Sófocles

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Nascimento: Hippeios Colonus, Atenas, Grécia.

Morte: 406 a.C., Atenas Clássica.

Sófocles – Poeta

Sófocles
Sófocles

Sófocles foi um poeta grego antigo e um dos três trágicos gregos antigos, cujas peças têm sobrevivido.

Suas peças pertenciam ao período após Ésquilo e Eurípides anterior.

Com base na informação fornecida por Suda, uma enciclopédia do século 10, Sófocles escreveu 123 peças durante a sua vida, dos quais apenas sete sobreviveram em uma forma completa.

Estas peças são: Ajax, Antígona, Trachinian Mulheres, Édipo Rei, Electra, Filoctetes e Édipo em Colono.

Acreditava-se que ele permaneceu o dramaturgo mais famoso nas competições dramáticas da cidade-estado de Atenas realizada durante as festas religiosas do Lenaea eo Dionísia.

Sófocles participou de trinta competições, dos quais ganhou 24 e nunca foi abaixo do segundo lugar.

Entre suas peças, as duas tragédias mais famosas, Édipo e Antígona são geralmente conhecidos como as peças de Tebas, embora cada peça pertencia a uma parte de uma tetralogia diferente.

Sófocles influenciou muito o drama.

Sua principal contribuição foi a adição de terceiro ator que reduziu a importância do coro na apresentação do enredo.

Uma cratera na superfície de Mercúrio tem sido depois deste ace poeta e dramaturgo grego.

Morte

No inverno de 406/405 aC, Sófocles morreu com a idade de noventa ou noventa e um anos.

Como os outros homens famosos da história antiga, sua morte também inspirou muitas histórias anônimas. Uma das histórias afirma que ele morreu da tensão de tentar recitar uma longa sentença de sua peça, “Antígona” sem parar para tomar um fôlego.

Considerando que a outra história sugere que ele sufocou até a morte, enquanto se comia uvas no festival Anthesteria em Atenas.

A terceira história contas que ele morreu devido a felicidade excessiva sobre ganhar a sua vitória final na Cidade Dionísia.

Sófocles – Vida

Sófocles
Busto de bronze de Sófocles

Sófocles (497 / 496-406 / 405 aC) foi uma força luminar na cultura ateniense clássica.

Era um inovador de drama. Sófocles, Eurípides e Ésquilo eram bem conhecidos como mestres da tragédia.

Como muitos bons cidadãos atenienses, ele também era um político, sacerdote e líder militar.

Muito do que tem sido escrito sobre Sófocles não pode ser verificada devido à natureza não confiável de biografias antigas. No entanto, muitos estudiosos aceitar os seguintes eventos para ser preciso.

Sófocles nasceu em Colono, não muito longe de Atenas, a cidade cuja cultura daria forma ao dramaturgo.

Seu pai Sophillus, de propriedade de uma empresa, o que provavelmente fabricado armadura.

Educação musical de Sófocles levou ao seu reconhecimento como um mestre da música.

Algumas fontes indicam que o famoso músico Lampros ajudou a cultivar a capacidade musical de Sófocles.

Da mesma forma Ésquilo disse ter ajudado a treinar o jovem Sófocles nas artes da tragédia.

No hino para a vitória em Salamina, Sófocles foi solista. Seu primeiro prêmio de uma peça dramática veio em 468 aC, as Dionisíacas. Ele só não inferior a dezoito tais competições, nunca recebendo menos de um segundo prêmio.

Sófocles foi casado duas vezes. Ele era o pai de pelo menos dois filhos Iophon e Agathon. Em 443 ou 442 aC, Sófocles se tornou um tesoureiro da Athena.

Neste papel, Sófocles foi o responsável pela cobrança de tributo a partir de territórios Atenas submetidos.

Dentro de um par de anos de ocupar este lugar, Sófocles também foi eleito um general na repressão da revolta em Samos. Nessa função, atuou sob Péricles Em 413, ele voltaria para o serviço militar como um dos generais para lutar contra Syracuse. A respeito das pessoas atenienses também o colocou em posição de ser dado um da comissão especial implementado para lidar com o estado de emergência após o fracasso militar em Syracuse. Sófocles morreu antes da conclusão da Guerra do Peloponeso.

