Alphonsus de Guimaraens

Alphonsus de Guimaraens – Vida

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Nascimento: 24 de julho de 1870, Ouro Preto, Minas Gerais.

Falecimento: 15 de julho de 1921, Mariana, Minas Gerais.

Afonso Henrique da Costa Guimarães, conhecida como Alphonsus de Guimaraens, foi um poeta brasileiro.

A poesia de Alphonsus de Guimaraens é substancialmente mística e envolvida com o catolicismo.

Seus sonetos exibem uma estrutura clássica, e são profundamente religiosa. Tornam-se cada vez mais sensíveis como ele explora o significado da morte, do amor impossível, de solidão e de sua inadequação em relação ao mundo.

No entanto, o tom místico marca em suas obras uma sensação de aceitação e de resignação perante a vida, sofrimento e dor.

Outro aspecto característico do seu trabalho é o uso de espiritualidade em relação com a figura feminina, o qual é considerado como sendo um anjo, ou um ser celeste.

Como resultado disso, Alphonsus de Guimaraens mostra-se não como um simbolista, mas também um seguidor de Neo-romantismo.

Suas obras, predominantemente poéticas, fez dele um dos principais autores simbolistas no Brasil.

Alphonsus de Guimaraens – Biografia

Afonso Henrique da Costa Guimaraens nasceu a 24 de julho de 1870 na cidade de Ouro Preto em Minas Gerais.

Após cursar as primeiras letras, matriculou-se, em 1887, no curso de engenharia.

No entanto, em 1888, morre sua noiva, Constança, filha de Bernardo Guimaraens, autor de “A escrava Isaura”. A morte da moça abalou moralmente e e fisicamente o poeta.

Doente, vem, em 1891, para São Paulo, onde matricula-se no curso de Direito da Faculdade do Largo São Francisco.

Em São Paulo, colaborou na imprensa e entrou em contato com os jovens simbolistas. Em 1895, no Rio de Janeiro, conheceu Cruz e Souza. Após concluir o curso volta para Minas Gerais e, no ano de 1897, casa-se com Zenaide de Oliveira.

Em 1906 é nomeado juiz em Mariana, onde falece em 15 de julho de 1921.

Devido ao período que viveu em Mariana, ficou conhecido como “O Solitário de Mariana”, apesar de ter vivido lá com a mulher e , acredite se quiser, seus 14 filhos.

O apelido foi dado a ele devido ao estado de isolamento completo em que viveu. Sua vida, nessa época, passou a ser dedicada basicamente às atividades de juiz e à elaboração de sua obra poética.

Apesar de ter se casado posteriormente, o amor por Constança marcou profundamente sua poesia.

Além disso, o misticismo e a morte são outras características que marcaram profundamente sua poesia. O misticismo surge em decorrência do amor pela noiva e de sua profunda devoção pela Virgem Maria.

A morte é vista como a única maneira de aproximar-se de sua Amada é também da Virgem Maria. Por isso, o amor é totalmente espiritual.

Além dessas influências, Alphonsus de Guimaraens foi influênciado também pelos escritores Verlaine e Mallarmé, a quem chegou a traduzir.

A obra de Alphonsus de Guimaraens é composta por:

Poesia

Setenário das Dores de Nossa Senhora – (1899)
Câmara Ardente – (1899)
Dona Mística – (1899)
Kyriale – (1902)
Pauvre Lyre – (1921)
Pastoral aos crentes do Amor e da Morte – (1923)

Prosa

Mendigos – (1920)

Poemas

Ismália
Ossa Mea
Terceira Dor
Cisnes Brancos
A Catedral
Ismália
Hão de Chorar por Ela os Cinamomos…
Soneto
Cantem outros a clara cor virente

Alphonsus de Guimaraens – Quem foi

1870-1921

Formou-se bacharel em Direito, em 1894, em Ouro Preto.

Na época já colaborava nos jornais Diário Mercantil, Comércio de São Paulo, Correio Paulistano, O Estado de S. Paulo e A Gazeta.

Em 1895 tornou-se promotor de Justiça em Conceição do Serro MG e, a partir de 1906, Juiz em Mariana MG, de onde pouco sairia.

Seu primeiro livro de poesia, Dona Mística, 1892/1894, foi publicado em 1899, ano em que também saiu o Setenário das Dores de Nossa Senhora. Câmara Ardente, cujos sonetos atestam o misticismo do poeta.

Em 1902 publicou Kiriale, sob o pseudônimo de Alphonsus de Vimaraens.

Sua Obra Completa seria publicada em 1960.

Manteve contato com Álvaro Viana, Edgar Mata e Eduardo Cerqueira, poetas simbolistas da nova geração mineira, e conheceu Cruz e Souza.

Considerado um dos grandes nomes do Simbolismo, e por vezes o mais místico dos poetas brasileiros, Alphonsus de Guimaraenstratou em seus versos de amor, morte e religiosidade.

A morte de sua noiva Constança, em 1888, marcou profundamente sua vida e sua obra, cujos versos, melancólicos e musicais, são repletos de anjos, serafins, cores roxas e virgens mortas.

