais: 27 concertos para violoncelo, 39 para fagote (!), 13 para oboé e até concertos para trompa, viola d’amore, alaúde, tiorba, bandolim, flautim…

A grande maioria dessas obras ficaram em manuscritos, que depois foram vendidos por um ducado cada alguns meses antes de sua morte.

Outros poucos foram publicados ainda em sua vida, em coleções cujos nomes são bastante significativos: L’estro armonico (A inspiração harmoniosa), La stravaganza (A extravagância), Il cimento dell’armonia e dell’invenzione (O confronto entre a harmonia e a invenção), La cetra (A cítara) e o Il pastor fido (O pastor fiel).

O conjunto mais conhecido é o opus 8, O confronto entre a harmonia e a invenção, que incluem As Quatro Estações, A Tempestade no Mar e La Notte. Os quatro primeiros concertos do álbum são justamente as estações, que se tornaram a obra mais célebre do compositor e uma das mais queridas de toda a música ocidental.

Antonio Vivaldi – Padre

Antonio Vivaldi
Antonio Vivaldi

Músico (violinista) e compositor barroco e sacerdote; começa os estudos musicais na Capela Ducal de São Marcos; padre (1703), publica a primeira coleção de seus trabalhos em 1705; conhecido por “Il Prete Rosso” (“O Padre Vermelho”), é autor de obras como “As 4 Estações”, “Et in Terra Pax Hominibus”, “Gloria Patri”, etc; compõe 770 obras, incluindo 477 concertos e 46 óperas; termina seus dias na pobreza.

Compositor e violonista, Antonio Vivaldi nasceu em Veneza, no dia 4 de março de 1678. Era o primogênito de sete filhos de Camilla Calicchio e Giovanni Battista Vivaldi – que também era violonista. Desde pequeno, demonstrava vocação tanto para a vida religiosa como para a música, mais especificamente o violino – nesse quesito sendo sempre orientado pelo pai.

Em 1703, aos 25 anos, o compositor foi ordenado padre. E, em virtude da sua vasta cabeleira ruiva, ficou conhecido pelo apelido de il Prete Rosso, que quer dizer o padre vermelho. No entanto, desde criança ele tinha uma saúde fragilizada, provavelmente pela asma, sendo assim em 1704 foi dispensado da celebração da Santa Eucaristia.

Em 1705, Antonio Vivaldi tornou-se diretor de concertos e de coro, num orfanato de moças chamado Ospedale della Pietà em Veneza, exercendo também a função de professor de violino e composição. Com a nova função, o violinista passou a se dedicar inteiramente às crianças, compondo para elas a maioria dos seus concertos, cantatas e músicas sagradas.

Mesmo com algumas limitações decorrentes da doença com a qual convivia, Antonio Vivaldi se dedicou à ópera e ingressou no teatro, não apenas como compositor mas também como empresário. Fez muito sucesso com as encenações e logo se consolidou como compositor e empresário, levando sua companhia teatral a apresentações em diversas cidades.

Apesar do sucesso alcançado, o compositor terminou sua vida na pobreza. Devido às mudanças nos gostos musicais da época, as suas composições foram perdendo espaço para outras, o que fez com que Vivaldi precisasse vender alguns de seus manuscritos para poder sobreviver. Com toda essa situação e já debilitado, em 28 de julho de 1741 veio a falecer.

Vivaldi deixou mais de quinhentos concertos, dos quais 210 para violino ou violoncelo solo.

Importância do concerto na sua obra Obra

Antonio Vivaldi
Antonio Vivaldi

A principal característica da obra de Antonio Vivaldi é a sua própria personalidade: uma agitação, um furor, uma inquietude, uma ânsia de compor raramente igualada em toda a história da música.

É fácil verificar o tamanho desta fúria musical: o seu catálogo de obras conta, sem quantificarmos o que se perdeu, 456 concertos, 73 sonatas, 44 motetos, três oratórios, duas serenatas, cerca de cem árias, 30 cantatas e 47 óperas!

Todas as peças têm a marca pessoal do compositor: a sedução.

É bastante difícil ficar indiferente à música de Antonio Vivaldi, que é das mais ricas, brilhantes e coloridas já compostas. Nessa busca pelo coração do ouvinte, o Padre Ruivo sempre optou pelas formas mais claras e pelas estruturas mais simples para construir a sua obra.