Além do talento e habilidade política de Sófocles, ele também havia sido investido com um sacerdócio de amilose, uma divindade de cura. Sua devoção é notoriamente relacionados nos cultos de adoração ele hospedados para o outro deus da saúde, Asclepius. Estes serviços foram realizados em casa de Sófocles até o templo de Asclepius foi concluída.

Seu amplo impacto sobre a cultura ocidental (e global) é simbolizada pela nomeação de uma das crateras de Mercúrio depois dele. A sombra que Sófocles lança abrange um espectro diversificado de áreas, incluindo a literatura, filosofia e psicanálise. Nossa estrutura para a compreensão da condição humana e mentalidade humana seria extremamente diferente sem as complexas obras de Sófocles. O filósofo Aristóteles consagrado Sófocles como um luminar da cultura ocidental, identificando Oedipus Rex como a apoteose da tragédia.

Aristóteles elogiou a unidade entre o imaginário eo enredo, a justaposição da vida pessoal e política, ea ironia dramática, que criou uma nova tensão em uma história que já era bem conhecido para o público. Aristóteles não estava sozinho no aumento da reputação no alto.

Seus devotos incluem Gotthold Ephraim Lessing, Jean Racine e Mathew Arnold. Sófocles é elogiado e não simplesmente para a solidez estrutural de seu trabalho, mas também para que descreve as complexidades da existência humana. Com esta reputação, é de admirar que Sigmund Freud voltou-se para, de Sófocles obra-prima para ajudar a explicar a vida que dá o drama familiar ao onipresente conhecida, mas muitas vezes incompreendido Complexo de Édipo.

Muitos vêem o foco principal das peças de Sófocles como a importância dos indivíduos e as ações que eles tomam.

Vida

Sófocles (496 a 405 a.C.) nasceu em Epidauro e, além de exercer uma brilhante carreira dramática, dedicou parte de sua vida às atividades atléticas, à música, à política, ao militarismo e, por fim, à vida religiosa (foi sacerdote do herói-curador Amino, e, nessa condição, contribuiu para a introdução do culto de Asclépio na Ática.

Sófocles, considerado o continuador da obra de Ésquilo, concentrava em suas obras a ação em um só personagem destacando o seu caráter e os traços de sua personalidade.

Ele sempre se preocupou em descobrir uma solução mais profunda para os problemas que as peças anteriores não resolviam por completo.

Sófocles, que segundo Aristóteles mostrava o homem como ele deveria ser, escreveu várias peças dentre as quais destacam-se Filoctetes(409), Édipo em Colona (401), Édipo Rei, que, segundo Freud representa o “drama de todos nós”, Antígona, Traquinianas, Os investigadores e Ajax.

Sófocles – Poeta trágico

Sófocles
Sófocles

Poeta trágico ateniense, Sófocles (497-406 a.C.), filho de um comerciante de espadas que enriquecera durante a guerra contra os persas, nasceu em Coluna, perto de Atenas.

Iniciado pelos melhores mestres daquele tempo no aprendizado de música, ginástica e dança, quando chegou a Atenas encontrou a cidade vivendo seu apogeu.

Após a vitória de Salamina, em setembro de 480 a.C. (combate entre a frota persa, liderada por Xerxes, e a grega, comandada por Temístocles, que aconteceu no estreito que separa Salamina da Ática, e que terminou com a derrota dos persas).

Atenas teve cinqüenta anos de paz, durante os quais conseguiu um notável desenvolvimento econômico, político e, principalmente, cultural. Nesse período nela floresceram a filosofia, a poesia e a pintura, e nas primaveras, entre outros festejos, a cidade recebia grande quantidade de visitantes gregos e estrangeiros para as Dionisíacas, festas realizadas em homenagem ao deus Dionísio, que começavam com danças em círculos, continuavam com músicas e apresentavam no final um grande concurso dramático.

O de 468 a.C. foi vencido por Sófocles, que apresentou uma teatrologia (três tragédias e um drama satírico) sendo Triptolemus uma das peças.