Alphonsus de Guimaraens
Alphonsus de Guimaraens

Formação:

1887 – Ouro Preto MG – Curso complementar da Escola de Minas
1891/1892
– São Paulo SP – Curso de Direito
1893/1894
– Ouro Preto MG – Bacharel em Direito na Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais
1895
– São Paulo SP – Grau em Ciências Sociais

Atividades Literárias/Culturais:

1891/1906 – São Paulo SP – Colaborador nos jornais Diário Mercantil, Comércio de São Paulo, Correio Paulistano, O Estado de S. Paulo e A Gazeta
1902
– Porto (Portugal) – Publicação de Kiriale, sob pseudônimo de Alphonsus de Vimaraens
1903/1904
– Conceição do Serro MG – Diretor, redator e cronista do jornal político O Conceição do Serro
1906
– Mariana MG – Colaborador em O Germinal e Diário de Minas
1920 –
Ouro Preto MG – Publicação de Mendigos, livro de crônicas

Alphonsus de Guimaraens – Obra

Afonso Henriques da Costa Guimaraens nasceu em Ouro Preto MG em 24 de julho de 1870.

Poeta em que devoção e equilíbrio se dão as mãos desde o início, Alphonsus de Guimaraens foi mestre de um lirismo místico, em que busca e sublima a amada entre o luar e as sombras, o amor e a morte.

Toda a sua obra foi marcada pela presença da amada – Constança – que morreu às vésperas do casamento.

Misticismo, Amor e Morte – eis o triângulo que caracteriza toda obra de Aphonsus de Guimaraens, sendo comum à crítica literária considerá-lo o mais místico poeta de nossa literatura. A morte da noiva é um motivo sempre retomado em sua poesia.

Em contrapartida, escreveu poemas de um humor fino e requintado. Essa é uma parte pouco conhecida de sua obra, visto que não a publicou em volume.

Em 1906 foi nomeado juiz na cidade de Mariana (MG). Lá ele casou, teve quinze filhos, e permaneceu até sua morte, em1921.

Alphonsus de Guimaraens – Escritor

Estudou engenharia e direito.

Apaixonou-se por sua prima Constança, que morreu logo depois. Em São Paulo, colaborou na imprensa e freqüentou a Vila Kyrial, de José de Freitas Vale, onde se reuniam os jovens simbolistas. Em 1895, no Rio de Janeiro, conheceu Cruz e Souza.

Foi juiz e promotor em Conceição do Serro MG.

De seus livros, os três primeiros foram publicados no mesmo ano (1899): Dona mística, Câmara ardente e o Setenário das dores de Nossa Senhora. Foi escrito antes, no entanto, o Kyriale (1902), sua coletânea mais representativa. Seguiram-se Pauvre lyre e Pastoral aos crentes do amor e da morte (1923).

Um dos principais representantes do movimento simbolista no Brasil, sua obra, de influência francesa (Verlaine, Mallarmé — que traduziu), adquire com freqüência acentos arcaizantes e de envolvente conteúdo lírico, uma vez que o exprime num misticismo enraizado no fundo da subjetividade e, desse modo, como uma compulsão do inconsciente.

Em ritmo elegíaco e de solene musicalidade, multiplica a imagem da amada: são “Sete damas”, são “As onze mil virgens”, Ester, Celeste, Nossa Senhora (com quem identifica Constança), ou a célebre “Ismália”. Oscila, assim, entre os indícios materiais da morte e a expectativa do sobrenatural, como se toda a sua poesia se fizesse em variações de um mesmo réquiem.

Mas a evolução da linguagem é permanente e a tendência a um barroco discreto — de Ouro Preto, Mariana — se flexibiliza, se inova com acentos verlainianos, mallarmaicos, de que brotam imagens muitas vezes ousadas, não longe da invenção surrealista.

Alphonsus de Guimaraens morreu em Mariana MG em 15 de julho de 1921.

Alphonsus de Guimaraens – Poeta

Poeta, cronista e jornalista.

Filho do comerciante português Albino da Costa Guimaraens e de Francisca de Paula Guimaraens Alvim, sobrinha do romancista e poeta Bernardo Guimaraens (1825 – 1884).

Em 1890, muda-se para São Paulo, onde ingressa na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco e torna-se colaborador dos jornais Diário Mercantil, Comércio de São Paulo, Correio Paulistano, O Estado de S. Paulo e A Gazeta.

Três anos depois, volta para Ouro Preto, tornando-se bacharel em 1894 pela Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais. Vai ao Rio de Janeiro, em 1895, especialmente para conhecer o poeta Cruz e Sousa (1861 – 1898).

Casa-se em 1897, com Zenaide de Oliveira, com quem tem 14 filhos, dois deles escritores: João Alphonsus (1901 – 1944) e Alphonsus de Guimaraens Filho (1918).

Após passar 10 anos como promotor de justiça em Conceição do Serro, é nomeado juiz em Mariana, para onde se transfere em definitivo, em 1906. Estréia com os livros de poemas Setenário das dores de Nossa Senhora / Câmara ardente e Dona Mística, em 1899, e três anos depois edita, por conta própria, o volume Kiriale. Somente em 1920 volta a publicar, lançando o livro de crônicas Mendigos.

O restante de sua obra é lançado postumamente.

Em 1919, dois anos antes de morrer, recebe a visita do escritor Mário de Andrade (1893 – 1945).

Sua obra é marcada pelo misticismo, pelo culto ao amor, à morte e à religiosidade, assentada, principalmente, pela trágica morte de sua noiva, Constança, filha de Bernardo Guimaraens.

Fonte: en.wikipedia.org/www.mundocultural.com.br/Itaú Cultural/www.bibvirt.futuro.usp.br/www.itaucultural.org.br

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