Mas Antonio Vivaldi não pode ser considerado apenas um criador incansável de inesquecíveis melodias; ele deixou a sua marca em toda a música instrumental que o sucedeu. É, com efeito, o primeiro compositor sinfónico.

Com Antonio Vivaldi, os violinos adquirem grande força e densidade orquestral; é fixado o esquema tradicional de andamentos (rápido-lento-rápido): surge o concerto para solista; a instrumentação e a orquestração ganham importância nunca alcançada.

Não podemos esquecer o seu lado “impressionista”, representado em obras como As Quatro Estações e A Tempestade no Mar. Seria o primeiro compositor de música programática, cem anos antes de Berlioz e companhia? Talvez, mas Vivaldi fazia muito mais evocação e representação de sentimentos que simples descrição. Por isso a sua música era nova para a época em que foi composta e até hoje não perdeu o seu encanto.

Vivaldi destacou-se principalmente em três géneros: música sacra (apesar de tudo, ainda era um padre), ópera e, principalmente, o concerto. É aqui que encontramos o melhor da sua música.

O concerto

Este sim, o território das maiores obras-primas “vivaldianas”, e onde ele transformou toda sua fantasia em música. Já vimos o quanto estes concertos ajudaram a fixar inúmeras características da música sinfónica posterior; o Vivaldi dos concertos é o Vivaldi revolucionário e experimentalista.

A grande explicação para essa ousadia é o fato de que todas estas obras foram destinadas ao Ospedale della Pietà. Lá ele tinha toda a liberdade – e estrutura, principalmente – para realizar os seus exercícios e experimentações. Na Pietà, Vivaldi não tinha nenhuma das preocupações com o gosto volúvel do público, com o estrelato dos cantores e com a necessidade constante de sucesso, que eram as tónicas de sua carreira teatral.

A maior parte dos seus concertos são para violino (223), mas Vivaldi gostava de experimentar outras combinações instrumentais:27 concertos para violoncelo, 39 para fagote (!), 13 para oboé e até concertos para trompa, viola d’amore, alaúde, tiorba, bandolim, flautim…

A grande maioria dessas obras ficaram em manuscritos, que depois foram vendidos por um ducado alguns meses antes de sua morte.

Outros poucos foram publicados ainda em vida, em coleções cujos nomes são bastante significativos: L’estro armonico (A inspiração harmoniosa), La stravaganza (A extravagância), Il cimento dell’armonia e dell’invenzione (O confronto entre a harmonia e a invenção), La cetra (A cítara) e o Il pastor fido (O pastor fiel).

O conjunto mais conhecido é o opus 8, O confronto entre a harmonia e a invenção, que incluem As Quatro Estações, A Tempestade no Mar e La Notte. Os quatro primeiros concertos do álbum são justamente as estações, que se tornaram a obra mais célebre do compositor e uma das mais queridas de toda a música ocidental.

Concertos

Vivaldi foi um dos maiores mestres do concerto grosso. Mas também já escreveu numerosos concertos para um solista com acompanhamento de orquestra de câmara. Na sua época, ainda não se conhecia a forma-sonata. A estrutura dos seus concertos é a mesma dos Concertos de Brandenburgo, de J.S.Bach, sobre o qual Vivaldi exerceu forte influência. A sua riqueza melódica é inesgotável e sua verve rítmica é irresistível. A estrutura polifônica é menos densa que a de J.S.Bach.

Antonio Vivaldi foi, sem dúvida, compositor de primeira categoria, um dos grandes pioneiros da música instrumental do século XVIII. Contudo, não convém compará-lo a J.S.Bach, o maior gênio universal da música.

A extravagância – Coleção de 12 concertos grossos, que são muito conhecidos hoje. O título, cabe ao bom número das obras de Vivaldi, caprichosas e altamente pessoais.
Concerto para cravo em sol maior – Alla rustica
Concerto para oboé em fá maior
Concerto para viola em ré menor
Concerto para violino – Per l’Assunta
Fantasia harmônica (1712) – Coleção de 12 concertos grossos, é uma das principais obras publicadas de Vivaldi. Seis desses concertos foram, por J.S.Bach, transcritos para órgão ou cravo, entre eles os Concertos n.º 8 em lá menor, n.º 10 em si menor e n.º 11 em ré menor. Este último uma das mais famosas composições de Vivaldi.
O diálogo entre a harmonia e a criatividade (1720) – Outra coleção de concertos, onde 4 formam o conjunto de As quatro estações.