O impacto provocado por essa representação foi tão grande que naquele ano o arconte (magistrado e legislador) retirou do júri – formado por sorteio – a atribuição de julgar os poetas e a conferiu ao conselho dos estrategos (generais magistrados). Nos concursos dramáticos realizados em Atenas, Sófocles alcançou 26 vezes o primeiro lugar, e quarenta vezes o segundo.

Ele representou papéis em várias de suas peças, como era usual naquela época, mas preferiu renunciar à interpretação cênica para participar com assiduidade dos concursos ligados à atividade teatral, ganhando muitos deles e adquirindo a fama de nunca ter ficado abaixo do segundo lugar.

Mas, além disso, Sófocles também desempenhou algumas funções políticas e econômicas. Casado com Nicotrasta, teve com ela muitos filhos, entre os quais Jofon, que era um poeta trágico, unindo-se depois a Teóris, cortesã da Siciônia, de quem teve um filho chamado Ariston, que foi, por sua vez, poeta clássico e pai do também poeta Sófocles, o Moço. Mas as questões surgidas entre os seus filhos, e tratadas judicialmente, entristeceram sua velhice.

Sófocles foi autor de grande número de peças (provavelmente 113 ou 123), entre as quais estão vinte dramas satíricos.

De muitas delas nos restaram apenas fragmentos, mas sete tragédias completas chegaram aos dias de hoje: Ájax e Antígona (444/441 a.C.), Édipo Rei (de aproximadamente 430 a.C.), considerada sua obra-prima, Electra e as Traquinias (420/414 a.C.), Filotectetes (409 a.C.) e Édipo em Colona (406 a.C.), divulgada após a sua morte, além de um fragmento do drama satírico Ichneutai (Os Cães de Fila).

Essas tragédias têm como inspiração o ciúme dos deuses em relação aos mortais que são ou se julgam felizes. Quando a sorte cumula um desses mortais com excesso de bens materiais e mundanos e ele se encontra no auge da glória, um frêmito sacode o Olimpo e da morada dos deuses desce uma divindade, Nêmesis (a vingança), para abatê-lo. Ela rege os conflitos, mas em Sófocles não assume, como em Ésquilo, um aspecto rígido e feroz. Nêmesis é também a moderação e o equilíbrio, embora decrete catástrofes e expiações, castigando os que transgridem as leis divinas.

Sófocles jamais contesta diretamente sua justiça, e suas personagens, ao invés de sofrerem o destino maldizendo-o, lutam intrepidamente contra ele.

Embora Sófocles tenha sido contemporâneo de Ésquilo, considerado o “pai da tragédia”, parece haver muitos anos a separá-los, face ás alterações introduzidas pelo primeiro.

Ainda que se tenha beneficiado dos esforços preparatórios de Ésquilo, Sófocles trouxe contribuições fundamentais à tragédia: aos dois únicos atores anteriores, o protagonista (principal) e o deuteragonista (desempenhando um papel secundário), ele acrescentou um terceiro, o tritagonista, fechando com ele o círculo da ação e da emoção. (as situações dramáticas encadeiam-se com a chegada do tritagonista).

Além disso, também aumentou o número dos integrantes do coro (coreutas), de doze para quinze, e rompeu com o esquema de composição da trilogia.

Era praxe o poeta fazer representar na mesma peça três tragédias ligadas entre si pelo mesmo mito.

Sófocles rompeu essa cadeia lógica, e cada uma das três passou a gozar de autonomia, tornando-se completa e fechada em si mesma, com uma ação distinta e sem parentesco com as outras.

Sófocles consolou sua velhice vivendo com uma cortesã, e teve dela um filho.

Mas Iofonte, que era seu filho legítimo, temendo que o pai legasse seus bens ao meio-irmão, levantou uma ação judicial contra o mesmo, na qual o acusava de senilidade e incapacidade de administrar sua fortuna. Diante dos juízes Sófocles fez sua defesa lendo trechos de Édipo em Colona, que então escrevia, e que seria encenado pela primeira vez em 402 a.C. Foi absolvido e acompanhado pelos juízes até sua casa.

Morreu em 406 a.C., e sobre ele correram muitas lendas. Dizia-se que um dos seus hinos entoado num navio em perigo, operara milagres, e que ele era o mortal mais amado dos deuses. Em seu túmulo foi gravada uma sereia, como símbolo da poesia, sendo-lhe oferecido sacrifícios anuais, da mesma forma como a um herói.

Dele se disse certa feita que “Fundou o drama psicológico estudando caracteres e extraindo da alma as peripécias da intriga”.

Sófocles Poeta trágico

O segundo dos poetas trágicos canônicos, foi ainda em vida o mais bem sucedido autor de tragédias do século -V. Consta que obteve o maior número de vitórias nos concursos dramáticos de Atenas.

Os atenienses veneravam Ésquilo e compreendiam apenas em parte Eurípides; mas amavam Sófocles apaixonadamente.

Desde sua primeira vitória, aos 28 anos, foi festejado e homenageado como o maior dos poetas trágicos. De acordo com a tradição biográfica, participou ativamente da vida pública de Atenas.

Sófocles – Biografia

Sófocles
Sófocles

Nasceu perto de Atenas, em Colono, por volta de -496; era de família abastada, mas não aristocrática; o pai chamava-se Sófilos. Viveu sempre em Atenas e lá morreu, nonagenário, em -406/-405.

Era bem apessoado e afável; consta que foi amigo de Péricles e de Heródoto e que Íofon, seu filho, e Áriston, seu neto, foram tragediógrafos de renome. Diz-se que, meses antes de sua morte, ao saber que Eurípides morrera, vestiu o coro de preto e, em lágrimas, deu ao público a notícia.

Segundo a tradição, liderou o coro de jovens que celebrou a vitória de Salamina e, graças ao seu prestígio, foi tesoureiro da Liga de Delos em -443, estrátego em -441 (ao lado de Péricles) e por volta de -428 (na época de Nícias). Em -413, após o desastre da Sicília, foi um dos dez próbulos que governaram provisoriamente a cidade. Segundo a tradição, era devoto de Asclépio e, enquanto o asclepieion de Atenas era construído, a estátua do deus ficou acomodada em sua casa. Em agradecimento pelo serviço prestado à divindade, Sófocles foi honrado como um herói após a sua morte.

Estreou em -468 nas Dionísias Urbanas com a tragédia Triptólemo; embora concorresse com o próprio Ésquilo, recebeu o primeiro prêmio. Venceu os concursos 18 ou 24 vezes, e nunca obteve menos que o segundo lugar. Os testemunhos antigos atribuem-lhe cerca de 120 tragédias e dramas satíricos, dos quais cerca de 18 eram tetralogias, um hino a Apolo e alguns poemas. Somente sete tragédias, no entanto, chegaram até nós na íntegra.

Obras sobreviventes

Das tragédias sobreviventes, apenas o Filoctetes pôde ser datado com precisão. Note-se que Édipo Tirano é mais conhecida pela tradução incorreta, Édipo Rei, e que Édipo em Colono foi encenada e apresentada por por Áriston, neto de Sófocles, anos depois da morte do poeta. De um drama satírico intitulado Os Cães de Caça, de data incerta, temos cerca de 400 versos.

Os enredos de todas as tragédias provêm da mitologia grega; o drama satírico Cães de Caça, do qual dispomos de vários versos, foi inspirado em um antigo hino a Apolo tradicionalmente atribuído a Homero.

Características da obra

Sófocles aumentou ainda mais os diálogos dos personagens e reduziu as falas do coro, embora tenha elevado o número de seus componentes. Acrescentou um terceiro ator para conferir maior dinamismo às cenas, recurso utilizado posteriormente por Ésquilo na Orestéia. Em sua época as tetralogias não eram mais compostas de tragédias interligadas, e os enredos tornaram-se mais complexos. Alguns eruditos sustentam mesmo que, com Sófocles, a tragédia grega atingiu a perfeição.

A poesia de Sófocles é simples e elegante, nobre mas sem pompa; algumas das mais belas linhas da poesia grega são de sua autoria. O personagem sofocliano é um ser humano ideal, dotado dos mais elevados atributos humanos. Seu caráter, habilmente delineado pelo poeta, frequentemente contrasta com o de outros personagens. O comportamento às vezes muda, e até traços de caráter se alteram diante das reviravoltas da fortuna.