Numerosos concertos de Antonio Vivaldi ainda não foram publicados. A Biblioteca Nacional em Turim possui grande acervo de obras inéditas do mestre.

Antonio Vivaldi – Vida

Antonio Vivaldi
Antonio Vivaldi

Vivaldi nasceu em Veneza no dia 04 de março de 1678 e morreu em Viena no dia 28 de julho de 1741. Filho de um violinista, estudou música e teologia e foi, em 1703, ordenado padre.

Entre 1704 e 1740 foi regente no Conservatório dell´Ospedalle della Pietà, um dos quatro grandes educandários de meninas que serviam, também, como escolas de música. Suas atividades em Veneza só foram interrompidas por viagens, como virtuose no violino. Em uma dessas viagens o músico morreu em Viena.

Não se conhece bem a biografia de Vivaldi. Em compensação, correram muitas anedotas em torno de sua figura. Por causa de seus cabelos ruivos, era conhecido como “il padre rosso”.

Teria sido suspenso das funções sacerdotais por abandonar o altar durante uma missa para anotar, na sacristia, uma bela melodia que lhe ocorrera – na verdade, Vivaldi rezou missa somente por um ano devido ao seu problema de asma. Essas e outras anedotas são sinais da grande fama de que Vivaldi gozava em vida. Mas logo depois da sua morte ele e suas obras foram totalmente esquecidos. Na época, a Itália só queria ouvir óperas.

Caracterização

Antonio Vivaldi foi um dos maiores mestres do concerto grosso, mas também escreveu numerosos concertos para um solista com acompanhamento de orquestra de câmara. Como não conhecia a forma sonata, a estrutura de seus concertos é a mesma dos Concertos de Brandemburgo, de J.S.Bach, sobre o qual Vivaldi exerceu forte influência. Sua riqueza melódica é inesgotável, e sua verve rítmica é irresistível. A estrutura polifônica é menos densa que a de Bach. Vivaldi foi, sem sobra de dúvida, um compositor de primeira grandeza, um dos pioneiros da música instrumental do século XVIII.

Concertos

Uma das principais obras publicadas de Antonio Vivaldi é o Estro armonico (1712), coleção de 12 concerti grossi. Seis desses concertos foram transcritos por Bach para órgão ou cravo, entre eles o de nº8 em lá menor, o de nº10 em si menor e o de nº11 em ré menor, este último uma das mais famosas composições de Vivaldi. Dos concertos da coleção Cimento dell´armonia e dell´invenzione (1720), quatro formam o conjunto Le Quatro stagioni (As Quatro Estações).

Também são muito conhecidos os 12 concerti grossi da coleção La Stravaganza (A Extravagância), título que cabe a um bom número das obras do compositor, caprichosas e altamente pessoais. Numerosos concertos de Vivaldi ainda não foram publicados. A Biblioteca Nazionale em Turim possui um grande acervo de obras inéditas do mestre.

Música vocal

Em Turim, também se encontram as partituras de 19 óperas do belo oratório Judilha triumphans (1716) e, sobretudo, de música sacra – merecem menção especial um Magnificat, um Stabat Mater e um maravilhoso Dixit para cinco solistas, duas orquestras e dois órgãos.

Redescoberta

Antonio Vivaldi esteve durante duzentos anos totalmente esquecido. Sua redescoberta, por volta de 1940, deve-se a alguns musicólogos, sobretudo Marc Pincherle. A divulgação é devida ao conjunto romano I Virtuosi, dirigido por Renato Fasano e, especialmente, aos discos.

Antonio Vivaldi voltou a ser um dos compositores mais tocados e teve de volta a merecida popularidade e reconhecimento.

Fonte: www.biography.com/www.thefamouspeople.com/www.bravissimo.hpg.ig.com.br/Enciclopédia Mirador Internacional

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