Os deuses aparecem em segundo plano, são constamente citados mas raramente intervêm em pessoa; praticamente toda a ação se desenvolve no plano humano.

Como se costuma dizer, ao teocentrismo de Ésquilo opunha-se o antropocentrismo de Sófocles.

Arrogância, orgulho desmedido e pecado levam ao desastre, e a moderação é sempre apresentada como o melhor caminho. O sofrimento trágico é inevitável diante dos atos cometidos, e mesmo os descendentes sofrem, mas esses atos são cometidos livremente pelos personagens.

Manuscritos e edições

As fontes mais importantes das tragédias de Sófocles são os manuscritos Mediceus (Laurentianus xxxii 9) da Biblioteca Laurenciana de Florença, datado mais ou menos do ano 1000, e o Parisinus 2712 (séc. XIII), da Biblioteca Nacional de Paris.

A edição princeps é a Aldina (Veneza, 1502), logo seguida das de Stephanus (Paris, 1568) e Canter (Antuérpia, 1579), o primeiro a organizar os cantos corais em estrofe e antístrofe; mas a primeira edição moderna do texto grego, com tradução latina e escólios, é de Brunck (Estrasburgo, 1786/1789).

Posteriormente, as mais importantes edições coletivas das sete tragédias sobreviventes foram as de Musgrave (Oxford, 1800/1801), Erfurdt e Herrmann (Leipzig, 21823/1925), Elmsley (Oxford, 1826), Dindorf (Oxford, 1832/1836), Wunder (London, 1855) e Jebb (Cambridge, 1881/1896). Atualmente, as edições mais cômodas e mais usadas são a de Dain e Mazon (Paris, 1958/1960) e a de Lloyd-Jones e Wilson (Oxford, 1990).

Em português, as tragédias já foram todas traduzidas, isoladamente; não dispomos, porém, de edição coletiva com a tradução de todas as peças.

Sófocles – Tragédia Grega

Sófocles
Sófocles

TRÁGICOS GREGOS

Sófocles nasceu em Colono. Em função de sua beleza física, aos quinze anos conduziu o coro de adolescentes na louvação pela vitória de Salamina.

O primeiro concurso do qual participou foi em 469. a.C., na ocasião, competiu e ganhou de Ésquilo. Com o sucesso de Antígona, foi nomeado estrategista e com Péricles lutou na expedição de Santos.

Escreveu aproximadamente cem peças e foi vinte vezes vencedor nos concursos de teatro da antiga Grécia. De suas peças, apenas sete chegaram à atualidade. Sete tragédias, obras primas e independentes entre si.

Por ordem cronológica temos: Antígona, Electra, As Traquíneas, Édipo Rei, Ájax, Filoctetes, e Édipo em Colono.

Faleceu em 406 a.C., tendo introduzido na tragédia as seguintes modificações: inventou o terceiro ator, quebrou a regra da tetralogia e escreveu peças menores em relação ao tempo cênico.

Vejamos algumas das características das peças de Sófocles: em Antígona apreciamos a luta da autoridade contra os sentimentos; Édipo Rei trata-se da mais importante tragédia que o mundo antigo nos legou, mostra a relação psicológica do homem em sociedade, suas conquistas, seus egoísmos, sua ascensão e decadência. Pela primeira vez no teatro explora-se a curiosidade que nos conduz a uma revelação brutal, como no caso de Édipo que por ironia do destino, mata seu próprio pai e casa com sua própria mãe. Ájax é das últimas criações de Sófocles, uma peça de fim de carreira onde o dramaturgo revela uma volta à simplicidade. Filoctetes É ainda mais simples, a peça enfoca o patético que há numa relação e o enriquecimento do jogo de sentimentos.

Édipo em Colono é uma peça não das melhores de Sófocles, em relação à verossimilhança e apresenta um certo desprezo integral ao tempo e ao espaço, mas em compensação é um canto lírico da mais alta beleza. As Traquíneas resume-se num jogo de ciúme e do mal; e por fim Electra, que juntamente com Antígona e Édipo Rei, é uma das peças mais importante de Sófocles.

Sófocles escreveu a trilogia constituída por três peças: “Édipo Rei” (430 A.c.), “Édipo em Colono” (401 A.c) e “Antígona” (441 A.c).

Mesmo tendo sido escritas em períodos diferentes essa trilogia não deve ser analisada separadamente, vejamos sua relação em rápidas linhas: “Èdipo Rei” apresenta o erro fatal e a total mudança do destino do ser humano; “Èdipo em Colono” mostra Édipo cego, miserável, banido de Tebas e exilado em Colono, lugarejo próximo a Atenas; “Antígona” descumpre as leis e vela seu irmão morto. Em sua extensa obra, Sófocles nos ensina que há uma ordem cósmica, na qual deve inserir-se a ordem social.

Sófocles – O Dramaturgo Feliz

Nascido em 495 a C, trinta anos após seu predecessor, desfrutou das comodidades de filho de um rico mercador e das vantagens de um belo corpo.

Er tão extraordinário por sua graça física que aos dezesseis anos foi escolhido para liderar o coro de meninos que celebrou a vitória de Salamina.

Após doze anos mais despendidos no estudo e no treinamento, Sófocles estava pronto para competir com os dramaturgos já em exercício, e não foi outro senão Ésquilo quem perdeu para ele o primeiro prêmio. Esta primeira peça fio seguida por outras cem ou mais, dezoito das quais receberam o primeiro prêmio, sendo que as demais nunca ficaram abaixo do segundo.

Ator consumado, interpretava suas próprias peças. Apenas a relativa fraqueza de sua voz, levou-o a renunciar a profissão de ator. Foi também sacerdote ordenado, ligado ao serviço de dois heróis locais, Arconte e Esculápio; o deus da Medicina.

Em geral não associamos os artistas as altas finanças (Com exceção talvez de Ronald Reagan) mas Sófocles foi até mesmo diretor do Departamento do Tesouro.

Em suma, Sófocles foi o ídolo querido do povo de Atenas, pertencendo à longa linhagem de escritores que negam a teoria de que o gênio nunca pode ser reconhecido enquanto vivo.

Sua vida que durou por noventa anos, não revelou qualquer declínio de seus poderes.

Sófocles era um poeta com uma pureza de expressão que não encontrou paralelo no teatro até que Racine começou a escrever peças para a corte francesa, vinte séculos mais tarde.

Uma narrativa afirma que Sófocles pretendia criar as pessoas tais como deviam ser, enquanto Eurípides as fazia tais como eram, mas devia referir-se a um período anterior que não é representado por qualquer das sete peças remanescentes nas quais nós fornece ampla evidência de possuir tanto a capacidade quanto o desejo de retratar as pessoas tais quais são.

Há dois tipos de sofrimento em suas tragédias – aquele que advém de um excesso de paixão e aquele que brota de um acidente. O mal produzido pelo homem é formado no molde fixo do caráter humano e o acidente decorre da natureza do universo. Embora Sófocles aceitasse oficialmente os deuses gregos, estes não afetavam sua filosofia.

No mundo sofocliano o homem deve esforçar-se para introduzir ordem em seu próprio espírito.

Entretanto é acima de tudo na elaboração artística de suas tragédias que Sófocles cria a ordem, gosto e equilíbrio tão raramente encontráveis no mundo real.

A Arte da Dramaturgia de Sófocles

Como todo artista competente, é claro que Sófocles não chegou à sua estatura total repentinamente; experimento, tentou diferentes estilos e lutou diligentemente pela perfeição.

De início imitou a grandeza de Ésquilo, depois foi para o extremo oposto, adotando uma forma excessivamente lacônica e abrupta e, finalmente encontrou o meio-termo entre ao dois estilos, atingindo o método apaixonado e no entanto contido que caracteriza todas as suas últimas peças; as únicas que chegaram até a nós.

Seu progresso, porém, não ficou confinado ao estilo. Mesmo sendo verdade que não podia violar várias normas e/ou interdições como a eliminação do coro, Sófocles fez a melhor coisa que lhe restava, reduzindo-o ao mínimo e relegando-o ao segundo plano. Podia tomar estas liberdades e sentiu-se também livre para aumentar os limites das complicações dramáticas da peça.

Um primeiro passo dado por ele foi a adição de um terceiro ator interlocutor ao drama ático. Um segundo passo foi a abolição da forma trilógica.

Seu trabalho apresenta forte semelhança com a arquitetura e a escultura do seu tempo, que dava preferência a pequenos templos e estátuas de deuses não maiores que um ser humano bem proporcionado.

Nos detalhes de sua dramaturgia, Sófocles é igualmente um artesão difícil de contentar que calculava seus efeitos. Emprega ironia trágica ou contraste patético com grande habilidade e a efetividade do estratagema é mostrada no poderoso Édipo Rei. Mestre na nascente e difícil arte da caracterização, Sófocles é mestre consumado no artifício do suspense trágico do qual Édipo Rei é um exemplo supremo.

As Peças de Sófocles

Através de vários léxicos e alusões, conhecemos os nomes de mais ou menos cem peças perdidas, atribuídas a Sófocles. A sobrevivência de uma legião de títulos e fragmentos também indicam que Sófocles escreveu algumas peças satíricas ou cômicas muito populares. A partir dos fragmentos recuperados, vários dos quais são de extraordinária beleza, vemos com nitidez absoluta que sua profundidade e lucidez quanto aos problemas do momento em que viveu não estavam restritos ao simples punhado de peças que permaneceu intacto.

A extensão dos poderes dramáticos de Sófocles só pode ser medida completamente nas tragédias integrais de que dispomos.

Embora a caracterização das personagens seja sempre um traço primordial, sua obra remanescente pode ser convenientemente dividida em: três peças de caracteres

As Traquinianas, Ajax e Electra; um drama social Antígona; um idílio
Filoctetes; duas tragédias do destino
Édipo Rei e Édipo em Colona.

Peças de Caracteres

Uma das peças tardias, As Traquinianas é a mais fraca de todas pela falta de unidade desde que o interesse é dividido entre Dejanira e seu marido, e a peça usa mais do recurso narrativo do que costumamos encontrar na obra de Sófocles. Mas a tragédia comporta um poderoso e comovente estudo da mulher ciumenta.

Esta peça é desprovida de indagações cósmicas e sociais, deve muito de seu interesse exclusivamente à lúcida analisa das personagens de meia idade.

Mais eficaz é Ajax, uma tragédia anterior, penetrante análise de um soldado corajoso mas hipersensível, que é destruído pelo excesso de suas melhores qualidades. Rematando esse drama de caracteres, Sófocles cria outra de suas bem realizadas mulheres, a escrava Tecmessa. Sófocles revela assim terna visão e compreensão pela condição feminina.

Mas a maior contribuição de Sófocles ao drama de caracteres está em sua Electra, na qual trata o tema de As Coéforas de Ésquilo unicamente em termos da personalidade humana. Para Ésquilo o problema era ético, Sófocles resolve o problema moral e aceita o assassinato materno colocando-o na distante Antigüidade. Tendo solucionado a questão ética, volta-se inteiro ao problema da personagem.

A caracterização nessa tragédia á parte de uma trama cuidadosamente elaborada girando ao redor da forma pela qual Orestes obtém acesso a Clitemnestra e Egisto. Dor e alegria alternam-se por toda a peça.

Um Idílio Grego

Filoctetes exibe o lado mais ameno de sua mestria artística, é uma tragédia apenas no sentido grego (devido à exaltada dramáticidade) ; não faz uso de catástrofe ao final e o espírito da obra é pastoral.

Frases cortantes sublinham os comentários de Sófocles sobre os caminhos do mundo: “A guerra jamais massacra o homem mau”, e “Aos saqueadores jamais sopra um vento adverso”. Mas a atmosfera dominante é de loucura e luz e o poeta nos assegura que a perversidade do mundo é compensada algumas vezes pela imaculada humanidade.

Entretanto, é significativo que Sófocles apenas tenha atingido sua plena estatura quando, ao invés de contentar-se com simples estudos de personagens e observações mais ou menos fugidas sobre o gênero humano, voltou-se para temas maiores, bem definidos.

Há dois deles em sua obra remanescente: as relações do homem com a sociedade e os labirintos do destino.

Antígona e o Drama Social

Uma das mais grandes tragédias da literatura dramática é Antígona, escrita em 442, antes de qualquer dos textos de caracteres remanescentes. Sófocles dedica-se aqui a um conflito básico, as pretensões rivais do Estado e da consciência individual.

A questão fundamental á descobrir como estabelecer um termo médio entre esses princípios e evitar a catástrofe quer para o grupo quer para o indivíduo. Afora isso, a oposição ainda mais geral entre amor e ódio lança sua magia sobre toda a peça.

Sófocles não procura desviar o drama em favor de sua heroína, pois reconhece os direitos do Estado e do interesse público.

Embora Sófocles não se incline a resolver a disputa entre o Estado e a consciência individual, contentando-se simplesmente em observar que as conseqüências do conflito tendam a ser trágicas, o ímpeto de sua piedade e de sua caracterização de Antígona lança o peso da simpatia, ao menos quantos aos leitores modernos, para o lado da nobre moça.

Esta deslumbrante tragédia deixa em suspenso diversos problemas que não entregam com facilidade seu significado ao leitor casual.

A Tragédia do Destino – Édipo

A mesma batalha com um tema importante e difícil distingue as duas grandes peças que colocam o problema do destino. Usualmente o acidental é considerado um artifício barato e fácil na literatura dramática. Mas não é barato nem fácil no Édipo Rei. O acidente ocorre antes do início da peça e amarra as circunstâncias num nó que só poderá ser desatado após prolongada batalha. Além disso, felizmente, Sófocles estava à altura da tarefa. Es não podia esperar resolver o enigma do destino, ao menos conseguiu uma das incontestáveis obras-primas do mundo. E é novamente seu soberbo Dom para a caracterização que enriquece a simples mecânica da dramaturgia com vida, agonia e plausibilidade.

Como alguém que viu a vida “equilibradamente”, segundo suas luzes pagãs recusou-se a codificar a existência do acidente na tragédia. Édipo é uma personagem superlativamente ativa, como se o dramaturgo ático tentasse nos dizer que o destino trabalha através do caráter da vítima. Com efeito o fado encontra forte aliado neste homem corajoso, nobre a de ótimas intenções, cuja única é o temperamento inflamável. Tanto suas virtudes quanto defeitos conspiram contra ele.

Sem ser moralmente responsável, Édipo é psicologicamente responsável pelos tormentos. Consequentemente é uma personagem dinâmica e um sofredor ativo; na verdade, é uma das figuras trágicas da literatura.

A estória de Édipo nos convida a descer às profundezas da antropologia e psicanálise modernas que foram intuitivamente perscrutadas pelos poetas desde tempos imemoriais. Somos relembrados dos impulsos anárquicos e incestuosos que complicam a vida do homem e se exprimiram em tantos tabus primitivos e neuroses civilizadas.

Como toda obra de arte superior, esta tragédia tem uma vida dupla: aquela que expressa e aquela que provoca.

A seqüência a esta tragédia, o sereno e encantador Édipo em Colona, escrito muitos anos mais tarde, é o Purgatório e Paraíso do Inferno de Sófocles. O problema do destino inexplicável colocado pelo Édipo Rei não é respondido no trabalho posterior.

Mas pelo menos uma solução é indicada: O que o homem não pode controlar, ao menos pode aceitar; o infortúnio pode ser suportado com fortaleza e enfrentado sem sentimento de culpa. Édipo está purgado e curado. E com ele, nós que o seguimos aos abismos imergimos liberados e fortificados.

Logo após a apresentação de Édipo em Colona, em 405 Sófocles foi juntar-se à sombra de Ésquilo. No mesmo ano fatídico falecera também Eurípides e morreria a glória que era a Grécia, pois Atenas sucumbiria ao poderio militar de Esparta.

Nenhum mestre da alta arte da tragédia floresceu em Atenas após a morte de Sófocles.

Fonte: www.egs.edu/liriah.teatro.vilabol.uol.com.br/www.greciantiga.org/www.thefamouspeople.com

 

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